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O Minuano 131

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Edição 131 de O Minuano, revista do Veleiros do Sul de Porto Alegre, RS, Brasil.

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Prezados associados

O tempo atual que vivemos no Clube mere-ce ser comentado. Acho importante examinarmos estes primeiros seis meses do ano, porque eles es-tão repletos de fatos representativos do bom mo-mento pelo qual passamos. Como é de conheci-mento de todos, desde janeiro estamos numa fase de muitas conquistas esportivas e grandes campe-onatos realizados, o que também não deixa de ser uma vitória de todos os associados.

Neste período, alcançamos títulos nas classes 470, Laser, Oceano, Soling e Op-timist. Destaco este último, porque foi um dos mais emblemáticos. A conquista do Sul-Americano de Optimist “em casa” por Gabriel Lopes representou não só o triunfo pessoal, mas de todo o Clube, por ter feito um campeonato de nível internacional com maestria, que por sua organização impressionou as delegações dos 13 países presentes. Sabemos que não é de agora que o Veleiros do Sul goza de elevado conceito no mun-do náutico, graças aos esforços dos associados e dos dirigentes, que procuram manter acesa a tradição de um clube de vela.

Quero lembrar que, pelo segundo ano consecutivo, a flotilha Minuano terá um re-presentante na equipe brasileira no Mundial, na Itália. E ainda estaremos no Europeu e no Norte-americano. Porém, para darmos continuidade a essas conquistas, precisamos manter o rumo e investir nas novas gerações. Com essa finalidade, alguns projetos já estão em andamento, e começamos pela Escola de Vela Minuano, que em breve terá novas instalações. Queremos aprimorar as condições do ensino da vela e também atrair maior número de jovens para esta atividade, que é rica de ensinamentos tanto na parte física como psicológica.

Mudando de assunto, submetemos ao Conselho Deliberativo nossos projetos na área patrimonial e tivemos a aprovação para darmos andamento às obras. Destaco, en-tre elas, a reforma do prédio da piscina, que passará por uma modernização para pro-porcionar melhor comodidade aos associados. Também concluímos o prolongamento do trapiche 3, que abrirá mais vagas molhadas. São investimentos importantes para nossa estrutura patrimonial. Na parte administrativa, informo que agora temos mais duas secretarias: Social e Porto. O objetivo é suprir as demandas de maneira adequada aos nossos associados.

E na pasta social teremos nossa tradicional festa Queijos e Vinhos, que atualmente já é referência entre os eventos de clubes na cidade. Pois nesta edição a atração espe-cial será a banda Papas da Língua, uma apresentação que abrilhantará nossa festa, além da nossa requintada gastronomia. Tenho certeza de que teremos uma noite de muita alegria.

Para finalizar, digo que, por tudo isso, vivemos um tempo de bons ventos por aqui!

Boa leitura!Cícero Hartmann

EXPEDIENTEPALAVRA DO COMODORO

ComodoroCícero Hartmann

Vice-Comodoro EsportivoGuilherme Schramm Roth

Vice-Comodoro AdministrativoPaulo A. Hennig

Vice-Comodoro PatrimônioLuis Antonio SchneiderVice-Comodoro Social

Carlos Alberto TreinDiretor de Porto

Luiz Vinícius M. de MagalhãesDiretor de Monotipos

André GickDiretor de Oceano

Ronaldo RuschelDiretor de Vela Alto-Rendimento

Eduardo RibasPrefeito da Ilha Chico Manoel

Roberto A. SchmitzDiretor Jurídico

Lúcio Pinto RibeiroConselho Deliberativo

PresidenteLuiz Gustavo Tarrago de Oliveira

Vice-PresidenteCláudio RuschelConselho Fiscal

TitularesNewton R. Aerts, Luiz Alberto Morandi e Flávio Neumann

SuplentesRicardo Englert, Jankiel Koster e

Homero Jobim NetoO Minuano é uma publicação

do clube Veleiros do Sul.Fones: 55 (51) 3265-1717 3265-1733 / 3265-1592

Endereço: Av.Guaíba, 2941 Vila Assunção Porto Alegre – Brasil

CEP: 91.900-420E-mail: [email protected]

Site: www.vds.com.br

Editor:Ricardo Pedebos - MTB 5770/RS

Textos e Fotos:Ricardo Pedebos e Ane MeiraFoto Capa: Matias Capizzano

Projeto Gráfico e Diagramação:Renato Nunes

Fotolitos e Impressão: Gráfica Calábria

Tiragem: 1.500 exemplares Distribuição: Sócios do VDS, diretorias dos clubes náuticos e marinas do Brasil. Clubes da

Argentina, Chile e Uruguai.

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Novos ventos na Escola de Vela Minuano

Em breve estará de “casa nova” e com melhores instalações. Ela funcionará no prédio da antiga lojinha do clube e na sala de conferência e vídeo, que será integrada a sua estrutura.

Vela pode ser uma opção extracurricular. É uma atividade que une o desenvolvimento mental, físico e social

mudança faz parte do plano estratégico que a comodoria elaborou para impulsionar o desen-volvimento da vela no clube. Dentro desse novo quadro também ocorreu a troca de comando que passou a ser dirigida pelo comodoro Cícero Hartmann e tem como coordenador Cássio do Canto, empresário e velejador oriundo da esco-la. A EVM aplicará em sua didática uma visão mais ampla sobre a vela, como explica o seu di-retor Cícero: Nossa missão é “despertar a paixão pela vela, este é o espírito que queremos im-plantar. Esta modalidade pode ser a opção extra-curricular para as crianças porque alia esporte e diversão”, avalia o comodoro. Ele destaca alguns pontos importantes:

“A vela proporciona vida social desde cedo que poderá se estender para sempre; não existe um tipo físico específico para praticar o esporte, é para qualquer um – menino ou menina; esti-

mula a auto-confiança, a força física, raciocínio rápido e amor pela natureza. E o custo não é ele-vado, como muita gente pensa. Quem frequenta o curso não precisa necessariamente se tornar um competidor”.

O coordenador Cássio do Canto diz que está em fase final de montagem uma programação que proporcionará aulas em dois dias da sema-na, que serão estabelecidas conforme as deman-das, além dos fins de semanas. “Estou conver-sando com as diretorias de escolas para fazermos parcerias. A vela será uma opção extracurricular para os alunos, uma atividade que também des-perta o amor pela natureza,” avalia o coorde-nador. Para isso os participantes poderão contar com serviço de transporte de vans entre o clube e suas casas e os pais que trouxerem seus filhos ao clube terão direito de fazerem atividades na academia ou caminhadas pelo pátio.

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A EVM contará com maior número de pro-fessores para atender os cursos de vela infantil, adultos e habilitação da marinha. “Queremos que a Escola Minuano seja mais uma porta de entrada para novos associados e também a opor-tunidade para que as pessoas vejam a vela como uma atividade bem mais ampla em suas vidas”, comenta Cícero.

UMA ATIVIDADE RICA EM ENsINAMENTOs

Velejar é um esporte dos mais completos para formação física e psicológica das crianças. Por isso no mundo todo é vista não apenas como uma atividade meramente esportiva, mas seu al-cance vai mais adiante. Elas aprendem a tomar decisões sozinhas ou em equipe, enquanto na-vegam. Desenvolvem o sentido de responsabi-lidade e respeito mútuo. Uma atividade física saudável.

As adversidades que enfrentam na água é um maravilhoso meio pedagógico que possibilita ampliar os seus limites pessoais na vida, além de praticarem um esporte que tem contato direto

Um esporte que pode ser praticado desde cedo por meninos ou meninas

com o meio-ambiente e aprendem a conhecer melhor a natureza.

TRADIçãO NO ENsINO DA VELAA Escola de Vela Minuano, do Veleiros do Sul,

ensina a arte de velejar desde 1975 e conta com profissionais capacitados e experientes na forma-ção de velejadores. Possui um material didático e barcos com equipamentos de total segurança. A classe Optimist é o barco de aprendizado da vela, destinado para crianças e adolescentes de 7 a 15 anos. Da Escola já surgiram muitos cam-peões da vela, como o caso mais recente do Ga-briel Lopes, 12 anos, vice-campeão brasileiro e campeão sul-americano na classe Optimist que se iniciou na vela aos 6 anos de idade na Escola Minuano.

Convidamos aos pais a trazerem seus filhos para conhecerem a Escola de Vela Minuano. Não é necessário ser sócio do clube para frequentar o curso de vela.

Exercício de vira e desvira. Técnicas de segurança na navegação fazem parte do currículo

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Iniciação à vela infantil - Aos sábados e domingos das 13h30min às 17 horas. - Instrutores: Alan Willy e Mauro Ferreira (recreação)Iniciação à vela Oceano - Instrutor: Isaak RadinIniciação à vela adulto - Instrutor: Juan Teixeira

CURsOs - VAGAs LIMITADAs

Vela é para todos: uma grande vida social, agora e para o resto de seus dias. Vela é para todos: alto, baixo, gordo, magro, me-nina ou menino, verde com manchas cor de rosa, não importa. Vela é para você. Vela au-menta a autoconfiança, força física, raciocí-nio rápido e um amor pelo meio ambiente. Vela não custa uma fortuna, como você pode imaginar.

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Ao retornar da raia o campeão Gabriel Lopes foi recebido na rampa do Clube com muita festa e teve seu barco carregado nos braços pelos amigos, técnicos e integrantes da equipe brasileira. Mais que um gesto da conquista de um título também representou naquele momento o triunfo de todo o Veleiros do Sul por ter realizado o Campeonato Sul-americano de Optimist de modo magnífico que provocou as melhores considerações possíveis dos participantes.

A vitória do pequeno notávelA vitória do pequeno notável

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oram 10 dias de intensa atividade esportiva e boa convivência entre os visitantes. A cerimônia de abertura ocorreu no dia 22 de março e foi marcada pelo desfile das equipes dos 14 países participantes, assistido por cerca de 500 pessoas entre delegações, autoridades e associados, no pátio do Clube. O comodoro Cícero Hartmann e o vice-presidente da IODA (Associação Inter-nacional da classe Optimist) José Quino abriram o evento que teve a brilhante apresentação do show dos jovens músicos da Fábrica de Gaitei-ros, projeto desenvolvido pelo famoso músico regionalista Renato Borghetti. A apresentação da

banda de gaitas empolgou os velejadores que ao término dançaram ao som das músicas regionais gaúchas com muita animação.

O Sul-americano teve a participação de 144 velejadores que foram divididos em dois grupos (azul e amarelo). Eles largavam separadamente na raia do Cristal no rio Guaíba. No total foram disputadas 10 regatas, em cada grupo, no indivi-dual e 31 no campeonato por equipes. O Clube disponibilizou para aluguel 120 barcos da marca Lange fabricados pelo RioTecna, de Buenos Ai-res, mais carrinhos de encalhe, e 13 botes para uso dos técnicos e comissão organizadora. O ní-

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Cerimônia de abertura foi acompanhada por associados, convidados e autoridades

O show dos jovens da Fábrica de Gaiteiros emocionou o público

vel técnico da competição agradou os treinado-res que acompanharam as delegações. Conside-raram que as flotilhas, seguindo uma tendência mundial, estão mais competitivas.

E o resultado do campeonato confirmou isso. A vitória do gaúcho Gabriel Lopes, 12 anos, foi disputada proa a proa e, claro, teve um sa-bor especial para os brasileiros e mais ainda para a flotilha Minuano, do Veleiros do Sul, por ter ficado com o título em casa. Gabriel liderou o campeonato quase todo o tempo e no fim teve como adversário direto o norte-americano Ivan Shestopalov que passou à sua frente na classifi-cação. A última regata foi a de maior peso para Gabriel e Ivan, pois ambos brigavam pela primei-ra colocação, embora eles velejassem em grupos distintos.

No entanto a expectativa geral entre os bra-sileiros era outra; assegurar pelo menos a vice-colocação para chegar à vitória no Sul-america-no. E foi o que aconteceu. Gabriel cruzou a linha de chegada em primeiro lugar na última regata e acabou na vice-colocação na geral. Já o norte-americano chegou em terceiro na regata, mas terminou em primeiro lugar no campeonato. Conforme o regulamento da IODA o competidor pertencente a um país convidado não disputava o título continental. Com a segunda colocação confirmada, Gabriel foi o campeão sul-america-

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O Brasil encerrou o desfile de apresentação das delegações de 14 países

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Gabriel Lopes venceu quatro das 10 regatas disputadas

no. Entre as meninas a argentina Clara Vignati foi a vencedora na categoria feminina.

A comemoração dessa conquista foi muita animada. Ao chegar à rampa Gabriel teve seu barco erguido da água com ele dentro e carre-gado nos braços dos amigos, técnicos e veleja-dores da equipe brasileira pelo pátio do Clube. Ele recebeu o carinho dos familiares, abraços, e

depois foi jogado na água pelos companheiros, assim como Ivan Shestopalov, cumprindo o ritual de comemoração na vela. O timoneiro gaúcho disse que não se preocupou com a pressão pelo resultado quando se dirigia para raia.

“Fui tranquilo, procurei fazer uma boa re-gata e voltei com sentimento de campeão”, definiu seu estado de espírito. Ele lamentou sua atuação ruim na penúltima regata do dia anterior, quando chegou em 31º e perdeu a li-derança que vinha sendo mantida. “O campe-onato foi bom, mas difícil para todos por causa das condições do vento, sempre rondado. Mas consegui manter uma média boa de resultados e isso me ajudou nesta conquista”, contou Ga-briel que é o atual vice-campeão brasileiro de Optimist.

O primeiro colocado, Ivan Shestopalov, 13 anos, veio de St. Louis, Missouri, e está mais acostumado a velejar no mar, mas teve um de-sempenho inquestionável na raia do rio Guaíba. “Aqui há boas condições para velejar, sempre tem vento, mas é um pouco difícil porque ron-da (variação de direção), mas mesmo sim é bem bonito”.

Mas o vento, inclusive foi um grande ad-versário em razão das rondadas, mas Ivan reco-

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Ivan Shestopalov comemorou a vitória no Guaíba

A argentina Clara Vignati ficou com o título feminino

nheceu que enfrentar o brasileiro foi ainda mais difícil. “Gabriel veleja muito bem, a disputa foi muito acirrada e ele é super competitivo”.

Ainda segundo Ivan, o segredo da vitória é a dedicação: “Foi muito treino, o segredo é velejar

muito” diz o campeão que agradeceu os pais, os treinadores Amanda e Nico, o apoio dos amigos e a todos os companheiros de equipe.

A campeã feminina, Clara Vignati, 14 anos, da Argentina, enfrentou problemas de indisposi-ção nos últimos dois dias que lhe dificultaram a vida na competição, mesmo assim foi a melhor entre as meninas. “Num campeonato como esse

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Os 144 competidores foram divididos em dois grupos: amarelo e azul

Clara Penteado foi a brasileira melhor classificada entre as meninas

quem ganha é quem rende mais na raia e eu tive esse privilégio. Meu maior adversário mesmo foi o cansaço.”

Entre os primeiros colocados, além do Ga-briel Lopes, teve outro gaúcho, Pedro Zonta, que

ficou em quinto lugar. O Brasil teve uma equipe composta por 30 velejadores de cinco estados. Os técnicos foram Filipe Novello (RJ), Mário Ur-ban (BA) e Átila Pellin (RS) e o team leader Cássio do Canto (RS).

Além do Gabriel Lopes, a flotilha Minuano teve mais três representantes na equipe brasi-leira: Tiago Quevedo que terminou em 20º na geral e venceu três regatas no campeonato, Erik Hoffmann em 80º e Ana Paula Canto em 112º.

O Sul-americano foi uma realização do Veleiros do Sul em conjunto com a Associação Internacional da Classe Optimist (IODA), pa-trocínio da Bettanin e Banrisul e apoio de Por-to Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, Ritter Alimentos, Procempa, PortoVan e Chocolate Florybal. Participaram 144 velejadores de 14 países: Argentina, Antilhas Holandesas, Bermudas, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Estados Unidos, Ilhas Virgens America-nas, México, Peru, República Dominicana, Uru-guai e Venezuela.

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O campeonato Sul-americano por equipes – Regata Bettanin - de Optimist foi realizado durante um dia na metade da competição com a raia montada em frente ao Clube na baía do Cristal. A final foi argentina. A Equipe ARG 1 venceu a ARG 2 por 2 a 1 na série de melhor de três regatas. Os campeões foram: Clara Vignati, Manuel Garcia, Constanza Ruffinelli, Joaquin Za-nardi, Valentin Queirel. Em terceiro lugar ficou o Chile 1.

O Brasil terminou na quarta colocação. As equipes BRA 1 e BRA 2 foram eliminadas na fase semifinal pela Argentina e Chile. O resultado

Os Estados Unidos, México e Bermudas competiram como países convidados na Copa das Nações – Regata Banrisul. Como havia vagas sobrando Peru 3 e Equador 3 também compu-seram o grupo. Os Estados Unidos ficaram com os três primeiros lugares: USA 2, USA 1 e USA 3. Nos eventos por equipes as delegações da Re-pública Dominicana, Colômbia, Venezuela, Ilhas Virgens e Antilhas Holandesas não participaram porque não atingiram o número mínimo de qua-tro velejadores cada uma. A competição iniciou por volta das 11 horas.

Copa das Nações Banrisul

Estados Unidos confirmou sua liderança em competições por equipe

Sul-americano Bettanin por equipes

Abraços na raia pela vitória no sul-americano por equipes

Na disputa por equipes o Brasil não foi bem

confirmou a tradição dos argentinos nos campe-onatos por equipes na Optimist. As três equipes brasileiras foram compostas pelos velejadores: Nº1 – Gabriel Lopes, Tiago Quevedo, Pedro Correa e Pedro Zonta. Nº 2 – Lucas Faria, Iagor Franco, Gustavo Abdulklech, Clara Penteado, Luiza Cruz e Nº 3 - Erik Hofmann, Luis Dotta, Tiago Monteiro, Rubem Neto.

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Regatas competitivas mostraram o bom nível das flotilhas no Sul-americano

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“Um dos melhores campeonatos que já participamos” afirmou team leader dos EUA

Norte-americano elogiaram a estrutura do Clube

Uma das maiores equipes do Sul-americano, em número de velejadores, o time dos Estados Unidos fez um grande

campeonato, tanto no individual como por equipes. Eles já vêm participando da disputa há bastante tempo por conta do nível dos velejadores sul-americanos. Desta vez, voltaram para casa encantados, não só pelos bons resultados que conquistaram, mas também pela receptividade com que foram recebidos.

“Adoramos tudo, o Clube e o fabuloso trabalho realizado por toda a equipe, desde a comissão de regatas, passando pelo operacional do evento até a comida do restaurante. Já estive em muitos eventos da IODA e certamente este foi um dos melhores que já participamos. Estamos muito agradeci-dos por essa experiência”, afirmou John Logue, team leader norte-americano. Logue também coordena a Lisot Sailing Foundations, que fomenta a vela jovem em Long Island, no estado de Nova York.

O argentino Martin Jenkis, 33, foi bicampeão mundial de Optimist em 1994 e 1995, fato raro na classe, e desde 2007 dedica-se integralmen-te a função de técnico, com experi-ência no treinamento de equipes no México, Antilhas Holandesas, Repú-blica Dominicana. Em Porto Alegre veio com a Bermuda Team e apro-vou o nível da competição e a orga-nização. “As instalações do Clube são excelentes e o staff mostrou que sabe o que faz. Aqui as pessoas estão sem-pre dispostas a ajudar. Para Martin a classe Optimist está mais exigente em termos técnicos. “Os investimen-tos são cada vez maiores e o nível dos velejadores tem aumentado. Isso é positivo para formar uma boa base. E a vela é um excelente esporte na vida das crianças por sua multiplici-dade de valores”, diz o técnico.

Um ex-bicampeão mundial aprovou o campeonato

Martin (esq) com o time da Bermuda

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Uma premiação especial foi entregue ao casal Eduardo Ribas e Carla Spletsttos-ser, trabalhadores incansáveis, responsáveis pela candidatura do Clube e para Daniele Carlini, Amneris Calle e Odécio Adam, que organizaram o evento com maestria.

Homenagens especiais

Organização do campeonato foi ressaltada pela direção da IODA

e delegações estrangeiras

A tradição do Veleiros do Sul não está só nos seus anos de clube, mas também no engajamento dos sócios que

não desperdiçaram a oportunidade de mostrar a sua força no sul-americano. Desde as medições, cerca de 73 voluntá-rios se apresentaram à esportiva do clube e executaram vá-rias funções, de acompanhantes das equipes (os anjos) até a montagem das cerimônias de abertura e encerramento.

Entre os voluntários, se destacou a presença de dois

Voluntários deram show de trabalho em equipe

Reconhecimento as pessoas que trabalharam no Sul-americano: associados, voluntários e funcionários

visitantes: os velejadores cariocas Felipe Rondina e Rodrigo Luz. Com apenas 15 anos os garotos vieram a Porto Ale-gre para trabalhar no campeonato. “Mas também vim para reencontrar meus amigos”, enfatiza Rodrigo. Felipe ainda está se acostumando a ver os Optimists de fora da raia. “Saí em julho e ainda tem muito amigo na flotilha competindo. Agora que olho de fora, as regatas até parecem mais fá-ceis”, brinca.

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O encerramento do Campeona-to Sul-americano de Optimist 2013 teve muita festa que co-

meçou com a apresentação das dele-gações participantes, todos premiados com flâmulas do Clube, chaveiro alu-sivo ao campeonato e ovos de páscoa Florybal. Os velejadores Luis Alberto Aguirre e Cristina Aguirre (Equador) fo-ram premiados por Fair Play com peças Nob Multisports.

No discurso de despedida o co-

Entrega de prêmios foi em ritmo de festa

modoro do Veleiros do Sul Cícero Hartmann agradeceu o trabalho abne-gado dos voluntários que fizeram um grande evento, reafirmando a tradição do Clube que às vésperas de comple-tar 80 anos mostra competência e ex-celência, tanto em receber velejadores do mundo todo quanto na formação de atletas tendo o campeão sul-ame-ricano Gabriel Lopes, talento da casa, como maior exemplo.

O comodoro anunciou que o Ve-

Festa no salão social ao som da banda Barco de Papel

Time do Brasil comemorou no final com os técnicos Filipe Novello, Átila Pelin e Mário Urban (Maru) e o team leader Cássio Lutz do Canto

Eduardo Ribas passa a bandeira da IODA para a delegação da Colômbia, próxima sede do Sul-americano, em Cartagena

leiros do Sul pretende apresentar sua candidatura para sediar o Mundial de Optimist de 2016.

Após a entrega de prêmios, um co-quetel reuniu competidores, familiares e staff ao som da banda Barco de Pa-pel animando o encerramento de um campeonato elogiado por todos pela qualidade com que foi realizado, con-forme ressaltou o vice-presidente da Associação Internacional de Optimist, José “Quino” Nigaglioni.

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CLAssIFICAçãO GERAL

1º Ivan Shestopalov (USA), 2º Gabriel Lopes (Brasil), 3º Fausto Peralta (Argentina), 4º Valentin Queirel (Argentina), 5º Pedro Zonta (Brasil)

6º Wiley Rogers (USA), 7º Facundo Mônaco (Argentina), 8º Matt Logue (USA), 9º Shawn Harvey (USA), 10º Chase Cooper (Bermudas), 11º Lucas Faria (Brasil), 12º Thomas Rice (USA), 13º Santiago Ugarte (Chile), 14º Clara Vignati (Argentina), 15º Enrique Saavedra (México)

FEMININO

1º Clara Vignati (Argentina), 2º Sofia Videla (Argentina), 3º Francesca Foronda (Peru), 4º Emma Kaneti (USA) e 5º Clara Penteado (Brasil)

sUL-AMERICANO BETTANIN POR EQUIPEs

Campeão: ARG 1 - Valentin Queirel, Clara Vignati, Constanza Ruffinelli, Manuel Garcia, Joaquin Zanardi. Vice-Campeão: ARG 2 - Mônaco Facundo, Fauto Peralta, Dante Cittadini, Luciano Di, Patricio Toms, Santiago Wolf . 3º Lugar: Chile 1 - Santiago Ugarte, Exequiel Grez Colomba Parodi, Tomas Ugarte, Victoria Novion

BANRIsUL NATIONs CUP

Campeão: USA 2 - Ivan Shestopalov, Emma Kaneti, Sophia Reineke, Hermus JC, Henry Burnes . Vice-Campeão: USA 1 - Romain Screve , Shawn Harvey, Wiley Rogers , Matt Logue, Audrey Giblin . 3º Lugar: USA 3 – Thomas Rice, Dylan Ascenicios, Cooper Yeager, James Westerberg, Louisa Nordstrom

Sub 12 : Dante Cittadini (Argentina)

sUB 12

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Campeão Sul Americano IODA Feminino: Clara Vignati (ARG)

PREMIACAO DO sUL-AMERICANO

Campeão Sul Americano Geral: Gabriel Lopes (VDS/BRA), Vice-Campeão Sul Americano Geral: Fausto Peralta (ARG) e 3º Lugar Sul Americano Geral: Valentin Queirel (ARG)

Campeão Sul Americano IODA Masculino: Gabriel Lopes (VDS/BRA)

Campeão Geral Masculino: Ivan Shestopalov (USA)

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ADMINIsTRAçãO

Nova carteira social

Com a carteira você mesmo libera sua entrada

Você já providenciou a sua nova carteirinha? A implantação e confecção das novas carteiras sociais vêm sendo realizada nos

últimos meses. O controle de acesso ao Clube por meio eletrônico já está em vigor. O associado que ainda não possui a nova carteira deve comparecer na Secretaria Administrativa do Clube para solicitar a sua e fazer a foto para proceder com a confecção.

O prazo de entrega é de cerca de 20 dias e o valor é R$ 15. A Secretaria Administrativa funciona em horário comercial, das 9h ao 12h e das 14h às 18h. Para mais informações, ligue (51) 3265 1733 ramal 1.

Veleiros do Sul tem novas secretariasO Clube já conta com duas novas secretarias: Social e Porto,

que foram criadas conforme o plano de reformulação admi-nistrativo. A Secretaria Social responde pelo gerenciamento dos eventos sociais, incluindo também esta parte nos esportivos, e locações dos espaços no Clube. A responsável por este trabalho é Daniele Carlini, relações públicas experiente nesta área que tam-bém desenvolverá ações de marketing de relacionamento entre o Clube e seus associados. Contato: [email protected]

O porto do Clube também ganhou uma secretaria para sua administração. O responsável pelo atendimento é o secretário Ri-cardo Pereira que atuava na Esportiva. Entre suas atribuições está o controle do tráfego da marina, registro de entrada e saída das embarcações, acompanhamento e arquivamento da documenta-ção dos barcos, mapeamento de vagas molhadas e em seco, re-latórios de avarias e agendamento do guincho grande. A criação da Secretaria de Porto foi necessária para se integrar ao módulo do software de gerenciamento informatizado adotado pelo VDS. Contato: [email protected]

Horário de funcionamento: De terça-feira a domingo das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas.

Cheiro de férias de inverno no ar! E para não deixar a criançada parada em casa a

Escola de Vela Minuano apresenta mais uma edição da Colônia de Férias de Inverno 2013. Ela ocorre entre os dias 22 e 26 de julho e as inscrições devem ocorrer até o dia 18 de julho. Crianças de 05 a 12 anos podem se inscrever para participar da atividades nos valores de R$ 190 para sócios e R$ 250 para não sócios. Entre as atividades estão previstas trilhas, pes-carias, arvorismo, tirolesa, passeio de bote, te-atro de bonecos sobre trânsito (com a EPTC) e recursos hídricos (com o DMAE), sessão de ci-nema com pipoca, passeio a Ilha do Presídio, mini-aula de vela, slackline e muito mais para desafiar a habilidade dos pequenos e trazer muita aventura para as férias dessa gurizada. Elas serão coordenadas pelo professor Mauro Ferreira entre as 9h e as 18h. O almoço e lan-che estão inclusos no valor de inscrição, que pode ser feita por e-mail ([email protected]) ou por telefone 3265 1733 ramal 4.

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CLAssE sOLING

Equipe Bossa Nova é tetra campeã Sul-americana

O Sul-americano teve sete regatas disputadas no Rio da Prata

tripulação do barco Bossa Nova, com George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lúcio Ribeiro, do Veleiros do Sul, conquistou o Sul-americano da classe Soling realizado no Club Náutico San Isidro, de Buenos Aires, de 28 a 30 de abril. Em segundo lugar ficaram os argentinos Pablo Despontin, Pablo Noceti e Ezequiel Sasso. A competição integrou a Semana San Isidro Labrador, importante evento multiclasses da vela argentina.

O trio venceu pela quarta vez o campeonato e consolidou a posição de principal equipe do continente na atualidade. Em 2007 eles foram campeões mundiais da classe. “Andamos bem todo o campeonato, mas foi importante termos começado bem nas duas primeiras regatas. Isso nos deu mais confiança. Dessa vez nos preparamos melhor que nas últimas edições”, comentou o timoneiro George Nehm.

O Sul-americano de Soling de 2014 será no Veleiros do Sul no feriado de Páscoa.

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14º Cachaça – André Gick, Caio Vergo e André Passow

Marcos Pinto Ribeiro,George Nehm e Lúcio Ribeiro

Os demais resultados das tripulações do VDS:

4º Equilibrium – Nelson Ilha, Paulo Lemos Ribeiro e Flávio Naveira

6º Coringa - Guilherme Roth, Beto Trein e Roger Lamb

7º El Demolidor - Kadu Bergenthal, Frederico Sidou e Vilnei Goldmeier

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Flotilha Minuano mais uma vez se destacou nacionalmente e garantiu ao Veleiros do Sul ter um representante no Mundial de Optimist pelo segundo ano consecutivo. Gabriel Lopes conquistou a vaga para o Mundial da classe após finalizar o Sul-brasileiro de Optimist 2013 em terceiro lugar, como o melhor gaúcho na competição realizada no Clube dos Jangadei-ros em Porto Alegre, de 1º a 4 de maio. Tiago Quevedo, que venceu a última regata, ficou em quinto lugar e alcançou a classificação para o Europeu. Erik Hoffmann (27º) e Ana Paula Lutz do Canto (36º) obtiveram vaga para o Norte-americano de Optimist.

Neste ano a seletiva foi a soma dos re-sultados obtidos no Brasileiro e no Sul-bra-

Vaga para o Mundial de Optimist foi garantida no Sul-Brasileiro

Gabriel fará parte da equipe brasileira no Mundial, na Itália

sileiro da classe. Ainda, representando o Veleiros do Sul entre os veteranos, Nicolas Muller ficou em 60º. Já nos Estreantes, Ga-briel Rimoli foi o 11º e Eduardo Kloeckner ficou em 19º. Além de Gabriel Lopes, repre-sentarão o país no Mundial de Optimist Pe-dro Correa (YCSA), Lucas Faria (ICB-DF), Pe-dro Zonta (CDJ) e Gustavo Abdulklech (ICRJ). O título do 35º Sul-brasileiro de Optimist ficou com Pedro Luis Marcondes Correa (YCSA) e o vice-campeão é Lucas Faria (YCB-DF). Clara Penteado (ICRJ) foi a campeã feminina. Con-forme o treinador da Flotilha Minuano Geison Mendes, ao conquistarem a classificação para os eventos internacionais da classe, a equipe alcançou seus objetivos. "A gente vem se pre-

A

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parando desde o Brasileiro para a conquista dessas vagas. Havia uma esperança do Queve-do também obter a classificação para o Mun-dial, sabíamos que era difícil, mas com o sexto lugar ele conquistou a vaga para o Europeu. O Erik e a Ana Paula tinham a vaga para o norte-americano como objetivo principal, o que foi alcançado. O Nicolas, apesar de não ter feito um bom campeonato evoluiu bem, e nos es-treantes, o Gabriel Rimoli venceu uma regata, o que fez valer o treino intensivo que ele rea-lizou para este campeonato. Nos estreantes, o

Eduardo no seu primeiro e último campeonato (já está muito grande para o Optimist) ficou feliz com a sua evolução técnica e motivado para estrear no Laser", avalia.

Agora, a flotilha pretende seguir a rotina de treinos, planejando um bom desempenho nos campeonatos. O Europeu ocorre entre 29 de junho e 07 de julho na Hungria, o Norte-americano de 03 a 11 de julho nas Bermudas (terá Cássio Lutz do Canto como team leader da equipe brasileira) e o Mundial ocorre entre 15 e 26 de julho em Riva del Garda na Itália.

Flotilha: Erik, Nicolas, Tiago, Geison (técnico), Ana e Gabriel

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A tripulação formada por Thiago Ribas, Philipp Rump (Gustavo Thiesen) ficou em segundo lu-

gar na classe 420 no Campeonato San Isidro Labrador realizado em dois fins de semana – dias 27/28 de abril e 4/5 de maio, em Buenos Aires. A competi-ção, uma das mais importantes do Rio da Prata, contou na classe 420 com 23 barcos do Brasil, Argentina e Chile.

O timoneiro Thiago teve como

Thiago e Philipp foram vice-colocados no San Isidro Labrador

A jovem dupla promissora da classe 420 obteve ótimo resultado em Buenos Aires

Premiação no Club San Isidro

proeiros Philipp (na primeira etapa) e Gustavo (na segunda etapa). Após sete regatas realizadas em dois finais de se-mana — três delas vencidas pelos gaú-chos — a dupla ficou com apenas dois pontos de diferença para o primeiro co-locado, o timoneiro argentino Agustin Romero do Yacht Club Argentino.

"Infelizmente no último dia não

aconteceu nenhuma regata por falta de vento o que impossibilitou nossa luta para retornar ao primeiro lugar. Estamos felizes com o resultado obtido em função dos treinos que estamos rea-lizando todas as semanas, é uma evolu-ção constante. Agora é seguir treinando forte para o Campeonato Mundial em julho", comentou Thiago.

O Crioula Sailing Team foi campeão nas classes S40 e na IRC na Búzios Sailing Week realizada no último fim de semana de março. A competição organizada pelo Iate Clu-be Armação de Búzios, no Rio de Janeiro, marcou a estreia do timoneiro Geison Mendes. Também integraram a tripu-lação campeã Gustavo Thiesen (trimmer), Fabrício Streppel (navegador), Alexandre Rosa (trimmer), Alexandre Rimoli (trimmer), Renato e Eduardo Plass (secretaria), Frederico Si-dou (mastro), Diego Garay (proa). E em maio o Crioula Sai-ling Team participou da Taça Comodoro, no Rio de Janeiro. A tripulação ficou em terceiro lugar na classe S40. Quem venceu a disputa foi o Carioca.

Crioula Team mantém bons resultados

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A 6ª Copa J/24 teve apenas duas regatas devido a chu-va e falta de vento, mas ganhou em entusiasmo das tripulações que fizeram um evento bem disputado.

O campeão foi o barco Iuca, do comandante Cláudio Rus-chel, vencedor das duas regatas realizadas no sábado, dia 18 de maio, e tricampeão da Copa. Na vice-colocação ficou o Tango, de Alexandre Mueller, que correu com alguns vele-jadores da classe Optimist e em terceiro o Di Lorenzo, de Lorenzo Medeiros.

Iuca leva mais uma vez o Troféu da Copa J/24

3º - Di Lorenzo, de Lorenzo MedeirosTripulação do Iuca venceu as duas regatas

1º Iuca, Cláudio Ruschel

2º Tango, Alexandre Mueller

A flotilha que continua ativa nas competições

CLAssIFICAçãO FINAL Comandante Barco Clube Pts.1º Cláudio Rushcel Iuca VDS 22º Alexandre Mueller Tango VDS 73º Lorenzo Medeiros Di Lorenzo VDS 74º George Nehm Crioula Sailing Team VDS 85º Nelson Horn Ilha Equilibrium VDS 86º Walther Bromberg Zápeka VDS 10

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O capitão da flotilha e campeão da Copa, Cláudio Ruschel lamentou não ter saído nenhuma regata no domingo, mas ficou satisfeito que a classe voltou a sua competitividade. “Chegamos à sexta edição da Copa e vimos que os barcos retornaram à raia com força. Espero que isso continue durante toda a temporada, pois vivemos alguns altos e baixos. É importante é mantermos o bom nível das tripulações de J/24 como foi demonstrado nesta competição”, disse Ruschel que teve na sua tripulação Guilher-me Roth, André Gick e Cláudio Beier, o Tobi.

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O desafio da Regata Porto Alegre – Pelotas

A participação de 18 barcos, recorde das últimas edições, reacendeu a mais longa competição da vela de oceano gaúcha

Largada noturna em frente ao Veleiros do Sul

comandante Niels Rump do veleiro Madrugada foi vencedor da classe RGS da regata que largou às 20h05min da noite de sexta-feira, 19 abril, em frente ao Veleiros do Sul. Ele foi o fita azul ao cruzar a linha de chegada às 8h33min14s da ma-nhã de domingo, 21, montada na entrada do Ca-nal da Feitoria, na Lagoa dos Patos, entre as bóias cega verde nº 80 (S 31º41,55 e W 051º55’,80) e Encarnada nº 83 (S 31º41,67 e W 051º55,76). O segundo barco a chegar foi o Maná, de Már-cio Lima, às 9h27min19s e o terceiro, o Shogun, de Marcelo Caminha, às 9h51min16s. Dos 18 barcos que participantes apenas estes três cum-priram a regata de 120 milhas de distância, os

demais completaram o percurso a motor.A regata foi demorada devido ao vento fra-

co que predominou nas direções sudoeste, sul e sudeste. No entanto para o comandante Niels Rump que correu nas classes RGS e Velejaço, a prova não foi desgastante apesar das mais de 36 horas de duração da competição. “A tripulação enfrentou com bom humor as dificuldades de velejar com vento fraco. A regata largou às 20 horas e só saímos do Guaíba e entramos na La-goa dos Patos às 3 horas da madrugada de sába-do. Na noite seguinte pegamos outra calmaria, das 3 às 6 horas da manhã de domingo, quan-do ficamos parados na Lagoa. Mas foi bacana e

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Madrugada cruza a linha no Canal da Feitoria

muito prazeroso de velejar com uma tripulação divertida”, contou o comandante Niels, do velei-ro de 40 pés.

O horário limite para chegada dos barcos era às 13 horas do domingo. Os barcos Alegro, Wohoo e C‘est la vie estouraram o tempo limite da regata. A comissão de regatas do Veleiros Sal-danha da Gama informou que o vento zerou de intensidade na Lagoa no início da tarde.

A entrega de prêmios e festa de encerra-mento ocorreu na sede do Veleiros Saldanha da Gama, em Pelotas. As tripulações retornaram via rodoviária para Porto Alegre. A Regata foi uma realização do Veleiros do Sul e Veleiros Salda-nha da Gama. Apoio da Marinha do Brasil, Rio Grande Yacht Club, Clube dos Jangadeiros e Iate Clube Guaíba e das empresas Vipal – 40 anos, Equinautic/Nautos.

Maná chega coberto pelo nevoeiro na Lagoa dos Patos Shogun foi o último dos três barcos a completar o percurso da regata a vela

CLAssIFICAçãO FINAL

CLAssE RGs

Barco Comandante Clube Tempo1º Madrugada Niels Rump VDS 0,9981 36 28 142º C´est La Vie VI Henrique Dias VDS 0,8540 D N F3º Noa Noa II Paulo Angonese CDJ 0,8736 D N F

CLAssE VELEJAçO

Barco Comandante Classe Clube Tempo1º Madrugada Niels Rump F Livre VDS 36 28 142º Maná Márcio Lima F Livre CDJ 37 22 193º Shogun Marcelo Caminha Cruz 40 VDS 37 46 16

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ação

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O tempo não paraMadrugada:

Assim como certas pessoas, existem barcos que possuem ca-risma. O veleiro Madrugada é um desses casos. Construído na década de 70, ainda hoje é admirado com carinho pelos ve-lejadores. Abandonado e resgatado voltou a velejar com sua antiga imponência e elegância que o tempo não lhe tirou.

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Durante a Admiral’s Cup de 1977, na qual participávamos com “Órion III”, certo dia, recebemos a visita de Pe-

dro Paulo Fernandes Couto. Ele era tripulan-te do “SAGA”, eu o conhecia de outras regatas no Rio de Janeiro. Pediu para conhecer nosso barco, no que foi prontamente atendido pelo comandante Egon Barth. Fez perguntas sobre o estaleiro e seu sócio gerente, o saudoso Plí-nio Froener, olhou detalhes, enfim, ficou um bom tempo conosco, buscando informações. Disse que tinha projeto de construir um Two Tonner, que era como se chamavam os barcos com até 32’ de rating IOR (o “Órion III” é um desses barcos). Já estava confirmado que o mun-dial da classe Two Ton seria no Rio de Janeiro, em novembro de 1978, ou seja, dali a pouco mais de um ano. Retornou mais vezes durante a realização da Semana de Cowes. Numa delas, veio acompanhado do José (Pepe) Frers, já como contratado para executar o projeto. “Órion III” também foi projetado pelo estúdio Frers.

No retorno ao Brasil, Pedro Paulo veio a Porto Alegre para conversar com Plínio, que lhe disse que infelizmente não poderia aceitar a en-comenda de seu barco, pois não tinha espaço no galpão. O barco tinha que ser entregue até setembro de 1978.

Pedro Paulo ficou chateado, pois não ha-via no Brasil estaleiro capacitado para construir o barco, no prazo necessário. A essa altura o barco já tinha nome, “MADRUGADA”. Nome escolhi-do durante a Fastnet de 1977, que foi marcada por ventos fracos e calmaria nas madrugadas, durante as quais, Pedro Paulo e seus parceiros de turno ficavam matutando sobre o projeto do novo barco.

Após a reunião com Plínio, Pedro Paulo me procurou e relatou o resultado, muito decep-cionado que estava. Disse-lhe que falaria com Plínio, para tentar encontrar uma solução. Con-segui convencer Plínio que o barco seria muito simples, interior espartano, que não demandaria muito tempo de acabamento. Algumas partes viriam de fora, como o leme com eixo de car-bono.

Surgiu então uma possibilidade, havia um pequeno terreno nos fundos do estaleiro, que estava à venda. Caso fosse comprado, seria usa-

Breve relato de como surgiu esse campeãoPor Carlos Altmayer Gonçalves – Manotaço

Madrugada na capa da revista Vela & Motor, de janeiro de1979

Com o comandante Sérgio Neumann foi campeão de Ilhabela e Circuito Rio

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dir adiantado a Pedro Paulo esse valor, não lhe pa-recia ser algo eticamente correto. Conversei com Pedro Paulo, que já tinha retornado ao Rio, ele topou na hora. Dois dias depois estava aqui em Porto Alegre, fechando o negócio com Plínio.

Desse episódio, resultou que Pedro Paulo convidou-me para gerenciar a construção. Na verdade, minha função foi agilizar a parte de for-necimento de material, que não era diretamente de responsabilidade do Plínio, com objetivo de acelerar a construção. Daí resultou uma amizade que dura até hoje, velejei com o “Madrugada” em várias ocasiões, conquistando muitos campe-onatos entre 1979 e 1986.

Durante esse período, era comum a partici-pação de gaúchos em sua tripulação, cito alguns que recordo: Nelson Ilha, George Nehm, Paulo Heck, José Paulo Ilha, Person Thiessen, Reinaldo Bernardes. Depois, “Madrugada” foi vendido a Sergio Neumann, do Veleiros do Sul, que con-quistou muitos títulos nacionais. Após um perío-do de abandono, foi adquirido e recuperado por Niels Rump, também do Veleiros do Sul, e tem participado de regatas em Porto Alegre.

do para colocar as máquinas de desdobrar ma-deira e sobraria espaço no galpão principal para construir o “Madrugada”.

Problema: Plínio não tinha disponível o va-lor do terreno e não passava pela cabeça dele pe-

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Madrugada com o seu interior modificado

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O Madrugada foi apontado por Gér-man Frers como o seu melhor proje-to na faixa dos 40 pés na década de

70. O arquiteto Nº1 do ranking mundial con-cebeu na época uma mudança radical para o barco, por ser todo vazio em madeira moldada com reforço em fibra de carbono e alumínio. Considerava a melhor maneira de aproveitar a rigidez da estrutura e a leveza do conjunto. Logo de saída foi vice-campeão no Mundial de Two Ton Cup, em 1979 no Rio de Janeiro. Uma característica desse barco é que antes mesmo de vir para o Sul tinha tripulantes do Veleiros do Sul. Venceu a Regata Buenos Aires – Rio de 1979 com Nelson Ilha a bordo. A regata para o Madrugada foi um episódio hilário que dá uma história a parte e que poderemos contar mais adiante. No mesmo ano correu a Admiral’s Cup, na Inglaterra, que teve Nelson Ilha e o Manotaço na tripulação e veio a sofrer um aci-dente que o deixou de fora da competição. Em 1988 já sob o comando de Sérgio Neu-mann, do Veleiros do Sul, deu continuidade à conquista de títulos dos principais circuitos na-

Manter a história de um projeto bem-sucedido

Niels sentado na popa, velejando com familiares e amigos numa das Regatas Noturnas promovidas pelo Clube.

cionais: bicampeão brasileiro e Circuito Rio de 1989 e 1991, bicampeão da Semana de Vela de Ilhabela, 1989 e 1991, Campeão do Circui-to de Santa Catarina, em 1990, e Troféu Seival em 1993. Então trocou novamente de mãos e o proprietário praticamente abandonou o bar-co. Quase foi o fim da história do Madrugada. No entanto, em 2009 o empresário e velejador Niels Rump resgatou o Madrugada e fez uma reforma. Niels conta que o barco estava “sem dono”, pois o ex-proprietário o havia deixado de lado. Parte da madeira laminada foi trocada, pintura toda nova e algumas modificações inter-nas foram feitas para navegar com mais conforto. “Tive a preocupação de manter a identidade do barco, por isso mexi apenas no seu interno para deixá-lo com maior pé direito, banheiro fecha-do e cozinha. Tiramos os reforços de alumínio e colocamos anteparas. O peso ficou concen-trado no meio do barco. Ele continua com suas linhas harmônicas do projeto original e um ve-leiro bom para regata. Quis manter a história do barco por ter sido um projeto de sucesso na vela brasileira”.

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O ex-comodoro Jorge Guilherme Bertschinger foi homenageado pela Comodoria do Veleiros do Sul durante sua festa de aniversário de

95 anos. Bertschinger comemorou com amigos e familiares na churras-queira Vento Sul. O comodoro Cícero Hartmann aproveitou a passagem para entregar em nome da comodoria uma placa reverenciando Berts-chinger: “O Clube Veleiros do Sul e seus associados parabenizam o ex-comodoro e conselheiro Jorge Bertschinger por seus 95 anos”.

O carioca Bertschinger associou-se ao VDS em 1944 e foi comodo-ro entre 1950 e 1959. Ele foi responsável pela transferência da sede do Clube do bairro Navegantes para o bairro Vila Assunção.

Comodoria homenageia Jorge Bertschinger nos seus 95 anos

O conselheiro Flávio Neumann, Bertschinger e comodoro Cícero Hartmann na entrega da placa

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MOTONÁUTICA

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A época do motor no Clube

Prova válida pelo Grand Prix de 1973

nome Veleiros do Sul já traz a definição de uma agremiação de velejadores. No entanto, a motonáutica também fez parte de sua his-tória, com períodos alternados de altos e bai-xos. Hoje a competição de lancha cessou suas atividades e ficaram apenas as lembranças de muitos títulos conquistados por associados que marcaram seus nomes neste esporte.

Em 1945 foi criado no Clube o departa-mento de motonáutica. Em 1946 realizou uma competição de lanchas junto com as regatas comemorativas do aniversário do VDS realiza-das no dia 15 de dezembro, que teve a partici-pação de clubes coirmãos.

A nota na revista O Minuano de set./ out. de 1956 revela possivelmente nosso primeiro título na motonáutica :

“Sérgio Ruschel nosso prezado associado vencendo as três séries de provas realizadas sagrou-se campeão Brasileiro de Motonáutica,

classe B, para motores até 360 cc cilindradas. O Campeonato ocorreu na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, onde ficou compro-vada a classe motonáutica gaúcha ao conquis-tar o brilhante título.”

No começo da década de 1960 a moto-náutica começou se desenvolver no Clube. Nas comemorações do 19º aniversário as compe-tições de lanchas foram o ponto alto do pro-grama esportivo. No entanto seria na década de 1970 que tomaria um grande impulso. O destaque desta modalidade foi o gaúcho Lalo Cobertta, que além de vários títulos nacionais destacou-se internacionalmente com as vitórias nas Seis Horas de Paris no rio Sena com sua Scafo Molinari 444.

Ao assumirem os esportistas, em 1972, José Alexandre Schlaich, diretor da motonáutica, e Rudy Schuk, diretor do esqui aquático, ambas modalidades tornaram-se ativas. Em 1973 a

O

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comodoria atendeu a reivindicação dos moto-nautas designando um lugar para a instalação de uma oficina de reparos e conserto.

O Veleiros do Sul conquistou o campeo-nato Gaúcho de Motonáutica durante as rega-tas comemorativos do seu 40º aniversário em 1974. A equipe vencedora: Benito Chimina-zzo, Mauro Bittencourt, Walmor Berger, Hugo Scheler, Rudy Schuck, Luiz Armando Barcellos, Hiran Guimarães, Maribel Coelho, Ascânio Go-mes, Julio A. Renner, Alberto San Vicente, Wer-ner Stalander, Vitor Mattos, Roberto Nogueira, Ernesto Dreher e Victor Hoyer.

O Veleiros do Sul foi por três anos conse-cutivos a sede da primeira etapa do Campe-onato Brasileiro de Motonáutica de 1975, 76 e 77. No VIII Brasileiro de 1976 participaram 65 concorrentes de sete estados brasileiros e da Argentina. Os visitantes foram alojados no novo pavilhão do clube. As lanchas foram dis-tribuídas em nove classes. A classificação por estados: 1º lugar: RJ e 2º: RS. Lalo Corbetta venceu três das nove regatas incluído o Inter-nacional.

Na primeira etapa do IX Campeonato Bra-sileiro , abril de 1977, foi realizada na raia do Cristal e surpreendeu pelo grande público que compareceu ao Clube. As modalidades de es-qui e motonáutica deixaram de ser praticadas no VDS. O último diretor da motonáutica foi o Ernesto Dreher em 1980.

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Prova de motonáutica comemorativa dos 12 anos do VDS realizada em dezembro de 1946

Hans Sedelmay e Paulo Mascarello numa disputa em 14 de maio de 1956

O associado Roberto Nogueira não se des-tacou somente no teclado de piano da noite porto-alegrense, mas também como piloto nas competições de motonáutica. Sua dedicação o levou assumir os cargos de vice-presidente da Federação Gaúcha de Vela e Motor e diretor do departamento de motonáutica e Diretor para a região Sul da Federação Brasileira de Vela e Mo-tor, na década de 70.

Ele conquistou vários títulos gaúchos e em 1972 venceu na categoria OD do IV Campeo-nato Brasileiro de Motonáutica disputado na La-

O piloto pianista

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MOTONÁUTICA

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A dupla Nogueira e Pintado. Uma “equipe de dois”

Nogueira, campeão brasileiro de motonáutica em 1972 no Rio de Janeiro

grande parceiro que construiu suas lanchas e foi até piloto reserva.

“ Minha ida para a motonáutica foi motiva-da pelo automobilismo e é um caso interessante porque eu detestava barcos. Corri de carro algu-mas provas, como às 24 Horas de Interlagos em SP. Foi nessa época que conheci através de ami-gos o empresário Henrique de Botton, que diri-gia a Mesbla. Eu era militar e oriundo da Escola de Material Bélico e por isso entendia bastante de motores. Recebi uma proposta de pilotar lan-chas de corrida com motores Evinrude e Jonhson que começariam a ser importados pela Mesbla, nos anos 60.

Então comprei uma lancha ‘chinelo’, com eram popularmente conhecidas devido ao for-mato dos cascos dos pequenos catamarãs e pas-sei a correr com os motores da Mesbla e logo vieram as vitórias.”

Nogueira foi transferido de São Paulo para Porto Alegre e primeiramente começou a fre-quentar o SAVA Clube, reduto dos motonautas nessa época. E foi aqui que conheceu um mar-ceneiro construtor de barcos no Veleiros do Sul.

“O Pintado tinha uma capacidade fabulosa para construir qualquer tipo de embarcação. De um modelo ele fez um casco adaptado para mim que ficou excelente. Foi seu projeto próprio. E passamos a correr juntos. O Pintado era “minha equipe” porque também sabia preparar o barco e motor para corrida como poucos.

goa Rodrigo de Freitas (RJ). Em 1973 ficou em primeiro lugar no Grand Prix de Motonáutica, importante prova gaúcha, na classe 700cc. Com-petiu em importantes provas de motonáutica nos anos 60 em Paris, Cidade do Cabo, Miami e no Campeonato Metropolitano em Buenos Ai-res, em 1973, um evento que reunia os melhores pilotos sul-americanos.

Nogueira conta um pouco da sua história e da amizade com Ernani Vieira, o Pintado, um

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Prova Internacional 100 milhas do Cristal em 1972

Etapa do Campeonato Gaúcho de 1972, com Roberto Nogueira (dir.)

Eu tinha um Volks TL e viajávamos pelo Bra-sil levando a lancha de reboque. Certa vez na saída do Veleiros do Sul a lancha caiu na rua e o casco ficou todo danificado. O Pintado passou a noite inteira arrumando e pela manhã seguimos viagem para o Rio de Janeiro. Tudo isso em troca de um churrasco. No Rio venci o IV Campeona-to Brasileiro de Motonáutica, novembro de 72, realizado no Clube dos Caiçaras, na Lagoa Ro-drigo de Freitas.”

O Pintado às vezes entrava nas provas até como piloto reserva e vencia.

São muitas as histórias que Nogueira ainda guarda na lembrança algumas pitorescas e ou-tra nem tanto, e até a que causou a sua parada como piloto para virar cartola da motonáutica.

“ Na década de 70 fui correr o Sul-ameri-cano em Ipatinga, Minas Gerais, comemorativo ao aniversário da Belgo Mineira. Antes das corri-das fiz um concerto de piano e também conheci uns jovens músicos que eram do grupo “Novos Baianos”. Dividimos o mesmo alojamento, mas depois sai porque tinha um cheiro de erva muito forte lá.

Havia algumas tradicionais provas no esta-do: a Maratona Porto Alegre – Montenegro e o Grand Prix de Motonáutica. Numa dessas edi-ções da maratona aconteceu um fato engraçado. Eu consegui vencer o imbatível Lalo Corbetta, que errou o percurso e ficou preso numa cer-ca de arame farpado submersa devido a grande cheia no rio Caí.

Em 1976, correndo na categoria SE, bati num tronco submerso e saltei fora da lancha. Quebrei dentes, costelas e fui resgatado por um

colega que até hoje não sei quem foi. Mesmo assim continuei a corrida e conseguiu garantir o quinto lugar na categoria. Depois do acidente desisti de ser piloto e passei a ser cartola. Atuei no Departamento de Motonáutica da Confede-ração Brasileira de Vela e Motor, cujo presidente Almirante Dantas Torres era meu amigo e tam-bém corria de lancha. Também atuei como Dire-tor de Motonáutica do VDS e em 77 realizamos uma etapa do Brasileiro que foi assistida por 10 mil pessoas na orla do Cristal, número estimado pela Brigada Militar. Só no clube compareceram mais de 1000 pessoas.

Com a derrocada da Mesbla perdi o patro-cínio e foi a Nautisul, do José Antônio Círio, já falecido, que me deu apoio. Esses anos foram um período muito bom para a motonáutica gaú-cha.“

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A comodoria apresentou no mês de maio ao Conselho Deliberativo o Plano de In-

vestimentos para a área patrimonial do Clube. Os projetos foram aprova-dos pelo Conselho e agendados para as suas realizações. A obra prioritária será na área da piscina que é uma anti-ga reivindicação dos associados. A sua estrutura será modernizada para pro-porcionar mais espaço, melhor atendi-mento e conforto aos associados.

A marina do Clube contará com mais um guincho elétrico de dois bra-ços para carga de até 3 toneladas que dará maior agilidade na colocação e retirada de barcos. O guincho foi doa-do ao VDS por intermédio do associado Henrique Hemesath, diretor vice-presi-dente da Construtora Ernesto Woebke, que completa neste ano 90 anos de fundação. Ainda na marina foi con-cluído o prolongamento do trapiche 3 com a colocação das últimas estacas. Esta obra, que teve início na comodo-ria anterior, proporcionará mais vagas molhadas para embarcações com boca de até 4,5 m no porto.

PATRIMÔNIO

Plano de investimentos será executado no Clube

Mais vagas para barcos no trapiche 3

A área da piscina ganhará um novo projeto

O MINUANO42

Outro trabalho de importância que está sendo implementado é o da regularização de alguns prédios do clube que não possuíam habite-se. Os projetos de regularização foram aprovados em outubro de 2012 junto a SMOV a as obras de ajustes já estão em curso na atual comodoria. A prin-

cipal é a da sede administrativa que passará por uma reforma para melhor atender os nossos associados.

Referente à legislação de preven-ção de incêndios a atual comodoria está adequando o PPCI (Plano de Pre-venção e Proteção Contra Incêndios), que apesar de já existir está sendo atu-alizado e implementado em vista de algumas mudanças de utilização de alguns prédios do clube.

O prédio da antiga loja do clube está sendo adequado para abrigar ati-vidades da Escola de Vela Minuano. Esta decisão levou em consideração uma avaliação a respeito das carac-terísticas e necessidades referentes à estrutura da loja tanto na manutenção do estoque quanto no atendimento pelo pessoal da área administrativa do clube que tinha que se deslocar desta área para abrir a loja. A loja re-abrirá em breve e estará localizada na secretaria administrativa do clube que será totalmente remodelada no pro-cesso de adequação e regularização em curso.

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