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Trabalho de grupo sobre o desenvolvimento de um novo serviço Serviço a desenvolver: Mestrado em Engenharia & Gestão Industrial Grupo de trabalho: Catarina Inês Fernandes de Sousa 50372 Juliana Rocha Alves da Silva 61547 Maria Inês Vieira Veloso 50648 Docente: Prof. Doutora Irina Saur-Amaral Desenvolvimento de Novos Produtos – 2013/2014 Espaço de lazer, estudo & cultura

O Mocho DNP2014

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Desenvolvimento de novos produtos

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Trabalho de grupo sobre o desenvolvimento de um novo serviço

Serviço a desenvolver:

Mestrado em Engenharia & Gestão Industrial Grupo de trabalho:

Catarina Inês Fernandes de Sousa 50372 Juliana Rocha Alves da Silva 61547 Maria Inês Vieira Veloso 50648

Docente:

Prof. Doutora Irina Saur-Amaral

Desenvolvimento de Novos Produtos – 2013/2014

Espaço de lazer, estudo & cultura

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Desenvolvimento de Novos Produtos

Catarina, Maria e Juliana – Mestrado em EGI «o mocho»

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Índice do trabalho

1. Introdução................................................................................................................................ 3

2. Serviço atual que se pretende melhorar ......................................................................... 4

2.1. Breve descrição do serviço ......................................................................................................................... 4

2.2. Formas de “comercialização” atual ........................................................................................................ 6

3. Necessidades dos utilizadores atuais deste serviço ..................................................... 7

3.1 Perguntas efetuadas no inquérito ............................................................................................................ 8

3.2 Respostas apuradas ......................................................................................................................................... 8

3.3 Sugestões apresentadas pelos inquiridos ......................................................................................... 11

3.4 Conclusões da avaliação de necessidades ......................................................................................... 12

4. Metodologia para o desenvolvimento do novo serviço ............................................. 13

5. Desenvolvimento do novo serviço .................................................................................. 15

5.1. Compreensão do problema...................................................................................................................... 16

5.2. Divergência criativa ..................................................................................................................................... 17

5.3. Convergência criativa ................................................................................................................................. 18

5.4. Caraterização do serviço a desenvolver............................................................................................ 20

5.5. Prototipagem e teste de serviço junto dos utilizadores atuais e potenciais .................. 27

5.6. Propriedade intelectual ............................................................................................................................. 30

5.7. Proposta de lançamento no mercado ................................................................................................. 31

6. Discussão ................................................................................................................................ 32

6.1 Pontos fortes do serviço desenvolvido ............................................................................................... 32

6.2 Pontos fracos do serviço desenvolvido .............................................................................................. 32

6.3 Riscos associados ao lançamento .......................................................................................................... 33

7. Conclusões ............................................................................................................................. 34

Referências bibliográficas ................................................................................................................................. 35

Anexos ......................................................................................................................................................................... 36

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1. Introdução

O presente trabalho foi desenvolvido no âmbito da unidade curricular de

Desenvolvimento de Novos Produtos do Mestrado de Engenharia e Gestão Industrial da

Universidade de Aveiro. Foi lançado o desafio de se desenvolver ficticiamente um novo

produto ou serviço apresentando todos os passos tomados na sua criação bem como a

pesquisa da viabilidade do mesmo no mercado presente.

O grupo desde início optou por desenvolver um novo serviço que fosse de encontro às

necessidades dos jovens residentes em Aveiro uma vez que colidiria com os problemas

sentidos pelo setor estudantil do qual os elementos do grupo fazem também parte. Nesse

sentido, as ideias iniciais surgiram no âmbito da oferta e do conforto de espaços de

estudos na cidade aveirense, principalmente durante a noite e madrugada. A principal

preocupação prendia-se com espaços que reunissem condições apropriadas à realização

de todas as atividades básicas e diárias de um estudante, de forma a que este não tivesse

que se deslocar a outros locais para as fazer.

Procedeu-se inicialmente à técnica de divergência criativa através de vários métodos,

tendo sempre em consideração as necessidades dos consumidores, finalizando na

convergência criativa. Serão tratados ao longo do trabalho etapas abordadas para a

construção final da ideia, como testes de conceito e de produto de forma a melhorar o

serviço até lá criado e aproximá-lo o máximo possível da realidade e da atratividade para o

futuro cliente. Não esquecendo claramente de todas as questões legais inerentes à

inauguração de um nosso serviço, neste caso de restauração, como a propriedade

industrial do mesmo.

Encontram-se explícitos todos os passos de criação do serviço de restauração denominado

de «O mocho» - espaço de lazer, estudo e cultura, bem como todos os aspetos tidos em

conta durante o processo completo.

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2. Serviço atual que se pretende melhorar

2.1. Breve descrição do serviço

O serviço que apresentamos é concedido através de um espaço de lazer, estudo e cultura.

Ligado ao setor da restauração, o nosso conceito visa ser mais abrangente do que um

simples serviço de alimentação e lazer. Pretende-se criar um conceito único e raro no país.

Conceito esse que visa interligar componentes como a cultura, bibliografia, internet,

música, filmes, comida saudável e um local de estudo direcionado ao estudante

académico. Por forma a esquematizar a nossa ideia primordial, repare-se na imagem

seguinte que enumera os serviços a disponibilizar no nosso espaço.

Figura 1: Figura esquemática das componentes do serviço prestado

6. Mocho store

5. Bem-estar

4. Música e Cinema

3. Cultura

2. Livros

1. Estudo

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Why? Combater as necessidades de estudo dos estudantes bem como o pouco

contacto com a cultura, em Aveiro.

How? Disponibilizar um espaço calmo e agradável para estudar e vivenciar momentos culturais diversos.

What? Proporcionar um espaço lounge, calmo e repleto de pequenos serviços que satisfaçam o quotidiano académico do estudante típico de Aveiro:

Espaço de 2 andares distinguindo os grupos de estudo das pessoas individuais

revigorado com as condições ideais para o estudo: tomadas elétricas para ligar os computadores portáteis, mesas grandes, cadeiras confortáveis, etc.

Horário prolongado de funcionamento.

Preço enquadrado no contexto socioeconómico.

Refeições de intervalo: pequeno-almoço, lanche da tarde, lanche da noite. Este tipo de

alimentação tem dois principais objetivos: não fazer concorrência direta aos serviços de restauração próximos e criar hábitos de comida saudável, através de várias refeições ao dia sob a forma de um buffet repleto de fruta, batidos, iogurtes e cereais.

Serviço de empréstimo de livros, entre clientes e entre utilitários – proprietário do

serviço.

Semanas ou dias temáticos: do livro, do filme, do tema em discussão aberta.

Atividades, workshops, concursos de ideias e debates culturais, musicais,

cinematográficos, etc.

How What

Why

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2.2. Formas de “comercialização” atual

O único conceito idêntico disponibilizado pela concorrência é o que apresentamos de

seguida. Conceito e café este que desconhecíamos em absoluto, e como se poderá ver em

anexo, foi resultado de um dos muitos contributos do nosso público inquerido.

Situa-se no Polo II da Universidade do Porto e conta com uma base de colaboradores,

como é possível consultar em:

http://elearningcafe.up.pt/

https://www.facebook.com/elearningcafeasprela

Figura 2: Página do facebook do “E-learning Café Asprela” no Porto

O e-learning café é um espaço inovador da Universidade do Porto destinado ao lazer,

convívio, estudo e aprendizagem. Neste local, situado no Pólo Universitário da Asprela,

encontram-se disponíveis recursos de multimédia e didáticos (computadores, internet

wireless 'eduroam', livros, cacifos, etc.). Aberto a estudantes, professores e demais

membros da comunidade académica do ensino superior.

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3. Necessidades dos utilizadores atuais deste serviço

Por intermédio de uma plataforma online disponibilizada pela Google, difundiu-se um

inquérito para avaliar as necessidades sentidas nos estudantes de Aveiro.

Apuraram-se conclusões muito esclarecedoras: umas reveladoras outras nem tanto. Este

inquérito conta com 115 respostas e em anexo encontram-se os resultados completos do

estudo, pelo que de seguida, dar-se-á apenas o realce e enfoque às temáticas mais

relevantes para o desenvolvimento do nosso serviço.

Figura 3: Aspeto do questionário disponibilizado à comunidade académica aveirense

Através da rede social Facebook foi possível analisar também a necessidade demonstrada

pelo comum estudante aveirense que não quer estudar em casa ou até que pretende

juntar-se com o seu grupo de trabalho e carece de um sítio para o fazer e à noite, como

exemplificamos a partir deste exemplo real e bastante recente.

Figura 4: Partilha de um comentário alusivo à temática no Facebook.

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3.1 Perguntas efetuadas no inquérito

Sentes frequentemente a falta de um local para estudar (em Aveiro)?

Assinala as tuas preferências para eleger um local de estudo.

Agrada-te a ideia de poderes usufruir de um espaço onde se possa estudar, ler, conversar

ou trabalhar em grupo aliado a uma zona de comida saudável?

Agrada-te a ideia de não teres de sair do teu local de estudo para "lanchar"?

Aquando a abertura do nosso espaço de lazer, estudo e cultura, quais destas ações

frequentarias?

Agrada-te a ideia de existir um cartão de sócio aliado a regalias como um cacifo e descontos

nas refeições ou estadias prolongadas no espaço?

Sabemos que estás disposto a gastar pouco dinheiro! Achas que o pagamento de 2€ é

adequado ao serviço de 1 das nossas 3 refeições + estadia prolongada no nosso "lounge space"

com acesso a internet, eletricidade e espaço amplo para trabalhar sozinho ou em grupo?

3.2 Respostas apuradas

Número de respostas: 115

Homens: 32%

Mulheres: 68%

Idades mais frequentes: 18 aos 28

Estudantes em Aveiro:

Sim: 90%

Não: 10 %

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Áreas de estudo:

Sentes frequentemente a falta de um local para estudar (em Aveiro)?

Sim: 64%

Não: 36%

Assinala as tuas preferências para eleger um local de estudo:

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Agrada-te a ideia de poderes usufruir de um espaço onde se possa estudar, ler,

conversar ou trabalhar em grupo aliado a uma zona de comida saudável?

Sim: 97%

Não: 3%

Agrada-te a ideia de não teres de sair do teu local de estudo para "lanchar"?

Sim: 97%

Não: 3%

Aquando a abertura do nosso espaço de lazer, estudo e cultura, quais destas ações

frequentarias?

Agrada-te a ideia de existir um cartão de sócio aliado a regalias como um cacifo e

descontos nas refeições ou estadias prolongadas no espaço?

Sim: 90%

Não: 10%

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Sabemos que estás disposto a gastar pouco dinheiro! Achas que o pagamento de 2€ é

adequado ao serviço de 1 das nossas 3 refeições + estadia prolongada no nosso "lounge

space" com acesso a internet, eletricidade e espaço amplo para trabalhar sozinho ou em

grupo?

Sim: 91%

Não: 9%

3.3 Sugestões apresentadas pelos inquiridos

“Uma das coisas que acho muito úteis é um microondas ao serviço dos

utentes. Outra é deixarem o espaço aberto até às 7 da manhã caso tenham mais de

10 utentes na casa.”

“É sempre um ponto positivo quando têm em atenção as várias dietas como o

vegetarianismo, veganismo, etc.”

“Os cacifos podiam também ser usados para guardar mochilas de turistas e afins,

por exemplo 2 euros por dia”.

“Isto parece-me muito bem! Uma espécie de Bar das Residências mas com

melhorias. Quanto aos estudantes terem pouco dinheiro, é bem verdade. E no meu caso, e

de muitos colegas, uma coisa que fazemos é levar o nosso próprio lanche para poupar

uns trocos. Será que poderiam aceitar isso? Sugiro algum cuidado em relação às cadeiras, é

importante serem confortáveis. Seria também interessante ter uma zona diferente para

fazer pausas entre o tempo de estudo, por exemplo, com bolas antisstress para os

utilizadores, revistas, jogos rápidos... Também seria interessante se estivessem disponíveis

algumas dicas/materiais sobre como melhorar os métodos de estudo e de organização. Ou

mesmo que houvesse presente uma espécie de "consultor".

“Excelente ideia esta que vos surgiu. Gostava que o projeto fosse para a frente

como planeado.”

“Esta é uma ideia brilhante. É mesmo um espaço destes que falta em Aveiro.”

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“Sinto mais a falta de um espaço de convívio onde haja muito espaço para

sentar (ou deitar) e seja mais direcionado para a conversa do que estudo mais

propriamente. (pufs em vez de cadeiras?) Direcionado para estudantes universitários

com design e ambiente apropriados, onde disponibilizem jogos de tabuleiro. (Com vista

para a ria de preferência). Bom Trabalho”.

“Acho bastante interessante a ideia e o conceito deste espaço! Mas acho que para o

funcionamento correto deste espaço iam necessitar de um espaço relativamente grande

para poderem conjugar calma e silencio nas salas de estudos com os ruídos da

cozinha/espaço de lazer pois são 2 fatores que podem vir a afastar pessoas que gostam de

estudar em silencio, na minha opinião. Boa sorte!”.

“Gostei bastante do conceito. Já que não querem ser concorrência direta aos bares

e restaurantes, que tal disponibilizarem uma área para os utilizadores do vosso espaço

puderem levar refeições de casa e puderem aquecê-las no microondas ou guardá-las no

frigorífico.”

Gostaria que me enviassem um e-mail ([email protected]) com as

novidades, nomeadamente, quando é a abertura e onde será esse espaço. Muito obrigada!

“Nem toda a gente gosta de estudar com música por mais adequada que seja.

Era importante talvez haver essa preocupação onde pudesse cada pessoa optar pela

música ou não. Um exemplo, talvez seja a pessoa poder ouvir música caso leve uns

auriculares e os ligue a um sitio que possa ouvir a música que esteja a passar. Quem optar

por não a ouvir estará à vontade. Outra solução será haver duas salas distintas, ou mesmo

que não haja a música.”

3.4 Conclusões da avaliação de necessidades

Necessidades dos consumidores Comentários Ambiente calmo, confortável, puffs

Decoração que transmita tranquilidade (uso de cor branca e verde)

Tomadas elétricas suficientes Instalação de variadas tomadas (incutidas também no chão) e disponibilização de triplas elétricas

Internet Acesso a internet wireless de alta velocidade

Música adequada Passagem de música ambiente, calma e de baixo volume. Disponibilizar alternativas para quem não pretender ouvir música e para quem pretender ouvir a sua própria música

Dias temáticos de música e cinema

Incidir dias temáticos para as áreas musical e do cinema

Cacifos Disponibilizar requisição de cacifos para clientes guardarem os seus bens e materiais de estudo

Microondas Rejeitar esta opção uma vez que entraria em conflito com o serviço de restauração prestado pelo «O mocho»

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4. Metodologia para o desenvolvimento do novo serviço

Pensamento Divergente

A divergência criativa assenta na estratégia do pensamento divergente, cujo objetivo

consiste em gerar muitas ideias diferentes sobre um tema num curto período de tempo.

Esta estratégia envolve a quebra de um tema nas suas diferentes componentes, a fim de

obter uma visão sobre os diversos aspetos do tema e ocorre de maneira espontânea, de

modo que, as ideias são geradas de forma desorganizada e aleatória

A técnica usada para estimular o pensamento divergente foi o brainstorming e

posteriormente o método “335” (adaptação do método “635”).

O brainstorming é uma técnica que envolve a germinação de uma série de ideias de forma

criativa e instintiva, não-estruturada, onde o objetivo é gerar tantas ideias quanto possível

num curto período de tempo. A função fundamental do brainstorming é "apanhar boleia",

ou usar uma ideia para estimular outras ideias. Durante o processo de brainstorming,

todas as ideias são apontadas, e nenhuma ideia é desconsiderada ou criticada. Depois de

uma longa lista de ideias geradas, pode-se voltar atrás e rever as ideias para criticar o seu

valor ou mérito.

No método “335”, em vez da recorrência a 6 pessoas como ocorre no método original

“635”, apenas tivemos em conta nós mesmas, que gerámos 3 ideias/soluções num papel

em apenas 5 minutos. Após este tempo decorrido sobre as ideias chave, aplicar-se-á um

género de brainwriting, onde se irá incidir críticas e sugestões de melhoria sobre cada

ideia apresentada por nós.

Pensamento Convergente

Seguido do pensamento divergente, as ideias e as informações são organizadas e

selecionadas utilizando o pensamento convergente, cujo objetivo consiste em, a partir das

ideias geradas anteriormente, filtrar as mais apropriadas para o objetivo inicial até

selecionar a ideia final. Esta convergência poderá ser feita através de votação, matriz

multicritério, consenso, entre outras metodologias. Sendo que a técnica escolhidas pelo

grupo foi a votação.

A votação consiste na atribuição de votos às ideias, permitindo avaliar e dar prioridade às

ideias que obtiverem mais aceitação. O grupo usou esta técnica através da atribuição de

pontos autocolantes verdes às ideias para prosseguir, e pontos autocolantes vermelhos, as

ideias para eliminar, sendo que as ideias que obtiveram mais autocolantes verdes foram as

que foram escolhidas efetivamente. A opção por este método assenta na evidência de

sermos um grupo de 3 elementos, pelo que deste modo sendo um número ímpar não iria

causar situações de empate e conflito de ideias.

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Teste de Conceito

O desenvolvimento do teste de conceito permite avaliar a recetividade de um novo

produto ou serviço, o nível de necessidade do mercado, o valor percebido pelo público, a

intenção de utilização e, ainda, ajuda a definir qual o público-alvo e com que frequência o

utilizaria, com a finalidade de verificar se o conceito tem o potencial de ser um sucesso, de

ser uma tentativa com probabilidade de sucesso ou de ser um fracasso.

É importante que o conceito do produto, tenha clareza, pois o produto ou serviço a desenvolver pode ter diversos significados sob a ótica do cliente, sendo que, todos os aspetos que são relevantes devem estar explícitos e capazes de serem percebidos pelos consumidores.

Este teste foi realizado através de um questionário já referido e explicado anteriormente,

em que o conceito d´«O mocho» foi apresentado e testado através da abordagem

relativamente ao conceito diante de colegas, amigos, conhecidos e desconhecidos.

Teste de produto/serviço

O teste de produto ou estudo de mercado é uma atividade orientada para antever a

aceitação do produto ou serviço a desenvolver, e a sua adesão por parte do público-alvo,

através da apresentação do serviço em cenários de mercado o mais realistas possíveis,

com a finalidade de estimar as receitas futuras e averiguar as possibilidades de se obter

resultados compensadores depois de feito o investimento. O objetivo do teste de produto é

garantir a elevação efetiva da qualidade de vida dos consumidores, observadas as

condições da concessão e garantir a obtenção do lucro.

O estudo de mercado compõe-se, basicamente de dois estudos parcelares, o estudo dos

consumidores e o estudo da concorrência, em que a recolha da informação, deve ser objeto

de análise e permitir ao investidor tomar decisões, com um mínimo de risco, no que diz

respeito ás características que o produto ou serviço deve possuir para ser bem aceite pelos

consumidores e no que diz respeito à política de marketing que a empresa deve

implementar, para atingir, eficazmente, o público-alvo.

Este teste foi realizado através de entrevistas realizadas maioritariamente aos estudantes,

na universidade de Aveiro e proximidades, em que foi abordado o espaço «O mocho» e

obtido o feedback dos possíveis clientes do nosso espaço.

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5. Desenvolvimento do novo serviço

Com vista ao desenvolvimento de um novo produto/serviço devemos começar pela

preocupação de “definir” e compreender o problema, nesta primeira fase deve ocorrer a

identificação de oportunidades em que as ideias são especificadas, comparadas e

selecionadas, seguida da geração de ideias relativamente ao problema/oportunidade, pois

não há nada melhor do que começar o processo de desenvolvimento de um

produto/serviço através da busca de ideias, já que o mercado está muito competitivo e as

ideias valem “ouro”. Existem várias técnicas que facilitam a geração de ideias, que devem

ser utilizadas para se obterem melhores resultados.

Depois de se utilizar uma ou varias técnicas de geração de ideias para o novo produto ou

serviço, é o momento de reduzir este número de ideias, através da seleção das ideias que

são realmente atraentes e interessantes, também com o auxilio de outras técnicas de

seleção de ideias.

Após a avaliação das ideias para o novo produto/serviço, é o momento de desenvolver

aquela ou aquelas que foram considerados interessantes, no sentido de concretizar essas

soluções.

Divergência criativa Convergência criativa

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Necessidade de um espaço/café cultural aberto

todo o dia.

Necessidade de locais de estudo fora

de casa.

Locais de estudo (biblioteca), geralmente

lotados e horário de funcionamento limitado.

Locais de estudo alternativos (cafés) pouco aproriados (barulhentos e

pouco acolhedores).

Necessidade de locais de estudo com zona

de lazer e cultura para descontrair em intervalos de estudo.

Necessidade de locais de distração para

convivência e troca de ideias depois de algum

tempo de estudo.

Necessidade de lanchar num local em

que se pretende estudar durante mais

de 3 horas.

Necessidade fisiológica de alimentação de 3 em 3

horas.

5.1. Compreensão do problema

Muitas vezes é útil envolvermo-nos em autoanálise e foi o que o grupo inconscientemente

começou a fazer, no sentido de encontrar uma oportunidade de inovação, tendo em conta

algumas das necessidades comuns da nossa geração (estudantes universitários). Surgiram

respostas a questões como: O que fazemos para passar o tempo?; Quais são as nossas

atividades durante um dia normal?; Quais são as nossas áreas de especialização?; O

que gostamos? Quais são os nossos hobbies?; Quais os nossos interesses?; O que nos

incomoda?; E o que gostaríamos de mudar no nosso mundo ou vida?. E foi a partir

desta autoanálise que surgiu a ideia de desenvolvermos um espaço cultural que fosse de

encontro com as nossas crenças, valores, e necessidades.

A partir da definição do nosso problema que consistiu na inexistência de um lugar

agradável, criativo e confortável para a comunidades estudante universitária passar o

tempo de forma útil, passamos a utilizar o diagrama “Porquê – Porquê” para melhor

compreender as razões do nosso problema de acordo com as necessidades do nosso

público alvo.

Diagrama «Porquê?– Porquê?»

Figura 5: Diagrama “Porquê-Porquê”

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5.2. Divergência criativa

Apresentam-se de seguida as ideias por nós desenvolvidas aquando da fase de divergência

criativa, através da técnica “335”, em que cada elemento do grupo escreveu as ideias que

lhe surgiram relativamente ao nosso espaço de cultura lazer e estudo, durante 5 minutos,

e os resultados obtidos foram os seguintes:

Reunidas as ideias, estas foram discutidas e criticadas no sentido de se perceber a sua

aplicação e viabilidade no nosso espaço bem como a sua recetividade por parte do público-

alvo, sendo que todas as ideias foram bem acolhidas e aprovadas por todos os elementos

do grupo, tendo sido aproveitadas para caracterizar e destacar o nosso serviço.

Dias temáticos: do livro, do filme…

Workshops e Concursos

Refeições saudáveis e económicas

Local amplo de estudo diferenciado

Momentos de cultura

Espaço Zen

Empréstimo de livros e apontamentos

Aberto durante a noite

Tomadas elétricas, mesas grandes e cadeiras confortáveis

Catarina

Maria

Juliana

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5.3. Convergência criativa

A técnica de votação foi usada na escolha do logótipo, do nome, do local do espaço e do

público-alvo entre outras apreciações, através da seleção das ideias com maior número de

autocolantes verdes.

Votação

Logótipo:

Público-alvo:

Nome do espaço:

Local do espaço:

Refeições:

Estudantes em

geral

Estudantes

universitários

“O mocho” “Study Lounge”

Bairro do liceu Atrás da

Universidade

Pequenas

refeições (lanches)

Almoços, jantares e

lanches

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Desenvolvimento de Novos Produtos

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Material:

Horário de funcionamento durante a noite:

Depois de feitas as votações, as opções a efetivamente serem aplicadas foram, no caso do

logótipo, o símbolo apresentado na capa do trabalho, relativamente ao público-alvo,

foram escolhidos os estudantes universitários, uma vez que são o público que mais

necessita e valoriza um espaço como o nosso, no que diz respeito ao nome do espaço, foi

selecionado «O mocho» pelo simbolismo associado ao nosso conceito, relativamente ao

local ideal para se localizar o nosso espaço, foi escolhido o Bairro do Liceu, por ser um

ponto de referência para os estudantes e o local com maior aglomerado de moradores

universitários, no que diz respeito às refeições a opção escolhida foi a das pequenas

refeições (lanches) uma vez que não queremos focar o nosso espaço nesse ramo, a nível do

material disponibilizado optamos por não disponibilizar computadores uma vez que os

estudantes em geral preferem trabalhar no seus próprios portáteis e os transportam para

o local de estudo, e por fim relativamente ao horário de funcionamento durante a noite,

optamos pelo encerramento dependente de um número mínimo de 15 clientes depois das

3h da manhã, isto é, o horário de encerramento é as 3h horas caso o espaço não tenha pelo

menos 15 clientes.

Teste de Conceito

O teste de conceito foi conseguido através do questionário, sendo que os canais utilizados

para a divulgação do mesmo foram as redes sociais, como os grupos de Facebook, Fóruns

Online e o envio por e-mail, e a partir da abordagem do conceito diante de colegas, amigos

e conhecidos. Sendo que de facto a recetividade ao questionário e ao próprio conceito do

espaço, foi notória, como podemos constatar no número de respostas alcançadas.

O contacto presencial com familiares, colegas e amigos foi feito de forma informal através

de conversações e feedback juntamente com brainstorming não-estruturado.

Através deste teste conseguimos apurar que a recetividade é bastante alta e conseguiu-se

recolher ideias por parte dos participantes que foram utilizadas posteriormente no

aprimoramento do serviço em questão.

Disponibilidade de

Computadores

Não existência de

computadores

Dependente do

número de pessoas Aberto 24h

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Desenvolvimento de Novos Produtos

Catarina, Maria e Juliana – Mestrado em EGI «o mocho»

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5.4. Caraterização do serviço a desenvolver

«O mocho» é um serviço completo de conforto académico que permite ao nosso corpo e

alma um bem-estar tal, que de nada sentimos falta quando estamos neste espaço lounge.

De seguida apresentam-se as especificações de cada uma das 6 componentes constituintes

do nosso espaço cultural.

1. Estudo

«O mocho» dispõe de 2 andares distintos para estudo diferenciado. É sabido que nem

todos os estudantes têm os mesmos hábitos para estudar, por isso, pensámos neles ao

subdividir o espaço em duas áreas. O espaço dispõe de um primeiro andar destinado ao

estudo individual e um segundo de trabalho em equipa, mais suscetível a pequenos

momentos de conversa e diálogo.

O estudo n’«O mocho» é possível durante o dia e durante a noite, salvo o número

suficiente de pessoas para justificar a permanência do serviço durante a noite até ao

máximo de 4h30min da madrugada. Considera-se que a partir de 15 pessoas presentes no

espaço é justificativo para manter o local aberto, sendo que o piso de estudo em grupo

fecha, numa ótica de poupança de energia, e mantém-se as pessoas na sala de baixo.

2. Livros

Citando um escritor bem português:

«Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos

conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo»

Fernando Pessoa

Pretendemos proporcionar momentos de leitura e estudo intensivo impulsionando o

companheirismo entre colegas de universidade.

Sistema de troca de livros de leitura Empréstimo e doação de manuais académicos

Este dia é dedicado a um livro em específico, podendo estar sujeito a uma apresentação de

um livro novo, homenagem a um autor ou ainda uma conversa aberta sobre determinado

livro proporcionada pelo autor ou por um leitor aleatório.

2ª segunda-feira de cada mês:

Dia do livro

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3. Cultura

«A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão

constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem.»,

Ortega y Gasset

Aveiro precisa de cultura urgentemente. Precisa de espaços de dinamização e acolhimento

de talentos por aí escondidos ou oprimidos por falta de oportunidade ou de acreditação.

Nós acolhemos esses talentos e queremos dinamizá-los.

Queremos estimular a tua cultura geral através de “quizzes” interativos ao género do

“Quem quer ser milionário” e vinculamos esta atividade ao dia da Cultura Geral.

Queremos dias de conversas temáticas, debates ou conversas abertas sobre

determinados temas, assuntos ou controvérsias atuais mediáticas.

Queremos também que se cultive o espírito artístico em Aveiro. O bailado, a pintura, a

escrita livre, o teatro, a fotografia e tantos mais que possamos desconhecer ainda.

Pensamos que neste sentido devemos envolver o mais possível a comunidade aveirense

estudante ou não. Sabemos que o Bairro do Liceu é repleto de meios para tornar tudo isto

possível, assim, achamos que mais uma vez o estreitamento de relações com os “vizinhos”

é uma mais-valia para o estudante, para o cidadão comum e para «O mocho».

A EBA, o CMJ e a ABA serão nossos aliados na sua divulgação de atividades e quiçá até algo

mais interativo com o utilizador d’«O mocho». Por outro lado, o Departamento de

Comunicação e Arte e o Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro terão

um lugar cativo no nosso estabelecimento, uma vez que são parte integrante da

universidade e é um canal de ligação bastante rápido e próximo com o restante estudante.

Parceiros:

1ª quarta-feira de cada mês:

Dia da Cultura Geral

3ª terça-feira de cada mês: Conversa aberta/ Debate

Sábado:

Dia da arte

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4. Música e Cinema No âmbito musical pretende-se proporcionar ao utilitário um ambiente calmo, propício a

boas reflexões, horas de estudo, momentos de plenitude acompanhados de alguma

distração quando assim for oportuno nos momentos disponibilizados para tal.

De entre os vários géneros musicais a nossa aposta vai na direção do que se considera

jovem, tranquilo e até mesmo em prol do estímulo do raciocínio, como é o caso da música

clássica. Pretende-se proporcionar o máximo de conforto musical aos nossos clientes, mas

sem nos distanciarmos do nosso conceito.

Os momentos musicais que queremos proporcionar passam por:

Música ambiente em ambos os pisos de trabalho.

Blues

Country Blues

Rock

Alternativo

Jazz

Britânico

Chill Out

Indie

Piano Blues

R&B

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Tanto no piso individual como no de trabalho de grupo, o volume da música é ajustável de

acordo com o aglomerado de pessoas que se fizer sentir, permitindo a quem preferir ouvir

a sua própria música o uso de headphones ou ainda alugar o aparelho na nossa casa

comercial.

O mocho dispõe de várias plataformas de disponibilização online e gratuita de boa música

sem incorrer a atos piratas.

Figura 6: Playlists de reprodução de música no spotify

Plataformas de disponibilização:

Coletâneas de músicas disponíveis em estantes para aluguer ou depósito de

material doado pelos consumidores.

Atuações de bandas ao vivo Preferencialmente bandas locais, alternativas, jovens e de acordo com alguns dos estilos

musicais já mencionados.

Conversas temáticas sobre novos álbuns

Não haverá um dia pré-estabelecido dedicado à música, estando subentendido que as

dinâmicas se realizem de acordo com a saída dos álbuns ou até de acordo com os dias mais

propícios a harmonizar os momentos musicais.

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O cinema considerada a sétima arte é uma porta de conhecimento vital para qualquer

pessoa, mas para os jovens é um estado de abertura de mente, sensibilizando-os para

contextos interculturais distintos, pensamentos discordantes e hábitos incompatíveis.

Conhecer o que se passa para além do nosso país sem sair dele é uma vantagem

tecnológica que devemos aproveitar em sentido lato com vista ao melhoramento da nossa

pessoa enquanto um ser humano em construção.

Uma vez que pretendemos estabelecer boas relações com clientes e vizinhos, achamos por

bem estabelecer um contacto próximo com a Vídeo Norte, para ser nossa parceira na

cedência de DVDs para as noites de cinema.

Parceria com:

5. Bem-estar

A abordagem ao bem-estar é feita através da disponibilização de menus saudáveis no

período da manhã (11h30), período da tarde (16h) e madrugada (2h); espaço zen

destinado a momentos de descontração e por último a consciencialização ambiental

direcionada para a política dos 4R’s (Recuperar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar).

As refeições “fora d’horas” assentam no princípio da comida leve e saudável que sacie as

necessidades básicas de acordo com o tempo decorrido no estabelecimento. Deste modo

pretendemos disponibilizar produtos à base de leite, cereais, fibras, batidos, iogurtes,

chá, café, pão integral, fruta, croissants, etc. para o período da manhã. Sendo que no

período da tarde se adicione produtos alimentícios mais à base de sandes nutritivas,

batidos e buffets de salgadinhos de vegetais. Já no período da madrugada contaremos

ainda com opções de menus complementares com vista à estimulação do raciocínio, como

o chocolate por exemplo.

É de referir que posteriormente pretendemos contar com o apoio de nutricionistas ou até

mesmo de estudantes interessados em partilhar conhecimento especifico com «O mocho»,

por forma a criar planos variados de alimentação ao longo do tempo.

Parceria:

2ª e 4ª sexta-feira de cada mês:

Dia do filme/documentário

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O espaço zen é destinado a quem queira desfrutar de momentos de descanso e plenitude

absoluta durante algum tempo predeterminado. Dispõe de puffs e sofás confortáveis,

paisagens tranquilizantes e total comodidade cedida ao utilizador.

Figura 7: Protótipo do Espaço Zen

Serviço verde

Sendo o mocho um local calmo, associado à cor verde pela sua paz e plenitude, não poderia

falta a zona verde ligada à sensibilização do bem-estar do meio ambiente. Adjacente a esta

caraterística estão adjacentes conjunturas de sensibilização do meio ambiente e promoção

de materiais abrangidos pela política dos 4R’s. Estaremos sempre recetivas a propostas de

comercialização de produtos adequados ao conceito d’«O mocho» que visem a aplicação

destas práticas.

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6. Mocho store

O «Mocho store» é o balcão de acolhimento a serviços complementares a’«O mocho». Este

atendimento surge com a necessidade de uma secção de gestão de conteúdos alusivos à

lotação das salas, requisição de material (apontamentos, livros), compra de senhas de

refeição, aluguer ou compra de material tecnológico.

Achamos que esta divisão é fulcral para o funcionamento inteligente do espaço, onde esta

espécie de loja surge aliada à necessidade de criar fontes de rendimento que suportem o

investimento inicial.

Assim, neste espaço poderás:

Registar o teu número de sócio que te permitirá descontos em loja;

Fotocopiar documentos (limitadas a 30 por pessoa);

Alugar cacifos;

Requisitar ou partilhar material de apoio ao estudo;

Consultar livros e material didático disponível.

Adquirir pequenos aparelhos eletrónicos: pen, headphones, ratos de computador, etc.

Alguns destes aparelhos será permitido o aluguer por tempo limitado.

Adquirir material de papelaria/escritório. «O mocho» dispõe de blocos,

canetas, lápis, etc. da sua marca.

Figura 8: Protótipo do «Mocho store»

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5.5 Prototipagem e teste de serviço junto dos utilizadores atuais e

potenciais

Logótipo

O logótipo d’«o mocho» faz-se

rodear dos símbolos que caraterizam

o espaço: conversas, livros, música,

cultura geral (o globo), filmes,

refeições ligeiras, tomadas

elétricas e rede wireless.

«Mocho»: animal noturno; símbolo da sabedoria.

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Espaço

(Sims)

Figura 9: Localização d’«O mocho» no Bairro do Liceu em Aveiro

Figura 10: Protótipo do espaço

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Teste de Serviço

Este teste foi realizado através de entrevistas filmadas, realizadas maioritariamente aos

estudantes, na Universidade de Aveiro, onde se obteve a opinião dos entrevistados

relativamente às caraterísticas do serviço bem como às atividades a serem desenvolvidas

no espaço, localização ideal, entre outras questões abaixo indicadas.

Perguntas efetuadas no teste de serviço

Sabias que podias estar neste momento a estudar n’«O mocho»?

Sentes necessidade de um espaço para estudares à noite, sozinho(a) ou com os

teus colegas?

Qual seria para ti o local ideal para se localizar «O mocho»?

Achas que a cultura em Aveiro precisa de ser dinamizada?

O que achas da existência de dias temáticos?

Estás disposto a trocar apontamentos n’«O mocho» e com isso ter desconto nos

lanches?

A que associas a palavra «mocho»?

O vídeo está disponível no canal YouTube através do link:

http://www.youtube.com/watch?v=ziW_XCfPD14&feature=youtu.be

O feedback obtido foi bastante positivo e permitiu verificar a viabilidade do serviço, bem

como a sua recetividade e provável adesão.

As pessoas demonstraram bastante interesse em ter um espaço deste cariz dedicado ao

estudante académico, sublinharam a importância de ser um local amplo e perto da zona

residencial com maior concentração de estudantes, o Bairro do Liceu.

Percebemos que devíamos ter em conta as pessoas que gostam de estudar no silêncio e

que estas devem ter tantas condições para o fazer como as restantes.

Daqui e de mais algumas opiniões tecidas no vídeo, o nosso projeto de serviço sofreu

alterações e retificações fulcrais para agora apresentar este aspeto final e íntegro na sua

conceção e ideologia. Este processo resultou num momento de reunião e reflexão conjunta

que nos levou a incidir novas áreas temáticas n’ «O mocho», como por exemplo o “Espaço

Zen”, a “Mocho store”, etc.. Sem esta fase do projeto não teria sido possível aperfeiçoar o

nosso conceito de serviço até então desenvolvido.

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5.6 Propriedade intelectual

Licenciamento

Licenciamento é o processo legal pelo qual o detentor, criador ou autor de uma marca,

nome, logótipo, imagem ou qualquer outra propriedade intelectual, legalmente protegida,

autoriza ou cede o direito do seu uso num produto ou serviço, durante um determinado

período de tempo, numa área geográfica específica, em troca de um pagamento definido

ou de uma série de pagamentos na forma de royalties ou importância fixa.

«O mocho» poderá ser considerado, ao fim ao cabo, um espaço de restauração em termos

legais e portanto é imprescindível proceder ao seu licenciamento.

Os passos a serem tomados no licenciamento d’«O mocho» foram os seguintes:

Deslocação à entidade licenciadora – neste caso Câmara Municipal de Aveiro, e

verificação de se o espaço para «O mocho» tem uma licença de utilização

compatível com a atividade que se pretende desenvolver;

Perceber-se, a viabilidade do local para a implementação do serviço;

Preencher e submeter a declaração prévia de abertura/modificação do

estabelecimento;

O título de abertura do estabelecimento, e consequentemente a licença para se

iniciar de imediato o negócio, são constituídos pelo comprovativo da entrega da

declaração prévia e do pagamento das devidas taxas.

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Marca

Através do portal online do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, é possível fazer o

registo e respetivo pagamento da marca «O mocho».

A marca identifica os produtos ou serviços de uma empresa no mercado, distinguindo-os

dos de outras empresas.

Se a marca for registada, o seu titular detém um exclusivo que lhe confere o direito de

impedir, sem o seu consentimento, que terceiros utilizem símbolo igual ou semelhante, em

produtos ou serviços semelhantes ou afins (ou seja, o registo permite a proteção contra

cópias).

Uma vez que o serviço implementado contará também com material escolar e eletrónico

para venda, todo ele marcado com o logótipo anteriormente apresentado, cabe às

fundadoras d’«O mocho» pedir o direito exclusivo no mercado, do nome do nosso serviço

e do respetivo logótipo.

5.7 Proposta de lançamento no mercado

A proposta de lançamento

consiste num vídeo de muito

curta duração, bastante idêntico

ao que se pretende ser um

anúncio mediático, onde se

ilustram e enumeram as partes

integrantes do serviço.

Encontra-se disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=r36IvZ0pxyk&feature=youtu.be

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6. Discussão

6.1 Pontos fortes do serviço desenvolvido

Proximidade dos estudantes (localizado no centro habitado por estudantes);

Comida disponível no local de estudo;

Dinamização cultural (workshops, dias temáticos, ligação à música, arte,

cinema, leitura, dança, etc.);

Requisição de materiais tecnológicos (headphones, “tapa-som”);

Venda de material escolar no local de estudo (pens, cadernos, canetas,

fotocópias, etc.);

Escolha de estudo individual (1º piso) ou estudo/trabalho em grupo (2º piso);

Preço acessível em relação àquilo que é oferecido (luz + internet + um lanche –

por apenas 2€);

Disponibilização do Espaço zen – descanso do estudo e reflexão;

Serviço “verde” – apologista de reciclagem e componentes biodegradáveis;

Parceria com entidades locais (Videonorte, VegiFruit, etc.).

6.2 Pontos fracos do serviço desenvolvido

Incerteza de financiamento;

Não abrange determinado nicho de mercado – estudantes que gostam de

estudar em casa, por exemplo.

Grande investimento inicial;

Serviço novo, ainda sem posicionamento no mercado;

A concorrência embora indireta, pode não aceitar bem o projeto, caso este

interfira diretamente no seu negócio local.

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6.3 Riscos associados ao lançamento

Uma definição simples, envolvendo os conceitos de risco e incerteza, é dada por Solomon

& Pringle: «Risco é o grau de incerteza a respeito de um evento.», ou seja o cálculo do

risco pode ser definido como a tentativa de se medir o grau de incerteza na obtenção do

retorno esperado numa determinada aplicação financeira ou investimento realizado.

A estratégia para o lançamento de um novo serviço é cada vez mais importante nos dias de

hoje, pois tem um papel preponderante na sobrevivência, manutenção e crescimento

desse serviço, no sentido de se tentar garantir o seu desenvolvimento e de se tentar

garantir o seu sucesso. Para tal, a possibilidade de fracasso deve ser sempre equacionada,

pois nem sempre o desenvolvimento de um novo serviço ou produto tem sucesso e por

vezes existe um elevado grau de risco.

Há diversas razões para que o fracasso aconteça, e que podem estar associadas à previsão

de concorrência mais fraca do que a que realmente é, ao mau posicionamento do serviço

no mercado, à base do serviço ser mal feita, de fraca qualidade, ao preço de utilização ser

demasiado elevado ou à publicidade ser mal projetada, colocando em risco o retorno

esperado do investimento realizado.

Por estes motivos, o lançamento de um novo serviço, deve ter sempre em conta o seu

possível fracasso, que pode ser medido através de um estudo de mercado, através do

conhecimento dos consumidores, dos potenciais consumidores, dos mercados paralelos e

da concorrência, no sentido de se tentar conceder um serviço que entregue valor

acrescentado superior ao dos concorrentes, e assim entregar valor superior aos seus

clientes, assegurando a redução da incerteza e consequentemente do risco.

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7. Conclusões

A realização do presente trabalho foi bastante aliciante para o grupo. À medida que o

mesmo de desenrolava, a proximidade à realidade e ao pormenor levou à personalização

do serviço em questão de uma forma natural.

«O mocho» é sem dúvida um espaço necessário em Aveiro devido àquilo que oferece aos

estudantes citadinos que carecem de um local calmo para estudar e estar, tanto de dia

como de noite. Sem dúvida que reações como: “Esta é uma ideia brilhante. É mesmo um

espaço destes que falta em Aveiro.”, demonstraram a elevada recetividade que este serviço

viria a ter na cidade aveirense. O facto de conjugar variadíssimos serviços num único

serviço, culminando na simbiose perfeita entre estudo, cultura e lazer, faz d’ «O mocho» o

local que tantos estudantes abordados dizem ser “o que falta em Aveiro”.

Em termos de exequibilidade, este projeto necessitaria de um investimento inicial elevado

devido aos recursos necessários para incorporar o serviço, como custos de aquisição de

matéria-prima e respetivos fornecedores, custos de remodelação e design do espaço,

custos de promoção, custos com recursos humanos, custos de legalidade entre outros. De

reforçar que seria imprescindível dinamizar ao máximo «O mocho» inicialmente, mas

sempre mantendo uma postura equilibrada e de atendimento eficiente de forma a manter

o posicionamento do nosso serviço estável e reconhecido no mercado.

A abordagem em tempo real a pessoas reais durante as fases do projeto foram de facto

fulcrais para a finalização e aperfeiçoamento da ideia inicial, uma vez que permitiram ao

grupo aproximar o serviço dos seus futuros possíveis clientes, melhorar partes do mesmo

e recolher feedback inovador a ser incutido no trabalho.

Como nos consideramos pessoas humildes, e humildade não é antónimo de sinceridade,

acreditamos que este projeto seria sem dúvida uma grande aposta numa cidade como a de

Aveiro, pensamos ter adquirido bastantes skills no decorrer desta disciplina que vieram a

aprimorar facetas em nós desconhecidas, como as de criatividade, originalidade e bastante

espírito crítico e de equipa. Uma vez que nos encontramos na reta final do nosso mestrado

ressalvamos a importância da estimulação de características como estas e sem dúvida que

se revelaram essenciais para que no fim o trabalho reunisse tudo aquilo que idealizámos e

tudo aquilo que ainda não sabíamos ser capazes de desenvolver.

Foi sem dúvida uma proposta bastante aliciante e desafiadora.

“Uma ótima iniciativa para dar asas à imaginação e aproximar da realidade uma simples

conceção.”

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Referências bibliográficas e Webgrafia

Nunes, F., “Lançamento de novos produtos/serviços como o fazer?”, disponível em: http://www.slideshare.net/FranciscoPavoNunes/artigo-sobre-o-

lanamento-de-novos-produtos-ou-servios, acedido a 28 de Maio de 2014;

Elaine, J., “ Desenvolvimento teste e lançamento de novos produtos e serviços”,

disponível em: http://www.portal-gestao.com/item/6638-desenvolvimento-teste-

e-lançamento-de-novos-produtos-e-serviços.html, acedido a 4 de junho de 2014;

Faculty.washinton.edu, Strategies of Divergent Thinking, disponível em:

http://faculty.washington.edu/ezent/imdt.htm, acedido a 6 de junho de 2014;

Portal do Licenciamento, Processo de Licenciamento, disponível em:

http://www.portaldolicenciamento.com/enquadramento-legislativo/processo-de-

licenciamento.html, acedido a 11 de junho de 2014;

Instituto Internacional da Propriedade Industrial, Registo Marcas, disponível em:

http://marcasepatentes.pt/index.php?section=39, acedido a 11 de junho de 2014.

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Anexos