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O MUNDO DE ARISTÓTELES NA POÉTICA
Claudia Rafael Ferreira
Frederico Dias Freire
Rafaela Pires de Paula******
ARISTÓTELES. In: A poética clássica. São Paulo. 7° Ed. Contexto, 1997. p.19-52.
Aristóteles (384 a.c – 322 a.c) foi um dos filósofos mais importantes da época.
Seus escritos abrangem diversos assuntos, uma de suas obras mais conhecidas na
poesia e que é objeto de um ativo estudo acadêmico ainda nos dias atuais, ”A
poética clássica”. Nessa obra o autor enfatiza o drama, a comédia e a epopéia e
abrange também outros assuntos como a arte que servia de reflexão nas demais
áreas. O autor (384 a.c – 322 a.c) trás também o conceito de peripécia, mimese e
catarsi. Sendo assim pode ser considerar a poética uma obra perfeita.
Mesmo que o filósofo (384 a.c – 322 a.c) não tivesse uma visão da arte, como
muitos tem hoje, seus escritos foram de suma importância para a história, pois, a
poética se tornou um dos Cânones de vários estilos, principalmente os clássicos, o
autor (384 a.c – 322 a.c) afirma que a arte tem que ser fiel a sua estrutura, sendo
assim quando se trata de uma obra em si, terá que ser a mesma até o fim.
Aristóteles nos mostra também o conceito de mimese onde a arte seja ela qual for é
imitação. A imitação é um dos grandes assuntos tratados na poética porque
segundo Aristóteles, todos imitam pela palavra, mas cada gênero se diferencia.
Portanto o mesmo desde cedo imita instintiva e instantaneamente o que o circunda
em sua vida, algo semelhante acontece na arte de compor poemas, porque o poeta,
ao escrever, basea – se na sociedade, realidade e subjetividade própria ,em que a
usa para expressar – se precisamente e adequadamente a sua visão das coisas.
E se tratando de gênero literário o autor aborda as diferenças entre tragédia,
comédia e epopéia. Na comédia, o professor grego definia como imitação dos maus
costumes os quais, não só representados em vícios como também em maus
******Acadêmicos do 1º período do curso de letras, do Instituto Superior de Educação da Faculdade Alfredo Nasser, sob orientação da Professora Ms. Patrícia Espíndola no semestre letivo 2011/1.
hábitos, desprezíveis. Estes são representados de modo ridículo entendendo
“ridículo” como um defeito das ações humanas cujo caráter não transmita
sentimento como compaixão e comoção. Quanto a tragédia e epopéia, o autor dá
uma ênfase de maior prestigio e superioridade à comedia. A tragédia, é mais clara e
prazerosa que uma epopéia ao que as duas apresenta aspectos iguais, salva
algumas diferenças entre ambas, ou seja, a epopéia utiliza- se apenas de um metro,
e em formas narrativas, enquanto a tragédia emprega o mesmo metro e outros mais,
a tragédia possui uma certa extensão com inicio; meio; e fim. E esses devem estar
bem interligados para que aja um encadeamento perfeito entre as partes,não
devendo ser muito e nem pouco extenso, para não causar entedeamento na platéia.
Embora Aristóteles prefira a tragédia, para ele, ambos os gêneros são grandiosos,
imitam e tratam de assuntos sérios, ele respeita e admira a arte em si própria. Sendo
assim faz uma grande referência a Homero escrevendo dois grandes poemas:
Eliada e Odisseia, que são as mais famosas epopéias da época.
Conclui- se então que a poética de Aristóteles (384 a.c – 322 a.c) foi e será de
suma importância para um melhor entendimento dos diferentes estilos literários,
onde o mesmo impõe de forma ordenada e coerente as ideias sobre a composição
poética, dado, porém, seu caráter expositivo, onde a poesia faz parte das “artes
imitativas”, que se distinguem por diferentes meios, objeto e maneiras de imitar.