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11AES Tietê Relatório Anual 2005 O Negócio da AES Tietê
Usinas
O Negócio da AES Tietê
Como empresa de geração de energia, os
ativos da AES Tietê são suas usinas e sua
atividade operacional está centrada na perfeita
manutenção e operação dessa infra-estrutura.
A maior parte das usinas da AES Tietê –
Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão e
Nova Avanhandava – está localizada ao
longo dos 1.100 quilômetros de extensão do
Rio Tietê, que corta o Estado de São Paulo.
Juntas, respondem por 38,7 % da capacidade
instalada de 2.651 MW da Companhia.
A maior das usinas, Água Vermelha,
está construída no Rio Grande, na divisa dos
Estados de São Paulo e Minas Gerais.
Tem capacidade instalada de 1.396 MW, o que
equivale a mais de 50 % da capacidade total
da AES Tietê. A Empresa ainda
dispõe de três hidrelétricas no Rio Pardo –
Caconde, Euclides da Cunha e Limoeiro –
e uma Pequena Central-Hidrelétrica (PCH),
no Rio Mogi-Guaçu (Usina de Mogi-Guaçu).
Os reservatórios das usinas, além de
gerar energia, permitem o controle de cheias,
irrigação, navegação hidroviária e atividades
comerciais, como turismo, recreação e
pesca esportiva e profissional.
12AES Tietê Relatório Anual 2005 O Negócio da AES Tietê
Manutenção
Para atingir suas metas, a Companhia
mantém um cronograma de longo prazo para a
manutenção de seus ativos, que leva em
conta o tempo de vida útil dos equipamentos e a
quantidade de horas de funcionamento.
Atendendo a essa programação, em 2005 a
Usina de Bariri – com capacidade de produção
de 143 MW, a quarta usina em capacidade de
geração da AES Tietê – realizou a
recapacitação da Unidade Geradora nº 2.
Em 2006, o processo deverá ser concluído
com a recapacitação da Unidade Geradora nº 3,
que exigirá investimentos de R$ 11 milhões.
Dentro do programa de modernização
elaborado para o próximo ano,
está prevista a implantação de um
sistema de automação na
Usina Limoeiro, que permite despachar e
operar a unidade remotamente.
Por ser de pequeno porte, a
Usina foi escolhida para ser a primeira a
adotar esse sistema de automação,
que deverá, futuramente, ser instalado
em outras unidades.
Custo de Manutenção das Usinas | R$ Mil
25000
20000
15000
10000
5000
0
2001 2002 2003 2004 2005
14 146,00
5 752,00
9 326,00
12 569,00
22 133,00
13AES Tietê Relatório Anual 2005 O Negócio da AES Tietê
Hidrovia
Como parte das obrigações previstas no
Edital de Privatização, a AES Tietê opera e
mantém seis eclusas nas usinas localizadas no
Rio Tietê, além de aprimorar vias e
canais que formam a Hidrovia Tietê-Paraná.
Essa atividade, objeto de um contrato com o
Governo do Estado de São Paulo,
não gera receitas para a Companhia.
No entanto, o transporte fluvial – utilizado
principalmente para a remessa de cargas – é
essencial para o desenvolvimento
sócio-econômico do Estado.
AES Tietê faz parte da Hidrovia Tietê-Paraná,
contribuindo com seis eclusas que permitem às
embarcações transpor barragens de até
30 metros de altura e realizar a ligação
entre a região da Grande São Paulo e o
entorno da Usina de Itaipu, no Paraná.
Em 2005, as embarcações que passaram
pelas eclusas operadas pela AES Tietê
transportaram cerca de 7 milhões de toneladas
de cargas, principalmente combustíveis,
cana-de-açúcar, soja, farelo de soja e areia.
A AES Tietê concluirá, em 2006,
todas as obrigações previstas em seu
contrato de concessão em relação à
Hidrovia Tietê/Paraná, de acordo com o
Edital de Privatização. Nesse mesmo ano,
também serão iniciadas as obras de reforma e
manutenção das eclusas.
Para esse projeto, deverão ser destinados
investimentos da ordem de R$ 2,6 milhões.
14AES Tietê Relatório Anual 2005 O Negócio da AES Tietê
Ambiente Regulatório
No setor elétrico, o ano de 2005 foi marcado
pela aplicação das novas regras, introduzidas
pela Lei nº 10.848, de 15 de março de 2004,
conhecida como “Lei do Novo Modelo”.
As iniciativas mais visíveis foram as
realizações de leilões de energia existente e
do primeiro leilão de energia nova,
ocorrido no mês de dezembro.
A AES Tietê possui toda a energia assegurada
contratada no longo prazo.
Assim, as regras do Novo Marco Regulatório
do setor elétrico, anunciadas pela
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
em 2004, não trouxeram mudanças para a
gestão dos negócios.
A Empresa possui um contrato bilateral de
fornecimento com a AES Eletropaulo,
que vigora até 2015 e irá comprometer o
equivalente a 100 % de sua energia assegurada
atual a partir de 2006.
Em 2003, as empresas assinaram o
Termo de Aditamento nº 2, que,
dentre outros assuntos de menor relevância,
prevê a prorrogação do Contrato Bilateral
até junho de 2028, quando se encerra o
período de concessão da AES Eletropaulo.
Em 2005, entretanto, a Superintendência de
Fiscalização Econômica e Financeira da
Aneel, manifestou-se contrária aos termos do
aditamento. A AES Eletropaulo recorreu
administrativamente dessa decisão.
Diante disso, a decisão final, no âmbito
administrativo, caberá à Diretoria Colegiada da
Agência – conclusão ainda sem data definida.
A AES Tietê tem gerado sistematicamente
um volume superior à sua energia assegurada,
estabelecido em 11,2 mil GWh.
Em 2005, a geração efetiva da AES Tietê
superou esse montante em 15 %.
Apesar de a AES Tietê sempre trabalhar junto ao
Poder Concedente no sentido de aumentar
seu volume de energia assegurada, o
Ministério das Minas e Energia determinou,
em 2004, que essa capacidade passe por
uma revisão apenas em 2014.