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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” O OLHAR DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO VANESSA DE OLIVEIRA GONÇALVES Rio de Janeiro 2011

O OLHAR DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA ... comprometimento e profissionalismo gostando realmente do que faz e faz com prazer e dedicação. Também são relatadas as funções do orientador

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

O OLHAR DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NA RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO

VANESSA DE OLIVEIRA GONÇALVES

Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO E O OLHAR DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

OBJETIVOS: A tender os problemas na relação professor/aluno no seu processo de ensino-aprendizagem, e de como o Orientador Educacional pode estar agindo para

ajudar nesse processo.

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AGRADECIMENTOS

A Cristo, minha mãe, minha irmã, minha filha meu marido, familiares,

amigos e a minha professora orientadora Geni Lima, que me ajudou e

cooperou na minha jornada universitária e pelo acompanhamento e pelos

créditos dados a mim.

Muito obrigada

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DEDICATÓRIA Dedico minha monografia a DEUS e a minha amada mãe, que se não

fosse por eles nada teria acontecido em minha vida. Amo vocês.

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RESUMO

A pesquisa fala da relação professor/aluno e o olhar do orientador educacional

de que forma essa relação pode ser tratada e como pode interferir no ensino-

aprendizagem do aluno e como tudo pode ser levado em conta nesse

processo. Fala da emoção e da sensibilidade que o professor precisa ter para

lidar com os alunos que possuem inúmeros problemas e que pode sim interferir

na sua aprendizagem. Relata o papel do professor no processo de ensino-

aprendizagem, de como educar o que envolve nesse processo, a ética, o

carinho, comprometimento e profissionalismo gostando realmente do que faz e

faz com prazer e dedicação. Também são relatadas as funções do orientador

educacional, o que ele pode estar fazendo para cooperar com o trabalho do

professor, como seus atendimentos com o aluno e família auxiliam no processo

de aprendizagem. Mostra as funções do orientador educacional, quais são os

seus objetivos, de que forma pode agir junto a relação professor/aluno, no

atendimento ao aluno e a família. O orientador educacional junto ao professor

detecta problemas de seus alunos que estão interferindo na sua aprendizagem

e procuram soluções ages que podem atender a esses alunos, estando sempre

ciente da clientela onde estão inseridos. Esses professores precisam ser

aliados de seus orientadores e virce-versa, caminhando juntos para obterem

resultados satisfatórios. Acompanhar os alunos com mais dificuldades e

orientar o professor em atividades que possam promover melhor desempenho

para o aluno. Mostra o confrontando da teoria com a prática, verificando se

realmente tudo que vemos acontece, o que precisa ser revisto e reavaliado.

Tudo o que estudamos e lemos é colocado realmente em prática para

obtermos a diferença.

Palavras-chave: relacionamento, professor, aluno, orientador educacional

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7 CAPÍTULO I- RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO .............................................. 9 CAPÍTULO II- O OLHAR DO ORIENTADOR EDUCACIONAL E SUAS FUNÇÕES........................................................................................................ 21 CAPÍTULO III- CONFRONTANDO A TEORIA COM A PRÁTICA .................. 27 CONCLUSÃO .................................................................................................. 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 31

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INTRODUÇÃO

As razões que levaram a pesquisadora a escolher este tema, foram pela falta

de afetividade e a perda do contato do professor e seu aluno; o descaso com a

criatividade que não leva mais o entusiasmo do professor a ensinar.

Devido ao cansaço, o professor acaba deixando de resgatar muitos

alunos, e suas aulas acabam, monótonas e não há mais interação

professor/aluno.

Algumas aulas têm se tornado cansativas, devido a maneira que o

professor passa aos alunos, não despertando assim, nos alunos, o gosto pelas

aulas, ou até mesmo pelo professor. Refletir sobre a interação do professor

com seu aluno em suas aula, fazendo assim, que as aulas se tornem mais

participativas e dinâmicas. Observar e relatar o problema em questão; Analisar

comportamentos entre professores e seus alunos; Comparar o rendimento dos

alunos que têm um relacionamento com seu professor; Abordar como o

orientador educacional pode ajudar nessa relação.

A aproximação do professor com seu aluno. Criando assim, situações

para ajuda-lo no seu processo ensino-aprendizagem e um melhor convívio

entre professor e aluno em sala de aula, fazendo assim, que o seu aluno sinta

à vontade para questionamentos.

O professor deve passar segurança para seu aluno, havendo assim,

uma melhor interação entre eles e no seu processo de aprendizagem e

também no seu social, que é muito importante preparar o aluno para a

sociedade, fazendo com que se torne uma pessoa crítica.

O professor deve estar comprometido com o seu trabalho, estar disposto

a fazer papéis que não são dele, e mostrando o melhor caminho, assim,

abrindo espaço para o convívio escolar e melhorando o seu desempenho. A

pesquisa será feita bibliográfica, focando tudo que possa falar sobre a relação

professor/aluno no seu processo ensino-aprendizagem e de como o orientador

educacional pode interferir no processo ensino-aprendizagem. De como este

especialista da educação pode estar orientado o professor nesse processo e

como a família deve ajudar em todo o processo de aprendizagem. A

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pesquisadora utilizará a pesquisa bibliográfica para ajudar na construção de

sua monografia, para que alcance com êxito seus objetivos.

A monografia apresenta se divide em três capítulos. No primeiro será

abordado o professor introduzindo o conhecimento na vida de seu aluno, como

a afetividade, o carinho e a amizade interferem no processo ensino-

aprendizagem e o aluno no seu processo de aprendizagem. No segundo

capítulo aponto o olhar do orientador educacional, de como ele pode ajudar

nesse processo e a sua função diante na escola como orientador educacional.

No terceiro capítulo há o confronto entre a prática e a teoria, juntamente com a

pesquisa bibliográfica.

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CAPÍTULO I – RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO

1.1. O professor introduzindo conhecimento na vida do aluno

O professor não é um mero educador, ele deve procurar dentro do aluno

o conhecimento que ele já possui e usar as ferramentas certas para levar esse

aluno ao aprendizado, fazendo com que ele raciocine e seja capaz de formar

seus próprios conhecimentos. Deve entender a mente do aluno, procurando

junto com ele respostas que podem levá-lo ao conhecimento, estimula-lo a

pensar.

A troca de afeto ajuda o aluno na construção de novos hábitos, no seu

senso crítico e a construir pensamentos novos. O educador precisa saber como

começar a se interessar por esse aluno, mostrando a ele que, como qualquer

outra pessoa, ele é capaz.

A qualidade e a velocidade dos pensamentos mudam. Precisamos

conhecer alguns papéis da memória e algumas áreas do processo

de construção da inteligência para encontrar as ferramentas

necessárias e capazes de dar uma reviravolta na educação (CURY,

2003, p.58).

O professor deve ter paciência com seus alunos, procurar soluções para

lidar com cada tipo de aluno, conhecer o problema que aquele aluno está

passando naquele momento e achar a melhor solução para ajudá-lo. Esse

professor precisa se envolver emotivamente com esse aluno para daí resgatá-

lo.

Para que exista aprendizagem, é necessário que haja um bom

relacionamento entre o seu professor e seu aluno, pois ele precisa sentir que

seu professor não é um mero portador de conhecimento, mas um amigo.

O papel do professor não é só para transmitir conhecimentos, ele deve

estimular o aluno a gostar de adquirir conhecimentos. Por esse e outros

motivos, o professor precisa ser amigo desse aluno, passar confiança, o aluno

precisa se sentir seguro, à vontade com esse professor, precisa confiar nele,

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para que possa se abrir e mostrar suas dificuldades sem vergonha e sem

medo. Assim, esse aluno com mais confiança em si consegue aprender.

Esse professor precisa ser criativo, dinâmico para que consiga passar

melhor a matéria e para que esse aluno aprenda com mais facilidade. A

sociedade impõe regras e o aluno precisa estar preparado para viver na selva

onde cada dia está evoluindo e não podemos parar no tempo, senão somos

tragados sem nenhuma pena. Então o professor deve preparar o aluno para o

mundo, assim, como uma mãe cria um filho para o mundo e não para ela. Para

que o aluno se torne uma pessoa critica, reflexiva, que saiba contextualizar o

educador deve estar preparado para resolver questões e estar disposto a tomar

novas posturas, encarar as novas transformações e tecnologias que o mundo

está oferecendo.

Esse educador precisa fazer com que o aluno desenvolva o seu lado

curioso, então compartilhar com ele o aprendizado, o carinho no ensino e no

aprender que ambos construíram juntos.

Formar um ser é muito importante, ainda mais se for uma criança que

está em constante transformação, pois imita, adquiri hábitos, copia tudo do

adulto. Por isso seu professor, como seus pais são pontos de referência para o

aluno, criança.

A formação vai muito mais além do que treinar pois deve haver amor,

entre o docente e o discente para construção de conhecimentos.

A responsabilidade em educar é muito para um professor, pois envolve

todo um processo, carinho, ética, idéias para fazer com que o aluno capte tudo

que deve ser passado.

Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos

apesar das diferentes que os conotam, não se reduzem às

condições de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar

e quem aprende ensina ao aprender (FREIRE, 1996, p.23).

O professor é um ser importante na vida de um aluno, ele ajuda na

construção de um novo indivíduo, transforma, auxilia no seu aprendizado que é

contínuo, não meramente reproduções de conhecimentos. Formar novos

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cidadãos é uma tarefa muito importante e o professor deve estar preparado

para todos os desafios que virão, por isso que o professor de certa forma

assume o papel de mãe na escola.

Nossos professores que são os de rede pública trabalham com alunos

de baixa renda, que muitas vezes nem têm o que comer em casa e vão para

escola para comer a merenda ali servida na escola e isso acaba atrapalhando

no seu processo de aprendizagem e assim, o professor deve fazer o que puder

para resgatar esses alunos, que não têm interesse em aprender e sim em ir à

escola para se alimentar.

Segundo DEMO, “Professor não existe para explicar matéria, substituir

leitura e elaboração, mas para mostrar caminhos de como se podem dominar

temas com autonomia” (2002, p.135).

Para que o aluno consiga captar tudo o que o professor quer ensinar a

ele, o professor precisa ser criativo, ser capaz de criar estímulos, prender a

atenção de seus alunos, fazendo com que a tristeza de seu cotidiano não

desvie sua atenção. Motivar seus alunos a criar, reproduzir e serem capazes

de várias coisas.

Para que o professor seja um ser capaz, deve se investir em formação,

conscientizando-o de seus deveres como educador.

Em alguns momentos, o professor passa por uma crise de identidade,

pensa em desistir devido ao desgaste do dia-a-dia, as condições de trabalho

que não favorecem o profissional a dar continuidade as duas atividades, a

desvalorização desse profissional que é mal remunerado. Por isso para sermos

educadores, temos que amar muito e gostar realmente do que fazemos, se

comprometer com seu trabalho e educar com amor.

A falta de recurso possui aspectos dramáticos, cada dia que passa o

profissional da educação é mais desvalorizado, a má remuneração dos

professores da rede pública, desmotivado profissional a educar, e muitas das

vezes o professor não olha como deveria para o aluno achando o que ele

ganha não é para fazer tudo o que ele faz.

Segundo TELES, “Se o professor fosse pago decentemente, não teria

necessidade de asfalfar-ser em aulas e mais aulas, de colégio para colégio

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(“professor-taxi”), neste triste industrialização da saliva, sem tempo para o

estudo, à família o lazer” (1992, p.71).

Precisa se fazer salários dignos para educadores e formação

suficientemente adequados a eles formando assim, professores qualificados e

estimulados.

O professor precisa de recursos, ser bem remunerado, para que se sinta

estimulado a trabalhar com ânimo e com amor, para produzir melhor. É preciso

investir mais na formação dos profissionais da educação, para que quando

entrem em sala de aula, estejam bem preparados para construir, com seus

alunos, um bom relacionamento e saber tirar dúvidas com entusiasmo,

atendendo a toda classe.

A escola pública deveria ser mais valorizada, porém, os professores que

ali exercem sua profissão devem ser mais comprometidos, ser mais feliz no

que fazem, não contando, somente com o que os governantes deveriam fazer.

“A escola, sobretudo a pública, restringe-se ao mero repasse copiado,

deixando o aluno na posição de objeto de ensino, cujo resultado é simples

aprendizagem” (DEMO,2002, p.85).

O professor precisa ser capaz de identificar o problema do aluno, saber

o motivo que está levando o aluno a não produzir, e junto a ele contornar as

situações que estão levando esse aluno a não construir nenhum

conhecimento. Tudo isso precisa ser feito com carinho, atenção, procurando

inúmeras maneiras para adequar situações, para ajudar esse aluno no seu

processo ensino-aprendizagem.

Esse educador precisa ser claro, saber que é um desafio, que ele é a

imagem viva do aprender, compreender que tudo é um processo e que o aluno

precisa muito dele, e de sua atenção.

Um bom professor precisa ser lembrado em todos os tempos, ser

inesquecível, amado, admirado, uma marca registrada na memória de todos os

alunos, uma semente que o professor pode contribuir para o mundo e que o

deixou fascinado em educar, que jamais será esquecido. Segundo CURY “O

afeto e a inteligência curam feridas da alma, reescrevem as páginas fechadas

do inconsciente” (2003, p.78).

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Os educadores devem reconhecer seus erros, assumir suas

dificuldades, mostrar que mudam de opinião se forem convencidos que estão

errados. Tudo isso serve como exemplo positivo para formação do caráter de

seus alunos, errar e admitir que errou.

O professor não só deve saber fazer, mas ter o domínio de todo o

conteúdo, para saber como passar a esses alunos os conhecimentos que ele

possui.

A aproximação do professor com seu aluno, criando situações para

ajuda-lo no seu processo ensino-aprendizagem, fazer com que o seu convívio

se torne o melhor possível e a mais agradável em sala de aula.

O professor não precisa ser sempre autoritário, ele pode mostrar ao aluno a

face, claro que o professor é a autoridade em sala de aula, então, precisa

haver respeito.

Os profissionais da educação precisam ser amantes de sua profissão,

estão comprometidos com a educação e com a produção de conhecimento de

seus alunos, isso é fundamental na relação entre seus professor e seu aluno.

Existem vários professores que não medem esforços para levar seus

alunos à reflexão crítica e a questionamentos.

É importante que exista afetividade, confiança, simpatia e respeito entre

professor e seu aluno, estabelecer uma boa relação, permitindo que seu aluno

se desenvolva no seu processo ensino-aprendizagem.

Para que o professor exerça sua função precisa aprender a combinar

autoridade, respeito e afetividade, ao mesmo tempo deve respeitar a

individualidade de cada aluno.

O bom professor é aquele que consegue fazer com que o aluno fique

atento a ele enquanto fala, e consegue fazer com que o aluno consiga

acompanhar seu raciocínio, não deixando assim, o aluno se cansar e sim

acompanhar a aula e as idéias ali apresentadas.

É necessário que o professor busque um aperfeiçoamento constante, ter

sempre um carinho especial pela sua profissão, aquela que abraçou.

Um professor competente está sempre pronto a replanejar sua prática

educativa, sua metodologia, sua postura educacional, procurar motivar seus

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alunos, de modo que cada aluno se torne consciente, autônomo, participativo,

fazendo com que ele torne uma pessoa crítica e transformador da sua própria

realidade.

O educador precisa despertar no aluno sua curiosidade, o prazer de

aprender, estimular novos hábitos para fazer com que suas atividades se

tornem mais atrativas a eles. O ideal conhecimento à ele que transforma o

aluno em um cidadão, e para que isso aconteça, o papel do educador é

fundamental um facilitador da aprendizagem, aquele que faz com que o aluno

se sinta estimulado a aprender. Construir um relacionamento de confiança com

seu aluno. Segundo CURY “A confiança é um edifício difícil de ser construído,

fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído” (2003, p.99).

Estabelecer confiança é muito importante, pois faz com que o aluno se

torne amigo do professor, e isso estimula a ele a aprendizagem e mais

confiante de si mesmo.

O educador procura conhecer o funcionamento da mente do aluno para

assim, educar muito melhor, pois o aluno é um ser humano e o professor

necessita conhecer esse ser para poder alfabetizá-lo e transformá-lo, a

identidade individual de cada aluno é muito importante, necessita-se respeitar

cada um deles.

O rendimento escolar do aluno depende muito do seu professor, do

carinho que ele espera receber do seu professor.

1.2. Como a afetividade, carinho e amizade interferem na

aprendizagem

O afeto é indispensável quando se educa, pois ensinar é um ato de

amor, e para isso o professor deve se doar.

O trabalho do educador tem tudo para ser melhor e ao mesmo tempo

é um tipo de trabalho dos mais delicados em termos psicológicos.

Tudo para ser o melhor porque não há fragmentação no trabalho do

professor; é ele quem, em última instância, controla seu processo

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produtivo: em sala de aula, embora tenha que cumprir um programa

possui ampla realizadas (CODO, 1999, p.49).

O professor é quem dá inicio ao processo criativo do aluno, é ele quem

mostra que ele é capaz. Todo trabalho envolve sentimento, porém o do

professor vai muito mais além, pois envolve pessoas de todos os tipos,

crianças, adolescentes e adultos, muitos deles com problemas que bloqueiam

a aprendizagem, e é aí que entra o professor, peça fundamental no processo

ensino/aprendizagem. Sem ele para estimular esse aluno não há

aprendizagem. Segundo CODO “O professor se dispõem a ensinar e os alunos

se dispõem a aprender, uma corrente de elos de afetividade vai se formando,

propiciando uma troca entre os dois” (1999, p.50).

Na verdade o papel do professor é de seduzir o aluno, fazendo com que

ele se sinta entusiasmado no que esta fazendo, motivando-o a querer buscar,

cada vez mais, conhecimentos, despertar no aluno o interesse de descobrir o

novo. Segundo CURY “Bons professores falam com voz, professores

fascinantes falam com os olhos. Bons professores são didáticos, professores

fascinantes vão além. Possuem sensibilidade para falar ao coração dos seus

alunos” (2003, p.64).

O professor, ao educar, se faz completo para o aluno ele é amigo, mãe,

aprendiz, marcando a vida daquele aluno que por algum motivo está vivendo

uma situação que o impede de aprender, por isso deve sempre haver

afetividade na relação que o professor estabelece com seu aluno tornando,

assim, sua aprendizagem mais fácil.

O professor é um ser que marca a vida do aluno, e um deslize sequer

deixa seqüela por toda a sua caminhada. É por isso que se deve ter certeza do

que está fazendo.

A alegria e o amor em ensinar devem funcionar como uma alavanca que

impulsiona o professor a continuar lutando por um novo indivíduo crítico, que

consiga ser inserido na sociedade, que é cheia de problemas e preconceitos.

O papel do professor é fazer a diferença, e sobreviver nela.

Respeito, amor, carinho, afeto, contribuem muito, não só para

profissional da educação, mas em qualquer profissão. A educação, assim,

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como a saúde, são áreas que precisam ser vistas com toda atenção e estar

realmente disposto a lutar por elas, estar verdadeiramente comprometido com

elas, pois um deslize acarretará muitos problemas para a vida inteira.

Precisamos aprender a educar com atenção, estimular o aluno a pensar,

até mesmo antes de agir, não ter medo,fazer com que se tornem líderes de

suas próprias atitudes, de seus próprios conhecimentos, filtrar e separar coisas

boas, que serão de grande serventia para eles, das coisas ruins.

Educar com emoção também é se doar sem esperar retorno, ser fiel

à sua consciência, extrair prazer dos pequenos estímulos da

existência, saber perder, correr riscos para transformar os sonhos

em realidade, ter coragem para andar por lugares desconhecidos.

Quem teve o privilégio de educar a emoção em sua juventude?

(CURY, 2003, p.66-67).

O educar precisa com toda a sua emoção, envolver seus alunos em

suas aulas, dar a eles segurança no que é passado no cotidiano escolar,

transformar crianças em jovens seguros em suas vidas, fazer com que suas

emoções sejam rica, protegida e totalmente integra.

O aluno não poderia ter sido alfabetizado se não contasse com o

compromisso afetivo do professor. O afeto e a emoção são necessários para

que as atividades possam acontecer, devem caminhar juntas com o

comprometimento e a competência profissional. O professor precisa se

valorizar e a cada dia ser mais tolerante e flexível, consigo mesmo e com seus

alunos.

Fazer com competência o que sabe é fundamental para um educador,

passar com sabedoria, amor o que sabe para indivíduos que estão ali

esperando para captar tudo que o seu professor tem para oferecer é o máximo.

Por competência profissional estou entendendo várias características

que é importante indicar. Em primeiro lugar, o domínio adequado do

saber escolar a ser transmitido, juntamente com habilidade de

organizar e transmitir esse saber,de modo a garantir que ele seja

efetivamente apropriado pelo aluno. Em segundo lugar, uma visão

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relativamente integrada e articulada dos aspectos relevantes mais

imediatos de sua própria prática, ou seja, um entendimento das

múltiplas relações entre vários aspectos da escola, desde a

organização dos períodos de aula, passando por critérios de

matrícula e agrupamentos de classe até o currículo e os métodos de

ensino. Em terceiro que recebeu, a organização da escola e os

resultados de sua ação. Em quarto lugar, uma compreensão mais

ampla das relações entre escola e a sociedade, que pensaria

necessariamente pelas questões de suas condições de trabalho e de

remuneração.

(...)O sentido da prática docente, que eu valorizo, se realiza pela

mediação da competência técnica e constituí condições necessárias,

embora não suficiente, para plena realização desse mesmo sentido

político, da prática docente para o professor (MELLO apud

AZEVEDO, 2001, p.46-47).

Nada substitui o professor, porém ele precisa estar disposto a realizar

suas tarefas com entusiasmo e amor, pois educar não é somente passar

conhecimentos, mas amar o que faz com prazer.

O afeto e o trabalho, caminham junto e na educação andam ainda mais

juntos, para que possam alcançar um único objetivo, um ponto referencial um

aluno bem educado e portador de inúmeros conhecimentos.

Para que haja produtividade em sala e aula o professor não pode

dispensar a afetividade pelo seu aluno, esse afeto deve tornar um aliado

indispensável para uma conquista de alfabetizar seu aluno. É o professor que

em última instância controla o processo produtivo do seu aluno em sala de

aula.

Se o professor não estabelecer uma relação afetiva com seus alunos

pode até ocorrer algum tipo de fixação do conteúdo, mas não um, a

aprendizagem significativa, assim, a atenção que estava voltada para o

educador passa a ficar dispersa.

Assim, como o educador conquista a confiança, o carinho e o afeto do

aluno, precisa ter cuidado, pois, se não souber cultiva-lo pode também receber

a antipatia do mesmo, e isso é muito ruim, pois não colabora no seu processo

ensino-aprendizagem.

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O docente ao entrar em sala de aula precisa demonstrar a alegria de

estar ali, do prazer que ela sente em ensinar e fazer tudo isso com emoção,

com alegria no coração e demonstrar isso ao aluno, para que se sinta seguro

em aprender com esse professor. Segundo FREIRE “A prática educativa é tudo

isso: afetividade, alegria, capacidade cientifica, domínio técnico a serviço da

mudança ou, lamentavelmente, da permanência do hoje “ (1996, p.143).

1.3. O aluno no seu processo ensino-aprendizagem

A educação básica precisa ser vista com muito mais atenção mais

cuidado, pois é através dela que surgem cidadãos, que ajudam a construir

nossa sociedade.

O profissional da educação deve estar preparado para fazer com que

esse aluno supere mais esse obstáculo em sua vida, que é a falta de

alimentos. A fome que impede que o aluno se desenvolve e adquira algum

conhecimento. Devemos ajudar a esse aluno a não ser excluído da escola,

fazer com que ele se sinta importante, capaz de alcançar todos os seus

objetivos.

Existem alunos de diferentes níveis de necessidades, por isso o

professor deve apresentar maneiras diversificadas para atender a sua

demanda, respeitando o tempo e a necessidade individual de cada aluno.

O professor precisa passar confiança ao aluno, mostrar que ele também

é capaz. Uma palavra, um gesto, uma experiência vivida é de grande valia na

vida de um aluno.

Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida

de um aluno um simples gesto do professor. O que pode um gesto

aparentemente insignificante valer como força formadora de como

contribuição à do educando por si mesmo. Nunca me esqueço, na

história longa de minha memória, de um desses gestos de professor

que tive na adolescência remota. Gesto cujo significação mais

profunda tenha passado despercebido por ele, o professor, é que

teve importante influência sobre mim (FREIRE, 1996, p.42).

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Valorizar o aluno, o ser que está em constante transformação é

importantíssimo, ter carinho pelas novas coisas que eles trazem para

debaterem em sala de aula, valorizar também a bagagem que eles já possuem.

Fazer com que eles não fazem gestos mecânicos, mas sim, sejam construtores

de conhecimentos, compreendendo o valor de seus sentimentos, de suas

emoções e seus desejos, superando medos e dificuldades. Por esses motivos

o professor deve estar ao seu lado com paciência, mostrando interesse e

amando verdadeiramente o que faz a seus alunos.

O ensino-aprendizagem do aluno precisa acontecer com uma troca de

conhecimento, assim, como o aluno aprende junto ao professor, esse professor

aprende a cada dia novas experiências com esse aluno. Ser criativo é

fundamental, procurar conhecer novas tecnologias para estar sempre

atualizado, e assim, poder passar com mais um recurso, melhorando, assim,

suas aulas.

A memória do aluno não é um mero depósito de informações. Os

professores precisam saber trabalhar com cada indivíduo, dando suporte na

arte de pensar. Essa arte de pensar, precisa ser trabalhada a cada dia pelo

professor no aluno, fazendo com que o aluno coloque todas as suas idéias

para fora como se fosse uma explosão.

Devemos estimular, acreditar em nossos alunos, abrir janelas e portas

de suas mentes, dar ousadia para pensar, fazendo com que sejam

questionadores, aprendam a debater, e até mesmo romper paradigmas, que

são impostos pela sociedade.

Aos alunos tímidos, com problemas para se relacionarem, esses

professores precisam dar muito mais atenção e carinho, pois precisam do

auxilio do professor para encarar seus traumas e suas dificuldades. Por isso, o

professor como um poeta da vida, estende sua mão e resgata esses alunos,

preparando-os para sobreviver no mundo, na sociedade em que vivemos hoje.

Ele deve preparar o aluno para explorar o desconhecido, sem medo de falhas

ou de ter tentado, nunca desistido de seus sonhos.

O professor precisa ter o cuidado para não expor seu aluno em

situações desagradáveis, situações onde o aluno possa ser constrangido

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diante da classe, se tornando alvo de deboches e piadas. Isso pode ocasionar

um bloqueio na sua aprendizagem, fazendo com que ele não queira mais voltar

à escola, tomando raiva do professor e de seus colegas de classe. Fica mais

difícil de resgatá-lo novamente, não havendo mais confiança. Por isso, deve-se

tomar cuidado na hora e apontar seus erros, pois poderá ocasionar um trauma

inesquecível por toda sua vida.

Para que o aluno aprenda, precisa querer aprender, para haver

aprendizagem, isso requer vários fatores, a maturidade e o conhecimento do

professor em passar seus conteúdos, pois influência muito nesse processo. É

preciso que os alunos estejam ao lado do professor, pois se estiverem contra

ele será um obstáculo para qualquer conteúdo que seja assimilado.

O ser humano é um ser capaz de identificar e adquirir conhecimentos, e

o aluno é um ser humano,com capacidade de formar pensamentos,

construindo e dando lógicas aos seus próprios conceitos. O aluno passa a se

moldar, através do professor e aprende assim, a criar ou de refazer o que foi

ensinado pelo o professor.

Existem regras em todos os lugares inclusive na sala de aula. O aluno

precisa entender e aprender a conviver com essas regras, enxergar, que para

que exista aprendizagem, necessitamos de organização e regras.

O aluno vai à escola para adquirir conhecimentos, ser crítico, analítico,

capaz de contextualizar, tornando-se assim, capaz de formar seus próprios

conceitos.

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CAPÍTULO II – O OLHAR DO ORIENTADOR

EDUCACIONAL E SUAS FUNÇÕES

Muito se fez para que a Orientação Educacional se posiciona-se a

respeito da sua área e de suas práticas, onde se encaixaria o Orientador e sua

trajetória e práticas de como seria aceita pela escola diante da família e dos

seus alunos. O Orientador Educacional veio para ajudar o aluno, não só no seu

psicológico, mas também no perfil do aluno para se adequar a sociedade e no

seu processo de aprendizagem, levando sempre em conta no espaço onde

está inserido e em seus próprios valores.

A Orientação Educacional é um processo permanente organizado que

deve existir em todas as instituições de ensino esse profissional qualificado,

buscando a formação intelectual e social dos seus educandos em todos os

seus aspectos de conhecimento e de métodos apresentados paras assim,

estabelecer uma boa relação de ajuda entre o Orientador, aluno e escola.

Considera-se que a missão do Orientador Educacional é levar o aluno a se

conhecer melhor e a explorar seus conhecimentos. Fazer mudanças para

atender aos seus alunos e oferecer suporte para sua equipe de educadores em

desenvolvimento d atividades, e situações problemas que seus alunos podem

estar apresentando.

A Orientação Educacional tem como função atender as necessidades da

escola como um todo. Segundo LÜCK “Os Orientadores Educacionais

indicavam estarem atuando não de forma direcionada sistemática e

organizada, mas sim, sem um vínculo direto com um projeto pedagógico

global” (2005, p.11).

Os objetivos da Orientação Educacional se fazem claros, visando os

aspectos sociológicos os mesmos que se apresenta em sua diversidade de

objetivos e suas atribuições positivas na instituição escolar. A Orientação

Educacional está voltada para o coletivo, participativo e contextualizado, para

ajudar o aluno e inseri-lo em valores e seu espírito crítico na sociedade.

A orientação está sempre ao lado do aluno, independente de sua

realidade

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ou do momento em que está vivendo atualmente. Está preparado para ajudá-lo

a compreender o que está a sua volta junto com os profissionais da educação e

sua família.

O Orientador Educacional deve sustentar ligações estreitas com as

famílias de seus educandos para conhecer melhor cada um deles,até mesmo

para conhcê-las e inseri-las junto ao aluno na escola, de como é importante a

família estar participando dos interesses de seus filhos e da qualidade de

aprendizagem que a escola pode oferecer.

O trabalho da orientação educacional é de grande importância e

responsabilidade, pois é a partir dele que o professor pode ser orientado a

como lidar com os alunos problemas ou com algum problema de

relacionamento com seus colegas, professores no seu processo ensino-

aprendizagem.

O ato de orientar é interar suas funções uns com os outros fazendo com

que todos trabalhem em grupo, construírem juntos suportes que possam levá-

los a encontrar diversos caminhos para alcançar o êxido em suas atividades.

Na escola o orientador possui inúmeras funções, é precisa estar

atualizado e se encaixar em todas elas, deve ser comunicativo, criativo, ser

ouvinte, confiante, dinâmico e contextualizar sempre e dar idéias, abordar

novas metodologias para incentivo de seu grupo. Segundo LÜCK ”O Orientador

Educacional é comumente solicitado, nas escolas, a realizar múltiplas tarefas

que não dizem respeito, diretamente, à Orientação Educacional” (2005, p.36).

A orientação educacional também pode ser vista como orientação clínica

pois, ela pode avaliar a sala de aula como um todo.

Esse profissional precisa ser sistematizado e contextualizado numa

permanência dinâmica entre os seus pensamentos e em suas ações,

detectando o problema e como fazer para solucioná-lo.

O Orientador Educacional precisa passar por faces, passo a passo, não

pode ser fragmentada, deve estar certo de seus princípios e impor sua visão de

mundo.

Em especial educacional é traduzir o novo processo pedagógico em

curso na sociedade mundial, a partir dessas transformações, elucidar

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a quem ele serve, explicar contradições, com base nas condições

concretas dadas promover as articulações necessárias para construir

coletivamente alternativas que ponham a educação a serviço do

desenvolvimento de relação verdadeiramente democráticas

(FERREIRA, 2001, p.20)

O Orientador Educacional deve fazer parte do coletivo da escola, que a

organize, avalie a formação dos recursos humanos, visando sempre à melhoria

da qualidade da instituição e de seus alunos, juntamente com sua equipe. A

Orientação possui o papel e competência técnica, ele fiscaliza e detecta falhas

e orienta a tomada de decisão exata.

Pretende-se com a Orientação Educacional, fazer com que as atividades

do professor sejam alcançadas com satisfação, levando ao aluno melhor

compreensão de suas atividades, implantação de melhorias com novos

métodos. Essa orientação é especifica em nível de escola é o processo ensino-

aprendizagem. Esse processo inclui o currículo, programas, planejamentos,

avaliação, métodos de ensino e recuperação, todos esses processos observam

os procedimentos de orientar, com as finalidades integradas.

A Orientação pode ajudar no caminho percorrido pela educação, o ser

humano constitui em emoções e em razão, cada individuo busca se integrar na

sociedade complexa em que vivemos e em busca cada vez mais de

conhecimentos e a escola e todos que integram a instituição escola a fazem

parte desse conjunto. Devido a tantas conflitos o Orientador Educacional

precisa estar preparado para agir, pensar e decidir de acordo com a

necessidade da escola e de seus alunos.

A Orientação Educacional, não está voltada somente para cuidar e

ajudar os alunos problemas, e sim para ajudar na construção de novos

cidadãos, críticos, analíticos e comprometidos com seu desenvolvimento e

desempenho intelectual. Segundo GRISPUN “O trabalho do orientador tem

uma conotação de pluralidade dos objetivos, que envolve,além dos aspectos

pessoais dos alunos, os aspectos políticos e sociais do cidadão” (1994, p.14).

Devemos partir de uma Orientação envolvendo não só a individualidade,

como também ao coletivo e participativo, envolvendo todos na formação de

novos cidadãos, comprometidos com o seu processo de cidadania. O papel do

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Orientador é envolver toda essa informação para esse individuo, juntamente

com esse professor.

A posição que a Orientação Educacional assume hoje , uma questão

critica que almeja seus objetivos claros para uma educação objetiva,

consciente e de extrema importância no seu processo. Em outras palavras, as

atribuições e funções, do Orientador muitas vezes deixa de ser visto fora da

realidade pedagógica, e temos visto que a atuação hoje, atende a novos

paradigmas das ciências humanas e a novas necessidades que vem surgindo

no mundo moderno, no novo conceito de sociedade, e o que vem seno imposto

nas instituições de ensino.

A Orientação se refere à condição de apresentar clara, precisa e

objetivamente diretrizes de ação, de especificar, adequadamente, que

efeitos se pretende produzir; o que se pretende fazer e em que

circustância, etc. A capacidade de um plano ou projeto de oferecer

orientação efetiva à ação depende de sua clareza, especificidade,

exeqüibilidade, precisão e simplicidade (LÜCK, 2005, p.57).

A interação do Orientador Educacional se caracteriza pela relação de

ajuda, sem expor o aluno e familiares, estabelecendo sempre uma boa relação

de confiança e de sigilo das informações. Assim, podemos definir o Orientador

Educacional como um profissional, cujo o seu papel na escola é atuar com

seus alunos, na conscientização de seus valores, dificuldades na realização de

suas atividades. Dentre várias funções a atuação de aconselhamentos tem sido

considerado uma as atividades mais importantes e de grande eficácia na vida

de nossos alunos. É o professor que encaminha o aluno que precisa de

atendimento, pois possui algum tipo de dificuldade na sua aprendizagem ou em

seu comportamento. A qualidade do relacionamento entre professor e o seu

aluno é de extrema importância.

Se o educador for educado, será um bom formador de ambas as

razões, a lógica e a moral, transmitindo mais que conteúdos, ou

transmitindo ao mesmo tempo atitudes básicas para o conhecimento,

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que do meu ponto de vista são: Capacidade de análise, capacidade

de critica e capacidade de síntese. Isto é, formando cidadãos

aprendem a estar no mundo e frente ao mundo. O que acredito que é

uma boa razão para fomentar um bom clima de qualidade educativa

no sistema escolar (COOMONTE, 2003, p.67).

Juntos o professor e seu aluno precisam ultrapassar os obstáculos, os

problemas e com carinho e atenção, realizar suas atividades e o Orientador

deve dar condições para que isso aconteça, auxiliando sempre.

Para que o sonho possa se tornar realidade, todo esse sonho não é só

um simbolismo,como o amor por educar, mas sim de dar sentido às coisas, se

mostrar capaz de fazer e saber fazer.

A relação entre o professor e o seu Orientador precisa ser a mais

agradável e confiante possível para que possam chegar ao um consenso

comum, entre ambas as partes.

Tudo deve ser colocado por etapas pelos professor colocando as claras

seu planejamento, adequando sempre a realidade onde está inserido, de

maneira objetiva, estimulando e integrando ao coletivo de sua classe. Fazendo

com emoção, carinho, buscando cada vez mais objetivos que possa esclarecer

a cada aluno e o motivando em cada atividade, percebendo sempre se cada

um está apresentando esclarecimento em cada atividade realizada.

A perspectiva do Orientador, assim, como do professor é alcançar seus

objetivos com sucesso, formando um novo ser, critico, criativo, capaz de

contextualizar e formar seus próprios conceitos.

Somos pessoas diferentes e com tempos diferentes de aprendizagem o

Orientador precisa apontar como objetivo de seu trabalho o resultado da

relação que ocorre entre professor que ensina e o aluno que aprende, porém

esse aluno não só aprende, mais também ensina. Essa troca acontece na

relação que o professor tem com seu aluno, no respeito e admiração que esse

aluno possui pelo seu professor, é possível que a aprendizagem dos conteúdos

aplicados, possam se tornar verdadeiramente em conhecimento, depende do

desempenho do professor e do aluno para aprender.

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O cotidiano do aluno se faz importante porque o sujeito que está na

escola tem direto ou indiretamente da participação do contato de todas as

atividades escolares e de diversos conhecimentos.

Educar está cada vez mais difícil nos tempos de hoje, devido a tantas

cobranças, o aluno que não tem mais o interesse em estar na escola, é de

fundamental importância o fortalecimento do trabalho pedagógico e de todas

que constituem a equipe. Todos precisam se envolver no processo de ensino-

aprendizagem desse aluno, de como o processo educativo, é importante em

torno de objetivos comuns, e na promoção da qualidade do ensino e do

sucesso escolar dos alunos.

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CAPÍTULO III – CONFRONTANDO A TEORIA COM A

PRÁTICA

O que pudemos observar que nem sempre o que é colocado na teoria,

acaba acontecendo, precisamos estar preparados e aplicarmos tudo que foi

aprendido, pois se não todo o processo acaba sendo em vão. Na maioria das

vezes filtramos muito e não resta nada. O Orientador Educacional deve se

adaptar a realidade e procurar colocar tudo que aprendeu em prática.

O Orientador Educacional deve estar atento às necessidades do

professor e do aluno, e não deixar para trás tudo aquilo que foi aprendendo na

faculdade, de ou em algum curso de qualificação, com qualidade e

competência a melhoria do seu trabalho.

O professor precisa estar pronto para as dificuldades que irá enfrentar,

impor sem regras,pois isso é fundamental para que o processo ensino-

aprendizagem aconteça. Amar todos os seus alunos e gostar realmente da sua

profissão e do trabalho.

Os cursos de formação de professores precisam ser revistos e formar

profissionais mais qualificados e preparados para lecionar. Profissionais que

saibam conquistar a nova geração que vem sendo criada com outros valores,

estabelecendo um atrativo conteúdo e se tornando fiel a seus alunos,

ensinando-os e preparando-os para a sociedade.

Em Orientação Educacional é necessária uma ação imediata no

educando, procurando-se promover, de maneira organizada e objetiva, uma

situação de ajuda, criar meios e formas de conhecimento a respeito de

métodos diferentes que podem levar esse aluno a produzir, e assim, alcançar

os objetivos esperados. Mas para que isso possa acontecer esse profissional

deve estar preparado para detectar e agir de imediato, preparação e

conhecimento são tudo, para levar a face da realidade de nossa sociedade.

A Orientação Educacional está em busca de meios necessários para

fazer com que a escola cumpra seu papel de ensinar, educar, com base em

seu projeto político- pedagógico. O Orientador hoje é aquele que busca, corre

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atrás das questões da cultura escolar e promover novas estratégias para que a

realidade se faça verdadeiramente na realidade vivida pelos alunos, no dia-a-

dia da escola.

O Orientador antigamente tinha outras responsabilidades, a de papel de

consulta, e hoje assume atividades e responsabilidade que não são suas,

porém tem se visto mais presente na realidade do aluno em seu atendimento,

na realidade social que ele está inserido. Hoje, torna-se necessário que o

Orientador, o professor, tenham uma boa formação política e pedagógica, pois

o nosso aluno, não é o mesmo de ontem, o de antigamente, ele se torna,

crítico, questionador, um novo sujeito, que devemos prepará-lo pra o futuro.

Tudo que aprendemos na teoria, nos ajuda muito na prática, mas a

verdadeira prática é quando encontramos o problema cara a cara, e como

devemos proceder diante dele. Então, a prática é a realidade, enquanto a teoria

ela nos auxilia. Precisamos correr atrás do correto, pesquisarmos sobre todos

os assuntos dando continuidade ao processo de aprendizagem. Estar em

busca de aperfeiçoamento, treinamento, estar atualizado sempre e amar o que

faz.

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CONCLUSÃO

Concluímos que o educador ao educar precisa estar preparado,

qualificado, motivado, comprometido e amar muito a educação, ser fiel ao seu

juramento, trabalhar com qualidade não importa se na rede pública ou privada,

com ou sem recurso,pois quando estamos comprometidos fazemos a

diferença.

A educação pública, os baixos salários e a necessidade do acúmulo de

empregos e atividade levam a falta de tempo e de paciência para o professor

se reciclar.

Formar cidadãos críticos, conscientes de seus atos e capazes de fazer a

diferença no mercado de trabalho.

O professor precisa estabelecer uma relação agradável de confiança,

carinho e educando com emoção, atraindo o aluno para sala de aula,

solucionando dúvidas, acompanhando seu processo de ensino-aprendizagem,

entusiasmando cada aluno a aprender.

O aluno junto com seu educador precisa superar obstáculos para

alcançar as expectativas esperados por todos. Esse aluno precisa confiar

nesse professor que pode ajudá-lo.

A valorização do aluno, enquanto um ser que está em constantes

transformações e com realidades e tempos diferentes, isso precisa estar bem

em todos os momentos do seu processo de aprendizagem.

Para que o processo de aprendizagem aconteça a emoção em ensinar

precisa unir-se com a responsabilidade que o professor representa na vida do

seu aluno.

O Orientador Educacional, estimula, da suporte para que aconteça o

aprendizado do aluno e a satisfação profissional do educador. Então o

Orientador Educacional deve estar atento às dificuldades e problemas, para

que o mais rápido possível seja solucionado.

O educador junto ao Orientador Educacional, devem formularem

objetivos comuns e diretos para o resgate do aluno, preparar com atenção as

atividades propostas e com clareza voltada para os mesmos. A ação do

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Orientador Educacional, junto ao professor na relação professor/aluno é fazer

com que o processo de aproximação seja feita com a família, aluno na escola.

Esse objetivo é levar o trabalho do Orientador Educacional levando a

aproximação da família no ambiente escolar, e fazer com que o Orientador

possa detectar e conhecer o real problema que envolve o educando fazendo

com que ele não consiga ser inserido no processo ensino-aprendizagem.

Portanto, pode-se concluir que de forma planejada os objetivos que

podem levar o aluno a uma aprendizagem de qualidade e valorizar o que eles

têem de melhor suas experiências, o carinho e o afeto que muitas das vezes

não possuem, e buscam na escola desse professor.

Finalizando, todo profissional precisa exercer sua profissão pela

sociedade, onde o salário e as condições de trabalho são só expressões,

retocar e redefinir o seu papel na sociedade e na vida de cada individuo em

formação.

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BIBLIOGRAFIA

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Vozes, 1999.

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Sextante, 2003.

DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 12ª edição. Petrópolis, RJ:

Ed. Vozes, 2002.

FERREIRA, Naura. Supervisão Educacional novas exigências, novos

conceitos, novos significados. In: Supervisão Pedagógica: Princípios e

Práticas. 2ª edição. Campinas, SP: Ed. Papirus, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

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LÜCK, Heloísa. Planejamento em Orientação Educacional. 17ª edição.

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TELES, Maria Luiza. Educação: Revolução necessária. 5ª edição. Petrópolis,

RJ: Ed. Vozes, 1992.