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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA INDUSTRIAL BRUNO MASCIA DALTRINI O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA Rio de Janeiro Setembro, 2006.

O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ECONOMIA INDUSTRIAL

BRUNO MASCIA DALTRINI

O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA

Rio de Janeiro Setembro, 2006.

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BRUNO MASCIA DALTRINI

O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Economia da Indústria e da Tecnologia, Instituto de Economia Industrial, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Ciências Econômicas.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Aguiar de Medeiros

Rio de Janeiro 2006

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BRUNO MASCIA DALTRINI

O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2006 Aprovada por:

_________________________________________

Prof. Dr. Carlos Aguiar de Medeiros (UFRJ – IE)

_________________________________________

Prof. Dr. Franklin Leon Peres Serrano (UFRJ – IE)

_________________________________________

Prof. Dr. Carlos Pinkusfeld Monteiro Bastos (UFF – IE)

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RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa afirmam que essas empresas são um entrave ao crescimento econômico e ao processo de desenvolvimento. Autores de várias correntes heterodoxas reconhecem a importância que as estatais tiveram no crescimento econômico de vários países, sendo empregadas como uma das formas de manter o controle macroeconômico, o nível de emprego, o controle dos preços ou ofertar produtos essenciais para industrialização desses países. Porém, mesmo esses autores se mostram céticos quanto à capacidade de empresas estatais desempenharem um papel central no processo de desenvolvimento. O caso da China nos mostra que essas empresas possuem não apenas um papel social, mas também um importante papel econômico que pode ir além de apenas apoiar empresas privadas ou estrangeiras. O posicionamento estratégico das estatais chinesas e sua ainda enorme participação nos ativos de várias indústrias permitem ao governo controlar não apenas os ciclos de crescimento, mas colocar em prática uma política de internacionalização de empresas nacionais, elegendo empresas campeãs para se lançarem na concorrência internacional, mudando a posição da China na divisão internacional do trabalho e a natureza da restrição externa do país.

Palavras-chave: Desenvolvimento Econômico, Empresas Estatais, China.

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ABSTRACT There is still a great controversy about the role of state owned enterprises in economic growth and development. While orthodox authors preach that those enterprises hinder the development process, many heterodox economists have already shown that state owned enterprises have played a significant role in the development process of many countries. Although heterodox economists recognize the importance of using this kind of enterprise to promote social stability, price controls and as a provider of strategic commodities necessary for the country’s industrialization, they still don’t believe that state owned enterprises can be the core of a development strategy. China’s extraordinary economic growth and export boom shows that those enterprises can perform a central role in development strategies. Those enterprises own a high share of assets in China’s strategic industries, which grants the Chinese government not only a great influence on the country’s economic cycles, but also creates an favorable scenario to put an industrial policy that seeks the internationalization of state owned enterprises into effect, changing China’s position in the international division of labor, thus changing the nature of the country’s external constraint. Keywords: Economic Development, State Owned Enterprises, China

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente, agradeço ao Prof. Dr. Carlos Medeiros por sua ajuda, orientação e,

principalmente, por sua paciência. Espero que este trabalho ofereça alguma contribuição para

sua valiosa pesquisa sobre a economia chinesa.

Aos novos amigos da Universidade Federal do Rio de Janeiro pelas inúmeras

discussões que muito me ensinaram e pelo apoio enquanto estava longe de casa.

Agradeço aos Prof. Dr. Franklin Serrano e Prof. Dr. Fábio Freitas por me mostrarem

uma nova maneira de se pensar a economia e pelos conselhos dados na fase de elaboração do

projeto deste trabalho.

Agradeço também aos Prof. Dr. Plínio de Arruda Sampaio Jr. e Profª. Drª. Maria

Alejandra Caporale Madi os quais foram responsáveis por meu interesse pelos temas de

desenvolvimento econômico e economia internacional.

Aos meus grandes amigos de longa data, Igor Peretta e Daniel Granado pelas inúmeras

discussões e pela ajuda na diagramação deste trabalho.

À Daniela Gomes pela compreensão e força em enfrentar a distância que nos foi

imposta.

À minha família, especialmente meus pais, por sempre apoiarem minhas decisões.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................7

1.1. O Gradualismo da Transição para Economia de Mercado ..............................................7 1.2. O Modelo Chinês de Desenvolvimento...........................................................................9 1.3. Empresas Estatais e Desenvolvimento ..........................................................................12

1.3.1. Empresas Estatais na China....................................................................................13 2. MUDANÇAS ESTRUTURAIS ...........................................................................................15

2.1. Introdução......................................................................................................................15 2.2. Mudança nos Padrões de Consumo e Crescimento do Mercado Interno ......................16

2.2.1. A Mudança nos Padrões de Consumo Urbano. ......................................................18 2.2.2. A Concentração da Renda Urbana .........................................................................21 2.2.3. A Concentração da Renda nas Regiões Urbanas....................................................23

2.3. Mudança Estrutural do Parque Produtivo Chinês .........................................................24 2.3.1. Mudanças na Pauta de Importações .......................................................................26 2.3.2. Mudanças em Alguns Setores ................................................................................28 2.3.3. Desagregando os Setores ........................................................................................31

2.4. Mudanças na Pauta de Exportações ..............................................................................33 2.4.1. Mudanças no Padrão de Exportações da China......................................................34

3. O PAPEL DAS EMPRESAS DE PROPRIEDADE ESTATAL NA CHINA .....................39 3.1. Introdução......................................................................................................................39 3.2. Privatização “por Baixo” ...............................................................................................43 3.3. O Posicionamento Estratégico das EE...........................................................................47

3.3.1 Bens de Consumo ....................................................................................................48 3.3.2. Matérias-Primas e Insumos Básicos .......................................................................51 3.3.3. Outros Insumos e Componentes .............................................................................54 3.3.4. Energia....................................................................................................................56 3.3.5. Bens de Capital, Equipamento de Transporte e Produtos de Alta Tecnologia.......58 3.3.6. Observações sobre os Dados: O que são EE? ........................................................61 3.3.7. Financiamento e Bancos Estatais ...........................................................................63 3.3.8. Grandes e Médias Empresas Estatais. ....................................................................65

3.4. Características da Economia Internacional....................................................................69 3.5. Empresas Campeãs Nacionais. ......................................................................................72 3.6. As Reformas das Empresas de Propriedade Estatal Chinesas.......................................75 3.7. Desafios na Formação das Empresas Campeãs Nacionais............................................84 3.8. Empresas Estatais e Crescimento ..................................................................................87 3.9. O Papel Social das Empresas Estatais na China............................................................92

3.9.1 Emprego ..................................................................................................................93 3.9.2. Salários ...................................................................................................................97

3.10. Empresas de Propriedade Estatal e a Mudança Estrutural na China. ..........................99 3.10.1. O Papel das EPE na Distribuição e na Concentração de Renda.........................100 3.10.2 O Papel das EE no Processo de Substituição de Importações.............................102

5. CONCLUSÃO....................................................................................................................105 REFERÊNCIAS .....................................................................................................................110 ANEXO I: ANEXO ESTATÍSTICO ......................................................................................115

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Capítulo 1.

INTRODUÇÃO

1.1. O Gradualismo da Transição para Economia de Mercado

O modelo de desenvolvimento chinês inspira-se nas experiências de muitos países, não

havendo a pretensão de copiar um modelo, mas sim criar um modelo único, fortemente

influenciado por um componente ideológico na definição de seus objetivos e ferramentas

(MANGABEIRA UNGER & CUI, 1994). Nesse sentido, Medeiros afirma:

[...] a estratégia de desenvolvimento adotada na China a partir de 1978 combinou e aplicou de forma original diversas políticas baseadas em sua própria história e em diferentes experiências internacionais. Em síntese, o programa chinês fundou-se num conjunto de reformas e num programa estratégico de desenvolvimento [...] (MEDEIROS, 1999, p. 398)

Uma das características mais importantes desse modelo é a capacidade adaptativa das

políticas de desenvolvimento, em mudança constante, sempre se adaptando a novos desafios.

A escolha do gradualismo nas reformas de transição reflete esse modelo de desenvolvimento.

Zhaomu (2000, p. 445-452) expõe algumas importantes características do

gradualismo. Em primeiro lugar, as reformas caminhavam do campo para a cidade. Eram

testadas no campo, buscando o aumento da produtividade agrícola, permitindo o crescimento

urbano. Completados os experimentos nas zonas rurais, as reformas eram adaptadas para

serem implementadas nas regiões urbanas.

A segunda característica é o movimento de avanço das reformas das regiões costeiras

para o interior da China. Foram estabelecidas Zonas Econômicas Especiais (ZEE) nas

províncias costeiras de Guangdong e Fujian. Nessas províncias foram observadas as

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conseqüências da atração de investimentos estrangeiros, da regulação de atividades

econômicas via mercado, da adoção de sistemas de impostos e taxas preferenciais, da maior

delegação de poder às autoridades locais e da implementação de regras de importação e

exportação mais flexíveis. O grande crescimento das cidades nas ZEE fez com que

gradualmente o número de cidades designadas como zonas especiais fosse expandido1.

Sucessivas ondas de reformas buscaram mudar o sistema produtivo estatal. Essas

reformas tinham como objetivo criar empresas estatais (EE) capazes de competir com

empresas privadas nacionais ou estrangeiras em mercados nacionais, para posteriormente

competirem com as grandes empresas estrangeiras em outros mercados. As EE deveriam ser a

espinha dorsal da economia, enquanto outras formas de propriedade eram estimuladas.

Outra característica importante do gradualismo foi a adoção do sistema duplo de

preços, tanto para o câmbio quanto para mercadorias estratégicas. Esse sistema buscava

incentivar a produção de certos bens e certas exportações, além de controlar preços de bens

estratégicos e importações.

Kotz (2004) observa que o gradualismo é uma forma de transição onde o Estado

exerce alto grau de controle, assim como no desenvolvimentismo. De acordo com o autor, a

adoção da alternativa neoliberal (o choque de transição) na Rússia causou uma catástrofe

econômica no país. O rápido processo de privatização, ao invés de criar uma indústria

competitiva, colocou a indústria nacional nas mãos de grupos que apenas se importavam com

o seu rápido enriquecimento pessoal através da depredação dos ativos da empresa, causando

um fenômeno de desindustrialização.

Assim, não ocorre na China um amplo processo de privatização. Gabriele (2002)

observa que houve um processo de desestatização com reformas sobre o sistema de

1 Medeiros (1999, p. 401) observa que a criação das ZEE não atendia apenas às reformas no país, sendo um importante instrumento de atração de investimentos da China não-continental, servindo como ferramenta para a reincorporar Hong Kong e, principalmente, Taiwan.

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propriedade das EE, porém, essas reformas, em vários casos, significaram a pulverização da

propriedade das EE entre várias esferas do governo, mantendo a propriedade pública da

empresa. Ademais, Medeiros (1999, p. 402) observa que o controle das grandes EE que

atuavam em setores estratégicos foi mantido nas mãos do governo central, com o processo de

desestatização atingindo principalmente as pequenas e médias empresas estatais.

O gradualismo deve ser visto como um componente da estratégia chinesa de

desenvolvimento. Assim como o processo de desenvolvimento, o processo de transição deve

ser controlado pelo Estado de forma a garantir o maior crescimento possível da economia

nacional. Apenas o Estado pode oferecer o horizonte histórico e os objetivos de longo prazo

que guiem de forma eficiente o processo de transição. Dessa forma, Kotz (2004) explica que o

gradualismo, assim como a intervenção do Estado no processo de desenvolvimento, não

garante o sucesso do processo de transição, mas a ausência do Estado garante o fracasso.

1.2. O Modelo Chinês de Desenvolvimento

As características únicas da China não diferenciam o modelo chinês de

desenvolvimento apenas da experiência russa e do leste europeu. Uma das comparações mais

comuns atualmente é entre o crescimento da China e o da Índia. Essas comparações se

centram principalmente em fatores como população, liberalização e território.

Porém, a China e a Índia possuem características muito diferentes, como o sistema

político, a taxa de crescimento e investimento, a estrutura do sistema financeiro e o peso de

empresas estatais em cada economia (Ghosh, 2005).

A compreensão do extraordinário crescimento da China deve passar por questões

políticas. Devemos levar em conta a existência de um partido único e pressões populares que

buscam a democratização do regime. Essas pressões criam a necessidade de legitimação do

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regime, que pode ser conquistada através do aumento da renda das famílias. Portanto, o

extraordinário crescimento chinês representa uma tentativa do Partido Comunista Chinês de

se manter no poder, enquanto a estagnação representa o acirramento dos conflitos sociais. A

preocupação com a estabilidade na China (não apenas macroeconômica) aparece de forma

clara no trabalho de Zhaomu (2000, p. 430-480), onde o autor observa as relações entre

reformas, desenvolvimento e estabilidade.

A enorme presença de EE na economia chinesa é marcante. Mesmo no auge do

intervencionismo econômico na Europa e na América Latina, as estatais não desempenharam

um papel tão importante quanto desempenham na China.

O escopo e a diversidade de atuação das antigas EE latino-americanas e européias

também diferem das estatais da China. As EE chinesas estão presentes em quase todos os

setores produtivos do país, exercendo enorme influência sobre setores estratégicos, sendo

proprietárias de parcelas consideráveis dos ativos e do capital de vários setores.

A atuação do Estado chinês em atividades produtivas é maior ainda quando

consideramos empresas coletivas urbanas, de propriedade de governos locais, e empresas de

cantão e vila (ECV), também de propriedade de governos locais, porém rurais. Essas outras

empresas de propriedade estatal (EPE)2 possuem uma relação simbiôntica com as empresas

estatais, seguindo a liderança tecnológica das grandes EE.

As EPE estão no centro das políticas de desenvolvimento da China. Há uma clara

divisão de tarefas e objetivos para cada forma de propriedade, com as EE desempenhando um

papel central no desenvolvimento tecnológico do país, assim como em muitas mudanças

estruturais da China.

2 No caso chinês, as EPE podem ser divididas em três grandes grupos: Empresas Estatais (EE), sob o controle do governo central, Empresas de Cantão e Vila (ECV), empresas rurais controladas por governos locais e, finalmente, Coletivas, empresas urbanas controladas por governos locais. Como será mostrada, tal distinção é essencial, já que cada tipo de empresa possui suas funções e características próprias.

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Dessa forma, o papel das EE chinesas vai muito além do papel tradicional das estatais

em outros países, atuando em diversos setores estratégicos de tecnologia de ponta e de

produtos de alto valor agregado, não se confinando a setores de insumos básicos.

Os enormes investimentos dessas empresas são capazes de ditar os ciclos econômicos

da China ao mesmo tempo em que impulsionam o processo de mudança estrutural do parque

produtivo chinês e o processo de substituição de importações3.

O papel social das EPE não é menor que seu papel econômico. Essas empresas ainda

são responsáveis por uma grande parcela do emprego no país. Nesse sentido, devemos

destacar o enorme papel das ECV nas zonas rurais.

Esse enorme papel sobre o emprego faz com que a parcela dos salários pagos pelas EE

na massa salarial seja significativa, sendo, portanto, essas empresas responsáveis pelo

aumento da renda de milhões de trabalhadores.

Dada sua importância social, as EPE desempenham também um importante papel nas

enormes mudanças de padrões de consumo que a China vem passando. A política salarial

dessas empresas, assim como seus investimentos, é capaz de aumentar e concentrar a renda

dos trabalhadores, acelerando o processo de mudança de padrões de consumo.

As EE passaram por várias ondas de reformas, tendo como objetivo o aumento de sua

eficiência microeconômica. Essas reformas estão de acordo com a política industrial chinesa,

que busca a criação de empresas campeãs nacionais capazes de concorrer no atual ambiente

externo, dominado por gigantescas empresas sediadas nos países centrais.

Apesar dessa política ainda não ter tido um resultado significante sobre a inserção

externa das EE chinesas, ela já foi capaz de gerar algumas mudanças estruturais no país. O

3 No caso da China é impossível deixar de lado a importância de outros gastos públicos, como o gastos em infra-estrutura e construção civil. Porém, como mostraremos no terceiro capítulo, os gastos das EPE ainda possuem uma forte influência sobre os ciclos econômicos do país.

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parque industrial chinês é hoje muito mais diversificado, sendo capaz de produzir bens de

capital e produtos intensivos em tecnologia.

A política de substituição de importações foi aliada a uma política de mudanças na

pauta e promoção de exportações. Nesse sentido a capacitação tecnológica das empresas

estatais e o aumento de sua produtividade estão mudando a inserção internacional da China,

não mais dependente das exportações de bens de consumo intensivos em mão de obra e de

pouco valor agregado.

1.3. Empresas Estatais e Desenvolvimento

Economistas ortodoxos insistem na ineficiência das empresas estatais. Chang (2003, p.

206-216) demonstra, através de críticas aos argumentos mais comuns e exemplos históricos,

que tal afirmação não é verdadeira. Na inexistência de argumentos teóricos para a ineficiência

das EPE, o autor argumenta que na maioria dos casos o resultados microeconômicos (lucros)

dessas empresas dependem das condições macroeconômicas do país, das condições da

indústria ou mesmo das empresas, independendo da forma de propriedade (Chang, 2003, p.

219-222)

Mais do que criticar argumentos teóricos sobre a ineficiência microeconômica das

EPE, o autor nos chama a atenção para a inadequação dos critérios de eficiência geralmente

adotados para avaliá-las. A avaliação de eficiência das empresas de propriedade estatal apenas

por critérios microeconômicos (lucro ou rentabilidade) se mostra extremamente incapaz de

julgar os benefícios (externalidades) que essas empresas trazem à economia. Entre os motivos

para a criação de uma EPE dificilmente o aumento da renda do Estado está entre um deles,

não havendo como objetivo primordial o lucro dessas empresas.

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Empresas estatais muitas vezes são criadas por motivos estratégicos, como forma de

oferecer insumos importantes e infra-estrutura. Cumprem o papel de preencher lacunas na

cadeia produtiva, lacunas estas que o setor privado é incapaz ou não possui interesse de

preencher.

Adicionalmente as EPE podem cumprir um papel macroeconômico na economia. Sua

criação pode ter como motivo principal a criação empregos, diminuição da restrição externa

através de exportações (ou através da diminuição de importações com a substituição de

importações), sustentação da demanda efetiva através de seus gastos e investimento,

estabilização de preços e controle da inflação através de oferta de bens e insumos subsidiados,

desenvolvimento regional e diminuição da heterogeneidade regional através da alocação de

plantas ou até mesmo como ferramenta de política industrial, através de políticas de compra.

Devemos destacar que, ao buscar cumprir essas funções, muitas vezes a empresa de

propriedade estatal é impossibilitada de obter um bom resultado financeiro. Sendo assim o

desempenho dessas empresas não deve ser medido apenas por critérios de lucratividade, mas

deve passar por critérios que captem os benefícios econômicos que essas empresas trazem ao

país.

1.3.1. Empresas Estatais na China

No caso da China, as EE desempenham um papel central na estratégia de

desenvolvimento do país. Além da importância social das EPE, responsáveis por milhões de

empregos e por uma parcela considerável da massa salarial, essas empresas possuem um

importante papel de controle macroeconômico.

As EE chinesas estão presentes em todos os setores produtivos, porém, possuem uma

maior influência em setores estratégicos, praticamente dominando os setores de insumos

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básicos e energia e exercendo uma considerável influência sobre os setores de bens de capital

e produtos de alta tecnologia.

A diminuição da participação das EE na economia chinesa não se dá em função de um

amplo processo de privatização, havendo um contínuo aumento do capital e dos ativos dessas

empresas em quase todos os setores produtivos. Dessa forma, a diminuição da participação

das EE se dá em função do enorme crescimento das outras formas de propriedades.

Os gastos das EE (principalmente seus investimentos) são de fato tão grandes que

ainda são capazes de determinar os ciclos econômicos do país, proporcionando ao Estado

chinês uma eficiente ferramenta de controle macroeconômico.

Nesse trabalho, analisaremos o papel das Empresas Estatais no desenvolvimento

chinês. Para tal, dividimos o trabalho em quatro capítulos, incluindo a presente introdução.

No capítulo seguinte, analisaremos as mudanças estruturais na China. Iniciaremos com

a concentração de renda e mudanças nos padrões de consumo. Seguiremos analisando as

mudanças no parque produtivo chinês e o processo de substituição de importações, para,

finalmente, analisarmos as mudanças estruturais na pauta de exportações do país.

No terceiro capítulo, analisaremos o posicionamento estratégico das EE, sua

importância social e para os ciclos econômicos e a atual política industrial chinesa, centrada

nessas empresas. Por fim, apresentaremos nossas conclusões no quarto capítulo.

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Capítulo 2.

MUDANÇAS ESTRUTURAIS

2.1. Introdução

O enorme e prolongado crescimento da China, ao mesmo tempo em que é alimentado

por reformas e mudanças estruturais, também gera mudanças. O enorme crescimento da renda

per capita e a concentração de renda provocam profundas mudanças nos padrões e consumo

do país. As mudanças nos padrões de consumo, por sua vez, alimentam a demanda necessária

às mudanças na estrutura industrial chinesa, permitindo a diversificação produtiva.

Essas mudanças afetarão necessariamente a pauta de importações do país, mudando o

peso de cada categoria de produto. Surge assim o processo de substituição de importações,

com vários setores sendo internalizados. Esse processo já avançou significativamente, sendo

internalizados setores de produção de bens de capital e setores de produção de produtos

intensivos em tecnologia.

A política industrial chinesa já apresenta resultados relevantes. A diversificação

produtiva permitiu a mudança da pauta de exportações do país. Produtos intensivos em mão

de obra cederam espaço no total das exportações para produtos intensivos em tecnologia e de

alto valor agregado.

Essa mudança qualitativa nas exportações chinesas representa o início de uma nova

inserção do país na divisão internacional do trabalho (DIT). As exportações chinesas agora se

concentram em mercados mais dinâmicos, o que permite um relaxamento da restrição externa.

Nesse capítulo mostraremos tais mudanças para, no próximo, mostrarmos que as EPE

desempenham um importante papel nas mudanças estruturais na China. Claro que

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reconhecemos que as EPE não são a única força por trás das mudanças estruturais na China.

Porém mostraremos que elas são um importante componente dessas forças.

2.2. Mudança nos Padrões de Consumo e Crescimento do Mercado Interno

No capítulo três mostraremos que até o período do início das reformas, em 1978, uma

das maiores restrições ao crescimento da China estava no setor de produção de bens de

consumo básicos (alimentação e roupas), sendo estes os setores mais pressionados nas fases

de crescimento4. Tal afirmação traz consigo a definição de um padrão de consumo, baseado

nesses produtos. Em função da baixa renda per capita, o padrão de consumo na China era

pouco diversificado e baseado em bens de consumo simples.

Porém, como Medeiros (2006, p. 388-389) afirma, esse padrão de consumo começou a

apresentar mudanças. Essas ocorrem impulsionadas por dois motores: o crescimento

econômico e a concentração da renda.

O crescimento econômico incorpora novas famílias ao mercado. O crescimento da

renda dessas famílias permite que elas gastem cada vez mais uma parte maior de sua renda em

bens supérfluos ou mais sofisticados. Um dos grandes fatores para o crescimento da renda das

famílias está no crescimento do salário real, que de acordo com Flassbeck et al.(2005, p. 19-

31) ficou em torno de 8% ao ano entre 1987 e 2000. Surge, assim, uma expansão horizontal

do mercado.

Porém, ao avaliarmos o tamanho de um mercado, não devemos olhar apenas o

tamanho da população ou da renda. Assim, junto ao crescimento horizontal do mercado

chinês, temos ainda a concentração de renda como um importante fator que cria uma elite

4 Ver Imai (1996, p. 159) e Medeiros (1999, p. 384)

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com uma renda que permite uma diversificação ainda maior de seu consumo, diversificando

ainda mais o mercado interno chinês.

Ao analisarmos esses dois fatores de mudança nos padrões de consumo e o novo

mercado interno chinês, devemos levar em consideração o tamanho absoluto desse mercado.

A população da China ultrapassa os 1,3 bilhões de pessoas, sendo o país mais populoso do

mundo. Assim, uma concentração de renda, mesmo que atingindo apenas uma pequena

parcela da população, é responsável pela mudança no padrão de consumo de milhões de

pessoas, sendo, portanto, um fator fundamental para entendermos os novos padrões de

consumo na China.

A concentração de renda que ocorre na China possui vários aspectos. Um primeiro

aspecto é a concentração de renda que ocorre dentro das cidades e das regiões rurais

provocada pela enorme diferença entre os salários pagos por diferentes empresas e os

rendimentos de diferentes atividades. Em segundo lugar, temos a concentração da renda nas

regiões urbanas em contrapartida com as áreas rurais, muito mais pobres. Em terceiro lugar,

temos a concentração regional da renda, com as províncias costeiras mais ricas que as

províncias ocidentais.

O Trade and Development Report (TDR) 2005 (UNCTAD, 2005, p. 36) mostra que o

número de famílias vivendo em pobreza absoluta diminuiu, o que significa que mesmo as

famílias mais pobres se beneficiaram do crescimento econômico. Porém, ao mesmo tempo, há

uma piora do coeficiente de Gini que, entre 1981 e 2002, passa de 0,18 para 0,33 nas regiões

urbanas e de 0,25 para 0,36 nas regiões rurais, com o coeficiente nacional igual a 0,44 em

2001. A diferença entre o coeficiente nacional e os coeficientes urbanos e rurais se dá em

função da disparidade entre a renda urbana e rural e da concentração regional da renda.

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2.2.1. A Mudança nos Padrões de Consumo Urbano.

A renda e o consumo na China cresceram de forma extraordinária. Porém, as regiões

urbanas merecem destaque nesse crescimento. O gráfico 1 mostra a taxa de crescimento da

renda real rural e urbana.

Gráfico 1.TAXA DE CRESCIMENTO DA RENDA PER CAPITA REAL DISPONÍVEL

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004

Ano

Taxa

de

Cre

scim

ento

Famílias RuraisFamílias Urbanas

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006 Notas: Para o cálculo da renda real foi utilizado o índice de preços ao consumidor urbano e o índice de preços ao consumidor rural. O ano base é 1989.

Como podemos ver, a renda urbana cresceu mais que a renda rural em vários anos,

com exceção do período entre 1995 e 1997. Apesar do menor crescimento da renda rural, esta

ainda cresceu bem acima da inflação ao consumidor possibilitando um grande aumento da

renda real, tanto urbana quanto rural.

O enorme crescimento da renda das famílias urbanas sozinho é capaz de provocar uma

mudança nos padrões de consumo dessas famílias. Dados do China’s National Bureau of

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19

Statistics mostram que participação de bens de consumo básicos, como alimentos5 e roupas,

diminui rapidamente a partir da década de 1990, aumentando o consumo de serviços. A

diminuição da participação de produtos e serviços domésticos (aqui incluídos

eletrodomésticos) não significou uma queda no consumo de bens duráveis.

O peso dos custos de moradia no total da renda do trabalhador cresce continuamente.

Tal crescimento se dá em função de dois motivos: primeiro, temos o grande processo de

urbanização6; em segundo lugar, temos as reformas das EE.

Como veremos no capítulo seguinte, as EPE possuem um enorme papel social. Porém

essas empresas passaram por grandes reformas e parte dessas reformas foi a diminuição dos

benefícios sociais oferecidos, sendo moradia um dos grandes benefícios.

O gráfico 2 nos mostra o crescimento do número de produtos que cada 100 famílias

urbanas possuem. Podemos notar um extraordinário aumento do consumo de bens de

consumo duráveis. Nesta categoria, devemos destacar o aumento do consumo de

computadores, motocicletas e automóveis.

O aumento do consumo de motocicletas e computadores é visível no gráfico, porém o

consumo de automóveis não deve ser desprezado. A propriedade de automóveis por 100

famílias urbanas passa de 0,5 em 2000 para 2,2 em 2004, sendo, portanto, um aumento

extraordinário. Assim, o padrão de consumo das famílias urbanas vem se modernizando, com

o grande aumento do consumo de bens de alta tecnologia e alto valor agregado.

Apesar do indicador utilizado não apresentar o consumo absoluto dos produtos

analisados, ele serve como um bom indicador. Para se ter uma idéia do crescimento do

consumo urbano desses produtos, basta juntar o crescimento da propriedade dos produtos por

5 De acordo com o TDR 2005 (UNCTAD, 2005, p. 46) o “padrão de consumo de alimentos na China já passou por grande parte do primeiro estágio de transição na nutrição [...] Portanto, um crescimento futuro do nível de consumo de alimentos deve ser muito menor que no passado”. Dessa forma, as mudanças nos padrões de consumo tendem a se acelerar, com o consumo de produtos supérfluos e serviços aumentando proporcionalmente mais. 6 De acordo com Medeiros (2006, p. 388) a taxa de urbanização na China nos últimos 20 anos foi de 38% ao ano.

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100 famílias ao crescimento populacional urbano7. Não apenas as famílias começaram a

consumir mais bens de consumo duráveis, mas mais famílias os consomem.

Gráfico 2.NÚMERO DE BENS POR 100 FAMÍLIAS URBANAS

0

20

40

60

80

100

120

140

160

1985 1990 1995 2000 2004

Ano

Núm

ero

de B

ens

MotocicletaAutomóvelRefrigeradorTV ColoridaAparelho de DVDComputadorTelefone Móvel

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

A mudança nos padrões de consumo urbano, com a intensificação do consumo de

produtos com alto teor tecnológico e valor agregado, em conjunto com o processo de

urbanização criam um enorme mercado interno em setores estratégicos. Ao explorar esses

mercados, empresas nacionais podem construir bases sólidas para se lançarem na

concorrência externa, mudando a estrutura de exportações da China.

De fato os estudos de casos feitos por Nolan (2001, p. 20-82) mostram que algumas

EE obtiveram um bom resultado em sua inserção nacional, apesar de ainda não estarem

prontas para concorrer com os grandes oligopólios internacionais.

7 A população urbana em 1978 era de 172,45 milhões de pessoas, ou 17,92% da população total da China. Em 1997, a população urbana sobe para 394,49 milhões (31,92%) e, em 2004, atinge 542,83 milhões (41,76% da população total).

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2.2.2. A Concentração da Renda Urbana

O crescimento da renda per capita é capaz de mudar os padrões de consumo das

famílias urbanas. Porém, essa mudança é acelerada pela concentração da renda urbana. O

gráfico 3 nos mostra o crescimento da renda real das famílias urbanas, divididas por faixas de

renda.

Gáfico 3.TAXA DE CRESCIMENTO DA RENDA REAL PER CAPITA DAS FAMÍLIAS

URBANAS

-15%

-10%

-5%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Ano

Taxa

de

Cre

scim

ento

Nacional

Famílias com Menor Renda(Primeiro Decil)

Famílias com Baixa Renda(Segundo Decil)

Famílias com Média Renda(Terceiro Quintil)

Famílias com Alta Renda(Nono Decil)

Famílias com Mais AltaRenda (Décimo Decil)

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006 Notas:a) Para o cálculo da renda real urbana foi utilizado o índice de preços ao consumidor urbano, sendo

1989 o ano base. b) A enorme diferença da taxa de crescimento da renda real em 2002, quando comparado aos outros anos da série, se dá em função de mudanças na metodologia de coleta dos dados.

Podemos notar um enorme aumento da renda das famílias de alta e mais alta renda, com

menor crescimento da renda nas faixas de menor renda. Devemos destacar que o menor

crescimento da renda das famílias mais pobres não significou um maior empobrecimento real

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destas famílias, já que sua renda cresceu acima da inflação8. Assim, o aumento da

desigualdade não se deu em função de transferências de renda, mas sim em função de

diferenças na taxa de crescimento da renda de diferentes faixas de renda.

A enorme desigualdade criada no período faz com que apareçam diferenças nos

padrões de consumo. De acordo com dados do China’s National Bureau of Statistics, os

alimentos e roupas possuem um enorme peso no consumo total das famílias mais pobres,

sendo responsáveis por quase 70% do consumo total dessas famílias em 1995. Para o mesmo

ano, o peso desses gastos é consideravelmente menor entre as famílias mais ricas (54%).

Quanto maior a faixa de renda, maior é a proporção gasta em produtos domésticos. As

famílias mais ricas são os grandes consumidores desses produtos, já que dedicam uma maior

parte de sua considerável maior renda ao consumo de produtos domésticos.

Os dados do China’s National Bureau of Statistics também mostram que as famílias

mais ricas foram as grandes responsáveis pelo aumento do consumo de bens de alta

tecnologia e alto valor agregado, com as famílias mais pobres mudando menos seus padrões

de consumo.

Como exemplo, temos o aumento do consumo de automóveis que ficou restrito às

famílias de mais alta renda e, em menor grau, de alta renda. Assim, apenas 20% das famílias

são as grandes demandantes de produtos de alto valor unitário.

O aumento da renda das famílias urbanas cria o processo de mudança de padrões de

consumo. Porém, esse processo é acelerado pela concentração de renda. Famílias em

diferentes faixas de renda gastam proporções diferentes de seus orçamentos em bens básicos,

bens de consumo duráveis e serviços.

8 A diminuição da renda real das famílias mais pobres em 1997 e 2002 é mais do que compensada pelo crescimento de sua renda em outros anos. Assim, entre 1995 e 2004, a renda real das famílias mais pobres cresce 23%.

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Apesar da popularização de muitos bens de consumo duráveis, as camadas mais

pobres ainda ficaram isoladas de alguns mercados. Assim, alguns produtos de valor agregado

mais alto ficaram restritos ao consumo das camadas mais ricas.

Devemos ressaltar que o fato desses bens estarem restritos às camadas mais ricas não

significa que o mercado seja pequeno. Levando-se em conta que o tamanho médio das

famílias urbanas de renda mais alta é menor que o tamanho médio total das famílias urbanas

ainda temos, em 2004, aproximadamente 50 milhões de pessoas na faixa de mais alta renda e

50 milhões de pessoas na faixa de alta renda, sendo, portanto, um mercado de 100 milhões de

pessoas.

2.2.3. A Concentração da Renda nas Regiões Urbanas

Há na China uma significativa concentração da renda nas regiões urbanas9. A já

mostrada diferença nas taxas de crescimento da renda das famílias urbanas e rurais causa uma

enorme concentração da renda nas regiões urbanas, sendo a diferença entre a renda rural e

urbana um dos aspectos mais importantes da concentração de renda na China.

As reformas no campo, iniciadas em 1978, diminuem o diferencial relativo de renda.

Porém, esse diferencial volta a crescer e, em 2004, a renda per capita rural é pouco maior que

a renda das famílias urbanas mais pobres (RMB 2.862,39). Finalmente, devemos lembrar que,

mesmo com o diferencial entre a renda urbana e rural aumentando, a renda real rural aumenta

significativamente.

Dado esse diferencial de renda, é de se esperar um padrão de gastos das famílias

rurais em consumo diferente do das famílias urbanas. Dados do China’s National Bureau of

9 A concentração da renda nas regiões urbanas (ou a concentração urbana da renda) não deve ser confundida com a concentração da renda urbana. A primeira se refere à concentração da renda nas cidades e a pobreza do campo, enquanto a segunda se refere à concentração da renda dentro das cidades.

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Statistics mostram uma clara mudança nos padrões de consumo das famílias rurais, com uma

grande diminuição do peso de alimentos e roupas que juntos eram, em 1985, responsáveis por

67,5% dos gastos e, em 2004, foram responsáveis por 52,7% dos gastos.

Apesar do grande crescimento da renda per capita rural, enormes parcelas da

população dessas regiões ainda estão excluídas do mercado. A concentração da renda nas

regiões urbanas cria um padrão de consumo distinto entre regiões urbanas e rurais. A pobreza

do campo cria uma convivência de padrões de consumo modernos com padrões extremamente

atrasados, surgindo um padrão de consumo extremamente heterogêneo.

2.3. Mudança Estrutural do Parque Produtivo Chinês

A segunda grande mudança a ser discutida nesse capítulo é a mudança estrutural do

parque produtivo chinês e o processo de substituição de importações. A teoria do

desenvolvimento heterodoxa mostra as crescentes dificuldades do padrão de industrialização

baseado na substituição de importações. Conforme o processo se aprofunda, passando de bens

de consumo simples para insumos e bens semi-elaborados, desses bens para bens de consumo

duráveis e com maior intensidade tecnológica, para finalmente chegar aos bens de capital,

problemas tecnológicos, de demanda e de restrição externa vão se agravando.

A diversificação do consumo provocada pelo aumento da renda per capita e por sua

concentração é capaz de oferecer a demanda efetiva necessária para se internalizar o setor de

bens de consumo duráveis. Dado o tamanho absoluto desses mercados, em função do

tamanho da população e do tamanho da economia chinesa, surge a demanda de bens de

capital e a oportunidade de internalizar esse setor.

Duas políticas surgem como soluções para as dificuldades técnicas. Em primeiro

lugar, temos a transferência de tecnologia feita pelas empresas estrangeiras. A intermediação

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do Estado chinês na entrada dessas empresas no país obrigou-as a transferir parte de suas

tecnologias às empresas nacionais. A participação de empresas estrangeiras em projetos,

muitas vezes, tinha como condição a transferência de tecnologia para empresas chinesas que

também participariam do projeto, como no caso da construção da Usina Hidroelétrica de Três

Gargantas (NOLAN, 2001, p. 45-47). Em outros casos, a entrada da empresa estrangeira está

condicionada à formação de um empreendimento conjunto com uma empresa chinesa e à

transferência de tecnologia para esta empresa (GABRIELE, 2001, p. 9-14).

Em segundo lugar, Freeman (2005) mostra o enorme acúmulo de capacitação

tecnológica que a China vem atingindo através da qualificação de cientistas e das

oportunidades oferecidas pelo seu mercado em expansão.

Os problemas de restrição externa surgem com a necessidade de importações dos

insumos e bens de capital necessários à industrialização. Tavares (2000, p. 233-237) observa

que a dinâmica interna da nova indústria de bens de consumo acelera seu crescimento,

pressionando as contas externas em função do aumento absoluto das importações de insumos

e bens de capital.

Na China, entretanto, a restrição externa não foi capaz de barrar as mudanças

estruturais no parque produtivo e o processo de substituição de importações. Tal fato se deu

em função do crescente superávit comercial e do saldo em conta corrente do país e da

conseqüente superação temporária da restrição externa10, o que permitiu a continuidade do

processo.

Dadas essas características, a China foi capaz de, como veremos, aprofundar o

processo de substituição de importações. Foram internalizados não apenas as indústrias

10 A superação da restrição externa em um certo período de tempo não significa sua eliminação. A eliminação completa da restrição externa vai muito além de saldos positivos em conta corrente: passa por mudanças na pauta de exportações de um país, sua posição na divisão internacional do trabalho e, principalmente, pela força de sua moeda nacional. Serrano (2004) mostra a importância do fato do dólar ser a moeda internacional para a eliminação da restrição externa dos EUA, além do esforço americano para a consolidação de sua moeda nacional como moeda internacional.

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tradicionais, mas também indústrias de tecnologia de ponta, de bens de capital e outros bens

de grande valor agregado.

2.3.1. Mudanças na Pauta de Importações

Uma característica comum dos processos de substituição de importação e mudanças

no parque produtivo está na mudança da pauta de importações. As mudanças no parque

produtivo deslocam as importações para setores ainda não internalizados. Em um primeiro

estágio, cresce o peso das importações de bens de consumo mais elaborados e alguns

insumos, conforme os bens de consumo mais simples são produzidos nacionalmente. Nessa

mesma fase, aumenta o peso das importações de bens de capital necessários à

industrialização.

O aprofundamento do processo de substituição de importações continuará a aumentar

o peso das importações de bens de capital, enquanto os setores de bens de consumo mais

elaborados e insumos básicos são internalizados. Assim, os bens de capital passam a compor

uma fatia considerável do total de importações.

O padrão da mudança da estrutura de importações também é afetado pelas mudanças

dos padrões de consumo. Com o aumento da renda per capita, uma fatia maior da renda dos

trabalhadores é destinada ao consumo de bens de consumo duráveis, mudando a pauta de

importações. O processo de substituição de importações busca suprir essas novas, ou mesmo

antigas e reprimidas, demandas através da produção interna desses produtos.

Mudanças na pauta de importações são reflexos das mudanças nos padrões de

consumo e do processo de industrialização. Essas mudanças obedecem a certos padrões e,

como veremos agora, a evolução das importações da China obedece a esses padrões. Vejamos

o gráfico 4 (para mais detalhes, ver tabela 1 no anexo estatístico).

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Gráfico 4.IMPORTAÇÕES DA CHINA

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004Ano

Valo

r (U

SD B

ilhõe

s)

Alimentos e Animais Vivos para AlimentaçãoInsumos BásicosCombustíveis Minerais, Lubrificantes e Produtos RelacionadosQuímicos e Produtos RelacionadosProdutos Industriais Têxteis e Leves, Produtos de Borracha e Produtos Minerais e MetálicosMáquinas e Equipamentos de Transporte

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

O aumento das importações de produtos primários se dá em função do enorme

aumento das importações de produtos relacionados à industrialização da China. Mesmo com

enormes investimentos nacionais nesses setores11, parte da demanda teve que ser deslocada

para produtos estrangeiros.

Atualmente, a pauta de importações da China é dominada por importações de

manufaturados. Obedecendo ao padrão de industrialização descrito anteriormente, podemos

notar um aumento do peso de produtos industriais leves, seguido por uma quase contínua

diminuição de sua importância a partir de 1993. Sobem continuamente o peso de outros bens

manufaturados, seguindo as mudanças nos padrões de consumo.

O setor de máquinas e equipamentos merece destaque. Sua participação no total de

importações sobe continuamente, atingindo seu ápice em 2003, quando foi responsável por

46,7% do total de importações. Essa tendência apenas é afetada no período 1995-1997,

11 No capítulo 3 estudaremos os investimentos em setores estratégicos.

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quando seu peso diminui em função da desaceleração do crescimento do país. O ano de 2004

merece destaque. Apesar da manutenção da taxa de crescimento em relação ao ano anterior

temos uma diminuição do peso da importação de máquinas e equipamentos no total das

importações.

Um último fator de forte influência nas mudanças na pauta de importações é a posição

que o país ocupa na DIT. De acordo com o TDR 2005 (UNCTAD, 2005, p. 60) uma

importante mudança da pauta de importações da China está no grande aumento das

importações de partes e componentes eletrônicos, reflexo da participação do país nas cadeias

de produção global.

Para compreendermos melhor o processo de substituição de importações, a análise das

mudanças no parque produtivo da China se faz necessária, observando o crescimento de

diferentes setores.

2.3.2. Mudanças em Alguns Setores

Iniciaremos nossa discussão com a análise da parte de usos finais das matrizes

insumo-produto de 1995 e 2000 (para mais detalhes ver tabelas 2 e 3 no anexo estatístico). Os

valores mostrados nas tabelas são calculados com base no índice de preços aos produtores nos

respectivos anos. Em função da falta de dados sobre a inflação dos preços aos produtores,

preferimos não deflacionar as matrizes. Apesar da matriz de 2000 não estar deflacionada,

temos poucas distorções em função de mudanças nos preços, já que no período há uma baixa

taxa de inflação que ainda é compensada por dois anos de deflação. O gráfico 5 nos mostra a

participação de alguns setores na produção total.

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Gráfico 5.PARTICIPAÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO PRODUTO TOTAL

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

1995 2000

Ano

Part

icip

ação

Produtos Têxteis, Costura,Couro e Peles

Outras Manufaturas

Produção e Distribuiçãode Energia Elétrica, Vapore Água AquecidaCoque, Gás e Refino dePetróleo

Indústria Química

Máquinas e Equipamentos

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Podemos notar as mudanças estruturais na indústria chinesa. É comum o comentário

de que a indústria chinesa baseia-se na produção de bens simples, intensivos em trabalho e de

baixo valor agregado, sempre sendo destacado o papel da indústria têxtil. De fato, a indústria

têxtil ainda possui um enorme peso na indústria chinesa. Porém, a produção de outras

manufaturas cresce de forma acelerada, diminuindo o peso dos produtos têxteis.

Os setores de energia cresceram de forma extraordinária, atendendo às demandas da

industrialização e urbanização do país. Porém, tal crescimento não foi capaz de gerar a auto-

suficiência de combustíveis na China, com as exportações líquidas passando de um déficit de

RMB 11 bilhões para um déficit de RMB 28 bilhões. A forte queda das exportações líquidas

de combustíveis fósseis indica uma vulnerabilidade do país, dependente de fornecedores

externos. A fonte de tal vulnerabilidade está na falta de campos petrolíferos em seu território.

Como resposta, o governo chinês cria, em 1985, a Shenhua Coal Company, com o objetivo de

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aumentar a produção de carvão e mudar a base energética para esse combustível, diminuindo

a dependência do petróleo (NOLAN, 2001, p. 75-82).

O valor do produto total da indústria química, mais intensiva em tecnologia e

dominada por gigantes globais, também cresce de forma extraordinária (79%) no período.

Assim como no setor de combustíveis fósseis, há uma deterioração das exportações líquidas.

Porém, o enorme crescimento do produto total da indústria química indica que, apesar da

China não ter eliminado totalmente sua dependência de importação desses produtos, as

indústrias chinesas usam cada vez mais produtos químicos produzidos no país.

O setor de máquinas e equipamentos merece destaque em função da dificuldade de

internalizar essa indústria. Esse setor é um grande exemplo do avanço do processo de

substituição de importações na China, com o produto total aumentando 105% entre 1995 e

2000. Como um bom indicador do avanço do processo de substituição de importações no

setor, temos as exportações líquidas que passam de um déficit de RMB 182 bilhões em 1995

para um superávit de 5,3 bilhões em 2000.

As importações de máquinas e equipamentos em 2000 continuaram fortes, atingindo

RMB 810 bilhões. Esse alto nível de importações pode ser explicado por dois fatores. Em

primeiro lugar, temos o rápido processo de crescimento e industrialização no país, que cria

uma enorme pressão sobre o setor. Em alguns casos, a modernização de instalações deve ser

feita em um curto período de tempo, obrigando empresas chinesas a comprar máquinas

estrangeiras. Em segundo lugar, temos o relativo atraso tecnológico da indústria chinesa de

máquinas e equipamentos. Os esforços para capacitar tecnologicamente as empresas

chinesas12 já apresentaram alguns resultados, expressos no enorme volume de exportações do

12 Freeman (2005) descreve os investimentos chineses e o aumento da capacitação do país em tecnologia. Gabriele (2001) descreve a reforma do Sistema Nacional de Pesquisa chinês e como as EE são afetadas por essa reforma. Nolan (2001, p. 20-83), em seus estudos de caso, demonstra o aumento da capacitação tecnológica de muitas EE, ao mesmo tempo em que ressalta a necessidade de importar máquinas e equipamentos. Como exemplo, temos a indústria siderúrgica chinesa. Em 1991, a Shougang Iron and Steel Corporation já era capaz

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setor. Porém, muitas empresas chinesas, para aumentar a produtividade e serem capazes de

competir com empresas estrangeiras, compram máquinas estrangeiras de ponta, o que, em

parte, explica o enorme volume de importações.

Os dados agregados por setor mostram uma mudança estrutural no parque produtivo

chinês. Manufaturas tradicionais (como produtos têxteis) perderam espaço para a indústria de

bens de capital. O crescimento extraordinário desse setor, assim como do setor de produtos

químicos, indica o aprofundamento do acelerado processo de substituição de importações.

2.3.3. Desagregando os Setores

A produção têxtil perdeu parte de sua importância entre 1995 e 2000. Porém, em

função do nível de agregação dos dados, não é possível, através das matrizes de insumo-

produto, analisar o crescimento de setores de produção de bens de consumo duráveis e bens

intensivos em tecnologia. Assim, para tal análise, utilizaremos a tabela 4, apresentada no

anexo estatístico. Nessa tabela temos a quantidade produzida, não havendo, portanto,

distorções nos dados em função de variações nos preços. O quadro 1 mostra as taxas de

crescimento da produção de alguns bens em relação ao ano anterior.

Podemos notar a influência das mudanças nos padrões de consumo no crescimento da

produção nacional de alguns bens duráveis, como refrigeradores e máquinas de lavar. Essas

mudanças também impulsionam a indústria de bens de consumo com maior intensidade

tecnológica. Há um enorme crescimento da produção de aparelhos de TV coloridos, assim

como de gravadores de vídeo, sistemas de som, câmeras e celulares.

de montar suas próprias fornalhas automatizadas. Porém, em 1992, a mesma empresa comprou uma siderúrgica americana e transportou para a China todo o equipamento de ponta, em função da urgência em aumentar a produção.

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Quadro 1.

CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO

Item 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Refrigeradores Domésticos 7% 7% 1% 14% 6% 6% 18% 40% 35%Máquinas de Lavar Domésticas 13% 17% -4% 11% 8% -7% 19% 23% 20%Aparelhos de TV Coloridos 23% 7% 29% 22% -8% 4% 26% 27% 12%Equipamentos de Geração de Energia -15% 2% -33% -15% -9% 7% 58% 74% 93%Caminhões 3% -8% 28% 14% 3% 3% 23% 3% 41%Ônibus -13% 40% 21% 32% 36% 25% 20% 9% 22%Carros 14% 27% 4% 13% 6% 16% 55% 90% 12%Tratores Médios e Grandes 32% -2% -18% -4% -37% -7% 19% 7% 101%Motores de Combustão Interna 40% -7% -22% 11% 6% 9% 39% 12% 36%Telefones Móveis -6% 26% 54% 45% -53% 64% 391% 50% 28%Computadores -6% 84% 13% 196% 5% 74% 77% 91% 7%Micro-computadores 66% 49% 41% 39% 66% 31% 67% 120% 40%Circuitos Integrados -29% -34% -78% 152% 71% -7% 86% 259% 43%Carvão 3% -2% -9% -16% -4% 16% 19% 21% 17%Petróleo Cru 5% 2% 0% -1% 2% 1% 2% 2% 3%Gasolina 8% 7% -1% 8% 11% 0% 4% 11% 10%Óleo Diesel 11% 11% -1% 29% 12% 6% 3% 11% 19%Gás Natural 12% 13% 3% 8% 8% 12% 8% 7% 19%Eletricidade 7% 5% 3% 6% 9% 9% 12% 16% 14%Ferro Gusa 2% 7% 3% 6% 4% 19% 10% 25% 18%Aço Processado 4% 7% 8% 13% 9% 22% 20% 25% 23%Plásticos 11% 19% 1% 26% 25% 19% 13% 13% 8%Borracha Sintética 2% 7% -8% 24% 18% 41% 12% -1% 10%

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

O crescimento da produção de veículos automotivos coloca a China como um dos

maiores produtores mundiais de carros, com mais de 2,3 milhões de unidades produzidas em

2004.

No setor de equipamentos, devemos destacar o grande crescimento da produção de

equipamento para geração de energia, em função das características desse mercado, marcado

pela presença de grandes oligopólios e dominado por poucas empresas de atuação global.

O crescimento da produção de bens de alta intensidade tecnológica (computadores,

circuitos integrados, centrais ópticas) é muito significativo, em função do dinamismo de seus

mercados.

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Nos setores de combustíveis fósseis, podemos ver o grande crescimento da produção

de carvão, gasolina e óleo diesel. O baixo crescimento da produção de petróleo cru indica a

dependência da China de petróleo importado. Porém, o crescimento da produção de derivados

ficou muito acima da produção de petróleo, o que indica um crescimento das empresas que

atuam na área de refinamento e petroquímica. Assim, apesar de dependente de petróleo

estrangeiro, a China não estende sua vulnerabilidade aos setores de refino e processamento do

petróleo.

Mesmo sendo dependente de petróleo importado, de acordo com o TDR 2005

(UNCTAD, 2005, p. 59), a China ainda é, em 2004, o sexto maior produtor de petróleo do

mundo. O mesmo relatório afirma que a China é o maior produtor de carvão do mundo.

O grande crescimento da produção de ferro e aço busca atender parte da demanda

interna desses produtos, tão importantes para o processo de industrialização e urbanização.

O processo de substituição de importações se aprofundou rapidamente, atingindo

setores de bens de consumo duráveis, bens de alta intensidade tecnológica e bens de capital,

além de setores de insumos e componentes. Veremos no capítulo seguinte qual o papel das

empresas nacionais, principalmente as EE, no crescimento da oferta desses produtos, ou seja,

o papel das EE no processo de substituição de importações.

2.4. Mudanças na Pauta de Exportações

A política industrial chinesa já apresenta resultados significativos que vão além do

processo de substituição de importações. A pauta de exportações chinesas tem mudado, se

diversificando e intensificando exportações de produtos mais elaborados. De acordo com o

TDR 2005 (UNCTAD, 2005, p. V) a “China melhorou substancialmente sua cesta de

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exportações, na qual manufaturas intensivas em trabalho e recursos e, crescentemente,

eletrônicos, tornaram-se dominantes”.

A mudança da pauta de exportações da China é notável, com as “exportações de

manufaturados da China crescendo a uma taxa anual de quase 18%, a qual é mais que o dobro

do crescimento anual de exportações de manufaturados no mundo” (UNCTAD, 2005, p. 42)

2.4.1. Mudanças no Padrão de Exportações da China

Os gráficos 6 e 7 mostram a evolução de algumas exportações chinesas e o saldo

comercial por categoria de produto:

Gráfico 6.EXPORTAÇÕES DA CHINA

0,00

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

300,00

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

Ano

Valo

r (U

SD B

ilhõe

s)

Produtos Primários

Produtos Industriais Têxteis e Leves, Produtos de Borracha e Produtos Minerais eMetálicosMáquinas e Equipamentos de Transporte

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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Gráfico 7.SALDO COMERCIAL DE PRODUTOS MANUFATURADOS

-60,00-40,00-20,00

0,0020,0040,0060,0080,00

100,00120,00

1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Ano

Valo

r (U

SD B

ilhõe

s)

Bens ManufaturadosQuímicos e Produtos RelacionadosProdutos Industriais Têxteis e Leves, Produtos de Borracha e Produtos Minerais e MetálicosMáquinas e Equipamentos de Transporte

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

O enorme crescimento das exportações de bens manufaturados foi capaz de

transformar o déficit no saldo desses produtos em um superávit de USD 108 bilhões em 2004.

O déficit comercial em produtos químicos aumenta consideravelmente, apesar do significante

aumento das exportações.

Uma das mudanças mais significativas está no aumento das exportações de máquinas e

equipamentos de transporte. Apesar do grande aumento das exportações de produtos

industriais leves, suas exportações são ultrapassadas pelas exportações de máquinas e

equipamentos de transporte em 1996. Em 2004, as exportações de máquinas e equipamentos

de transporte são responsáveis por 45,2% do total de exportações, enquanto produtos

industriais leves são responsáveis por 17%.

As mudanças na pauta de exportações da China diminuem a importância de produtos

industriais leves e têxteis no total das exportações. O saldo comercial de máquinas e

equipamentos se aproxima rapidamente do saldo comercial de manufaturas simples.

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Uma importante mudança na pauta de exportações da China está nos produtos com

maior intensidade tecnológica. Em 2004, as exportações desses produtos são responsáveis por

mais de 5% do total das exportações da China, o que demonstra uma mudança qualitativa na

pauta de exportações do país.

Quadro 2.

EXPORTAÇÕES POR PRODUTO (USD MILHÕES)

Produto 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Maior Intensidade Tecnológica 7.251 8.909 10.713 12.077 15.381 15.304 18.790 23.416 30.658

Motores Elétricos e Geradores 959 1.225 1.290 1.492 1.931 1.842 2.183 2.439 2.912

Conversores Estáticos 630 938 1.057 1.229 1.529 1.742 2.159 2.885 4.164

Células Primárias e Baterias 326 390 413 491 566 589 687 864 956

Acumuladores Elétricos 237 322 453 634 932 1.001 1.398 2.091 3.155

Aparelhos de TV 794 654 687 803 1.297 1.592 2.396 3.472 5.490

Capacitores Elétricos 282 376 361 569 775 654 835 985 1.230

Diodos e Semi-Condutores 323 471 589 855 1.084 960 1.339 1.733 2.427

Instrumentos Médicos 258 303 326 362 515 639 761 1.003 1.380

Transporte 1.672 2.256 2.417 2.489 2.814 3.448 4.003 5.821 8.328

Veículos Automotivos 147 190 157 103 194 208 267 418 781

Autopeças 382 447 530 780 1.123 1.351 1.842 2.416 4.411

Navios 1.143 1.618 1.729 1.606 1.497 1.889 1.894 2.988 3.137

Produtos Elétricos e Mecânicos 48.203 59.317 67.100 76.974 105.297 118.787 157.062 227.457 323.404

438.228 593.326194.931 249.203 266.098 325.596 Total de Exportações 151.048 182.792 183.709

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Lardy (2003, p. 9) afirma que as exportações de produtos intensivos em tecnologia

apenas são uma ilusão de sofisticação tecnológica na produção. A China seria usada como

plataforma de montagem dos produtos, enquanto os componentes de alto valor agregado

seriam feitos em outros países. Porém, o autor não mostra nenhuma fonte ou dado que

corrobore sua afirmação.

A afirmação de Lardy é recorrente. De fato, uma fatia considerável das exportações

chinesas de produtos eletrônicos é proveniente de atividades de processamento, porém

Gabriele (2002) e Freeman (2005) mostram, em vários pontos de seus trabalhos, que o setor

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de alta tecnologia chinês vem passando por uma mudança estrutural. De acordo com o TDR

2005 (UNCTAD, 2005, p. 54) a China possuía, em 2001, o segundo maior número de

pesquisadores no mundo.

Ainda de acordo com o TDR 2005 (UNCTAD, 2005, p. 62) “o recente forte

investimento da China em capacidade manufatureira doméstica pode reduzir

significativamente sua dependência de partes e componentes importados na indústria

eletrônica [...]”. O mesmo relatório afirma que existem indícios de que o conteúdo nacional

das atividades de processamento para exportação vem aumentando (UNCTAD, 2005, p.67).

Como um indício, temos o já mostrado enorme aumento na produção nacional de

semicondutores e de autopeças.

Assim, como sintoma dessas mudanças, temos a construção de laboratórios de

pesquisa de várias multinacionais na China. Devemos destacar que a China não é o México,

nem nenhum outro país da América Latina, e que há, no país, uma política tecnológica

definida e um interesse diferenciado por parte das empresas estrangeiras.

Uma segunda mudança qualitativa na pauta de exportações da China está no

extraordinário aumento das exportações de equipamentos de transporte, com destaque para

navios e autopeças. O enorme aumento das exportações de autopeças mostra que o país não é

apenas uma plataforma de montagem e exportação. A indústria de navios deve ser destacada,

em função das dificuldades de se penetrar esse mercado cujos produtos têm um altíssimo

valor agregado, unitário e uma alta intensidade tecnológica.

O processo de desenvolvimento não depende apenas de mudanças de quantidades,

exigindo mudanças qualitativas no país. Uma das mais importantes está na mudança

qualitativa das exportações, capaz de modificar a natureza da restrição externa do país. A

política industrial chinesa, baseada nas EE, já começa a apresentar resultados na mudança

estrutural da pauta de exportações do país.

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A estrutura de exportações da China sofreu enormes mudanças. Produtos industriais

leves intensivos em mão de obra não são mais os grandes responsáveis pelo saldo comercial

do país, com sua importância no total de exportações caindo. Os setores de bens de capital e

outros produtos industriais são responsáveis em 2004 por 71,6% das exportações, sendo,

portanto, de grande importância na atual estrutura comercial do país.

Entendido o processo de desenvolvimento chinês e as mudanças estruturais a ele

relacionadas, seguiremos estudando o papel das EPE nesse processo. Veremos que essas

empresas estão no centro da atual política industrial chinesa, possuindo também um

importante papel social, fazendo com que sejam importantes motores das mudanças

estruturais e ferramentas fundamentais na estratégia chinesa de desenvolvimento.

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Capítulo 3.

O PAPEL DAS EMPRESAS DE PROPRIEDADE ESTATAL NA CHINA

3.1. Introdução

O debate sobre os pilares do excepcional desempenho da economia chinesa prossegue.

Autores da corrente ortodoxa afirmam que o alto crescimento da China se dá em função de

três processos básicos: primeiro, teríamos a liberalização comercial, gerando um maior

crescimento através do comércio internacional; em segundo, teríamos os investimentos

estrangeiros que trazem ao país novas tecnologias e empresas altamente eficientes; em

terceiro, teríamos a explosão do setor privado com um amplo processo de privatização e a

criação de milhares de pequenas empresas privadas.

Para esses autores, portanto, o crescimento da China se dá em função do processo de

liberalização do país, a despeito da manutenção de políticas intervencionistas e do grande

número de EPE.

Muitos trabalhos críticos já foram produzidos sobre a capacidade do investimento

direto estrangeiro gerar crescimento, ou mesmo sobre seus alegados benefícios em economias

subdesenvolvidas. Da mesma forma, teóricos do desenvolvimento mostram as limitações da

teoria neoclássica de comércio internacional e as falhas no pensamento liberal.

O investimento estrangeiro e a integração internacional chinesa tiveram sim seu papel

para o grande crescimento do país. Porém, os mecanismos de contribuição destes elementos

estão longe de ser os que economistas ortodoxos defendem. Em primeiro lugar, devemos

ressaltar o termo “integração internacional” em contraste com “liberalização comercial”. A

liberalização comercial por si só, como mostra o exemplo sul-americano na década de 1990,

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não leva ao crescimento econômico, muito pelo contrário, contribui para a estagnação e

aumento da dependência externa na região.

A questão é, portanto, a reintegração da China na comunidade internacional. Medeiros

(1999, p. 391-396) deixa clara a importância da aproximação dos EUA com a China e o papel

que este fato político teve na diminuição da restrição externa chinesa, possibilitando o

crescimento acelerado.

É fato que ocorreu sim um processo de liberalização comercial na China; porém, esse

processo foi gradual e controlado, fazendo parte da estratégia chinesa de reintegração

internacional e ocorrendo, como o TDR de 2002 (UNCTAD, 2002, p. 143) afirma, em um

período de crescimento econômico, não como uma última tentativa desesperada de buscar o

crescimento.

Desse modo, a reintegração internacional não foi o principal motor do crescimento

chinês, mas cumpriu um importante papel ao deslocar a restrição externa e permitir o

crescimento.

Quanto às empresas estrangeiras, apesar de altamente eficientes, são relativamente

poucas no país. O saldo comercial gerado por elas, como Chandrasekhar & Gosh (2005, p. 2)

mostram, é baixo, em função do alto coeficiente de importações, sendo ainda as EE as

grandes responsáveis pelo saldo comercial do país13.

O papel positivo desempenhado pelo investimento estrangeiro direto (IED) foi a

absorção de tecnologia por parte de algumas EE. Porém, devemos ressaltar que tal fato não

ocorreu por mecanismos de mercado e apenas foi possível em função da intermediação e

controle do Estado, obrigando as empresas estrangeiras a transferir sua tecnologia.

13 Dados do China Statistical Yearbook 2004 mostram que, em 2003, as empresas estrangeiras exportaram USD 240,3 Bilhões e importaram USD 231,9, com um saldo, portanto, de USD 8,4 Bilhões.

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Por fim, temos o papel do enorme crescimento do número de pequenas e médias

empresas privadas. Dificilmente poderíamos considerar hoje a China uma economia

socialista, mas essas empresas não são as responsáveis pelo enorme crescimento do país.

De acordo com a argumentação e observação histórica de Peter Nolan (2001, p. 3-15)

não são as pequenas e médias empresas as grandes responsáveis pelo desenvolvimento de um

país, mas sim os grandes conglomerados, corporações e oligopólios nacionais. O autor

ressalta o esforço do Estado para criar grandes empresas na história da industrialização de

países desenvolvidos. Essa história se repete em países como Inglaterra, EUA, Japão e NICs

asiáticos. De acordo com o autor, a grande empresa desempenhou um papel fundamental no

desenvolvimento desses países. Peter Nolan afirma que o papel dessas empresas não diminui:

The role played by big business is even more important in the early 21st century than it has been at any previous point in the history of capitalism. Large capitalist firms now stand at the centre of a vast network of outsourced businesses which are highly dependent on the core system integrators for their survival. The system integrators posses the technology and/or brand name to ensure that it obtains the lion’s share of the profits from the transaction between the two sets of firms. (NOLAN, 2003, p. 317)

Apenas a grande empresa é capaz de competir na atual economia global e de gerar

uma mudança estrutural na pauta de exportação e importação de um país. Seus enormes

gastos em P&D e desenvolvimento tecnológico lhes permitem concorrer com outras grandes

empresas e penetrar em seus mercados. A política industrial chinesa é inspirada nessas

experiências, não em teorias ortodoxas sobre a importância da concorrência perfeita, e o

Estado chinês preocupa-se com a criação de grandes empresas nacionais capazes de se inserir

internacionalmente.

Porém, ainda há certa descrença, mesmo entre autores heterodoxos que reconhecem o

papel fundamental da intervenção estatal para o desenvolvimento industrial, da possibilidade

de EPE estarem no centro de uma política industrial e tecnológica. A argumentação básica

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mostrada por Evans (1995, p. 14; 94-98) é que essas empresas não possuem a agilidade

necessária para atuar em setores dinâmicos e de tecnologia de ponta.

O processo de desenvolvimento da China conta com a enorme presença do Estado,

monitorando, regulando e até controlando esse processo, não deixando-o à sorte do mercado.

Uma das mais importantes ferramentas nas mãos do Estado chinês são as EPE, que

desempenham não apenas um importante papel social, mantendo a estabilidade política e

social do país, mas são capazes de definir os ciclos de crescimento da China, através de seus

gastos. Dentro desse grupo de empresas, se destacam as empresas estatais. Essas empresas

foram, em 2003, responsáveis por 45% do valor adicionado pela indústria e 38% do valor

bruto da produção industrial.

A taxa de contribuição da indústria para o PIB em 2003 foi de 61,3%. No mesmo ano,

produtos manufaturados corresponderam a 92% das exportações chinesas. Dessa forma, dada

a importância do setor industrial para a China, a enorme presença das Estatais no setor já é,

por si só, importante. Porém, mais importante ainda, é a análise de quais setores estas

empresas estão mais presentes.

As EE estão presentes em todos os setores produtivos da China, mas o grande papel

das empresas estatais pode ser visto através dos setores nos quais estão mais presente. Estas

empresas são responsáveis por uma parcela considerável dos ativos e do capital em setores

como insumos básicos, bens de capital, produtos com alta intensidade tecnológica e

equipamentos de transporte.

O posicionamento estratégico das EE faz com que essas empresas sejam fundamentais

na mudança da estrutura industrial da China. Assim sendo, estatais possuem uma enorme

importância não apenas no processo de substituição de importações, mas também na mudança

da pauta de exportações do país.

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A ainda enorme presença de EPE na economia chinesa faz com que essas empresas

não possuam apenas um papel econômico tradicional, estendendo o papel das EPE na área

social e, portanto, no crescimento e na concentração da renda e nas mudanças dos padrões de

consumo.

Desse modo, iniciaremos esse capítulo com a análise do processo de privatização “por

baixo”, mostrando que não houve um amplo processo de privatização dos ativos do Estado,

com o peso das EE na economia chinesa diminuindo em função do grande crescimento das

outras formas de propriedade. Em seguida, analisaremos o posicionamento estratégico das EE

através do peso dessas empresas na estrutura produtiva chinesa. Seguiremos estudando as

características da economia mundial e a atual política industrial promovida pelo governo

chinês, assim como as reformas nas EPE. Finalizando, veremos outros papéis das empresas de

propriedade estatal, como o papel das EE nos ciclos econômicos, o papel social das EPE e o

papel das EE nas mudanças estruturais descritas no capítulo anterior.

3.2. Privatização “por Baixo”

Na discussão sobre choque e gradualismo em economias em transição, a privatização

aparece, para os adeptos do choque, como essencial para o crescimento dessas economias.

Dessa forma, é comum ouvirmos comentários sobre a grande privatização de ativos na China,

sendo este fato importante para o crescimento do país. Porém, tal processo não ocorreu no

país, sendo a diminuição da participação das estatais na produção provocada pelo grande

aumento do número de empresas coletivas e, em menor grau, privadas.

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Gráfico 8.Participação das EE no Total de Ativos por Setor

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Part

icip

ação

Bens de Consumo

Matérias-Primas e InsumosBásicosOutros Insumos eComponentesEnergia

Bens de Capital e AltaTecnologia

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Gráfico 9.ATIVOS DAS EE POR SETOR

0,0

500,0

1.000,0

1.500,0

2.000,0

2.500,0

3.000,0

3.500,0

4.000,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

Bens de Consumo

Matérias-Primas e InsumosBásicosOutros Insumos eComponentesEnergia

Bens de Capital e AltaTecnologia

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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O gráfico 9 nos mostra que o setor produtivo estatal chinês está presente em todos os

setores produtivos da economia, mantendo uma grande presença em setores estratégicos. A

diminuição da participação das EE no total dos ativos (gráfico 8) foi, em regra, causada pelo

enorme crescimento dos ativos de outras formas de propriedade. Como podemos observar, os

ativos das EE em setores estratégicos aumentam, apesar de haver diminuições significativas

no número de empresas. Em outros setores, os ativos começam a diminuir em 1999, mas estão

ainda maiores em 2003 do que em 1995. Mostraremos agora que o processo de “privatização”

da economia chinesa se deu “por baixo”, ou seja, não por uma venda desenfreada dos ativos

estatais, mas sim por um grande crescimento da economia privada.

Naughton (1994, p. 266) chama a atenção para o processo de privatização por baixo na

China, afirmando que a diminuição de participação das EE na produção se dá em função da

entrada de novas empresas nos mercados, destacando o papel da empresas coletivas. Estas

empresas, apesar do nome, não são de propriedade dos trabalhadores, mas sim do Estado,

sendo a classificação dada pelo governo chinês às EPE urbanas controladas por governos

locais (NAUGHTON, 1994, p. 267)14.

De acordo com o autor (NAUGHTON, 1994, p. 268), por motivos ideológicos, o

governo chinês se mostrou relutante em empregar um amplo processo de privatização,

preferindo uma mudança institucional no controle dos ativos. Muitas EE, antes controladas

pelo governo central, passaram para as mãos de governos locais, tornando-se ECV ou

coletivas. Assim sendo, as empresas continuaram de propriedade pública.

A tabela 7, no anexo estatístico, mostra operações de vendas de ativos de EE em cada

ano. Ao convertermos o valor total das vendas de ativos em cada ano para Renminbi,

14 O termo “coletivas” foi mantido nas tabelas apresentadas no anexo. Dessa forma deve-se entender que nas tabelas nas quais aparecem o item “coletivas” os dados referem-se às EPE urbanas controladas por governos locais.

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utilizando a taxa de câmbio nominal média para cada ano, temos as seguintes proporções

entre receitas de ativos vendidos e ativos totais das EE no ano.

Quadro 3.

PROPORÇÃO RECEITAS DE ATIVOS VENDIDOS SOBRE ATIVOS TOTAIS DAS EE

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 20030,11% 0,14% 1,28% 0,07% 0,30% 1,01% 0,06% 0,15% 0,52%

Fonte: World Bank; China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Como podemos ver, a venda total de ativos das EE foi irrisória se comparado aos seus

ativos totais ou mesmo aos seus investimentos, podendo o mesmo ser dito se desagregarmos

os dados por setores produtivos.

Os dados do Banco Mundial apenas listam uma empresa (Zhouping Xinao Gas

Company Limited) como sendo totalmente vendida, com as restantes tendo apenas parte de

seus ativos vendidos.

A colocação de ações no mercado e a venda de parte das EE é um lado da atual

política industrial chinesa. Essas vendas são feitas como forma de tornar as empresas mais

eficientes em um sentido microeconômico ou são uma maneira de formar uma joint venture

com empresas estrangeiras. Como veremos posteriormente, ao discutir as reformas das EE, o

controle majoritário das empresas, de forma geral, fica nas mãos do Estado, e as outras

empresas participam como sócias minoritárias, com a função de transferir tecnologia.

Também veremos que o próprio Estado (ministérios, secretarias, agências e governos locais) é

um grande comprador desses ativos vendidos, pulverizando a propriedade das EE entre vários

agentes (ou esferas) do Estado.

Assim, não houve na China um grande processo de privatização. Gabriele (2001, p.

53-54) ressalta que, durante as reformas nas EE, houve sim um processo de desestatização,

mas que esse processo não foi sinônimo de privatização.

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47

3.3. O Posicionamento Estratégico das EE

A importância das EE na China não se restringe à sua contribuição para o PIB (ao seu

valor da transformação industrial). Como vimos na introdução desse capítulo, uma das

questões principais que deve ser colocada ao avaliarmos a importância das EE está no

posicionamento estratégico destas empresas.

Para analisar o posicionamento estratégico das EE (em quais setores elas estão mais

presentes), utilizaremos cinco indicadores divididos por setor produtivo e por estrutura de

propriedade em uma série de 1995 até 2003. Os indicadores utilizados serão: número de

empresas; valor adicionado pela indústria; valor bruto da produção industrial; ativos totais e

capital total. Para o ano de 2004, utilizaremos outros indicadores em função da mudança das

estatísticas publicadas pelo China’s National Bureau of Statistics. Não havendo estatísticas

sobre o capital total, valor bruto da produção industrial e valor adicionado, substituiremos

esses indicadores por dois outros: valor médio do capital empregado e receita de vendas de

produtos industriais.

Olhar apenas para o número de empresas em cada setor não capta a importância das

EE, já que podem existir diferenças no tamanho das empresas. Uma única grande empresa

geralmente é muito mais influente do que muitas pequenas e médias empresas juntas. Porém,

o número de empresas ainda nos é útil, pois quando analisado em conjunto com outros

indicadores nos mostra a presença de grandes empresas no setor. Assim, na falta de

estatísticas sobre grandes empresas separadas por meio de propriedade, usaremos o capital

médio por empresa, sendo utilizados os dados apresentados no anexo estatístico.

Shulian (2000, p. 99-100; 123) sumariza qual deve ser o papel da propriedade estatal

de acordo com o relatório do 15º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês. Essa

forma de propriedade deve ser capaz de controlar a espinha dorsal da economia,

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desempenhando um papel central no desenvolvimento chinês. A propriedade estatal deve

também desempenhar papéis que o setor não público não é capaz, não quer ou é proibido de

desempenhar. Por fim, a propriedade estatal deve manter a estabilidade social, política e

econômica da China, exercendo controle macroeconômico e regulação econômica, garantindo

a reprodução do sistema social e a natureza socialista do país.

Dessa forma, a propriedade estatal deve manter sua posição dominante, enquanto

outras formas de propriedade devem ser desenvolvidas. Assim, apesar do incentivo do Estado

chinês ao crescimento do setor produtivo não estatal, buscou-se manter o controle da

economia usando as EE como uma das principais ferramentas. Zhou Shulian observa:

[...] the state-owned sector still holds a control and even monopolistic position in basic, naturally monopolist and special industries, such as infrastructure development, which includes resource exploitation, raw materials production, transport and communications, energy, water conservancy, post and telecommunications facilities, as well as such industries as national defense and tobacco processing. It also exercises rather tight control in some important key industries that are vital to the national socio-economic development and people’s livelihood, such as the petroleum, metallurgical, machine-building, medicinal, chemical engineering, electric power, aeronautics as well as post and telecommunications industries. (SHULIAN, 2000, p. 82-83)

Ao possuir empresas estatais ou exercer monopólio nesses setores, o Estado chinês foi

capaz de controlar os investimentos nessas indústrias, mantendo uma importante ferramenta

de política econômica e industrial em suas mãos.

3.3.1 Bens de Consumo

A análise desta seção e das seções seguintes baseia-se nas tabelas 8 a 13, apresentadas

no apêndice estatístico desse trabalho. Para a comodidade do leitor apresentaremos gráficos

com o resumo das tabelas.

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Gráfico 10.NÚMERO DE EMPRESAS NO SETOR DE PRODUÇÃO DE BENS DE CONSUMO

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Núm

ero

TotalEE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Gráfico 11.CAPITAL E VALOR ADICIONADO NO SETOR DE

PRODUÇÃO DE BENS DE CONSUMO

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões) Capital Total

Capital das EE

Valor AdicionadoTotal

Valor Adicionadopelas EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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Podemos notar a menor presença de EE em alguns setores de bens de consumo

simples. Nesses setores, as EE vêm perdendo espaço para outras formas de propriedade, com

participação em todos os indicadores caindo entre 1995 e 2004. Existe, também, uma

diminuição do capital das EE.

A enorme queda do número de EE entre 1997 e 1998 se dá em função de uma

mudança na cobertura dos dados coletados pelo China’s National Bureau of Statistics. A

partir de 1998 apenas são consideradas empresas cujo faturamento é superior a RMB 5

milhões. Podemos notar que o número de EE cai continuamente até 1997 e volta a subir em

1998.

Assim, as EE chegam a 2004 com pouca influência sobre o setor de bens de consumo.

Porém, podemos ainda notar outra mudança estrutural no setor. Enquanto o número de

empresas cai, os ativos e capital diminuem pouco. O capital médio das EE nesses setores

passa de aproximadamente RMB 11 milhões em 1999 para RMB 23,3 milhões em 2003. No

mesmo período o capital médio do setor como um todo passa de RMB 10,3 milhões para

RMB 11,8 milhões. Tal fato sinaliza para uma concentração produtiva das EE, eliminando as

empresas menores e mais fracas e mantendo as empresas maiores e mais fortes.

O enorme aumento dos ativos das EE em conjunto com a diminuição no numero de

estatais (ou seja, o aumento da concentração de capital nas EE) corrobora com a afirmação de

que o processo privatização ficou concentrado, mesmo que não restrito, nas pequenas e

médias estatais15.

15 Estudaremos posteriormente o processo de desestatização das EE chinesas e a política de “deixar ir os fracos e fortalecer os fortes”, onde o governo chinês busca a criação de grandes empresas chinesas.

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51

3.3.2. Matérias-Primas e Insumos Básicos

A pequena presença de EE nos setores de bens de consumo não se estende para todos

os setores industriais. Como veremos agora, setores estratégicos ainda estão sob o controle ou

sob forte influência do setor produtivo estatal. Tal fato demonstra o posicionamento

estratégico das EE, com a busca por parte do governo chinês de controlar os setores mais

importantes para o desenvolvimento do país.

Gráfico 12.CAPITAL E VALOR ADICIONADO NA INDÚSTRIA DE MINERAÇÃO

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

Capital TotalCapital das EEValor Adicionado TotalValor Adicionado pelas EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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52

Gráfico 13.CAPITAL E VALOR ADICIONADO NA INDÚSTRIA QUÍMICA

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

Capital TotalCapital das EEValor Adicionado TotalValor Adicionado pelas EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Gráfico 14.CAPITAL E VALOR ADICIONADO NA INDÚSTRIA SIDERÚRGICA

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

Capital TotalCapital das EEValor Adicionado TotalValor Adicionado pelas EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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A predominância das EE em atividades de mineração, manufatura química e fundição

de metais mostra uma preocupação do Estado em prover os insumos necessários à

industrialização.

Do mesmo modo que nos setores de bens de consumo, as EE perdem espaço para

outras formas de propriedade. Apesar desse fato, o peso das EE nesses setores de forma

alguma é desprezível, sendo estas empresas responsáveis por fatias consideráveis do capital

total, dos ativos, do valor adicionado e do produto total das indústrias de insumos.

Novamente, podemos notar que a diminuição da importância das EE nesses setores

não se deveu a uma diminuição da presença desse tipo de propriedade, mas sim por um maior

crescimento dos outros tipos de propriedade, havendo um grande aumento dos ativos e do

capital das EE.

Há uma gradual diminuição no número de EE em cada indústria. Tal fato se dá em

função de reformas16 da estrutura industrial chinesa e do fim do sistema de comunas e

brigadas de produção. Após a revolução socialista, as indústrias de insumos básicos foram

espalhadas por todo o território chinês no processo de industrialização do país por motivos

estratégicos17.

A diminuição do número de EE, em conjunto com o aumento dos ativos e do capital

dessas empresas, cria gradualmente uma maior concentração produtiva, permitindo às estatais

uma maior economia de escala.

O capital médio das EE aumenta de forma acentuada, crescendo muito acima do

capital médio das empresas como um todo. Avaliando a indústria de insumos básicos como

um todo podemos ver que o capital médio das EE passo de RMB 51,6 milhões, em 1999, para

16 As reformas no sistema produtivo estatal chinês serão discutidas com mais detalhes posteriormente. 17 A pulverização dessas indústrias permitiria que o sistema produtivo chinês sobrevivesse a uma eventual guerra nuclear, mas criou uma estrutura industrial pulverizada e com baixas economias de escala, tão importantes nesses setores.

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RMB 115,3 milhões, em 2003, enquanto o capital médios das empresas da indústria como um

todo passou de RMB 24,24 milhões para RMB 29,1 milhões.

Dessa forma, identificamos o primeiro nicho estratégico de atuação das EE, ou seja, a

produção de insumos básicos. A grande presença dessas empresas nesses setores é comum em

países que buscam a industrialização e pode ser vista em muitos países de industrialização

tardia. Tal presença tem como objetivo não apenas oferecer os insumos necessários à

industrialização18, mas também manter controle sobre os preços desses insumos, já que estes

podem afetar toda a cadeia produtiva. Exemplos de EE bem sucedidas nesses setores são

vários, podendo ser citadas a POSCO coreana, a Companhia Siderúrgica Nacional e a Vale do

Rio Doce brasileiras, entre outras.

Devemos ainda destacar a importância das indústrias de mineração e processamento

de minérios ferrosos e siderurgia. O enorme processo de urbanização ao qual a China passa

(MEDEIROS, 2006, p. 388-389), assim como as obras de infra-estrutura, gera uma enorme

demanda para esses produtos. Essas obras são um importante componente de demanda efetiva

(YU, 2003, p. 5-12; 18-19) e muito importantes para a marcha para o oeste e o

desenvolvimento do interior da China, extremamente carente em infra-estrutura. O

investimento em tais indústrias busca não apenas suprir o mercado interno, mas diminuir a

dependência do país por importações de insumos tão importantes.

3.3.3. Outros Insumos e Componentes

A presença de EE em outros setores de insumos e em setores de componentes também

é marcante. Em 2004, estas empresas eram responsáveis por aproximadamente 1/3 do total de

ativos e de capital nesses setores, com a exceção dos setores de plásticos e produtos metálicos. 18 De acordo com Roach (2006), em 2005, “a China respondeu por 50% do crescimento do consumo global de alumínio. No que diz respeito a outros materiais industriais as comparações batem todos os recordes...”.

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Gráfico 15.CAPITAL E VALOR ADICIONADO EM OUTROS SETORES DE

INSUMOS E COMPONENTES

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

Capital TotalCapital das EEValor Adicionado TotalValor Adicionado pelas EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Apesar da diminuição do capital das EE (apenas a partir de 2001), grande parte da

diminuição da participação dessas empresas nos setores de outros insumos e componentes se

dá em função do maior crescimento das outras formas de propriedade, com os indicadores das

EE estando maiores em 2003 do que em 1995.

A queda do número de EE nesses setores mostra que a política de “deixar ir os fracos e

fortalecer os fortes” também foi aplicada nas indústrias de insumos e componentes. O grande

aumento do capital médio das EE, que passa de RMB 15,9 milhões em 1999 para RMB 29,3

milhões em 2003, mostra que foram mantidas as grandes empresas, concentrando mais o

capital das EE nesses setores. Novamente o aumento do capital médio da indústria como um

todo fica abaixo do aumento do capital médio das EE.

Por fim, é relevante chamarmos a atenção para a grande presença de empresas

estrangeiras nesses setores. Através de grandes investimentos, essas empresas aumentaram em

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muito sua participação na produção desses insumos e componentes. A importância do

aumento da participação das empresas estrangeiras será discutida em breve.

3.3.4. Energia

Outro importante nicho de atuação das EE está na energia. Há um virtual monopólio

do Estado nos setores de energia.

Gráfico 16.CAPITAL DAS EMPRESAS DO SETOR DE ENERGIA

0,0

200,0

400,0

600,0

800,0

1.000,0

1.200,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

EEOutras

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006 Nota: Para o ano de 1998 os dados se referem ao capital total das empresas do setor de energia, não sendo possível separar entre EE e outras formas de empresas.

O controle desses setores por parte de EE faz parte da estratégia do governo chinês e

define a estrutura produtiva dessas indústrias. Tal fato pode ser notado pela manutenção da

participação das estatais nos ativos, no capital, na produção e no valor adicionado.

Os investimentos nos setores de energia foram consideráveis. A diminuição do ritmo

de investimentos na extração de petróleo se dá em função da já mencionada falta de campos

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petrolíferos na China. Porém, a indústria de processamento mantém o nível de investimentos,

como forma de diminuir a dependência de derivados.

Gráfico 17.CAPITAL DAS EE NOS SETORES DE ENERGIA

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

350,0

400,0

450,0

500,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

Mineração e Lavagem deCarvão

Extração de Petróleo e GásNatural

Processamento dePetróleo, Coque, eCombustível NuclearEnergia Elétrica

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Um setor que merece destaque é o de geração e distribuição de energia elétrica. Os

investimentos neste setor não apenas buscam prover energia para a industrialização e

urbanização do país, mas também fazem parte da política de gastos públicos que busca um

maior crescimento das províncias ocidentais, sendo uma importante ferramenta da “marcha

para o oeste”.

O setor energético é extremamente importante para qualquer economia, seja esta

desenvolvida ou em desenvolvimento. Além de ser um possível gargalo produtivo, ele exerce

grande influência sobre a produtividade, o nível de preços internos (sendo um importante

componente da competitividade externa) e contas externas (sendo um importante componente

na pauta de importações de muitos países).

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A importância estratégica do controle desse setor não se limita a fatores econômicos,

estendendo-se sobre a estratégia geopolítica da China. Sendo tão importante para a economia

de qualquer país, o controle da prospecção e refino de combustíveis é um importante fator na

geopolítica atual. O fato de empresas estatais nacionais controlarem esse setor, oferece à

China uma maior liberdade para perseguir suas ambições geopolíticas, não apenas por

assegurar a estabilidade de um setor estratégico, mas também por diminuir a dependência do

petróleo controlado ou sob a área de influência dos países ricos.

3.3.5. Bens de Capital, Equipamento de Transporte e Produtos de Alta Tecnologia.

As EE ainda marcam uma grande presença nas indústrias de máquinas e equipamentos

de transporte. Os investimentos das estatais nesses setores foram grandes, mas, mesmo assim,

perderam espaço para outras formas de propriedade, com a exceção da indústria de

equipamentos de transporte.

Como visto em todos os outros setores analisados, a diminuição da participação das

EE nos setores de bens de capital, equipamentos de transporte e produtos de alta tecnologia é

acompanhada por um aumento dos ativos e do capital das estatais que atuam nesses setores,

não sendo, portanto, causadas por um amplo processo de privatização.

As EE também possuem uma razoável presença nos setores de alta tecnologia, com

destaque para a indústria eletrônica, onde estas empresas são responsáveis, em 2003, por 25%

do capital.

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59

Gráfico 18.CAPITAL E VALOR AGREGADO NAS INDÚSTRIAS DE MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

700,0

800,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

r (R

MB

(Bilh

ões)

Capital TotalCapital das EEValor Adicionado TotalValor Adicionado Pelas EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Gráfico 19.CAPITAL E VALOR ADICIONADO NAS INDÚSTRIAS DE BENS E

ALTA TECNOLOGIA

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Ano

Valo

res

(RM

B B

ilhõe

s)

Capital TotalCapital das EEValor Adicionado TotalValor Adicionado Pelas EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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Internalizar o setor de bens de capital sempre foi um grande desafio no processo de

substituição de importações, em função de problemas tecnológicos, de escala, de demanda e

de restrição externa. Um fator que poderia ter sido responsável pelo sucesso da China ao

internalizar esse setor foi o enorme crescimento nos últimos 28 anos, capaz de gerar a

demanda efetiva necessária para a produção nacional desses bens. Porém, devemos ressaltar

uma característica importante das EE: seus investimentos não dependem da demanda efetiva.

Assim, a grande presença de EE no setor de bens de capital não indica apenas que

existe demanda para esses bens, mas um comprometimento do governo chinês em internalizar

o setor. Tal fato pode ser visto pela maior presença do Estado nos setores de maior tecnologia,

de maior valor agregado e de menor demanda: os bens de capital específicos (Máquinas de

Finalidades Específicas) e Equipamentos de Transporte.

Por fim, podemos notar uma enorme concentração produtiva nos setores de bens de

capital, equipamentos de transporte e produtos com alta intensidade tecnológica. Enquanto o

número de EE cai significativamente, o capital médio das EE aumenta de forma significativa.

Nos setores de máquinas e equipamentos de transporte o capital médio dessas empresa passa

de RMB 23,7 milhões em 1999 para RMB 52,4 milhões em 2003. Nos setores intensivos em

tecnologia o capital médio das EE passa de RMB 33,4 milhões em 1999 para RMB 62,8

milhões em 2003.

O capital médio das outras formas de propriedade não aumenta na mesma proporção.

Dessa forma, em 2003, o capital médio das EE nos setores de máquinas e equipamentos é 2,6

vezes maior que o capital médio total desses setores. Nos setores intensivos em tecnologia o

capital médio das EE é 1,7 vezes maior que o capital médio do setor como um todo. Essa

diferença vem aumentando, sendo um claro indicador do aumento da força das EE que atuam

nesses setores. Mesmo com participação no total do capital diminuindo, as EE mantém sua

presença e influência através de grandes empresas.

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Por fim, devemos ainda ressaltar a grande presença de empresas estrangeiras atuando

nesses setores. Sua participação em todos os indicadores vem crescendo e são responsáveis

por 70% dos ativos e do capital no setor de produtos com alta tecnologia.

3.3.6. Observações sobre os Dados: O que são EE?

Devemos ainda fazer algumas importantes observações quanto aos dados

apresentados. A classificação de Empresas Estatais usada pelo China’s National Bureau of

Statistics considera como EE apenas unidades econômicas onde todo o ativo é do Estado.

Dessa forma, ficam excluídas algumas empresas importantes que, apesar de não serem de

inteiro controle do Estado, este possui grande influência.

Como podemos ver pelo quadro 4, grande parte do investimento estrangeiro direto

chega ao país na forma de joint ventures ou projetos de cooperação. Apesar do peso de

empresas puramente estrangeiras vir crescendo, as outras duas formas de propriedade ainda

são responsáveis por quase 1/3 do total de IED em 2004. Ao olharmos os dados acumulados,

podemos notar claramente a importância das joint ventures, responsáveis por

aproximadamente 38% do IED acumulado. Alberto Gabriele (2001, p. 28) ressalta que os

parceiros das empresas estrangeiras são empresas estatais, na maioria das vezes como

parceiras majoritárias.

Desse modo, devemos levar em conta que os dados sobre a participação de empresas

estrangeiras na economia chinesa muitas vezes se referem a empresas mistas controladas por

EE. Levar em consideração esse fator de análise é extremamente importante em algumas

indústrias onde o capital estrangeiro possui grande participação, como nos produtos de alta

tecnologia.

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Quadro 4.

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (USD BILHÕES)

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Acumulado Investimento Estrangeiro Direto 82,7 91,3 73,3 51,0 45,5 40,3 40,7 46,9 52,7 53,5 60,6 638,5

Joint Ventures 40,2 39,7 31,9 20,7 18,3 15,8 14,3 15,7 15,0 15,4 16,4 243,6Operações de Cooperação 20,3 17,8 14,3 12,1 9,7 8,2 6,6 6,2 5,1 3,8 3,1 107,3Empresas Estrangeiras 21,9 33,7 26,8 17,7 16,5 15,5 19,3 23,9 31,7 33,4 40,2 280,6

Em %Joint Ventures 48,6 43,5 43,5 40,6 40,4 39,3 35,2 33,6 28,4 28,8 27,0 38,1Operações de Cooperação 24,6 19,5 19,5 23,7 21,4 20,4 16,2 13,3 9,6 7,2 5,1 16,8Empresas Estrangeiras 26,5 36,9 36,6 34,6 36,2 38,6 47,3 50,9 60,2 62,4 66,3 43,9

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Ainda temos que, como veremos à frente, muitas estatais passaram por reformas,

tornando-se corporações limitadas e S.A., mas “mesmo depois de ofertas públicas, o Estado

ainda mantém grandes participações acionárias na maioria das chamadas empresas de

propriedade privada” (ROACH, 2006). Estas empresas, mesmo que ainda controladas pelo

Estado, foram excluídas da categoria “empresas estatais”. Assim, parte das outras empresas,

classificadas como outras formas de propriedade não estatal, também são EE com controle

majoritário do Estado.

Os setores de atuação dessas empresas (tanto as corporações como os

empreendimentos conjuntos e cooperativos) geralmente são de alta tecnologia e estratégicos

para a mudança da inserção da China na DIT. Estão entre estas empresas algumas das

campeãs nacionais, base da atual política industrial chinesa.

Ainda temos um grande número de ECV e coletivas atuando no setor produtivo

industrial. Tais empresas não aparecem como EE nos dados, mas sim como empresas

coletivas. Geralmente, são médias e pequenas empresas, não possuindo grande valor

estratégico, mas que, em conjunto, possuem uma razoável presença na economia chinesa em

função do seu grande número. Desse modo, a presença de EPE na indústria é ainda maior do

que os dados demonstram.

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63

3.3.7. Financiamento e Bancos Estatais

Como visto anteriormente, o investimento das EE não depende necessariamente da

demanda efetiva, mas também de decisões dos formuladores de política. As decisões de

investimento podem ser controladas diretamente por esses formuladores ou através da política

de crédito bancário. De acordo com Holz & Zhu (2000, p. 75), as EE financiam seus

investimentos com crédito basicamente de quatro bancos estatais19, sendo estes os

responsáveis por 75% do total de empréstimos na China. De acordo com dados da Moody’s

Investors Service citados por Story (2004, p. 197), em 1998, cerca de 90% de todos os

empréstimos bancários destinaram-se às EE. O controle do crédito permite ao governo central

controlar o volume de investimento através de intervenções nesses bancos. Dados do China

Statistical Yearbook 2004 mostram que os créditos bancários ainda são uma importante fonte

de financiamento das EE, correspondendo a 18,5% do total do financiamento dessas

empresas.

O chamado soft budget constraint, ou seja, a “não existência de restrições ao

financiamento advindas de critérios de eficiência microeconômica, como lucro ou grau de

endividamento”, possibilita grandes investimentos por parte das EE, financiados por créditos

que muitas vezes não são pagos (“créditos podres”) que, por sua vez, são financiados pelo

Banco Popular da China (o Banco Central Chinês) através de repasses para os bancos estatais.

Esse sistema de financiamento, muito criticado por economistas ortodoxos, foi o grande

responsável pela manutenção da capacidade das EE liderarem os ciclos econômicos20,

mantendo importantes ferramentas nas mãos dos formuladores de política.

19 São eles: Banco Comercial e Industrial da China, Banco Agrícola da China, Banco da China e o Banco de Construção da China. 20 Descreveremos o papel das EE sobre os ciclos econômicos posteriormente.

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Devemos ressaltar que o controle do crédito bancário não apenas oferece ao governo

controle sobre os ciclos econômicos, mas também é uma importante ferramenta de política

industrial e regional. De acordo com Story (2004, p. 297) o governo “utilizou o oligopólio

bancário para transferir recursos das ricas províncias costeiras para as áreas rurais e mais

pobres do interior”. Esse esquema de financiamento permitiu que EE deficitárias

continuassem operando, capacitando-as a cumprir seus papéis econômico e social.

Porém, não apenas EE deficitárias se beneficiam dos créditos bancários estatais. As

grandes estatais, que, como veremos, são uma peça fundamental na política industrial chinesa,

recebem grandes aportes de capital através desse esquema de financiamento, sendo este

essencial, já que não há um mercado de capital bem desenvolvido na China. Além disso,

muitas vezes essas empresas são impedidas de colocar ações no mercado, restando apenas o

crédito bancário como forma de financiamento.

Temos ainda o crédito ao consumidor e à construção civil. Como visto anteriormente,

a China tem passado por uma enorme mudança nos padrões de consumo, aumentando o

consumo de bens de alto valor unitário. A compra desses bens depende de crédito,

principalmente quando levamos em conta o ainda baixo nível da renda familiar, mesmo se

considerarmos as famílias mais ricas.

A importância do crédito para o consumo pode ser vista nos dados do China’s Bureau

of Statistics. O volume de empréstimos comerciais feitas por instituições financeiras totalizou

RMB 1,8 trilhões em 2003.

Instituições financeiras também possuem um importante papel no financiamento da

urbanização do país, sendo essencial para o financiamento da construção de casas. Em 2003, o

financiamento para a construção civil totalizou RMB 300 bilhões.

O domínio do setor financeiro por EPE permite não apenas o Estado controlar o

crédito ao investimento, mas também influenciar o consumo e as mudanças nos padrões de

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consumo através do crédito ao consumidor, além de ser uma importante ferramenta de

controle de juros na ponta, com os juros para empréstimos de curto e longo prazo ambos

abaixo de 6% a.a. em fevereiro de 2002.

3.3.8. Grandes e Médias Empresas Estatais.

Como mostrado anteriormente, é inegável a importância das EE para a economia

chinesa. Apesar da participação dessas empresas na produção total ter diminuído, Gabriele

(2001, p. 30) mostra que, no subgrupo das grandes e médias empresas estatais (GME), a

participação na produção total sobe de 42% para 46% entre 1980 e 1993. Em se tratando de

exportações, o papel das EE ainda é inegável, sendo estas empresas responsáveis ainda por

aproximadamente metade do total de exportações chinesas. Assim, as EE se tornaram as

grandes responsáveis pelo resultado comercial do país, uma vez que importam pouco, ao

contrário do outro grupo de grandes exportadores, as empresas estrangeiras, que, quando

exportam, praticam principalmente atividades de processamento com um alto coeficiente de

importação gerando, assim, um pequeno saldo comercial.

A atual política industrial chinesa tem como lema “deixar ir os fracos e agarrar os

fortes”. Dentro desta política, foram eleitas 1000 GME competitivas e que, em geral, já

geravam lucros. Coube a essas EE utilizar com finalidades comerciais os conhecimentos

gerados pelo sistema nacional de P&D, além de difundir as inovações.

Gabriele (2001, p. 30) cita uma pesquisa mostrando que, em 1992, 90% das GME

estavam implementando inovações de produtos ou processos e mais de 50% implementando

grandes inovações. Nessas empresas, concentram-se grande parte dos recursos de P&D e a

pesquisa de ponta, enquanto as empresas coletivas seguem as inovações das EE. É importante

salientar que nem sempre a transferência de tecnologia dessas empresas para as empresas

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coletivas ou para outras empresas se dá pelo mercado. Os direitos de propriedade públicos

facilitam essas outras formas de transferência.

Podemos ver no gráfico 20 o esforço para tornar as EE mais competitivas. O gráfico

nos mostra o total de investimento em inovação técnicas de acordo com a relação

administrativa dos projetos. As origens desses fundos são diversas e incluem: financiamento

orçamentário estatal, fundos próprios, financiamento bancário, entre outras. Os investimentos

em inovações técnicas ligados aos governos regionais são sempre maiores que os

investimentos em inovações técnicas ligados ao governo central, crescendo continuamente a

diferença.

Gráfico 20.FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS EM INOVAÇÕES TÉCNICAS POR

RELAÇÃO ADMINISTRATIVA

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

700,0

800,0

900,0

1.000,0

1980

1985

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

Projetos LocaisGoverno Central

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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67

Gráfico 21.FINANCIAMENTO DOS INVESTIMENTOS EM INOVAÇÃO TÉCNICA POR

FONTE DE FUNDOS

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

700,0

800,0

900,0

1.000,0

1980

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

OutrosLevantamento de FundosInvestimento EstrangeiroEmpréstimos DomésticosApropriação Orçamentária

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Como foi mostrado anteriormente a atual política industrial da China busca fortalecer

um núcleo de 1.000 EE. Dessa forma os investimentos ligados ao governo central são

dirigidos principalmente para essas empresas, enquanto os investimentos ligados aos

governos locais são pulverizados entre um enorme número de empresas coletivas e ECV.

Dessa forma, mesmo com um menor volume absoluto de gastos do governo central, as EE

individualmente ainda possuem um maior orçamento para inovação que as outras formas de

EPE.

Adicionalmente temos que as maiores fontes de financiamento são lucros retidos e

empréstimos bancários. Levando em consideração que as EE são as empresas mais lucrativas

e que estas empresas recebem prioridade no financiamento bancário, fica claro que sua

capacidade de financiamento de inovações, pelo menos individualmente, é maior que a de

outras EPE.

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68

Comprovando o esforço de inovação das EE, temos outra pesquisa citada por Gabriele

(2001, p. 30-31) que, apesar de defasada, serve para mostrar o papel das EE na inovação. Esta

pesquisa mostrou que as EE mais avançadas tecnicamente concentram grande parte dos

recursos de inovação, técnicos e gastos em P&D, enquanto empresas coletivas possuem,

individualmente, um orçamento menor que não permite tais gastos. Se olharmos apenas as

proporções de gastos, as coletivas destinam uma maior proporção de seus recursos a

inovações, porém, o grosso dos gastos ainda está concentrado nas grandes EE. Estas empresas

fazem pesquisas de ponta e as coletivas são suas seguidoras, com os esforços em inovação

concentrados em imitar as EE líderes tecnológicas. Dessa forma, apesar de menos numerosas,

as inovações desenvolvidas e aplicas pelas grandes empresas estatais são mais importantes do

que as inovações das empresas coletivas.

Temos ainda a importância do financiamento bancário das inovações técnicas.

Mostramos anteriormente que o crédito na China é altamente concentrado em quatro bancos

estatais controlados pelo governo central. Devemos agora ressaltar que, além da concentração

dos empréstimos nesses bancos, existe também uma grande concentração entre os tomadores

desses empréstimos, havendo uma clara preferência por um pequeno grupo de empresas.

Houve também muitas mudanças estruturais nessas empresas em função de três ondas

de reformas, as quais discutiremos mais tarde. Os resultados destas reformas já podem ser

vistos. De acordo com Shulian (2000, p. 112), a qualidade dos produtos produzidos pelas EE

é a melhor dentre todos os tipos de estrutura de propriedade. A maioria dos produtos com

marcas internacionais produzidos na China são feitos por essas empresas, assim como os

intensivos em tecnologia, além de ainda possuírem enormes fatias de mercado.

Vimos, anteriormente, a preocupação do Estado chinês em manter sobre seu controle

importantes setores da economia, usando as EE como ferramentas para exercer tal controle.

Devemos agora ressaltar que esse papel não é de responsabilidade de todas as empresas de

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propriedade estatal. A responsabilidade está sobre as GME, grandes EE ligadas ao governo

central. A principal forma de exercer esse papel está na participação majoritária do Estado nas

grandes empresas e conglomerados, além da participação em outras empresas. Estas empresas

devem ser uma ferramenta de intervenção direta na economia, sendo importantes para o

processo de desenvolvimento chinês, através de sua atuação em setores estratégicos e de

tecnologia de ponta. Apenas grandes empresas possuem poder o suficiente para controlar seus

setores de atuação, sendo, portanto, estratégicas para a política industrial e o desenvolvimento

chinês.

Veremos agora outro papel das EE, ou seja, o foco dado a estas empresas pela política

industrial chinesa que busca criar conglomerados capazes de competir com os grandes

oligopólios internacionais e redefinir a posição do país na divisão internacional do trabalho.

Porém, se faz necessário primeiro uma breve exposição das atuais estruturas da economia

internacional.

3.4. Características da Economia Internacional.

Nesta parte, iremos expor algumas características importantes das estruturas do

mercado internacional. Tal caracterização é necessária, pois irá explicitar o ambiente de

concorrência ao qual as empresas nacionais favorecidas pela política industrial estarão

submetidas. Entender esse ambiente é o primeiro passo para uma política industrial bem

sucedida e tem como função obter alguns objetivos ou metas dessa política.

Uma das mais importantes características da economia internacional está em sua

concentração, tanto na concentração produtiva como na de mercados. De acordo com dados

da UNCTAD citados por Pei (2004, p. 79-80), em 2002, as empresas multinacionais eram

responsáveis por 40% da produção global. O poder de mercado dos grandes oligopólios

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mundiais pode ser visto através dos dados mostrados por Lall (2003, p. 281-282). Atualmente,

empresas transnacionais são responsáveis por 2/3 do total do comércio mundial, sendo 1/3

desse comércio caracterizado por comércio intra-firma.

Neste contexto Peter Nolan (2003, p. 299-300) caracteriza a atual fase da economia

internacional como a “revolução dos negócios globais”. Esta revolução teria produzido uma

“concentração sem precedentes do poder dos negócios em grandes corporações sediadas nos

países ricos”.

Os negócios mundiais são dominados por um pequeno número de atores globais em

cada indústria. Empresas “integradoras do núcleo do sistema” (core system integrators),

compostas por poderosas corporações, dominam o planejamento produtivo global exercendo

grande influência na cadeia produtiva, tanto acima quanto abaixo.

Essas empresas no núcleo do sistema ainda contribuem para o aumento da

concentração mundial dos negócios, exercendo pressão sobre seus fornecedores, os quais

passam a pressão cadeia abaixo. Elas ainda são responsáveis por grande parte das decisões de

alocação das plantas produtivas, através do planejamento produtivo e do domínio exercido

sobre seus fornecedores, determinando o local de suas plantas de acordo com seus interesses.

Esse enorme poder sobre o planejamento produtivo mundial faz com que essas empresas

possuam uma grande capacidade de influenciar os fluxos de comércio internacional e, assim,

agravar ou afrouxar a restrição externa de vários países.

O domínio exercido pelas empresas do núcleo do sistema não se restringe à esfera

produtiva, entrando na questão tecnológica. Como Sanjaya Lall demonstra, existe uma

enorme concentração na capacitação tecnológica, adquirida através da concentração dos

gastos em P&D:

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Large companies with transnational operations also increasingly dominate innovation [...] About 90% of world R&D expenditure is in the OECD countries. Within this group, seven countries (led by the USA) account for 90% of R&D, the USA alone for 40%. In the USA, just 50 firms (of a total of over 41.000) account for nearly half of industry-funded R&D. (LALL, 2003, p. 282)

Deve-se ressaltar ainda que as empresas integradoras do núcleo de sistema, além de

serem líderes tecnológicas, concentrando grande parte dos gastos mundiais em P&D,

influenciam os gastos de P&D em sua cadeia produtiva, estimulando alguns elos e empresas

em particular (como fornecedores de matérias primas e componentes) de acordo com suas

necessidades.

Para a superação da restrição externa, os setores escolhidos como prioritários para a

nova inserção externa são fundamentais. Como Furtado (2001, p. 43) mostra, a deterioração

dos termos de troca também está presente em certos bens industrializados. As características

dos mercados de bens facilmente produzidos ou copiados (bens padronizados), com baixa

intensidade tecnológica, se aproximam cada vez mais das características dos mercados de

commodities. Com isso, a industrialização não garante uma melhor inserção na DIT, já que o

país pode se tornar apenas exportador desses produtos, mantendo os problemas estruturais de

sua restrição externa.

Lall (2003, p. 278-282) divide os produtos em primários e manufaturados,

subdividindo os produtos manufaturados em quatro categorias: baseados em recursos naturais,

baixa tecnologia, tecnologia média e alta tecnologia.

Uma das conclusões tiradas pelo autor a partir dos dados do quadro 5 é que os

produtos manufaturados ainda são mais dinâmicos que os produtos primários, crescendo

aproximadamente três vezes mais. Adicionalmente o autor aponta que produtos

manufaturados baseados em vantagens naturais (os baseados em recursos naturais) não

possuem grande dinâmica, ficando atrás dos produtos de média e baixa tecnologia.

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Claramente, os produtos mais dinâmicos e, portanto, alvos ideais para a política industrial e

uma melhor inserção na DIT, são os produtos de alta tecnologia.

Quadro 5.

ESTRUTURA E CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS (USD MILHÕES E %)

Taxa de Crescimento Participação Participação

Anual em 1985 em 2000 Todos os Setores 1.703.582.494 5.534.008.649 8,17 100 100 Produtos Primários 394.190.554 684.751.141 3,75 23,1 12,4 Manufaturas: 1.252.573.675 4.620.266.770 9,09 73,5 83,5

Baseadas em Recursos 330.863.869 863.503.545 6,6 19,4 15,6Baixa Tecnologia 241.796.065 862.998.972 8,85 14,2 15,6Média Tecnologia 485.784.011 1.639.871.870 8,45 28,5 29,6Alta tecnologia 198.029.682 1.269.587.194 13,19 11,6 22,9

Produtos 1985 2000

Fonte: Lall (2003, p. 279)

Os setores de alta tecnologia, fundamentais em uma estratégia de inserção privilegiada

na DIT, são dominados pelas empresas integradoras do núcleo do sistema. Portanto, são com

estas empresas que as empresas nacionais terão que competir no mercado global.

3.5. Empresas Campeãs Nacionais.

Dentro das 1.000 empresas favorecidas pela atual política industrial chinesa, há ainda

um núcleo de 120 EE eleitas para serem as campeãs nacionais e atuarem em áreas que, como

Nolan (2001, p. 18) ressalta, Chandler identifica como sendo “crucial para o fortalecimento,

crescimento e defesa de uma sociedade moderna, urbana e tecnologicamente avançada”.

Desse modo, fazem parte desse grupo de EE empresas de: geração elétrica (8), mineração de

carvão (3), Automobilística (6), Eletrônica (10), Siderúrgica (8), Máquinas (14), Química (7),

Materiais de Construção (5), Transporte (5), Aeroespacial (6) e Farmacêutica (5).

Os grupos empresariais foram escolhidos e construídos de forma a concentrar o

mercado, criando grandes conglomerados. Como exemplo, de acordo com Nolan (2001, p.

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20), temos que os oito grupos eleitos no setor metalúrgico são responsáveis por

aproximadamente 40% da produção nacional de ferro e aço. Os seis grupos automobilísticos

fabricam 57% dos carros chineses. Essas empresas foram responsáveis, em 1997, por um

terço do total da produção das grandes e médias empresas e 50% do total dos lucros obtidos

pelas EE.

Por fim, podemos facilmente notar a coincidência entre os setores produtivos aos quais

as empresas campeãs pertencem e os setores com maior presença de EE. Tal fato mostra a

importância desses setores para a política industrial chinesa. A criação de empresas campeãs

passa pelo controle dos setores aos quais estas pertencem. O posicionamento estratégico das

EE não está apenas no controle de grande parte dos ativos de um setor considerado

estratégico, mas no controle de empresas chaves nesse setor, grandes empresas capazes de

exercer grande influência em sua indústria e, no futuro, se tornarem atores globais.

A estratégia de eleição de grupos de empresas campeãs nacionais foi adotada não

apenas pelo orgulho e nacionalismo chinês, mas tem por objetivo criar empresas capazes de

concorrer internacionalmente com os grandes oligopólios globais. A grande importância dessa

política está na inserção de empresas nacionais em mercados altamente dinâmicos,

fortalecendo a posição comercial do país, mudando a estrutura de exportação e importação e

diminuindo a restrição externa.

Nolan (2001, p. 19) observa que o grupo de empresas campeãs nacionais foi pioneiro

nas reformas, recebendo uma série de vantagens, na tentativa de tornar essas empresas mais

competitivas. Essas vantagens foram compostas de reformas industriais e favorecimento na

obtenção de créditos.

Dessa forma, estas empresas receberam direitos de comércio exterior, oferecendo mais

autonomia sobre decisões de importação e exportação. Foi também possibilitada a retenção de

lucros (possibilitando a criação de fundos próprios para o financiamento de seus

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investimentos), além de receberem permissão de estabelecer braços financeiros e estarem

entre as primeiras empresas a poder colocar ações no mercado tanto nacional quanto em

bolsas estrangeiras, neste caso, sob rígido controle.

As mudanças na forma de financiamento destas empresas aumentaram sua autonomia

sobre as decisões de investimento, além de possibilitar o acesso a recursos para os enormes

investimentos necessários à criação de conglomerados, sendo agora permitido a estas

empresas controlar outras EPE.

Apesar das mudanças no sistema de financiamento das empresas campeãs nacionais,

empréstimos bancários advindos de bancos estatais ainda cumprem um importante papel. O

sistema de financiamento anteriormente descrito foi mantido, havendo prioridade para estas

empresas. Como exemplo da importância desta forma de financiamento, Nolan (2001, p. 19)

cita o caso da Konka, uma das principais empresas de eletrônica da china que, em 1997,

recebeu meio bilhão de dólares para investimento através do Banco da China.

No plano tecnológico, como parte da reforma do Sistema Nacional de Pesquisa

(SNP)21, muitos dos centros de P&D foram incorporados às campeãs nacionais, criando

departamentos internos de P&D, possibilitando a capacitação tecnológica destas empresas.

O potencial da China para se tornar um grande produtor de bens com alta intensidade

tecnológica é enorme22. Freeman (2005, p. 2-3) observa que, mesmo com uma pequena parte

da mão de obra do país engajada em atividades de ciência e engenharia, o número de

cientistas ainda é enorme, em função do tamanho de sua população.

Os enormes investimentos em educação, assim como as reformas no SNP, permitem à

China a capacitação tecnológica de suas empresas. A articulação da política tecnológica com

21 Para mais detalhes sobre a evolução do SNP chinês ver Gabriele (2001, p. 14-23). 22 O CEO da CISCO declarou que a “CISCO é uma empresa chinesa” ao anunciar que a empresa estava montando um laboratório de pesquisa no país. Um dos maiores laboratórios de pesquisa da Microsoft está localizado em Pequim. A partir de meados de 2004, o governo chinês registrou no país mais de 600 laboratórios de pesquisas pertencentes a multinacionais. Em contraste, em 1997, foram registrados apenas 50 laboratórios de multinacionais (FREEMAN, 2005, p. 8-9).

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a política industrial (baseada em EE e empresas campeãs nacionais) é uma das bases da

estratégia de desenvolvimento do país.

Essas políticas já começaram a mostrar resultados, levando à formação de grandes

conglomerados (como os tão aclamados chaebols coreanos), essenciais a uma estratégia de

internacionalização das empresas nacionais. No núcleo desses conglomerados geralmente está

uma EE, interessada em controlar a qualidade dos produtos de seus fornecedores e sua

tecnologia.

A formação desses conglomerados é facilitada pelo fato das empresas no núcleo serem

estatais. Peter Nolan (2001, p. 91-92) observa a enorme dificuldade de se criar grandes

empresas no ambiente internacional atual, dominado por grandes oligopólios. Dadas as

defasagens de conhecimento, habilidades e escala, dificilmente um grupo privado, mesmo que

apoiado pelo Estado, aceitaria o desafio de competir internacionalmente com os grandes

conglomerados dos países centrais.

O autor ainda ressalta que as políticas industriais, anteriormente implementadas no

Japão e nos tigres asiáticos e baseadas no capital privado, não necessariamente funcionariam

no atual ambiente internacional, muito mais concentrado e liberalizado. Dessa forma, com a

falta de capacidade e, muitas vezes, interesse do capital privado, as EE se mostram ainda mais

eficientes na tarefa hercúlea de se lançar na concorrência internacional e tomar mercados dos

grandes oligopólios dos países centrais.

3.6. As Reformas das Empresas de Propriedade Estatal Chinesas.

O parque industrial chinês, herdado do período das comunas, era altamente ineficiente

na produção. Excessivamente descentralizado, gozava de pouca economia de escala. O viés

militar da pesquisa cientifica, sem conexão com os setores de produção de bens de consumo,

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criou um grande atraso na tecnologia empregada nesse setor. Dadas essas características,

surgiu a necessidade de reformas nestas empresas com o objetivo de torná-las mais

competitivas.

Um marco importante das reformas foi o ano de 1992. Após o Comitê Central do

Partido Comunista Chinês, no 14º Congresso Nacional do Partido, decidir adotar políticas

mais flexíveis sobre as reformas das pequenas e médias empresas estatais (PME),

principalmente compostas por ECV, ficou a cargo dos governos locais o processo de

reestruturação da PME. A importância dessa decisão está na diferença dos papéis

desempenhados pelas pequenas e médias empresas estatais e pelas GME.

Como mostrado anteriormente, o principal papel das GME está no controle da

economia e na mudança da inserção externa do país. Já as PME, como veremos, possuem um

papel social relevante, sendo responsáveis pela absorção do excesso de mão-de-obra.

Dadas as diferentes características e papéis destas empresas, claramente se faz

necessário um programa de reforma diferente do programa de reformas das EE. A busca cega

pela eficiência microeconômica nas PME agravaria o problema do desemprego e atrapalharia

as reformas das GME, na medida em que diminuiria a capacidade das PME absorver o

desemprego gerado pelas reformas nas GME.

Em função do papel central das EE, com destaque para as empresas campeãs

nacionais, tanto no crescimento como na mudança da inserção chinesa na DIT, analisaremos

mais profundamente as reformas nestas empresas, reformas estas que buscavam integrar as

EE ao sistema nacional de P&D, aumentar sua produtividade e eficiência, capacitando-as a

manter sua posição de liderança na economia chinesa.

A mudança institucional na indústria chinesa ocorre no fim da década de 1970, sendo

caracterizada pelo gradualismo, elemento comum nas reformas promovidas pelo país. A

ênfase no gradualismo pode ser vista em um relatório do Instituto Chinês para Reforma e

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Desenvolvimento, um respeitado órgão de pesquisa e formulação de políticas econômicas.

Mesmo clamando por reformas profundas nas EE, o documento ressalta que “elas deveriam

ser feitas passo a passo para se acumular experiência gradualmente de modo a estabelecer um

mecanismo operacional efetivo e regulado no processo de desenvolvimento e não deveria ser

feita em função de pressões administrativas” 23.

Mostraremos agora o processo de reforma das EE que teve início em 1978. O

gradualismo e a experimentação podem ser notados nas várias fases das reformas. De acordo

com He & Qin24 (2004, p. 100-102), a primeira fase das reformas se dá entre 1978 e 1986,

tendo como objetivos:

1) Delegar mais poderes de decisão e responsabilidades aos gerentes das EE;

2) Permitir a retenção de lucros nas EE;

3) Substituir o sistema de entrega de lucros pelo sistema tributário;

4) Mudar gradualmente do financiamento governamental direto (orçamentário) dessas

empresas para o financiamento bancário.

Shulian (2000, p.106) observa que todo o poder de decisão sobre o gerenciamento das

empresas estava na mão dos governos, seja local ou central. As decisões de investimento,

produção, emprego, entre outras, eram tomadas de acordo com o planejamento econômico.

As mudanças no sistema de financiamento das empresas (pontos 1 e 4) teriam como

principal função obrigar as empresas estatais a promover reformas internas que buscassem

permitir a obtenção de lucros. Quanto ao ponto 4, na prática há pouca mudança em função do

sistema de financiamento das EE através dos bancos estatais já descrito anteriormente.

23 Ver CIRD (2000, p. 135). 24 Shulian (2000, p. 105-112) divide as fases das reformas nas EE de maneira semelhante, com a primeira fase ocorrendo entre 1978 e 1984. A segunda fase ocorreu entre 1985 e 1993 e a última fase iniciou-se em 1994.

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Porém, deve-se ressaltar que a permissão de retenção de lucros (ponto 2 e 3) é um

importante passo para uma maior autonomia das empresas, aumentando a liberdade sobre

decisões de investimentos, uma vez que essas empresas não mais dependeriam tanto do

financiamento fiscal para seus investimentos.

De acordo com Shulian (2000, p. 106-108), as reformas têm início em 1978, com um

grupo experimental de seis empresas na província de Sichuan, ao qual foi delegado mais

poder de decisão, aumentando a autonomia sobre decisões gerenciais e operacionais. Em

1980, 6.000 empresas (responsáveis por 60% da produção nacional e 70% dos lucros) já

adotavam as reformas.

As reformas sobre a substituição do sistema de submissão de lucros pelo sistema

tributário tiveram início em 1983. GME passaram a pagar um imposto de 50% sobre os

lucros, sendo que parte dos lucros líquidos poderiam ser mantidos pelas empresas, enquanto

parte continuava a ser entregue ao governo. As pequenas empresas de propriedade do Estado

pagavam impostos sobre o lucro de acordo com uma tabela progressiva com oito escalas,

sendo a tabela corrigida em 1984. Enquanto essas empresas pagassem seus impostos, elas

seriam responsáveis por suas perdas ou lucros.

Shulian (2000, p. 107) ainda cita dois importantes documentos do período. Em maio

de 1984 foi lançado o “Regulações Interinas sobre a Expansão do Poder de Decisão de

Empresas Industriais sob Controle do Estado”. O documento destacava dez áreas nas quais o

poder de decisão das EE deveria ser expandido: (1) planejamento produtivo e gerencial; (2)

mercantilização de produtos25; (3) definição de preço dos produtos; (4) compra de matérias-

primas e equipamentos; (5) organização empresarial; (6) utilização de fundos próprios; (7)

gerenciamento produtivo; (8) recursos humanos; (9) decisões sobre salários e bonificações;

(10) operações de cooperação. 25 Antes dessas reformas, as empresas responsáveis pelo escoamento da produção (atacadistas) eram todas estatais e as EPE eram obrigadas a vender toda sua produção para estas empresas.

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Em setembro de 1985, o documento “Provisões Interinas sobre Questões para

Revigorar Grandes e Médias Empresas Industriais de Propriedade Estatal” buscava dar mais

poder de decisão e maior retenção de lucros para estas empresas, quebrando o sistema de

planejamento estatal.

Temos ainda uma importante reforma no período: a transformação das empresas das

comunas populares e brigadas de produção em ECV, colocando-as sob controle dos governos

locais. Tal reforma buscava o fim do antigo sistema produtivo, baseado nas comunas e em

pequenas empresas.

Como segundo passo, entre 1987 e 1993, tem-se a adoção de um sistema semelhante

ao contrato de responsabilidade agrícola. De acordo com He & Qin (2004, p. 100-101), o

contrato de responsabilidade empresarial buscou separar legalmente direitos e

responsabilidades do Estado e da empresas. Através dessa separação foi estabelecido um

sistema de incentivos aos gerentes das indústrias com o fim de aumentar a eficiência

microeconômica das EE.

A base legal do sistema de responsabilidade empresarial vem com o documento

“Regulações Interinas Sobre o Sistema de Contrato de Responsabilidade Gerencial em

Empresas Industriais de Propriedade do Estado”, em 1988. Dados apresentados por Shulian

(2000, p. 108) mostram que, já em 1987, 70% das empresas que anteriormente recebiam

recursos fiscais já haviam adotado o sistema.

Ainda de acordo com o autor, ao final da primeira rodada de contratos, em 1990,

33.000 empresas (90% das empresas industriais estatais) haviam adotado o sistema. Na

segunda rodada, 90% destas empresas renovaram os contratos.

Como meio de aumentar a autonomia gerencial das EE em relação ao governo central,

iniciaram-se, em 1984, experimentos de criação e venda de ações de algumas empresas.

Porém, a adoção deste sistema foi acelerada por um documento emitido em 1992: “Métodos

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sobre Experimentação em Empresas S.A.”. Em 1993, 3.200 empresas haviam adotado esta

reforma, emitindo ações compradas por funcionários e empregados.

Gabriele (2001, p. 24) observa que o sistema de incentivos, em conjunto com a maior

autonomia, motivou os gerentes dessas empresas “a adquirir novas tecnologias, promover

P&D dentro da firma, melhorar as habilidades técnicas de seus funcionários e aplicar

inovações de processo e produto na produção”, na medida em que são recompensados por

maiores lucros.

Porém, uma das mais radicais transformações veio na terceira Sessão Plenária do 14º

Comitê Central do Partido Comunista Chinês, em novembro de 1993, quando foi permitida a

venda, seja para coletivas, seja para indivíduos, de pequenas EPE.

A terceira onda de mudança institucional se deu a partir de 1994, com o fim oficial do

sistema de contrato de responsabilidade empresarial. Essa última onda de reformas veio em

conjunto com a declaração de falência e coletivização ou privatização de muitas pequenas e

médias EE26. A política adotada a partir desse período é a de “agarrar os fortes e deixar ir os

fracos”, buscando concentrar os esforços em 1.000 empresas27 e definindo a política industrial

de acordo com estas empresas.

Essa política foi parte da implementação das decisões da Terceira Seção Plenária do

14º Comitê Central do Partido que estipulava o estabelecimento de um sistema empresarial

moderno nas EE.

O experimento abrangia quatro áreas:

26 De acordo com Nolan (2001, p. 16), até 1996, aproximadamente 90% das EE foram privatizadas ou tornaram-se coletivas nas províncias pioneiras e 50% em muitas outras províncias. 27 Essa política inicia-se em 1995. Em 1997, o número de empresas sobe de 1.000 para 1.212.

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The first was to establish a modern enterprise system in 100 selected state-owned enterprises. The second was experiment to ‘optimize the capital structure’ in 18 cities (this experiment was extended to 111 cities in 1997). The third was trying out setting up enterprise groups and three state stock-controlling companies (the number of enterprise groups was increased to 120 in 1997). The fourth was to spur on the overall reform of small enterprises. (SHULIAN, 2000, p. 111)

Estas reformas são o inicio do processo de criação das campeãs nacionais. A busca por

empresas eficientes e modernas tem como objetivo criar empresas capazes de concorrer com

os grandes oligopólios mundiais, inicialmente em território nacional e depois em outros

mercados, dentro das regras da OMC.

Um dos pontos centrais das novas reformas está na mudança da estrutura de

propriedade das empresas. De acordo com um levantamento promovido pelo China’s Bureau

of Statistics e citado por Shulian (2000 p. 124), de 2.562 empresas pesquisadas em 1998,

1.943 já haviam iniciado reformas que visavam à construção de um sistema corporativo.

Destas empresas, 768 viraram companhias limitadas, 612 viraram S.A. e 563 continuaram

com um único proprietário.

Várias esferas do governo passaram a ser donos das companhias limitadas e S.A.,

sendo a propriedade dessas empresas dividida entre governo central, governos locais e

provinciais, ministérios e outras instituições governamentais. Gabriele (2001, p. 28) observa

que, muitas vezes, uma empresa estrangeira foi integrada como parceira, mesmo que

minoritária.

A formação de S.A. é tida como outro pilar da reforma nas estruturas de propriedade

das EE chinesas. De acordo com relatórios do Instituto Chinês para Reforma e

Desenvolvimento28, a transformação de GME em S.A. traria uma grande contribuição para a

autonomia destas empresas. Sugere-se também a criação de holdings estatais que controlariam

várias empresas pela participação acionária. Seriam sócios das empresas os trabalhadores,

28 Ver CIRD (2000, p. 109-278)

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variadas esferas do governo, assim como seus órgãos e, como sócios minoritários, empresas

estrangeiras.

O conselho de acionistas elegeria a mesa de diretores que, por sua vez, exerceriam a

função de gerenciamento da empresa livres da influência do governo que possuiria o controle

indireto da empresa e precisaria barganhar com os outros grupos de acionistas (mesmo que

estes também fossem do governo) para influenciar a empresa.

O relatório29 ainda sugere que as reformas tenham como objetivo principal a separação

das funções de dono e gerente da empresa, impedindo o governo de intervir diretamente nas

decisões operacionais e produtivas da empresa e fazendo-o cumprir seu papel de dono da

empresa.

Porém a formação de holdings e S.A. estatais deve ser vista com cuidado. Um

exagerado grau de autonomia e a simples separação das funções de dono e gerente da empresa

diminuem o papel estratégico das EE, já que o governo não mais controla setores estratégicos

através das estatais.

Gabriele (2001, p. 28) observa que os conflitos gerados pela diferentes agendas das

instituições proprietárias da empresa podem contribuir para seu desempenho e flexibilidade,

na medida em que aumentam a autonomia da empresa estatal em relação ao governo central.

Porém, a diminuição do controle de setores estratégicos pode ocorrer mesmo que o controle

da S.A. ou holding continue nas mãos do setor público, sendo o governo central obrigado a

barganhar com outras esferas do Estado, que muitas vezes possuem interesses contraditórios à

estratégia de desenvolvimento adotada pelo governo central.

Como mostramos no início deste capítulo, EE podem cumprir diferentes papéis no

desenvolvimento econômico. Assim as reformas das EE devem levar tal fato em

consideração, promovendo diferentes reformas para diferentes tipos de empresas. A

29 Ver CIRD (2000, p. 122-123)

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transformação de EE em S.A. de forma alguma é única solução para aumentar a

competitividade de empresas que devem concorrer externamente dentro das regras da OMC.

Uma suposta vantagem da formação de S.A. geralmente apontada é que esta estrutura

facilita o estabelecimento de grandes conglomerados através da troca de ações entre as

empresas ou da ação das holdings estatais. O estabelecimento de grandes corporações é

fundamental para a estratégia de internacionalização das EE chinesas e re-inserção do país na

DIT, porém devemos salientar que a formação de S.A. não é de modo algum uma condição

necessária à formação de grandes conglomerados.

A preocupação chinesa com a criação de grandes grupos industriais é clara. Um

documento do CIRD (2000, p. 147) sugere que o governo acelere o processo de fusões entre

empresas nacionais, citando, como exemplos bem sucedidos de criação de grandes

conglomerados a serem seguidos, os casos japonês e sul-coreano.

Temos duas questões fundamentais nas reformas das EPE. A primeira delas se refere

aos diferentes papéis que estas empresas cumprem no processo de desenvolvimento. Nesse

sentido o tratamento desigual (diferentes reformas) das EPE é fundamental. A busca cega pelo

aumento da lucratividade de todas as EPE afetará a capacidade dessas empresas cumprirem

outros importantes papéis, levando o país ao caos social.

A outra questão é a criação de empresas capazes de concorrer internacionalmente com

os grandes conglomerados estrangeiros dentro das regras da OMC. Nesse sentido, a descrição

do Estado desenvolvimentista ideal feita por Evans (1995, p. 10-18; 47-50) pode nos ser útil,

ao estendermos o conceito de “autonomia e parceria” (embedded autonomy) às empresas de

propriedade estatal. Estudos de casos feitos por Nolan (2001, p. 20-82) mostram que muitas

EE se tornaram eficientes no sentido microeconômico.

. Na China, o processo de privatização ou coletivização das EE centrou-se nas menos

importantes, mantendo o controle de um núcleo estratégico de empresas, pulverizando os

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direitos de propriedade destas EE entre várias instituições públicas. Não há a necessidade de

privatizá-las para aumentar sua eficiência ou mesmo de considerá-las inerentemente incapazes

de calcar a articulação da política industrial com a tecnológica, sendo as EE capazes de atuar

em mercados dinâmicos e de alta tecnologia

3.7. Desafios na Formação das Empresas Campeãs Nacionais

Estudos de casos feitos por Nolan (2001, p. 20-82) mostram que o governo chinês

obteve um relativo sucesso na criação de campeãs nacionais. O objetivo de criar grandes

empresas nacionais foi alcançado em alguns casos. Porém, esses estudos também mostram

que essas empresas ainda não estão capacitadas a enfrentar as gigantes estrangeiras, apesar de

já possuírem um peso razoável no mercado chinês.

Nolan (2001, p. 83-94) aponta as dificuldades enfrentadas na formação das campeãs

nacionais. Em primeiro lugar, temos ainda o problema da autonomia das EE. Apesar de, com

as reformas, essas empresas possuírem uma maior autonomia gerencial, muitos projetos de

fusão e aquisição devem ainda passar pelo crivo de autoridades ministeriais do governo

central. Muitas vezes, tentativas de fusões ou aquisições são barradas pelas autoridades, tendo

como início do processo a reação de um gerente da empresa a ser adquirida ou mesmo as

próprias autoridades que temem perder poder para as empresas.

A intervenção do Estado chinês vai mais fundo. Apesar de impedir a fusão de grandes

EE que atuam nos mesmos setores, o governo muitas vezes força a fusão de EE eficientes

com outras empresas deficitárias, fragilizando as grandes EE. Muitas vezes, essas fusões

forçadas são entre empresas que não participam do mesmo setor (não tem o mesmo core

business), diversificando a atuação das empresas e construindo uma estrutura industrial já

ultrapassada.

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A inexistência de um sistema universal de proteção social também afeta a política de

formação de empresas campeãs. Muitas EE ainda mantêm os antigos benefícios sociais, ao

contrário de suas concorrentes, sejam elas empresas estrangeiras ou pequenas e médias

empresas nacionais. A continuidade da atual política industrial chinesa depende da formação

de um sistema de proteção social capaz de tirar esse fardo das EE.

Investimentos em infra-estrutura também são essenciais. A China ainda possui um

mercado fragmentado, com regiões inteiras praticamente isoladas. Nesse sentido a “marcha

para o oeste” é essencial, abrindo novos mercados para as grandes EE estabelecidas no litoral.

A continuação do processo de reformas nas grandes EE chinesas também depende da

manutenção do crescimento. A reestruturação dessas empresas certamente causaria um

enorme desemprego que teria que ser absorvido por outras EPE ou pelas pequenas e médias

empresas privadas.

Outro problema apontado por Nolan (2001, p. 88-89) está na qualidade dos

fornecedores de matérias primas e componentes das EE campeãs. Como discutido

anteriormente, os grandes oligopólios internacionais mantêm uma enorme rede de

fornecedores, sendo responsáveis pelo planejamento produtivo. Os fornecedores destas

empresas estão entre os mais eficientes e com melhor tecnologia, sendo capazes de oferecer

insumos baratos e de alta qualidade. As grandes EE chinesas entram na competição em

enorme desvantagem enquanto não forem capazes de montar uma rede semelhante de

fornecedores.

Finalmente há o ingresso da China na OMC. As grandes EE estarão mais vulneráveis à

competição dos grandes oligopólios internacionais se a abertura prevista for feita. Porém, o

ingresso do país na OMC não deve ser visto apenas de maneira negativa, permitindo ao país

acesso a um fórum multilateral de negociação, onde podem ser defendidos seus interesses,

principalmente sobre regras de comércio e resolução de conflitos. Países membros da OMC

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serão obrigados (após certo período) a reconhecer a China como uma economia de mercado,

tratando-a como qualquer outro país membro da organização. O governo chinês poderá

defender suas empresas de acusações de dumping em um fórum multilateral, não mais

necessitando negociar bilateralmente com cada país.

Outro aspecto positivo do ingresso do país na OMC é a possibilidade de negociações

comerciais. Todo ano, a China era obrigada a renegociar seus acordos comerciais com os

EUA, cada vez mais hostil à expansão chinesa. Fazendo parte da OMC, tais negociações não

são mais necessárias, assegurando um enorme mercado às empresas chinesas.

Assim, apesar dos resultados obtidos pelas reformas já colocadas em prática

(capacitação tecnológica, aumento dos lucros, processo de aprendizado das empresas) um

novo estágio da política industrial se mostra necessário. O acirramento da concorrência

oligopolística através de fusões e aquisições, o aumento da capacitação tecnológica, políticas

de compras governamentais e processos de barganha com multinacionais para transferência de

tecnologia ainda se mostram fundamentais.

O enorme progresso obtido nas reformas das EE mostra que não há necessidade de se

recorrer à privatização como meio de tornar EPE mais eficientes. De fato, a privatização

destas empresas pode barrar o processo de formação de campeãs nacionais, dadas as enormes

dificuldades de se competir com os grandes oligopólios internacionais.

O Estado chinês ainda possui um grande papel na formação das empresas campeãs

nacionais, podendo ainda, dadas as características do país, ser capaz de tornar essas empresas

grandes atores globais, adaptando novamente a política industrial aos novos desafios impostos

pela “revolução dos negócios globais”.

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3.8. Empresas Estatais e Crescimento

O uso das EE como ferramenta de política industrial não se restringe ao seu

posicionamento estratégico. Como veremos nessa seção, estas empresas possuem, através de

seus gastos, um papel central na definição dos ciclos de crescimento da China. Iniciaremos

esse tema com uma breve discussão sobre o processo de acumulação em economias

socialistas, seus entraves e como estes foram superados com as reformas que se iniciaram a

partir de 1978.

Medeiros (1999, p. 383) ressalta que “a trajetória de acumulação de capital nas

economias socialistas possui uma dinâmica distinta da que se verifica nas economias

capitalistas”. Tal afirmação advém da constatação de que os meios de produção estão sob

controle estatal. Dessa forma, o investimento não é determinado pela demanda efetiva, mas

sim pelo planejamento central.

Mas existem limites para o investimento. O autor, baseando-se nos modelos de

Feldman, observa que a aceleração da acumulação de capital nessas economias acelera o

crescimento. Porém, ao mesmo tempo geram pressões nos mercados de bens de consumo,

alimentos e matérias-primas (estes últimos particularmente importantes na China), já que a

acumulação de capital exige o aumento do número de trabalhadores, aumentando a massa

salarial. Podemos assim concluir que as restrições ao crescimento em economias socialistas se

encontram no lado da oferta.

No caso chinês, tais pressões eram aliviadas pelo auxílio soviético, que permitia a

importação de alimentos. O rompimento das relações e a crescente rivalidade do país com a

URSS, especialmente com a Rússia imperialista, interromperam o ciclo de crescimento da

década de 1950, ao limitar a capacidade de importação da China.

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88

De fato Carlos Medeiros afirma:

Nessas circunstâncias, a aceleração da taxa de crescimento e do investimento industrial (objetivos estratégicos) tornava-se dependente da expansão da capacidade produtiva do setor de bens de consumo e de alimentos. Se a desproporção entre os setores se elevasse de forma a pressionar os preços dos alimentos e matérias primas, o governo chinês era obrigado a desacelerar a taxa de investimento na indústria de bens de produção. (MEDEIROS, 1999, p. 384)

A análise dos ciclos econômicos chineses feita por Imai (1996, p. 155-165; 174-179) a

partir de estatísticas oficiais e hipóteses sobre os ciclos de crescimento em países socialistas e

na China identifica sete ciclos econômicos completos e um último iniciando-se em 1990, não

se completando até 1994.

Ao identificar os ciclos econômicos, o autor nota uma grande correspondência destes

com os ciclos de investimento das EE. Percebe-se também, ao observar os dados apresentados

pelo autor, que todos os ciclos econômicos começam com uma aceleração do ritmo de

investimento dessas empresas.

Fica claro, desta forma, que o ciclo de crescimento, mesmo após as reformas iniciadas

ao final da década de 1970, iniciava-se com o investimento das EE, sendo limitado pela

capacidade produtiva do setor de alimentos e matérias primas e pela capacidade de importar.

Assim, ao analisar os fatores que limitam o crescimento do investimento das EE Hiroyuki,

Imai afirma:

High inflationary pressures are the result of abrupt supply shortfalls or the fast expansion of demand from households. Common causes of demand expansion include increases in nonagricultural employment and hikes in state sector wages or in the purchasing prices of agricultural products. Whenever inflationary pressures mount significantly, the government adopts contractionary policy (retrenchment), the major content o which is restraint of state fixed investment. (IMAI, 1996, p. 159)

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A superação dessas restrições se dá em ambas as frontes. Do lado produtivo (interno),

reformas, como o contrato de responsabilidade rural, foram capazes de aumentar

significativamente a produtividade agrícola. Na fronte externa, o reatamento das relações com

os EUA e a ajuda americana permitiram a diminuição da restrição externa, aumentando a

capacidade de importação.

Como já dito anteriormente, dificilmente podemos considerar hoje a China um país

socialista. A dinâmica da acumulação se aproxima cada vez mais da dinâmica capitalista. O

crescimento do setor privado faz com que cada vez mais o investimento dependa da demanda.

Porém, demonstraremos a seguir que a dinâmica geral dos ciclos de investimento no país

ainda depende essencialmente do investimento das EE.

A participação dos investimentos estatais, mesmo que diminuindo desde o início das

reformas, ainda é enorme. Como pode ser visto no gráfico 22, em 2004, as EE ainda são

responsáveis por mais de 35% do total do investimento em ativos fixos no ano30.

Gráfico 22.INVESTIMENTO EM ATIVOS FIXOS POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE

0,0

1.000,0

2.000,0

3.000,0

4.000,0

5.000,0

6.000,0

7.000,0

8.000,0

1985

1987

1989

1991

1993

1995

1997

1999

2001

2003

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

OutrosEmpreendimentos IndividuaisColetivasEE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

30 Para mais detalhes, ver tabela 17 no anexo estatístico.

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90

Sabemos que o crescimento de um país capitalista depende do investimento e que este

depende da demanda efetiva. A história nos mostrou o grande papel da intervenção do Estado

no processo de desenvolvimento, sendo uma das formas essenciais de intervenção o estímulo

à demanda através do gasto público.

Podemos ver no gráfico 23 o gasto público e os investimentos das EE31. Levando-se

em consideração a necessidade do gasto público para estimular a demanda e assim gerar

crescimento, podemos tirar algumas conclusões.

Por um grande período, os investimentos das EE foram maiores que os gastos

públicos, sendo, portanto, uma das principais fontes de demanda efetiva. Mesmo nos anos em

que há um grande aumento dos gastos públicos, o déficit primário ainda é consideravelmente

menor do que os investimentos das EE.

Gráfico 23.GASTO PÚBLICO E INVESTIMENTO DAS EE

0,0

500,0

1.000,0

1.500,0

2.000,0

2.500,0

3.000,0

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

Ano

Valo

r (R

MB

Bilh

ões)

GastoInvestimentos das EE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

31 Para mais detalhes, ver tabela 18 do anexo estatístico.

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91

Devemos ainda considerar que o investimento das EE possui um grande multiplicador

em função de empregarem um grande número de trabalhadores, sendo grande responsável

pela massa salarial. Soma-se, ainda, ao efeito multiplicador do investimento destas empresas,

o efeito acelerador potencializado pelo alto conteúdo nacional de sua produção. Assim, como

pode ser visto no gráfico 24, há clara tendência do investimento privado em seguir o

investimento das EE.

Gráfico 24.TAXA DE CRESCIMENTO DO INVESTIMENTO EM ATIVOS FIXOS

-20,0

-10,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

Ano

Taxa

de

Cre

scim

ento

(%)

EEOutros

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006 Notas: a) Outras formas de propriedade (Outros) são qualquer forma de propriedade que não seja EPE.

b) Em 1992 ocorrem mudanças nas leis sobre propriedade privada, distorcendo os dados sobre investimentos de outras formas de propriedade. Dessa forma escolhemos por excluir esse ano da série.

Ao observarmos o gráfico 25, podemos notar claramente a correspondência entre

crescimento econômico e aumento do investimento das EE. Podemos identificar 2002 como o

fim do ciclo que, como Imai (1996, p. 177) mostra, começou em 1990.

Esse último ciclo completo inicia-se com um expressivo aumento do investimento das

EE. A pressão inflacionária iniciada em 1993 provoca sucessivas diminuições no ritmo de

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92

investimento das estatais. Temos ainda claramente uma resposta à crise asiática de 1997, com

o crescimento do investimento das EE em 1998 quase dobrando em relação ao ano anterior.

Finalizando o ciclo econômico temos, como resposta ao período deflacionário (1998-

2002), um grande aumento no ritmo de acumulação das EE, com a taxa de crescimento do

investimento mais que dobrando. Esta reação desencadeia um aumento na taxa de crescimento

do PIB, iniciando um novo ciclo.

Gráfico 25.TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB E DOS INVESTIMENTOS DAS EE

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

Ano

Taxa

de

Cre

scim

ento

(%)

PIBEE

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

3.9. O Papel Social das Empresas Estatais na China

Discutiremos agora o papel das empresas de propriedade estatal com a sua importância

social. Dados do China’s National Bureau of Statistics mostram a precariedade da assistência

social na China. Apesar de crescentes, os gastos com pensão e bem estar social são mínimos,

não atingindo RMB 50 bilhões em 2003, representando menos de 0,5% do PIB. Devemos

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93

salientar que os gastos em cultura, educação, ciência e saúde pública são consideravelmente

maiores (RMB 450,5 bilhões, aproximadamente 4% do PIB em 2003).

Na falta de um sistema universal de bem estar e seguridade social, coube às EPE

oferecer a assistência necessária aos cidadãos. Estas empresas oferecem benefícios aos seus

empregados, como moradia, aposentadoria e pensões. O peso de tais programas é tal que

grande parte da ineficiência atribuída às estatais chinesas advém desses programas, muito

necessários à estabilidade social na cidade e no campo.

3.9.1 Emprego

Uma das principais questões sociais na China é o emprego. Como Medeiros (1999, p.

407) já apontava, o desemprego é um enorme desafio para a economia chinesa. De acordo

com Dahlman & Aubert (2000, p. 1), o país deve gerar cerca de 90 milhões de novos postos

de trabalho entre 2000 e 2010 para que o problema do desemprego não se agrave.

O quadro 6 nos mostra o número total de empregados no país e os divide entre

trabalhadores rurais32 e urbanos.

Para analisarmos a importância das EPE para o emprego urbano, utilizaremos o

gráfico 26, baseado na tabela 20 do anexo estatístico. Como pode ser visto, o número de

trabalhadores das EE e de coletivas urbanas cai bruscamente no período analisado. Dessa

forma, diminui a participação das EE no emprego total, caindo também sua participação no

emprego urbano. Porém, mesmo com essa diminuição, as EE ainda são responsáveis por uma

fatia considerável do emprego urbano e total.

32 Note que o emprego rural, no caso chinês, não necessariamente significa emprego em atividades do setor primário, já que por motivos estratégicos as áreas rurais chinesas são industrializadas. Isso pode ser facilmente visto pela diferença entre a população rural (63,78% em 2000) e o emprego em atividades primarias (50% do total de emprego em 2000).

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94

Quadro 6.

EMPREGO URBANO, RURAL E TOTAL

1995 679,5 190,9 28,1% 488,5 71,9%1996 688,5 198,2 28,8% 490,4 71,2%1997 696,0 202,1 29,0% 493,9 71,0%1998 699,6 206,8 29,6% 492,8 70,4%1999 705,9 210,1 29,8% 495,7 70,2%2000 720,9 231,5 32,1% 489,3 67,9%2001 730,3 239,4 32,8% 490,9 67,2%2002 737,4 247,8 33,6% 489,6 66,4%2003 744,3 256,4 34,4% 487,9 65,6%2004 752,0 264,8 35,2% 487,2 64,8%

Ano TotalUrbano Rural

Total Participação no Total

Total Participação no Total

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Gráfico 26.EMPREGO URBANO POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

Ano

Milh

ões

de E

mpr

egad

os

OutrasEmpresas PrivadasIndivíduos Auto-empregadosColetivasEmpresas Estatais

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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Como vimos anteriormente, não houve no país um amplo processo de privatização.

Dessa forma, a enorme diminuição no emprego das EPE urbanas se dá em função das

reformas nessas empresas. Como vimos, essas reformas buscavam tornar as EE mais

eficientes na produção. Assim, muitos trabalhadores redundantes foram demitidos, como

forma de “racionalizar” a produção.

Ainda temos o processo de desestatização contribuindo para a diminuição do número

de empregados nas EPE urbanas. Como visto anteriormente, muitas EE foram passadas para o

controle de governos locais, tornando-se ECV ou coletivas, ou simplesmente foram

decretadas suas falências. Dessa forma, o processo de desestatização diminuiu muito o

emprego nas EE, pouco afetando seus ativos ou capital.

Gráfico 27.EMPREGO RURAL POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

160,0

180,0

200,0

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

Ano

Milh

ões

de E

mpr

egad

os

Indivíduos Auto-empregadosEmpresas PrivadasECV

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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Já em zonas rurais, a importância das EPE no emprego aumenta. O número de

empregados nas ECV sobe no período, apresentando apenas uma queda, considerável, no

período da crise asiática. Essas empresas são os maiores empregadores da China, com quase

138,7 milhões de trabalhadores em 2004. Sendo responsáveis por 28,5% do total do emprego

rural, é inegável a importância das ECV no campo.

A diminuição da participação das EPE urbanas no emprego não significa uma

diminuição de sua importância para a China, sendo o resultado do enfoque da política

industrial chinesa que busca tornar algumas dessas empresas mais eficientes e capazes de

concorrer com empresas privadas e estrangeiras. Mesmo sob essa política, a importância

social dessas empresas ainda é enorme, sendo as EPE urbanas responsáveis por mais de

13,5% do total de trabalhadores urbanos.

Se levarmos em conta as EPE como um todo (urbanas e rurais), notamos a sua grande

importância social. Essas empresas ainda são responsáveis em 2004 por quase um quarto dos

empregos na China. Assim, uma grande e ampla reforma, buscando apenas a eficiência

microeconômica, causaria um desastre social com milhões de novos desempregados.

Os dados mostram que as reformas foram concentradas nas EPE urbanas,

principalmente nas EE. A absorção de trabalhadores pelas ECV se dá em função da pressão

social que governos locais estão sujeitos, sendo os mais afetados por pressões populares

relacionadas ao desemprego. Dessa forma, nota-se uma divisão de papéis entre as EPE.

Enquanto as EE passam por reformas que buscam torná-las grandes empresas competitivas,

dominando setores estratégicos, as ECV devem absorver o impacto social causado por essas

reformas, absorvendo parte da mão de obra dispensada pelas EE.

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97

3.9.2. Salários

A ainda considerável participação das EPE no emprego nos leva ao outro papel social

dessas empresas: a massa salarial por elas paga. É comum o comentário que essas empresas

pagam baixíssimos salários, sendo esta a única forma de sobreviverem.

Porém, o quadro 7 nos mostra outra situação. O salário médio pago pelas EE é maior

que o salário médio da maioria das outras formas de propriedade, perdendo apenas para as

S.A. e empresas estrangeiras. Multiplicando o salário médio pelo número de empregados,

temos a massa salarial paga por cada tipo de empresa. Calculamos a massa salarial urbana e

rural multiplicando dados sobre o salário per capita urbano e salário per capita rural pelas suas

respectivas populações. Somando esses dois resultados, temos a massa salarial nacional. Por

falta de dados sobre o salário per capita rural entre 1996 e 1998 foi impossível calcular a

massa salarial nacional para esses anos.

Quadro 7.

SALÁRIO MÉDIO POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE (RMB)

1995 5.663 6.056 7.277 8.0581996 6.269 6.856 7.623 9.3831997 6.647 7.310 7.693 10.3611998 7.644 6.054 8.431 7.750 8.833 11.7671999 8.350 6.709 9.501 8.632 9.720 12.9512000 9.324 7.473 10.663 9.766 11.131 14.3722001 10.619 8.398 11.887 10.993 12.385 16.1012002 12.109 9.484 12.451 11.997 13.850 17.8922003 14.028 10.575 13.531 13.392 15.857 19.3662004 16.336 11.773 15.358 15.196 18.545 20.440

Corporações Limitadas

S.A. Empresas Estrangeiras

Ano Empresas Estatais

Cooperativas Propriedade Conjunta

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

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98

Gráfico 28.PARTICIPAÇÃO DAS EE E COLETIVAS NOS SALÁRIOS URBANOS

0,0

500,0

1.000,0

1.500,0

2.000,0

2.500,0

3.000,0

3.500,0

4.000,0

4.500,0

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Ano

Mas

sa S

alar

ial (

RM

B B

ilhõe

s)

OutrasColetivas UrbanasEmpresas Estatais

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições. Disponível em http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19/06/2006

Em função dos relativamente altos salários pagos pelas EE, elas são mais responsáveis

por uma participação maior nos rendimentos dos trabalhadores do que sua participação no

emprego (ver gráfico 28). Apesar do crescimento do salário médio, a participação das EE na

massa salarial nacional cai continuamente. Mesmo diminuindo, a participação das EE ainda é

grande, sendo consideravelmente maior do que a dos outros tipos de propriedade.

É impossível fazer esse exercício de comparação com as famílias rurais, em função da

falta de dados sobre a massa salarial paga pelas ECV. Não nos cabe fazer estimativas pouco

precisas sobre a massa salarial paga pelas EPE rurais, porém, é razoável supor que sua

importância na renda do trabalhador rural é grande, em função de sua grande participação no

emprego rural33. É comum o comentário que estas empresas pagam baixíssimos salários, o

que não está longe da verdade. Mas a renda do trabalhador rural é mais baixa do que a dos

33 Salários foram responsáveis por 35% do total da renda do trabalhador rural em 2003. A importância dos salários para a renda rural vem crescendo, sendo a participação dos salários na renda rural em 1990 igual a 20%.

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trabalhadores urbanos, com menores salários em todos os setores e tipos de empresa. Dessa

forma, mesmo com baixos salários, a suposição anterior pode ser mantida.

Não há como se avaliar precisamente a importância dos salários das EPE na massa

salarial da China. Porém, com EPE urbanas (EE e coletivas urbanas) sendo responsáveis por

11,5% da massa salarial nacional e levando-se em consideração o grande número de

trabalhadores das ECV, podemos concluir que as EPE ainda possuem um importante papel na

renda dos trabalhadores chineses.

3.10. Empresas de Propriedade Estatal e a Mudança Estrutural na China.

Em função da ainda enorme importância das EE, estas empresas desempenham um

importante papel nas anteriormente descritas mudanças estruturais no país. Nessa seção,

iremos estudar a influência das EE e EPE nas mudanças estruturais apresentadas no capítulo

anterior.

O posicionamento estratégico destas empresas, conjugado com a política industrial de

formação de empresas campeãs nacionais, faz com que estas empresas desempenhem um

importante papel no processo de substituição de importações e na mudança da pauta de

exportações.

O papel social das EPE e EE faz com que estas empresas estejam diretamente ligadas

ao processo de crescimento e concentração de renda. A política salarial dessas empresas afeta

milhões de trabalhadores chineses, influenciando a renda das famílias, tanto urbanas quanto

rurais, e, assim, seus padrões de consumo.

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100

3.10.1. O Papel das EPE na Distribuição e na Concentração de Renda

A solução do problema da concentração de renda passa necessariamente pela adoção

de políticas distributivas e sociais. Porém, nosso maior interesse aqui é chamar a atenção para

o papel que as EPE podem desempenhar na distribuição e concentração da renda.

Vimos na seção anterior o enorme papel social das EPE na China, tanto nas regiões

urbanas quanto nas rurais. Sendo responsáveis por uma grande parcela do emprego e da massa

salarial, as EPE estão fadadas a influenciar a distribuição de renda. No caso urbano, o papel

das EPE na concentração de renda está nos níveis de seus salários. Como citamos

anteriormente, o salário médio das EE é menor apenas do que o salário médio de algumas

formas de propriedade, como as S.A. e as empresas estrangeiras, sendo estas formas de

propriedade responsáveis por uma pequena parcela do emprego urbano.

Ainda temos que dentro das EE existem diferenças salariais definidas pelo setor de

atuação dessas empresas (para mais detalhes, ver tabela 23 no anexo estatístico). Em alguns

setores o salário médio é muito mais alto que o salário médio pago pelas EE em geral,

enquanto em outros é muito mais baixo. Devemos ainda salientar que essa diferença vem

crescendo continuamente.

Os relativamente altos salários pagos por algumas EE e por empresas estrangeiras e

S.A. criam uma elite entre os trabalhadores, sendo seus empregados relativamente bem pagos,

enquanto a maior parte da população urbana fica restrita a empregos de menor remuneração,

criando assim a concentração da renda urbana.

Essa concentração é agravada pelas reformas nas EE. Como parte das reformas foi

dada uma maior liberdade para estas empresas definirem seus sistemas salariais. Muitas

empresas adotaram sistemas que aumentam em muito o leque salarial interno, como o sistema

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101

1:18, adotado pela Sanjiu (Nolan, 2001, p. 37), onde o maior salário pago dentro da empresa

pode ser até 18 vezes maior que o menor salário.

Porém, devemos levar em consideração que sem a atuação das EPE, a concentração de

renda poderia atingir proporções ainda maiores. De fato os maiores salários pagos pelas EE

contribuem para a criação de uma elite urbana, contudo essa elite existiria mesmo sem a

presença de EE, mesmo que em menores proporções, em função dos maiores salários pagos

por outras formas de propriedade, como S.A. e empresas estrangeiras. Assim a atuação das

EE não cria a concentração de renda, mas sim amplia o tamanho da elite de trabalhadores.

Dessa forma, a concentração de renda poderia ser ainda mais grave sem a atuação das EE.

A ainda enorme presença de EPE na economia chinesa e seu enorme papel social

permitem que essas empresas possam, dada a presença de vontade política, ser usadas como

uma ferramenta de distribuição de renda. É claro que o uso dessas empresas para tal fim de

modo algum substitui as políticas clássicas de distribuição de renda, porém sua contribuição

pode ser relevante.

As EE são capazes de, através dos seus investimentos, comandarem os ciclos de

crescimento da China. Seus enormes investimentos em ativos criam novos empregos diretos e

indiretos. Mesmo com a importância da massa salarial paga pelas EE diminuindo em função

das reformas e do crescimento dos outros tipos de propriedade, o fato do salário médio pago

pelas empresas estatais estar acima do salário médio pago pelas outras formas de propriedade

coloca as EE como um ainda importante fator no crescimento da renda do trabalhador urbano.

A alocação de plantas produtivas das EPE ainda pode servir como ferramenta para a

diminuição da concentração regional da renda. Bhalla e Qiu (2002, p. 20-21) chamam a

atenção para a possibilidade de um movimento de investimento para o oeste, em um modelo

como o dos gansos voadores. Ao liderar esse processo as EPE o acelerariam, atraindo consigo

outras empresas, aumentando a renda das províncias ocidentais. Tal processo não

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102

necessariamente abalaria a competitividade das EE, caso estas ocupassem nichos de mercado

interno, vendendo seus produtos à população da China ocidental. Desta maneira, essas

empresas não seriam tão afetadas pela menor infra-estrutura do oeste do país.

A política salarial das ECV é uma ferramenta chave para a diminuição do diferencial

entre a renda urbana e rural. A importância dessas empresas no emprego rural e a importância

dos salários na renda rural indicam que um aumento dos salários das EPE rurais certamente

diminuiria a distância entre a renda urbana e a renda rural.

Devemos lembrar, como foi dito no início desse capítulo, que diferentes EPE possuem

diferentes papéis em qualquer economia. Dado a grande presença dessas empresas na

economia chinesa, algumas delas podem ser usadas como uma ferramenta de distribuição de

renda sem criar ameaças à formação de empresas campeãs nacionais.

3.10.2 O Papel das EE no Processo de Substituição de Importações.

Vimos, no início desse capítulo, o posicionamento estratégico das EE. Vimos também

que não houve um grande processo de privatização na China. De fato, as EE, na maioria dos

casos, aumentaram seus investimentos. Os investimentos dessas empresas foram

consideráveis entre 1995 e 2003, sendo elas responsáveis por grande parte do aumento do

capital em vários setores.

Assim, os enormes investimentos das EE impulsionam a produção de setores

estratégicos e aceleram o processo de substituição de importações. A grande participação do

capital e da produção das EE em setores que possuem maiores barreiras à entrada mostra o

comprometimento do Estado chinês com o processo de substituição de importações. Estas

empresas não apenas dominam mercados estratégicos, mas são responsáveis por acelerar o

processo de mudança estrutural do parque industrial chinês.

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A preocupação do Estado chinês em promover o processo de substituição de

importações pode ser notada também através de medidas de controle de importações que

visam proteger o mercado interno. De acordo com Lardy (2003, p. 5-6), até 2001 o governo

chinês controlava importações através de limites sobre o número de empresas que possuíam

permissão para importar produtos estrangeiros, controlando também o escopo de produtos que

estas empresas podiam importar. Eram utilizadas também listas de substituição de

importações, sistemas de registros para certos produtos importados e requerimentos de

inspeção dos produtos.

Apesar do acesso da China na OMC e do desmantelamento de muitas dessas barreiras

às importações, algumas sobreviveram, sendo mantida sob o controle de empresas estatais de

comércio a importação de produtos considerados estratégicos.

3.10.3. O Papel das EE na Mudança da Pauta de Exportações.

Destacamos, na seção anterior, o papel das EE no processo de substituição de

importações. Veremos agora que esse papel se estende à mudança na estrutura de exportações

da China, com os investimentos das EE afetando essa estrutura.

O enorme aumento das exportações de coque e produtos derivados do petróleo se dá

em função da atuação das EE, já que esta forma de propriedade domina esses mercados na

China. A política industrial chinesa teve um relativo sucesso na montagem de grandes

conglomerados nesses setores (NOLAN, 2001, p. 49-56; 75-82), permitindo uma maior

penetração de produtos chineses em mercados estrangeiros.

O mesmo ocorre nos setores de mineração e siderurgia. Como vimos anteriormente, as

EE possuem um grande peso na siderurgia e vários nichos da indústria de mineração. Sendo

responsáveis por grande parte dos investimentos e pelo aumento da produção nesses setores,

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104

não podemos descartar sua importância nas exportações dessas indústrias. O sucesso das EE

nesses setores pode ser visto através do estudo de caso da Shougang Steel Corporation feito

por Nolan (2001, p. 65-74), onde fica claro o crescimento e capacitação tecnológica da

empresa que foi capaz de se integrar verticalmente e se internacionalizar.

Vimos anteriormente que essas empresas foram responsáveis por uma fatia

considerável dos investimentos e do aumento na produção dos setores de bens intensivos em

tecnologia. Dada a importância dos investimentos das EE e sua participação no crescimento

da produção, não podemos descartar a importância dessas empresas no aumento das

exportações desses setores.

Os investimentos das EE também foram fundamentais para o aumento das exportações

de equipamentos de transporte. Estes produtos foram responsáveis, em 2004, por 1,4% do

total de exportações da China, com sua importância crescendo continuamente. Devemos

destacar o enorme crescimento das exportações de autopeças, o que mostra que a China não é

apenas uma plataforma de montagem de carros destinados à exportação. A indústria de navios

também deve ser destacada em função das dificuldades de se penetrar nesse mercado, cujos

produtos têm um altíssimo valor agregado, unitário e uma alta intensidade tecnológica.

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105

Capítulo 4.

CONCLUSÃO

As teorias ortodoxas do desenvolvimento falham ao tentar explicar o enorme

crescimento da China, sendo constantemente obrigadas a recorrer ao “paradoxo chinês”. Para

essa corrente, o extraordinário crescimento da China se dá em função de três fatores básicos:

privatização e crescimento do setor privado, liberalização econômica e a grande presença das

eficientes empresas estrangeiras.

A história nos mostrou o papel central da grande empresa no desenvolvimento

econômico. Apenas a grande empresa é capaz de se inserir efetivamente no mercado

internacional e, assim, deslocar a restrição externa do país. Na China, a economia privada

nacional é composta por pequenas e médias empresas, não sendo elas, portanto, o principal

motor do desenvolvimento.

Quanto à privatização, os dados mostram que esta não ocorreu em massa na China.

Houve sim um processo de desestatização relativa, com a mudança do controle de muitas

estatais que passaram a ser comandadas não mais pelo governo central, mas sim por governos

locais ou outras instituições públicas e do Estado. Esse processo ainda ficou mais restrito às

pequenas e médias empresas ineficientes.

Apesar de ter ocorrido um processo de liberalização comercial no país, este não foi o

principal fator do crescimento econômico chinês. A teoria heterodoxa do desenvolvimento e o

exemplo da América Latina mostram a falha no pensamento liberal de que a abertura

econômica trás necessariamente o desenvolvimento econômico. O que deve ser destacado na

área de relações internacionais da China é a reintegração do país à comunidade internacional,

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106

o que permitiu um relaxamento das restrições ao crescimento, tanto internas como externas. A

liberalização comercial ocorrida é apenas um lado desse processo de reintegração.

Por fim, temos o papel das empresas estrangeiras. A contribuição dessas empresas

para o desenvolvimento chinês está longe de ser o que pregam os economistas ortodoxos.

Novamente, a teoria heterodoxa e a experiência histórica demonstram as falhas do

pensamento liberal. As transferências de tecnologia, um dos maiores benefícios da presença

de empresas estrangeiras, não ocorrem espontaneamente. Essas transferências apenas foram

possíveis na China em função da intermediação do Estado que impôs condições para a

instalação dessas empresas no país.

O outro beneficio trazido pelas empresas estrangeiras, suas enormes exportações,

também é ilusório. Em função do enorme coeficiente de importações dessas empresas, o saldo

comercial por elas gerado é relativamente baixo, não sendo elas, portanto, as grandes

responsáveis pelo relaxamento da restrição externa chinesa.

A experiência histórica e a teoria heterodoxa do desenvolvimento mostram a

importância das EE no processo de desenvolvimento de muitos países. Criadas como uma

ferramenta de intervenção do Estado, elas cumprem diversos papéis, criando importantes

externalidades na economia. Porém, mesmo entre autores heterodoxos, questiona-se a

capacidade dessas empresas estarem no centro da estratégia de desenvolvimento nacional,

sendo esta forma de propriedade incapaz de atuar em setores dinâmicos.

Uma estratégia muito discutida na literatura do desenvolvimento está no tripé criado

por empresas privadas nacionais, EE e empresas estrangeiras. A principal ferramenta do

desenvolvimento econômico seria a empresa privada nacional, com as EE devendo oferecer

suporte a essas empresas, criando externalidades. Cabe à empresa estrangeira trazer novas

tecnologias para serem absorvidas pelas empresas privadas, tornando-as mais competitivas.

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107

Porém, a atual estrutura econômica internacional é caracterizada por oligopólios de

atuação mundial, muitas vezes em concorrência feroz em mercados altamente concentrados,

com empresas chaves que controlam o planejamento das cadeias produtivas globais através de

seu poder tecnológico ou de suas marcas, apropriando-se de grandes partes dos lucros obtidos

nessas cadeias. Tal estrutura coloca em xeque a capacidade das empresas privadas nacionais

se tornarem jogadores globais, limitando sua capacidade de induzir o processo de

desenvolvimento.

O modelo chinês de desenvolvimento é caracterizado pelo intervencionismo do Estado

na economia. O característico gradualismo nas reformas de transição do socialismo para o

capitalismo é mais uma face desse intervencionismo. Do mesmo modo que a presença do

Estado no planejamento do desenvolvimento é essencial para esse o processo, a presença do

Estado no processo de transição econômica é essencial para se evitar um processo de

desindustrialização.

Ao aliar o gradualismo e políticas desenvolvimentistas (política industrial, política

tecnológica, política comercial, política macroeconômica, entre outras) a China foi capaz de

manter um alto nível de crescimento por mais de duas décadas e meia.

Ao não recorrer à teoria ortodoxa, é possível explicar o enorme crescimento da China

sem se esconder atrás de artifícios no mínimo pouco científicos, como o “paradoxo chinês” ou

a criação de hipóteses ad hoc para explicar o que a teoria é incapaz. Tendo em mente a

importância das empresas estatais e da intervenção do Estado na economia em geral para o

processo de desenvolvimento, podemos notar a enorme importância das EE na China.

Dessa forma, uma das mais importantes ferramentas de intervenção do Estado na

China, tanto no processo de desenvolvimento como no gradualismo da transição, são as EE.

Grandes empresas estatais estão presentes em todos os setores produtivos do país, dominando

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setores estratégicos, como insumos básicos, energia e bens de capital, através do controle de

parcelas significativas dos ativos e do capital.

Mais do que apenas fornecer importantes insumos para o processo de industrialização

do país, as EE chinesas, diferentemente de estatais de outros países, possuem um papel central

na estratégia de desenvolvimento da China. Reformas buscam tornar parte dessas empresas

eficientes e competitivas.

A estratégia de eleição de empresas campeãs nacionais, baseada nas EE, tem como

objetivo uma re-inserção da China na divisão internacional do trabalho, mudando a natureza

da restrição externa do país. Estas empresas dominam ou possuem forte influência sobre as

exportações do país, atuando em setores de bens de capital e alta tecnologia.

Apesar de ainda não ter obtido um grande sucesso na inserção internacional das

campeãs nacionais, a política industrial chinesa foi capaz de criar grandes grupos que

possuem uma importante atuação nacional. Essas empresas possuem um importante papel no

processo de substituição de importações, sendo essenciais para a mudança estrutural do

parque produtivo chinês.

As enormes mudanças na estrutura produtiva da China impulsionam a mudança na

pauta de exportações do país. Apesar do peso de produtos manufaturados simples na pauta de

exportações ainda ser grande, hoje, máquinas e equipamentos de transporte são responsáveis

por uma parcela considerável das exportações.

Além do enorme peso desses itens na pauta de exportações, temos uma elevação das

exportações de produtos intensivos em tecnologia. Sendo inicialmente atividades de

processamento, essas exportações contêm um coeficiente nacional cada vez maior,

introduzindo empresas nacionais em mercados altamente dinâmicos.

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Ao mesmo tempo em que mudanças estruturais na China, como as mudanças nos

padrões de consumo e o aumento da renda per capita em todas as faixas de renda,

impulsionam o crescimento das EE, estas empresas influenciam essas mesmas mudanças.

Os enormes investimentos das EE são capazes de definir os ciclos econômicos da

China, influenciando assim o crescimento da renda per capita do país. Sua enorme

importância social, tanto no emprego de trabalhadores quanto na massa salarial, faz com que

estas empresas possuam um importante papel na concentração e em uma possível distribuição

de renda.

O papel central das EE ainda é complementado por outras formas de propriedade

pública. Empresas coletivas e ECV possuem um importante papel social, absorvendo partes

significativas do excesso de mão-de-obra do país e parte dos trabalhadores desempregados em

função das reformas das EE.

Dessa forma, temos na China um “tetrápode”: empresas estatais; empresas

estrangeiras; empresas privadas nacionais; ECV e empresas coletivas. Empresas estatais estão

no centro da estratégia de desenvolvimento do país, sendo responsáveis por uma parcela

considerável do saldo comercial, pelo desenvolvimento de tecnologias próprias e pela

absorção de tecnologias de empresas estrangeiras para, posteriormente, repassá-las a empresas

coletivas ou ECV. Assim, o papel das empresas estrangeiras não é o aumento das exportações,

mas sim a transferência de tecnologia para a capacitação tecnológica das campeãs nacionais,

processo esse apenas possível em função da intermediação do Estado.

Cabem às empresas privadas nacionais, ECV e empresas coletivas a manutenção da

estabilidade social e política, através de seu enorme papel social e de absorção de mão de

obra. As reformas que buscam criar EE competitivas internacionalmente dependem da

capacidade dessas outras empresas absorverem mão de obra, já que tais reformas agravam o

problema de desemprego.

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ANEXO I – ANEXO ESTATÍSTICO

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 1VALOR DAS IMPORTAÇÕES POR CATEGORIA (USD BILHÕES)

Ano

BensPrimários Alimentos e Animais

Vivos para Alimentação Bebidas e Tabaco Insumos Básicos

Combustíveis MineraisLubrificantes e

ProdutosRelacionados

Óleo Animal e Vegetal,Gorduras e Cera

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

1980 6,96 34,8% 2,93 14,6% 0,04 0,2% 3,55 17,8% 0,20 1,0% 0,24 1,2%

1985 5,29 12,5% 1,55 3,7% 0,21 0,5% 3,24 7,7% 0,17 0,4% 0,12 0,3%

1989 11,75 19,9% 4,19 7,1% 0,20 0,3% 4,84 8,2% 1,65 2,8% 0,88 1,5%

1990 9,85 18,5% 3,34 6,3% 0,16 0,3% 4,11 7,7% 1,27 2,4% 0,98 1,8%

1991 10,83 17,0% 2,80 4,4% 0,20 0,3% 5,00 7,8% 2,11 3,3% 0,72 1,1%

1992 13,26 16,4% 3,15 3,9% 0,24 0,3% 5,78 7,2% 3,57 4,4% 0,53 0,7%

1993 14,21 13,7% 2,21 2,1% 0,25 0,2% 5,44 5,2% 5,82 5,6% 0,50 0,5%

1994 16,49 14,3% 3,14 2,7% 0,07 0,1% 7,44 6,4% 4,04 3,5% 1,81 1,6%

1995 24,42 18,5% 6,13 4,6% 0,39 0,3% 10,16 7,7% 5,13 3,9% 2,61 2,0%

1996 25,44 18,3% 5,67 4,1% 0,50 0,4% 10,70 7,7% 6,88 5,0% 1,70 1,2%

1997 28,62 20,1% 4,30 3,0% 0,32 0,2% 12,01 8,4% 10,31 7,2% 1,68 1,2%

1998 22,95 16,4% 3,79 2,7% 0,18 0,1% 10,72 7,6% 6,78 4,8% 1,49 1,1%

1999 26,85 16,2% 3,62 2,2% 0,21 0,1% 12,74 7,7% 8,91 5,4% 1,37 0,8%

2000 46,74 20,8% 4,76 2,1% 0,36 0,2% 20,00 8,9% 20,64 9,2% 0,98 0,4%

2001 45,74 18,8% 4,98 2,0% 0,41 0,2% 22,13 9,1% 17,47 7,2% 0,76 0,3%

2002 49,27 16,7% 5,24 1,8% 0,39 0,1% 22,74 7,7% 19,29 6,5% 1,63 0,6%

2003 72,76 17,6% 5,96 1,4% 0,49 0,1% 34,12 8,3% 29,19 7,1% 3,00 0,7%

2004 117,27 20,9% 9,15 1,6% 0,55 0,1% 55,36 9,9% 47,99 8,6% 4,21 0,8%

Ano

BensManufaturados Químicos e Produtos

Relacionados

Produtos Industriais Têxteis e Leves,

Produtos de Borracha e Produtos

Minerais e Metálicos

Máquinas e Equipamentosde Transporte

Outros ProdutosProdutos nãoAnteriormenteClassificados

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

TotalParticipação

na Importação

Total

1980 13,06 65,2% 2,91 14,5% 4,15 20,8% 5,12 25,6% 0,54 2,7% 0,33 1,7%

1985 36,96 87,5% 4,47 10,6% 11,90 28,2% 16,24 38,4% 1,90 4,5% 2,46 5,8%

1989 47,39 80,1% 7,56 12,8% 12,34 20,9% 18,21 30,8% 2,07 3,5% 7,22 12,2%

1990 43,49 81,5% 6,65 12,5% 8,91 16,7% 16,85 31,6% 2,10 3,9% 8,99 16,9%

1991 52,96 83,0% 9,28 14,5% 10,49 16,4% 19,60 30,7% 2,44 3,8% 11,15 17,5%

1992 67,33 83,6% 11,16 13,8% 19,27 23,9% 31,31 38,9% 5,59 6,9%

1993 89,75 86,3% 9,70 9,3% 28,53 27,4% 45,02 43,3% 6,50 6,2%

1994 99,13 85,7% 12,13 10,5% 28,08 24,3% 51,47 44,5% 6,77 5,9% 0,68 0,6%

1995 107,67 81,5% 17,30 13,1% 28,77 21,8% 52,64 39,9% 8,26 6,3% 0,69 0,5%

1996 113,39 81,7% 18,11 13,0% 31,39 22,6% 54,76 39,4% 8,49 6,1% 0,65 0,5%

1997 113,75 79,9% 19,30 13,6% 32,22 22,6% 52,77 37,1% 8,55 6,0% 0,91 0,6%

1998 117,29 83,6% 20,16 14,4% 31,08 22,2% 56,85 40,5% 8,46 6,0% 0,75 0,5%

1999 138,85 83,8% 24,03 14,5% 34,32 20,7% 69,45 41,9% 9,70 5,9% 1,35 0,8%

2000 178,36 79,2% 30,21 13,4% 41,81 18,6% 91,93 40,8% 12,75 5,7% 1,65 0,7%

2001 197,81 81,2% 32,10 13,2% 41,94 17,2% 107,02 43,9% 15,08 6,2% 1,68 0,7%

2002 245,90 83,3% 39,04 13,2% 48,49 16,4% 137,01 46,4% 19,80 6,7% 1,56 0,5%

2003 340,00 82,4% 48,98 11,9% 63,90 15,5% 192,83 46,7% 33,01 8,0% 1,28 0,3%

2004 443,96 79,1% 65,47 11,7% 73,99 13,2% 252,83 45,0% 50,14 8,9% 1,53 0,3%

ANO 1980 1985 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

IMPORTAÇÃO TOTAL 20,02 42,25 59,14 53,35 63,79 80,59 103,96 115,61 132,08 138,83 142,37 140,24 165,70 225,09 243,55 295,17 412,76 561,23

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117

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Tabela 2MATRIZ INSUMO PRODUTO DE 1995 (RMB MILHÕES)

PRO

DU

TOTO

TAL

15.6

54.4

92,4

2.03

4.10

0,0

545.

676,

4

1.07

1.69

3,0

1.36

6.30

4,6

632.

823,

1

293.

389,

5

264.

467,

8

1.20

8.53

1,0

622.

096,

9

1.15

0.46

8,0

2.03

3.95

3,0

527.

024,

2

1.10

0.13

5,9

430.

578,

0

245.

840,

0

787.

221,

0

USO

S FI

NA

IS

TOTA

L D

EU

SOS

FIN

AIS

5.94

4.80

7,7

927.

424,

6

36.9

56,9

709.

330,

2

526.

175,

0

180.

454,

3

50.8

43,3

13.9

77,0

53.2

98,3

82.2

81,3

21.8

77,3

715.

641,

1

90.5

39,4

279.

014,

7

233.

476,

9

46.6

63,7

686.

403,

9

EXPO

RTA

ÇÕ

ESLÍ

QU

IDA

S

54.3

00,2

-16.

623,

0

-4.2

87,8

10.8

01,1

241.

634,

9

56.7

30,9

2.51

9,8

-11.

032,

1

-58.

938,

0

15.0

57,0

-16.

984,

1

-182

.040

,2

22.4

02,3

10.6

98,5

14.5

32,0

-3.2

05,4

-26.

628,

4

FOR

MA

ÇÃ

O D

E C

API

TAL

SUB

-TO

TAL

2.38

7.70

0,0

173.

396,

8

9.01

7,4

79.2

87,6

-24.

698,

5

22.3

59,9

4.56

2,1

4.33

5,7

1.41

6,6

4.77

4,2

715.

332,

3

6.48

1,2

49.8

81,7

40.8

89,4

9.87

6,7

MU

DA

AD

EES

TOQ

UES

357.

650,

0

125.

338,

2

9.01

7,4

79.2

87,6

-24.

698,

5

16.1

53,1

4.56

2,1

4.33

5,7

1.41

6,6

-9.9

26,9

131.

947,

1

1.06

2,4

19.1

55,3

FOR

MA

ÇÃ

OB

RU

TA D

EC

API

TAL

FIXO

2.03

0.05

0,0

48.0

58,6

6.20

6,8

14.7

01,1

583.

385,

2

5.41

8,8

30.7

26,5

40.8

89,4

9.87

6,7

GA

STO

S EM

CO

NSU

MO

FIN

AL

CO

NSU

MO

TOTA

L

3.50

2.80

7,5

770.

650,

9

32.2

27,2

619.

241,

5

309.

238,

6

101.

363,

5

48.3

23,5

20.4

47,0

107.

900,

6

65.8

07,7

34.0

87,2

182.

349,

0

61.6

56,0

218.

434,

5

178.

055,

5

49.8

69,0

703.

155,

6

GA

STO

S EM

CO

NSU

MO

D

OG

OVE

RN

O

669.

050,

0

119.

649,

0

549.

401,

0

GA

STO

S EM

CO

NSU

MO

DA

S FA

MÍL

IAS

SUB

-TO

TAL

2.83

3.75

7,5

770.

650,

9

32.2

27,2

619.

241,

5

309.

238,

6

101.

363,

5

48.3

23,5

20.4

47,0

107.

900,

6

65.8

07,7

34.0

87,2

182.

349,

0

61.6

56,0

218.

434,

5

58.4

06,5

49.8

69,0

153.

754,

6

FAM

ÍLIA

SN

ÃO

-A

GR

ÍCO

LAS

1.45

7.47

9,5

252.

396,

0

11.7

78,0

392.

954,

7

198.

829,

6

67.1

58,6

23.2

15,4

14.0

81,8

60.8

65,0

10.3

97,9

16.0

48,5

107.

957,

8

29.4

84,4

129.

420,

4

38.3

99,7

39.9

50,4

64.5

41,4

FAM

ÍLIA

SA

GR

ÍCO

LAS

1.37

6.27

8,0

518.

254,

9

20.4

49,2

226.

286,

8

110.

409,

0

34.2

04,9

25.1

08,2

6.36

5,2

47.0

35,6

55.4

09,9

18.0

38,7

74.3

91,3

32.1

71,6

89.0

14,2

20.0

06,7

9.91

8,7

89.2

13,2

PRO

DU

TO

INSU

MO

INS

UM

OS

INTE

RM

ED

IÁR

IOS

AG

RIC

ULT

UR

A

MIN

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ÃO

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, CO

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ÃO

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S S

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VIÇ

OS

Nota:a) Os dados são calculados com base nos preços aos produtores de 1995.

Page 119: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

118

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 3MATRIZ INSUMO PRODUTO DE 2000 (RMB MILHÕES)

PRO

DU

TOTO

TAL

25.7

55.2

78,3

2.64

4.82

6,7

808.

374,

6

1.46

5.08

1,0

1.70

8.92

1,0

892.

579,

0

852.

321,

5

832.

114,

2

2.15

8.71

8,8

627.

513,

0

1.57

2.66

0,5

4.16

2.97

6,9

1.05

7.07

9,8

1.69

3.42

7,5

1.10

4.27

3,7

516.

515,

9

1.44

2.18

9,6

OU

TRO

S

25.2

82,3

35.8

39,1

17.1

72,6

37.2

23,6

50.2

45,0

13.2

30,6

-20.

697,

9

-20.

508,

7

-23.

402,

3

-15.

593,

9

-25.

447,

4

105.

067,

4

-29.

902,

5

72.0

09,6

-17.

328,

3

-5.2

54,8

-59.

671,

9

IMPORTAÇÕES

-1.9

68.1

54,2

-54.

303,

9

-159

.574

,5

-58.

113,

6

-113

.014

,8

-120

.209

,2

-50.

842,

8

-269

.099

,5

-23.

145,

0

-205

.264

,3

-810

.313

,1

-15.

757,

5

-6.9

45,5

-52.

150,

5

-20.

455,

9

-4.8

49,5

USO

S FI

NA

IS

TOTA

L D

EU

SOS

FIN

AIS

11.1

77.5

59,6

1.26

4.90

4,3

67.4

33,1

950.

503,

6

767.

069,

7

287.

815,

2

70.5

00,3

40.8

60,4

369.

907,

6

111.

002,

9

184.

812,

0

2.06

8.75

3,4

248.

964,

7

533.

759,

5

569.

984,

1

149.

158,

7

1.32

0.86

6,6

EXPORTAÇÕES

2.31

9.89

4,8

58.4

70,1

40.0

62,3

93.1

28,5

445.

884,

7

130.

637,

1

22.6

12,3

191.

906,

3

39.3

62,3

145.

072,

0

815.

622,

0

76.1

50,1

149.

871,

6

100.

390,

6

1.56

4,0

6.66

8,6

FOR

MA

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O D

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TAL

SUB

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TAL

3.24

9.98

0,0

110.

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6

15.2

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-25.

418,

8

-19.

806,

8

8.54

8,5

-15.

178,

6

9.02

6,9

-506

,0

2.23

3,9

901.

600,

8

7.54

6,3

36.5

80,8

50.4

37,0

MU

DA

AD

EES

TOQ

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-12.

400,

0

38.4

82,2

15.2

64,6

-25.

418,

8

-19.

806,

8

-13.

341,

3

-15.

178,

6

9.02

6,9

-506

,0

-19.

424,

7

19.3

09,8

-172

,2

-635

,1

FOR

MA

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OB

RU

TA D

EC

API

TAL

FIXO

3.26

2.38

0,0

72.3

98,4

21.8

89,8

21.6

58,6

882.

291,

0

7.71

8,5

37.2

15,8

50.4

37,0

GA

STO

S EM

CO

NSU

MO

FIN

AL

CO

NSU

MO

TOTA

L

5.60

7.68

4,8

1.09

5.55

3,7

12.1

06,3

882.

793,

8

340.

991,

7

148.

629,

6

70.5

00,3

33.4

26,8

168.

974,

4

72.1

46,6

37.5

06,1

351.

530,

6

165.

268,

3

347.

307,

2

419.

156,

5

147.

594,

8

1.31

4.19

8,1

GA

STO

S EM

CO

NSU

MO

D

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O

1.17

0.53

0,0

120.

463,

7

1.05

0.06

6,3

GA

STO

S EM

CO

NSU

MO

DA

S FA

MÍL

IAS

SUB

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TAL

4.43

7.15

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1.09

5.55

3,7

12.1

06,3

882.

793,

8

340.

991,

7

148.

629,

6

70.5

00,3

33.4

26,8

168.

974,

4

72.1

46,6

37.5

06,1

351.

530,

6

165.

268,

3

347.

307,

2

298.

692,

8

147.

594,

8

264.

131,

7

FAM

ÍLIA

SN

ÃO

-A

GR

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LAS

2.46

0.34

1,7

453.

699,

1

4.18

3,0

478.

534,

6

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022,

0

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40,9

49.1

81,8

28.6

48,6

91.4

87,2

52.4

27,6

20.4

49,0

202.

696,

4

99.6

36,9

231.

676,

6

150.

086,

9

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193.

199,

5

FAM

ÍLIA

SA

GR

ÍCO

LAS

1.97

6.81

3,1

641.

854,

6

7.92

3,3

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259,

2

125.

969,

7

49.6

88,7

21.3

18,5

4.77

8,2

77.4

87,2

19.7

19,0

17.0

57,1

148.

834,

2

65.6

31,4

115.

630,

6

148.

605,

9

57.1

23,1

70.9

32,3

PRO

DU

TO

INSU

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OS

Nota:a) Os dados são calculados com base nos preços aos produtores de 2000.

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119

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 4PRODUÇÃO DE BENS MANUFATURADOS

ITEM 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 CRESCIMENTOTOTAL (%)

Refrigeradores Domésticos (10.000 aparelhos) 918,5 979,7 1.044,4 1.060,0 1.210,0 1.279,0 1.351,3 1.598,9 2.242,6 3.033,4 230,2%

Freezer (10.000 aparelhos) 322,7 355,3 356,2 361,5 392,0 384,2 397,6 464,9 567,3 628,3 94,7%

Máquinas de Lavar Domésticas (10.000 aparelhos) 952,5 1.074,7 1.254,5 1.207,3 1.342,2 1.443,0 1.341,6 1.595,8 1.964,5 2.348,9 146,6%

Ares-Condicionados (10.000 aparelhos) 682,6 786,2 974,0 1.156,9 1.337,6 1.826,7 2.333,6 3.135,1 4.820,9 6.646,2 873,7%

Coifas (10.000 aparelhos) 309,2 287,6 258,2 351,4 366,2 456,3 426,5 477,3 537,8 73,9%

Medicamentos Chineses Tradicionais (10.000 tons) 61,4 40,8 47,9 34,3 34,3 38,8 65,6 94,3 70,9 61,6 0,4%

Medicamentos Químicos (10.000 tons) 48,7 42,9 44,3 41,6 43,6 52,6 76,2 73,9 99,4 93,4 91,9%

Aparelhos de TV Coloridos (10.000 aparelhos) 2.057,7 2.537,6 2.711,3 3.497,0 4.262,0 3.936,0 4.093,7 5.155,0 6.541,4 7.328,8 256,2%

Gravadores de Vídeo (10.000 aparelhos) 208,4 273,8 362,8 330,6 568,7 790,6 1.134,9 1.562,0 2.029,5 2.322,2 1014,5%

Sistemas de Som Hi-Fi Stereo (10.000 aparelhos) 2.465,7 2.042,2 2.073,6 1.708,3 2.194,5 2.917,3 4.043,9 4.835,7 5.541,8 4.517,9 83,2%

Câmeras (10.000 aparelhos) 3.326,2 4.120,8 4.686,9 5.521,9 4.832,3 5.514,5 5.962,1 5.309,6 6.198,1 6.218,0 86,9%

Equipamentos de Mineração (10.000 tons) 86,9 49,6 53,2 35,6 30,1 30,5 64,2 84,0 79,1 103,1 18,7%

Equip. para Indústria Química (10.000 tons) 41,3 29,1 30,5 17,0 17,6 17,5 27,5 28,1 29,3 31,4 -24,1%

Equip. de Geração de Energia (10.000 kw) 2.765,6 2.353,5 2.405,1 1.608,0 1.369,0 1.249,0 1.340,1 2.120,8 3.700,6 7.137,9 158,1%

Ferramentas Mec. para Corte de Metal (10.000 unidades) 39,5 17,7 18,7 11,9 14,2 17,7 25,6 30,9 30,6 38,9 -1,4%

Veículos Automotores (10.000 unidades) 145,3 147,5 158,3 163,0 183,2 207,0 234,2 325,1 444,4 507,4 249,3%

Caminhões (10.000 unidades) 60,9 62,5 57,4 73,6 84,0 86,3 89,0 109,2 112,4 158,5 160,2%

Ônibus (10.000 unidades) 21,8 19,0 26,6 32,1 42,5 57,8 72,1 86,5 94,7 115,8 431,4%

Carros (10.000 unidades) 33,7 38,3 48,6 50,7 57,1 60,7 70,4 109,2 207,1 231,4 586,6%

Motocicletas (10.000 unidades) 825,4 916,8 1.033,4 829,1 978,2 960,2 1.041,5 1.198,8 1.461,3 1.581,6 91,6%

Tratores Médios e Grandes (10.000 unidades) 6,3 8,4 8,2 6,8 6,5 4,1 3,8 4,5 4,9 9,8 55,3%

Motores de Combustão Interna (10.000 kw) 15.819,0 22.152,8 20.641,9 16.034,3 17.801,6 18.857,3 20.531,2 28.505,8 31.851,3 43.400,4 174,4%

Vagões de Passageiros para Trens (unidade) 2.395,0 2.616,0 2.535,0 1.576,0 1.778,0 3.244,0 3.273,0 2.856,0 1.525,0 1.709,0 -28,6%

Vagões de Carga para Trens (10.000 unidades) 3,7 3,3 3,1 2,4 1,9 2,7 3,1 3,1 3,1 2,8 -24,4%

Equip. de Comunicação por Ondas (10.000 unidades) 4,5 1,7 1,0 0,8 0,9 1,1 0,5 0,4 0,5 0,5 -87,9%

Estações Ópticas de Telecom. (unidade) 86.549,0 139.600,0

Program-controlled Switchboards (10.000 linhas) 7.379,9 8.464,8

Telefones Móveis (10.000 unidades) 1.213,1 1.142,4 1.441,3 2.215,2 3.203,0 1.505,0 2.473,9 12.146,4 18.231,4 23.344,6 1824,3%

Máquinas de Fax (10.000 unidades) 136,1 137,9 162,5 128,7 160,0 196,3 318,2 297,3 746,6 1.380,4 914,1%

Computadores (unidade) 1.416,0 1.331,0 2.443,0 2.767,0 8.199,0 8.625,0 15.040,0 26.622,0 50.910,0 54.446,0 3745,1%

Micro-computadores (10.000 unidades) 83,6 138,8 206,6 291,4 405,0 672,0 877,7 1.463,5 3.216,7 4.512,4 5299,6%

Circuitos Integrados (100 milhões unidades) 55,2 38,9 25,6 5,6 14,0 23,9 22,3 41,3 148,3 211,5 283,3%

Máquinas Copiadoras (10.000 unidades) 341,0 500,0 400,0 117,9 210,3 156,6 144,1 207,4 264,2 324,6 -4,8%

Carvão (100 milhões tons) 13,6 14,0 13,7 12,5 10,5 10,0 11,6 13,8 16,7 19,6 43,7%

Petróleo Cru (10.000 tons) 15.005,0 15.733,4 16.074,1 16.100,0 16.000,0 16.300,0 16.395,9 16.700,0 16.960,0 17.500,0 16,6%

Gasolina (10.000 tons) 3.051,6 3.280,6 3.517,8 3.465,4 3.741,3 4.134,7 4.154,7 4.320,8 4.790,9 5.249,8 72,0%

Óleo Diesel (10.000 tons) 3.972,6 4.419,3 4.924,5 4.884,1 6.302,7 7.079,6 7.485,7 7.706,1 8.532,8 10.162,1 155,8%

Gás Natural (100 milhões m. cub.) 179,5 201,1 227,0 232,8 252,0 272,0 303,3 326,6 350,2 414,9 131,2%

Eletricidade (100 milhões kWh) 10.077,3 10.813,1 11.355,5 11.670,0 12.393,0 13.556,0 14.808,0 16.540,0 19.105,8 21.870,0 117,0%

Hidroelétrica (100 milhões kWh) 1.905,8 1.879,7 1.959,8 1.988,9 1.965,8 2.224,1 2.774,3 2.879,7 2.836,8 3.280,0 72,1%

Ferro Gusa (10.000 tons) 10.529,3 10.722,5 11.511,4 11.863,7 12.539,2 13.101,5 15.554,3 17.084,6 21.366,7 25.185,1 139,2%

Aço Cru (10.000 tons) 9.536,0 10.124,1 10.894,2 11.559,0 12.426,0 12.850,0 15.163,4 18.236,6 22.233,6 27.279,8 186,1%

Aço Processado (10.000 tons) 8.979,8 9.338,0 9.978,9 10.737,8 12.109,8 13.146,0 16.067,6 19.251,6 24.108,0 29.723,1 231,0%

Ácido Sulfúrico (10.000 tons) 1.811,0 1.883,6 2.036,9 2.171,0 2.356,0 2.427,0 2.696,3 3.050,4 3.371,2 3.994,2 120,6%

Cinzas de Soda (10.000 tons) 597,7 669,3 725,8 744,0 766,0 834,0 914,4 1.033,2 1.133,6 1.302,5 117,9%

Soda Cáustica (10.000 tons) 531,8 573,8 574,4 539,4 580,1 667,9 788,0 878,0 945,3 1.060,3 99,4%

Amônia Sintética (10.000 tons) 2.742,1 3.094,2 3.000,3 3.134,2 3.431,7 3.363,7 3.427,3 3.675,3 3.822,7 4.222,2 54,0%

Fertilizantes Químicos (10.000 tons) 2.556,2 2.809,0 2.821,0 3.010,0 3.251,0 3.186,0 3.383,0 3.791,0 3.881,3 4.469,5 74,9%

Pesticidas Químicos (10.000 tons) 46,9 44,8 52,7 55,9 62,5 60,7 78,7 92,9 76,7 87,0 85,5%

Plásticos (10.000 tons) 519,6 576,9 685,8 692,6 871,1 1.087,5 1.288,7 1.455,7 1.652,1 1.791,0 244,7%

Borracha Sintética (10.000 tons) 58,6 60,0 64,2 58,9 73,3 86,5 122,0 136,2 134,8 147,8 152,3%

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 5VALOR DAS EXPORTAÇÕES POR CATEGORIA (USD BILHÕES)

Ano

BensPrimários Alimentos e Animais

Vivos para Alimentação Bebidas e Tabaco Insumos Básicos

Combustíveis MineraisLubrificantes e

ProdutosRelacionados

Óleo Animal e Vegetal,Gorduras e Cera

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

1980 9,11 50,3% 2,99 16,5% 0,08 0,4% 1,71 9,4% 4,28 23,6% 0,06 0,3%

1985 13,83 50,6% 3,80 13,9% 0,11 0,4% 2,65 9,7% 7,13 26,1% 0,14 0,5%

1989 15,08 28,7% 6,15 11,7% 0,31 0,6% 4,21 8,0% 4,32 8,2% 0,09 0,2%

1990 15,89 25,6% 6,61 10,6% 0,34 0,6% 3,54 5,7% 5,24 8,4% 0,16 0,3%

1991 16,15 22,5% 7,23 10,0% 0,53 0,7% 3,49 4,8% 4,75 6,6% 0,15 0,2%

1992 17,00 20,0% 8,31 9,8% 0,72 0,8% 3,14 3,7% 4,69 5,5% 0,14 0,2%

1993 16,67 18,2% 8,40 9,2% 0,90 1,0% 3,05 3,3% 4,11 4,5% 0,21 0,2%

1994 19,71 16,3% 10,02 8,3% 1,00 0,8% 4,13 3,4% 4,07 3,4% 0,50 0,4%

1995 21,49 14,4% 9,95 6,7% 1,37 0,9% 4,38 2,9% 5,33 3,6% 0,45 0,3%

1996 21,93 14,5% 10,23 6,8% 1,34 0,9% 4,05 2,7% 5,93 3,9% 0,38 0,2%

1997 23,95 13,1% 11,08 6,1% 1,05 0,6% 4,20 2,3% 6,99 3,8% 0,65 0,4%

1998 20,49 11,2% 10,51 5,7% 0,98 0,5% 3,52 1,9% 5,18 2,8% 0,31 0,2%

1999 19,94 10,2% 10,46 5,4% 0,77 0,4% 3,92 2,0% 4,66 2,4% 0,13 0,1%

2000 25,46 10,2% 12,28 4,9% 0,75 0,3% 4,46 1,8% 7,86 3,2% 0,12 0,0%

2001 26,35 9,9% 12,78 4,8% 0,87 0,3% 4,17 1,6% 8,41 3,2% 0,11 0,0%

2002 28,54 8,8% 14,62 4,5% 0,98 0,3% 4,40 1,4% 8,44 2,6% 0,10 0,0%

2003 34,81 7,9% 17,53 4,0% 1,02 0,2% 5,03 1,1% 11,11 2,5% 0,12 0,0%

2004 40,55 6,8% 18,86 3,2% 1,21 0,2% 5,84 1,0% 14,48 2,4% 0,15 0,0%

Ano

BensManufaturados Químicos e Produtos

Relacionados

Produtos Industriais Têxteis e Leves,

Produtos de Borracha e Produtos

Minerais e Metálicos

Máquinas e Equipamentosde Transporte

Outros ProdutosProdutos nãoAnteriormenteClassificados

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

TotalParticipação

na Exportação

Total

1980 9,01 49,7% 1,12 6,2% 4,00 22,1% 0,84 4,7% 2,84 15,7% 0,21 1,1%

1985 13,52 49,4% 1,36 5,0% 4,49 16,4% 0,77 2,8% 3,49 12,7% 3,41 12,5%

1989 37,46 71,3% 3,20 6,1% 10,90 20,7% 3,87 7,4% 10,76 20,5% 8,73 16,6%

1990 46,21 74,4% 3,73 6,0% 12,58 20,3% 5,59 9,0% 12,69 20,4% 11,63 18,7%

1991 55,70 77,5% 3,82 5,3% 14,46 20,1% 7,15 9,9% 16,62 23,1% 13,66 19,0%

1992 67,94 80,0% 4,35 5,1% 16,14 19,0% 13,22 15,6% 34,23 40,3%

1993 75,08 81,8% 4,62 5,0% 16,39 17,9% 15,28 16,7% 38,78 42,3%

1994 101,30 83,7% 6,24 5,2% 23,22 19,2% 21,90 18,1% 49,94 41,3% 0,01 0,0%

1995 127,30 85,6% 9,09 6,1% 32,24 21,7% 31,41 21,1% 54,55 36,7% 0,01 0,0%

1996 129,12 85,5% 8,88 5,9% 28,50 18,9% 35,31 23,4% 56,42 37,4% 0,01 0,0%

1997 158,84 86,9% 10,23 5,6% 34,43 18,8% 43,71 23,9% 70,47 38,6% 0,00 0,0%

1998 163,22 88,8% 10,32 5,6% 32,48 17,7% 50,22 27,3% 70,20 38,2% 0,01 0,0%

1999 174,99 89,8% 10,37 5,3% 33,26 17,1% 58,84 30,2% 72,51 37,2% 0,01 0,0%

2000 223,74 89,8% 12,10 4,9% 42,55 17,1% 82,60 33,1% 86,28 34,6% 0,22 0,1%

2001 239,85 90,1% 13,35 5,0% 43,81 16,5% 94,90 35,7% 87,11 32,7% 0,58 0,2%

2002 297,06 91,2% 15,33 4,7% 52,96 16,3% 126,98 39,0% 101,15 31,1% 0,65 0,2%

2003 403,42 92,1% 19,58 4,5% 69,02 15,7% 187,77 42,8% 126,09 28,8% 0,96 0,2%

2004 552,78 93,2% 26,36 4,4% 100,65 17,0% 268,26 45,2% 156,40 26,4% 1,11 0,2%

ANO 1980 1985 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

EXPORTAÇÃO TOTAL 18,12 27,35 52,54 62,09 71,91 84,94 91,74 121,01 148,78 151,05 182,79 183,71 194,93 249,20 266,10 325,60 438,23 593,33

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 6BALANÇO COMERCIAL DA CHINA

Ano BensPrimários Alimentos e Animais

Vivos para Alimentação Bebidas e Tabaco Insumos Básicos

Combustíveis MineraisLubrificantes e

ProdutosRelacionados

Óleo Animal e Vegetal,Gorduras e Cera

1980 2,16 0,06 0,04 -1,84 4,08 -0,18

1985 8,54 2,25 -0,10 -0,58 6,96 0,01

1989 3,32 1,95 0,11 -0,62 2,67 -0,79

1990 6,03 3,27 0,19 -0,57 3,97 -0,82

1991 5,31 4,43 0,33 -1,52 2,64 -0,57

1992 3,75 5,16 0,48 -2,63 1,12 -0,39

1993 2,46 6,19 0,66 -2,39 -1,71 -0,30

1994 3,22 6,88 0,93 -3,31 0,03 -1,31

1995 -2,93 3,82 0,98 -5,78 0,20 -2,15

1996 -3,52 4,56 0,85 -6,65 -0,95 -1,32

1997 -4,67 6,77 0,73 -7,81 -3,32 -1,04

1998 -2,46 6,73 0,80 -7,20 -1,60 -1,18

1999 -6,91 6,84 0,56 -8,82 -4,25 -1,24

2000 -21,28 7,52 0,38 -15,54 -12,78 -0,86

2001 -19,40 7,80 0,46 -17,96 -9,06 -0,65

2002 -20,73 9,38 0,60 -18,33 -10,85 -1,53

2003 -37,95 11,57 0,53 -29,09 -18,08 -2,89

2004 -76,72 9,71 0,67 -49,51 -33,51 -4,07

Ano BensManufaturados Químicos e Produtos

Relacionados

Produtos Industriais Têxteis e Leves,

Produtos de Borracha e Produtos

Minerais e Metálicos

Máquinas e Equipamentosde Transporte

Outros ProdutosProdutos nãoAnteriormenteClassificados

1980 -4,05 -1,79 -0,16 -4,28 2,29 -0,13

1985 -23,44 -3,11 -7,41 -15,47 1,58 0,96

1989 -9,93 -4,36 -1,44 -14,33 8,68 1,52

1990 2,71 -2,92 3,67 -11,26 10,58 2,64

1991 2,74 -5,46 3,96 -12,45 14,18 2,51

1992 0,61 -6,81 -3,14 -18,09 28,65 0,00

1993 -14,67 -5,08 -12,14 -29,74 32,29 0,00

1994 2,17 -5,89 -4,87 -29,57 43,17 -0,67

1995 19,63 -8,21 3,47 -21,24 46,29 -0,69

1996 15,73 -9,23 -2,89 -19,45 47,94 -0,63

1997 45,09 -9,07 2,21 -9,07 61,92 -0,91

1998 45,93 -9,84 1,40 -6,63 61,74 -0,75

1999 36,14 -13,66 -1,06 -10,62 62,81 -1,34

2000 45,39 -18,12 0,74 -9,33 73,53 -1,43

2001 42,04 -18,75 1,88 -12,11 72,03 -1,09

2002 51,16 -23,71 4,47 -10,03 81,35 -0,92

2003 63,42 -29,39 5,12 -5,05 93,08 -0,33

2004 108,82 -39,11 26,66 15,43 106,26 -0,42

ANO 1980 1985 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

SALDO COMERCIAL -1,90 -14,90 -6,60 8,75 8,12 4,36 -12,22 5,39 16,70 12,22 40,42 43,47 29,23 24,11 22,55 30,43 25,47 32,10

Page 123: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

122

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 7VALOR DAS EXPORTAÇÕES POR PRODUTO (USD MILHÕES)

2004 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,6%

0,7%

0,2%

0,7%

0,1%

0,5%

0,0%

0,1%

3,3%

0,1%

1,4%

0,2%

5,2%

0,5%

0,7%

0,2%

0,5%

0,3%

0,5%

0,9%

0,2%

0,7%

0,4%

0,1%

0,2%

1,4%

0,1%

0,7%

0,5%

54,5

%

Valo

r

593.

326

3.81

1,2

3.94

8,8

1.32

4,7

3.96

0,2

328,

1

3.23

4,0

113,

4

439,

5

19.7

85,3

361,

4

8.33

6,3

1.31

0,2

30.6

57,8

2.91

2,2

4.16

4,4

955,

7

3.15

4,8

1.80

1,5

2.91

9,6

5.48

9,8

1.22

9,6

3.89

2,3

2.42

6,9

331,

5

1.37

9,7

8.32

8,2

780,

7

4.41

0,8

3.13

6,7

323.

403,

6

2003 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,6%

0,4%

0,4%

0,8%

0,1%

0,7%

0,0%

0,1%

2,0%

0,0%

0,7%

0,2%

5,3%

0,6%

0,7%

0,2%

0,5%

0,3%

0,7%

0,8%

0,2%

0,6%

0,4%

0,1%

0,2%

1,3%

0,1%

0,6%

0,7%

51,9

%

Valo

r

438.

228

2.75

0,3

1.67

2,4

1.66

1,2

3.72

0,7

273,

7

2.85

8,1

104,

7

352,

8

8.92

3,4

125,

6

3.10

5,0

819,

9

23.4

15,9

2.43

8,7

2.88

4,7

864,

4

2.09

0,5

1.40

7,5

3.13

5,4

3.47

1,6

985,

3

2.83

7,4

1.73

3,2

564,

5

1.00

2,9

5.82

0,8

417,

6

2.41

5,7

2.98

7,5

227.

456,

7

2002 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,8%

0,3%

0,4%

0,7%

0,1%

0,7%

0,0%

0,1%

1,9%

0,0%

0,7%

0,2%

5,8%

0,7%

0,7%

0,2%

0,4%

0,4%

0,9%

0,7%

0,3%

0,7%

0,4%

0,2%

0,2%

1,2%

0,1%

0,6%

0,6%

48,2

%

Valo

r

325.

596

2.53

2,1

957,

1

1.29

6,2

2.38

4,6

248,

4

2.32

3,9

103,

0

296,

7

6.21

8,5

51,9

2.18

2,8

588,

5

18.7

89,7

2.18

3,2

2.15

9,2

686,

7

1.39

8,5

1.15

3,4

2.96

2,3

2.39

6,3

835,

2

2.13

8,6

1.33

8,6

777,

3

760,

5

4.00

3,0

267,

3

1.84

1,7

1.89

4,0

157.

062,

1

2001 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

1,0%

0,3%

0,5%

0,8%

0,1%

0,7%

0,0%

0,1%

2,1%

0,0%

0,7%

0,2%

5,8%

0,7%

0,7%

0,2%

0,4%

0,4%

1,0%

0,6%

0,2%

0,7%

0,4%

0,4%

0,2%

1,3%

0,1%

0,5%

0,7%

44,6

%

Valo

r

266.

098

2.66

6,4

928,

2

1.38

5,4

2.12

7,4

251,

5

1.97

8,5

95,5

282,

5

5.54

9,6

81,9

1.86

7,1

504,

7

15.3

04,1

1.84

1,9

1.74

1,9

588,

6

1.00

1,5

937,

6

2.53

3,6

1.59

1,5

653,

8

1.82

0,4

959,

9

994,

2

639,

1

3.44

8,0

208,

2

1.35

1,1

1.88

8,7

118.

786,

5

2000 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,6%

0,4%

0,9%

0,9%

0,1%

0,7%

0,0%

0,1%

2,7%

0,2%

0,9%

0,2%

6,2%

0,8%

0,6%

0,2%

0,4%

0,4%

1,1%

0,5%

0,3%

0,7%

0,4%

0,5%

0,2%

1,1%

0,1%

0,5%

0,6%

42,3

%

Valo

r

249.

203

1.45

9,5

915,

8

2.12

8,0

2.12

8,1

228,

3

1.78

8,4

84,7

261,

5

6.67

7,8

396,

3

2.22

9,3

486,

3

15.3

81,3

1.93

1,0

1.52

9,3

566,

5

931,

5

965,

3

2.81

0,1

1.29

7,4

775,

3

1.73

9,0

1.08

3,6

1.23

7,1

515,

2

2.81

3,9

193,

7

1.12

3,5

1.49

6,7

105.

296,

8

1999 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,6%

0,3%

0,4%

0,6%

0,1%

0,9%

0,0%

0,1%

2,3%

0,1%

0,7%

0,2%

6,2%

0,8%

0,6%

0,3%

0,3%

0,5%

1,2%

0,4%

0,3%

0,7%

0,4%

0,5%

0,2%

1,3%

0,1%

0,4%

0,8%

39,5

%

Valo

r

194.

931

1.08

3,8

551,

2

752,

4

1.09

5,4

187,

6

1.67

8,2

73,9

240,

0

4.42

3,5

185,

5

1.41

3,2

364,

7

12.0

77,0

1.49

1,9

1.22

9,1

491,

0

634,

1

901,

4

2.33

7,0

803,

1

568,

9

1.41

3,2

855,

2

990,

3

361,

9

2.48

9,1

102,

7

780,

2

1.60

6,2

76.9

74,2

1998 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,6%

0,4%

0,8%

0,4%

0,1%

0,9%

0,0%

0,1%

2,6%

0,2%

0,9%

0,2%

5,8%

0,7%

0,6%

0,2%

0,2%

0,4%

1,5%

0,4%

0,2%

0,6%

0,3%

0,5%

0,2%

1,3%

0,1%

0,3%

0,9%

36,5

%

Valo

r

183.

709

1.06

7,8

798,

4

1.52

3,0

737,

6

223,

5

1.69

2,3

84,3

255,

2

4.84

6,6

327,

5

1.69

1,3

350,

2

10.7

13,2

1.29

0,3

1.05

6,8

413,

1

453,

4

668,

2

2.72

0,0

686,

7

360,

7

1.15

5,8

589,

2

992,

7

326,

4

2.41

6,9

157,

4

530,

4

1.72

9,2

67.1

00,3

1997 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,6%

0,4%

1,5%

0,7%

0,1%

0,8%

0,1%

0,1%

3,3%

0,4%

1,1%

0,2%

4,9%

0,7%

0,5%

0,2%

0,2%

0,3%

1,5%

0,4%

0,2%

0,3%

0,5%

0,2%

1,2%

0,1%

0,2%

0,9%

32,5

%

Valo

r

182.

792

1.13

2,5

791,

0

2.73

4,1

1.20

1,4

179,

0

1.54

0,6

111,

1

247,

9

6.11

2,1

813,

7

1.93

5,1

295,

3

8.90

8,7

1.22

4,7

937,

8

390,

2

321,

8

590,

8

2.71

3,1

654,

3

376,

2

471,

5

925,

3

302,

9

2.25

5,5

189,

8

447,

2

1.61

8,5

59.3

17,2

1996 Pa

rtci

cipa

ção

no T

otal

100,

0%

0,7%

0,4%

1,8%

0,6%

0,1%

1,0%

0,1%

0,2%

3,2%

0,3%

1,3%

0,2%

4,8%

0,6%

0,4%

0,2%

0,2%

0,3%

1,5%

0,5%

0,2%

0,2%

0,5%

0,2%

1,1%

0,1%

0,3%

0,8%

31,9

%

Valo

r

151.

048

1.10

8,8

611,

2

2.78

9,3

868,

6

147,

0

1.51

6,1

126,

0

229,

2

4.76

4,8

512,

2

1.93

9,1

272,

7

7.25

1,4

959,

0

629,

6

326,

2

236,

5

440,

7

2.30

6,6

794,

3

281,

6

323,

1

695,

8

257,

8

1.67

2,2

147,

5

382,

1

1.14

2,7

48.2

03,0

Prod

uto

Tota

l de

Exp

orta

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Sem

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icos

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123

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 8 (1/3)NÚMERO DE EMPRESAS POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE

1997

Estr.

/Tot

al

9% 6% 12%

7% 2% 15%

28%

23%

8% 9% 8% 5% 22%

16%

1% 1% 2% 1% 8% 4% 8% 24%

9% 15%

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18%

20%

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530

9.04

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42.

774

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3.47

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2.51

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429

3.26

3

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1

Estr

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iras

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81

1.72

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685

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0

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334

2.21

7

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1.29

22.

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2

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1996

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2

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0

Estr

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3

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364

298

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621

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392

2.64

1

2.01

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3

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128

3

2.04

44.

391

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44.

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2

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611

1.37

44.

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19.4

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32.

612

12.6

4440

7

5.39

629

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0920

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007.

984

5.77

4

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7

1995

Estr.

/Tot

al

10%

6% 12%

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30%

24%

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13.2

14

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13.

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7

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9

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188

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9

12 40 250 2

2.62

5

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459

363

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82.

548

2.37

1

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229

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1.45

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303

1.40

92.

230

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345

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284

71.

265

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1.89

93.

552

527

1.09

2

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4

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5

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640

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97.

568

2.50

7

2.09

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1

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1

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1

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2.14

13.

774

11.8

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34.

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7

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Page 125: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

124

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 8 (2/3)CONTINUAÇÃO

2000

Estr.

/Tot

al

17%

11%

18%

13%

1% 19%

43%

40%

21%

28%

14%

12%

47%

2% 1% 4% 13%

6% 11%

25%

18%

30%

10%

20%

0% 0% 9% 6% 12%

16%

11%

10%

13%

21%

47%

27%

0%

EE/T

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33%

48%

44%

49%

87%

24%

9% 10%

25%

16%

22%

58%

14%

30%

46%

35%

32%

23%

24%

28%

21%

16%

29%

17%

50%

82%

28%

86%

84%

45%

30%

41%

40%

21%

30%

38%

93%

Out

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80.9

51

4.44

01.

753

1.31

439

6.27

43.

365

1.55

71.

369

838

2.97

31.

095

727

410

763

1.07

5

6.26

1

2.10

61.

641

389

1.08

13.

375

8.84

15.

313

1.33

415 61

8

421

12

1.26

35.

534

3.12

63.

217

4.49

51.

015

646

165

Estr

ange

iras

28.4

45

1.15

486

743

2 52.

063

3.06

11.

276

545

421

671

460

884 9 14 74

1.47

7

189

289

212

328

1.88

81.

420

1.63

7

11 94 276

36 542

1.04

365

888

61.

666

2.11

4

504

12

EE

53.4

89

5.08

22.

071

1.66

329

92.

631

638

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179

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374

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91.

426

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1

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2

1.49

62.

761

2.62

22.

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1.68

41.

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710

2.23

1

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162.

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43.

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2.55

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72.

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8

1999

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al

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10%

17%

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34%

44%

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1

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61.

512

343

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13.

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44.

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44.

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7

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2.42

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34.

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41.

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1.42

81.

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11.3

37

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22.

426

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1.80

56.

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14.3

668.

176

2.79

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29.

160

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06.

701

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44.

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5

1998

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7

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763

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31.

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61.

849

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132

3.20

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2.36

3

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Page 126: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

125

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 8 (3/3)CONTINUAÇÃO

2003

Estr.

/Tot

al

20%

14%

23%

16%

3% 21%

42%

41%

20%

30%

15%

15%

48%

36%

1% 2% 5% 0% 15%

6% 10%

21%

21%

29%

11%

20%

0% 3% 8% 6% 17%

17%

14%

14%

16%

22%

50%

33%

19%

1%

EE/T

otal

17%

21%

22%

26%

82%

10%

4% 3% 10%

7% 10%

35%

5% 5% 14%

30%

21%

38%

16%

12%

14%

12%

12%

6% 16%

7% 32%

72%

18%

79%

66%

25%

15%

24%

24%

10%

16%

20%

7% 89%

Out

ras

123.

361

7.25

72.

543

1.84

138

10.2

995.

312

2.53

22.

455

1.28

14.

174

2.02

51.

192

2.53

5

776

867

1.35

28

9.49

1

3.36

72.

540

630

1.36

05.

400

11.9

167.

087

2.11

628 97

8

756

62

2.36

18.

911

4.41

34.

985

7.00

51.

987

1.17

6

80 225

Estr

ange

iras

38.5

81

1.58

91.

081

512 7

3.11

54.

035

1.84

868

8

616

825

611

1.19

6

1.51

7

11 20 85

2.04

1

267

346

194

422

2.43

91.

773

1.92

9

15 3 110

309

59 701

1.71

41.

029

1.31

92.

333

2.93

7

834

20 31

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34.2

80

2.34

61.

012

841

210

1.44

937

013

835

8

149

571

1.44

812

8

207

126

389

390 5

2.27

1

485

481

113

234

543

2.55

673

0

1.00

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5

3.93

323

1

1.00

11.

921

1.68

71.

977

1.06

293

2

505 7

2.15

0

Tota

l

196.

222

11.1

924.

636

3.19

425

514

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74.

518

3.50

1

2.04

65.

570

4.08

42.

516

4.25

9

913

1.27

61.

827

1313

.803

4.11

93.

367

937

2.01

68.

382

16.2

459.

746

3.13

911

21.

323

4.99

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2

4.06

312

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7.12

98.

281

10.4

005.

856

2.51

5

107

2.40

6

2002

Estr.

/Tot

al

19%

13%

22%

14%

2% 19%

41%

41%

21%

30%

14%

14%

46%

2% 1% 5% 15%

7% 10%

25%

20%

29%

11%

21%

1% 2% 9% 6% 15%

16%

12%

13%

15%

22%

48%

29%

1%

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23%

30%

28%

35%

85%

14%

5% 5% 14%

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44%

8% 21%

37%

28%

22%

17%

19%

19%

16%

9% 21%

10%

40%

81%

23%

82%

74%

32%

20%

30%

31%

14%

20%

28%

91%

Out

ras

105.

966

5.87

02.

312

1.67

839

8.85

74.

919

2.13

31.

975

1.06

93.

817

1.60

11.

071

534

801

1.16

2

7.98

3

2.56

62.

090

510

1.16

34.

702

10.5

086.

939

1.66

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6

589

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1.89

77.

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04.

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01.

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909

191

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41.

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93.

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1.59

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1

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760

539

1.07

0

13 17 78

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4

217

297

224

373

2.24

51.

652

2.06

6

16 2 108

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49 604

1.33

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81.

134

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02.

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24

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41.1

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5

Tota

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6

2.42

0

2001

Estr.

/Tot

al

18%

12%

20%

13%

2% 19%

42%

40%

21%

30%

15%

14%

45%

1% 1% 4% 14%

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20%

30%

11%

21%

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16%

12%

12%

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22%

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1.49

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7.60

74.

143

1.86

61.

715

941

3.44

11.

292

892

474

776

1.12

8

7.07

6

2.33

91.

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93.

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9.51

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1.38

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1.89

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3

163

517

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3.26

1

622

614

203

341

821

3.63

51.

239

1.20

470 27

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2

1.34

12.

475

2.23

92.

478

1.47

41.

182

675

2.20

5

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l

171.

256

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814.

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12.

024

646

1.31

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749

12.0

31

3.17

62.

823

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1.77

76.

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gua

Page 127: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

126

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 9 (1/3)ATIVOS TOTAIS POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE (RMB BILHÕES)

1997

Estr.

/Tot

al

18%

21%

37%

27%

1% 18%

44%

46%

32%

35%

24%

22%

43%

36%

0% 1% 4% 0% 13%

3% 10%

15%

24%

37%

17%

32%

0% 2% 5% 16%

3% 19%

15%

9% 18%

26%

47%

29%

1%

EE/T

otal

57%

56%

36%

51%

96%

44%

9% 14%

30%

13%

39%

47%

14%

10%

74%

74%

58%

48%

62%

82%

70%

35%

39%

18%

41%

21%

89%

97%

85%

75%

93%

49%

48%

58%

61%

26%

35%

44%

87%

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2.61

9,8

79,6

43,2

52,4

4,4

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,138

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25,2

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13,2

23,0

0,3

183,

9

113,

143

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251,

011

3,3

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1,9

30,1

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01,

9

62,7

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410

3,1

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6,6

80,7

23,4

13,7

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3,4

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1,9

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967

,344

,023

,0

11,5

43,7

17,3

20,4

27,2

0,1

0,3

2,3

0,0

93,0

26,9

22,9

23,6

24,8

61,6

98,9

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0,6

6,0

15,1

178,

81,

2

38,7

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217,

2

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4,1

71,0

37,6

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23,4

39,0

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0,3

452,

0

648,

515

3,7

55,1

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29,7

246,

449

,5

306,

530

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253,

9

859,

839

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011

3,2

161,

8

39,8

92,2

Tota

l

10.3

43,9

334,

316

1,5

236,

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6,4

609,

915

2,7

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182,

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,146

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75,1

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0,6

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2

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1

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3,5

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6

1996

Estr.

/Tot

al

17%

19%

34%

26%

1% 18%

43%

44%

28%

32%

21%

20%

40%

32%

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14%

22%

34%

16%

28%

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2% 18%

13%

7% 19%

24%

46%

25%

0%

EE/T

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59%

60%

41%

55%

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47%

11%

16%

35%

12%

47%

49%

17%

12%

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70%

39%

45%

19%

45%

23%

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53%

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l

7.92

3,4

267,

512

2,8

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012

6,9

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49,7

26,1

133,

963

,037

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68,4

28,3

44,9

51,1

0,5

515,

2

662,

917

1,8

125,

976

,413

1,9

481,

219

6,0

259,

926

2,5

192,

2

763,

632

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141,

836

4,3

259,

945

7,2

324,

630

5,7

72,1

73,4

Item

Tota

l Nac

iona

lPo

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Pro

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amen

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Beb

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Man

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Cou

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Man

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, Edu

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es E

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Man

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Man

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Man

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Man

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Man

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Min

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s de

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Man

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Man

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Man

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Page 128: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

127

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 9 (2/3)CONTINUAÇÃO

2000

Estr.

/Tot

al

20%

23%

38%

28%

1% 21%

45%

53%

37%

46%

36%

29%

60%

0% 1% 3% 16%

5% 12%

29%

37%

45%

21%

39%

0% 0% 5% 12%

7% 19%

19%

13%

24%

30%

56%

36%

2%

EE/T

otal

67%

51%

41%

59%

98%

46%

12%

12%

38%

15%

45%

51%

17%

78%

74%

77%

69%

86%

72%

70%

51%

23%

49%

24%

93%

99%

90%

89%

94%

61%

61%

63%

78%

36%

51%

49%

90%

Out

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1.64

8,2

80,3

35,7

37,2

2,3

195,

474

,232

,617

,2

14,3

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11,9

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3

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115

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2

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3,1

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4

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8

1.65

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5

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21,1

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1999

Estr.

/Tot

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30%

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27,5

26,3

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7,6

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3

1998

Estr.

/Tot

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4

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9

1.34

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49,7

217,

844

3,7

308,

369

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117,

4

Item

Tota

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gua

Page 129: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

128

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 9 (3/3)CONTINUAÇÃO

2003

Estr.

/Tot

al

23%

28%

37%

30%

1% 24%

45%

54%

32%

51%

35%

33%

63%

44%

1% 1% 3% 0% 20%

7% 11%

22%

42%

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19%

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0% 2% 12%

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10%

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23%

17%

30%

32%

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33%

4%

EE/T

otal

56%

26%

29%

48%

99%

26%

6% 4% 29%

8% 36%

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Page 130: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

129

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 10 (1/3)CAPITAL TOTAL POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE (RMB BILHÕES)

1997

Estr.

/Tot

al

14%

EE/T

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51%

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27%

36%

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34%

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50%

55%

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23%

25%

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32%

13%

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99%

85%

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94%

37%

37%

50%

52%

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24%

34%

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24,8

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150

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10,4

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25,4

14,8

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0,2

174,

2

194,

955

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113,

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1996

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24%

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Page 131: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

130

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 10 (2/3)CONTINUAÇÃO

2000

Estr.

/Tot

al

28%

33%

55%

48%

2% 33%

52%

59%

46%

46%

46%

37%

72%

0% 1% 5% 26%

6% 17%

42%

49%

58%

32%

51%

0% 0% 6% 16%

6% 26%

32%

19%

33%

43%

64%

46%

2%

EE/T

otal

61%

42%

30%

43%

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40%

10%

9% 33%

14%

35%

50%

12%

85%

73%

76%

60%

88%

72%

63%

37%

17%

42%

19%

93%

99%

88%

84%

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52%

57%

75%

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3

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gua

Page 132: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

131

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 10 (3/3)CONTINUAÇÃO

2003

Estr.

/Tot

al

30%

34%

53%

48%

2% 38%

55%

62%

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54%

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41%

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56%

1% 1% 4% 0% 27%

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16%

38%

53%

61%

29%

48%

0% 2% 11%

17%

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34%

22%

38%

47%

70%

55%

37%

6%

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53%

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34%

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23%

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38%

9% 7% 73%

61%

71%

97%

55%

76%

61%

42%

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12%

32%

16%

92%

97%

85%

85%

90%

40%

41%

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21%

29%

27%

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Out

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724,

5

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15,9

0,3

76,8

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6,9

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4,3

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4,6

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1,4

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0,3

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40,0

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-15,

458

,23,

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0,4

1,5

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ange

iras

1.32

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36,8

23,3

11,6

10,4

39,2

18,1

17,7

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0,2

0,2

1,0

0,0

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17,2

16,3

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59,4

62,5

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0,3

4,4

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29,0

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382

,419

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16,8

2,2

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0,6

167,

1

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563

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10,4

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0

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2002

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/Tot

al

29%

34%

54%

46%

2% 35%

54%

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41%

71%

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55%

58%

30%

52%

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63%

56%

33%

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36%

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97%

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48%

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-0,4

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54%

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0

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20,9

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Estr

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81,6

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44,6

17,7

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13,9

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2.17

8,1

30,5

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79,9

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13,0

71,7

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18,3

13,5

14,0

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5

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1

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132

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 11 (1/3)VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL POR ESTRUTURA DE

PROPRIEDADE (RMB BILHÕES)

1997

Estr.

/Tot

al

21%

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41%

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46%

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19%

47%

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52%

24%

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25%

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73%

89%

41%

31%

42%

47%

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Page 134: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

133

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 11 (2/3)CONTINUAÇÃO

2000

Estr.

/Tot

al

27%

23%

39%

29%

1% 21%

49%

56%

32%

45%

32%

32%

60%

1% 1% 5% 21%

7% 13%

35%

35%

44%

18%

38%

1% 0% 5% 15%

28%

23%

21%

15%

30%

33%

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57%

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47%

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30%

49%

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6% 4% 15%

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38%

6% 39%

46%

35%

50%

74%

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55%

34%

11%

30%

12%

82%

95%

91%

85%

72%

50%

38%

41%

67%

19%

38%

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Out

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,037

,41,

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,514

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2

17,7

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16,6

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19,8

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0,1

0,3

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4

33,9

29,3

43,6

28,7

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0,7

0,0

24,0

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3

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1998

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1,8

119,

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Page 135: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

134

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 11 (3/3)CONTINUAÇÃO

2003

Estr.

/Tot

al

31%

27%

39%

32%

1% 24%

46%

51%

26%

50%

31%

34%

59%

42%

1% 1% 5% 0% 24%

9% 13%

20%

37%

43%

17%

35%

0% 7% 10%

18%

26%

22%

25%

20%

40%

35%

77%

68%

18%

4%

EE/T

otal

38%

18%

18%

38%

99%

15%

3% 2% 12%

3% 20%

27%

4% 5% 31%

41%

29%

84%

39%

59%

41%

27%

26%

7% 19%

9% 77%

92%

85%

84%

67%

37%

31%

38%

62%

12%

22%

12%

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0,6

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,667

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0,3

0,6

2,5

0,0

217,

5

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48,3

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,913

4,5

0,7

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0

63,6

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6

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30%

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25%

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32%

34%

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37%

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36%

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33%

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23%

43%

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2

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7

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Tota

l

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Page 136: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

135

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 12 (1/3)VALOR ADICIONADO PELA INDÚSTRIA POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE

(RMB BILHÕES)

1997

Estr.

/Tot

al

18%

19%

36%

24%

1% 18%

44%

47%

23%

24%

18%

17%

42%

34%

1% 1% 3% 1% 15%

3% 10%

16%

20%

32%

11%

23%

0% 3% 3% 15%

23%

25%

14%

10%

24%

23%

61%

39%

0%

EE/T

otal

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35%

23%

49%

98%

30%

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6% 26%

41%

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52%

29%

21%

44%

75%

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64%

37%

34%

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45%

18%

24%

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2

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12,5

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0,5

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20,3

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6,1

3,2

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0,1

0,5

0,0

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11,8

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1996

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18%

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22%

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29%

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4

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1995

Estr.

/Tot

al

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21%

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Page 137: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

136

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 12 (2/3)CONTINUAÇÃO

2000

Estr.

/Tot

al

24%

21%

42%

28%

0% 21%

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28%

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1999

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/Tot

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23%

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41%

27%

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24%

21%

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Page 138: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

137

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 12 (3/3)CONTINUAÇÃO

2003

Estr.

/Tot

al

28%

26%

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Page 139: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

138

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 13ESTRUTURA INDUSTRIAL CHINESA POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE

(RMB BILHÕES)

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Page 140: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

139

Fonte: World Bank.Disponível em: http://rru.worldbank.org/Themes/Privatization/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 14 (1/3)VENDAS DE ATIVOS PÚBLICOS

EMPRESA TIPO DE TRANSAÇÃO

SUBTIPO DETRANSAÇÃO

RECEITA(US $ MILHÕES) SETOR

1992BRILLIANCE CHINA AUTOMOTIVE HOLDINGS NYSE 80,0 MANUFATURACHINA BICYCLE “H” SHARE 28,3 MANUFATURACHINA FIRST PENCIL “B” SHARE 31,8 MANUFATURACHINA SOUTHERN GLASS HOLDING COMPANY LIMITED “H” SHARE 20,5 VIDROCHINA TEXTILE MACHINERY “B” SHARE 61,5 MÁQUINASCHINA TEXTILE MACHINERY STOCK LTD. “B” SHARE 0,7 MANUFATURACHINA TRAVEL INTERNATIONAL INVESTMENT HONG KONG “B” SHARE 51,8 TURISMODAZHONG TAXI “B” SHARE 66,9 TRANSPORTE RODOVIÁRIOGUANGZHOU INVESTMENTS “B” SHARE 57,5 IMOBILIÁRIOHAI HONG HOLDINGS 11,9 QUÍMICOSHUAFA ELETRÔNICOS “B” SHARE 9,3 ELETRÔNICOSNO.2 TEXTILE MACHINERY “B” SHARE 124,0 MÁQUINASSHANGHAI CHLOR-ALKALI 217,0 QUÍMICOSSHANGHAI RUBBER BELT CO., LTD. “B” SHARE 19,2 PRODUTOS DE BORRACHASHANGHAI TYRE&RUBBER “B” SHARE 295,6 PRODUTOS DE BORRACHASHANGHAI VACUUM ELECTRON DEVICE CORPORATION “B” SHARE 74,0 ELÉTRICO/ELETRÔNICOSSHANGHAI WING SUNG STATIONARY “B” SHARE 29,1 MANUFATURASHENZHEN KONKA ELETRÔNICOS “H” SHARE 10,0 ELETRÔNICOSSHENZHEN PETROCHEMICALS HOLDINGS “H” SHARE 15,2 PETRÓLEO/PETROQUÍMICOSSHENZHEN PROPERTY & RESOURCES “H” SHARE 27,8 IMOBILIÁRIOSHENZHEN SHENBAO INDUSTRIAL “B” SHARE 0,5 BEBIDASSHENZHEN SHENBAO INDUSTRIES “H” SHARE 9,6 BENS DE CONSUMOSHENZHEN ZHONGCHU “B” SHARE 0,5 MANUFATURASHENZHEN ZHONGHAO “H” SHARE 12,0 IMOBILIÁRIOVICTOR ONWARD MANUFACTURING “H” SHARE 7,4 MANUFATURARECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 1.262,2

1993BEIREN PRINTING MACHINERY “H” SHARE 27,0 MANUFATURACHINA-FUZHOU MANUFACTURING 37,3 MANUFATURACHIWAN WARF HOLDINGS “B” SHARE 15,2 PORTOSDENWAY INVESTMENT “H” SHARE 51,9 MANUFATURAFIYTA HOLDINGS “B” SHARE 7,0 MANUFATURAGLASS-CONTAINER PLANTS 187,5 VIDROGUANGXI YUCHAI MACHINERY CO. (GYM) 52,0 MANUFATURAGUANGZHOU SHIPYARD INTERNATIONAL “H” SHARE 39,2 MANUFATURAKUNMING MACHINE TOOL PLANT “H” SHARE 18,1 FERRAMENTASMAANSHAN IRON AND STEEL COMPANY “H” SHARE 585,0 AÇOOUTER GAOQIAO FREE TRADE ZONE “B” SHARE 60,0 IMOBILIÁRIOPHOENIX BICYCLE CO. “B” SHARE 60,7 MANUFATURASHANGHAI DAJIANG (GROUP) STOCK COMPANY “B” SHARE 20,0 AGRICULTURASHANGHAI DIESEL ENGINE “B” SHARE 78,4 MÁQUINASSHANGHAI FOREVER BICYCLE COMPANY “B” SHARE 32,0 MANUFATURASHANGHAI HAIXIN COMPANY LIMITED “B” SHARE 36,8 MANUFATURASHANGHAI HERO “B” SHARE 23,0 MANUFATURASHANGHAI JIN JIANG TOWER “B” SHARE 51,3 TURISMOSHANGHAI LIAN HUA FIBRE “B” SHARE 17,3 MANUFATURASHANGHAI PETROCHEMICAL “H” SHARE 342,0 PETRÓLEO/PETROQUÍMICOSSHANGHAI PORT CONTAINER COMPLEX 180,0 PORTOSSHANGHAI REFRIGERATOR COMPRESSOR “B” SHARE 29,4 MANUFATURASHANGHAI SANMAO TEXTILE “B” SHARE 17,0 MANUFATURASHANGHAI YAO HUA PILKINGTON GLASS COMPANY “B” SHARE 108,0 VIDROSHEKOU CONTAINER TERMINAL “B” SHARE 29,0 PORTOSSHENZHEN GINTIAN INDUSTRY CO. “H” SHARE 54,6 IMOBILIÁRIOSHENZHEN TELLUS MACHINERY AND “H” SHARE 10,8 MANUFATURAELETRÔNICOS CO. LTDSHENZHEN VANKE “H” SHARE 63,6 IMOBILIÁRIOSHENZHEN YILI MINERAL WATER JOINT STOCK CO. LTD “H” SHARE 8,1 BEBIDASTSANN KUEN “H” SHARE 105,0 ELETRÔNICOSTSINGTAO “H” SHARE 115,0 MANUFATURAUPJOHN SUZHOU PHARMACEUTICAL CO. JOINT VENTURE 30,0 QUÍMICOSYIZHEN FIBRE “H” SHARE 319,5 MANUFATURAZHAO SHANG HARBOUR SERVICE “H” SHARE 21,7 PORTOSZHUHAI SPECIAL ECONOMIC ZONE “H” SHARE 16,0 FARMACÊUTICOSLIZHU PHARM. GROUP INCRECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 2.849,3

1994CHENGDU TELECOMMUNICATIONS CABLE CO. “H” SHARE 57,9 TELECOMUNICAÇÕESCHINA FIRST PENCIL CO. “B” SHARE 7,6 MANUFATURADONGFANG ELECTRICAL MACHINERY CO. “H” SHARE 62,3 MÁQUINAS ELÉTRICASHARBIN POWER EQUIPMENT “H” SHARE 156,6 MANUFATURAHUANENG POWER INTERNATIONAL INC. ADR NA NYSE 625,0 EQUIPAMENTOS DE ENERGIAHUAXIN CEMENT CO. “B” SHARE 20,2 CIMENTOLUOYAND GLASS CO. “H” SHARE 117,9 VIDROSHANGHAI AUTOMATION INSTRUMENTATION “B” SHARE 17,4 MANUFATURASHANGHAI HAI XING SHIPPING CO. “H” SHARE 204,0 CABOTAGEMSHANGHAI LUJIAZUI FINANCE &TRADE ZONE “B” SHARE 133,6 SERVIÇOSSHANGHAI MATERIAL TRADING CENTRE CO. LTD. “B” SHARE 12,9 SERVIÇOSSHANGHAI POSTS & TELECOMMUNICATIONS EQUIPMENT “B” SHARE 23,8 MANUFATURASHANGHAI SHANGLING ELECTRIC APPLIANCES CO. LTD. “B” SHARE 52,5 MANUFATURASHANGHAI STEEL TUBE CO. LTD “B” SHARE 31,8 MANUFATURATAINJIN BOHAI CHEMICAL INDUSTRY “H” SHARE 52,8 QUÍMICOSYIZHENG CHEMICAL FIBRE CO. LTD. “H” SHARE 308,1 QUÍMICOSZHENHAI REFINING & CHEMICALS “H” SHARE 185,0 QUÍMICOSZHENHAI REFINING & CHEMICALS CO. LTD. “H” SHARE 156,8 QUÍMICOSRECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 2.226,1

Page 141: O PAPEL DAS EMPRESAS ESTATAIS NO DESENVOLVIMENTO DA CHINA · RESUMO A controvérsia do papel das empresas estatais no processo de desenvolvimento se mantém. Autores da corrente ortodoxa

140

Fonte: World Bank.Disponível em: http://rru.worldbank.org/Themes/Privatization/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 14 (2/3)CONTINUAÇÃO

EMPRESA TIPO DE TRANSAÇÃO

SUBTIPO DETRANSAÇÃO

RECEITA(US $ MILHÕES) SETOR

1995GUANGDONG ELECTRIC POWER B SHARES, SZ 110,0 EQUIPAMENTOS DE ENERGIAINNER MONGOLIA ERDOS CASHMERE PRODUCTS B SHARES,SH 52,0 MANUFATURAJIANGLING MOTORS CORP. B SHARES, SZ & ADRS 45,0 AUTOMOBILÍSTICAJILIN CHEMICAL INDUSTRIAL ADRS AND H SHARES 200,2 PETROQUÍMICOSNORTHEAST ELECTRICAL TRANSMISSION “H” SHARE 60,0 TRANSMISSÃO DE ENERGIASHANGHAI JINTAI “B” SHARE 22,0 MANUFATURATIBET PEARL STAR “A” SHARES, SH 11,0 HOTELWEIFU FUEL INJECTION COMPANY B SHARES SZ 21,5 MÁQUINASYIZHENG CHEMICAL FIBRE CO. “H” SHARE 127,0 PETROQUÍMICOSRECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 648,7

1996ANHUI EXPRESSWAY CO. “H” SHARES 112,9 CONSTRUÇÃOGUANGSHEN RAILWAY “H” SHARES 543,9 FERROVIAJINGWEI TEXTILE MACHINERY “H” SHARES 30,2 MÁQUINASNANJING PANDA ELETRÔNICOS CO. “H” SHARES 66,6 ELETRÔNICOSQINGLING MOTORS CO. “H” SHARES 30,8 MANUFATURASHANGHAI PETROCHEMICAL “H” SHARES 134,2 PETROQUÍMICOSRECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 918,5

1997ANGANG NEW STEEL H SHARES 187,3 AÇOANHUI CONCH CEMENT H SHARES 106,6 CIMENTOAVIATION INDUSTRIES OF CHINA H SHARES 144,0 INDÚSTRIABEIJING DATANG POWER GENERATION COMPANY H SHARES 404,5 ENERGIABEIJING ENTERPRISES HOLDINGS LTD OFERTA PÚBLICA 240,8 DESCONHECIDOBEIJING NORTH STAR COMPANY LTD H SHARES 209,0 IMOBILIÁRIOBEIJING YANHUA PETROCHEMICAL H SHARES 232,0 QUÍMICOSBENXI IRON & STEEL (BENGANG STEEL PLATES) B SHARES 123,0 AÇOCATIC SHENZHEN H SHARES 49,2 MANUFATURACHINA EASTERN AIRLINES H SHARES 245,0 LINHA AÉREACHINA NATIONAL AVIATION COMPANY (CNAC) H SHARES 80,0 LINHA AÉREACHINA SOUTERN AIRLINES H SHARES/ADRS 631,1 LINHA AÉREACHINA TELECOM HONG KONG ADRS 3.933,0 TELECOMUNICAÇÕESCHONGQING IRON AND STEEL H SHARES 90,8 AÇOFIRST TRACTOR H SHARES 174,5 AUTOMOBILÍSTICAHAINAN AIRLINES B SHARES 33,4 LINHA AÉREAHEILONGJIANG ELECTRIC POWER B SHARES 67,0 ENERGIAHUBEI SANONDA COMPANY B SHARES 45,0 QUÍMICOSINNER MONGOLIA ERDOS CASHMERE PRODUCTS B SHARES 10,8 MANUFATURAJIANGSU EXPRESSWAY H SHARES 471,0 PEDÁGIOJIANGXI COPPER H SHARES 207,0 METALÚRGICA (COBRE)LUTAI TEXTILE B SHARES 150,0 MANUFATURANANJING POSTS AND TELECOMMUNICATIONS EQUIP. B SHARES 31,4 ELETRÔNICOSSHANDONG CHENMING PAPER INDUSTRIAL B SHARES 66,0 PAPELSHANGHAI ZHENHUA PORT MACHINERY B SHARES 41,4 MÁQUINAS PARA PORTOSSHEZHEN EXPRESSWAY H SHARES 212,0 ESTRADASTIANJIN DEVELOPMENT HOLDINGS LTD. H SHARES 153,6 VAREJOTIANJIN ZHONG XIN PHARMACEUTICAL GROUP CORPORATION LTD. S SHARES 67,0 FARMACÊUTICAYANTAI CHANGYU PIONEER WINE OFERTA PÚBLICA 36,0 AGRO NEGÓCIOZHEJIANG EXPRESSWAY H SHARES 439,0 INDÚSTRIAZHEJIANG SOUTHEAST ELECTRIC COMPANY B SHARES & GDRS 239,0 ELETRICIDADERECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 9.120,4

1998CHINA NANNING OFERTA PÚBLICA 6,0 QUÍMICOSDALIAN REFRIGERATION COMPANY OF.PÚBLICA INICIAL 38,0 MANUFATURAHANGZHOU STEAM TURBINE CO. LTD OF.PÚBLICA INICIAL 22,1 ENGENHARIA/MANUFATURAHUANENG POWER INTERNATIONAL INC. ADRS 142,1 ENERGIAJIANGLIN MOTORS OFERTA PÚBLICA 54,5 AUTOMOBILÍSTICAJIANGSU MOBILE COMMUNICATION COMPANY VENDA DIRETA 2,9 TELEFONIA CELULARJINZHOU HARBOR (GROUP) CO LTD. OF.PÚBLICA INICIAL 21,0 TRANSPORTE E CABOTAGEMSHENZHEN SEG CO LTD OFERTA PÚBLICA 23,6 ELETRÔNICOS /MANUFATURAWUHAN BOILER OF.PÚBLICA INICIAL 24,1 MANUFATURAYANZHOU COAL MINING OFERTA PÚBLICA 258,4 MINERAÇÃOZHU KUAN DEVELOPMENT OFERTA PÚBLICA 18,4 MANUFATURARECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 611,0

1999CHINA TELECOM (HONG KONG LTD) - 2 TRANCHES OFERTA PÚBLICA 2.217,5 TELECOMUNICAÇÕESCHINA TOLL BRIDGES & ROADS IPO 33,2 TRANSPORTE TERRESTREGREAT WALL TECHNOLOGY IPO 144,3 MANUFATURASHANDONG INTERNATIONAL POWER DEVELOPMENT CO LTD OFERTA PÚBLICA 57,9 ELETRICIDADESHANDONG INTERNATIONAL POWER DEVELOPMENT CO LTD OFERTA PÚBLICA 58,8 ELETRICIDADESHANDONG INTERNATIONAL POWER DEVELOPMENT CO LTD OFERTA PÚBLICA 405,4 ELETRICIDADESINOPEC KANTONS HOLDINGS IPO 29,0 PETRÓLEO E GÁSRECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 2.946,2

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141

Fonte: World Bank.Disponível em: http://rru.worldbank.org/Themes/Privatization/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 14 (3/3)CONTINUAÇÃO

EMPRESA TIPO DE TRANSAÇÃO

SUBTIPO DETRANSAÇÃO

RECEITA(US $ MILHÕES) SETOR

2000BEIJING - JINGTONG HIGHWAY VENDA DE ATIVOS PARCIAL 325,0 ENERGIABEIJING INTERNATIONAL AIRPORT VENDA DE ATIVOS PARCIAL 386,0 ENERGIACHANGCHUN GAS CO. LTD. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 43,5 ENERGIACHENGDU COGENERATION PROJECT VENDA DE ATIVOS PARCIAL 56,5 ENERGIACHINA UNITED COMMUNICATIONS VENDA DE ATIVOS PARCIAL 5.600,0 TELECOMUNICAÇÕESCHONGQING WUJIANG ELECTRIC POWER CO. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 86,1 ENERGIAFUJIAN MINDONG ELECTRIC POWER CO. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 150,0 ENERGIAGUANGXI GUIGAN ELECTRIC POWER VENDA DE ATIVOS PARCIAL 83,3 ENERGIAGUANGXI WUZHOU COMMUNICATIONS CO. LTD. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 53,0 TRANSPORTEHUBEI CHANGYUAN ELECTRIC POWER DEVELOPMENT CO. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 79,6 ENERGIAHUBEI WUAN PEAK HEAT AND POWER COMPANY LTD. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 10,1 ENERGIAJIANGXI GANYUE EXPRESSWAY CO. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 159,5 ENERGIAPETROCHINA VENDA DE ATIVOS PARCIAL 2.890,0 ENERGIASHANGHAI PORT CONTAINER CO. LTD. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 303,8 ENERGIARECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 10.226,4

2001CHINA NETCOM VENDA DE ATIVOS PARCIAL 325,0 TELECOMUNICAÇÕESEVERGREEN JOINT STOCK COMPANY VENDA DE ATIVOS PARCIAL 125,4 ENERGIALUANNAN PEAK HEAT AND POWER COMPANY LTD. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 118,8 ENERGIAZHUCENG XINAO GAS COMPANY LIMITED VENDA DE ATIVOS PARCIAL 1,0 ENERGIAZOUPING PEAK CHP CO., LTD VENDA DE ATIVOS PARCIAL 26,9 ENERGIARECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 597,1

2002CHINA TELECOM VENDA DE ATIVOS PARCIAL 1.430,0 TELECOMUNICAÇÕESHAINAN MEILAN AIRPORT VENDA DE ATIVOS PARCIAL 97,9 TRANSPORTEHUAIAN XINAO GAS COMPANY LIMITED VENDA DE ATIVOS PARCIAL 33,8 ENERGIAYANCHENG XINAO GAS COMPANY LIMITED VENDA DE ATIVOS PARCIAL 14,5 ENERGIAZHENGZHOU GAS COMPANY LIMITED VENDA DE ATIVOS PARCIAL 17,7 ENERGIAZHOUPING XINAO GAS COMPANY LIMITED VENDA DE ATIVOS TOTAL 0,3 ENERGIARECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 1.594,2

2003BANMIAOZI GOLD PROSPECT VENDA PRIVADA 0,8 PRIMÁRIOBEIJING CAPITAL LAND LTD OFERTA PÚBLICA DESCONHECIDO 120,2 FINANCEIRACHINA LIFE INSURANCE CO LTD OFERTA PÚBLICA DESCONHECIDO 3.021,6 FINANCEIRA

CHINA NATIONAL FOREIGN TRADE TRANSPORTATION (GROUP) CORP {SINOTRANS} VENDA PRIVADA 65,0 TRANSPORTE

JIANGSU JIANGDONG GROUP CO LTD VENDA PRIVADA 59,2 OUTROSNANJING INTERNATIONAL EXHIBITION CENTER VENDA PRIVADA 78,7 OUTROSNINA HYDROELECTRIC PLANT VENDA DE ATIVOS TOTAL 145,0 ENERGIAQUJING - PHASE II VENDA DE ATIVOS PARCIAL 35,8 ENERGIASHENZHEN ENERGIA GROUP CO LTD VENDA PRIVADA 289,1 ENERGIASHENZHEN GAS CORP VENDA PRIVADA 15,1 OUTROSSHENZHEN GAS GROUP VENDA DE ATIVOS PARCIAL 60,0 ENERGIA

SHENZHEN WATER GROUP CONCESSÃOREABILITAR OPERAR E

TRANSFERIR390,0 ÁGUA E ESGOTO

SINOTRANS CO LTD OFERTA PÚBLICA DESCONHECIDO 436,4 TRANSPORTEYANGTZE ELECTRIC POWER CO. VENDA DE ATIVOS PARCIAL 1.200,0 ENERGIARECEITAS TOTAIS NO ANO.......................................................... 5.917,0

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 15INVESTIMENTO EM ATIVOS FIXOS POR FONTE DE FINANCIAMENTO

(RMB BILHÕES)

ANO ORÇAMENTÁRIO EMPRÉTIMOSDOMÉSTICOS

INVESTIMENTOESTRANGEIRO

LEVANTAMENTO DEFUNDOS E OUTROS

1981 27,0 12,2 3,6 53,31982 27,9 17,6 6,1 71,51983 34,0 17,6 6,7 84,81984 42,1 25,8 7,1 108,31985 40,8 51,0 9,1 153,41986 45,6 65,8 13,7 186,91987 49,7 87,2 18,2 224,11988 43,2 97,8 27,5 296,91989 36,6 76,3 29,1 299,01990 39,3 88,5 28,5 295,41991 38,0 131,5 31,9 358,01992 34,7 221,4 46,9 505,01993 48,4 307,2 95,4 856,21994 53,0 399,8 176,9 1.153,11995 62,1 419,9 229,6 1.340,9

1996(63,0) (457,7) (274,7) (1.546,5)

62,6 457,4 274,7 1.541,2

1997 69,7 478,3 268,4 1.709,61998 119,7 554,3 261,7 1.936,01999 185,2 572,6 200,7 2.017,02000 210,9 672,7 169,6 2.257,72001 254,6 724,0 173,1 2.647,02002 316,1 885,9 208,5 3.094,22003 268,8 1.204,4 259,9 4.128,52004 325,5 1.378,8 328,6 5.486,7

PARTICIPAÇÃO DO TOTAL (%)

1981 28,1 12,7 3,8 55,4 1982 22,7 14,3 4,9 58,1 1983 23,8 12,3 4,7 59,2 1984 23,0 14,1 3,9 59,0 1985 16,0 20,1 3,6 60,3 1986 14,6 21,1 4,4 59,9 1987 13,1 23,0 4,8 59,1 1988 9,3 21,0 5,9 63,8 1989 8,3 17,3 6,6 67,8 1990 8,7 19,6 6,3 65,4 1991 6,8 23,5 5,7 64,0 1992 4,3 27,4 5,8 62,5 1993 3,7 23,5 7,3 65,5 1994 3,0 22,4 9,9 64,7 1995 3,0 20,5 11,2 65,3 1996 2,7 19,6 11,8 66,0 1997 2,8 18,9 10,6 67,7 1998 4,2 19,3 9,1 67,4 1999 6,2 19,2 6,7 67,8 2000 6,4 20,3 5,1 68,2 2001 6,7 19,1 4,6 69,6 2002 7,0 19,7 4,6 68,7 2003 4,6 20,5 4,4 70,5 2004 5,7 18,5 5,3 70,5

Notas:a) A partir de 1993, a fonte de financiamento se refere às apropriações financeiras.b) A partir de 1997, o ponto de corte para a inclusão das estatísticas passa de investimento no mínimo RMB 50.000 para RMB 500.000, exceto para investimentos imobiliários, coletivas rurais e investimentos individuais. Para a comparação os dados de 1996 foram convertidos e apresentados com ambas as bases de cálculo, com os dados sem parêntesis sendo calculados com o novo corte. Os dados anteriores a 1996 foram mantidos.

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 16INVESTIMENTOS EM INOVAÇÃO TÉCNICA POR FONTE DE FUNDOS

(RMB BILHÕES)

ANOFONTE DE FUNDOS RELAÇÃO

ADMINISTRATIVA

APROPRIAÇÃOORÇAMENTÁRIA

EMPRÉSTIMOSDOMÉSTICOS

INVESTIMENTOESTRANGEIRO

LEVANTAMENTODE FUNDOS OUTROS GOVERNO

CENTRALPROJETOS

LOCAIS

1980 2,4 3,4 0,0 8,0 0,0 2,4 11,4 1985 2,0 18,7 0,6 22,6 1,1 10,5 34,4 1989 1,4 23,3 2,7 44,1 7,4 20,6 58,3 1990 1,8 27,0 3,4 45,5 5,4 22,8 60,2 1991 1,7 41,1 3,6 50,9 5,0 27,9 74,4 1992 2,0 60,5 5,3 72,3 6,1 37,0 109,1 1993 3,1 80,1 8,5 122,8 10,7 63,3 156,3 1994 3,1 83,0 21,3 167,5 15,1 90,9 200,9 1995 3,8 80,4 32,1 193,0 15,8 108,1 221,8 1996 2,9 83,0 35,4 218,5 16,6 124,9 236,6 1997 3,6 79,6 27,2 252,2 18,6 140,8 251,4 1998 6,1 84,5 21,9 302,0 22,6 174,0 277,7 1999 10,7 93,3 23,7 288,4 21,5 158,2 290,3 2000 15,5 104,1 21,8 345,0 22,0 186,2 324,6 2001 16,5 108,2 24,7 419,5 22,2 213,1 379,3 2002 16,7 122,0 31,2 485,6 26,7 195,3 479,7 2003 19,2 158,8 38,0 622,1 32,2 191,6 670,9

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 17INVESTIMENTO EM ATIVOS FIXOS POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE

(RMB BILHÕES)

ANO TOTAL EE COLETIVAS EMPREENDIMENTOSINDIVIDUAIS OUTROS

1980 91,1 74,6 4,6 11,91985 254,3 168,1 32,8 53,51986 312,1 207,9 39,2 64,91987 379,2 244,9 54,7 79,61988 475,4 302,0 71,2 102,21989 441,0 280,8 57,0 103,21990 451,7 298,6 53,0 100,11991 559,5 371,4 69,8 118,31992 808,0 549,9 135,9 122,21993 1.307,2 792,6 231,7 147,6 135,31994 1.704,2 961,5 275,9 197,1 269,81995 2.001,9 1.089,8 328,9 256,0 327,11996 2.291,4 1.200,6 365,2 321,1 404,51997 2.494,1 1.309,2 385,1 342,9 456,91998 2.840,6 1.536,9 419,2 374,4 510,01999 2.985,5 1.594,8 433,9 419,6 537,32000 3.291,8 1.650,4 480,1 470,9 690,22001 3.721,3 1.760,7 527,9 543,0 889,82002 4.350,0 1.887,7 598,7 651,9 1.211,62003 5.556,7 2.166,1 800,9 772,0 1.817,62004 7.047,7 2.502,8 996,6 988,1 2.560,4

Nota:a) Outros tipos de propriedade incluem: propriedade conjunta, S.A., empresas estrangeiras e empresas com fundos da China não-continental.

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 18PIB, COMPOSIÇÃO DOS GASTOS E CONTAS PÚBLICAS (RMB BILHÕES)

SO/

PIB

-2,1

6%

-0,4

3%

-1,3

7%

-1,8

1%

-2,2

4%

-2,6

2%

-1,8

2%

-2,3

0%

-2,5

0%

-2,7

8%

-3,3

6%

-4,1

8%

-4,4

5%

-2,7

8%

-2,5

9%

-2,9

9%

-2,5

0%

-1,5

3%

SP/

PIB

-1,5

3%

0,01

%

-0,9

4%

-0,7

9%

-1,1

0%

-0,9

7%

-0,8

5%

-1,2

3%

-0,9

9%

-0,7

8%

-0,7

8%

-1,1

8%

-2,1

2%

-1,0

2%

-0,5

2%

-0,5

6%

0,01

%

1,16

%

CO

NTA

S D

O G

OVE

RN

O

SUPE

VIT

OR

ÇA

MEN

TÁR

IO

-9,7

-3,9

-23,

1

-33,

7

-48,

4

-69,

7

-63,

0

-107

,4

-146

,4

-188

,5

-250

,1

-327

,5

-365

,4

-249

,1

-251

,7

-315

,0

-293

,5

-209

,0

SUPE

VIT

PRIM

ÁR

IO

-6,9

0,1

-15,

9

-14,

6

-23,

7

-25,

9

-29,

3

-57,

5

-58,

2

-53,

0

-58,

2

-92,

2

-174

,4

-91,

1

-50,

9

-58,

6

1,8

158,

1

GA

STO

“JU

RO

S E

PRIN

CIP

AL”

2,9

4,0

7,2

19,0

24,7

43,9

33,6

49,9

88,3

135,

5

191,

8

235,

3

191,

1

158,

0

200,

8

256,

3

295,

2

367,

2

122,

9

200,

4

282,

4

308,

4

338,

7

374,

2

464,

2

579,

3

682,

4

793,

8

923,

4

1.07

9,8

1.31

8,8

1.43

0,7

1.68

9,5

1.94

9,0

2.16

9,8

2.48

1,5

REC

EITA

116,

0

200,

5

266,

5

293,

7

314,

9

348,

3

434,

9

521,

8

624,

2

740,

8

865,

1

987,

6

1.14

4,4

1.33

9,5

1.63

8,6

1.89

0,4

2.17

1,5

2.63

9,6

FOR

MA

ÇÃ

O B

RU

TA

DE

CA

PITA

L

ESTO

QU

ES

30,4

32,3

27,2

32,8

26,7

29,6

34,3

74,5

74,8

58,0

87,1

175,

6

171,

2

157,

7

131,

9

201,

8

240,

4

357,

7

353,

1

330,

3

191,

5

122,

6

-12,

4

64,8

38,7

25,1

52,4

FIXO

107,

4

115,

1

131,

8

125,

3

149,

3

170,

9

212,

6

264,

1

309,

8

374,

2

462,

4

433,

9

473,

2

594,

0

831,

7

1.29

8,0

1.68

5,6

2.03

0,1

2.33

3,6

2.51

5,4

2.76

3,1

2.94

7,6

3.26

2,4

3.68

1,3

4.19

1,8

5.13

0,4

6.23

5,1

CO

NSU

MO

FIN

AL

GO

VER

NO

48,0

61,4

65,9

70,5

77,0

83,8

102,

0

118,

4

136,

7

149,

0

172,

7

203,

3

225,

2

283,

0

349,

2

450,

0

598,

6

669,

1

785,

2

872,

5

948,

5

1.03

8,8

1.17

0,5

1.30

2,9

1.39

1,7

1.48

0,8

1.64

4,5

FAM

ÍLIA

S

UR

BA

NA

S

66,7

74,6

89,0

97,3

104,

1

111,

9

128,

9

166,

8

196,

5

233,

1

316,

0

360,

4

398,

4

467,

6

588,

8

781,

5

1.05

0,2

1.36

9,7

1.57

5,4

1.74

1,8

1.92

5,4

2.11

8,7

2.36

9,9

2.55

9,1

2.76

1,6

3.08

6,6

3.50

8,5

RU

RA

IS

109,

2

126,

0

142,

7

163,

1

182,

7

206,

3

238,

6

292,

2

321,

0

363,

0

447,

3

492,

0

512,

9

564,

0

657,

2

786,

7

1.03

0,8

1.32

4,7

1.63

9,8

1.74

3,7

1.76

6,7

1.81

4,8

1.91

9,7

2.03

0,7

2.12

6,6

2.18

1,9

2.39

0,9

175,

9

200,

5

231,

7

260,

4

286,

8

318,

3

367,

5

458,

9

517,

5

596,

1

763,

3

852,

4

911,

3

1.03

1,6

1.24

6,0

1.56

8,2

2.08

1,0

2.69

4,5

3.21

5,2

3.48

5,5

3.69

2,1

3.93

3,4

4.28

9,6

4.58

9,8

4.88

8,2

5.26

8,6

5.89

9,5

PIB

362,

4

403,

8

451,

8

486,

2

529,

5

593,

5

717,

1

896,

4

1.02

0,2

1.19

6,3

1.49

2,8

1.69

0,9

1.85

4,8

2.16

1,8

2.66

3,8

3.46

3,4

4.67

5,9

5.84

7,8

6.78

8,5

7.44

6,3

7.83

4,5

8.20

6,7

8.94

6,8

9.73

1,5

10.5

17,2

11.7

39,0

13.6

87,6

AN

O

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

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146

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 19TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB, DE INFLAÇÃO ETAXA DE CRESCIMENTO DO INVESTIMENTO (%)

Ano PIBInflação ao

Consumidor(Ano anterior = 100)

Investimento em Ativos Fixos

Total EE Coletivas EmpreendimentosIndividuais Outros

1981 5,2 5,5 -10,5 150,4 49,81985 13,5 109,3 38,8 41,8 37,2 30,91986 8,8 22,7 23,7 19,6 21,31987 11,6 21,5 17,8 39,6 22,61988 11,3 25,4 23,3 30,1 28,41989 4,1 118,0 -7,2 -7,0 -19,9 1,01990 3,8 103,1 2,4 6,3 -7,1 -3,01991 9,2 103,4 23,9 24,4 31,7 18,11992 14,2 106,4 44,4 48,1 94,8 3,31993 13,5 114,7 61,8 44,1 70,5 20,81994 12,6 124,1 30,4 21,3 19,1 33,5 99,41995 10,5 117,1 17,5 13,3 19,2 29,9 21,31996 9,6 108,3 14,8 10,6 11,3 25,4 23,71997 8,8 102,8 8,8 9,0 5,5 6,8 13,01998 7,8 99,2 13,9 17,4 8,9 9,2 11,61999 7,1 98,6 5,1 3.8 3,5 12,1 5,32000 8,0 100,4 10,3 3,5 10,7 12,2 28,52001 7,5 100,7 13,0 6,7 9,9 15,3 28,92002 8,3 99,2 16,9 7,2 13,4 20,1 36,22003 9,5 101,2 27,7 14,7 33,8 18,4 50,02004 9,5 103,9 26,8 15,5 24,4 28,0 40,9

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147

Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 20EMPREGO URBANO (MILHÕES)

ANO

EMPRESAS ESTATAIS COLETIVAS COOPERATIVAS PROPRIEDADE

CONJUNTACORPORAÇÕES

LIMITADAS

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

1995 75,4 11,1% 39,5% 29,4 4,3% 15,4% 0,5 0,1% 0,3%

1996 74,0 10,8% 37,4% 28,3 4,1% 14,3% 0,5 0,1% 0,2%

1997 71,3 10,2% 35,3% 26,7 3,8% 13,2% 0,4 0,1% 0,2%

1998 52,2 7,5% 25,2% 17,7 2,5% 8,5% 1,4 0,2% 0,7% 0,5 0,1% 0,2% 4,8 0,7% 2,3%

1999 47,3 6,7% 22,5% 15,2 2,2% 7,2% 1,4 0,2% 0,7% 0,5 0,1% 0,2% 6,0 0,9% 2,9%

2000 42,7 5,9% 18,4% 13,1 1,8% 5,7% 1,6 0,2% 0,7% 0,4 0,1% 0,2% 6,9 1,0% 3,0%

2001 38,1 5,2% 15,9% 11,1 1,5% 4,6% 1,5 0,2% 0,6% 0,5 0,1% 0,2% 8,4 1,2% 3,5%

2002 33,8 4,6% 13,6% 9,4 1,3% 3,8% 1,6 0,2% 0,6% 0,5 0,1% 0,2% 10,8 1,5% 4,4%

2003 30,7 4,1% 12,0% 8,2 1,1% 3,2% 1,7 0,2% 0,7% 0,4 0,1% 0,2% 12,6 1,7% 4,9%

2004 28,4 3,8% 10,7% 7,4 1,0% 2,8% 1,9 0,3% 0,7% 0,4 0,1% 0,2% 14,4 1,9% 5,4%

ANO

S.A. EMPRESAS PRIVADAS

EMPRESAS COM FUNDOS DE

HONG KONG, MACAO E TAIWAN

EMPRESAS ESTRANGEIRAS

INDIVÍDUOS AUTO-EMPREGADOS

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Urb

ano

1995 3,2 0,5% 1,7% 4,9 0,7% 2,5% 2,7 0,4% 1,4% 2,4 0,4% 1,3% 15,6 2,3% 8,2%

1996 3,6 0,5% 1,8% 6,2 0,9% 3,1% 2,7 0,4% 1,3% 2,8 0,4% 1,4% 17,1 2,5% 8,6%

1997 4,7 0,7% 2,3% 7,5 1,1% 3,7% 2,8 0,4% 1,4% 3,0 0,4% 1,5% 19,2 2,8% 9,5%

1998 4,1 0,6% 2,0% 9,7 1,4% 4,7% 2,9 0,4% 1,4% 2,9 0,4% 1,4% 22,6 3,2% 10,9%

1999 4,2 0,6% 2,0% 10,5 1,5% 5,0% 3,1 0,4% 1,5% 3,1 0,4% 1,5% 24,1 3,4% 11,5%

2000 4,6 0,6% 2,0% 12,7 1,8% 5,5% 3,1 0,4% 1,3% 3,3 0,5% 1,4% 21,4 3,0% 9,2%

2001 4,8 0,7% 2,0% 15,3 2,1% 6,4% 3,3 0,4% 1,4% 3,5 0,5% 1,4% 21,3 2,9% 8,9%

2002 5,4 0,7% 2,2% 20,0 2,7% 8,1% 3,7 0,5% 1,5% 3,9 0,5% 1,6% 22,7 3,1% 9,2%

2003 5,9 0,8% 2,3% 25,5 3,4% 9,9% 4,1 0,5% 1,6% 4,5 0,6% 1,8% 23,8 3,2% 9,3%

2004 6,2 0,8% 2,4% 29,9 4,0% 11,3% 4,7 0,6% 1,8% 5,6 0,7% 2,1% 25,2 3,4% 9,5%

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 21EMPREGO RURAL (MILHÕES)

ANO

ECV EMPRESAS PRIVADAS INDIVÍDUOS AUTO-EMPREGADOS

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Rur

al

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Rur

al

Tota

l

Part

icip

ação

no

Tot

al

Part

icip

ação

no T

otal

Rur

al

1995 128,6 18,9% 26,3% 4,7 0,7% 1,0% 30,5 4,5% 6,3%

1996 135,1 19,6% 27,5% 5,5 0,8% 1,1% 33,1 4,8% 6,7%

1997 130,5 18,8% 26,4% 6,0 0,9% 1,2% 35,2 5,1% 7,1%

1998 125,4 17,9% 25,4% 7,4 1,1% 1,5% 38,6 5,5% 7,8%

1999 127,0 18,0% 25,6% 9,7 1,4% 2,0% 38,3 5,4% 7,7%

2000 128,2 17,8% 26,2% 11,4 1,6% 2,3% 29,3 4,1% 6,0%

2001 130,9 17,9% 26,7% 11,9 1,6% 2,4% 26,3 3,6% 5,4%

2002 132,9 18,0% 27,1% 14,1 1,9% 2,9% 24,7 3,4% 5,1%

2003 135,7 18,2% 27,8% 17,5 2,4% 3,6% 22,6 3,0% 4,6%

2004 138,7 18,4% 28,5% 20,2 2,7% 4,2% 20,7 2,7% 4,2%

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 22MASSA SALARIAL POR ESTRUTURA DE PROPRIEDADE (RMB BILHÕES)

EMPR

ESA

S ES

TRA

NG

EIR

AS Participação no Total

Urbano

1,6%

1,8%

2,0%

2,0%

2,1%

2,3%

2,4%

2,4%

2,6%

3,0%

Participação no Total Nacional

1,3%

1,7%

1,8%

1,9%

2,0%

2,2%

2,5%

Total

19,4

25,8

31,1

34,5

39,6

47,7

55,5

70,0

87,9

115,

1

EMPR

ESA

S C

OM

FU

ND

OS

DE

HO

NG

K

ON

G, M

AC

AO

E

TAIW

AN

Participação no Total Urbano

1,7%

1,6%

1,7%

1,7%

1,8%

1,8%

1,8%

1,8%

1,8%

1,9%

Participação no Total Nacional

1,4%

1,4%

1,4%

1,4%

1,4%

1,5%

1,6%

Total

20,4

22,1

26,2

29,5

33,6

36,9

40,9

50,5

60,1

73,9

S.A

.

Participação no Total Urbano

1,9%

2,0%

2,3%

2,1%

2,2%

2,5%

2,6%

2,6%

2,8%

3,0%

Participação no Total Nacional

1,5%

1,7%

1,9%

2,0%

2,1%

2,3%

2,5%

Total

23,1

27,7

36,0

36,2

40,8

50,9

59,8

74,5

93,9

115,

9

CO

RPO

RA

ÇÕ

ES

LIM

ITA

DA

S

Participação no Total Urbano

0,0%

0,0%

0,0%

2,2%

2,8%

3,3%

4,0%

4,5%

5,0%

5,6%

Participação no Total Nacional

0,0%

2,2%

2,6%

3,1%

3,7%

4,2%

4,7%

Total

37,5

52,1

67,1

92,5

129,

9

168,

9

218,

2

PRO

PRIE

DA

DE

CO

NJU

NTA

Participação no Total Urbano

0,3%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

Participação no Total Nacional

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,2%

0,1%

0,1%

Total

3,2

3,4

3,1

4,0

4,4

4,5

5,3

5,6

6,0

6,8

CO

OPE

RAT

IVA

S Participação no Total Urbano

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,0%

0,6%

0,6%

0,5%

0,5%

0,6%

Participação no Total Nacional

0,0%

0,0%

0,4%

0,4%

0,4%

0,5%

0,5%

Total

11,6

12,8

15,3

18,3

22,7

CO

LETI

VAS

UR

BA

NA

S

Participação no Total Urbano

9,6%

8,5%

7,6%

5,5%

4,6%

3,9%

3,2%

2,4%

2,1%

1,8%

Participação no Total Nacional

7,7%

3,6%

3,1%

2,5%

2,0%

1,7%

1,5%

Total

114,

7

120,

3

118,

7

93,0

86,1

80,5

73,7

69,7

68,9

70,1

EMPR

ESA

S ES

TATA

IS

Participação no Total Urbano

35,8

%

32,9

%

30,3

%

23,6

%

21,0

%

19,3

%

17,4

%

14,2

%

12,8

%

12,0

%

Participação no Total Nacional

28,5

%

16,5

%

15,2

%

13,8

%

11,6

%

10,6

%

10,0

%

Total

427,

2

464,

2

474,

0

399,

0

395,

2

397,

7

404,

5

409,

5

430,

2

464,

2

TOTALURBANO

1192

,5

1411

,7

1564

,7

1690

,1

1883

,9

2056

,8

2321

,4

2882

,1

3357

,4

3882

,7

TOTALNACIONAL

1496

,5

2401

,0

2624

,5

2935

,6

3539

,5

4063

,2

4638

,6

ANO

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

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Fonte: China Statistical Yearbook, várias edições.Disponível em: http://www.stats.gov.cn/english/, acessado em 19 jun. 2006

Tabela 23SALÁRIOS MÉDIOS NAS EMPRESAS ESTATAIS POR SETOR DE ATUAÇÃO

(RMB)

ANO

AG

RO

PEC

RIA

MA

NU

FATU

RA

PRO

DU

ÇÃ

O E

DIS

TRIB

UIÇ

ÃO

D

E EL

ETR

ICID

AD

E, G

ÁS

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GU

A

CO

NST

RU

ÇÃ

O

SER

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, CO

RR

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OS

FIN

AN

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RO

S E

SEG

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OS

SETO

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OB

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RIO

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ESP

OR

TES

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EM-

ESTA

R S

OC

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IEN

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CA

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ÇO

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LITÉ

CN

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S

AG

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IAS

DO

GO

VER

NO

, PA

RTI

DO

E O

RG

AN

IZA

ÇÕ

ES

SOC

IAIS

OU

TRO

S

1978 482 663 873 760 720 650 630 605 670 661

1980 628 821 1073 924 902 754 758 751 853 807

1985 892 1190 1272 1532 1383 1234 1170 1164 1268 1133

1989 1401 2081 2248 2419 2423 1960 1992 1999 2123 1875

1990 1559 2289 2648 2667 2697 2200 2247 2263 2411 2115

1991 1665 2505 2883 2924 2967 2355 2476 2417 2580 2277

1992 1845 2889 3354 3406 3452 2967 3082 2883 3130 2774

1993 2043 3562 4317 4182 4604 3885 4278 3494 3898 3512 3793

1994 2821 4508 6124 5498 6212 7017 5997 5267 6212 4967 5744

1995 3527 5352 7734 6512 7572 7595 6884 6009 6835 5528 6854

1996 4038 5798 8701 6992 8546 8679 7897 6967 7984 6344 7643

1997 4304 6008 9541 7388 9303 10012 8570 7794 8974 6985 6891

1998 4522 6981 10324 8171 10302 10898 9441 8704 10146 7776 8258

1999 4813 7611 11239 8734 11345 12249 10475 9899 11543 8982 9762

2000 5132 8554 12458 9512 12613 13729 11626 11234 13221 10048 10198

2001 5702 9590 14132 10299 14318 16605 13111 13340 16218 12152 11488

2002 6326 10876 15799 11231 16030 19648 14465 15281 19006 13987 13559