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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARARA Patricia Brassalot!i o PAPEL DO PEDAGOGO NO ENSINO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DO SENAI- CIETEP: ESTUDO DE CASO Curitiba 2005 L~~~~@ CONSULTA INTERNA

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARARA

Patricia Brassalot!i

o PAPEL DO PEDAGOGO NO ENSINO DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL DO SENAI- CIETEP: ESTUDO DE CASO

Curitiba

2005

L~~~~@CONSULTAINTERNA

Patricia Brassalotli

o PAPEL DO PEDAGOGO NO ENSINO DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL DO SENAI - CIETEP: ESTUDO DE CASO

Tr~balho de condu51o de curso aprelentado is Faculdade

de Ci6ndas, Letras e Me, do CUrIO de Pedagogia da

Universidade Tuiuti do Parana.

Orientador: Prof. Olga Maria Silva Mattos

CURITIBA

2005

Oedico este trabalho, aDs meus pais, meu padrastro, meu amor e minha

Professora Orientadora Olga Mattos.

Agradeyo, de forma sincera e profunda,minha mae e meu padastro, par me darmuita forya e incentivo.

Ao meu namorado, pela paci~ncia e carinho.

/~ Universidade Tuiuti do ParanaFACULDADE DE CI~NCIAS HUMANAS. LETRAS E ARTES

Curso de Pedagogia

TERMO DE APROVAr;AO

NOME DO ALUNO: PATRfclA BRASSALOTTI

TfTULO: 0 papel do pedagogo no ensino de aprendizagem industrialdo SENAI- ClETEP

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTENr;AO DO GRAU DE UCENCIADO EM PEDAGOGIA. DO CURSO DE

PEDAGOGIA. DA FACULDADE DE CI~NClAS HUMANAS. LETRAS E ARTES. DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMISSAO AVAUADORA:

PROF(a).OLGA~-5 VAMATTOS ~"

ORIENTADOR(A

r2 .

PROF(a). ROSILD IA BORGES FERREIRA

ME~DABANCA

/' ;e",.. kt1.r~PROF(a) PERCI KLEIN

MEMBRO DA BANCA

DATA: 16/12/2005

qQMEDIA: _

CURITIBA - PARANA

2005

SUMARIO

RESUMO1 INTRODU~JiO 52 ASPECTOS CONTEXTUAIS 72.1 HISTORICO OA FORMACAO DO SENAI... 72.2 IDENTIFICACAO DA INSTITUICAO.. 102.3 OBJETIVO DO SENAI. 12

1313141415172121

2.3.1 Senai Parana.2.3.2 Modalidade de Cursos ..2.4 SENAI CIETEP .2.3.1 Eslrulura Organizacional do Senai - CIETEP .2.3.2 Cursos de Aprendizagem Industrial oterlados .3 ASPECTOS LEGAlS .3.1 EDUCACAO PROFISSIONAL ..3.2 A INSERCAO DO MENOR APRENDIZ NA LEGISLACAOBRASILEIRA ..3.2.1 Como contratar urn menor aprendiz . 224 SENAI: APRENDIZAGEM............................................................................. 244.1 ATRIBUICOES DO SENAI COM 0 MENOR APRENDIZ . 244.1.2 Atribuic;:Oesdas empresas com 0 menor aprendiz.... 254.1.3 Atribuic;:Oes da Delegacia Regional do Trabalho com 0 menor aprendiz. 264.2 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL EM MECANICO DE 26AUTOMOVEIS .4.3 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL EM CONFECCAO 27INDUSTRIAL ..4.4 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL EM EDITORACAO 28GRAFICA ..5 0 TRABALHO DO PEDAGOGO NO CURSO DE APRENDIZAGEM 30INDUSTRIAL DO SENAI·CIETEP .5.1 ORIENTACAO PEGAGOGICA... 305.2 ENTREVISTA COM A PEDAGAGA DOS CURSOS DE 32APRENDIZAGEM INDUSTRIAL .6 CONSIDERA~6ES FINAlS 34REFERENCIAS

RESUMO

o presente trabalho tern par objetivo descrever a funt;ao do pedagog a no curso deAprendizagem Industrial do SENAI - CIETEP. Verifica como 0 pedagogo atua noensino profissionalizante. Analisa a importAncia hist6rica do SENAI. Verifica asitua~o da educaC;ao profissional no tempo atual. Faz a identificac;ao da institui9§oSENAI- CIETEP, mostrando seus objetivos enquanto instituil'ao de ensino. Verificaa situac;ao legal do menor aprendiz dentro das empresas. Descreve as cursos deaprendizagem industrial do SENAI- CIETEP. Por fim. analisa 0 papel do pedagog anestes cursos de Aprendizagem Industrial no ensino profissionalizante. Comometodologia de trabalho optou-se por uma pesquisa bibliogratica e pesquisa decampo. No aspecto da analise e discussao da entrevista empregou-se 0 recurso daanalise do discurso.

Palavras-chaves: ensino profissionalizante; aprendizagem industrial; pedagogo;SENAI- CIETEP.

1 INTRODUCAo

Este trabalho tern por finalidade urn conhecimento aprofundado da institui,1io

SENAI - Servi,o Nacional de Aprendizagem Industrial, e suas principais a,Oes no

mercado de formayao profissional e 0 seu papel como a,gente transformador nas vidas

dos alunos que nela estudam.

No SENAI, a avalia,1io da educa,1io profissional contempla tr~s dimensOes, a

saber: 0 projeto de curso, 0 processo de forma,1io e 0 produto da a,ao educacional.

As exigencias de qualidade e de produtividade do mundo do trabalho tern

requerido, cada vez mais, profissionais que possam responder as necessidades

conjunturais do mercado e as estrategicas de competitividade das empresas.

Assim, as entidades de educayao profissional enfrentam 0 desafio de atualizar

suas praticas pedag6gicas e avaliar, de forma continua, 0 desempenho institucional, em

face a necessidade que as empresas t~m de mao de obra qualificada.

No capitulo 2 (dois), abordou-se os aspectos do SENAI, com todos os elementos

envolvidos; no capitulo 3 (t~s) enfatizou--se a legisla,ao propriamente; no capitulo 4

(quatro), pesquisou-se sobre 0 SENAI - Aprendizagem.

Faz-se tambem, no capitulo 5 (cinco) urn estudo sobre 0 papel do pedagogo em

uma institui<;tio que atua com educayao profissional e principalmente com curses de

APRENDIZAGEM INDUSTRIAL, destinado a jovens na faixa etaria de 14 a 18 anos,

com escolaridade minima de 4a serie do ensino fundamental, para que adquiram

forma,ao profissional em determinada ocupa,ao, na forma da legisla,ao vigente (CLT,

Lei nO.10.09712000).

t: import'ante ressaltar que as cursos de Aprendizagern visam, aeirna de tudo,

formar uma elite de profissionais cujo perfil se encontra em consona.neia com as

requisitos do mercado de trabalho, alem de possibilitar ao aluno viver como eidad:io,

incentivando-o it participay:io social.

Esse trabalho espera-se contribuir, desta forma, para medir os efeitos da a9ao da

educay:io profissional sobre seus beneficiarios, bern como subsidiar a atualizay:io de

metas e programas da entidade.

2 ASPECTOS CONTEXTUAIS

2.1 HIST6RICO DA FORMAC;;Ao DO SENAI

Segundo Lopes na historia da lormayao do SENAI teve a participayao de dois

lideres industriais brasileiros, ambos inspirados na experi~ncia bem sucedida do

CFESP - Centro Ferroviario de Ensino e Seleyao Prolissional, eram 0 Sr. Euvaldo

Lodi, presidente da Confederayao Nacional da Industria - CNI e 0 Sr. Roberto

Simonsen, presidente da Federayao das Industrias do Estado de sao Paulo.

Esses Hderes, mais os empresariactos e 0 poder publico federal estudaram uma

forma para irnplantar uma aprendizagem industrial sistematizacta. Par parte do Governo,

em 1939, forma-se urna Comissa.o Interministerial para estudarem 0 problema de

formayao de mao-de-obra industrial e regulamentar os cursos para trabalhadores da

industria. "Assim nasceu 0 Serviyo Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI, com

o Decreto-Lei, n' 4048, publicado no Diario Olicial de 24 de Janeiro de 1942,

subordinado ao Ministerio da Educayao e Saude e dirigido pela Conlederayao Nacional

da Industria - CN!." (LOPES, 1982, p.03). 0 SENAI tem uma estrutura descentralizada.

au seja, cada estado seria independente, atendendo sempre a necessidade da regiao.

A aprendiza.gem estava prevista na uler org~nica de modo a integrar 0conjunto mais abrangente do ensina industrial, como urna dasmodalidades, no 10 cicio, mas de urn modo tal que fesse regulada parlegislac;Ao especifica. Estipulava-se que as empregadores seriamobrigados a manter menores, em regime de aprendizagem. Naquelasatividades cujo exercicio exigisse format;:ao profissional, a seremdefinidas pete governo. Em portarias do Ministerio do Trabalho. Aaprendizagem deveria ser conduzida metodicamente, em escolasmantidas pela industria junto as oficinas au nas suas proximidades,durante a horoiriode trabalho e sem prejuizo do salario dos menores.Sua duraQao seria de um a quatro anos, abrangendo disdplinas de

~ \OAD( /:"" v-~ ~..~~ ::BIBLIDTECA

~""';A.,,,,,,,""'l~••."'"

cultura geral e cultura tecnica. Previa, tam rem, de modo implicito, asubordina~o dessas escolas de aprendizagem a ~servic;o,numa alusaoao recem-criado Servi90 National de Aprendizagem Industrial (CUNHA,2000, p.101).

As atividades "previstas para 0 SENAI consistiam basicamente na escolariz8yao de

trabalhadores" (ALCANTARA, 1994, p.09).

A metodologia de aprendizagem do SENAI era sistematica e especifica, pois foi

respaldado na experi~ncia do CFESP segundo Lopes (1982). Na epoca a educayao

havia um sistema dual, ou seja, as escolas oficiais eram procuradas pelos filhos da

classe media, os quais seguiriam para a formay8o acad~mica. Ja os filhos dos

operarios tinham uma educayilo basica. 0 papel do SENAI, a principio era capacitar

estes alunos que nao tinham possibilidade para a prosseguir nos seus estudos.

Segundo 0 autor citado acima, 0 SENAI foi criado para ser uma entidade de

direito privado, seria mantido pelos impastos cobrados das industrias. Tinha a prop6sito

de formar, aperfeiyoar e especializar mao-de-obra para a setor secundario da

economia, (as industrias). Par ter um canMer educativo, a SENAI, ficava isento dos

impostos federais. A arrecadayao a favor do SENAI foi constituida em duas partes:

Contribuiyao Geral feita pelo Instituto de Seguridade Social (INSS), que recolhe das

empresas, juntamente com a contribuiyao previdenciaria de 1% (um par cento) sabre a

montante da remunerayao paga pelas empresas contribuintes a todos as seus

empregados. E a Contribuiyao Adicional que e acrescida a contribuiyilO geral devida

pela empresas com mais de 500 empregadores.

Segundo Alcantara (1992), ap6s 60 anos de atuayao do SENAI, em 1992, 0

SENAI demonstrou atraves dos dados estatisticos as suas 1.800.000 matriculas.

Ficando, aproximadamente urn milhao nos 869 centres e unidades de farmayao

espalhados pelo pais. As outras 800.000 foram de cursos oferecidos nas empresas

com a organiza9ao e supervisao direta do SENAI. No fim da decada de 80, 0 SENAI

tornou-se a maior e a mais significativa rede de ensino profissional no pais. "Podemos

afirmar, a luz da evoluc;:aa do ensino profissional no Brasil, que 0 sonho de Nila

Pe9anha e hoje uma realidade" (ALCANTARA, 1992, p.11).

Segundo Lopes (1982) para atender os avan90s das industrias °SENAI superou

° modelo fordista de produc;:ao nos seus procedimentos metadal6gicas de ensina. Ou

seja, suas metadologias especificas passaram por reestruturac;:aa; reformulaC;:Oes nos

curriculos; nas metodologias; novas experi~ncias pedag6gicas, etc. Hoje, ° SENAI nao

focaliza no saber fazer que era a visao tecnicista no momenta em que foi criado, mas

principalmente 0 saber pensar e a saber aprender. A aprendizagem passa ser flexivel,

pois a exigemcia atual e de um trabalhador polivalente. Hi! uma rela9aO mais direta

entre a concepc;:ao e execuc;:ao, entre a ge~ncia e a oficina. Hit uma dinamica muito

rna is exigente.

Segundo Alcantara (1992) as transforma90es do sistema produtivo, os avan90s

tecnol6gicos industriais 0 SENAI vem acompanhando e contribuindo sistematica mente.

Sabemos que ° objetivo do SENAI e atender as necessidades das industrias, e

atualmente ela exige uns profissionais extremamente palivalentes, exigindo que no

SENAI os seus Instrutores e suas propostas pedag6gicas priorizem 0 ensinar a pensar

e ensinar a aprender.

A rede SENAI cresceu a urn ritrna espetacular, modificando-se emfunc;aodas ondas de mudanctas do setor produtivo. Nos anos 40, iniciousuas atividades priorizando a aprendizagem industrial, para qualificaroperariado para a industria nascente; nos anos 50, foi a vez damodalidade treinamento, correlativa a industrializac;Ao segundo os

10

moJdes da grande industria: nos ana! 90, a enfase recaiu na polival~nciaNos anos 70, a ~nfase na habilitac;Ao de tecnicos de nivelmedio.(CUNHA,2000, p.l 02).

Segundo Cunha (2005) polival~ncia e automatizayilo sao algumas de outras

modelos de reestruturayao industrial. Esta nova gestao levou as industrias reduzirem

drasticamente 0 numero de funcionarios afetando diretamente a receita do SENAI, que

estil diretamente vinculada a folha de funcionarios obrigando 0 SENAI a uma nova

reorienta<;ao estrategica procurando formas de sua auto sustentay3lo.

2.2 IDENTIFICA~Ao DA INSTITUI~Ao

Tem como denominayao Centro de Tecnologia e Educayilo Profissional de Curitiba, ou

seja, SENAI - Serviyo Nacional de Aprendizagem Industrial.

• Endere<;o

Eo situado na Av. Comendador Franco, 1341, no bairro Jardim Botanico-

CEP: 80215-090, na Cidade: Curitiba/PR Telefone: 3218.7777.

• Mantenedora

Confederayao Nacional e FederayOesEstaduais das Industrias. Os recursos sao

repassados pelas empresas atraves de guia de reconhecimento do INSS, todas as

empresas ligadas II industria silo obrigadas por lei a reconhecer uma porcentagem

sobre a folha de pagamento de seus funcionarios, recolhimento este que e repassado

em partes para 0 SENAI.

II

• Organiza,80 da Institui,ao

o SENAI - Servi,o Nacional de Aprendizagem Industrial e a Entidade de Direito

Privado, criado pelo Decreto Lei nO4.048 de 22 de janeiro de 1942.

o SENAI e farmado pelo Departamento Nacional, com sede em Brasilia, pelos

Departamentos Regionais, nos Estados, com uma vasta rede de Unidades Escolares

sediadas nas principais cidades do Pais.

Os Departamentos Regionais nos Estados sao dos respons8veis pela

operacionaliza<;ao do ensina industrial nas diversas areas. Oesta forma 0 SENAI

desenvotve urna vasta programatyao de cursos, visando atender niveis de ensina, numa

grande diversidade de ocupa(:Oes, correspondentes ao trabalho humane do setor

secunda rio da economia.

• Missaa

Contribuir para 0 fortalecimento do Setor Industrial e 0 desenvolvimento

sustentavel do Pais, promovendo a educa,80 para 0 trabalho, a assistencia tecnica e

tecnologia, a produ,80 e dissemina,80 de infarma,ao, a difusao e gera,ao de

tecnologia5.

Politica da Qualidade

o SENAI do Parana cumpre sua missao fundamentando no seu plano

estrategico buscando, pela atua<;ao de seu potencial humano, a melhoria continua.

• Projeto Pedag6gico

12

De acordo com 0 material fornecido pela institui9ao 0 Projeto Politico -

Pedag6gico ap6s sua ·completa confec9i!o· sera adaptado a realidade e disponibilizado

para a comunidade, visando as beneficios decorrentes das atividades educacionais de

tal projeto, de modo que seja fundado na reflexao continua entre a Ger~ncia da

Unidade, Docentes, Conselho de Empresarios, Representantes dos alunos. Tornando-

se desta forma, espa90 aberto para discuss::!lo clara e seria das questOes relacionadas

a educa9ao profissional, das necessidades da comunidade empresarial, do emprego

para pessoas farmadas e treinadas e das necessidades da comunidade local. Para

tanto sera feito urn inventario completo da realidade onde esta inserida a Unidade

Escolar, tais como: desenvolvimento da comunidade industrial, da clientela que busca 0

SENAI, divers os cursos existentes em escolas e 0 grau de desenvolvimento ou pobreza

da popula9ao em gera!.

o Projeto Politico-Pedag6gico objetiva a refiexao para melhorar as a90es do

pr6prio Centro de Tecnologia e Educa9aO Profissional, como tambem, extrapola sua

reflex:to e a9ao para as necessidades da comunidade no sentido de uma sociedade

rna is justa e mais humana.

2.3 OBJETIVO DO SENAI

o SENAI foi criado com a finalidade de:

• Organizar e administrar, em todo pais, escolas de aprendizagem para men ores

com idade entre 14 a 18 anos;

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• Assistir aos empregadores na elaboraC;;ao e execu<;ao de programas gerais de

treinamento de pessoal nos diversos niveis de qualific89aO e realiz8yaO de

aprendizagem no proprio emprego.

• Proporcionar aos trabalhadores, maiores de 18 anos, a oportunidade de

completar atraves de curs os de qualifica9aO de pequena dura9aO.

• Cooperar no desenvolvimento de pesquisas tecnologia de interesse para a

industria e atividades assemelhadas.

2.3.1 Senai Parana

o SENAI iniciou suas atividades no Parana em 20 de fevereiro de 1943.

Hoje, 0 SENAI - Departamento Regional do Parana, apresenta a seguinte

8strutura:

• Canselha Regional;

• Oiretoria Regional;

• Centr~s de Tecnologia de Educa9aO Profissional;

• Centros de Educa9aO Profissional;

• Nucleos de Assessoria as Empresas (NAE's);

• Unidades M6veis.

2.3.2 Medalidade de Curses

14

• Qualifica9aO: cursos para capacita9ao de trabalhadores maiores de 16 anos;

• Aperfei90amento Sasico (Treinamento): cursos de curta dura9aO, atendendo as

necessidades especificas das empresas;

• Cursos p6s-medio: cursos tecnicos em nlvel de especializa9aO.

• P6s - graduayao: cursos em nivel de especializay:'o.

2.4 SENAI CIETEP (Curitiba)

o SENAI ClETEP e 0 objeto de estudo do Trabalho de Conclusao de Curso e

desenvolve atividades nas seguintes Areas do Conhecimento:

• Grafica;

• Automobilistica;

• Constru9aO Civil;

• Vestuario e Confecyao;

• Gestao Empresarial;

• Seguran9a no Trabalho;

• Informatica.

2.3.1 Estrutura Organizacional do Senai - CIETEP

• NET - Area de Neg6cios em Educa9aO Tecnol6gicas

A NET tem como fun9aO realizar 0 acompanhamento didatico e pedag6gico de

todo as alunos e tecnicos de ens ina que atuam no processo educacional.

15

• S.T.T - Servi90s Tecnicos e Tecnol6gicos

NAT - Area de Neg6cios em Assessoria Tecnica e Tecnol6gica

o objetivo do NAT e tratar das questOes que abrangem atividades

relacionadas a consultoria a empresas em assuntos ligados diretamente ao

processo produtivo

NIT - Area de Neg6cios em Informa9110Tecnol6gica

o objetivo do NIT e prestar serviyos de informat;:ao tecnol6gica e fomentar

projetos especificos dos setores produtivos atraves de emprestirno

bibliognlfico, pesquisa local, sala de leitura, circula9ao de peri6dicos,

emprestimos entre bibliotecas, acesso a internet, levantamento bibliografico.

• APA - Area de Apoio em Planejamento e Administra9110

Tem como objetivo !ratar das questOes de ordem administrativas, emissao de

declara90es, certificados, receber requerimentos, protocolar documentac;:ao

(frequencia e notas, arquivo da vida escolar).

2.3.2 Cursos de Aprendizagem Industrial Ofertados

Atualmente 0 SENAI - CIETEP esta ofertando tres cursos de Aprendizagem

Industrial, sendo eles:

• Aprendizagem Industrial em Mecanico de Autom6veis - 800 horas;

• Aprendizagem Industrial em ConfeC9110Industrial- 800 horas;

• Aprendizagem Industrial em Editora9110Gn\fica.

16

Antes de algum curso ser ofertado, a instituic;ao realiza urna pesquisa junto ao

mercado de trabalho para saber quais as necessidades deste, a partir dos

resultados desta pesquisa e que sa.o oferecidos os cursos de aprendizagem

industrial para a comunidade.

17

3 ASPECTOS LEGAlS

3.1 EDUCA<;:AO PROFISSIONAL

A Lei Federal nO 9394/96,1 a Lei Darcy Ribeiro de Diretrizes e Bases da

Educa9ao Nacional apresenta um novo paradigma para a Educa9aO Profissional: ela

deve conduzir 0 cidadao uaa permanente desenvolvimento de aptidOes para a vida

produtiva", intimamente "integrada as diferentes formas de educa9l!0, ao trabalho, a

ci';ncia e a tecnologia" (Artigo 39).

A nova educa~aoprofissional requer, para atem do dominic operacional de urn

determinado fazer, a compreensao global do processo produtivo, com a apreensao do

saber tecnol6gico que informa a pnMica profissional e a valorizac;~o da cultura do

trabalho, pela mobiliza9ilo dos valores necessarios a tomada de decisOes. Nao basta

mais aprender a fazer. E preciso saber que existem outras maneiras para aquele tazer

e saber porque se escolheu fazer desta OU daquela maneira.

Segundo Cordao 0 mundo do trabalho e regido por regras mais complexas. Os

postos de trabalho estao se alterando profunda e continuamente. Todos os dias

assistimos a emerglmcia de novos pastas de trabalho antes desconhecidos e mesmo

inimaginaveis e a extinc;:ao de Qutros tantos, superados pelos resultados dos avant;:os

cientificos e tecnol6gicos e do processo de reorganiza9l!0 do trabalho. Diz tambem que

o mundo do trabalho esta se alterando continua e profundamente, pressupondo a

supera9ao das qualifica90es restriias as exig;;ncias de postos delimitados, 0 que

determina a emerg~nciade um novo modelo de educat;:ao profissional centrado no

18

desenvolvimento de compet~ncias par area profissional. Torna-s8 cada vez rna is

essencial que 0 lecnico tenha um perfil de qualifica,ao que Ihe permita construir

itinerarios profissionais, com modalidade, ao longo de sua vida produtiva.

As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educaya.o Profissionat de Nivet

Tecnico, portanto, estao centradas no concerto de competlmcias par area profissional.

Do tecnico sera exigido tanto uma escolaridade basica s61ida, quanta uma educayao

profissional mais ampla e polivalente, uma vez que exigem dos trabalhadores, em

doses crescentes, sempre maior capacidade de raciocinio, autonomia intelectual,

pensamento criticD, iniciativa propria e espirno empreendedor, bern como capacidade

de visualiza,ao e resolu,M de problemas.

as cursos tecnicos de boa qualidade continua ram a ser oferecidos em

instituiyOes ou escatas especializadas em formac;ao profissional que nao restringiram os

seus cursos integrados aos minimos legalmente estabelecidos. A separaC;8o entre

educaC;ao profissional e ensino medio, bem como a rearticula~ao curricular

recomendada pela LOB, permitirao resolver as distorc;Oes apontadas. Oevolver ao

ensino medio a missao e carga horaria minima de educac;a.o geral, que inclui a

preparayao basica para 0 trabalho, e direcionar os cursos tecnicos para a formaya.o

profissional em uma socieclade em constante muta~ao. Visa a preparaC;8o basica para

o trabalho e a cidadania do educando. (site: LOB - capitulo sobre ensino medio).

Tanto a Constitui,ao Federal quanto a atual LOB situam a educa,ao profissional

na conflu~ncia de dois direitos fundamentais do cidadao: 0 direito a Educa,ao e 0

direito ao Trabalho, ou seja, 0 direito a Profissionaliza,ao. Alem da educa,ao bilsica,

que tem como finalidade desenvolver 0 educando, assegurar-Ihe a forma~ao comum

indispensavel para 0 exercicio da cidadania e fornece-Ihe meios para progredir no

19

trabalho e em estudos posteriores (Artigo 22),20. A LDB prev~, ainda, que todo aluno

matriculado ou egresso do ens ina fundamental, media au superior, bern como

trabalhador em geral, jovem ou adulto, contara com a possibilidade de aeesso a

educa9ao profissional. (Paragrafo Unico do artigo 39)22.

Segundo Cordan nan se trata mais de uma eduCa9aOprofissional simples para

tirar 0 menor da rua, embora com ela tamhem se possa tirar 0 men or da rua. Mas a

fun~ao central dessa nova Educac;ao Profissional e a de preparar as pessoas para 0

exercicio da cidadania e para 0 trabalho, em condi90es de influenciar 0 mundo do

trabalho, em funvao de influenciar 0 mundo do trabalho e de cidadania e para trabalho e

de modifica-lo, em condi90es de desenvolver um trabalho profissional competente. 0

profissional competente e aquele que desenvolve a capacidade de procurar uma

alternativa para solucionar os problemas com as quais se depara no exerclcio

ocupacional. a profissional passui condic;Oes de buscar a informa9aO, trabalhar essa

informaC;ao, mobilizar e articular informa~es, conhecimentos, habilidades e valores

para colocar em aC;ao na hara em que for preciso para resolver as desafios da vida

profissional, que exigem respostas sempre originais e criativas.

Toda escola que pretende promover a educaC;ao profissional dever ser

organizada em funC;ao dos resultados de aprendizagem e de desenvolvimento de

compet~ncias profissionais. Ela dever estar comprometida com os resultados de

aprendizagem a serem assegurados a sua clientela. Quem procura uma escola tecnica

procura conhecimentos, habilidades, valores que 0 conduzam a um exercicio

profissional competente, em condic;Oes de arrumar um emprego atual, desenvolvendo

suas atividades com eficilmcia e eficacia. Eo necessario que a escola lava um plano de

curso que possibilite multiplas entradas e saidas, para a qualifica~o, habilita~o e a

20

especializa9ao profissianal. E impartante que ela planeje as seus cursas naa fechadas

apenas em habilita90es especificas valtadas para pastas de trabalha, mas que pense e

articule 0 seu curricula par area profissional, dando chances para a que 0 aluno tenha

candi90es de planejar a seu proprio itineraria de prafissianaliza9ao.

A campetencia para atualizar as seus curriculas e da pr6pria escala, abedecidas

as Oiretrizes Curricula res Nacionais, orientada pelos seus supervisores pelos estudos

disponiveis. 0 curricula escolar e 0 meio que a eseela utiliza para atender a esses

objetivos, de acordo com 0 pelfil profissional de conclusao par ela proposto e tambem

para orientar a nova educac;a.o profissional, desenvolver compet~nciasprofissionais e

aprender a aprender, com crescente grau de autonomia intelectual. A eseola dever

estar irremediavelmente comprometida com 0 perfil profissional de conclusa.o, antes de

lanc;ar 0 seu curso, ela deve ter muita clareza de qual profissional deseja formar, equal

o perfil desse prafissianal. E com esse perfil que ela vai se comprometer e e para dar

conta desse perfil que vai organizar seu curriculo.

A LDB (1996) reservau urn espa9a privilegiado para Educa9ao Profissional. Ela

ocupa um capitulo especifico dentro do titulo amplo que trato niveis e das modalidades

de educac;:ao e ensino, sendo considerada como um fator estrategico de

competitividade e de desenvolvimento humano na ordem econOmica mundial. Ah3m

disso, a Educac;:ao Profissional articula·se, de forma inovadora com a Educac;:ao Basica

e pass a a ter urn estatuto pr6prio, moderno e atual, tanto no que se refere a sua

importancia para 0 desenvolvimento econOmico e social quanto na sua relac;:tio com

varios niveis da educac;:tio escolar.

21

3.2 A INSERt;:iio DO MENOR APRENDIZ NA LEGISLAt;:iio BRASILEIRA

Os curso de Aprendizagem Industrial do SENAI segue instru90es da Lei

10.09712000, de 19 de Dezembrode 2.000:

- Estabelecimentos de qualquer natureza, excluidas as micro e pequenas

empresas, devem empregar e matricular nos cursos dos Servic;:os Nacionais de

Aprendizagem, percentual de aprendizes entre 5 e 15% do corpo funcional

existente em cada estabelecimento, cujas fun90es demandem forma9ao

profissional, excluindo~seas que exijam formac;:~o de nivel tecnico ou superior.

2 - Na hip6tese de os Servi90s Nacionais de Aprendizagem nao oferecerem

cursos ou vagas suficientes para atender a demanda dos estabelecimentos, esta

podera ser suprida par outras entidades qualificadas em formac;:ao tecnico-

profissional, tais como as Escolas Tecnicas de Educac;a.o e Entidades sem fins

lucrativos, que tenham por objetivo a assist~ncia ao adolescente e a educa9ao

profissional, registradas no Conselho Municipal dos direitos da Crian9a e do

Adolescente.

• De acordo cem 0 que dispOe 0 paragrafo 3° do art. 430 da CLT, 0

Ministerio do Trabalho baixara normas para avaliac;::io da compete!ncia das

entidades sem fins lucrativDS, bem como expedira, seguramente,

orienta9aOquanto a atua9ao, ainda que supletiva, das Entidades de que

tratam as incisos I e II do referido artigo.

22

4 - 0 contrato de aprendizagem deve ser ajustado por escrita e par prazo

determinado, nao podendo exceder 0 periodo de dois anos. E direcionado a jovens

de 14 ate 18 anos.

5 - Garante-se ao jovem aprendiz 0 salario minimo-hera, considerando~se 0 valor

do salario minima fixado em lei (220 horas/mes). A durayao da jornada e de no

maximo seis horas diarias, incluindo as atividades te6ricas e praticas, limite que

podera ser estendido para oito horas, caso a aprendiz ja tenha completado 0

ensino fundamental.

6 - As fE~rias do menor aprendiz devem caincidir com urn dos periodos de ferias

escolares de ensino regular, sendo vedado 0 parcelamento.

7 - as encargos trabalhistas que incidem sobre a contratac;:ao de menores

aprendizes sao as mesmos previstos peta CLT para os demais trabalhadores da

empresa. A unica diferenya e a aliquota para a FGTS, fixadas em dois par cento.

8 - a contrato de aprendizagem se extingue no seu terma, quando 0 aprendiz

completar 18 anos ou, exclusivamente, p~r uma das seguintes situaC;:Oes:

a) per desempenho insuficiente ou inaptidao do aprendiz;

b) fa~a disciplinar grave;

c) ausencia injustificada a escola regular que implique na perda do ana letivo;

d) a pedido do aprendiz.

3.2.1 Como contratar um menor aprendiz

23

o primeiro passe e a assinatura do contrato de aprendizagem. S6 ap6s a

assinatura do contrato e 0 registro em carteira 0 menor devera ser encaminhado ao

SENAI.

Embora a Lei permit:a a contrata<;30 de menores aprendizes a partir dos 14 anos

de idade, cabe lembrar que esse aprendiz s6 podera entrar formalmente no mercado de

trabalho aos 18 anos, em fun,1io dos efeitos da Porta ria 2012001.

Em decorr~ncia, 0 encaminhamento do menor aprendiz aos 14 anos para 0

SENAI implicara num intervalo de dois anos entre a conclus30 do curso e 0 inicio das

atividades profissionais.

Nos dias de hoje, as mudan<;:as tecnol6gicas ocorrem com grande velocidade e

podem causar uma defasagem nos conhecimentos adquiridos pelo aprendiz.

Por esse motivo, 0 SENAI recomenda 0 encaminhamento de menores

contratados a partir de 16 anos de idade, de forma que, ao terminar 0 curso, 0 aluno

esteja apta a ingressar de fato no mercado de trabalho, aproveitando ao maximo a

forma,ao recebida.

24

4 SENAI: APRENDIZAGEM

Segundo a SENAI-DR a conceito de aprendizagem Ii urn processo de forma9ao

profissional caracterizado par atividades te6ricas e praticas, metodologicamente

organizadas em taretas de complexidade progressiva, que visa proporcionar aos jovens

as compet~ncias fundamentais para a sua insen;:ao no mercado de trabalho, como

trabalhador qualificado.

o processD se torna mais eficaz quando desenvolvido no ambiente escolar

(Centro de Forma9ao Profissional), complementado com tarefas executadas em

condi<;Oes reals de trabalho na empresa.

4.1 ATRIBUlyOES DO SENAI COM 0 MENOR APRENDIZ

o objetivo da Aprendizagem Industrial do SENAI Ii programar e desenvolver

cursos em consonancia com 0 mercado de trabalho e a legislac;a.o pertinente,

respaldada em metodologia considerada mais adequada, tendo como foco a interac;a.o

entre a tearia e a pridica, complementado, nas empresas, pela pnfltica profissional, em

condi90es reais de trabalho.

Priorizar tambem, na matricula, os aprendizes encaminhados pelas empresas. A

oferta e a preenchimento das vagas se damo levando-se em conta as condi90es da

Unidade de Educa9a.o, a demanda das empresas e 0 interesse dos jovens candidatos it

aprendizagem.

25

Orientar as empresas sabre as requisitos basicos para sele<;ao e matricula dos

aprendizes, em especial, sabre a idade e escolaridade exigidas e na elaborac;a.o do

contrate de Aprendizagem, no que se refere ao period a de vigencia e a carga horaria

de trabalho do aprendiz no SENAI e na empresa.

Informar, quando solicitado, a Delegacia Regional do trabalho sobre a oferta de

cursos e vagas na modalidade de Aprendizagem Industrial e tambem sempre que

houver suspeita de que a trabalho se desenvolve em condic;Oes de insalubridade,

periculosidade, penosidade ou qualquer uma das condigOes previstas na citada Porta ria

nO 20101.

Empenhar-se para que os ambientes de pralica profissional dos cursos de

Aprendizagem apresentem todas as condigOes de seguranga coletiva e individual dos

aprendizes, para 0 pleno atendimento do estabelecimento pela Portaria nO 20, da

secretaria de Inspegao do Trabalho.

4.1.2 Atribuic;:6es das empresas com 0 menor aprendiz

As empresas t~m como dever negociar com a SENAI as vag as disponiveis, bem

como os requisitos necessarios para a matricula do aprendiz. Encaminhar para °SENAI os seus aprendizes, devidamente contratados, como as Carteiras de Trabalho e

Assist~ncias Social anotadas, de acordo com a quota estabelecida, em funyao do

numere dos trabalhadores existentes demandem formagao no SENAI.

Providenciar, quando for 0 caso, parecer circunstanciado, por profissional

legal mente habilitado de seguranga e saude do trabalho, atestando que 0 local e os

26

equipamentos nao oferecem riscos a saude e a seguranlfa do aprendiz, a fim de

proporcionar a complementa~ao da aprendizagem profissional na empresa.

4.1.3 Atribui96es da Delegacia Regional do Trabalho com 0 menor

aprendiz

A Delegacia Regional do Trabalho determina a quota de obrigatoriedade de

aprendizes para cada empresa e fiscaliza 0 Gumprimento de contratac;ao dos mesmos

nas empresas, verificando tambem, para que 0 processo de aprendizagem nao se

realize em locais perigosos e insalubres.

Tern com dever conhecer a ofer1a de cursos e de vagas das Unidades de

Educa9aO Profissional.

4.2 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL EM MECANICO DE

AUTOM6vEIS

o curso de Aprendizagem em Mecanico de Autom6veis tern como objetivo

preparar talent05 humanos capazes de executar a manutenr;ao de veiculos a alcool e a

gasolina, atendendo-se a demanda do mercado formal e informal do setor de mecanica

automotiva.

o perfil de salda dos profissionais que efetuam 0 curso sera de estar apto

para executar a manuten9ao de mecanica de autom6veis, demonstrando, reparando,

substituindo e lubrificando 0 motor, pe<;as e anexas, 6rgaos de transmissao, freios.

27

direC;<3o, suspensao e equipamentos auxiliares assegurando as condic;oes de

funcionamento regular do veiculo.

As disciplinas do curso de Aprendizagem em Mecanico de Autom6veis sao

divididas em Gestao Industrial e as disciplinas especificas.

Disciplinas de Gestao Industrial: Rela90es interpessoais; Seguranya e

salide no trabalho; Qualidade e produtividade; Educa9aO Ambiental;

RelayOesde Trabalhoe mercadode trabalho.

Disciplinas Especificas: Metrologia; Eletricidade veicular; Sistema de freio

convencional; Sistemas de suspensao e dire9aO; Hidraulica; Sistemas de

transmissao; Sistema de carga e partida; Injeyao eletrOnica;

Recondicionamentode motores; Afinayao de motores; Sistemas de freio

ASS; Informatica.

Durante 0 desenvotvimento destas disciplinas s~o desenvolvidas habilidades

basicas, tecnicas e especificas.

4.3 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL EM CONFEC<;:Ao

INDUSTRIAL

o curso de Aprendizagem em Confecyao Industrial proporciona ao aluno

condic;Oes para a execUC;ao de operac;Oes basicas de costura em maquinas industria is,

para a montagem de pe9as do vestuario aplicando principios de quaJidade e

produtividade, quaJidadeambiental e de higiene e seguranya no trabalho. Permite 0

reconhecimento e utiliz8c;ao de equipamentos do setor de confecC;ao, a utilizac;ao de

28

desenhos tecnicos e ficha tecnica e a Identifica9ao e interpreta9ao de modelagem

relacionada ao processo de montagem de pegas de tecido.

o perfil de saida do aprendiz no curso de Apnendizagem de Confe~o Industrial

possibilitara ao profissional:

• Identificar maquinas de costura quanta classe e tipos de ponto;

• Descrever processo de execu9aO de pegas do vestuario;

• Analisar e interpretar ficha lecnica;

• Operar maquinas de costura industrial: reta, overloque, galoneira;

• Confeccionar pegas de vestuario;

• Identificar tipos de moldes;

• Interpretar desenhos tecnicos e perfis de costura;

• Prevenir-se contra acidentes de trabalho;

o aprendiz pod era atuar em indostrias da confecc;:ao, em func;:oes correlatas ao seu

perfil profissional.

4.4 CURSO DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL EM EDITORAc;:Ao

GRAFICA

o objetivo do curso de Aprendizagem em Editora9ao Grilfica e qualificar talentos

humanos atraves de tecnologias digitais, para diagramar au construir produtos gnf:lficos,

realizar fechamento de arquivos, checagem de arquivos e preparac;:ao para gravac;:ao

em fotolitos e CTP - Computer-terplate.

As disciplinas do curso de Aprendizagem em Editora9ao Grafica sao divididas

em Gestao Industrial e as disciplinas basicas e especificas.

29

Disciplinas de Gestao Industrial: Rela90es interpessoais; Seguran9a e

saude no trabalho; Qualidade e produtividade; Educa9ao Ambiental;

Rela90esde Trabalhoe mercadode trabalho.

Disciplinas Basicas: Tecnicas de reda9ao em lingua portuguesa;

Matematica basica; Desenho t;;cnico grafico; Lingua inglesa; Ciencias

Aplicadas; Informatica.

Disciplinas Especificas: Normas tecnicas; Hist6rica das Artes Graficas;

Suportese produtos;Tecnologiada prodU9aOgrafica.

o perfil de saida dos profissionais que efetuam 0 curso sera de desenvolver as

seguintes atribui90eS: Gera9ao de arquivos (diagrama9aO/editora9aO),analise,

fechamento de arquivos graficos e prepara9ao destes arquivos para grava9ao de

fotolitosou chapadasde impressao.

Os profissionais em questao poderao atuar nos seguintes setores: Graficas

rapidas ou digitais ou tradicionais; Empresas de design grafico; Agencias de

propaganda; Bureaus de pre-impressao.

30

5 0 TRABALHO DO PEDAGOGO NO CURSO DE APRENDIZAGEM

INDUSTRIAL DO SENAI-CIETEP

5.1 ORIENTA<;:Ao PEGAG6GICA

o trabalho do pedagogo na Aprendizagem Industrial do SENAI - CIETEP e de

orientar e acompanhar professores e alunos, dando auxilio em todas as questOes que

estejam relacionadas a educaga.o.

Utilizando-se dessa metodologia, a coordena9i!o pedag6gica se pauta nas

orientac;Oes abaixo citadas:

Acompanhamento do processo educacional de cursos;

Eiabora9aOe divulga9ao do calendario e do horario escolar das turmas, em

conjunto com as supervisores tecnicos;

Elaborayao do informativo de seleC;ao do processo seletivo e manual do

aluno.

Contratac;a.o de professores tercerizados;

Eiabora9aOde enquadramento dos curses;

Distribui9ao do ensalamento para a APA (Area de Apoio Administrativo);

Entregar ao tecnico de ensino: plano de a9aOdidatica pedagogica, ficha de

freqOencia, plano de aula, plano de curso avalia9i!o de satisfa9i!o do

cliente;

Acompanhamento da predu9ao, orientando e contrelando os registres

feitos pelo tecnico de ensino, nos livres de chamada, ficha de freqOencia;

32

Finalizando, 0 trabalho do pedagogo deve sempre estar interligado com as

demais areas de atua,M da escola.

5.2 ENTREVISTA COM A PEDAGAGO DOS CURSOS DE

APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

Entrevista:

1) Qual a sua formacao?

R. Pedagoga

2) Onde trabalha e ha Quantotempo?

R. SENAI- 9 (nove) meses

3) Qual 0 papel do pedagogo no curso de Aprendizagem Industrial do SENAI -

CIETEP?

R. - Organizar 0 processo de seleC;ao; - Acompanhar as alunos com Orientac;ao

Pedag6gica; - Verificar pianos de aula e de disciplina, se estl!o de acordo com 0

projeto; - Montar horario de todas as turmas de Aprendizagem Industrial; -

ReuniOes Pedag6gicas com os pais, alunos e professores; - Realizar canselha

de classe, junto com as professores; - organizar formaturas; Encaminhar as

alunos para as empresas e acompanhar 0 desempenho.

4) Quais sao as maiores dificuldades encontradas no curso de Aprendizagem

Industrial do SENAI-CIETEP?

R. Trabalhar a frustrayao dos pais e alunos que nao sao aprovados no processo

seletivo.

33

5) Voc~ part«:ipa do encaminhamento do atuno para as empresas como menor

aprendiz? Com e feito esse encaminhamento?

R. A empresa faz 0 cantato e pede quantos aprendizes ira precisar. Encaminha

os aprendizes para entrevista na empresa, e apes a selecao da empresa a

pedagoga repassa os dados para contratagao. Ap6s isso, faz-se 0

encaminhamento do aprendiz para a empresa e, em seguida emitirnos 0 contrato

de aprendizagem.

Analisando a entrevista com a pedagoga, podemos verificar que ela corresponde

a maioria das atribuigOesque 0 SENAllhe passa.

34

6 CONSIDERAC;OES FINAlS

No decorrer do trabalho de conclusao de curso, pode-se constatar que as

objetivos propostos para este estudo foram alcanc;:ados, pais podemos descrever de

forma transparente, com 0 auxilio do SENAI - CIETEP todas as etapas do referido

trabalho.

Podemos verificar tambem que 0 ensina profiss;onalizante vern crescendo e

mudando sua visao no contexte educacional, sempre estando de encontro com as

perspectivas do desenvolvimento da educ8c;:ao.

o pedagogo tern muito a contribuir nos cursos de aprendizagem industrial do

SENAI- CIETEP, fazendo a orienta9ao pedag6gica junto com os alunos, professores e

coordenac;:ao. Esse profissional e muito bern conceituado na instituic;80, esta sempre

presente em tude que envolve 0 ensino-aprendizagern.

Durante a pesquisa no realizada no SENAI-CIETEP, onde na coordena9ao

pedag6gica trabalham tr"'s pedagogas, cada uma em uma modalidade educacional

especifica, tiz a entrevista com a pedagoga da modalidade de aprendizagem industrial e

durante a convivio com a mesma pode-se ter cantata com as atividades desenvolvidas

e verificar que as principais cantribui~es de urn pedagog a neste ramo de ensina

profissionalizante sao significativas, jf! que deste modo a forma9ao do pedagogo poder-

se-ia cornplernentar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem nesta etapa

educacional.

A partir dos estudos realizadas acredito nao ter encerrado esta pesquisa, pais

durante seu desenvolvimento senti-me instigada a investigar rnais sabre a SENAI e a

35

ensina profissianalizante. Sendo assim, pretendo dar continuidade a este estudo,

demonstrando e discutindo os resultados obtidos com aqueles que acredilam na

impartancia da educac;ao do trabalhador, ou seja, ensino profissionalizante.

REFERENCIAS

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1992.62p.

ARANHA, M. L. de A. Hist6ria da Educa9aO -In: Brasil no stkulo XX: 0 desafio da

educa9aO. sao Paulo:MODERNA, 1996. p. 194-205.

LOPES, S. Urn. saga da criatividade brasileira. Rio de Janeiro: SENAI-DN,

1982.217p.

SENAI,DN, Asplan. SENAI; desafios e oportunid.des; subsidios par. discussao

de uma nova politica de fonna-;;ao profissional para a industria no Brasil. Rio de

Janeiro:SENAIIDN,1994.56p.

TEIXEIRA. Anlsio. Estado Atual d. Educa9aO. Revista Brasileira de Estudos

Pedag6gicos, Rio de Janeiro, v,39, n' 89, janlmar.1963, p.08-16,

http://www.prossiga.br/anisioteixeirafartigosJestado.htmIO. cansultado em 25 de julho

de 2005.

CUNHA, Luiz Antonio. 0 Ensino Industrial-manufatureiro no Brasil. AspectosSocia is da Aprendizagem de ()ficies Manufatureiros no Brasil colOnia. F6rumEducacionat. Rio de Janeiro, V.2 n'04, ouUdez. MailJunlJullAgo 2000 p,8S-107.Revista Brasil.ira de Edllca~o, http://www.anped.org.brlrbe14106-artig05.pdf·Ohttp://www.anped.org.brlr1le14106-artig05.pdfO. consultado em 25 de julho de2005.

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Lei 10.0 7 de 19.12.2000 - Lt-isdo Trnb.,lho - ('LT. apro\'t\dnpi."lo Decreto-Lei n· 5.452, deI- de JUnio de 1943. Ohttp://www.presidenciadarepublica.org.brD; consultado em 25 deoutubro de 2005.