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Preparação para a Prova de Aferição História Oo 8.º ano

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Preparação para a

Provade AferiçãoHistória

Oo

8.º ano

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Índice

Organização e utilização ........................ 4

Apresentação ............................................. 6

Como me preparar para esta prova? ... 7

I. ESTUDA E PÕE-TE À PROVA! ...10

5 Expansão e mudança nos séculos XV e XVI .......................12

5.1. O expansionismo europeu ..............12

A Europa nas vésperas da expansão ..........12O pioneirismo português na expansão ......13A conquista de Ceuta ...............................15A expansão no período henriquino ...........15A expansão no reinado de D. Afonso V .........................................16A expansão no reinado de D. João II ...........................................17As rivalidades luso-castelhanas ................18A expansão no reinado de D. Manuel I ..............................................19A expansão espanhola na América ...........20A presença portuguesa em África, no Oriente e no Brasil: o multiculturalismo nos séculos XV e XVI ................................20O comércio à escala mundial ....................21A crise do império português ...................22A União Ibérica .......................................24A restauração da independência ...............25Esquema-síntese ....................................26Exercícios práticos orientados 1 ............32Ficha de Avaliação 1 ..............................47

5.2. Renascimento, Reforma e Contrarreforma ....................................51

A origem do Renascimento e do Humanismo 51As características e a mentalidade do Renascimento .....................................52Os progressos científicos do Renascimento .....................................53

A arte renascentista: arquitetura, pintura e escultura ..................................53A arte em Portugal nos séculos XV e XVI .......................................................55A crise religiosa do século XVI e a rutura protestante ..............................56As igrejas protestantes ............................57A reação católica: o Concílio de Trento e a Contrarreforma ...................................58A inquisição na Península Ibérica ............58Esquema-síntese ....................................59Exercícios práticos orientados 2 ............61Ficha de Avaliação 2 ..............................69

6 O contexto europeu dos séculos XVII e XVIII .................73

6.1. O Antigo Regime europeu: regra e exceção .......................................73

O absolutismo régio .................................73A sociedade de ordens .............................74A economia do Antigo Regime .................75A arte e da cultura no Antigo Regime ......77A afirmação política e económica da Holanda e da Inglaterra ......................79Esquema-síntese ....................................81Exercícios práticos orientados 3 ............83Ficha de Avaliação 3 ..............................91

6.2. Um século de mudanças (século XVIII) ........................................95

O Iluminismo ...........................................95Portugal e o movimento iluminista na segunda metade do século XVIII: o despotismo pombalino ..........................96A economia portuguesa na segunda metade do século XVIII ............................96O reforço do poder régio ..........................97As reformas pombalinas ...........................97A cidade como imagem do poder: o urbanismo pombalino ...........................98Esquema-síntese ....................................98Exercícios práticos orientados 4 ..........100Ficha de Avaliação 4 ............................105

I S B N 9 7 8 - 9 7 2 - 0 - 3 6 0 1 2 - 0

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7 O arranque da “Revolução Industrial” e o triunfo dos regimes liberais conservadores ..................................109

7.1. Da “Revolução Agrícola” à “Revolução Industrial” ......................109

A revolução agrícola ..............................109A revolução demográfica na Inglaterra .........................................110A prioridade inglesa na Revolução Industrial ..............................................110As consequências da Revolução Industrial ..............................................111Esquema-síntese ..................................112Exercícios práticos orientados 5 ..........113Ficha de Avaliação 5 ............................117

7.2. Revoluções e Estados liberais conservadores .......................................121

A Revolução Americana e o nascimento dos EUA ..............................121A Revolução Francesa .............................122Os antecedentes da Revolução Liberal portuguesa ............................................124A Revolução Liberal de 1820 ..................125A guerra civil de 1832-1834 ...................127As reformas liberais ...............................127Esquema-síntese ..................................128Exercícios práticos orientados 6 ..........130Ficha de Avaliação 6 ............................138

8 A civilização industrial no século XIX ...................................142

8.1. Mundo industrializado e países de difícil industrialização ....................142

A expansão da Revolução Industrial ...... 142A revolução dos transportes .................. 142Novas fontes de energia, novas indústrias e alterações no quotidiano ... 143A afirmação do capitalismo financeiro e o liberalismo económico .................... 143Os novos modelos culturais ................... 145O caso português – sucessos e bloqueios do processo de industrialização .............. 147A instabilidade política ......................... 147O atraso da agricultura e da indústria portuguesa ........................................... 147As tentativas de modernização.............. 148Alteração nas estruturas sociais ............ 149Esquema-síntese ..................................150Exercícios práticos orientados 7 ..........152Ficha de Avaliação 7 ............................158

8.2. Burgueses e proletários, classes médias e camponeses ..............162

A explosão demográfica do século XIX ....162O crescimento urbano ............................162A sociedade de classes ...........................163A luta operária, as propostas socialistas e o movimento sindical .........164Esquema-síntese ..................................165Exercícios práticos orientados 8 ..........167Ficha de Avaliação 8 ............................171

II. PROPOSTAS DE PROVAS .........................................................................................174Prova 1 .......................................................................................................................................176Prova 2 .......................................................................................................................................184Prova 3 .......................................................................................................................................192Prova 4 .......................................................................................................................................201

III. PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO ..............................................................................209

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Apresentação

Em junho de 2018, através do Despacho n.º 6020-A/2018, divulgado em Diário da República, as disciplinas de História e de Geografia do 8.º ano passaram a estar sujeitas a uma prova de aferição conjunta.

De forma a ajudar os alunos a sistematizar e a estudar a matéria de História, tendo em vista a preparação para a Prova de Aferição de História e de Geografia do 8.º ano, editamos este livro que serve de apoio ao estudo ao longo do ano le-tivo e na preparação para as fichas de avaliação. Ajuda o aluno a trabalhar e estu-dar de forma autónoma, possibilitando uma consulta rápida para esclarecimento de dúvidas.

Neste livro, o aluno encontra:

• resumos de todos os conteúdos da matéria de História do 8.º  ano, com a identificação das Aprendizagens Essenciais definidas pelo Ministério da Educação;

• esquemas-síntese de todas as unidades;

• exercícios práticos orientados com dicas de orientação e de construção de respostas;

• exercícios que articulam conteúdos de História e de Geografia;

• fichas de avaliação para testar conhecimentos e compe-tências;

• 4 propostas de provas, cujo objetivo é, não só testar e aplicar conhecimen-tos, mas também familiarizar os alunos com uma possível estrutura de prova e com diferentes tipos de exercícios que possam ser alvo de avaliação;

• propostas de resolução de todos os exercícios, fichas de avaliação e propos-tas de provas, que permitam aos alunos verificar o seu progresso.

Bom trabalho!

Helena Vieira

Até à data da publicação desta obra, não havia quaisquer indicações sobre a estrutura e sobre os conteúdos a contemplar na Prova de Aferição de História e de Geografia do 8.º ano (prova n.º 87).

Em relação ao tipo de questões apresentadas, tiveram-se em consideração as indicações do IAVE (Instituto de Avaliação Educativa) relativas à “Tipologia de Itens a observar nos instrumentos de Avaliação Externa”, de de-zembro de 2014, à “Lista para Elaboração de Provas”. Estes documentos estão disponíveis no site do IAVE.

Para além destes documentos, tivemos em consideração a Prova de Aferição de História e Geografia de Portugal do 5.º ano (57), também consultada no site do IAVE, e o historial de Testes Intermédios de História e Geografia.

Em relação aos conteúdos, seguimos os documentos curriculares desta disciplina que estão publicados e são oficiais, nomeadamente o Programa, as Metas Curriculares e ainda as Aprendizagens Essenciais. Todos estes documentos estão disponíveis para consulta no site da Direção-Geral da Educação (www.dge.mec.pt).

Dada a escassez de informação do IAVE sobre esta Prova de Aferição, aconselha-se uma consulta regular ao seu site (www.iave.pt), prevendo a possibilidade de serem prestados esclarecimentos ou veiculadas informações importantes.

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Como me preparar para esta prova?CP

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Onde estudar?Podes estudar em vários espaços:

• na escola;

• em casa;

• numa biblioteca;

• num local que consideres apropriado.

Na escola, aproveita bem as aulas! Está atento, participa ativamente e realiza todas as atividades que te são propostas. Aproveita para registar apontamentos das aulas, pois estes serão muito úteis para o teu estudo. Quando não estás na escola, escolhe um espaço calmo, arrumado e organizado, bem iluminado, arejado e com uma temperatura agradável.

Que material de estudo devo utilizar?

E ainda o teu manual e o caderno diário. Evita distrações, tais como o barulho da tele-visão, jogos, computadores e smartphones, a não ser que os utilizes no teu próprio estudo!

Quando e quanto estudar? Em relação à disciplina de História, é preferível estudar 20

minutos por dia, todos os dias, do que 2 horas seguidas uma vez por semana!

Prepara-te ao longo do ano e não estudes apenas nas vésperas dos testes e da prova de aferição! Estudar na véspera pode bara-lhar-te mais do que ajudar e, além disso, a falta de tempo para es-tudares toda a matéria poderá causar-te ansiedade e insegurança.

Dicionário

Material de escrita

Este livro!

Todos os dias!

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I. Estuda e põe-te à prova!12

5 Expansão e mudança nos séculos XV e XVI

5.1. O expansionismo europeuA Europa nas vésperas da expansão

No século XIV, a Europa viveu uma grave crise económica e social marcada por fomes, pestes e guerras.

A quebra demográfica foi vertiginosa e deveu-se à elevada mortalidade provocada por esta tríade negra. Nos meios rurais e urbanos, as revoltas populares eram cons-tantes, devido ao descontentamento social provocado pelo aumento dos preços dos produtos, pela falta de mão de obra e pelo tabelamento de salários.

Portugal não ficou imune a esta crise demográfica, económica e social. Por isso, era urgente encontrar uma solução que permitisse ultrapassá-la. Ao mesmo tempo, Portugal enfrentou a crise política de 1383-1385, da qual resultou uma nova dinastia – a Dinastia de Avis – cujo primeiro rei foi D. João I.

Nos inícios do século XV, a Europa começou a recuperar:

• a população voltou a crescer;

• a produção agrícola e artesanal começou a aumentar;

• o comércio reanimou-se.

As principais áreas comerciais na Europa eram a Flandres, as cidades da liga hanseática e as cidades italianas.

As principais áreas comerciais europeias nos inícios do século XV

Edimburgo

Estocolmo

Bergen

Bristol

Lisboa

Sevilha

Ceuta

Fez

TrípoliAlexandria

Cartago

Valência

BarcelonaMarselha

Roma

Nápoles

Veneza

Génova

Bordéus

Paris

Antuérpia

Hamburgo LübeckDanzig

Riga

Bruges

Cádis

Londres

Lãs

Ferro

LãsSal

Sal

Sal

Sal

Pastel

Alúmen

Alúmen

Açafrão

CobrePrata

MadeiraPeles

ChumboPrata

Sal

Arenques

Ferro

OCEANO

ATLÂNTICO

Mar Negro

MarBáltico

Mar doNorte

Mar Mediterrâneo

Grandes centros de comércioe bancaCidades da HansaRota dos HanseáticosRota dos ItalianosRota do LevanteRota do ouroItinerários terrestres

0 500 km

Observa o mapa e localiza espacialmente as principais cidades e as rotas comerciais dos inícios do século XV.

Fonte: Porto Editora

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5. Expansão e mudança nos séculos XV e XVI 5.1. O expansionismo europeu 13

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oraNeste contexto, Génova e Veneza destacaram-se pelos contactos comerciais que

estabeleciam com os muçulmanos. Através das Rotas do Levante, a estas cidades chegavam especiarias, sedas, perfumes e outros produtos do Oriente, que eram de-pois vendidos por toda a Europa.

No entanto, estes produtos eram muito caros, pois o seu comércio envolvia um grande número de intermediários. Os europeus desejavam, por isso, ter acesso ao seu local de origem. Porém, o Mediterrâneo oriental era controlado pelos muçulmanos e pelos turcos. A solução era navegar para sul através do oceano Atlântico.

Mas tal não era uma tarefa fácil! Naquela altura, o Atlântico sul era desconhecido e os europeus acreditavam nos “mitos do mar tenebroso”, que o mundo acabava na linha do horizonte, que os mares eram habitados por monstros marinhos e que a sul do deserto do Sara existiam povos estranhos. O medo era uma constante nas viagens atlânticas.

O mundo conhecido nos inícios do século XV limitava-se à Europa, ao Norte de África e ao Médio Oriente. Sabia-se que a Índia existia, mas ninguém sabia ao certo onde ficava. As informações geográficas que os europeus tinham eram imprecisas e baseavam-se nos trabalhos da antiguidade de Ptolomeu, na cartografia árabe e nos relatos fantasiosos de aventureiros e mercadores como Marco Polo. Pensava-se que o continente africano se prolongava para sul, não havendo ligação entre o Atlântico e o Índico e ignorava-se a existência da Oceânia, da Antártida e da América.

O pioneirismo português na expansãoApesar dos medos provocados pelos “mitos do mar tenebroso”, os portugueses

foram pioneiros na expansão marítima, ou seja, foram os primeiros a explorar os mares e a conhecer novas regiões até então desconhecidas. Tal foi possível porque Portugal reunia um conjunto de condições favoráveis para a expansão marítima tais como:

• condições geográficasPortugal estava muito próximo do Norte de África, tinha uma extensa costa ma-rítima e bons portos naturais.

• condições políticasPortugal vivia um período de paz e estabilidade política. Depois da crise de 1383-1385, D. João I viu na expansão uma forma de solucionar a crise económica, unir todos os grupos sociais num objetivo comum e legitimar a dinastia de Avis junto dos reis europeus.

• condições técnicas e científicasPortugal tinha uma longa tradição de pesca marítima e de construção naval. Os marinheiros portugueses já estavam ha-bituados a navegar nos mares e sabiam utilizar instrumentos de orientação, como o astrolábio, a bússola, o quadrante e a balestilha, essenciais para a navegação astronómica.Também tinham cartas de marear e já sabiam desenhar portulanos, instrumen-tos que registavam portos, correntes e ventos marítimos. Os portugueses aper-feiçoaram também as suas embarcações, adaptando-as para as viagens no Atlântico.

Navegação astronómicaNavegação orientada pelos astros com a ajuda de instrumentos específicos.

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I. Estuda e põe-te à prova!14

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Embarcações utilizadas na expansão marítima

Barca

• Embarcação de pequena tonelagem.

• Não tinha coberta.

• Tinha um mastro e uma vela quadrangular.

• Era utilizada em navegação por cabotagem, ou seja, com terra à vista.

Caravela• Embarcação com maior tonelagem que a barca.

• Tinha coberta e um pequeno castelo à popa, para abri-gar os navegadores.

• Podia ter 2 ou 3 mastros e tinha velas triangulares ou latinas.

• Podia atingir grandes velocidades.

• Permitia bolinar, isto é, navegar com ventos contrários.

Nau

• Embarcação maior que a caravela.

• Tinha coberta e castelos à popa e à proa, para abrigar os navegadores.

• Tinha vários mastros, velas quadrangulares e uma triangular à popa.

• Era menos veloz, mas tinha maior capacidade de carga e era mais segura que a caravela.

• Tinha canhões para defender tripulantes e produtos.

Havia um conjunto de motivações que direcionavam os portugueses para a ex-pansão marítima como forma de ultrapassar a crise económica:

• ter acesso direto a metais preciosos;

• ter acesso direto aos produtos do Oriente;

• obter cereais;

• procurar mão de obra.

Relativamente à expansão marítima, Portugal reunia ainda um importante con-senso social. Todos os grupos sociais estavam interessados na expansão marítima.

• Clero – desejava converter muçulmanos ao cristianismo e expandir a fé cristã.

• Nobreza – pretendia conquistar novas terras, cargos e títulos.

• Burguesia – desejava aceder a novos mercados e produtos, assim como enrique-cer com os lucros do comércio.

• Povo – desejava melhorar as suas condições de vida.

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5. Expansão e mudança nos séculos XV e XVI 5.1. O expansionismo europeu 15

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A conquista de CeutaA expansão marítima portuguesa iniciou-se oficialmente em 1415 com a conquista

de Ceuta, no Norte de África, porque esta cidade respondia a todas as necessidades económicas portuguesas e permitia unir todos os grupos sociais num objetivo comum.

As razões que levaram à conquista de Ceuta foram:

• a localização geográfica da cidade junto ao estreito de Gibraltar, que permitia controlar a pirataria muçulmana na costa do Algarve e as entradas e saídas de embarcações no Mediterrâneo;

• a existência de vastos campos de cereais, que escasseavam em Portugal;

• a chegada a Ceuta de várias rotas comerciais provenientes do Oriente e do inte-rior de África – Ver novamente o mapa p. 12 ;

• a possibilidade de combater os muçulmanos e expandir a fé cristã;

• a possibilidade de afirmar a nova dinastia de Avis e a Ínclita Geração, armando cavaleiros os filhos de D. João I;

• a concordância de todos os grupos sociais neste projeto.

Em 1415, Ceuta foi rapidamente conquistada e revelou-se um sucesso militar. Porém, transformou-se num fracasso económico, uma vez que:

• os campos de cereais foram incendiados;

• as rotas comerciais foram desviadas pelos muçulmanos;

• a cidade foi cercada e constantemente atacada, exigindo o envio de mais soldados, armas e mantimentos, o que tornou a manutenção da cidade muito dispendiosa.

A expansão no período henriquinoAinda no reinado do seu pai, D. João I, o Infante D. Henrique assumiu a direção

da expansão. Contudo, optou por um rumo diferente. Em vez da política de conquis-tas, optou pelas descobertas marítimas, tornando-se o grande impulsionador dos Descobrimentos.

As primeiras descobertas deram-se no oceano Atlântico, com a (re)descoberta das ilhas inabitadas da Madeira e dos Açores. Estas foram depois divididas em capitanias, entregues a capitães-donatários. Assim, chegaram às ilhas atlânticas colonos do Minho, do Algarve e da Flandres, que desenvolve-ram atividades económicas como a agricultura, a pecuária e a pesca. Na Madeira, destacou-se o cultivo de cereais, vinha e cana-de-açúcar. Nos Açores, desenvolveu-se a criação de gado, o cultivo de cereais e a exploração de plantas tintureiras como a urze e o pastel. As ilhas da Madeira e dos Açores transforma-ram-se depois em importantes pontos de escala das embarca-ções que faziam as grandes viagens no oceano Atlântico.

O Infante D. Henrique incentivou, também, os seus navegadores a continuarem as descobertas para sul, ao longo da costa africana. Estes seguiam em barcas e pratica-vam uma navegação por cabotagem. O primeiro grande obstáculo que lhes surgiu foi

Capitão-donatárioAdministrador de uma capitania que tinha a função de a povoar, explorar economicamente e cobrar impostos.

ColonizaçãoExploração e/ou povoamento de um território conquistado ou descoberto – colónia – por um Estado, que envia para lá colonos.

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I. Estuda e põe-te à prova!32

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Exercício 1

Observa o gráfico.

80

70

60

50

401000 1100 1200 1300 1400 1500

Milhões de habitantes

Anos

Seleciona, de 1.1 a 1.4, a opção correta.

1.1. Até ao século XIV verificou-se:

a) uma quebra demográfica.

b) um crescimento demográfico.

c) uma estagnação do crescimento demográfico.

1.2. No século XIV, verificou-se uma acentuada quebra demográfica devido:

a) ao aumento da natalidade e diminuição da mortalidade.

b) ao aumento da mortalidade e diminuição da natalidade.

c) à diminuição da mortalidade e da natalidade.

1.3. A diminuição do crescimento natural, no século XIV, deveu-se essencialmente:

a) às fomes, pestes e guerras que aumentaram a mortalidade.

b) ao aumento dos nascimentos que fizeram crescer a natalidade.

c) às crescentes migrações.

1.4. A natalidade e a mortalidade são indicadores estatísticos:

a) sociais.

b) económicos.

c) demográficos.

1.5. Explica a recuperação demográfica e económica verifi-cada no século XV.

Exercícios práticos orientados 1

Documento 1 Evolução da população europeia (1000-1500)

Explica significa esclarecer, mostrar como

algo aconteceu. Nesta pergunta, deves

dizer o que contribuiu para o crescimento

da população e da economia da Europa no

século XV.

Percurso de resposta

1. Começa por dizer por que motivo a popu-

lação aumentou no século XV (recupera-

ção demográfica).

2. Mostra depois que, neste mesmo pe-

ríodo, a produção também aumentou, ge-

rando mais alimentos e matérias-primas.

3. Estabelece a ligação entre o crescimento

da população e da produção com o cres-

cimento do comércio (recuperação eco-

nómica).

Consulta a proposta de solução e compara-

-a com a tua resposta!

Nas questões de escolha múltipla, deves

assinalar a alínea que está totalmente cor-

reta.

Percurso de resposta

1. Lê muito atentamente a frase e todas as

opções. 2. Se souberes de imediato a alínea que

está certa, assinala-a.

3. Se não souberes, risca aquelas que sabes

que estão erradas e volta a ler as res-

tantes alíneas.

Lembra-te! Só há uma resposta total-

mente certa, por isso, se tiveres dúvidas,

tenta perceber qual é a hipótese que não

tem nenhum erro, ou aquela que está mais

completa.

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5. Expansão e mudança nos séculos XV e XVI 5.1. O expansionismo europeu 33

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Exercício 3

Exercício 2

Observa o documento.

2.1. Preenche os espaços em branco com as palavras que se seguem.

• reduzido • cartografia • astronomia • preciso

• americano • africano • Glacial Ártico • Índico

Antes da expansão marítima portuguesa, o conhecimento do mundo era muito a) . A b) , arte de fazer mapas, ainda era muito imprecisa e pouco rigorosa. Como se pode observar no mapa do documento 2, julgava-se que não existia ligação entre o oceano Atlântico e o oceano c) . Os mapas da época ignoravam o continente d) , a Oceânia e a Antártida.

Observa o documento.

Seleciona, de 3.1 a 3.2, a opção correta.

3.1. O documento ilustra:

a) os mitos da Atlântida.

b) os mitos do mar tenebroso.

c) os mitos ptolomaicos.

3.2. Os mitos representados no documento:

a) aumentavam o medo de navegar nos mares.

b) aumentavam o desejo de navegar nos mares.

c) impediram o início da expansão.

Neste exercício, deves escolher a opção que completa corretamente a frase, tendo por base o documento.

Documento 2 Mundo de Ptolomeu, século XV

Documento 3

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Nas questões de preenchimento de espa-

ços, deves completar os espaços com as

palavras que são fornecidas.

Percurso de resposta

1. Lê todo o texto.

2. Se souberes de imediato as palavras que

faltam, escreve-as logo.

3. Risca-as no quadro das opções.

4. Vê todas as opções que te restam, volta

a ler o texto e procura as palavras acer-

tadas para cada espaço.

Nota: existem sempre mais palavras nas op-

ções do que espaços no texto. Só deves usar

uma palavra/expressão em cada espaço.

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Ficha de Avaliação 6 – 50 minutos

GRUPO I

A REVOLUÇÃO AMERICANA

1. Preenche, com base no documento 1, os espaços em branco no texto com as palavras que se seguem.

• ocidental • oriental • América do Norte • América Central

• onze • treze • catorze • Norte • Sul • aristocrática • burguesa

• comércio • pesca • agricultura • metalurgia • livre • escrava

Em meados do século XVII, muitos ingleses emigraram para a costa a) da b) , para fugir de perseguições políticas e religiosas. Ali fundaram c) colónias.

As colónias do d) tinham uma sociedade e) e dedica-vam-se à f) , em plantações de tabaco e algodão, com mão de obra g) . Em contrapartida, as colónias do h) tinham uma sociedade i) e dedicavam-se à j) , ao k) e à l) , com uma mão de obra m) .

2. Assinala com um X cinco aspetos que uniam os colonos ingleses da América do Norte na segunda metade do século XVIII.

a) Língua americana

b) Língua inglesa

c) Religião protestante

d) Religião católica

e) Defesa contra os ataques franceses e índios

f) Defesa contra os ataques franceses e espanhóis

CANADÁ

TERRITÓRIOSDO

OESTELUISIANA

FLORIDA

JÓRGIA

CAROLINADO SUL

CAROLINADO NORTE

VIRGÍNIA

PENSILVÂNIA

NOVA IORQUE

MASSACHUSETTS

NEW HAMPSHIRE

BOSTONRHODE ISLANDCONNECTICUT

NOVA JÉRSIANova Iorque

FILADÉLFIADELAWARE

OCEANO

ATLÂNTICO

Outras possessõesinglesas na Américado NorteLimite das TrezeColónias, em 1776Possessõesespanholas

Colónias do NorteColónias do Sul

Territórios francesesentregues à Espanhaapós 1763, �m daGuerra dos Sete Anos

0 300 km

Documento 1 Documento 2Fonte: Porto Editora

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7. O arranque da “Revolução Industrial“ e o triunfo dos regimes liberais conservadores7.2. Revoluções e Estados liberais conservadores

3. Identifica o acontecimento ilustrado no documento 2.

3.1. Refere três razões do descontentamento dos colonos que justificaram esse aconte-cimento.

4. Completa a frase.

Depois de vencerem a guerra civil, os EUA aprovaram uma a) em 1787 e tornaram-se uma b) , aplicando na prática, pela primeira vez na His-tória, as ideias iluministas.

GRUPO II

A REVOLUÇÃO FRANCESA

5. Legenda o documento 3, identificando os grupos sociais nele representados.

1 – 2 – 3 –

6. Explica, por palavras tuas, o significado da caricatura do documento 3.

7. Explica, com base no documento 4, o problema de votação que se levantou nos Estados Gerais.

Documento 3 “Taille, impôts et corvées”, em português: talha, impostos e corveias

Clero Nobreza Povo

0,5% 1,5%

98%

291

1 voto270

1 voto

578

1 voto

Percentagem dapopulação de França

N.º de representantesnos Estados Gerais

1

2

3

Documento 4

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Prova 1 – 90 minutos

1. Observa o documento 1.

1.1. Completa, com base na observação do documento 1, o seguinte texto, utilizando as palavras ou expressões do quadro abaixo.

• XIV • XVI • astrolábio • balestilha • astronómica

• nau • deuses • XV • quadrante • bússola

• costeira • barca • monstros • fantasmas

A expansão portuguesa iniciou-se no século a. . Tal foi possível porque os portugueses dominavam o uso de instrumentos de orientação, como o b.  , representado no documento 1 com a letra A, e a c.  , representada no documento 1 com a letra B, que assegura-vam a prática da navegação d. . Os portugueses também cons-truíram diferentes tipos de embarcações, como a caravela e a e. , que está representada no documento 1. Nas primeiras viagens da expansão, os nave-gadores portugueses pensavam que os mares eram habitados por f. , como os que se observam no documento 1, crença essa que sustentava os chama-dos mitos do mar tenebroso. Contudo, a experiência dos portugueses ajudou a aca-bar com essas ideias e deu a conhecer um Novo Mundo.

2. Lê o documento 2.

E porque ele tinha vontade de conhecer a terra que ia além do cabo Bojador […], mandou ele àquelas partes os seus navios para ter de tudo manifesta certeza. E esta foi a primeira razão do seu movimento.

A segunda foi porque […] se poderia trazer para estes reinos muitas mercadorias e levar para lá as que neste reino houvesse […].

A quarta razão foi querer saber se nessas terras haveria algum rei cristão que o qui-sesse ajudar na luta contra aqueles inimigos da fé.

Gomes Eanes de Zurara, Crónica do Descobrimento e Conquista da Guiné, 1453 (adaptado)

5

Documento 1

A

B

Documento 2 As cinco razões do Infante

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Prova 1 177

2.1. Assinala, com um X, a opção que completa a frase.

O documento 2 apresenta as motivações para a expansão do Infante:

a. D. João.

b. D. Henrique.

c. D. Duarte.

d. D. Fernando.

2.2. Transcreve, do documento 2, uma frase que mostre uma motivação económica para a expansão marítima portuguesa.

3. Associa a cada grupo social, apresentado na coluna A, o respetivo interesse na expansão presente na coluna B. Escreve, em cada espaço da coluna A, a letra correspondente da coluna B. Utiliza cada letra apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

1. Clero A. Expandir a fé cristã

B. Aceder a novos mercados e rotas comerciais

2. Nobreza C. Ganhar fama e prestígio

3. Povo D. Conquistar terras, cargos e títulos

E. Aliar-se aos muçulmanos do Norte de África

4. Burguesia F. Melhorar as condições de vida

4. Ordena cronologicamente, de 1 a 8, os seguintes acontecimentos relativos à expansão marítima portuguesa. O primeiro acontecimento já se encontra numerado.

a. Chegada à Índia

b. (Re)descoberta da Madeira e dos Açores

c. Tratado de Tordesilhas

d. Passagem do Cabo Bojador

e. Chegada ao Brasil

1 f. Conquista de Ceuta

g. Fundação da Feitoria de Arguim

h. Passagem do Cabo das Tormentas

5. Lê o documento 3.

De Portugal mandam joias, pérolas, ouro, especiarias, marfim ou dente de elefante, anil e algodão e outras coisas preciosas em grande quantidade, que delas se fornece a maior parte da Europa, as quais mercadorias os portugueses conduzem das Índias Orientais, de Calecute para Lisboa e, depois, até cá [feitoria na Flandres] todos os dias. Conduzem também os açúcares da ilha de São Tomé, que dependem, por direito, da coroa de Portugal. Do mesmo modo, conduzem para aqui a madeira que tiram daquela parte do Novo Mundo que eles possuem […]. E trazem […] a malagueta da Guiné, não esquecendo os ótimos açúcares e o vinho da Madeira que transportam daquela ilha.

Ludovico Guicciardini (1567), in M. Gonçalves Cerejeira, O Renascimento em Portugal, vol. I (adaptado)

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Documento 3 O comércio do Império Português no século XVI

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