O PAVILHÃO

O espaço se fez bruma. Nesse momento me vi imerso, envolto. Não vejo formas rígidas, estas se limitam à imaginação, elas me colocariam em um lugar confortável, um deja-vu. É neste instante em que me deixo levar. Não existem formas reconhecíveis onde estou, não há nada que me traga lembranças. A partir de agora tudo se transforma em um campo de experiências. A sensação é estranha, como se eu camin-hasse abrindo uma trilha em um bosque. Também não consigo reconhecer o meu tamanho, não tenho nenhuma referência de escala. Sem me dar conta, chego em um espaço amplo, algo como uma clareira; sem dúvida, uma clareira no bosque. É nestes lugares insólitos que se dão as trocas de informação, são eles os portadores do conhecimento. Perto, mesmo sem saber a que distância, vejo uma aglomeração – posso escutar vozes. Curioso mas decidido, começo a me deslocar e, me afastando, logo estou submerso na bruma mais uma vez. Como se flutuasse dentro de um líquido, chego em uma bolha; é, realmente, uma bolha: um lugar mais amplo dentro deste espaço denso mas permeável. São eles os portadores da informação. Continuo me movimentando dentro desta atmosfera. Intuitivamente, termino em um lugar onde posso reconhecer certas formas; efetivamente, são lembranças. Talvez eu leve uma. Saio.

- Desculpe, você está na fila para entrar?- Sem dúvida.

O pavilhão para a EXPO DUBAI 2020 se posiciona de maneira clara e contundente no conjunto. A estrutura modulada é muito vantajosa na montagem, no uso e na posterior desmontagem. O ciclo de vida do pavilhão foi pensado desde o início com esta consequência; o pavilhão se desvincula naturalmente do perpétuo e do sólido. Uma estrutura de pilares suporta a grande cobertura que atua como sombreamento, sob esta camada fica disponível uma grande plataforma que permite quase infinitas configurações de espaços. O pavilhão não tem muros mas, se de alguma maneira, alguém vê paredes, estas tem a permeabilidade como característica principal – é um local onde se está sempre imerso. Os percursos não são definidos a priori, estes emergem na medida em que nos movimentamos. Durante o trajeto encontramos várias ilhas onde acontecem eventos singulares. Entre estas ilhas emergem novos lugares que chamaremos de limiares.A medida que nos movemos dentro destes limiares, os tubos que compõem esta subestrutura se movem e reverberam o movimento para as partes adjacentes. É neste momento que o pavilhão se converte em líquido. Esta noção de mudança e variabilidade ficam claras nesta arquitetura. Uma fotografia, um flash, o evento e seu desaparecimento.

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01 Fila02 Acesso03 Foyer Expositivo04 Ambiente Expositovo05 Ambiente Expositivo06 Ambiente Expositivo07 Espaço Multiuso08 Cabine09 Camarim08 Restaurante Café09 Loja10 Caixa11 Depósito12 Saida13 Praça14 Acesso Funcionários15 Acesso VIP16 Acesso Cozinha17 Vestiário18 Refeitório19 Sistemas (utilities)20 Depósito21 Recepção22 Apoio23 Limpeza24 Lixo25 Foyer26 Controle27 Cozinha28 Depósito29 Pre-lavagem30 Acesso Loja31 Acesso Café

32 Diretor33 Escritório 6 pessoas34 Escritório 16 pessoas35 Sala de Staff36 Copa37 Sala para 8 pessoas38 Sala para 12 pessoas39 Lounge de espera

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09USINA DE EXPERIÊNCIAS

Entre arquitetura e entropia

Breve Relato

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ACESSO AO PAVILHÃO

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VISTA DA PRAÇA

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ESPAÇO MULTIUSO VISTA DA EXPOSIÇÃO