O Perú Molhado

Um jornal cego, surdo e mundo

18 de julho de 2010 - www.operumo lha do.com.br Edição 972 • ANO XXX

O MAIORJOR NAL

BÚZIOS

Via TAMLinhas Aéreas

R$ 1.00

Ele tinha respostaspara todas as perguntas

Ele tinha respostas para todas as perguntas

Foto

: San

dro

Peix

oto

Perú especial Campos do Jordão

na próxima semana!

Participe!

18 de julho de 2010 – O Perú Molhado

RECEPTIVO(22) 2623-2100

Rua Turíbio de Farias, Centro • Búzios • [email protected]

Transfer Rio x Búzios x Rio Regular e PrivativoPasseios Turísticos e City Tour Arraial do Cabo e Rio de Janeiro

Con se lho edi to rial Bri git te Bar dot, Clau dio Kuck, Ivald Gra na to, Jo mar Pe rei ra da Sil va, Fi no Quin ta ni lha, Re na ta Des champs, Ota vi nho, Umberto e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Rena to Pa co te, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau ritz Lach man, Gui lher me Araú jo, Pe dro Pau lo Bul cão, Pau lo Ma ria ni, Al ber to Fan ti ni, Ma rie Anick e Jac ques Mer cier, Ara guacy da Sil va Mello, Luis Ed mun do Cos ta Lei te, Mar cos Pau lo, Elie Sha ye vitz, Jonas Suas su na, Gló ria Ma ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Adriana Salituro, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira e Thomas Sastre.

Fun da do res Ma rio Hen ri ques e Pe dro Luis Lar ti gue

Ge rên cia de Ven dasRio: Gestão de NegóciosTel: (21) 22458660

Me ce nas Umberto Mo dia no

Im pres são News Technology Gráfica Editora Ltda

Diretora de DistribuiçãoCristina Albuquerque

Depto. JurídicoDr. Ulisses Tito da Costa

Di re tor Mar ce lo Lar ti gue

Jor na lis ta res pon sá velHamber R. de Carvalho(reg. prof. 13.501 DRT/RJ)

Editora de fotografiaSylvana Graça

Re pór terSan dro Pei xo toAlessandra CruzCláudio KuckDenis KuckAdriana Salituro

DiagramaçãoCa ro li ne Moreira

Diretora ComercialAlessandra Cruz

O Pe rú Mo lha do / Edi to ra Mi ramarCNPJ: 02.886.214/000132

Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950000 – Brava Ar ma ção de Bú zios – RJ

Celular/redação: (22) 81283781 / 92163361 / 26231422Comercial: (21) 78748081Email: operu mo lha [email protected] [email protected] te: www.operu mo lha do.com.br

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VIDA LONGA

Marcelo, na última quinta-feira à noite quando terminei de escrever minha crô-nica sobre o Aníbal, inquietei-me sobre como vcs resolveriam a edição. Não se tratava de tarefa fácil: o criador, o ami-go, o editor, o repórter mais importante do jornal estava morto. Como fazer uma edição que homenageasse a grande figu-ra sem cair para pieguice e os previsíveis laudatórios dos “funéreos”? Vcs resolve-ram muito bem, com doses de dor e de humor. A edição está excelente e a capa uma obra de arte. Os depoimentos um primor, modestamente, com exceção ao meu, e retratam muito bem as múltiplas e divertidas faces do Anibal. Estou certo que o Aníbal de algum modo participou ativamente do fechamento do Peru, ah, ele não iria perder esta oportunidade. Só não gostei das suas pessimistas pre-visões de morte. Humor demasiadamen-te mórbido. Pára com isto, rapaz. Basta um pouco de juízo e seguir os conselhos médicos para assegurar -a vc, Cláudio e amigos - longa e divertida vida.Sabe, certa vez participei de uma anima-da festa de aniversário do amigo Marco Malan, no SPA Sete Voltas, da minha amiga Miriam Abicair, e me diverti mui-to, pasme, sem uma gota de álcool. Foi então que descobri que é possível fazer uma festa só com sucos, refrigerantes e, principalmente, trocando o álcool por boas doses da alegria espontânea de cada um de nós. E o que não falta em vc é ale-gria de viver, meu caro Marcelo!Não deixei de beber, claro, bebo por pra-zer, mas a sabedoria da idade me leva a ser mais moderado . Tenho que poupar meu fígado, coitado, sofrido e cansado pelos longos anos de bombardeio de todo tipo de bebida, sofriveis, péssimas, ruins, boas e excelentes, dependendo das fases e oportunidades da vida.Neste final de semana escolhi um bom vinho que saboreei vaga-rosamente em homena-gem ao Aníbal, ele me-rece e eu também. Baita abraço.

Etevaldo Dias

JORNAL DO BRASIL: VAMOS DIZER NãO AO FECHAMENTO

Na quarta-feira dia 21, ao meio-dia, o Sindicato dos Jornalistas vai fazer uma manifestação em frente à atual sede do Jornal do Bra-sil - Avenida Paulo de Frontin 568 -, no Rio Comprido, para tentar evitar o fechamento da-quele que já foi um dos mais importantes jornais da impren-sa brasileira. Sabemos que o Jornal do Brasil de hoje nada tem a ver com aquele jornal que durante mais de um século escreveu boa parte da história do nosso país. Um jornal que ousou, que foi cantado pelos tro-picalistas e acima de tudo não se-guiu à risca a cartilha da ditadura militar, como outros jornais fizeram.Mesmo assim, a notícia de que o Jornal do Brasil vai deixar de circular é um gol-

p e para toda uma geração

de jornalistas que lá trabalharam ou sim-plesmente foram seus leitores. O dono da marca, Nelson Tanure, que arrendou

o jornal em 2001, anunciou esta semana que o JB passará a ter apenas uma versão na internet. Ele alega que tentou vender o jornal mas não encontrou comprado-res. Mas e o direito dos funcionários, co-mo fica?A manifestação do Sindicato pretende também alertar as autoridades da área do Trabalho para que não deixem acontecer com os empregados da empresa o mes-mo que aconteceu com os ex-funcioná-rios da TV Manchete e Bloch Editores. Muitos morreram sem receber seus di-reitos trabalhistas. O JB tem hoje 180 empregados, entre os quais 60 jorna-listas. Qual será o futuro deles? Quan-tos serão reaproveitados na versão on-line? E o passivo trabalhista? É bom lembrar que muitos ex-funcionários estão na Justiça lutando por direitos que não foram respeitados. A presidente do Sindicato dos Jor-nalistas, Suzana Blass, está tentando marcar um encontro com Tanure. O objetivo, diz Suzana, é garantir uma empregabilidade mínima e os pagamentos da rescisão. Portanto, não se esqueça: quarta-feira dia 21 ao meio-dia, em frente ao Jornal do

Brasil, na Avenida Paulo de Frontin 568, no Rio Comprido.

Telma Flora

Por Osvaldo Maneschy

Chamada de “revitaliza-ção urbana” e ao custo de 1 milhão e 370 mil reais, a construção pelo prefeito Mirinho Braga

de um calçadão no Canto Esquerdo da Praia de Geribá, em Búzios (RJ), está se tornando um crime ambiental. Sete amendoeiras cinqüentenárias e uma albatã (nativa) foram impiedosamen-te cortadas -- e as três amendoeiras restantes terão o mesmo destino nesta segunda-feira (12/7) se ninguém fizer nada -- porque um burocrático arqui-teto da prefeitura, sem ouvir ninguém, decidiu substituir as amendoeiras por exóticas palmeiras – que não dão som-bra alguma.Os moradores do Canto Esquerdo, al-guns deles atônitos e com lágrimas nos olhos, a maioria sem acreditar no que assistiam, viram os funcionários da firma Terrapleno Terraplenagem e Construção Ltda, sob as ordens do en-genheiro Alfredo Crysostomo de Mou-ra, sem qualquer aviso, derrubarem com motosserras as amendoeiras ge-nerosas em sombra que sempre foram a marca registrada do lugar.O crime foi perpetrado em poucos mi-nutos e pegou a todos de surpresa, não dando tempo para nenhuma reação organizada. Nesta segunda (dia 17/7), refeitos do primeiro impacto, os mo-radores do Canto Esquerdo prometem reagir para impedir que as amendoei-ras restantes – que protegem inclusi-ve os barcos dos pescadores nos dias quentes de verão – tenham o

mesmo destino das outras – abatidas sem dó nem piedade.Todos são favoráveis às melhorias urba-nas do futuro calçadão, mas não concor-dam com a destruição das árvores que dão sombra e enfeitam o Canto Esquerdo especialmente nos dias de verão, quando protegem do Sol os pescadores conser-tando as suas redes e os turistas. Também consideram um absurdo que as árvores pródigas em sombra como amendoeiras sejam substituídas por palmeiras - que nada tem a ver com Búzios.Também estão indignados com o fato da prefeitura ter tentado impedir que os bar-cos dos pescadores – os moradores mais antigos do Canto Esquerdo - continuem estacionados nas areias do Canto Esquer-do de Geribá por conta da “beleza estéti-ca” do futuro calçadão. Eles reagiram e houve contra ordem para a proibição de deixar os barcos no local.

Os moradores do Canto Esquerdo es-peram que o bom senso volte a preva-lecer também no caso das árvores – e que a Prefeitura passe a protegê-las, em vez de cortá-las. O alcaide de Bú-zios, na opinião de boa parte dos mo-radores, também eleitores, precisa en-tender que amendoeiras não fazem mal a ninguém.

OBS. Analisando com calma as fotos enviadas pela prefeitura no seu release, na foto 6, que mostra todo o extremo do canto esquerdo, podemos reparar que a árvore cuja folhagem aparece no canto direito da foto é a copa da tal “al-batã” ou coisa parecida, arvore nativa, que também foi cortada e cujo crime era estar “colada” no muro do Condo-mínio da Ferradurinha. Pois é: além de cometerem o crime, ainda forneceram a prova... Que incompetência!

Amendoeiras de Geribá

25 de junho de 2010 – O Perú MolhadoRECEPTIVO

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to e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Re-

na to Pa co te, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau ritz Lach man,

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Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira e Thomas Sastre.

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Em comemorações aos seus 30 anos de

história, o Perú Molhado, o maior jor-

nal de Búzios, tem a honra de informar

a seus leitores e anunciantes, que em

parceria com o Jornal do Brasil, será

distribuído na casa de dois mil assinantes no Rio

de Janeiro. Leitores tradicionais do JB, pessoas in-

teligentes que fazem questão de receber em casa

um dos jornais mais importantes do Brasil. Agora

vão receber os dois. O escritor Manoel Carlos afir-

mou que o nosso jornal deveria ser distribuído em

todo o país. Começamos pela cidade maravilhosa.

O JB tem mais de 100 anos de história. Foi funda-

do em 1891 por Rodolfo Epifânio de Sousa Dan-

tas. Quando surgiu, o JB contava com a colabora-

ção de José Veríssimo, Joaquim Nabuco, Aristides

Spínola, Ulisses Viana, José Maria da Silva Para-

nhos Júnior e outros grandes nomes da literatura

nacional e internacional como o português Eça

de Queirós. O Perú Molhado apenas tem 30 anos.

Nesse pouco tempo (uma eternidade para qual-

quer jornal do interior) conseguiu o respeito e a

admiração dos leitores. Foi fundado em 1981 por

um argentino e um português que estavam duros

e precisavam pagar as contas. Até hoje estão ten-

tando pagar as dívidas. Entre nossos colaborado-

res destaque para Claudio Kuck, Ministro Márcio

Fortes, Lula Vieira, Eduardo Galeano, Ruy Castro,

Glauco, Luiz Fernando Pedroso, Chico Caruso,

Jaguar, Ykenga, entre outros.

Se a redação do Jornal do Brasil foi atacada em

16 de dezembro de 1891, dias após a morte de Pe-

dro II, a redação do Perú Molhado foi atacada em

fevereiro último pelo todo poderoso Dr. Ruy Bor-

ba, homem forte do governo Mirinho, e por seu

amigo Kauê. Assim como aconteceu no JB, Ruy

e seu amigo quebraram tudo que encontrara pela

frente. Depois do ataque, ficamos mais fortes.

Durante os chamados ‘Anos de Chumbo’ no país,

o JB foi o principal jornal de oposição. Enquanto

O Globo se alinhou com o regime, o JB se posi-

cionou desde o início contra o golpe militar. Já o

Perú foi o principal jornal da emancipação de Bú-

zios. Participou ativamente em todas as eleições

buzianas. Ajudou vários candidatos a perder.

Assim como o Perú, o JB é tradicionalmente vol-

tado para as classes média e alta. Uma elite com

altíssimo poder de formação de opinião, a nível

nacional. O Perú é ligado à classe alta, aos endi-

nheirados, aos famosos, mas não esquece os nati-

vos buzianos, para nós, a verdadeira classe ‘A’ da

cidade.

Em 2005, o JB instalou-se na Casa do Bispo, imó-

vel histórico e representativo do colonial luso-bra-

sileiro, datado do início do século XVII. Em 2009,

o Perú se mudou para a casa de seu editor Marcelo

Lartigue, na Rua da Brava. A crise mundial afe-

tou nossas finanças e tivemos que entregar a re-

dação da Praça Santos Dumont. Tomamos a sala

e o quarto. Marcelo teve que se mudar para um

puxadinho.

Em 2008, o Jornal do Brasil realizou uma parce-

ria de digitalização com o Google, que resultou no

livre acesso em texto completo das edições digi-

talizadas das décadas de 30 a 90, que podem ser

acessadas pelo link Acervo histórico digitalizado

do Jornal do Brasil. Já o Perú, em parceria com a

Ediouro fez o maior jornal do Mundo e entrou pa-

ra o Livro dos Recordes. A parceria entre o jornal

e a maior e melhor gráfica do Brasil transformou

o Perú no primeiro jornal brasileiro a ter conteúdo

grátis no Kindle.

Como podemos ver, os dois jornais têm muita coi-

sa em comum. Esse casamento tem tudo para dar

certo.

O Perú do Brasil Nota da Redação: Cara Telma, depois de anunciar a parceria com o perú Mo-lhado, ninguém duvidava que íamos afundar com o JB. Oferecemos pagar a dívida de 100 milhões de dólares, mas não colou. Obrigado por tudo, compa-nheiro Pedro Grossi.

18 de julho de 2010 – O Perú Molhado 3

O já saudoso Macaé no seu Cicle, sentado no Don Juan esperando o jantar, com sua inseparável cachacinha e na capa do Perú como garoto propaganda da Benetton“Enfim juntos hein, Brizola”.

Macaé, o gente boa de Búzios

18 de julho de 2010 – O Perú Molhado4

Por Sandro Peixoto

Personagem fan tás t ico , imaginável apenas em livros ou fil-

mes, Macaé se adaptou perfeitamente a socie-dade buziana. Era ape-nas mais um louco entre tantos outros que ilumi-nam essa cidade. Ainda tinha uma vantagem em relação aos diferentes loucos. Quando cansava da realidade que o cercava, criava a própria. Particular, cheias de personagens imagináveis e ini-magináveis como ele. Acompanhado de sua inseparável gar-rafinha de cachaça, sentava num canto e conversava por horas com seus com-panheiros invisíveis. Muitas das vezes brigava. Discutia, xingava, dava foras e reprimendas. Naquele mundo particular, ele mandava. As regras eram claramente suas. Se alguém de fora ousasse intervir naquela conversa metafísica era defenes-trado na hora. No mundo particular de Macaé cabiam apenas ele, seus amigos imaginários e só.Um dia, idiota que sou, briguei com Ma-caé. Depois fiquei pensando na burrice que tinha cometido. Não se briga com bêbado, crianças, índios ou flamenguis-tas. São todos inimputáveis. Arrependi-do, fiz as pazes. Tive a ligeira impressão que para ele nos não brigamos. A arenga aconteceu apenas na minha cabeça. Finalmente amigos, curtir bons mo-mentos com Macaé. Poucos, mas bons. Quando estava sóbrio era de uma deli-cadeza imensa. Atencioso, respondia a todas as perguntas. Até as impertinentes. Gostava de falar de si mesmo. Mas con-tava pouco. As conversas eram fraciona-das. Cheias de flash vagos. O legal era ver o Macaé sóbrio, conversando como qualquer pessoa normal. Coisa que defi-nitivamente ele não era.Macaé morou em Búzios por muitos anos. Era natural da cidade de Macaé. Daí seu apelido. Seu nome verdadeiro era Claudionor Nunes Coelho. Morreu aos 67. Segundo seu atestado de óbito, de in-farto. Foi (era) um dos melhores mecâni-cos de bicicleta da cidade. Chegou a ser sócio do nosso editor Marcelo Lartigue num Cicle. Ainda tinha uma carroça com a qual fazia fretes. Trabalhava direitinho. Nos momentos de sobriedade, era sério e compenetrado. Não mexia com ninguém. Adorava cachorros.

O personagem buzianoNos anos 80, quan-do surgiu no mundo a grife Benetton, um amigo do dono da marca resolveu abrir uma loja em Búzios. No mundo inteiro só rico vestia Benetton. Em Búzios essa era uma primazia dos pescadores. O jor-nal O Perú Molhado colocou Macaé na capa, de cabeça ras-

pada, óculos escuros na ponta do nariz, palito entre os dentes, vestido de Benetton. Com pulôver da marca perdurado no pescoço para não deixar duvidas. Nunca uma foto traduziu tão bem a Bú-zios daquela época.

A morte fria e solitária

O corpo de Macaé foi encontrado na últi-ma quinta-feira, pela manhã. Jazia pálido na porta de sua casa. Não havia sinais de violência. Um filete de sangue escorria a partir de sua têmpora direita. A primei-ra impressão diz que ele caiu sozinho e bateu a cabeça na parte cimentada que existe na entrada da simples casa. O ter-reno inteiro é de terra batida. Apenas um pedacinho é coberto de cimento. E foi bem nesse local que Macaé encontrou a morte. Sozinho...Quando soube de sua morte fui ver se po-dia ajudar em alguma coisa. Nem imagi-nava encontrar seu cadáver no local. Mas ele ainda estava lá. Debaixo da chuva. Protegido apenas por um cobertor. O que mais me chamou a atenção não foi lhe ver desfalecido. Foi à horta bem cuida-da que ornamenta seu jardim. Fileiras de alfaces, couves e outras hortaliças prova-vam que ali existia vida. Que apesar de naquele lugar morar um homem solitário, cheio de problemas existenciais, o amor se fazia presente em pequenos canteiros bem cuidados. Amigos e vizinhos dizem que a planta-ção de hortaliças estava mexendo com Macaé. Além da horta no quintal de casa, fez outra. Num terreno na Rua do Sos-sego, que pertence a nosso amigo Ivan, do Capitan’s. O que colhia vendia na vizinhança. Sua clientela aumentava a cada dia. Um dia antes de sua morte, En-comendou ao vizinho Guille, uma placa onde se lia: Vendem-se verduras. Morreu sem poder anunciar seu promissor negó-cio.

Por Aníbal Fernando

Nem bem sentei em minha nova mesa (acho que no céu, pois tem cigar-ros, bebidas de graça e nenhum evangélico) e

me chega Macaé. Todo de branco, ba-nho tomado, unhas cortadas, mas ain-da meio grogue e sem entender o que havia lhe acontecido. Somente depois que me viu, entendeu sua situação. Por alguns minutos ficou olhando para o chão. Tocando as mãos, tentando sentir algo. Como já passei pela mesma situ-ação fiquei na minha. Esperando que a ficha caísse. Chegou um garçom e fiz o pedido. Uma Itaipava para mim, e uma cacha-çinha para meu convidado. Assim que cheguei aqui procurei Um-berto Modiano. Me disseram que ele tinha parado de beber. Fui atrás do Al-berto Fantini. “Ele abriu uma igreja católica”, me disse um sujeito. Tentei encontrar o Fofi. Parece que ele anda meio escondido. Ninguém explicou o porquê. Por mais de uma semana va-guei sozinho sem ter com quem con-versar. Beber sozinho é muito chato. Procurei escrever, mas não tinha onde publicar. Aos poucos Macaé foi se soltando. Disse que a última coisa que lembra-

va era a porta de sua casa. Lembra que chegou a ca-sa. Não lembrava mais nada. Apro-veitei e perguntei como estava Bú-zios.-Chovendo mui-to, disse.Mesmo receando a resposta fiz ou-tra pergunta: -Estão sentindo minha morte?Macaé danou-se a falar.-Muita coisa. O Perú Molhado fez uma edição especial. Muita gente boa escreveu. Deu até no O Globo. Espe-ro que façam algo parecido por mim. Afinal eu também era um personagem da cidade. Mas também não dá para esperar muito. Nunca escrevi nada. Vivia bêbado pelos cantos. Não deixei filhos ou família. A sorte é que Mar-celo também foi meu sócio. Se ele lhe fez aquela grande homenagem não vai deixar passar em branco minha morte. Já to com saudades do Caçossa. Será que ele demora?Nesse momento Macaé virou o copo, chamou o garçom e deu a ordem. - Mais uma, por favor.Enfim havia conseguido alguém para conversar.

Enfim alguém para conversar

Por Mário Marola

Um dia procurei Dr. Joaquim, meu médi-co particular há anos.

Pensei em fazer um check-up. Afinal quando a idade chega, temos que nos preo-cupar um pouco mais com a saúde. Não é segredo para ninguém que gosto de beber umas cervejas. Já foi pior. Antes bebia destilados. Hoje bebo mo-deradamente e procuro comer bem. Mas o que quero contar aqui é um caso que aconteceu envolvendo Macaé, que infe-lizmente faleceu essa semana. Como disse acima, procurei Dr. Joaquim para uma consulta. Joaquim me fez pre-encher um formulário e exigiu um monte de exames. Hemograma completo, tran-saminase, uréia e creatina, glicose, ácido úrico, albumina, colesterol, TGO (AST) TGP (ALP), exame parasitológico de fe-zes, exame psicológico, urocultura e ou-tros tantos.Pensei comigo: Ora bolas, se eu que me cuido preciso de tantos exames, imagine Macaé, que bebe cachaça todos os dias?Então falei para Dr. Joaquim. Vou pre-encher esse formulário, mas quero que o senhor me dê outro para o Macaé. Vou levá-lo para fazer exame comigo. Com o formulário na mão, sai em bus-ca do Macaé. O encontrei na Rua Turí-bio de Farias e confesso que foi até fácil convencê-lo a preencher o tal formulário. Colocou nome, endereço, idade, sexo, profissão, tipo sanguíneo, time do cora-

ção, bebida preferida, etc. Nem tive a preocupação de conferir nada, dada a satisfação com que Macaé escrevia no papel.Marcamos um encontro para o outro dia. Em frente ao Brades-co. A idéia era fazer os exames no laboratório ao lado. Como

previsto, às nove da manhã lá es-tava Macaé a minha espera. Sóbrio e sé-rio. Cumprimentei-o e fomos os dois até o laboratório. Chegando ao balcão fomos atendidos por uma secretária. Entrega-mos os formulários e nesse momento Macaé fez uma pergunta totalmente inu-sitada.- O que tem pra beber?A moça do laboratório esbugalhou os olhos. Macaé se virou para mim e refez a per-gunta:- Vamos beber o quê?Confesso que fiquei sem palavras. A se-cretária percebendo a situação tentou ex-plicar.-O senhor veio tirar sangue para fazer exames.Ele deu um passo para trás e disse que não ia fazer exame nenhum. Que que-ria beber. Para não contrariá-lo também não fiz exame nenhum. Saímos os dois em busca de um lugar para beber. Pa-ramos na lanchonete da minha amiga Vilma, que foi minha gerente por anos. Bebemos umas tantas cervejas. Às horas passaram tranquila. Nunca um exame foi tão prazeroso. Soube que Macaé morreu. Búzios perdeu uma grande figura.

Está tudo certo


Foi assimPor Marcelo Lartigue

Ontem Macaé morava na mi-nha casa, perto da Praia da Tartaruga, junto com o sau-doso Mariani que vendia li-vros usados na Praça Santos

Dumont e escrevia no quarto mais úmido da casa, fumando o tempo todo. Mariani tinha os pés podres, mas com o olhar di-vinamente satânico, que faziam dele um senhor escritor reconhecido por Borges e Sábato na sua terra, a Argentina.Naquela época comigo morava também Gugu (por ande andará Gugu?) que caminhava o dia todo com uma foice para limpar terrenos, mas que na verdade era amante do jogo do bicho. Apostava no jacaré pela manhã, esperava o resultado, apostava de novo no jacaré à tarde e assim vivia alegre naquela Búzios do passado, sonhando em ver o jacaré dar na cabeça. As pessoas que o cumpri-mentavam se dirigiam como se ele fosse um príncipe. Infelizmente, Gugu caiu nas mãos da Toca de Assis e seus olhos morreram. Perderam o tesão pela vida que tanto curtia.Hugo, o pintor passou também por lá e até o “ilegal” Bonavita morou um tempo com a gente. Dormia no chão da cozinha, mas com camisas floridas das marcas mais caras da época.Havia também um cachorrão da raça Fila, gigante, cha-mado Lapa, que se alimentava de bananas e pitangas e aterrorizava os credores que não eram poucos.Foi uma época repleta de felicidade. Falar que vivia en-tre eles em minha casa, foi à melhor paquera que a No-elza recebeu, segundo ela.Macaé vivia na varanda, fora da casa. Deitado no chão, em cima de pilhas de velhos Perú Molhado. Escutan-do sempre um rádio que falava de tal “Impecável Maré Mansa”. Ele era o jardineiro da casa. Até se sentia o do-no desse pinel, onde a gente vivia nossas ilusões.Vamos trabalhar! Falei um dia para a turma. Não podía-mos estar sempre vivendo à custa do Perú. Ninguém se moveu. O único que me seguiu foi Macaé. Alugamos uma “lojinha” na casa do Jabinha no Centro de Búzios e bolamos o famoso Cicle Macaé. Ele era o melhor de Búzios e vendíamos muitas peças. Macaé fazia repa-rações invejáveis, mas a inflação da época não deixou nossa empresa progredir. Lembro que ia ao Rio comprar mercadoria na Rua da Alfândega. A grana arrecadada no mês passado nunca dava. Foi o começo do fim. Até a residência na Tartaruga abandonamos porque o aluguel não conseguia pagar. O Perú, como agora, afundava e levantava mais uma vez.Apreendemos como Macaé a falar sozinhos.Em memória a ele, mais que nunca vamos continuar falando, escrevendo, editando, sozinhos. Neste domin-go, Macaé será homenageado pelo jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, no jornal O Globo como ‘Macaé o Gente Boa de Búzios’.Mariani, Gugú, Bonavita, Hugo, Eu e Macaé tínhamos uma coisa em comum: a Cachaça. Que Deus a tenha...

Macaé era pedra 90. Já estou com sau-dades dele. Soca

Estou indo no mesmo caminho. Tenha paciên-cia que um dia chego lá. Gugu

Poema do golePoeta Caçossa

Perdi dois amigos de copo Diferentes entre elesDiferentes de mimApesar do amor pela pinga.

Pupu bebia todos os diasMacaé de vez em quandoEu, só bebo depois que acordo

Pupu morreu num diaMacaé morreu no outroOutro dia já se passou.

Continuou aqui...

Sei que o arco-íris quer me pegarEnquanto ele não vem, beboBebo para comemorar

Um dia sem Pupu Um dia sem Macaé Mais um dia comigo mesmo

Mais um que se foiPor Cabelada

Com a morte de Macaé, Búzios perde uma das figuras mais carismáticas. Eu mesmo o pre-senciei conversando com as maiores autoridades do país.

Questionava o presidente Lula reclamando de não ter criado um alambique em Búzios. Com o governador Sérgio Cabral, reclamava por não ter criado uma linha de ônibus es-pecial para os bebuns. Quando Barack Oba-ma assumiu, por diversas vezes o vi dando esporro no presidente americano. Dizia: isso aqui é o Brasil. vai se meter com seu país. Nos já temos um grande presidente. Macaé deixa uma lacuna dificilmente será preenchida em Búzios. Pelo seu carisma, gentileza e educação. Estou pensando seria-mente em me afastar de Búzios. O time dos bebuns teve três baixes recentemente. Aní-bal, Pupu e Macaé. Receio ser o próximo. Descanse em paz Macaé. Que aqui na terra brindaremos a sua feliz existência.

Ivan, no terreno ao lado de sua casa mostrando a horta que Macaé com todo o carinho cuidava

A placa encomen-dada a Guille que nunca foi usada

O quintal da casa do Macaé era mais bem cuidado que muitos na cidade


Por Sandro Peixoto

A história do sumiço e do provável assassi-nato da ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio, me trouxe a memória, cena de um julgamento que um dia assisti. Era um júri popular. O juiz interrogava um sujei-

to de apelido Calengo, acusado de ter emprestado uma arma que foi usada para um assassinato. Até aí nada demais. Apenas mais um caso de violência entre tantos que acontecem dia-a-dia no Brasil.A cena era bem tradicional. O Juiz no centro de tudo comandando o julgamento, promotor público e advoga-do de defesa em seus postos, jurados atentos, acusado apreensivo e platéia ansiosa por justiça. Foi só o magis-trado começar sua fala para a realidade brasileira vir à tona. Não lembro com certeza se eram esses os nomes, mas garanto que foi mais ou menos assim.O Juiz pergunta ao acusado:-O senhor sabe que tem que dizer a verdade não sabe senhor Calengo?-Sim senhor, respondeu Calengo.-O senhor pode me dizer por que emprestou uma arma de fogo a seu amigo Babão?-Ele me pediu para fazer um assalto excelência.-E o senhor não imaginou que ele poderia matar al-guém?-Bem excelência. Conheço bem o Babão. Ele é profis-sional. Assalta há muito tempo. Sabe fazer o serviço direito. Não pensei que ele fosse matar ninguém. Tava em casa com minha irmã Charona, quando chegaram Chinelo e Umbigo, dois chegados que conheci na ca-deia. A gente estava comemorando a libertação de Ratazana, outro colega nosso que saiu da cadeia um dia antes. Foi quando Babão chegou e me pediu uma arma. Ele foi meu cunhado. Foi casado com Charona. Eles até tiveram um filho, o Beiçin. Pano rápido...Os nomes dos per-sonagens da cena acima podem não ter sido os mesmo, mas uma coisa eu garanto. Ninguém tinha nome naquele julgamento. Ape-nas apelidos. Uma coisa bizarra. O juiz todo embecado. O dois advogados- de defesa e de acusação- vestidos a caráter, os jurados cobertos com capas pretas, polícia em seu canto, a platéia silenciosa e no meio de tudo uma salada de nomes bizarros, entre-laçadas com cenas de crimes e de profundo desrespeito a condição humana. Parecia uma cena burlesca. Uma farsa teatral.O noticiário dos últimos dias envolvendo os acusados do assassinato da ex-amante do goleiro Bruno, do Fla-mengo, me trouxe uma forte impressão de déjà vu. Nes-sa trama, quase todos os acusados são conhecidos por apelidos. O melhor amigo de Bruno e principal acusado é conhecido como Macarrão. Outro suspeito, o ex-poli-cial Marcos Aparecido dos Santos tem três apelidos. É conhecido como Bola, Neném ou Paulista. Já Wemer-son Sousa, outro acusado pela policia de participação no crime é conhecido como Coxinha. Mas nesse caso está tudo bem. Se meu nome fosse Wemerson, também preferia um apelido. E pensar que por anos tive medo de coxinha de rodoviária.O fato, é que mesmo se os acuados forem inocentes já não importa mais. Seus apelidos os condenaram.

Bola, Macarrão, Coxinha e Bruno

Matéria a pedido de Luiz Fernando

Pedroso.De última hora: 8 dias sem nin-guém ser preso

na Gávea


Claudio Chumbinho, ex-vereador e ex-candidato a prefeito pela cidade de São Pedro da Alde ia ,

fez uma grande festa para o lan-çamento de sua campanha a de-putado Estadual pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Na ocasião, mais de duas mil pessoas com-pareceram ao salão nobre do São Pedro Esporte Clube. Nem a chu-va e o frio conseguiram apagar o brilho da noite. O ponto alto da festa do lançamento da campa-nha de Chumbinho foi quando o ex-prefeito da cidade Paulo Lobo declarou seu apoio incondicional a Chumbinho. Paulo Lobo decla-rou seu voto ao jovem político e prometeu caminhar junto com o candidato do PT e pedir votos pa-ra elegê-lo.Também marcaram presença na grande festa os candidatos a de-putado federal Chico D’Ângelo e Vladimir Palmeira, do PT, e Car-los Victor, do PSB, e José Bonifá-cio (PDT), 1º suplente do candi-dato ao Senado, Lindberg Farias. Chumbinho agradeceu o apoio e anunciou para breve, a apresenta-ção das propostas de seu mandato particip@tivo, uma nova forma de compromisso com seus eleitores, via internet.O evento reuniu os presidentes de diretório e políticos do PT de 11 cidades do interior do Estado (Arraial, Cabo Frio, Búzios, São Pedro, Araruama, Saquarema, Ca-simiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé, Campos e Conceição de Macabu), que participam da cam-panha de Chumbinho, e apresen-tou a marca e as músicas da cam-panha, que agradaram o público presente. Na próxima quarta, 21/07, às 19h, Chumbinho vem à Búzios para inaugurar seu comitê no es-paço da Academia do Bosque, na Av. José Bento Ribeiro Dantas. No mesmo local, também às 19h, será inaugurado o comitê buziano do candidato a deputado federal pelo PSB, Carlos Victor.

Chumbinho neles!

O candidato Chumbinho em seu primeiro discur-so de campanha

O candidato a deputado pelo PT Chumbinho recebendo o apoio de Paulo Lobo

O salão do São Pedro Esporte Clube ficou pequeno para a festa

RegistroAmaro com seu carro atola-do na ladeira que dá acesso a sua casa em Manguinhos. Ele diz que já não tem mais a quem reclamar. O prefeito de Búzios conhece o proble-ma, mas ninguém mexe uma pá de brita para resolver.


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Por Sandro Peixoto

Saem de campo os jogadores da seleção Bra-sileira e entram os candidatos a presidente, governador, senador e deputado. As eleições 2010 começaram com tudo essa semana. Em todos os cantos, comitês eleitorais são inau-

gurados com festas e fogos. A Pizzaria Don Fornello no bairro de Jardim Esperança foi o local escolhido pelo deputado Estadual André Lazaroni (ex-André do PV) para lançar sua campanha em busca da reeleição. Um saboroso café da manhã foi oferecido aos convidados, à maioria, moradores do bairro que participam do proje-to de inclusão digital, dirigido por Luiz Henrique, uma espécie de irmão de coração do deputado André Laza-roni. O curso de informática é gratuito e conta como apoio do deputado, da ONG Vida Brasil e do Centro de Cidadania e Meio ambiente Elias Lazaroni. Muitas dos presentes jamais haviam tocado antes num computador. Alguns já conseguiram emprego graças ao curso.Antes de o deputado André Lazaroni começar seu dis-curso, sua mãe, Dalva Lazaroni pediu a palavra. Agra-deceu a presença de todos àquela hora do dia (9 da ma-nhã) e proferiu uma aula de política e cidadania ines-quecível. Dalva é uma mulher forte. De gestos finos e de posições intensas. A mãe do deputado André Lazaro-ni é uma mulher de palavras definitivas. Escritora, pro-fessora, advogada, bibliotecária e política, Dalva foi à primeira mulher eleita vereadora na cidade de Duque de Caxias. Fundadora do Partido Verde ocupou ainda em 1982 o honroso cargo de secretária municipal de meio ambiente de Duque de Caxias numa época em que nin-guém falava sobre meio ambiente. Foi considerada uma eco-chata, louca mesmo. O Brasil vivia num estado de exceção e ninguém ousava falar de meio-ambiente. O desenvolvimento era a palavra reinante. Em 1976, o governo Militar resolveu criar um local para receber todo o lixo metropolitano. Nessa época, Dalva enfrentou e perdeu uma das maiores batalhas de sua vida. A destruição de um imenso manguezal que foi transformado no maior e mais terrível aterro sanitário a céu aberto do Brasil. Estamos falando do lixão do Jar-dim Gramacho, no município de Duque de Caxias. Po-rém, o mesmo lixão que lhe deu muita dor de cabeça, também lhe rendeu um prêmio. Quando exercia o cargo de Presidente da Federação Latino-americana e Cari-benha de Educadores Ambientais (entre 1995 e 2000) Dalva organizou a Eco Aplicada 95, no Rio de Janei-ro. Na ocasião, recebeu o prêmio “Flea” por seu vídeo “Um jardim chamado Gramacho”.Dalva teme que depois de tantos anos de negligência, o lixão do Jardim Gramacho se transforme num alu-vião, com todos os perigos que isso representa pois o mangue não aceita tanto lixo por tantos anos. Alega que podemos ter o maior desastre ecológico do Brasil. Ou-tro problema são os milhões de ratazanas que moram e

procriam naquele lixão. Se o governo retirar os alimen-tos desses bichos, eles vão invadir a cidade e as casas. Serão mais de cem mil pessoas afetadas. Dalva Lazaroni começou a se envolver na vida política 40 anos de nascer. Como neta e filha de políticos, as discussões políticas, sociais e acadêmicas sempre fize-ram parte de sua vida.- Acredito que a política é a única maneira de você pro-vocar a transformação da sociedade. Mas para isso a pessoa não precisa se candidatar a um cargo eletivo. Cidadania é participação. Temos que tomar parte de sindicatos, associações, grêmios, etc. Ter atitude diante da vida. Sempre vivi dessa maneira. Procurando trans-formar e não apenas mudar. Às vezes, você muda um móvel de lugar e a sala fica igual. Não temos que mu-dar e sim, transformar, afirmou.Dalva Lazaroni sabe o que diz. Por isso procura usar sua força política para transformar seu bairro, sua cida-de, o Estado, o país e o mundo. Transformar as pessoas.

Mostra um novo caminho a ser seguido. Com amor, de-dicação e responsabilidade. Apesar de pertencer a uma família política, Dalva afir-mou que levou um susto quando André resolveu se candidatar a vereador. Lembra que estava de férias na Bahia, com seu marido Paulo quando foi informada pe-lo filho da decisão. Fizeram as malas e voltaram para apoiar o filho. O deputado André Lazaroni é formado em Direito. Completou o curso aos 23 anos. Tinha uma brilhante carreira pela frente. Havia inclusive, com a ajuda de sócios, montado um escritório de advocacia. - A decisão do André nos pegou de surpresa. Ele fez um curso brilhante. Estava se especializando, fez pós-gradu-ação. Estava encantado com o Direito. O fato é que a história política da família o contagiou. Mas foi bom ele fazer o curso de Direito. Assim que ele se elegeu escre-veu o livro “Defenda-se” que trata dos Direitos da Ci-dadania. A verdade é que a política estava latente dentro dele, naquele dia aflorou, finalizou Dalva, a mãe.

Começou a corrida eleitoralO deputado estadual André Lazaroni ao lado de sua inspirado-ra mãe, Dalva Lazaroni


EDITAL DE PUBLICAÇÃO DE SENTENÇA DE INTERDIÇÃO

O MM Juiz de Direito, Dr.(a) Rafael Rezende das Chagas - Juiz Titular do Car-tório da 2ª Vara da Comarca de Búzios, RJ, FAZ SABER a quantos este edital virem e dele conhecimento tiverem, que por sentença deste Juízo nos autos da ação nº 0002497-30.2009.8.19.0078 (2009.078.002592-8), foi decretada a In-terdição de Zeus Progenio do Amaral - Nacionalidade Brasileira - Naturalidade: Belém - AL - Estado Civil: Solteiro - Data de Nascimento: 16/12/1987 Idade: 22 - Filiação: Pai - Gilberto Nunes do Amaral Mãe - Ana Lúcia Silva Pro-genio - CPF: 897.690.822-87 - Endereço: Rua Praia da Armação, nº 1299 - CEP: 28950-000 - Armaçao dos Buzios - Armação dos Búzios - RJ, sendo-lhe nomeado(a) CURADOR(A) o(s) Sr.(a) Gilberto Nunes AmaralNacionalidade Brasileira Naturalidade: Recife - PEProfissão: Artesão Estado Civil: Viúvo Data de Nascimento: 24/12/1959 Idade: 50Filiação: Pai - Paulo Nunes do Amaral Mãe - Carmelia Conceição Amaral CPF: 31976980291 Endereço: Rua Praia da Armação, nº 1299 - CEP: 28950-000 - Armaçao dos Buzios - Armação dos Búzios - RJ. Este edital será publicado por três vezes com intervalo de 10 (dez) dias, no Órgão Oficial. Armação dos Búzios, Quatorze dias do mês de julho do ano de dois mil e dez. Eu, ___________ Denise Aparecida dos Santos Medeiros - Escrivão - Matr. 01/80716, o subscrevo.

EDITAL DE PUBLICAÇÃO DE SENTENÇA DE INTERDIÇÃO

O MM Juiz de Direito, Dr.(a) João Carlos de Souza Corrêa - Juiz de Direito do Cartório da 2ª Vara da Comarca de Búzios, RJ, FAZ SABER a quantos este edital virem e dele conhecimento tiverem, que por sentença deste Juízo nos au-tos da ação nº 0002032-21.2009.8.19.0078 (2009.078.002115-7), foi decretada a Interdição de Magno da Silva Santos , sendo-lhe nomeado(a) CURADOR(A) o(s) Sr.(a) Zilmar da Silva Gomes CPF: 08998975769 . Este edital será publi-cado por três vezes com intervalo de 10 (dez) dias, no Órgão Oficial. Armação dos Búzios, Treze de maio de dois mil e dez. Eu, ___________ Zelia da Silva Gonçalves - Subst. do Escrivão - Matr. 01/26606, o subscrevo.

O resultado do meio Foi na atmosfera retratada acima, cheia per-severança, cidadania, atitude política e res-peito ao meio ambiente que André Lazaroni cresceu. Seu futuro não poderia ser diferente. O jovem advogado logo se transformou num dos políticos mais dinâmicos e modernos do Brasil. Tanto que o governador Sérgio Cabral fez questão de levá-lo para o PMDB, onde André criou imediatamente o PMDB Verde. O deputado saiu do PV por dois motivos. A direção do partido tomou decisões que iam ao contrário de suas convicções e ele tam-bém procurava outros espaços para levar a bandeira do desenvolvimento sustentável. Para o deputado, o verde é uma bandeira tão importante que não pode ficar apenas na mão de um partido. -Na verdade houve um desgaste com a dire-ção estadual e nacional do PV. Esse desgaste foi aumentando e nós procuramos um novo caminho. Mas não houve traumas. O Governador Sérgio Cabral, que conhece e acompanha de perto meu trabalho me convidou para fazer parte do partido dele. Fundar o Movimento Verde no PMDB. Que já nasceu grande, pois o PMDB é o maior partido do Brasil. Na legenda tenho certeza que poderemos fazer uma grande trans-formação social do Brasil. O maior instrumento de transformação social atualmente no mundo é o meio ambiente.Para o deputado André Lazaroni, a maioria das pessoas já percebeu a importância de se preservar o meio am-biente e não teme que o discurso da defesa do verde fi-que monocórdico. Para ele, defender o meio ambiente é defender a qualidade de vida, as futuras gerações e a sustentabilidade do planeta. Lamenta apenas, que al-gumas pessoas ainda não tenham entendido o tamanho dessa responsabilidade. - Quando falamos em meio ambiente falamos de ren-da, saúde, bem estar, educação e infra-estrutura. Não dá mais para pensar em economia sem falar na parte social e ambiental. Também não dá para falar em meio ambiente sem falar na questão econômica e social. Pre-cisamos buscar um equilíbrio entre o social e o eco-nômico. É claro que não dá para falar de preservação para pessoas que moram em favelas, cercadas de valas negras e sem a presença do estado. Sem médico, aces-so a comida, segurança, transporte, educação e sanea-mento. Para essas pessoas temos que levar antes a pre-sença do Estado. O desenvolvimento sustentável é um conceito muito novo. Temos muito trabalho pela frente. Por isso estou buscando mais um mandato, finalizou o deputado André Lazaroni, que na urna eletrônica terá o número 15555.

Dalva Lazaroni apresen-tando o filho aos eleito-res de Jardim Esperança

O deputado cumprimen-tando os convidados

Luiz Henrique, irmão de cora-ção de André mostrando o

certificado que os alunos recebem ao concluírem o

curso de informática

NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS • NOTAS

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Nossa gerente Patrícia se despediu de Búzios nesta última sexta-feira. Foi uma choradeira só, especialmente para nós do Perú. Em seu lugar assumem duas gerentes: Patrícia (de vestido) fica com as contas das pessoas físi-cas e Letícia (atrás da Patríca) fica com as juridícas. A equipe toda do Bradesco vai sen-tir muito a falta dela. E nós também!

Nicolas Read também no Quadrucci

Humberto do Mercadinho Coisas da Roça da Rua da Brava mostrando uma jóia culinária da época da Escravidão: a sola

Lei do Uso do Solo - Depois de janeiro deste ano, Búzios está sem uma legislação sobre o Uso e Ocupação do Solo. O executivo entendeu que, devido as alterações nas leis complementares de 14 e 20 feitas pela Câmara, em dezem-bro de 2009, a Lei de Uso de Solo caiu, ou seja, deixou de existir. Assim, todo os processo de licenciamento de obras está paralisado. A promessa do executivo de se discutir a legislação junto com a população foi por água abaixo. Com as férias legislativas e as eleições deste ano, Búzios periga ficar sem lei até o próximo ano! Cuidado! – Essa decisão do prefeito de plantar somente árvores frutíferas na Estrada da Usina parece coisa de doi-do. Já imaginou quando as mangueiras, pitangueiras etc., crescerem e começarem dar frutos!!! Vai ser um tal de manga amassando carros, caindo na cabeça dos transeun-tes, emporcalhando a rua... Isso sem falar no perigo que vai ser a criançada que sai da escola disputando as frutas o meio da rua!

Galocha – Quem não tem carro, em Búzios, não pode tran-sitar em dias de chuva forte, como a desta semana. As ce-nas de verdadeiro caos e desrespeito com o cidadão se es-palharam pela cidade. Fica a impressão de que, aqui, quem não tem carro, tem que ter uma boa galocha.

Lama ou cocô - Na Av. Bento Ribeiro Dantas, no trecho entre a Tartaruga e a Policlínica, quem se aventurava a tran-sitar tinha duas opções: ou andava no meio da rua ou anda-va no meio da lama. Na Ferradura, em frente a Delegacia Legal, só se atravessava de bote! Em Geribá, o alagamento de várias ruas se misturava ao esgoto jogado criminosa-mente na rede pluvial. Quem se arriscou a atravessar o lago de cocô, teve que tomar banho de creolina depois! Falando nisso... – Este projeto de Medida Compensatória tem que ser revisto já. Afinal de contas, quem é o respon-sável por decidir onde, como e quando estas mudas serão plantadas? Ficando a decisão nas mãos dos autores da me-dida compensatória o ‘tiro sai pela culatra’, pois o sujeito faz o plantio, sem planejamento, e acaba virando uma ba-gunça. Por exemplo - , Na Ferradura, fizeram centenas de bura-cos, uns colados nos outros, plantaram árvores no meio das calçada ‘virtuais’, deixaram toda a terra jogada por lá e ainda um monte de buracos abertos. Um verdadeiro perigo para quem anda a pé e um criadouro de mosquito!

Luto. A prefeitura de Búzios não soltou nenhuma nota de pesar pelo falecimento do jornalista Aníbal Fernando nem pelo falecimento de Macaé, duas figuras especiais da ci-dade. Quando Mirinho ainda era Braga isso não acontecia. Bola Fora. Dizem que o novo time do Flamengo, a maio-ria amigos do ídolo Bruno será esse. Atenção para a esca-lação no velho esquema 4,4,2. Na defesa Macarrão, Bola,

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No último dia 16 de julho, ‘dona’ Carminha Medeiros, viúva do saudoso Pastor Gentil Medeiros, completou 85 anos. Na foto, ‘dona’ Carminha e seu filho Julio Medeiros em sua casa, em Manguinhos.

Dia 20 de julho, dia em que Vitória, filha mais velha do casal João Lisboa e Rita de Cássia completa 15 anos. Neste dia de festa, a debutante será mais do que nunca, a rainha da casa. A turma do Perú Molhado deseja muita felicidade a bela Vitória.

O empresário Ricardo Valdivia com as Gladiadoras, time de futsal feminino de Búzios e maior vencedor da Região dos Lagos. Valdivia que sempre apoiou o esporte em Búzios, tam-bém apóia as meninas, pois sabe do potencial delas. A foto foi feita essa semana na Pizzaria La Penínsola, na Praça Santos Dumont. Um jantar foi em comemoração ao apoio recebido.

Coxinha e Mula. No meio, Araque, Nervosinho, Buchada e Manguço e no ataque Reboco e Preguiça. Bruno no gol é claro. Na fase mata-mata esse time é imbatível.

Fora. Dr. Rafael Resende, juiz de Búzios e administrador do fórum, dispensou todos os funcionários cedidos pela prefeitura. Essa briga entre Dr. Rui e o Juiz está fazendo mal para a cidade.

Boi na tuba I. O vereador Evandro protocolou uma soli-citação na câmara para saber o quanto foi realmente gasto no conserto da ponte Alberto Fantini, no canal da Marina. Parece que o empresário Ricardo Valdivia (que bancou o conserto) gastou pouco mais de dez mil na obra, mas di-zem que a prefeitura de Búzios apresentou nota de 200 mil reais.

Boi na Tuba II. Procurado, o empresário Ricardo Valdivia não quis se pronunciar. Revelou apenas que seu gesto foi de cidadania. Fez a obra porque se sentiu na obrigação, pois Búzios o recebeu de braços abertos. Valdivia afirmou ainda que, se alguma dúvida permanecer no ar, ele apre-senta as notas.

Boi na Tuba III. Tentamos falar com o vereador Evan-dro, mas seu assessor informou que do pôr do sol de sexta-feira, até o pôr do sol de sábado, o nobre vereador não faz nada, pois ele pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia. Evandro pode agir como Adventista em Búzios, mas quan-do estava em Punta Del Leste com nosso editor Marcelo Lartigue, sua esposa Gladis e Mário José, curtiu o sábado numa boa. Passearam o dia todo e acabaram jantando num restaurante. É aquela coisa. Aqui, entre nossos eleitores te-mos que fingir que somos santos. Vamos lá. A Vereadora Joice Costa convida todas as mu-

lheres para uma palestra sobre o PLANO NACIONAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERES, com a presença da Superintendente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM), Sra. Cecília Teixeira Soa-res. O encontro será na Câmara Municipal de Armação dos Búzios, no dia 23 de julho de 2010, às 18:30h. Mulheres compareçam. Sua presença é muito importante.

Torresmo. O Restaurante Caverna, onde se encontra a melhor comida mineira de Búzios, está de novo endereço. Agora funciona ao lado do Banco do Brasil, num espaço amplo agradável. O novo Caverna agora funciona como comida a quilo. O preço é baixinho, mas o sabor continua nota 10.

O país rosa choque. Dois aviões lotados de argentinos partiram essa semana de São Paulo rumo a Buenos Aires. Depois que o congresso de lá aprovou uma lei autorizando o casamento gay, milhares já voltaram para casa. O sonho de muita gente vai enfim se realizar. O empresário Germán Arballo declarou ao site UOL que espera um impacto mui-to positivo, porque todos os negócios que tem são orienta-dos ao mercado gay. Ele acredita que muitos casais gays estrangeiros irão à Argentina só para se casar.

Gastronomia de dar água na boca torna restaurante Aquarium sucesso - Inaugurado a pouco mais de uma se-mana, o Aquarium Restaurante, localizado na Orla Bardot já é um sucesso. Especializado em cozinha contemporânea e com um excelente sushi, o mais novo espaço gastronômi-co vem atraindo cada vez mais cientes. Além dos turistas que curtem férias na cidade, diversos empresários e autori-dades locais já estiveram no Aquarium para conferir o mais novo empreendimento de Alexandre Alves – irmão da Pa-trícia do Blue Marlin – e sua esposa Luciana Filipetto – e

não Juliana como o Perú Molhado divulgou semana passa-da por equívoco, já perdoado pelos empresários (ufa!).Se você ainda não esteve por lá, não deixe de fazer sua re-serva e conferir as delícias do cardápio, com destaque para a entrada de salmão, o risoto Oceano, que a cada ano terá um diferencial e as exclusividades servidas no restaurante o peixe haddock e o pintado na folha de bananeira. Na hora de escolher onde sentar, os clientes Aquarium contam com duas opções: sentar-se no salão ou no aquário sobre a Orla Bardot. O ambiente é todo climatizado e bem decorado. O sabor sugere um paladar dos deuses. Não há como não gos-tar. Pensando na comodidade dos clientes e visando e evi-tar filas de espera, o Aquarium Restaurante realiza reservas através do telefone (22) 2623 0937.O restaurante funciona diariamente, a partir das 18 horas.


Por Adriana Salituro

É esse o lugar. Lugar aon-de a nossa percepção v a i a l é m . Aonde sen-timos o que vemos por-q u e p e r -cebemos com o olhar da alma. Uma viagem. Até Brumadinho, Minas Gerais, sô!E a gente vai caminhando entre 1500 espécies de palmeiras e as mais di-versas plantas idealizadas por Burle Max, inicialmente. Aos poucos, lá pelos anos 80, o dono, Bernardo Paz foi criando seu acervo botânico par-ticular.E fez do seu universo particular uma mistura de obra da natureza, bem dis-posta, com a arte humana. Ficou tu-do tão, mais tão, tão, tão bonito que ele abriu para o mundo todo ver. In-descritível. Só indo lá pra ver. E sen-tir.Os curadores escolheram mais de 100 artistas do mundo todo. São 30 nacionalidades. O espaço de 100 hectares foi cuidadosamente projeta-do para integrar as obras com o meio ambiente. O resultado, um verdadei-ro espetáculo!Cildo Meireles impressiona com o Através. Aos pisar em cacos de vi-dro, em espaço de um labirinto mon-tado por obstáculos transparentes, pensamos nas barreiras que, sem per-ceber, criamos dentro de nós. O In-mensa te faz ver o óbvio: muitos são os que fazem o alicerce para poucos subirem na escala social. Adriana Varejão apresenta na sua ga-leria, Celacanto Provoca Maremoto. Lindo de gritar. E a delicadeza de Passarinhos? Dá vontade de ficar ali. Parada com cara de boba.Tunga, Edgar de Souza, Hélio Oiti-cica, Yayol Kusama, são tantos que fica difícil contar tudo que vi. O americano Doug Aitken fez a trilha sonora do interior da terra. Assim: cavou 200 metros e fixou microfones lá embaixo. Na sala de vidro, com 360° de natureza pra gente ficar per-plexo, vem um som louco, forte, de terra gritando. Olhei para o buraco esperando ver um fundo comprido e preto. Mas, vi o céu refletido no vi-dro vindo de outro buraco aberto no teto. Demais!A integração arte e natureza é tão perfeita que fiquei sem saber do que mais gostei. Vídeos, pinturas, es-culturas, obras ao ar livre, sobre as águas, de todo jeito estão dispostas em perfeito equilíbrio. E, outras ga-lerias estão sendo construídas. Algu-mas obras são permanentes, outras temporárias. Por isso, temos que vol-tar sempre ao Inhotim.Gostaria de dar mais detalhes. Falar das vigas de ferro jogadas pelo ame-ricano Chris Burden em uma grande poça de cimento; do True Rouge de Tunga; do Continente Nuvem de Ri-vane Neuenschwander... Visitem o Inhotim. Depois me con-tem.

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O trabalho do americano John Ahearn e do portori-quenho Rigoberto Torres

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRODr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião TitularOFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

Em meu Car tó rio es tão afi xa dos os Edi tais de Pro cla mas de Ca sa men to:

Quem souber de algum impedimento, acuse-me.Eu, Cíntia Araujo da Silva Pinto, Escrevente , a extraí.

Armação dos Búzios, 15 de julho de 2010.Nara Parada – Tabeliã Substituta

SERGIO GAETANO CONTESSI e GRECIE DOS SANTOS FERREIRA; Ele,Italiano, Divorciado, comerciante, filho de: Gaetano Contessi e Giocon-da Lorenzi. Ela, Solteira, Estudante, filha de: Paulo Ferreira flor e Maria Jose dos Santos Ferreira, ambos re-sidentes neste Município- RJ.

FLAVIO DA ROCHA PEREIRA e CA-MILA MACIEL TARDELLI DA SILVA; Brasileiros, Solteiros, Ele, Motorista, filho de: Manoel Justo Pereira e Rosa Maria da Rocha Pereira. Ela, Vende-dora, filha de:Antonio Carlos Tardelli da Silva e Henriette Maciel Tardelli da Silva , ambos residentes neste Município –RJ.

BRUNO AUGUSTO CIRILO DA SIL-VA e JANE TEIXEIRA GOMES; Bra-sileiros, Solteiros, Ele, Despachante documentalista, filho de: Jose Cirilo da silva Neto e Ruth dos Santos Ci-rilo da Silva. Ela, Professora de edu-cação física, filha de: Paulo Sergio Gomes e Maria de Lourdes Teixeira Gomes, ambos residentes neste Mu-nicípio –RJ

FERNANDO MENDONÇA DE SOUZA e CARMEM LUCIA SILVA ; Brasileiros, Ele,Divorciado, pedreiro, filho de: Ber-nardo Ferreira de Souza e Urbana Rosa Mendonça de Souza. Ela,Divorciada,Do lar, filha de: Amaro Ribeiro da Silva e Maria Auxiliadora Silva , ambos resi-dentes neste Município –RJ

Ramon Hernando e Marina Gutierrez

Teka Bandeira , Ramon, Marina, Sandra, Mike, Cassandra e crianças

O Brasil saiu antes do que o previsto da Copa do Mundo. Perdeu para a Holanda, mas nem por isso Búzios ficou sem

festa. A comunidade espanhola se reu-niu para ver ao vivo e pela primeira vez La Fúria se tornar campeã do mundo, ao vencer a Holanda na final por 1 X 0 e nos vingar. O título está em boas mãos, quer dizer, em bons pés. Afinal a seleção espanhola

Olé Espanha! venceu a última Eurocopa e há anos apre-senta o melhor futebol do mundo. Nada mais justo que esse título na África. Quando o jogo enfim terminou, teve muita festa na casa da Marina e do Ra-fael do Lorenzo. Carlos, marido da Maga também comemorou bastante, mas como estava trabalhando não saiu em nenhuma foto. Para muitos, a final deveria ser entre Brasil e Espanha. Certamente o jogo se-ria ainda mais bonito.


Essa obra prima do mestre Chico Caruso foi publi-cada no jornal O Globo logo depois da vitória da Espanha sobre a Holanda. Nos tempos atuais, onde os ídolos da garotada são capazes de matar e esquar-tejar, foi uma delícia ver a orelha de Van Gogh nas mãos do Pablo Picasso. A orelha do mestre holandês enfim disse ao que veio.


CinemaCine Bardot - A JOVEM RAINHA VITÓRIA. Sexta 21:00 Sábado 21:00 Domingo 19:00. De: Jean-Marc Val-lée. Com: Emily Blunt, Miranda Richardson, Jesper Chris-tensen, Julian Glover. NO MEIO DO MUNDO. Quinta 21:00, Sábado 19:00 e Domingo 21:00. Brasil/ Fr 2009 1h 30 min. Drama 14 anos. De: Jean-Pierre Duret, Andrea Santana. Com: Cocada , Nego , Mineiro. Valor do Ingres-so: R$ 18,00 (inteira) / R$ 9,00 (Meia). Tel: 22 26231298 . www.viladomar.com/cinebardot

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sada. Faleceu Moacir Pereira da Costa. Ma-rido de Laura Antunes da Costa e pai de 9

filhos. Moacir era um homem agradável. Brincalhão e divertido, adorava a vida. Valorizava os amigos e sempre procurou viver de maneira simples. Lutou com todas as forças que podia pela vida. Deixou um legado de dedicação e amor. A família agradece a equipe da secretaria municipal de Saúde pelo apoio nas horas mais difíceis. A Deus pelo tempo de vida e aos amigos que souberam valorizar o homem sim-ples que foi Moacir. Agradecimento especial ao Dr. Tristão que mais que um médico, foi um verdadeiro amigo.

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Um grande livro, uma biografia de vários li-vros, num conjunto de histórias. Bibliográ-fica.Sempre pensei na bíblia como um livro de história, o melhor?Num grande Best seller.

Não dar pra discordar, há muito tempo leio a bíblia, de vá-rios tradutores, e versões. E que não parece, mais sou de criação cristã, embora hoje não tenha religião, sou contra o comportamento “crente” mais gosto de fato ler a bíblia, leio desde pequena, lia para minha avó que fazia reflexões dos textos da escritura sagrada, foi meu 1°livro, até hoje sempre que tenho tempo leio, leio até mais do que o jor-nal O Perú molhado que uso de meu disfarce pra justificar que, é trabalho, é porque na verdade é escravidão, quem disser que não, é mentira. É um herege. Mais enfim volta-mos à bíblia que é de fato o que nos interessa. Pois acredi-to em que um Deus criou tudo, tenho dúvidas no que diz a respeito do homem ser imagem e semelhança de Deus. e que Deus sou eu? Será que foi realmente através do ho-mem que Deus iluminou a projeção das escrituras sagra-das e em seus ensinamentos, mostrou que devemos seguir dois caminhos, e temos que escolher entre o bem e o mal, ou ele tentou nos dizer? Faça seu caminho. Interpretar mensagem enigmáticas a bíblia, e o mesmo que procurar agulha no palheiro.Na verdade é uma serie de interpreta-ções, A Bíblia. O livro das escrituras sagradas. O mesmo que de frutos serviu para muitas guerras, e totais em mor-tes de inocentes? Ou não?,O mesmo serviu á propósito de políticos e até mesmo para os próprios religiosos, os que afirmam seguir seus ensinamentos. Também criou o senti-do da paz e fez surgir uma nova idéia de vida. A formação de família, e o projeto de um novo mundo, “conhecimento que o bem e o mal”. o mais antigos costumavam dizer que a bíblia é uma faca de dois gumes. Como também nela e que está escrito “que do pó vieste do pó voltarás”. Todo começo suposto tem um fim. É o que acredito de fato. Ou devemos é realizar o sonho de Moises que foi posto a Jo-sias, que achavam o certo unificar um único Deus em uma só religião.A bíblia este livro, que considero um livro de história. Também é o registro vivo da história da humanidade, os narradores (autores) começando em Genesis que registra a história da criação do universo, e de todos os seres vi-vos e da humanidade. Tudo está escrito no antigo testa-mento da escrituras sagradas, e os capítulos iniciais posto a prova da ciência, em recentes descobertas arqueológi-cas, encontramos respostas muito diferentes das tradicio-nais, a bíblia é comparada a um documento histórico, so-bre uma sociedade que redigiu seu tempo. Comparações feitas através de pesquisas revelam resultados reais, sen-do que os fatos de fatos, muito aconteceram e outros não, foram narrados como? Ninguém sabe! E o Porquê? Está de certa datada de formas diferentes, a história começar com a restauração da aliança Deus e o Homem na figu-ra de Abrão, o documentário, “a Bíblia e seu tempo” em DVDs, pela Duetto editorial, que ultimamente tem lan-çamento de documentário com imagens antes e depois, de qualidade e de entendimento, n°1 OS PATRIACAS, O ÊXODO, o n°2 OS REIS, O LIVRO, traz imagem de sítios arqueológicos e descobertas realizadas em Israel,

Jordânia, Egito, e estudos feitos na Suíça, França, EUA, durante dez anos, representam uma verdadeira revolução no que sabemos sobre a sociedade, a história, e os ho-mens que escreveram a bíblia, a bíblia vista de forma li-terária, exemplos de história como a conquista de Jericó, derrubadas de suas muralhas com soar de trombetas feitas por sete sacerdotes como está escritas na bíblia no livro de êxodo. De fato não aconteceu, quando Josué passou por Jericó, a cidade na verdade já havia sido destruída, e nem civilização, menos ainda muralhas, assim como ou-tras cidades que estão em suas conquistas, já não mais existia. E entre muitas outras histórias da bíblia. Num relato surpreendente de forma fácil de entendimento, se existe o fato de fatos! Que provam acontecimentos reais em histórias bíblicas, e é explicável como mostra as es-cavações no monte de Megildo situado nas colinas de Is-rael, conhecido em textos bíblicos como o Harmagedôn, finais dos tempos. Valem a pena ver pra crer os estudos mostram um acervo incrível de objetos históricos e ma-peamentos de lugares, estão escritos na bíblia, que são de fato curiosos até aos olhos de céticos, como toda história sempre temos por excelência a espera de um final feliz, e o que sempre esperamos, de tudo acontece nas nossas vidas, até mesmo em filmes, novelas, mais a história que está escrita na escrituras não podemos mudar, conta um relato que a única explicação viável e a mais provável é a que vem do divino, a ciência não explica, quem faz mila-gres e quem são os homens bons ou ruins. Por si próprio o ser humano tem que se adaptar e adotar a lei deste novo mundo, este que vivemos, e só podemos mudar a história quando fazemos parte dela. O estranho é que os povos da antiguidade tinham a idéia de que o futuro podia ser melhor do que o presente vivido, e de que a história tem um significado e uma finalidade era algo novo. E agora o que vemos? É a forma indestrutível da esperança. Fazer o bem sem olhar a quem.

“REVERTERE AD LOCUM TUUM”(Meu primeiro livro)

Testemunho do adeus de Aníbal Fernando

Na missa de sétimo dia, que fui, fui pra te dizer, o que com o tempo, eu não tive tempo pra te dizer. O que faltou? Pra eu te dizer? Muito obri-

gado, muito obrigado do fundo meu coração de índio, meu amigo, meu grande amigo, obrigado por você ter existido, e resistido. É a prova que faltavam. Tudo vale pena quando alma não é pequena. (Valdete Rangel)Po

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O Perú recomenda este DVD da Duetto sobre a Bíblia


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