O Perú Molhado

Um jornal cego, surdo e mudo

O MAIOR

JOR NAL

BÚZIOS

1 de junho de 2012 Edição 1089 • ANO XXXII

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1 de junho de 2012 – O Perú Molhado2

RECEPTIVO (22) 2623-2100

Con se lho edi to rial Bri git te Bar dot, Clau dio Kuck, Ivald Gra na to, Jomar Pe rei ra da Sil va, Fi no Quin ta ni lha, Re na ta Deschamps, Ota vi nho, Umberto e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Re na to Pa cote, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau ritz Lach man, Gui lher me Araú jo, Pe dro Pau lo Bul cão, Pau lo Maria ni, Al ber to Fan ti ni, Ma rie Anick e Jac ques Mercier, Ara guacy da Sil va Mel lo, Luis Ed mun do Cos ta Lei te, Mar cos Pau lo, Elie Sha ye vitz, Jo nas Suas su na, Gló ria Ma ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro e Armando Ehrenfreund.

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Ge rên cia de Ven dasTráfego Publicidade & Marketing Ltda.(21) 25321329 (21) 91007612

Me ce nas Umberto Mo dia no

Im pres são Ediouro

Diretor de DistribuiçãoMuchacho Bicho Doido

Depto. JurídicoDr. Ulisses Tito da Costa

Di re tor Mar ce lo Lar ti gue

Editor AdjuntoJanir Hollanda

Jor na lis ta res pon sá velHamber R. de Carvalho(reg. prof. 13.501 DRT/RJ)

Editor de fotografiaTaxista João de Nair

Re pór terSandro PeixotoMônica CasarinAlessandra CruzDenis Kuck

DiagramaçãoCaroline MoreiraMarcela Silva

Diretora Comercial Alessandra Cruz

O Pe rú Mo lha do / Edi to ra Mi ramarCNPJ: 02.886.214/000132

Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950000 – Brava Ar ma ção de Bú zios – RJCelular/redação: (22) 81283781 / 92163361 / 26231422Comercial: (22) 78142441Email: operu mo lha [email protected] [email protected] te: www.operu mo lha do.com.br

Perús,

Estas fotos foram tiradas no dia 18 de maio na praia de Manguinhos. Esta é a solução da admi-nistração atual para o es-goto fora do tempo seco. Brilhante não?E ainda dizem que esta praia é a de melhor raia do Brasil...

Abraços,

Alice Passeri

Editoral II

Editoral I

1 de junho de 2012 – O Perú Molhado 3

Por Mônica Casarin

Sempre compartilhei da idéia de que a unificação das eleições brasileiras seria uma medida corre-ta, simplificaria o processo eleitoral e baixaria os

custos do governo (que vem do bolso do contribuinte). Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o Brasil gastou, nas últimas duas eleições, cerca de 705 milhões em cada uma delas. Pela ótica do controle de gastos, seria mais eficiente apenas uma eleição de 4 em 4 anos, não?Pois bem, mudei de idéia!No meu ir e vir diário pelas ruas de minha cidade, ob-servando o surpreendente ritmo das obras que se inicia-ram este ano de 2012, e a quantidade, me fez repensar o assunto. A princípio fiquei meio que revoltada, pois mi-nha cidade ficou 3 anos na miséria de obras. Tudo pare-cia adormecido, esquecido. Era meio triste, desolador...Naquele momento, comecei a pensar grande, de fato, esse despertar de obras já era esperado, pois é ano de eleição. E, no Brasil, ano de eleição significa ano de obras! Daí, em um momento de brilhantismo estratégi-co (kkkkkk) tive uma idéia! Uma idéia que pode tor-nar o Brasil, e minha cidade por conseqüência, em uma máquina desenvolvimentista! Um furor de crescimento urbanístico, e retorno ao cidadão!A idéia é a seguinte: já que os governantes brasileiros, de um modo geral, têm por hábito ficar juntando di-nheiro (ou escondendo...) por 3 anos para gastar tudo em ano de eleição, então porque não instituir ELEI-ÇÕES GERAIS ANUAIS!Alguém aí vai dizer: “Está louca, minha filha???” Não, nunca estive mais lúcida na vida! Pensem comigo. Tu-do bem que iremos gastar cerca de 700 milhões por ano. Mas, já gastamos 1.400 milhões a cada 4 anos, irí-amos apenas dobrar estes custos. Poderia até ficar mais barato, pois eliminaríamos alguns procedimentos pre-paratórios.Em compensação, teríamos o triplo de investimentos que temos hoje. Teríamos nossas cidades com obras de infra-estrutura acontecendo o ano todo, todos os anos; nosso sistema de saúde iria estar sempre funcionando bem, nossas ruas impecáveis; nossas escolas com boa merenda e professores motivados; enfim, nossos políti-cos trabalhando em prol do povo todos os anos!Me diga, caro leitor, não seria uma maravilha? Está bem, minha ‘brilhante’ estratégia teria um efeito co-lateral: teríamos que agüentar o horário político todos os anos... mas também nunca disse que a estratégia era perfeita, além disso poderíamos usar este tempo para ler um bom livro, ou para curtir com a família e ami-gos! Pensem bem, pode valer a pena!

Eleições anuais já!!!

Meryl Streep encarnando a ex-Primeira Ministra Margareth Teatcher no filme “A Dama de Ferro”

Muchacho Bicho Doido resolveu o problema da Rua 22 e agora mira suas baterias com João Buracão para a Rua 15, que está com as obras de saneamento parada desde janeiro

Muchacho arrasando...


Por Carlos Terra

Diz o Aurélio que fantoche é: “ bone-co feito de massa de papel ou de outro material, e em cujo corpo, formado pela roupa, o operador esconde a mão que a movimenta; títere, marionete.”

Este entendimento do vocábulo é feito sob medida para retratar uma situação que de tão repetitiva se tornou vulgar em nossa outrora bucólica vila de pescadores. A popula-ção elegeu pela terceira vez o cidadão buziano Delmires de Oliveira Braga conhecido pela alcunha de “Mirinho”, para que ele governasse o destino da cidade por acreditar que ele, filho da terra, efetivamente tivesse por ela carinho diferenciado. Diz a sabedoria popular, irretocável como , que “quem ama cuida”. Este senhor, elevado ao cargo de maior mandatário do município foi incapaz de durante seus três mandatos sequer olhar de soslaio para aqueles que deveriam merecer toda a sua atenção. Os extremos da sociedade, as crianças e os idosos. É inacreditável meus conterrâneos, sim, conterrâneos, porque frequento e tenho casa em Búzios de longa data - certamente por ser apaixonado por este cantinho do mundo onde pretendo viver o outono da minha vida - que seja aqui tratado como forasteiro e que portanto não tenha legitimidade para discutir os graves proble-mas que afligem nossa sofrida sociedade.Vou falar portanto como buziano por escolha e comen-tar as atrocidades reiteradas que este senhor investido do cargo de prefeito comete monótona e repetitivamen-te, zombando de todos nós ao agir sempre como um fantoche. Não é de outra maneira que este senhor exibe sempre a mesma face, seja na alegria ou na dor, uma vez que, seu semblante não revela nenhuma emoção, como é próprio dos hipócritas insensíveis. Para con-firmar minha afirmação, comparem quantas fotos do Mirinho quiserem e me mostrem alguma que difere de outra; são todas iguais como se este senhor fosse perso-nagem de um museu de cera.Para usar este disfarce, este senhor se deixa possuir por um personagem que o representa, sempre, em qualquer fórum de discussão, que é o seu Secretário de Plane-jamento, este sim, um forasteiro que se apossou desta cidade manipulando este fantoche, títere ou marionete, usando sua certidão de nascimento e agindo em seu no-me como se o mandato de prefeito fosse seu. Digo isso porque já presenciei este senhor falar em nome do pre-feito por diversas vezes, defendendo posições tão dis-tantes da lei e da vontade popular que o transformaram na pessoa com maior rejeição entre todos que habitam esta cidade. O culpado da fraude é a omissão criminosa do prefeito que se desfaz da roupagem que o povo lhe conferiu e se deixa possuir por terceira pessoa sempre que precisa se posicionar. Esta artimanha é intencional, pois pretende afastar de sua imagem as consequências de sua desastrada admi-nistração, pretensão descoberta pelo povo, que na últi-ma pesquisa registrada o presenteou com a sentença de 70% de rejeição. Se não fossem os cargos da prefeitura, 2.895 para ser mais exato, esta rejeição se aproxima-ria de 90%, número assustador que por si só deveria ter como consequência a entrega do cargo imediatamente. Inacreditavelmente este senhor pretende se reeleger.Meu caro prefeito,economize o dinheiro de campanha, o senhor está inelegível, não por suas contas rejeitadas somente, mas principalmente pelo motivo primário de que não tem votos para amparar seu desejo de continu-ar como fantoche.Toda essa revolta que me domina foi deflagrada por um episódio que diz respeito ao “Mangue de Pedra”, que na proposta de campanha de governo em meu poder, deveria ser transformado em santuário ecológico, como comungam merecer os ecologistas que conheço e que nos tropeções da especulação imobiliária vai abrigar um condomínio de duzentas e muitas casas. Entidades civis articuladas em torno da Fecab, promoveram ma-nifestação de repúdio ao empreendimento em frente à prefeitura. Para evitar tumultos, os comparsas do “fan-toche” articularam que os manifestantes, por seus líde-res, fossem recebidos pelo prefeito. Na oportunidade, quem os recebeu foi o “forasteiro” Secretário de Planejamento, recepção rejeitada de pron-

O FANTOCHE

to pelos manifestantes, por conhecimento de ter sido o interlocutor o próprio autor do ato contra o qual se re-belavam. Para contornar a hostilidade, foi marcada uma reunião com o “prefeito fantoche” para o dia 23/05/12, repito, com o prefeito. Qual não foi a surpresa do grupo representativo das entidades civis, quando ao adentrar na sala do prefeito, lá encontraram também o Secretá-rio forasteiro e a Secretária Adriana Saad. Argumenta-ram então que o encontro havia sido marcado com o prefeito, uma vez que, na data anterior haviam rejeita-do dialogar com o personagem manipulador que lá se encontrava na maior cara de pau, para mais uma vez trazer para si a responsabilidade da decisão e a defesa da mesma, tudo isso com o consentimento do fantoche, incapaz de defender suas decisões sem uma muleta. Co-mo não podia deixar de acontecer, o grupo se retirou

em represália à atitude do prefeito, que desonra o cargo, ao retirar de seus ombros a responsabilidade sobre as decisões de seus comandados.Mais uma vez meus amigos, o prefeito corre fugin-do vergonhosamente do povo, por certo envergonha-do pela decepção daqueles que nele confiaram face à mediocridade de seu governo. Tivesse eu no seu lugar, também me envergonharia e muito e repito, renuncia-ria ao meu mandato hoje não só pela figura de fanto-che mas também pela ridícula posição de último lugar no Estado, no quesito abandono e repetência apurado pelo INEP- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Nunca vi filho de rico ser ignorante, pela primeira vez, ouço falar que o 5º município mais rico (“R$ 6.409,00/hab/ano) seja o campeão estadual da ig-norância. Pasmem...

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Por Sandro Peixoto

No último fim de semana, o Perú Molhado organizou com André Fischer (do portal Mix Brasil) o Festival de Cinema Mundo Mix no Gran Cine Bardot. Quatro curta metragens sobre diversidade cultural fo-

ram exibidas no domingo à noite, mas a festa come-çou ainda no sábado, no Bar Renascimento com uma maravilhosa e alegre festa gay. No Renascimento, dois convidados especiais: a Drag Queen performática Afe-line Feroz que deu um show de transformismo e o ou-tro convidado de honra foi o mítico Serguei. O roquei-ro que reside em Saquarema, foi convidado pelo jornal para abrilhantar ainda mais a noite e assim que chegou, causou furor. Todos queriam uma foto com Serguei.

Serguei nasceu Sérgio Augusto Bustamante no Rio de Janeiro há 79 anos atrás. Ganhou o apelido que o tor-nou famoso, de um amigo russo, que tinha dificuldades em pronunciar seu nome e o chamava de Sergei. Fi-lho de Domingos Bustamante e ‘dona’ Heloisa, pediu ao pai para morar nos Estados Unidos (onde ficou por duas décadas) por achar aquele País a melhor nação do planeta. Lá, ficou na casa da avó materna Lia Andersen, em Long Island.- Os Estados Unidos é a maior nação do mundo. Um lugar maravilhoso para se viver. É como o Brasil, só que mais organizado. Os Estados Unidos são a maior potência nuclear, cientifica e intelectual do mundo. Aprendi muito. Eles são organizados. Aproveitaram suas belezas físicas de maneira organizada. Sou fã da música negra americana. A do Elvis, a quem chamo de

pélvis, pois quando dançava, mexia muito a pélvis mas a TV da época não mostrava por achar imoral. Depois que alguém vive na America, dificilmente a pessoa se adapta a outro lugar. O Brasil é um continente enfiado dentro do outro.Gosto do Brasil. Aqui eu curto os mo-mentos, pois a vida é hoje. O futuro é hoje. Apesar de Serguei ter sido e ainda ser, um dos maiores roqueiros do Brasil, não é por suas músicas que ele é mais conhecido. São 46 anos de Rock and Roll e Blues. Nem por ter comido a Janis Joplin. Ou por ter transa-do com uma árvore. Serguei é Serguei por causa de sua figura andrógina, por seu estilo único e indecifrável. Ele encarna a figura imaginada do roqueiro malucão, a imagem da contra-cultura. Porém, o legal é que apesar de toda aquela pose, Serguei é uma pessoa simples. Um ser normal que jamais diz um palavrão.

O Perú no Templo do Rock

A Drag Queen Afeline Feroz, Serguei e a bela Luciana, espo-

sa do nosso querido Kakado

1 de junho de 2012 – O Perú Molhado

- Isso de roqueiro falar palavrões é coisa do Brasil. Não sei porque tenho que falar palavrões, falou como se pensasse alto. Personagem ímpar do Brasil, Serguei é na verdade, fruto da cultura mundial. Nos Estados Unidos, parti-cipou de diversos Festivais de Musicas Estudantis. De volta ao Brasil, já adulto, foi trabalhar num Banco, de onde foi despedido por ficar o dia inteiro subindo e descendo no elevador. Como falava bem inglês e gos-tava de subir e descer, foi trabalhar numa empresa de aviação como Comissário de Bordo. Depois de servir os passageiros, gostava de ir para o fundo da aeronave imitar Elvis e Dalva de Oliveira.Foi demitido e logo em seguida admitido em outra empresa, a toda pode-rosa Varig da época. -Mas fiquei pouco tempo. Um dia, estava em Madrid, de folga e resolvi curtir a cidade. Me produzi, pus uma longa peruca e sai para me divertir. Estava num bar já meio bêbado e resolvi pular em cima da mesa da atriz Gina Lolobrigida, que estava no local. Ela se juntou a mim, dançamos pra caramba e bebemos muito. No

final, briguei, nem sei porque, com o dono da boate e meu chefe ficou sabendo. Por causa de uma dançinha com a Gina fui demitido. Em Búzios Serguei ficou hospedado na Pousada Mara-vista, em Geribá. Lugar que adorou e até ficou amigo dos proprietários. Serguei adora Búzios. Adora andar no centro da cidade e escutar os diversos idiomas aqui falados. Adora a noite de nossa cidade. Diz que em Sa-quarema – cidade que diz amar- às vezes tem vontade de sair as três da manhã mas não tem para aonde ir. - A vida é como a lua. Tem fases. A minha vida foi uma eterna lua. Já esteve cheia, crescente, nova e minguante. Hoje, graças a internet, estou na lua cheia. A rede deu uma sacudida na minha carreira. Estou num momento único. Fui outro dia em São Paulo participar da Virada Cultural e meu show arrebentou. O público de hoje pas-sou a conhecer mais minhas músicas, minha historia. Fiz ainda três programas de televisão para o Brasil e para o mundo. Fui ao Jô, na Record e no programa Agora é tarde, do Danilo Gentili. Adorei o convite do Perú Mo-lhado para vir a Búzios. Gostei do bar da Help, de rever

amigos como o Juninho, e desse dia lindo em Geribá. Eu preciso disso. Preciso ficar perto de pessoas lindas, pes-soas inteligentes. A vida também é como uma estrada: de vez em quando é preciso olhar para traz para ver os rastros, ver o que deixamos para trás.

Rock In SaquáComo Serguei ficou pouco mais de 24 horas em Bú-zios, resolvemos visitá-lo em sua casa, na cidade de Sa-quarema, onde existe um museu em homenagem ao Ro-ck And Roll e a sua própria história. A casa do Serguei é muito interessante. Nada lembra a casa de um hippie.Quatro cachorros mansos e simpáticos recebem os visi-tantes. Na varanda da casa, percebe-se de cara, o estilo organizado do roqueiro. Cada cachorro tem uma cami-nha limpa com comida e bebida ao lado. No fundo do imóvel, uma suíte especial foi construída para os dias de cio dos animais. Ainda no jardim, esculpido com pe-dras brancas, o símbolo paz e amor, dos Hippies cer-cado por varias bandeiras em homenagem a bandas de

Help com nosso delegado Mario

Lamblet e esposa

Armandinho com sua

linda ‘amiga’ de

SaquaremaAfeline Feroz, João Federici (organizador do Festival de

Cinema Mundo Mix), Serguei e André Fischer do Mundo Mix

Nosso repórter Sandro Peixoto tam-

bém foi a festa gay

Marcelo idem JD, garçom do Cigalon com-

prou uma cami-seta do evento

A noite estava anima-da no Renascimento

Luciana e Patrick

As irmãs Janice e Iza com o roquei-ro Serguei

Mesa do São Perú com produtos gays

Foto

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rock. Mais de 20 mil pessoas já passaram pelo Templo do Rock. Grande parte de fora do Brasil. Imagine o meu museu do Rock em Búzios? Pergunta de repente.Fomos convidados (eu e meu amigo Ricardo Dotta Wa-ger) a retirar as sandálias antes de entrar na casa. Dentro do imóvel, tudo lembra o rock. Tudo lembra Serguei. São centenas de fotos, entrevistas, diplomas, recuerdos, lem-branças, prêmios, roupas, guitarras, tênis, imagens, ve-las, botas (de Janis Joplin) etc, etc e etc. Como pegamos Serguei de surpresa (a entrevista não estava agendada) ele pediu licença para fazer a barba e se preparar. Afi-nal, artista de verdade não recebe ninguém de cara limpa. Enquanto deixava de ser Sergio para virar Serguei, nos mandou ficar a vontade. Disse que podíamos olhar tudo,

fotografar qualquer coisa. E foi o que fizemos. O Templo do Rock é como uma viagem psicodélica. Aliás, a casa tem um quarto psicodélico. Iluminado apenas com luz negra. Em todos os cômodos encontra-mos lembranças da vida do Serguei. Nas paredes e no chão da sala, nos banheiros, quartos, e até na cozinha. Por onde quer que se olhe, por onde quer que se pise, por onde se encoste. A historia de Serguei e porque não dizer do Rock mundial está lá. O morador daquela casa nem precisa contar mais nada. Está tudo escrito em 3 dimensões. -Tenho 79 anos. Vou completar 80 em novembro pró-ximo. Mas me sinto com apenas 20 anos. O corpo que habito tem 80, mas minha mente tem apenas 20. Minha vida é muito longa, minha história muito vasta. As ve-

zes troco datas. Mas minha história está toda escrita. Continuo escrevendo essa história, mas a maior parte está escrita. Quem quiser saber de mim, basta vir a mi-nha casa. É tudo uma coisa só.Um detalhe deve ser contado antes de fechar essa histó-ria. Nas mais de duas horas em que ficamos na casa do Serguei, não ouvimos uma musica sequer. Em todo esse tempo a TV estava ligada na GloboNews. Estava para acontecer o tão esperado depoimento do contraventor Carlinhos Cachoeira na CPI que investiga sua relação com políticos brasileiros. Enquanto tirava a barba, se maquiava e trocava de roupa, Serguei fazia comentários ácidos e pertinentes sobre o assunto mostrando que é um cidadão engajado e que sabe exatamente o que está acontecendo no país.

Serguei se exercitando em Geribá em frente a Pousada Maravista

O artista e sua nova tatuagem, uma rosa verme-lha, símbolo do amor selvagem

Serguei e Habib DÀldeia, o melhor e mais simpático ambu-lante daquela praia


Serguei na flor da idade

O símbolo do desarmamento nuclear que virou o símbolo paz e amor dos Hippies

Cartaz de mais um show do Serguei

As botas da Janis Joplin

O banheiro do Serguei

Serguei, Arthur Veríssimo e a cantora Rosana

A camiseta com que Serguei desfilou no últi-mo São Paulo Fashion Week

O telefone da casa do Serguei, ele jovem e hoje, ainda um menino

Apenas mais uma entre tantas entre-vistas do maior roqueiro do Brasil

Os tênis do cantor

O astro na porta de sua casa


Por Hamber Carvalho

A Liminar concedida pela Jus-tiça Federal ao Ministério Publico para a demolição dos quiosques da Ferradura é mais um capitulo da recente

historia do município, onde o espaço pú-blico é ocupado e invadido com a permis-sividade e a inércia do poder público. Há pelo menos uns 50 anos atrás as praias do 3º Distrito de Cabo Frio eram ocupadas por tímidos quiosques feitos de palha, na praia de Geribá, onde a água, o milho cozido e o peixe frito eram ofereci-dos aos seus poucos freqüentadores. Com o passar do tempo, veio Brigit-te Bardot e a emancipação que acabaram por transformar estas praias nos point’s dos doidões e dos abastados, servindo ainda de apoio político e curral eleitoral para a classe política não só de Búzios, mas de toda a Região dos Lagos. De pequenas palhoças como a de Si-las e a amendoeira em Geribá, as praias de Búzios acabaram por se transformar em verdadeiros espaços gastronômicos disputados a tapas e alugados ou repassa-dos por quantias astronômicas, principal-mente na alta temporada. A requisição destas áreas de domínio publico por parte do Ministério Público Federal tem por objetivo não só devolve--las a união, mas também, quando for o caso, forçar o seu ordenamento e inibir qualquer ação que comprometa o equilí-brio ambiental através de seu uso inade-

quado como a destruição da vegetação nativa, lançamento de águas servidas na faixa de areia e obstrução no acesso ao banho de mar. Podemos afirmar com segurança que o Ministério Publico entende perfeita-mente a necessidade das praias de todo o país possuírem uma estrutura de oferta de serviços para seus frequentadores, bem como contribuir para a geração de traba-lho e renda, isso é ponto pacífico. Eviden-temente que o que é inadmissível é ver estes espaços transformar-se em simples pontos de exploração comercial, onde se pratica preços exorbitantes sem nenhum controle de asseio e higiene, onde os di-reitos trabalhistas são inexistentes, alem de somente um seleto grupo poder explo-rara-los e ainda nada arrecadarem para o município. Porque que para exercer o comércio na Rua das Pedras, na Turibio de Farias, na Rasa ou em Cem Braças, o comer-ciante tem que arcar com todos os im-postos municipais, estaduais e federais e os quiosqueiros não? Quem foi que os isentou destas obrigações, quando seu fa-turamento excede em alguns casos, aos restaurantes legalmente estabelecidos no centro de Búzios? Cada praia em todo o nosso litoral tem suas características, assim como nos-sas 23 praias diferem entre si. Não pode-mos querer a mesma solução que foi dada em Geribá para ser aplicada na Ferradura, pois estas duas praias possuem diferenças gritantes, como por exemplo os quiosques

Praia da Ferradura:Quando ajustar é necessário

da Ferradura não foram cons-truídos na areia, esta praia pos-sui um sistema de esgotamento sanitário, fornecimento de água e energia elétrica. De comum mesmo o que as aproxima é o fato deste comercio estar assen-tado em espaço público. Soluções para equacionar e resolver esta situação são inú-meras, desde o agravo da deci-são do juiz federal, até a entabulação de um processo de negociação com o MPF, para a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta, o que é o mais correto. E importante que a prefeitura não perca o time de formular o TAC, ao se inebriar nos caminhos do puro exercício da contestação. E necessário também que o comércio das praias seja entendido definitivamente como um segmento de nossa economia voltado para a gastronomia, que recepcio-na turistas, emprega mão de obra e, por-

tanto, precisa sair da informalidade. Nunca é demais lembrar, que nestes últimos 50 anos o comercio formal e as pousadas, por exemplo, sofreram trans-formações em sua ofertas de serviços e produtos, pois tiveram que se adaptar ao nível de exigência dos consumidores e ao controle dos órgãos públicos. Definitivamente, ou se muda o con-ceito de exploração desta atividade eco-nômica, profissionalizando estes peque-nos comerciantes, ou continuaremos a pagar consumação mínima para sentar na areia e usufruir do sol.

Quiosqueiros reunidos na Praia da Ferradura

Silvio, do Samuca`s Bar

Deu no O Globo

Nosso correspondente praiano Hamber Carvalho ouvindo os quiosqueiros

Nossa ativista ambiental Denise Morand discorrendo sobre as marés de sizígia em contraposição as marés de quadratura


Domme Búzios: Av. José Bento Ribeiro Dantas, 2700, Manguinhos, Búzios. Tel.: 22 26234775Domme Rio: Casashopping - Barra da Tijuca. Tel.: 21 3325 0094 | www.dommerio.com.br

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rua

Por Sandro Peixoto- diretamente da Rua das Comadres, ou melhor, Rua da Brava

Encontramos por acaso nosso secre-tário de Turismo de Búzios Cris-tiano Marques, que ultimamente andou fugindo do Perú que sem-pre destacou seu trabalho inde-

pendente de qualquer coisa, afinal ele é filho do nosso querido Vanil. Cristiano estava visi-tando sua mãe dona Elci, mais conhecida co-mo ‘dona’ Cica na Rua da Brava – onde fica a redação do nosso jornalzinho. Cristiano não poderia estar mais feliz. Acabara de chegar do sul da Espanha onde ao lado do nosso prefeito Mirinho Braga, foi receber o Título de Melhor Destino Sol e Praia, dado pelo Euroal- Feira de Turismo Arte a e Cultura da Europa e America latina.O concorrido evento aconteceu na cidade de Torremolinos, distrito da cidade de Málaga (ci-dade onde nasceu o pintor Picasso) e recebeu mais de 11 mil visitantes nos três dias do even-to. O stand de Búzios foi procurado por mais de 3 mil pessoas. Nosso secretário de Turismo teve o prazer de atende pessoalmente mais de 50. Entre agentes de viagens, jornalistas e curiosos querendo saber mais sobre nossa ain-da desconhecida cidade naquela região. Gente do mundo inteiro visitou a Feira. Da Europa claro, mas também dos Estados Unidos, Rús-sia, Canadá, países árabes, etc. O Brasil esta-va presente através da secretaria de Turismo

de Búzios (e do Búzios Visitors & Convetion Bureau)e da cidade do Matogrosso do Sul. A TAM Linhas áreas também estava presen-te nesta Feira que pode parecer pequena mas que tem grande repercussão no trade turístico, o que permite uma maior interação e por que não dizer, uma maior relação comercial entre os expositores. Cristiano ficou impressionado com a estrutu-ra turística do sul da Espanha. Nosso secretá-rio percebeu que os europeus levam o turismo mais a sério que o Brasil. Diferente do Brasil, Educação e saúde é obrigação do governo fe-deral na Espanha, o que faz sobrar mais di-nheiro em caixa nos municípios. Dinheiro esse que é investido em infra-estrutura, principal-mente voltada para o turismo. Em Búzios, por exemplo, é diferente: saúde e educação con-somem quase metade do orçamento. Olhando por esse prisma, dá para entender um pouco as dificuldades do nosso prefeito Mirinho Braga.A próxima parada da secretaria de Turismo (que está essa semana em São Paulo na Feira da EBS- Eventos Businnes Show) será traba-lhar os eventos do calendário da cidade. Como o Festival Gastronômico em Julho, e o Festival MPBúzios que acontecerá na Praça Santos Du-mont -em parceria com o Bureau- e o Festival de Cinema em novembro, entre outros. Antes de encarar essa maratona, Cristiano vai tirar uns dias de férias para refrescar a cabeça. Em seu lugar assume nosso querido Papi.

Búzios dá show na Europa

Marie Anne, deputada de Quebec, Cristiano Marques, Mirinho Braga, o prefeito de Torremolinos Pedro Fernandez, a Primeira dama Maristela e a vereadora Marianita no Coquetel da Euroal onde Búzios recebeu um prêmio de melhor destino Sol e Mar

Mirinho e Cristiano


Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

Mingau de Chorume. Nesta quinta o caminhão de lixo contratado pela prefei-tura não economizou. Lascou água po-dre do inicio da rua da brava até o Celso Terra. Os carros que estavam na traseira do caminhão e os pedestres que atraves-savam a estrada da Usina xingaram até a ultima geração do prefeito.

Em extinção. Até 25 de maio estarão abertas as inscrições para premiar as 15 melhores imagens dos 10 animais mais ameaçados de extinção no Rio de Janeiro, evento promovido pela Secretaria Estadu-al de Meio Ambiente. O Perú vai reivin-dicar a Carlos Minc que crie uma outra modalidade para premiar as profissões em extinção na região dos lagos. Uma delas com certeza é a de pescadores em Búzios.

Mandando uma letra. Dias 25, 26 e 27 de maio, Búzios vai sediar a primeira Semana de Artes e Culturas Internacio-nais, a SACI. O evento, organizado pe-la Academia de Letras e Artes Buzianas (ALAB), tem como objetivo ressaltar a arte e a cultura do Brasil e de outros países que, culturalmente, enriquecem o balneário. O encontro será no Radi-cal Parque, no centro da cidade. Nossa torcida é para que Wando Letreiros seja reconhecido pela ALAB na SACI, como nosso maior letrista e letrado de todos os tempos.Mateus faz escola. Depois da manifes-

tação de Mateus na audiência publica do Mangue de Pedra, a garotada se animou e está botando o bloco na rua. Enquan-to os estudantes do Nicomedes faziam passeata para denunciar as rachaduras da Nicomedes, um outro grupo de estudan-tes da Maria Joaquina paralisavam 3 ôni-bus da salineira, até que a empresa man-dasse um representante para explicar o porque do atraso sistemático nas linhas. Nem a chegada da PM intimidou a mo-lecada que só liberou os veículos depois que os ônibus voltaram a circular dentro do horário. Agora ninguém segura mais.

Copiando da Ilha de Fidel. Devido ao alto preço e da quantidade exígua de va-gas oferecidas pelos hotéis e pousadas para a Rio +20, a prefeitura do Rio au-torizou a oferta de vagas pelos próprios moradores na área de influencia do even-to, limitando a oferta, a metade de de-pendências por apartamento. Desde 1996 que o comandante incentiva a oferta de vagas nos domicílios, como forma de ge-rar renda e aquecer a economia local.

Cabo Frio também é dos cariocas. Em parceria com o projeto “Carioquinha”, a Associação de Hotéis de Cabo Frio está lançando a campanha “Cabo Frio pa-ra Cariocas”, onde os hotéis associados oferecerão descontos na hospedagem de 05/06 a 01/07/12, aos moradores do Rio

de Janeiro. Para conseguir o desconto, basta o cliente apresentar um documen-to que comprove que more no Rio de Janeiro (identidade, comprovante de re-sidência). O percentual do desconto é es-colhido por cada hotel (podendo ser no máximo de 30%).

Dimenor. Ronald Pantoja nosso fotó-grafo preferido, foi barrado no aeropor-to Tom Jobim na comitiva da Prefeitura que viajou para o sul da Espanha para receber a premiação de melhor destino de Sol e Praia na EUROAL. Justificati-va da Policia Federal: menor de idade, só acompanhado.

Born To Be Wild. No encontro de motos que aconteceu no ultimo final de semana, quase 4 mil motoqueiros participaram do evento que ajudou a movimentar a econo-mia da cidade. Parabéns para a Secretaria de Turismo pela iniciativa e pela ousadia e também ao nosso querido Julian que ce-deu o campo da SEB para receber as mo-tos, sem receber um centavo.

O retorno dos Porcos. O Fishbone avisa a seus clientes e amigos que os porqui-nhos assados já voltaram. Aos sábados á tarde eles já estão dando o ar de sua gra-ça para delírio dos amantes da boa carne suína. O Perú recomenda. Veta tudo Mirinho. Nosso prefeito não pensou duas vezes e vetou o projeto do vereador João Carrilho que passava de 11 para 12, o numero de parcelas da ajuda de custo para os universitários. E continuamos a gastar, como a capital Fe-deral, mais de 2 milhões com a coleta de lixo. Que merreca. Chama o cachoeira.

Portas. Os dois novos pórticos (na Rasa e na estrada Búzios/Cabo Frio) projeto do ex-prefeito Toninho Branco, estão sendo construído de maneira errada, segundo o ex-prefeito. As salas de atendimento do pórtico que fica perto do centrinho, vão ocupar as calçadas o que vai impossibili-tar as caminhadas matinais dos moradores locais que já se acostumaram a praticar exercícios naquele lugar.

Pode? Definitivamente o BO (Boletim Oficial da cidade) que também poderia se chamar Boletim de Ocorrência, se transformou num jornal qualquer coisa que é proibida por lei. A edição de Nº 534, trouxe anúncio de página inteira so-bre um evento da ALAB( Academia de Letras e Artes de Búzios) que trazia até publicidade do Buda Beach, de pousadas e do jornal Primeira Hora.

No apito. O Brasil perdeu no jogo de rúgbi para a Argentina, na quarta-feira passada pelo escore de 111 x 0. Como brasileiro não dá o braço a torcer quan-do a disputa é com os portenhos, a gale-ra saiu do estádio convicta de que foram roubados.

Wi-Fi. A prefeitura de Búzios disponibi-lizou internet grátis nas principais ruas do Centro. O sinal aberto está livre para moradores e turistas da Orla Bardot até o fim da Rua das Pedras passando pe-la Turíbio de Farias e Praça Santos Du-mont. Enquanto isso na periferia,os po-bres nada recebem do governo. Parabéns Mirinho, por mais essa ação em favor dos ricos.

João Carrilho com Carlinhos e Andréia que eram eleitores do Dr. André e agora votam no João

O simpático casal Edvar Torres de Medeiros e Maria Luiza Cardoso Prado da Pousada Caminho das Aroeiras na Ferradura

Renata, repór-ter da Revista 4 Rodas que veio a Búzios fazer maté-ria sobre a cidade com Marcelo e Alessandra

Deu no Ancelmo


Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

Wando, o imortal. Ele é o maior injustiçado por não ter seu trabalho reconhecido pela ALHAV, uma verdadeira instituição buziana que a partir desta semana conta entre seus membros o poeta Sérgio Nogueira Lopes

O Perú esteve na Expo Noivas no Rio Centro com o especial Noivas da última semana. A própria noiva, nossa diretora comercial Alessandra Cruz foi a sensação da feira

A construção de um novo Pórtico nas áreas do Centrinho é por enquanto um precioso obstáculo para nós ciclistas e pedestres

Deu

no G

ente

Boa


Tirando o sonho da caixinhaPor Hamber Carvalho

Ao ser escalado para entrevistar Claudia Carrilho, se é que no Perù seguimos escala de alguma coisa, não imaginava que iria me deparar com uma profissional de imprensa que segue religiosa e doutrinariamente os objetivos para os quais foram concebidas as rádios comunitárias. Mas a surpresa não pa-

rou por ai, em tempo de eleição, não ouvi da entrevistada, por um segundo sequer, qualquer indicação de que iria colocar seu nome como candidata. Claudia é uma mulher determinada em sua missão de operar a rádio comu-nitária como veiculo de comunicação das demandas populares. Com muita emoção e determinação, Claudia constrói suas próprias convicções de criar na cidade formas de comportamento onde a liberdade de expressão permeie a relação dos cidadãos com o poder público, onde o medo de se expressar dê lugar a manifestações livres e com respeito as opiniões contrárias.

Como é a sua relação com a radio Búzios Comunidade em mais de 1 ano de atuação?A rádio comunitária tem um peso emocional e muito forte em minha existên-cia, pois ao pensar em fazer um programa na Radio Búzios Comunidade, to-mei uma decisão de vida, foi como que tirar um sonho de uma caixinha guar-dada bem no fundo de meus desejos de exercer minha cidadania em sua plenitude. Trabalhar em uma radio comunitária é uma atividade extremamente prazerosa e sinto todos os dias que posso ser extrema-mente útil para aquelas pessoas que querem ser ouvidas em suas difi-culdades.

Normalmente a imprensa de interior para sobreviver, acaba se rendendo e se vendendo aos interesses de quem está no poder, como é o caso do Perú Molhado. Atualmente estamos de férias, pois não conseguimos arrancar nem um trocadinho da prefeitura. Existe algum atalho para contornar essa dependência? Eu costumo dizer que o pecado da imprensa, seja ela de interior ou de grandes centros, é a de sua subserviência ao poder. Acho que existe um atalho sim, mas ele começa com uma mudança de atitude do pró-prio governante que tem que saber absorver a critica como um com-ponente natural do processo democrático. Búzios, por exemplo, tem que abandonar esse comportamento e essa atitude pequena de que exercer critica ao governante é pecado, é se mostrar como oposição ou inimigo de quem governa a cidade. Temos que exorcizar de nos-sa relação com o poder o fantasma da perseguição, do patrulhamento ideológico e político.Vejo que a rádio comunitária se presta perfeitamente a este papel, de educar a população para que saiba exercer a critica como cidadão cumpridor com seus impostos.

Você é esposa de um político que pleiteia uma disputa a prefeitura de Búzios e mãe de um político que exerce o comando do poder legislativo da cidade.Como você consegue se manter eqüidistante destes interesses e de uma eventual influencia sobre seu público ouvinte. Como profissional, estou vacinada contra esse tipo de influencia. Jamais entrevistei em meu programa meu esposo ou meu filho, pois sei verdadeiramente o valor da expressão ser ética. Se você se propõe a trabalhar em um meio de comunicação que tem como proposta essencial atuar como um veiculo de utilidade publica comunitária, jamais poderá trair seus princípios, e se assim o fizer, facilmente o ouvinte vai perceber e sua audiência vai despencar.

Mas você cumpre o papel de ativista político, ou não?Claro que eu cumpro esse papel, pois ativismo político não se confunde com ativista par-tidário. Sou uma agente social que busca a transformação de uma sociedade cansada do coronelismo político, dentro e fora do poder, como se estivéssemos no interior do nordeste. Sou uma ativista sim, pois me proponho a ser um canal para aqueles que não tem voz e buscam uma opção de mudança e que não seja tachada de oposição, só por querer ter posi-ção. Pratico o ativismo político sim, pois o exercício da cidadania não se curva a interesses partidários.

Já que estamos tocando no assunto política, como você vê a atual movimentação para as eleições deste ano?Tenho uma posição bem clara a este respeito. Com o tamanho de nosso colégio eleitoral, não há espaço para 3 candidatos disputarem as eleições, sob pena da vitoria recair em quem está no comando da maquina administrativa.

No exercício da locução qual é a principal mensagem que você passa para seus ouvintes?Eu passo para os meus ouvintes, o mesmo ensinamento que sempre transmito para meus filhos: O homem vale, não pelo que acumula de bens, mas sim, pelo que tem de caráter.

O casal Claudia e João Carrilho na redação do Perú

Hamber de Carvalho, Alessandra Cruz e Cláudia Carrilho


Por Evandro Oliveira

Ano após ano o Poder Executivo de Búzios divulga a intenção de ordenar o sistema viário de transportes no Município, no en-tanto, os problemas pioram. Alguns pro-fissionais do transporte alternativo ainda

alegam que em ano de pleito eleitoral o assunto sempre surge com mais força, contudo, ainda acham melhor não se manifestarem publicamente para que não sofram nenhum tipo de retaliação. O Município já foi intimado judicialmente a tomar pro-vidências quanto a este assunto, mesmo assim, não se movimentou. Os problemas são vários: Desde a necessidade dos es-tudantes de chegarem às suas escolas no horário e retor-nar para suas casas, até os idosos que geralmente ficam por muito tempo em pontos de ônibus sem nenhuma infra-estrutura, esperando condução que tenha vaga pa-ra a gratuidade. Muitos motoristas do transporte alter-nativo ainda colocam mais idosos do que manda a Lei, assim como estudantes, sabendo da realidade da cidade. Vale lembrar que locais que não tinham transporte cole-tivo, continuam na mesma situação. Percebo toda instabilidade para os trabalhadores de cooperativas, que diante da eminência da realização da licitação para o transporte coletivo podem não ter chan-ces contra as grandes empresas. No meu entendimento não há necessariamente uma concorrência entre as em-presas de ônibus e as cooperativas, considerando-se que podem se complementar sem prejuízo para o usuário, atentando-se para a obrigatória e necessária implan-tação de uma tarifa especifica para os 90 km quadra-dos de município, e não a pratica de tarifas abusivas e extorsivas praticadas pela atual empresa que opera na cidade e cujos valores deveriam ser aplicados única e exclusivamente na modalidade intermunicipal.Matematicamente pode-se reduzir, ou melhor, implantar uma tarifa para búzios que hoje não existe e a diferen-ça ser utilizada para ser compartilhada com o transporte complementar ou alternativo que, pela suas dimensões, se ajusta perfeitamente ao traçado de nossa artéria prin-cipal e vias secundárias.O não entendimento deste cenário, talvez seja o prin-cipal motivo dos governos que passaram pela cidade e que sempre encontram meios de arrastarem o necessá-rio ordenamento de nosso transporte público.Da nossa parte, temos incentivado o uso de veículos mais leves no transporte de passageiros, feito pelas coo-perativas, com controle rigoroso do governo municipal e através da implantação do próprio Conselho Munici-pal de Transito, conforme indicação de minha autoria de numero 06/2011, onde também menciona a criação de Comissão Especial para acompanhamento da ela-boração e realização do processo de Regularização do Transporte Coletivo e Alternativo do Município de Ar-

Transporte Coletivo:Trafegando no caos

mação dos Búzios.No desempenho de meu mandato, tenho procurado ain-da corrigir algumas falhas e defender o transporte al-ternativo, como foi o caso do plano diretor que previa o TRANSPORTE ALTERNATIVO APENAS COMO ALIMENTADOR. Se esta falha não fosse corrigida e a licitação fosse feita nos molde do Plano Diretor esta categoria não sobreviveria, pois apenas iriam alimentar o eixo principal.Por ultimo quero reafirmar, que sou a favor do transpor-te alternativo ou complementar, por questões técnicas e também como forma de gerar trabalho e renda em nossa cidade. Isso tudo evidentemente disciplinado através de regras e normas especificas. Vale ressaltar que as cooperativas de transporte coleti-vo pagam suas taxas municipais para trabalhar regular-mente, no entanto, o retorno por parte do Poder Execu-tivo nunca foi o esperado. Falta vontade política, para resolver esse problema e com isso, darmos dignidade e tranqüilidade a essa clas-se de trabalhadores.

O plenário da Câmara de Búzios lotada para a audiência do Transporte Coletivo Alternativo Municipal. Tirando Zé Cabral, os restante era tudo motorista de vans

Vereador Evandro Oliveira do PR


Cinema

Cine Bardot - XINGU (BRA-SIL 2012 ) Dra-ma 1h 42min . De: Cao Ham-b u rg e r. C o m : Caio Blat, Maria Flor, João Mi-guel. Dias: Sexta 21:00 e Sábado/ Domingo 19:00. O H O M E M QUE MUDOU O JOGO (EUA 2011) Comédia Dramática 2h 13min. De: Bennett Miller. Com: Brad Pitt, Jonah Hill, Philip Seymour Hoffman. Dias: Sábado 21:00 e Domingo 21:00. Ingresso: Inteira R$ 20,00 Meia R$ 10,00. Tel: 22 26231298 / www.viladomar.com/cinebardot Artes Plásticas

Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151. Vilmar Madruga – Atelier com exposição permanente da obra do artista. Porto da Barra. Tel.: 2623-7452Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroei-ras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São Jo-sé. 2623-5744.Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Búzios (2623-0264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.comEduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. [email protected]. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. [email protected]. (21) 9559-0014Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Par-que das Acácias. Tel: (22) 2623-6179Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 - [email protected] plástica Argina Seixas. Endereço: Centro Hípico de Búzios - Marina Porto. Horário de funcionamento: 10:00 às 18:00. Telefone contato: (22) 8843-6604Ana Colombo - Na Galerida da Vimolagos

Comidas & Shows

Sushi Jardin. Aberto de terça a domingo a partir das 18hLa Spaghetteria da Mimi - Almoço executivo de quarta à segunda, das 12h ás 17h. O melhor lugar para sua festa. Praça Santos Dumont, 255. Tels: 2623-4764 / 2623-3000 / 2623-4439. Barceloneta - Todas as quartas feiras e sábados, a partir das 20,30h, presença do casal Kalu e Rodrigo, professores de música do Instituto Vila Lobos de Cabo Frio, tocando e cantando música popular brasileira ao som de guitarra classica e cavaquinho. Tel.: 2623-0035

Galeria Abigail VasthiRua das Pedras, 151

Tel.: 2623-2261

Fotos de Xingu by Otto Weisser

Reserve já seu espaço!


Por Ângela Barroso [email protected]

A Perua

Noivado na FazendinhaCom toda elegância e charme, Pippa e Paul Blacpain receberam amigos em sua casa na “Fazendinha” para juntos come-morarem o noivado do filho Patrick com a bela carioca Débora Wilson. Em clima romântico e acolhedor e, Buffet sob o comando da chef Sonia Persiani a famí-lia Blacpain como sempre elegantemente recebeu o casal Mônica e Hamilton Wil-son, pais da noiva e os convidados.

TinTinNo último sábado a arquiteta Myrian Lantos reuniu grupo de amigos em sua casa para brindar idade nova. A amiga Sodedad Garreton(Bar do Zé) foi res-ponsável por maravilhosa mesa com ceviches de camarão, polvo, lagosta e salmon, tudo acompanhado com finíssi-mo espumante que fez o delírio dos con-vidados.

Happy Hour no PortoNa próxima quarta-feira (30) o Porto da Barra vai ficar mais charmoso ainda se é que isso é possível! Com esse outono lindo lindo de se ver aqui na península e, sempre as quartas-feiras, Adriana Salitu-ro e Clemente Magalhães estarão rece-bendo os amigos para uma boa conversa com boa música instrumental. Isso vai dar ibope!

Convites Almoço BeneficenteOs convites para o Almoço Beneficente da APAE, no próximo dia 16 na Privi-

lege, já estão à venda nos restaurantes Barceloneta, Salsa, na Pousada Colonial de Búzios e na APAE. Com o apoio de amigos e empresários da cidade, o even-to que acontece pela terceira vez, já faz parte do calendário de festas da institui-ção e promete esse ano ser um grande momento de confraternização entre ami-gos, sócios e apaeanos. A APAE desde já agradece a todos que estão apoiando pa-ra o sucesso da festa. Um agradecimento especial, a Sylvana Graça, ao Gonzalo (fotógrafo), a DJ Help e ao grupo Arma-Samba. Evento CulturalA Academia de Letras e Artes Buziana (ALAB), realiza nesse final de semana (25,26 e 27) a primeira Semana de Artes e Culturas Internacionais, a SACI, que tem como objetivo ressaltar a arte e a cultura do Brasil e de outros países que, culturalmente, enriquecem o balneário. O encontro será no Radical Parque, no centro da cidade.

Eventos ParalelosParalelamente acontecem também o II Seminário Acadêmico Cultural, evento gratuito que visa o lucro sociocultural dos cidadãos buzianos. Nesse período também serão realizadas, a IV Feirinha Literária da LITERARTE, exclusiva pa-ra os membros da Associação Internacio-nal de Escritores e Artistas; e a I FLIB (I Feira Literária Infantil de Búzios). Have-rá ainda o lançamento da I Antologia dos

Poetas Fazendo Arte em Búzios, ideali-zada pela também Acadêmica da ALAB, Sonia Medeiros Imamura.

Tenda GiganteTodas as atividades ao longo destes dias serão realizadas na tenda gigante do par-que além de outras tendas menores ins-taladas pela ALAB para as várias mani-festações culturais que estão sendo pla-nejadas, como exposições de pintores e outros artistas plásticos locais, presença de escritores e visitantes dos diversos es-tados brasileiros e de outros países. Sen-do ainda previsto espetáculos de dança e a apresentação especial da APAE e do CircoLO de criação.

Presenças ConfirmadasEntre os conferencistas confirmados estão: O Catedrático, Evanildo Becha-ra, gramático e filólogo brasileiro, que abordará o tema “A importância das aca-demias de letras e artes no Brasil”; A es-critora e artista plástica, Dyandreia Por-tugal, que falará sobre “As artes plásticas e a literatura, unidas como instrumento de linguagem”, e o vice-presidente da ALAB, Dr. William Almeida Carvalho, que ministra a palestra sobre “O inter-câmbio cultural e sua importância no no-vo milênio”.

Sucesso de Evento O ponto alto do Búzios Moto Fest que aconteceu no último final de semana, foi à confraternização dos motociclistas,

triciclistas e um ótimo público de várias cidades do Brasil como também do Pa-raguai e Uruguai o que muito contribuiu trazendo ganhos para as pousadas, res-taurantes e todo o comercio local em ple-na baixa temporada. O público de apro-ximadamente 5.000 motociclistas e mais a população de Búzios pode desfrutar na noite de sábado de shows de várias ban-das que muito animaram a festa. Foram arrecadados 200 kg de alimentos não pe-recíveis que foram divididos entre APAE e o Crer Vip.

Arena Búzios 2012Nesse final de semana acontece o ARE-NA BÚZIOS 2012, evento que se propõe a ser o maior torneio de lutas da Região dos Lagos, com participação esperada de mil atletas no Judô e 750 no Jiu-Jitsu. O ARENA BÚZIOS DE JIU-JITSU irá distribuir mais de dezesseis mil reais em dinheiro. A premiação será dividida entre os vencedores de absolutos em todas as faixas e nas divisões especiais na faixa preta, e pela academia vencedora.

Arena Búzios 2012 IAlém de premiar com dinheiro as cate-gorias mais disputadas, irão assegurar a participação de atletas pobres através da distribuição de cortesias a todos os atle-tas carentes do município e mais 60 ins-crições a alunos de projetos sociais den-tro do Estado do Rio de Janeiro. Entrada 1 kg de alimento não perecível que será entregue a Prefeitura.

O casal Maria Helena e Carlos Almeida e Ramon Hernando, que está se despedindo de Búzios e dei-xando muitas saudades no niver da Myrian Lantos

Pippa e Paul Blancpain recebendo os pais da noiva, Monica e Hamilton Wilson

Patrick Blancpain e Deborah Wilson em momento de troca de alianças

Sara Bessa da Cerimonial Triuno, pre-sente na Expo Noivas

Mauro Oliveira, Neuza Nardelli e Márcia Fonseca comemorando o sucesso do Búzios Moto Fest, que aconteceu no ´¨ltimo sábado

As motociclistas cariocas que vie-ram participar do evento de moto junto a amiga Cassandra James

Ana Luiza Gnatalli conferindo as delícias do Golden Bread no Porto da Barra

O pintor Sergio Martinolli que veio do Rio especialmente para abraçar a aniversariante e Mario Orrego

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Por Sandro Peixoto

Começou na última terça--feira na praia de Itaúna, o Campeonato Mundial de Surfe de Saquarema, o Quiksilver Saquarema

Prime.Etapa que vai distribuir 250 mil dólares em prêmios e 6.500 em pontos para o ranking que indica dez surfistas para a divisão principal do surfe mun-dial. O Quiksilver Saquarema Prime tem o apoio da Prefeitura Municipal de Saquarema e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Esporte e Lazer.Uma estrutura digna dos melhores points de surf de mundo foi montada nas areias da Praia de Itaúna- considerada por mui-tos surfistas, como uma das melhores do Brasil para a prática do esporte. Os sur-fistas mais bem ranqueados do mundo marcaram presença no evento. As prin-cipais mídias esportivas idem. Durante esta semana, Saquarema foi destaque no mundo inteiro. Búzios também, mas so-mente no jornal O Globo como sendo a cidade que tem a pior educação do Bra-sil. O secretario de Turismo de Saquarema Armando Ehrenfreund informou ao Pe-rú Molhado que durante os dias do cam-

peonato, todas as pousadas da cidade es-tava lotadas. Como o setor hoteleiro de Saquarema não é tão forte quanto o de Búzios, por exemplo, alguns competido-res ficaram hospedados em casas, o que mostra um espaço para investimentos em hotelaria.

Dando bandeira

A mesma praia que recebeu uma etapa do Circuito Mundial de Surf é a mesma que há dois anos trabalha para receber o Certificado Internacional de balnea-bilidade, que é uma certificação interna-cional que oferece um selo, representado por uma bandeira azul. Ter uma praia com Bandeira Azul é uma grande vitó-ria para qualquer cidade. O mundo tem diversas praias com esse certificado, o Brasil tinha apenas duas: a Praia do Tombo, em Guarujá/SP e a Praia Jure-rê Internacional, em Santa Catarina, que perdeu o certificado por descuido. O Certificado Internacional de Balne-abilidade, conhecido como FEE, é uma certificação credenciada pela ONU – Organização das Nações Unidas junta-mente com a UNESCO, que avalia as condições de balneabilidade das marinas e praias em volta do mundo. Para con-quistar à certificação a praia tem que sa-

Surf com consciência ambiental

tisfazer todas as exigências elencadas no programa, que são bastante severas. Para receber esse certificado, a praia não pre-cisa ser virgem ou linda de morrer. Es-se certificado é para praias urbanas com serviços de praias. O Programa Bandeira Azul é um selo de caráter socioambien-tal criado pela (Foundation for Envi-ronmental Education (FEE), instituição internacional com sede em Copenhagen (Dinamarca). No Brasil, o Operador Nacional do Programa é o Instituto Am-biental Ratones (IAR).Armando Ehrenfreund, secretário de Tu-rismo de Saquarema, o homem por trás do projeto Praia Azul diz que esse cer-tificado além de colocar o município no mapa mundial tem outras vantagens, co-mo por exemplo, levantar a auto-estima dos moradores da cidade e a preservação da praia escolhida. As mudança em Itaú-na já são visíveis. A praia está mais lim-pa, toda sua área de restinga foi restau-rada, os quiosques foram retirados e os ambulantes já não são vistos aos bandos, como acontece em Búzios. E o melhor: Por causa da busca deste certificado, em nenhuma praia de Saquarema é permiti-do a venda de produtos manufaturados. Não se vende óculos de praia, chapéus, biquínis, roupas de cama, mesa e banho, ou panelas. Palmas para Armandinho

que com seu jeito meigo conquistou tudo isso sem traumas ou brigas. A Bióloga Beatriz Vanacor é a responsá-vel pelo projeto Jardins de Itaúna, ativi-dade extra-curricular que leva crianças da rede municipal de ensino para ajudar na preservação da Praia de Itaúna com apoio das secretarias de Educação e de Meio- Ambiente e do Instituto Aqua-lung, que fornece sacolas para a limpeza na Praia.-Esse projeto inclui educação ambiental, inclusão social e atividades recreativas. As crianças assistem a palestras onde aprendem sobre a importância do eco--sistema de restinga, sobre formação das ondas, os cuidados que se devem tomar no mar, o que são valas, bocas, correntes de retorno e as ilhas de lixos no oceano, assunto muito comentado hoje em dia. O link com o assunto das ilhas de lixos, falamos sobre a importância da recicla-gem, da separação e triagem dos resídu-os sólidos, as categorias de lixo e assim por diante. Também refazemos replan-tio de espécies de restingas com mudas doadas do Horto de Marapendi, declarou Beatriz que além de bióloga, é profes-sora do município e Coordenadora de Gestão Ambiental dos Campeonatos de Surf de Saquarema.

Surfistas em Itaúna, Saquarema, uma das melhores Praias do Brasil para a prática do surf


Surfista sendo entrevistado na Praia de Itaúna

O secretário de Turismo Armando Ehrefreund com os patrocinadores do evento

A praia de Itaúna com a igreja de Nossa Senhora de Nazareth ao fundo

Armandinho e a bióloga Beatriz Vanacor, Coordenadora de Gestão Ambiental dos Campeonatos de Surf de Saquarema

Armandinho com Sérgio Lindemann, da Adding Sports e promotor do evento


Por Sandro Peixoto

A cidade de Búzios não tem calçadas, acos-tamento, teatro, creches, educação e saúde pública decente. Búzios não tem praças floridas, ginásio poliesportivo, escola téc-nica, escola de gastronomia, transporte

público municipal, calendário de eventos, etc. Búzios é hoje a cidade mais desestruturada da região, apesar de ser a quinta mais rica do estado. Nosso prefeito tem quase 200 milhões de reais por ano para administrar a cidade. Por decisão pessoal, prefere gastar mais da me-tade desta fortuna com salários. Um prefeito que não faz nada pelos vivos (a não ser aqueles amigos vivos que lhe cercam) certamente não liga para os mortos. Não deve se interessar com aqueles que passaram desta para uma pior. Prova maior é que o pequeno Cemitério de Búzios, que fica ao lado da Igre-ja de Sant’Anna, no bairro dos Ossos, está sem vagas. Atenção: se você tinha planos de morrer nos próximos dias e sonhava descansar em Búzios quando deixasse esse mundo, cancele tudo.Adie sua morte por enquanto. Faça outros planos. Vá visitar a sogra, dê passeio pela Argentina (tá barato) ou mesmo no Nordeste. Faça qualquer coisa menos mor-rer por esses dias senão, vai acabar sendo enterrado no bairro de Jardim esperança, como aconteceu com dois defuntos semana passada.Nada contra, mas não tem cabimento uma pessoa viver em Búzios a vida toda e depois de morto, ter como morada eterna o cemitério de Jardim Esperança. Deixemos aqui nossos agradecimentos ao prefeito de Cabo Frio Marquinho Mendes por receber nossos fale-cidos. Senão teríamos que jogar nossos mortos no mar, como acontece quando alguém morre no meio do oce-ano. O que não deixe de ser uma boa idéia.O cortejo sairia em barcos que levaria o morto, familiares e ami-gos e num determinado local, o caixão seria jogado ao mar. Hoje já acontece algo parecido, mas os familiares jogam apenas as cinzas do morto. Jogar o corpo inteiro dentro de um caixão não teria tan-ta diferença assim...Brincadeiras a parte, o fato é que a situação tende a se agravar. Não existe planos para um novo cemitério e o atual, já têm 4 andares e não pode subir mais. As exu-mações que liberam vagas não dão vazão pois o ritmo dos óbitos aumentou bastante nos últimos anos. A pre-feitura gasta uma fortuna com a manutenção do cemité-rio. A empresa que cuida do lugar até que faz um bom serviço. Também que cobra, não poderia ser diferente. Porém, o que mais chama a atenção não é a falta de es-paço para enterrar nossos mortos. O pior é perceber que o governo municipal não tem planos no momento para construir um novo cemitério. Até o ex-prefeito Toninho Branco se mostrou surpreso com a situação. Toninho, que fez uma grande reforma no cemitério de SantÀnna e o deixou pronto para aten-der a população buziana por alguns anos, hoje se diz inconformado com a notícia que nossos mortos estão sendo enterrados em Jardim Esperança. Para Toninho, isso é uma tremenda falta de respeito com os morado-res de Búzios.- O pior é que o prefeito nem vem a público dar sa-tisfações. Explicar o que está acontecendo e quais se-rão suas atitudes. Se vai construir outro cemitério. O cemitério é a nossa ultima morada. Onde as pessoas têm seu descanso final. Como cidadão, vou procurar a empresa que cuida daquele local, para saber o que es-tá acontecendo de verdade. Uma cidade como a nossa não pode ficar sem um cemitério. Aquele cemitério já não pode mais crescer. Nos deixamos um projeto de um cemitério parque próximo ao Centrinho, na fronteira com Cabo Frio. O projeto está inclusive com a docu-mentação pronta. O prefeito pode perguntar ao Luizão, que é o responsável pela Paraíso, que é a empresa que cuida do cemitério de Sant’Anna. O ex-prefeito disse ainda que sabe que os buzianos pre-ferem ser enterrados no cemitério dos Ossos, mas que é preferível ser enterrado em outro lugar em Búzios, que em Cabo Frio ou em outras cidades vizinhas. Ou mes-mo fazer um crematório municipal. A grande verdade é que hoje, os buzianos não têm onde cair morto. Assim é o governo Mirinho Braga: nada para os vivos, nada para os mortos.

Não há vagas

Aníbal diz que daqui ninguém o tira e Marcelo tá doido para ir para Jardim Esperança. Já

Toninho quer fazer um plebiscito para saber para onde ele vai...

Entrada do Cemitério de SantÀnna, que se encontra lotado

O Cemitério já tem 4 andares e não pode

subir mais

Nosso eterno ex-prefeito Toninho Branco com Marcelo Lartigue no Porto da Barra


DR. ROBERTO CAVALCANTE OAB/RJ 165.690DR. JOSÉ VIEIRA SANTOS OAB/RJ 75.490

2623-0321www.advogadosbuzios.jur.adv.br

Por Gustavo [email protected]

“Vencer”. Verbo irregular derivado do La-tim “vinco-ere”, que nos antigos dicioná-rios significa “Obter vitória sobre; triunfar de; derrotar: vencer o adversário”. Sim, meus amigos! A palavra está se modifican-

do. O Fluminense que renasceu das cinzas - muitos acreditaram no fim do clube com a queda para série C – e foi dormir no colo da torcida após a derrota pa-ra LDU na final da Libertadores 2008, não permite que o significado da palavra seja o mesmo. Pois ven-cer é mérito de qualquer um. E o Tricolor de Álva-ro Chaves deixou para trás essa sentença. A emoção e superação encontradas nas partidas demonstram que o Fluminense não entra em campo somente para vencer, mas por fazer história. O sangue guerreiro que conso-me os tricolores não me deixa mentir. O ano começou contestado nas Laranjeiras. A retranca de Abel e a “perigosa” zaga Tricolor – capaz de cau-sar calafrios até mesmo nos imortais falecidos Píndaro e Pinheiro – assombrava mais uma vez o Fluzão, que jamais foi o mesmo após a saída do Monstro Thiago Silva. A volta de Thiago Neves após passagem pelo ar-quirrival da Gávea foi divisora de águas. Mais uma vez o grupo da morte na Libertadores...O que esperar desse time? Após bater o favorito Vasco (Dinamite decretou que o objetivo do Vasco em 2012 era o estadual) na final da Taça Guanabara com atuação de gala de Deco, Nem e companhia, o Fluminense conquistou uma brilhante vi-tória sobre o poderoso Boca Juniors, na temida Bom-boneira. Venceu bem no estilo guerreiro também na Argentina, o Arsenal de Sarandi. Conquistando assim o primeiro lugar geral na fase de grupos da Libertadores.Mas futebol e justiça não são companheiros. Em uma semana todo o semestre entrava em campo. O badalado Botafogo na final do Carioca e o jogo de volta das oi-tavas da Libertadores contra o “copeiro” Internacional faziam parte da árdua missão Tricolor (não é necessário ressaltar a chuva de criticas e desconfiança que pairou sobre o time de Abel).É, meus amigos! Digo-vos que nem mesmo 20 Biribas – cãozinho vira-lata alvinegro, consagrado como mas-cote após o termino da seca de 13 anos sem título do Botafogo, em 1948 – seriam capazes de tirar o que já pertencia ao Tricolor. O resultado da semana pode ser traduzido com uma passagem do hino oficial do Fluminense (não me refi-ro à marchinha feita por Lamartine Babo) em que diz: “Não nos cega o furor da batalha. Nem nos fere o rival, se é mais forte! Nossas bolas são nossa metralhadora. Um bom gol nosso tiro de morte!”Os Botafoguenses têm motivos para continuar o choro-ró que dura desde 71 (na época o Fluminense foi cam-peão Carioca com um gol contestado pelos chorões). Mas dessa vez o choro é um choro de impotência, que começou na linda bicicleta de Fred.

O Tricolor que não se contenta somente em vencerAs análises de um time que primeiro se supera para depois superar os adversários

E o “copeiro” Inter? Está de parabéns. Perdeu uma deci-são de cabeça erguida para um time que se mostrou mais forte no campo. Mas nesse caso, a justiça foi feita (que contraditório heim?). Esse mesmo Internacional acabou com o sonho Tricolor no “roubado” título da Copa do Brasil de 1992. Certamente teve o que merecia. Mas o destino prega peças...Após calar o Boca duas vezes, o Fluminense para con-quistar o tão sonhado título da Libertadores teria que mais uma vez mostrar o seu valor em um duelo com os argentinos, até então tratados como fregueses. Após sofrer com uma arbitragem vergonha de José Buitrago – irmão do ator Mr Bean – e sair derrotado por 1x0 na Bombeira, o Tricolor que tantas vezes se superou iria decidir mais uma vez em casa. Incentivados por uma campanha que circulou na in-ternet, onde os Tricolores diziam “Bem Vindos ao Inferno”, o Engenhão esteve lotado. Mas quem real-mente viveu um inferno foram os Tricolores, que sem

mais justificativas, foram eliminados em casa, estão fora de mais uma Libertadores e tiveram de assistir os torcedores do Boca imitando “macacos” após o jogo. O que está por vir não sei dizer, mas digo que o Pavi-lhão Tricolor está novamente nas alturas, e que esse Fluminense que luta de igual para igual com qual-quer time sul-americano, não é mais aquele causador de pena.

“Esse garoto Gustavo vai longe!”, disse Nelsinho

“Nunca pensei que meu Fluminense me causaria tamanha desilusão!”, disse Gustavo Garcia


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Publicação de Edital

EDITAL DE CITAÇÃO Com o prazo de vinte dias O MM Juiz de Direito, Dr.(a) Alessandra de Souza Araujo Juiza em Exercício do Cartório da 2ª Vara da Comarca de Búzios, RJ, FAZ SABER aos que o presente edital com o prazo de vinte dias virem ou dele conhecimento tiverem e interessar possa, que por este Juízo, que funciona a Dois, S/N Estrada da Usina CEP: 28950000 Centro Armação dos Búzios RJ email: [email protected], tramitam os autos da Classe/Assunto Usucapião Usucapião Ordinária Art. 1242 Código Civil, de nº 000177877.2011.8.19.0078, movida por FLÁVIO RIANI em face de , objetivando citar os réus incertos e eventuais interessados. Assim, pelo presente edital CITA os réus incertos e eventuais interessados, que se encontra em lugar incerto e desconhecido, para no prazo de quinze dias, decorridos o prazo do edital, oferecer contestação ao pedido inicial, que tem como objeto e causa de pedir a aquisição da propriedade do imóvel situado na Rua Vieira Câmara, 60, antiga Rua Projetada,Manguinhos Armação dos Búzios ,RJ, sendo composto de uma área de terreno de 228,00 m 2 e respectiva construção de 100,22 m2, em que mede: 12,00m de frente que faz para a rua Vieira Câmara nº 60, antiga Rua Projetada; 12,00 m nos fundos que faz com Rua Projetada, anterior área de terra de Antônio Câmara; 19,00 m que faz pela lateral esquerda e 19,00 m que faz pela lateral direita. através da presente ação, querendo, ficando ciente de que presumirseão aceitos como verdadeiros os fatos alegados, caso não ofereça contestação. Dado e passado nesta cidade de Armação dos Búzios, . Eu, Altina de Oliveira Francioni Barrack, Analista Judiciário , Mat. 01/14218 digitei. E eu, _____________Luciana Aparecida dos Santos Substituta da Escrivã com Acesso ao Sigilo Matr. 01/24512 o subscrevo.

ROMERO DE SOUZA LOPES e ELIANE BENTO DOS SANTOS; Brasileiros, sol-teiros. Ele, Motorista, filho de: Geilton e Souza Lopes e Cacilda Rosa de Souza Lopes. Ela, Vendedora, filha de: Jose Felizardo dos Santos e Maria Célia de Sousa Bento, ambos residentes neste Município/RJ.

THIAGO GONÇALVES CANDIDO DA SILVA e RENATA ALVES DA SILVEIRA; Brasileiros. Ele, Divorciado, Funcionário Publico, filho de: Edimilson Candido da Silva e Neide do Carmo Gonçalves da Silva. Ela, Solteira, Vendedora, filha de: Renato Moreira da Silveira e Janecira Alves de Souza, ambos residentes neste Município/ RJ.

FABRICIO DO COUTO CHAVES e JOYCE JENIFFER ALVES DOS SAN-TOS; Brasileiros, Solteiros. Ele, Tec. Informática, filho de: Alcely de Carva-lho Chaves e Fátima Ângela do Couto Chaves. Ela, Vendedora, filha de: Job Melquizedeque dos Santos e Jane Mary Alves Dias, ambos residentes neste Mu-nicípio/ RJ.

PAULO MANOEL SOARES e ELIANA DE AMORIN; Brasileiros, Solteiros. Ele, Motorista, filho de: Manoel Jose Soares e Maria Josefa Soares. Ela, Merendeira, filha de: Ermelinda Martins de Amorin, ambos residentes neste Município/ RJ.

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRODr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião Titular OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

Quem souber de algum impedimento, acusemeEu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente, a extraí.

Nara Parada – Tabeliã Substituta

Armação dos Búzios, 24 de maio de 2012.

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