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Capitão Nascimento em Búzios Já Pág. 18 O gigante está chegando Pág. 29 O MAIOR JORNAL BÚZIOS Mônica Casarin Marcelo Lartigue Sandro Peixoto Calvert Denis Kuck Hamber Carvalho Isac Tillinger Ernesto Galiotto Octávio Fagundes O rei da noite e agora cidadão buziano Emancipação 12 de novembro de 2010 • www.operumolhado.com.br • Edição 990 • ANO XXX R$ 1,00 VAMOS BÚZIOS! Foto: Silvana Graça Maratona na lama Pág. 2 Sabes limpar estátuas? Pág. 8 Destruíram o Corolla do Toninho Pág 12

O Perú Molhado

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Edição 990

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Page 1: O Perú Molhado

Capitão Nascimento em Búzios Já

Pág. 18

O gigante está chegando

Pág. 29O MAIOR

JOR NAL

BÚZIOS

Mônica CasarinMarcelo LartigueSandro Peixoto

CalvertDenis Kuck

Hamber CarvalhoIsac Tillinger

Ernesto Galiotto

Octávio FagundesO rei da noite e agora

cidadão buziano

Emancipação

12 de novembro de 2010 • www.operumo lha do.com.br • Edição 990 • ANO XXX

R$ 1,00

VAMOS BÚZIOS!

Foto

: Silv

ana

Gra

ça

Maratona na lama Pág. 2

Sabes limpar estátuas?

Pág. 8

Destruíram o Corolla do Toninho

Pág 12

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado

RECEPTIVO (22) 2623-2100Rua Turíbio de Farias, Centro • Búzios • [email protected]

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Fun da do res­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­Ma­rio­Hen­ri­ques­e­Pe­dro­Luis­Lar­ti­gue

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Me ce nas Umberto­Mo­dia­no

Im pres são Ediouro

Diretora de DistribuiçãoCristina­Albuquerque

Depto. JurídicoDr.­Ulisses­Tito­da­Costa

Di re tor Mar­ce­lo­Lar­ti­gue­

Jor na lis ta res pon sá velHamber­R.­de­Carvalho(reg.­prof.­13.501­DRT/RJ)

Editor de fotografiaMarcelo­Lartigue

Re pór terSandro­PeixotoMônica­CasarinAlessandra­CruzClaudio­KuckDenis­Kuck

DiagramaçãoCaroline­Moreira

Diretora Comercial Alessandra­Cruz

O­Pe­rú­Mo­lha­do­/­Edi­to­ra­Mi­ramarCNPJ:­02.886.214/0001­32

Rua­Alfredo­Silva,­226,­casa­4­Cep­28­950­000­–­Brava­­­Ar­ma­ção­de­Bú­zios­–­ RJCelular/redação:­(22)­8128­3781­/­9216­3361­/­2623­1422Comercial:­(21)­7874­8081E­mail:­operu­mo­lha­[email protected]­[email protected]­te:­www.operu­mo­lha­do.com.br

QUEM­NãO­FAZ...­FALA­DOS­OUTROS!

Parece que nosso Nani Mancini vive em um planeta diferente do nosso! Passou 8 anos criticando a adminis-tração pública de Búzios, diga-se de passagem com toda a razão. Vivia apresentando planos mirabolantes para ‘salvar’ a nossa cidade da es-tagnação em que ela se encontrava. Chegou até mesmo a criar uma en-tidade, ONG ou sei lá... se chamava algo como GPPPHCPB...??? (sigla sem sentido, que ninguém se lem-bra), que prometia resolver todos os

problemas da cidade: novo desenho viário para a cidade, 4 centros de es-porte e cultura, atuação na mídia in-ternacional para atrair turistas etc...etc...etc. Depois de bancar, por anos, sua aparição na mídia buziana, junto com seu grupo, conseguiu entrar para o governo da cidade com seu grupo político: Toninho, Salviano, Octavi-nho, Odair etc.. Ficaram lá, ‘adminis-trando’ Búzios por 4 anos. Daqueles planos todos, sabem o que realmente fizeram? Não? Nem eu! Para não ser injusta, fizeram aquele trechinho da Via Ápia... que dizer, Via Azul! Onde carro anda na ciclovia, bicicleta anda

na calçada e gen-te anda na rua...A história deste em-presário, aqui em Búzios, todos nós conhecemos! Sua trajetória e seus objetivos não são ocultos de ninguém. Benesses, ou maleses, de uma cidade pequena. A naturalização não é nenhuma certi-dão de bons antecedentes.Então, não me venham com velhas criticas e no-vas promessas, porque para mim, que tenho um pouco de memória, não co-lam. Nem com Duralex!

Mônica Casarin

LUTA

Olá, estou viajando e não poderei estar em Búzios para re-ceber o titulo de ci-dadão buziano, que tanto me honra. Meu filho estará ai me representando. A luta contra a ver-gonha do esgoto de Manguinhos, que vocês tanto se em-penham, não pode esmorecer. Quan-to mais denuncias maior será a reper-cussão. Volto dia 22 e em seguida irei a Buzios.

Zé Leão

“MARATONA­NA­MERDA­EM­BúZIOS”

Enfim a poluição em Manguinhos fica todo dia pior....Para saber mais sobre essas algas ver-des, você pode pesquisar na internet e ver que até um cavalo faleceu ao correr numa praia cheia dessas algas apodrecendo, por razão da inalação do gás que ela emite quando apodrece.

Guillaine Querrien

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Lembram do caso da casa 16 do conjunto Village I, no condomínio Amarras, cuja reforma foi motivo de protes-to do condômino Clemente

Magalhães, em algumas edições passadas do Perú? Pois é, agora parece que não tem mais problemas. O projeto de refor-ma obteve aprovação de licença, tanta ambiental, quanto de obras. E os condô-minos, agora, não reclamam de nada! As licenças foram publicadas no jor-nal Primeira Hora, (edição de 06,07,08 de novembro), na página 12, de classi-ficados. De acordo com o publicado, as licenças foram emitidas pelas secretarias de Meio Ambiente e Planejamento, e es-tá de acordo com a legislação municipal e o Memorial descritivo do Condômino Amarras. O projeto baixou sua área de cons-

trução de 461,00m2 para 155,39 m2, como determina o Memorial Descriti-vo do Amarras, e a taxa de ocupação, que antes era de 39.16%, agora é de 17%. É bom lembrar que, pela legis-lação municipal, a taxa de ocupação daquela área (Z-30) era de 30%. Na época do embargo da obra, o proprietário Gilson Ribeiro, empre-sário de Niterói, em entrevista ao O Perú Molhado, afirmou que iria se adequar à legislação. A única sur-presa dessa nova fase da história da Casa 16 do Amarras, é que as li-cenças não foram emitidas em no-me de Gilson, mas sim de Cristina Tavares Braga Ribeiro. Por fa-vor, não confundam esta Cristina com a nossa primeira-dama, que se chama Cristina Amaral Lima Braga.

Reforma no Amarras... a volta do que não foi!

DESCASO­

Tenho uma casa no Bosque de Geribá (perto do posto de gasolina da Petrobras) desde 1989 e espero ancio-samente e pacientemente que minha rua seja calçada. Quando chove vira uma loucura, e também não tem luz na rua. Pago meus impostos em dia e não vejo retorno. Já fui conversar sobre este assunto na prefei-tura, memandaram para o setor de obras, e falaram que até novembro de 2010 todo o Bosque de Geribá estaria calçado, e até agora nada. mando email direto para a ouvidoria, obras, administração, planejamen-to, gabinete do prefeito e nenhuma resposta. Sinto-me frustada por ver que não têm nenhuma consideração com o morador , eleitor e ser humano. Não sei mais o que fazer. Gostaria de uma orientação. Antecipada-mente agradeço.

Nina Lopes

CORDEL

Amigo Sandro, saudações. Sou o Escritor da história dos clubes em cordel, lembra? Em 2009 com matéria e uma foto ao lado da Profa. Vera Lilian e do Saudo-so Natal (David). Pois é, estou lhe escrevendo pra dizer que li, consternado, o jornal do dia 5 deste. A crimina-

lidade não pode criar raizes em Búzios. E mais. Eu co-mando um restaurante árabe na Rua do Rosário (perto do mercado das flores) e compro o “Perú” numa banca da Uruguaiana.Dia 8 agora fui lá e estranhei a ausencia do jornal ao lado do Globo, a mostra, como sempre es-teve. Perguntei ao dono da banca que me disse ter sido roubado “aquele Jornal de Búzios”, segundo ele, “não é a primeira vez que isso acontece!” E achou melhor colocar o “Peru” dentro da banca. Foi lá e me entregou sem não antes mandar um “Amigo, é ladrão demais nessa cidade! Onde vamos parar? Agora eles estão rou-bando até jornal!” Sem o que dizer, peguei meu “Pe-rú”, entrei na Cavé, aos olhares de José do Patrocinio e do Machado, que dizem, passavam por aqui, em outros tempos. Saudações a você e ao Marcelo.

Cláudio Aragão - por e-mail

PARABéNS

Maravilhoso o site do jornal O Perú Molhado. Bom de acessar fácil de ler e com ótimas matérias como sem-pre. Divulgarei para todos os meus amigos da internet. Valeu

Calvet

Onde encontrar o Perú no Rio

Livraria Argumento Leblon Restaurante Garcia Rodrigues

Entre Letras – Shopping Leblon Prezunic Recreio

Barra Grill Churrascaria Oasis São Conrado

Patrimóvel Pampa Grill

Copacabana – Rua Rainha ElizabethRecreio – 14591

Barra – Rua Prof. Alfredo Colombo (Banca do Bruno, 7907)

Leblon - Dias Ferreira, 521

Assine o Perú (22) 2623-1422 / (22) 8116-6356

Page 4: O Perú Molhado

12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado4

Por Sandro Peixoto

Acho que já comen-t e i e s s e a s s u n t o aqui mes-

mo, nas páginas do Pe-rú, mas não custa voltar ao assunto. Mesmo por-que ele mexe com nosso presente e nosso futuro. O tema é nossa eman-cipação político admi-nistrativo, que completa 15 anos nesse dia 12 de novembro.Durante um bom tem-po, um grupo de bu-zianos (metade nativo, metade de fora) tentou separar Búzios de Ca-bo Frio. Conseguiram o feito apenas na terceira tentativa, mas como em toda história que come-ça com uma mentira, a emancipação trouxe mais problemas que melhorias para a nova cidade. O mote do movimento emancipatório era o seguinte: Chega de Carregar Cabo Frio nas Costas! Criaram a idéia (irreal) que os recursos de Búzios iam todos para Cabo Frio. Diziam que nossos impostos serviam apenas para bancar o município mãe e que era pre-ciso separar o distrito para que pudésse-mos cuidar de nossas economias. Diziam ainda que os cargos públicos do distrito eram ocupados por cabofrienses. A grande verdade é que na época, a ri-queza gerada por Búzios era ínfima. Nin-guém pagava alvarás, ISS, ICMS e muito menos IPTU. O IPTU não era pago nem pelos pobres nem pelos ricos. Claro que havia algumas exceções. Mas em geral ninguém pagava nada. Os royalties de petróleo também não existiam. Éramos pobres, mas metidos pra caramba. O SIM venceu de goleada e o distrito vi-rou município.

As estórias por trás das história

Emancipar Búzios não foi fácil nem ba-rato. As despesas com advogados e com idas e vindas ao Rio e a Brasília eram pagas pela classe rica, gente que veio do Rio morar em Búzios e que achava o povo de Cabo Frio caipira demais. Bú-zios para esses ricos eram uma espécie de principado. Já os nativos estavam de olho no poder político e nos cargos que surgiriam com a criação do município. Tanto é que os nativos tomam conta da cidade até hoje.Os ricos acostumados a ter poder a base de dinheiro esqueceram que teriam que ter votos para conseguir poder político. Abertas as urnas do município pela pri-meira vez, os buzianos elegeram uma professora, um bebum, uma corretora, um líder comunitário e um líder evan-gélico para a câmara. Para prefeito foi eleito um professor que nunca deu aula e que era assessor do prefeito de Cabo Frio (José Bonifácio) que trabalhou incansa-velmente contra nossa emancipação. A mentira venceu, porém gerou uma trá-gica realidade. O dinheiro que deveria ser usado para melhorar a vida dos bu-zianos foi parar nos bolsos dos emprei-teiros amigos, dos políticos corruptos e dos funcionários incompetentes. A san-gria dos cofres públicos foi aumentando

de acordo com o aumento da arrecada-ção. A situação chegou ao ponto limite. Atualmente, quanto mais se arrecada menos se faz.Para se ter uma idéia, apenas esse ano a prefeitura de Búzios já arrecadou mais de cem milhões de Reais. As poucas obras que estão em andamento, estão sendo fei-tas com recursos estaduais. A prefeitura entrou apenas 5% de recursos. Não fosse a dedicação do deputado Paulo Melo não teríamos a obra da estrada Búzios/Cabo Frio, o asfaltamento da Estrada da Usina, nem as novas sedes da Secretaria de Saú-de, de Meio Ambiente e da Promoção Social- no prédio da velha prefeitura. O governo municipal é tão incompetente que vai acabar perdendo os 28 milhões do PAC que estão separados para obras de drenagens e saneamento. Marcio For-tes, ministros das Cidades está mais pre-ocupado com Búzios que nosso prefeito.

O cavaleiro solitário

Durante a campanha pela emancipação

em 1994, apenas uma pessoa em Búzios teve coragem de remar contra a maré. Enquanto 99% dos buzianos trabalha-vam pelo SIM, Adilson da Rasa prega-va o Não. Pregava com tanta convicção que chegou ao ponto de pichar um velho carro que tinha com palavras de negação. Adilson foi vencido, mas até hoje acha que estava certo. - Na maioria dos casos, os processos de emancipação só interessam aos políticos que sonham em conseguir uma boquinha no novo município. É assim no Brasil inteiro e não poderia ser diferente em Búzios. Tudo o que queriam era cuidar da própria vida. Depois de 15 anos de emancipação a cidade só piorou. Está mais violente, mais suja, mais destruída, mais inchada. A cidade fede de ponta a ponta. A única coisa que melhorou foi o padrão de vida dos políticos da cida-de. Gente que não teria a menor chance de ser alguém sem as tetas da prefeitu-ra. Um bando de analfabetos preguiço-sos. Ficaram ricos com a emancipação. Prefeitos, vereadores, parentes, amigos

e empreiteiros se deram muito bem. Já o povo se ferrou. Para o ex-vereador, trocamos o paraíso, quando éramos um simples distrito cabofriense, por uma pequena cidade com todos os problemas de uma metrópole. Violência, desem-prego, mendigos, tráfico de drogas, engarrafamentos, mais esgotos nas praias, etc. A men-tira da emancipação, segundo Adilson, trouxe uma maldição para a cidade. Nos separamos administrativa-mente de Cabo Frio mas nunca politicamente.Nos dois primei-ros mandatos de Mirinho, seu amigo e tutor político José Bo-nifácio agasalhou centenas de cabofrienses incompetentes na prefeitura de Búzios. Com a vi-tória de Toninho Branco, foi à vez de Alair Corrêa trazer seus apaniguados para cá. Volta Mi-rinho a nada muda. Dessa vez o prefeito de Búzios importou de Cabo Frio seu novo amigo po-lítico derrotado nas urnas Jânio Mendes que traz consigo seu entourage. Essa conta é paga

com os impostos dos buzianos. O mote “Chega de Carregar Cabo Frio nas Cos-tas” nunca foi tão atual. Para Adilson, tá na hora de começar outro processo de emancipação. - A culpa é de todos. Dos eleitos e dos eleitores. O povo vota pensando em se beneficiar. Não vota pensando na cida-de. Aqui é cada um por si e Búzios que se dane. As administrações que pas-saram por Búzios são iguaiszinhas as do resto do País. É só roubalheira. Por egoísmo destruíram o paraíso. O atual prefeito fala tanto em educação. Diz que a educação de Búzios é ótima, mas seus filhos jamais estudaram em escola pú-blica. Mesma coisa com a saúde. Os po-líticos som confiam em escola e clinica particular. Nunca emancipamos de Cabo Frio de verdade. Até para dar um peido temos que pedir licença aos políticos de Cabo Frio. O dinheiro e os empregos de Búzios estão indo embora. Isso é um cri-me. Uma total falta de responsabilidade. A emancipação não foi benéfica para Búzios.

Meteram a mão

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Por Denis Kuck, de Genebra

Es t o u numa f a s e meio S a n -

dro Peixoto meio Claudio Kuck.

Estou puto. Tenho passado muito tempo em Búzios ultimamente, e, o que não costumava acontecer, tenho passado muitos dias de meio de semana por aqui. Nada de feriado, fim de sema-na, Carnaval, Réveillon. Mas sim dias úteis. E a melhor coisa para realmente compreender o espírito de um lugar, sua essência, é acompanhar o prosaico dia a dia da terra e de seu povo. E é justamen-te por isso que eu estou puto. O buziano não quer nada da vida. Só é comparável ao baiano. Vive num estado de preguiça atávica e irremediável. Vá-rias coisas incomodam muito por aqui, e são mais incríveis ainda acontecerem num lugar onde o turismo é a principal atividade econômica. Parece que a rapa-ziada local foi explorada e escravizada durante séculos por colonizadores san-guinários, como os espanhóis na Améri-ca Latina ou europeus na África, e agora se libertaram e querem se vingar. Existem certas coisas que não consigo entender. Como numa cidade como Bú-zios pode ser tão difícil encontrar um res-taurante de porte médio, de comida boa e preço acessível, que aceite pagamento em cartão? Acho que os donos dos esta-belecimentos têm preguiça de legalizar o empreendimento ou acham que não vale a pena utilizar o sistema pois ele leva um caraminguá de imposto e o proprietário só recebe trinta dias depois. Devem acre-ditar que em Búzios só é freqüentada por milionários que andam sempre com for-tunas na carteira. Isso foi no tempo que Don Don jogava no Andaraí... Búzios está cada vez mais popularizada e sempre foi visitada pela classe média, a clássica parcela da popu-lação que tem contas em banco mas não tem dinheiro na carteira... Uma passeada pelos quiosques e bares das praias buzianas também revelam ab-surdos. Uma refeição como uma ancho-

O DILEMA BUZIANO-BAIANO-SUIÇO

va com salada pode custar cento e vinte reais. Na boa: não rola. Você pode até ter essa grana, mas gastar tudo isso num pra-to como esse é como, sei lá, pagar quinze reais numa cerveja. Lógico, há milioná-rios que pagam, mas se cobrassem um pouco menos tenho certeza que se ven-

deria mais. Afinal, o cheque especial está aí para isso... Acredito também que os políticos de Búzios também são preguiçosos. Como pode uma cidade tão badalada como a nossa ainda ter tantos problemas? Es-goto, engarrafamentos, ruas cheias de

lama e até assaltos. Não deve ser tão di-fícil resolver isso. Gastar uma grana em saneamento, fechar algumas vias para carros, urbanização das ruas (algumas parecem mais circuitos de rali), investir em segurança. Em Punta del Leste, por exemplo, as casas não têm muros, e sim cercas vivas, muito diferente das fortale-zas que vemos por aqui, mais protegidas que uma Alcatraz. Parece que só querem ganhar um din din fácil e explorar e tirar todo o dinheiro dos turistas, como se todos tivessem a fortuna do Eike Batista. Mas é aí que chegamos num dilema: afinal, que tipo de cidade é Búzios, quem vem nos visitar e qual é o melhor tipo de turista? Ao mesmo tempo que Búzios tem e continuará tendo seus milionários, existe o visitante classe mé-dia, o passageiro de cruzeiros pagos em vinte prestações e cada vez mais a turma dos Mirandas (mira, anda e não compra nada), atraídas para nosso balneário por novelas da Globo, raves e shows mega-lomaníacos de Réveillon. Qual é a de Búzios, afinal? A verdade é que a cidade anda muito esquizofrênica... Ao mesmo tempo, pode parecer contra-dição, mas assim como Raul Seixas, eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes. Um local muito organizado é chato pra caramba. Estou passando uns dias em Porto Alegre e tudo por aqui, fruto da colonização mais européia do Sul do país, funciona melhor. Quando chega de madrugada, vejam só, a pre-feitura recolhe nos bares as mesas que estão na calçada. As coisas são mais lim-pas, mais civilizadas. Você pode pegar um táxi bêbado que ele te deixa em casa sem passar antes na Baixada Fluminen-se... Parece até a Suíça. E uma das coisas mais legais do Rio de Janeiro em geral é que tudo é feito meio a bangu, tudo é meio zoneado, é uma bosta mas é bom pra caralho. Acho que o Brasil vai fican-do mais divertido conforme vai se afas-tando de São Paulo e de sua porção mais Suíça. Conforme vai se abaianando. Por-que nossa cidade pode ter todos os defei-tos do mundo, mas o Sandro Peixoto e o Claudio Kuck que me perdoem: nada melhor do que ficar alguns dias matutan-do e refletindo em Búzios, observando seus hábitos e absorvendo sua energia e sua loucura.

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado6

Por Marcelo Lartigue

A gente se emancipou por-que somos diferentes. Temos uma forma de ferver bastante interes-sante. Não é por acaso

que pessoas de mais de 50 naciona-lidades escolheram viver aqui. Isso é difícil de encontrar num outro lugar do Brasil. Além dos próprios brasileiros que vieram de to-das as partes deste enorme p a í s . C o m o meu repórter Sandro Peixoto que largou sua Pernambuco e se alojou na re-dação do nosso jornal. A verdade é que somos ob-servados o tempo todo por outras cidades. Eles nos descobrem, sen-tem que nesses 15 anos que comemo-ramos, jogamos um bom tempo fora e ganhamos outro tempo também.Essa fervura a que me refiro no co-meço é a briga entre nativos e os de fora. A briga que estamos perden-do construindo uma cidade horrível, quase sem saída. Mas esse ‘quase’ implica que temos tempo, pouco tem-

po, para levantarmos, para caminhar como se fosse à primeira vez. Minha filha Eva completa 15 anos agora. Foi a primeira buziana a nas-cer depois da emancipação e como adolescente já aprendeu a caminhar bem antes que Búzios. Emancipação significa ter cabeça pa-ra andar sozinho. Eu não me arrepen-do de ter lutado, e mui-

to, para nos separar de Cabo Frio. Insisto: somos diferentes e esta-mos aprendendo a caminhar. Porque não pensar que vamos ter melhores prefeitos que administrem Búzios co-mo a cidade merece?Hoje estamos refém da violência. Prestes a viver o verão mais catas-trófico dos nossos 15 anos. A cidade

Tudo ao seu tempocheira a podre, os buracos se multi-plicam, é como se fosse o fundo do poço e tenho certeza que estamos fervendo tanto por dentro que isso nos fará dar basta!Essa mistura de países e interiores de Brasil é uma força que sei que não vamos fraudar. Estive na Espa-

n h a e lá os moradores não ligam para partidos políticos e participam cada vez e com mais intensidade em co-munidades de vizinhos. Aqui seriam grupos de bairros onde discutiríamos sem pensar no voto e sim, no que precisa o nosso bairro. Se eu fosse pai dessa criança chamada Búzios, diria que esse é um caminho. Sadio e limpinho.

Vamos convocar todos que se quei-xam. De João Fernandes a Zé Gon-ç a l v e s . Convidar a andar, a

caminhar em dire-ção ao futuro.Eu gosto de Bú-zios. Por Búzios conheci o mun-do e faço o Perú Molhado há trinta anos. Estou velho e apaixonado por uma caxiense que me ama como mulher nenhuma me amou. Não tenho nenhuma propriedade, só um túmulo no cemi té r io de San t ’Anna e

a felicidade de sentir que quem mora aqui me dá va-lor. Mas do que eu me dou...Como posso ser contra a emancipa-ção?Só sei dizer que vamos continuar re-mando. Sabedor de que vale a pena viver a vida remando, como fazem os pescadores artesanais de Búzios. Ciente e com prazer de estar partici-pando da transformação do municí-pio e ciente de que não estou só...

Page 7: O Perú Molhado

12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado 7

Por Mônica Casarin

Segundo o nosso velho e bom ‘pai dos burros’ (di-cionário), o verbo irregular debutar,

significa: “Estrear, principal-mente na vida social”. E Se-gundo a tradição, debutamos quando chegamos aos 15 anos! Nossa querida cidade, então, está debutando... Es-treando... Espero, sincera-mente, que depois dessa fase ela se torne uma adulta de boa índole. O problema de toda adolescente – ou aborre-centes, como alguns gostam de frisar – é que são seres em transformação. Não são mais crianças, onde tudo é relevado e perdoado, mas ainda não são adultos, quando as responsabilidades e as cobranças se tornam inevitáveis e compreendi-das. Portanto, nossa querida e perdida adolescen-te está nesse dilema momentâneo. Aquele tem-po, onde todas as ‘loucuras’ de um passado in-fantil, onde tudo era permitido e até ‘charmand’, já acabou. Não tem mais tolerância para os bi-chos-grilos, o prazer sem censura, o pode tudo, o jardim do Éden! Já estamos muito velhos para isso. Porém, a nossa querida e ingênua cidade ainda não alcançou a maturidade suficiente pa-ra entender que, com o crescimento vêm a res-

ponsabilidade e os deveres. Pen-sar no coletivo, nas obrigações, ainda nos parece coisa de gente careta... gente que não tem o que fazer... tiozinhos aborrecidos! Estamos no auge! No auge do egocentrismo! Não existe nada mais importante que... nós mes-mos! Os outros, são apenas figu-rantes sociais que convidamos para a valsa e para o bolo... des-de que, sejamos a única a dançar com a celebridade do momento! Ser aborrecente, quer dizer adolescente, é uma bela fase de

vida. Afinal de contas, todos nós já fomos ado-lescente, não é? Gostam de formar grupinhos, uns contra os outros, é claro! Têm compulsão por gastar descontroladamente com futilidades, com o dinheiro dos outros, é claro! O lema dos adolescentes é: eu gosto de tudo que é ilegal (a lista é muito grande), imoral (você finge que não sabe do que falo), ou engorda (principalmente o nosso bolso, é claro)! Mas, isto é só uma fase, que passa! Depois, acordamos para a realidade da vida adulta. É aí que as coisas começam a ‘pegar’. Se o ado-lescente, mesmo com todas as distrações que o envolve, tiver um pouco de visão de futuro e orientação, não vai capitular perante as dificul-dades do mundo adulto. Mas, caso contrário, não vai evoluir. Ficará refém deste mundo juve-nil - ‘La-La Land’ - até o fim dos seus dias. Pode até acordar... mas talvez seja tarde demais!

Búzios, a debutanteaborrecente!

Page 8: O Perú Molhado

12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado8

Por Sandro Peixoto

O telefone toca no gabi-nete do prefeito. Trata-se de um ‘amigo’ políti-co em busca de ajuda.

Cena 01. Interna. Gabi-nete do prefeito. Amigo oculto liga para o prefeito.

AMIGO OCULTO - Meu amigo prefeitinho. Queria falar contigo. Tô passando por um momento difícil. A verdade é que estou sem grana. Sabe como é. Depois que o Zezinho e o Corrêa perderam o poder eu fiquei meio na mão. Ganhar dinheiro fácil tá difícil pra ca-ramba.PREFEITINHO- O que eu posso fazer por você?AMIGO OCULTO – Arruma uma boquinha na pre-feitura para mim. Eu lhe ajudei antes quando o senhor ficou sem mandato lembra? Não tô lhe cobrando nada. Mas é que agora sou eu quem precisa de ajuda.PREFEITINHO – Vou ver o que posso fazer por você. Vou conversar com meus secretários e te ligo daqui a uma semana.

Cena 2. Uma semana depois. Gabinete do prefeiti-nho. Telefone de volta para amigo oculto

PREFEITINHO - Como prometido, estou retornando sua ligação e tenho uma excelente notícia para você. AMIGO OCULTO – Eu sabia que meu prefeitinho não iria me deixar na mão.PREFEITINHO – Olha só. Conversei com meus se-cretários e descobrimos um jeito de você levar uma boa grana sem fazer quase nada.AMIGO OCULTO – é assim que eu gosto... Dinheiro fácil. PREFEITINHO - Mas temos que fazer uma licitação.

AMIGO OCULTO – Pô, prefeitinho. Assim vai ficar difícil. E se eu perder?PREFEITINHO – Calma, meu querido. Você sempre me ajudou quando precisei. Não vou lhe deixar na mão. Vamos anunciar a data da licitação num jornal do Rio de Janeiro. Um jornal que pouca gente lê. AMIGO OCULTO – Agora o senhor está falando mi-nha língua...PREFEITINHO – Tem outro problema. Você sabe lim-par estátuas?AMIGO OCULTO – Como é que é?PREFEITINHO – Estátuas. É que temos aqui na ci-dade algumas estátuas e foi só isso que conseguimos arrumar para você. Vamos fazer um bom contrato para você manter as estátuas limpas. Aliás, você nem precisa aparecer. A não ser, é claro, para curtir a cidade. Con-trata um peão barato e manda o mané limpar o bronze. AMIGO OCULTO – Limpar estátuas? Tava pensan-do numa coisa melhor. Alugar uns carros, fazer umas obras desnecessárias. Mas limpar estátuas. Eu não sei limpar estátuas. Nunca lustrei nem mesmo meus sapa-tos. PREFEITINHO – E daí! Eu nunca tinha sido prefeito e aqui estou eu. Já no terceiro mandato. Vamos fazer um acordo. Pensa no quanto você precisa que vou mandar ama-nhã mesmo publicar a licitação. Faz um preço que seja bom para você, mas que não cause escândalo. Tem muita gente me pe-dindo ajuda e o caixa da prefeitura já está meio vazio.

Tudo que foi escrito acima pode não ter acontecido da maneira que foi descrita. Isso é apenas um exercício de imaginação. Po-rém, quando um caso é tratado as escondi-das, é natural que cada um imagine de sua

A vida como ela é ou aonde fomos amarrar nosso burro(Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade talvez seja pura realidade)

maneira. O fato é que a prefeitura de Búzios publicou no jornal O Povo (que ninguém lê em Búzios) uma cha-mada de licitação para a contratação de empresa para fazer limpeza e manutenção preventiva e corretiva das estátuas de Búzios. Contratar uma empresa para limpar estátuas (o homem negro na Rasa, o pastor na Praça do Gato, Brigitte Bardot, os três pescadores e JK na Orla Bardot e duas crianças e um cachorro na Praça dos Ossos) é brincar com a sociedade. A farra com dinheiro público parece não ter fim. Até novembro a prefeitura de Búzios já arrecadou mais de cem milhões. Para aonde foi todo esse dinheiro nin-guém sabe e ninguém quer dizer. Quinze anos atrás, o prefeito tinha apenas seis milhões de orçamento e mes-mo assim conseguiu fazer mil vezes mais que hoje. A sociedade buziana parece entorpecida. Oposição não existe. A inércia no legislativo é ridícula. No momento, metade da sociedade está se locupletando no governo e metade está esperando voltar para comer também. Claro que existem exceções. Porém insuficientes para mudar a situação. Pobre Búzios: tão amada e tão explorada.

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado 9

Por Antonio Carlos Calvet

15 anos que idade bela, barba nas-c e n d o , f i m d a pipa e continuar “dibicando”, fil-

me proibido, Bezetacil, banho com o chuveiro pelando e com o cabelo seco, depois das descobertas, enfim próxi-mo da maior idade. E nós nesses 10 anos de Búzios, chegamos até antes da Justiça, pois apesar de emancipa-da pertencia a Comarca de Cabo Frio, que distância para procurar justiça..., e finalmente inauguramos o “Posti-nho” (Posto Avançado), depois da pri-meira tentativa fracassada no centro onde chovia tanto fora como dentro. Era em frente a Gaúcha Carnes, com o Moreira gerente, Bob com o Mister Pão competindo com o Antônio do Pão Quente, filas homéricas no verão só para comprar pão. O prédio era do Campanati, da inauguração não posso esquecer, Silvano representando o Mu-nicípio e o Des. Paulo Gomes o Poder Judiciário, conheci também Miúda e atento fiquei aos discursos, assim poderia conhecer melhor o que viria pela frente. Denise lotada no Juizado Adjunto Criminal (JEACRIM), eu em Cabo Frio cumprindo os mandados em Búzios, primeiro dia chega um advo-gado dizendo que tinha uma citação para um argentino, que se escondia de todos os Oficiais de Justiça e que nin-guém o encontrava, logo pensei, deve ser o Mandrake. Fui cumprí-lo, che-guei a Praça Santos Dumont e pergun-tei a primeira pessoa que passava por lá quem era Marcelo Lartigue, o cara, rindo, logo me apontou e eu o abordei e cumpri o dever legal, porém percebi, ou eu era maluco ou o advogado, pois pela primeira vez vi a figura que tive o prazer de conhecer, e que até hoje o vejo por toda cidade. O louco, digo, o outro, nunca mais. Com os dias pas-sando, ouvindo sempre o BOM DIA BÚZIOS, apresentação.... Ia conhecen-do as pessoas, familiarizando com os nomes, assim como os problemas que a cidade tinha e até a visita do então futuro presidente Lula como muitos

da Silva que aqui passaram. Histórias existem, muitas precisariam de pági-nas e páginas para contá-las. Continu-ando...iniciou-se a construção do Fó-rum de Búzios, construtora Paulicéia, ri muito, pois poderia ser Carioquéia. Conheci o engenheiro que gargalhou quando lhe perguntei se havia estrutu-ra para o segundo andar e ele respon-deu que nunca essa cidade cresceria e que não precisaria de nenhum espaço maior do que estava projetado, e que Búzios ficaria esquecida no mundo. Ledo engano. Trata-se de uma cidade cosmopolita, pois temos argentinos, italianos, franceses, ingleses, pescado-res, pedreiros, serventes e políticos, e assim interagimos, e somos totalmen-te politizados, todos sabem o caminho certo para procurar seus mais parcos direitos. Chegou a grande hora e, por incrível que pareça, nem me lembro do dia 06 dezembro de 2002, data da sua inauguração, pois perdeu o glamour. O momento da Justiça em Búzios iniciou com o Postinho, onde todos os habitan-tes procuravam para tirar suas dúvidas, aí sim começou a procura por justiça. O primeiro juiz, Dr. Fábio Brandão, terror das mocinhas que babavam só em vê-lo, mais parecia um ator, porém claro, objetivo e rígido com sua deci-sões, depois o temido Dr. Alexandre Chini, juiz dirigente do NURC o dito antipático mais simpático que conheci, admirável. Depois o Dr. João Carlos que se dispensa apresentação, pois to-da cidade o conhece, e eu mais tempo do que qualquer pessoa. Trabalhamos lado a lado na capital há 30 anos, em Varas da Fazenda Pública e até ho-je permanece a frente da 1ª Vara e do Juizado Adjunto Especial Cível. Tem afetos e desafetos, pois é impossível agradar a todos ao mesmo tempo, em um litígio sempre haverá um vencedor e um perdedor, não havendo empate.Hoje contamos com a 2ª Vara, com as mesmas competências da 1ª, tendo a frente o Dr. Rafael Rezende, pessoa séria e discreta. Assim, Búzios uma pequena, e com pensamento de cida-de grande, vai lentamente crescendo e amadurecendo, verão após verão espe-rando a perfeição.

15 anos de emancipação e 10 anos de Búzios

15/10

Nosso querido Calvet lan-çando moda no Bradesco

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado10

Por Hamber Carvalho

Sim, a c idade c h e g o u a o s 15 anos, com muito menos q u e m e r e c i a

em sua infra-estrutura de água, esgoto, saúde pú-blica, educação, turismo e oportunidade de trabalho e com muito mais em com-padrio, favorecimento e nepotismo, fruto de um re-vezamento doentio de po-der entre os dois grandes ramos de família que res-taram daquelas 5 famílias que povoaram a nossa pe-nínsula, como nos informa a tradição oral e a maior parte dos textos históricos disponíveis. Continuamos a ser somente na nossa memória uma terra paradisíaca, pois na realidade do dia a dia já absorvemos os infortúnios de uma cidade grande, on-de a droga avança assustadoramente em nosso meio estudantil, em nossas famí-lias e ao cair da noite em nossas opções de lazer. Onde as saidinhas de banco e os assaltos a mão armada já fazem parte da rotina de turistas e moradores. Já sentimos os sintomas da violência profissional, com assaltos e execuções sumárias dentro de pousadas e residên-cias, independentemente se estamos sob a luz do sol ou da lua. Nossos serviços de inteligência limitam-se a tabular da-dos estatísticos, como que apenas exer-cendo um controle virtual sobre todas essas ocorrências. Os conflitos individuais, de vizinhan-ça e políticos, já não são mais resolvidos na conversa de calçada ao entardecer e sim, com muita violência e porrada, con-gestionando ainda mais o nosso sistema judiciário local, espelho do que acontece no resto do pais, onde o povo brasileiro empurra para o judiciário a falta de diá-logo e o respeito ao próximo. Chegamos aos quinze anos sim, com nossas praias sendo invadidas por am-bulantes clandestinos, competindo com aqueles que se acham legalizados e dei-xando uma péssima imagem para a nos-sa atividade econômica essencial que é o turismo e onde o sexo, as drogas e o Rock and Roll rolam soltos como se fos-sem artigos de primeira em nossa oferta de lazer. Tudo isso misturado a falta de higiene, muita marra, agressões gratuitas e incômodas ao turista que busca nossas praias para relaxar da neura dos grandes centros urbanos. É decepcionante ter que escrever este texto, quando conheço na prática o potencial da cidade, já que trabalhei na administração municipal sob o comando de representantes destas duas famílias que mencionei acima e ter visto que uma simples modificação de rotina na admi-nistração, sem investimento algum, re-percute na auto-estima de grande parte da população , como foi o caso da dis-cussão e implantação do Orçamento Par-ticipativo. Mais decepcionante ainda é observar nossa Câmara Municipal com um puta poder de barganha para virar esse jogo e mudar o curso deste enredo e ainda se atrapalhar na discussão velada e menor, para saber quem vai ser o próximo pre-feito. Não perceberam ainda que para ser um

bom admi-n i s t r a d o r , alem do acei-te popular é n e c e s s á r i o e s t a g i a r e bem, na pró-pria cadeira de secretário. E que, se bo-bear, os polí-ticos profis-sionais de fo-ra irão tomar de assalto a prefeitura em face da enor-me insatisfa-ção popular. Quanta mes-mice, quanta

repetição dos mesmos vícios e cacoe-tes de uma política chinfrim, pequena e voltada para o próprio umbigo. Repete-se, rigorosamente o mesmo roteiro. Ao assumir a prefeitura muita obra, muito secretário na rua, muita mídia e o desco-brimento da pólvora.No segundo ano de governo, a maquia-gem começa a escorrer na face do gover-no e, no terceiro, os mesmos preparati-vos de sempre para tentar a reeleição. E no quarto ano, finalmente, novamente a meta é repetida: enganar o otário do con-tribuinte com musiquinhas de dar ânsia de vômito, muito circo no palanque e muita rua emporcalhada de santinhos e promessas que não conseguem sair dos panfletos. Que saco!!!Meus pêsames a todos que se empenha-ram pela Emancipação, essa é a paga que recebem de nossos governantes.Puta que pariu, ainda bem que essa mer-da de política não consegue acabar com a padaria do Guilherme, a torta da Ma-ré Mansa, o Açougue do Marreco e do Henrique, o Cinema do Mário, o tem tu-do do Cajaíba, o Bar do Renascimento, os doces da Creusa, a banca do Charuto, a peixaria do Manel, a barraca do Cláu-dio e esta bosta do Perú Molhado.

O que você vai ser quando crescer?

Por Isac Tillinger

Certa vez um ancião com a voz enrolada (até o hoje não se descobriu sua nacionalidade)

chegou a Búzios, e diante de tanta re-clamação das pessoas, fez um pedido a dezenas de buzianos que se encon-travam na Praça Santos Dumont: por favor cada um escreva num pequeno pedaço de papel qual o problema que lhe aflige neste momento e pendure na corda esticada na arvore . Todos fize-ram de acordo com a determinação do ancião. Uma semana depois o velho reuniu to-dos na praça e pediu que cada um fosse até a corda e escolhesse entre todos os problemas que estavam ali pendurados o que ele achava ser o menor. E assim foram todos retirando os problemas um a um. Para surpresa de todos, ao come-çar a leitura se deram conta que cada um escolheu o seu problema. Ou seja, o problema dos outros eram infinita-mente maior do que o deles. E assim todos ficaram felizes para sempre.A fabula vale como introdução para este artigo acerca dos 15 anos de Bú-zios. Reclamamos diariamente sobre tudo: Ampla, Prolagos, Prefeitura, ex-cesso de comércios, enfim um rosário de lamentações, mas no fundo nin-guém quer sair de Búzios.

Já escutei varias vezes de alguns desa-visados que era melhor não ter eman-cipado. Francamente, jamais me atre-veria fazer esta afirmação, pois nunca saberemos o que teria passado se não tivéssemos emancipado. Mas tenho certeza absoluta que não estaríamos melhor que agora. Podemos achar que nossos governantes não são nenhuma Brastemp - ninguém acha seus gover-nantes capazes, exceto os eleitores do Lula, podemos imaginar que as coisas deveriam ir melhor do que atualmente, podemos desgostar do excesso de po-pulação, tudo isso pode até ser certo, mais por mais que sejamos críticos, uma coisa é certa: viver aqui é bom de-mais. Búzios é a única cidade do mun-do que tem carisma, a única porque ca-risma é coisa de gente e não de lugares. Só isso explica o que aconteceu com um turista que veio passar o réveillon em Búzios e mandou um twitter para um amigo: “Vim prá Búzios, levei dez horas para chegar, a pousada que reser-vei não tinha nada a ver com o que es-tava no site, a cidade está super lotada e você não consegue andar, os preços estão caríssimos, a praia tá loteada por ambulantes. Um horror. Fazer o que? Estamos retornando na segunda feira; mas já deixamos a reserva para o car-naval” . Vê se pode. Feliz aniversario, Búzios.

O MELH

OR LU

GAR D

O MUN

DO

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado 11

Gostaria de aproveitar essa data especial, os 15 anos de emancipação

política administrativa da cidade de Armação de Búzios para reafirmar toda

minha admiração pelo município. Sempre tive um grande compromisso

com a Região dos Lagos e tenho certeza que as cidades da região são de grande importância para o Estado.

Por isso, trabalho para trazer para essas cidades, obras de infraestrutura, principalmente na área de turismo, que é o maior talento da Região dos Lagos.

Búzios é uma cidade abençoada. Ela tem enorme importância para o

turismo brasileiro. Assim como o povo de Búzios sempre me recebeu de braços abertos, a cidade sempre

poderá contar com minha gratidão.

Deputado Paulo Melo

Meus parabénsao povo de búzios

“Estar em Búzios, é estar seguro, alegre e confiante de que nos seus horizontes es-tão guardados toda a esperança de um povo que acredita na melhoria e que a cada dia nascerá um novo dia, de que

nesta cidade a fratenidade e amor habita em cada coração, PARABÉNS BÚZIOS!!!”

Vereador Genilson Drummond

Parabéns ao povo de Búzios por mais um ano de liberdade.

A cidade de Búzios, uma das mais belas do Rio de Janeiro

tem em mim uma fiel parceira. Meus sinceros cumprimentos

ao povo buziano

Deputada Solange Almeida

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado

Por Sandro Peixoto

Na última segunda-feira, Paulinho da Pipa, funcionário concursado da prefeitura de Búzios foi buscar o prefeito Mirinho Bra-ga e sua trupe no aeroporto Tom Jobim - no Rio de Janeiro. Mirinho estava vindo

de Buenos Aires, aonde foi se esconder para não fazer campanha nem votar na presidenta Dilma Rousseff. Ainda na ida, Paulinho bateu de frente com outro car-ro na Via Lagos. Por sorte, o motorista buziano sofreu apenas algumas escoriações. No outro carro, dizem, um senhor veio a falecer. Não temos uma versão completa dessa história porque o acidente está cercado de segre-do. O caso foi abafado e o carro escondido. Acidentes acontecem com todo mundo. Ninguém está livre de levar um choque elétrico, cair num buraco, que-brar a perna jogando pelada no final de semana, colocar sem querer veneno na salada da sogra ou mesmo bater com o carro. Desastres fazem parte da vida. Porém existem acidentes e acidentes. O que aconteceu com Paulinho está cheio de sigilos. O carro destruído no acidente é um Toyota Corolla, que a prefeitura de Búzios ganhou de uma empresa de cosmé-ticos ainda na gestão do prefeito anterior.Como toda história mal contada, versões fantasiosas, ou não, sobre o acidente com Paulinho circula pela cida-de. Dizem que ele estava na contramão, que o exame toxicológico mostrou alto índice de álcool no sangue, que morreram duas pessoas e não apenas uma e assim por diante. A culpa de tudo isso é do acidentado e do governo que optaram por esconder o acidente. O carro foi coberto com um plástico e trancado na garage muni-cipal. Teve um dia que cinco guardas municipais foram escalados para proteger a entrada do depósito. Ninguém podia fotografar o Corolla. A empresa concessionária da rodovia revelou que tinha fotos do acidente, mas que estava proibida de entregar ao Perú Molhado. Mesmo assim o Perú furou o esquema de segurança da pre-feitura e fotografou o Corolla. Quando soube que o Perú es-tava atrás da história, Paulinho ficou brabo. Chegou ao ponto de tentar me intimidar na maior cara de pau. Mas não recuamos. Fomos à delegacia de Ararua-ma, e nos postos da Polícia Mi-litar de Iguaba e Boa Esperança atrás do boletim de ocorrência do acidente. Queríamos apenas esclarecer os fatos. Coisa que nem o acidentado nem o gover-no tentaram fazer.Essa não é a primeira vez que perdemos um carro público por irresponsabilidade. Jorge, assessor do ex-chefe de gabi-nete Henrique DJ (no governo Toninho Branco) pegou um carro novo da prefeitura (ainda sem placa) fora do horário de serviço e foi buscar a sogra no Espírito Santo. No caminho, ainda cidade de Rio das Ostras, Jorge dormiu ao volante e bateu de frente com outro veículo. O assessor morreu na hora e o car-ro do município teve perda total. Na época o acidente também foi abafa-do. Meses atrás, um assessor da câmara de Búzios foi preso pela Policia Ro-doviária Federal portando uma car-teira falsa de motorista. Tudo foi ar-ranjado e a notícia abafada. Estamos ficando craque em abafamento. Essa matéria nem seria preciso se a prefeitura tivesse vindo a público ex-plicar de maneira clara o fato ocorrido, pois afinal como afirmamos no início do texto, acidentes acontecem.

Mais um prejú

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O ‘nosso’ Corolla antes e depois da batida. O carro danificado está ‘lacrado’ na garage de prefeitura, na Estrada da Usina. Se seguir o desti-no dos outros veículos que estão no mesmo local, vai virar ferro-velho em pouco tempo

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado

A família Megalagos parabeniza Búzios pelos seus 15 anos

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Como um legítimo buziano, sinto grande orgulho de viver numa terra que tão bem recebe quem vem de fora. Nossa hospitalidade é um dos nossos maiores patrimônios. Que-ro nessa data reafirmar meu compromisso com o povo de Búzios e com todas as pessoas que amam nossa cidade.

Parabéns Búzios pelos seus 15 anos

Vereador Lorram da Silveira

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado

Por Ernesto Galiotto

Quando chegamos em Cabo Frio, em J unho de 1971, a primei-ra coisa que nós

nos preocupamos em saber foi quantos habitantes havia no município. A informação que nos passaram era que haveria 65 mil habitantes, incluindo os atuais municípios de Armação dos Búzios e Arraial do Cabo, que eram terceiro e quarto distritos.O tempo foi passando, a população cres-cendo, e as nossas praias, salinas, lagoas e áreas verdes, foram despertando o inte-resse turístico. Muita gente que por há-bito frequentavam outras cidades, prin-cipalmente Guarapari, no Espírito Santo, as praias do litoral de São Paulo, outras do Rio de Janeiro e até outros estados, acabaram descobrindo que a nossa região ainda tem um privilégio para se viver.Ao falar de Cabo Frio, das suas praias, não podemos deixar de falar da sua his-tória, de seus monumentos, e que trans-forma a cidade na capital cultural da Re-gião dos Lagos. Quanto a preservação, das nossas reservas, morros e dunas, é necessário salvar estes patrimônios naturais. Não podemos permitir que a cada ano que passa, as áreas verdes diminuam pela ocupação de-sordenada. Nós fazemos a nossa parte, sobrevo-ando, registrando, e acompanhando de perto os prós e contras do desen-volvimento ao longo dos anos, não apenas no município de Cabo Frio, mas também no seu último município emancipado, Armação dos Búzios, que também sofre da mesma situação, do risco de ocupações desordenadas e o avanço sobre as áreas verdes.Nos nossos registros fotográficos ao longo dos 16 anos que acompanhamos, fica uma grande preocupação: É ima-ginar, baseado no passado e no que se tem visto até hoje, o que restará no futuro da nossa natureza.Por falar no crescimento de Bú-zios, é necessário reconhecermos que uma grande fatia do desen-volvimento turístico se deu por conta de sua enseada e belezas naturais, que atraiu investidores e turistas internacionais, trans-formando a região conhecida por este mundo afora, e fazendo com que na península o diálogo ocor-ra em diversos idiomas.Gostaria de aproveitar este mo-mento para parabenizar os dois aniversariantes. Primeiro, o nos-so município vizinho Armação dos Búzios, pela data do dia 12 de Novembro, parabenizar toda aquela população e agradecer pela forma que sempre fomos acolhidos.E a nossa querida Cabo Frio, a cidade onde nós escolhemos pa-ra morar e criamos nossos filhos, que sempre abraçamos, dando de retorno bons projetos culturais e ambientais. Em meu nome, da minha família, o que nos resta a dizer a todos os cabofrienses, os nossos parabéns pelos 395 anos que se comemora no dia 13 de Novembro.

Cabo Frio, 395 anos.Búzios, 15 anos de emancipação

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As melhores fotos aéreas de Búzios e da Região dos Lagos são de autoria do nosso querido Ernesto Galiotto, o único e verdadeiro ecologista da área.

Praia do Forte e Canal do Itajuru

Praia do Forno

Praia do Olho de Boi

Armação dos Búzios vista de cima

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado 15

Praia de Manguinhos

Praia do Peró que deveria se chamar Praia do Perú

Praia das Conchas

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

EDITAL DE CONVOCAÇÃOPelo presente edital, conforme previsto no Estatuto Social da AHB, ficam convocados todos os mantenedores da Associação dos Hotéis da Região de Búzios, nos termos dos CLAUSULA 14° – Artigo I – “ a” e “d” e CLÁUSULA 15° - Artigos I a III – do Estatu-to da referida Associação, para a Assembléia Geral Ordinária que será realizada na Ho-tel Don Quijote, situado na Estrada da Usina, 300 - Centro - Armação dos Búzios - Rio de Janeiro no dia 30 de novembro de 2010 às 17:00 horas, em primeira convocação, com a presença da maioria absoluta dos mantenedores da Associação, conforme o mesmo Es-tatuto, ou às 17:30 horas, em segunda e última convocação, com qualquer número, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia.

1- Eleição de Curadores para o período 2010 / 2012. Terão direito a voto os Associa-dos à entidade por um mínimo de 12 meses e cujas obrigações estiverem em dia com a AHB. 2- Prestação de Contas 2008 / 2009.3- Assuntos Gerais.

Armação dos Búzios, 11 de novembro de 2010.

As Empresas Ediouro Publicações

parabenizam Búzios pelos 15 anos de sua emancipação.

Peru_molhado_Buzios.indd 2 11/11/10 7:38:36 PM

Pela hora da morte I. Nequinho, marido de dona Diva, que vem a ser sogra de Gordo (irmão do nosso prefeito Mirinho Braga) faleceu do-mingo passado e por pouco não foi enterrado em Cabo Frio. O problema é que não havia vaga no cemitério de Búzios. Para resolver o problema, uma exumação foi feita às pressas. A justiça de Búzios já mandou a empresa que cuida do cemi-tério fazer 30 exumações, mas até agora nada.

Pela hora da morte II. A prefeitura acabou de renovar o contrato com a firma que cuida do Ce-mitério. A população de Búzios vai pagar 500 mil reais por ano, mas não tem onde cair morta. Dizem que o dono da empresa que administra o cemitério tem mais vagas no condomínio Green Ville, onde tem vários imóveis que no cemitério de Santa’Anna.

Esse fato não aconteceu em Búzios. Depois do roubo a uma residência, um policial apresentou um notebook (roubado no tal assalto) a um téc-nico em computação para desbloqueá-lo. Os la-drões não haviam pedido as senhas aos donos e o aparelho precisava ser aberto. Por coincidência, o técnico consultado foi o mesmo que semanas antes havia ensinado o uso de notebook ao legí-timo proprietário. Hóstia de sangue. O cardeal Don Eugênio Sales afirmou ao jornal Folha de São Paulo que ban-didos têm que ser tratados como bandidos e não como cidadãos. Faltou afirmar o cardeal que os padres pedófilos deveriam ser tratados como es-tupradores comuns e não como homens santos que às vezes erram.Oficial I. Segundo dados do IBGE, Búzios tem oficialmente 27.037 moradores. Isso sem contar

com Chico do Bolão, que não foi recenseado. No ano 2000 éramos apenas 18 mil buzianos. Oficial II. Até que crescemos pouco. A cidade de Rio das Ostras, por exemplo, pulou de 34 mil para mais de cem mil moradores em dez anos. O dinheiro do petróleo também traz problemas.

Finalmente I. Depois de 15 anos de distribuição de prêmios, a câmara de Búzios resolveu home-nagear Maria helena Tedesco, uma das pessoas que mais lutaram por nossa emancipação, com um Titulo de Cidadã Buziana. Não sabemos quem foi o autor da homenagem, mas merece todo nosso respeito.

Finalmente II. Depois de anos de puxa-saquis-mo por parte dos vereadores de Búzios, pela pri-meira vez Dr. Ruy Borba não recebeu nenhuma medalha na festa da cidade. Nem Ruy Borba nem os funcionários do Jornal Primeira Hora. Já estava virando tradição.

Vinil. Terça, dia 16, logo após o feriado, música ao vivo e de primeira no Escritório, no Porto da Barra. Tina, proprietária da casa promete MPB, Bossa Nova, Música clássica e instrumental e muito Rock nacional para tirar a ressaca de to-dos. As cordas começam a vibrar a partir das 8 da noite.

Os novos cidadãos buzianos e homenageadosEvaldo e Valquíria

Beth Braga, Dr. Amélio e um amigo

Gladys, a perua Ange-la Barroso e Evandro

Dr. Ulisses Tito e Dr. Allan Vinícius, a dupla dinâmica de Búzios

Jânio e esposa

Ricardo e Thomas Sastre

O pescador Francisco Moreira e sua filha Lucilene

Valmir Nobre e Dr. André

Montenegro e esposa

Valdívia e o vereador Genilson

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado

CinemaCine Bardot - COMER REZAR AMAR. Sexta 21:00 Sábado 19:00 Domingo 21:00 Se-gunda 21:00. (EUA 2010) 2h 15 min Dra-ma 14 anos. De: Ryan Murphy. Com: Julia Roberts, James Franco, Billy Crudup. TROPA DE ELITE 2. Quinta 19:00 e 21:00 Sexta 19:00 Sábado 21:30 Domingo 19:00 Segunda 19:00. (Bra-sil 2010) Policial 2h 00 min 16 anos. De: José Padilha. Com: Wagner Moura, Seu Jorge, An-dré Ramiro, Rod Carvalho. Valor do Ingresso: R$ 18,00 (inteira) / R$ 9,00 (Meia). Tel: 22 2623-1298. www.viladomar.com/cinebardot

Artes PlásticasAbigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151. Vilmar Madruga – Atelier com exposição perma-nente da obra do artista. Rua das Pedras, 27/loja 4. Tel.: 2623-7452Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materi-ais nobres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 2623-5744.Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Buzios (2623-0264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.comEduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. [email protected]. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. [email protected]. (21) 9559-0014Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Parque das Acácias. Tel: (22) 2623-6179Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 - [email protected]

Comidas & ShowsBrigitta's - Brigitta’s: Promoção de Lagosta grel-hada com 30% desconto. Ambiente aconchegante à beira-mar com vista panoramica e música ao vivo. Venha conferir. Reservas: 2623-6157 ou 2623-2940. Rua das Pedras “131”S'essa rua fosse minha - Um restaurante à moda an-tiga, com um cardápio elaborado a partir de pratos consagrados nacionais e estrangeiros. Rua das Pe-dras, 151. Telefone: 2623-2261Sushi Jardin. Aberto de terça a domingo a partir das 18hLa Spaghetteria da Mimi - Almoço executivo de quarta à segunda, das 12h ás 17h. O melhor lugar para sua festa. Praça Santos Dumont, 255. Tels: 2623-4764 / 2623-3000 / 2623-4439. O Point da turma do Perú à noite.Captains - Cozinha Asiática vale a pena conferir: o mais conhecido sushi de Búzios ,com o charme de sua cevicheria e a combinação de sabores na sua co-zinha quente de frutos do mar -Porto da Barra Man-guinhos- 22 2623-9097.Aquarium Restaurante – Localizado na Orla Bar-dot número 412, o Aquarium Restaurante é o único espaço gastronômico de Búzios que oferece exclu-sividades no cardápio, entre elas os peixes Had-dock e Pintado, que só podem ser degustados por aqui na cidade. Especializado em cozinha contem-porânea, o Aquarium conta ainda com um excelente sushi bar. Dispõe de ambiente aconchegante, super bem decorado, à beira-mar e com uma comida de dar água na boca. Está aberto diariamente a partir das 18 horas. Sábados e Domingo com funciona-mento também para almoço, a partir das 13h30. Reservas podem ser feitas através do telefone (22) 2623 0937.

Agenda

Aonde nasce a violência

Em cartaz no Grand Cine Bardot des-de a semana passada, o filme Tropa de Elite 2. Vale muito a pena ver o filme. O Perú não anunciou Tropa 2 porque a cidade estava violenta

demais. Não queríamos causar mais traumas na sociedade. Atenção: quem assistiu ao primeiro e gosta de filmes com muita ação não vai gostar dessa sequ-ência. O diretor Zé Padilha usou a segunda parte da história para tentar mostra porque a violência no Brasil (e em particular no Rio de Janeiro) é tão grande. Tropa 2 tem muito menos tiros que Tropa 1, mas é bem mais violento.A violência de tropa 2 é mais crua. Padilha faz pequena uma radiografia sobre o sistema polí-tico brasileiro – nascedouro de toda violência. Assim como no resto do Brasil, a violência que tomou conta de Búzios nos últimos anos é fruto das más administrações que por aqui passaram.A violência nasce e cresce na inércia do poder público. Ela é fruto do descaso com as novas ge-rações. Nossos bairros periféricos de Búzios não oferecem nada para os jovens adolescentes. O aumento da violência em nossa cidade está di-retamente ligada a falta de política social do go-verno municipal.Os prefeitos que por aqui passaram nada fizeram pela juventude. Jamais ofereceram cursos de ar-te, esportivos ou culturais. A única política (risí-vel, diga-se de passagem) são as precárias esco-linhas de futebol. Não temos nenhum projeto sé-rio e de grande alcance para os jovens de Búzios. Resultado: até filhos de famílias de classe média estão se envolvendo com o tráfico de drogas.

Tropa de Elite 2 mostra bem o estragos que a política irresponsável pode causara a so-ciedade. Como exemplo do descaso políti-co, podemos usar a falta de compromisso com o turismo da prefeitura de Búzios. As ruas da cidade estão lotadas de flanelinhas, a maioria de origem duvidosa - para dizer o mínimo. A culpa dos assaltos a turistas a as casas dos moradores é da prefeitura de Búzios que não tem competência para contratar (sem falcatrua) uma empresa para cuidar do esta-cionamento nas ruas da cidade. O resultado pode ser visto nos boletins de ocorrência na Delegacia Legal de Búzios. A culpa pelo aumento da criminalidade en-tre os jovens buzianos é da prefeitura. Nes-ses 15 anos de administrações, as secreta-rias de promoção social serviram apenas de cabide de emprego para as esposas dos pre-feitos. Essas madames sorriem bastantes, gostam de sair em colunas sociais, mas nada fazem pelo social. Não é que não queiram. Elas não fazem nada porque nada sabem. A única virtude é ser casada com o prefeito. Se você deseja morar numa cidade sem vio-lência e sem falcatruas escolha melhor seus candidatos na próxima eleição.

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Cartazes de Tropa de Elite 1 e 2. Pela expressão do Capitão Nascimento se vê que o segundo filme é muito mais ‘crânio’,

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Por Vilmar Madruga

Depois de quase vinte anos com ateliê na Rua das Pedras, estou deixando a Rua do Vai-e-vem, onde o resto você sabe... Também, convenhamos, vinte anos no mesmo lugar para um artista

deixa de ser uma exposição permanente e passa a ser uma mostra vitalícia.Muitos vêm nesta mudança um ato de coragem: sair do Centro para o Porto da Barra, um lugar lindo mas sem tradição comercial, ainda que o Centro Gastro-nômico já atraia uma boa clientela e seus restauran-tes estejam muito bem, obrigado. Pois, estarei na loja numero 1 do Porto da Barra, em meio aos pés centenários de jacarés no conjunto arquitetônico com paleta de cores da Abigail. Aliás, poucos sabem, mas vim parar aqui trazido pe-las mãos desta artista – uma das primeiras a acreditar e me convencer de que Búzios dava pé. Nos conhe-cemos expondo com o mesmo marchand, o Claudio Gil, e Abigal dizia: -A gente faz o que gosta. Se ain-da por cima vendemos, tanto melhor! Arma teu circo aqui nesta cidade, aconselhava, com generosidade de amiga e segurança de artista que já conquistara seu espaço e me via como um saudável concorrente. As lojas ainda são buracos na parede, disse ainda, mas a arte lhes emprestará dignidade . Fomos os primeiros a colocar a cara para fora. Aos poucos abandonei as

galerias comerciais do Rio de Janeiro e passei a atu-ar apenas como curador de exposições no Centro de Artes da UFF e no MAC de Niterói. Bons tempos. A venda era apenas o retorno moral do trabalho. Não havia cobranças no sentido de transformar o mundo com um trabalho. Mais tar-de veríamos os que querem a arte transformando o mundo não conseguirem transformar a si mesmos, destilando ressentimentos, arrogância e maledi-cência. Paciência. A cidade precisou crescer. E es-tamos pagando o preço até hoje. É inegável a visibilidade do ateliê na Rua das Pe-dras. Através dele se recebe convites para expor em diversos países. Foi assim que participei de ex-posições em Nova Iorque, Paris, Luxemburgo e tive o ateliê montado na Feira de Arte Contemporânea de Metz, no Norte da França. Com tanta experiência in-ternacional me arrisco até a uma tese: artista duro vi-ve expondo no exterior, artista com grana, quer ficar quietinho no seu canto, curtindo seu boi na sombra.A grana às vezes pode até ser curta mas o cantinho eu já tenho: Um porto seguro como o da Barra, em Manguinhos. Lá a música ao vivo é a do mar batendo e os urubus fazem sua performance livre, leve e sol-tos, comendo os despojos marítimos. Quando sinto saudades, do Crepe do Michou, da Pizza Quadrada ou do Petit Gateaux do Bar do Zé no fim de tarde, penso nas vagas para estacionar o carro, sento no píer do Porto ou no Bar do Gordo até a vontade

p a s -sar. Só então, me levanto e vou tomar um café com bolo de cenoura no Horti-fruti para atrapalhar a leitura de jornal do Marcelo. E, pobre homem que sou, contento-me com o sushi do Captains, o escondidinho de bacalhau do Hedonis-ta, o filet ao roquefort do Patcho, a feijoada do Zuza ou o tartár de salmão do Quadrucci. Compro ainda frescas as sardinhas da Alice na Peixaria. E, depois de mergulhar nas águas da Rasa, com a Sandra e o Cacau, se algum tempo ainda me sobra, deixo de la-do esta dura vida e me dedico um pouco à arte, já que ninguém é de ferro.(Vilmar Madruga estará com exposição perma-nente no Porto da Barra a partir do dia 15 de no-vembro)

Hasta la vista, rua das Pedras

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O Bazar Cajaíba, o mais tradicional bazar da cidade

parabeniza todos os buzianos pelos 15

anos de emancipação. Somos uma grande

família e por isso de-vemos comemorar juntos, essa data

maravilhosa. O Bazar Cajaíba

sempre acreditou em Búzios e no seu povo. Parabéns Búzios por mais um ano de vida.

Celsinho Cajaíba

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado

A CIDADE EM CAMPO EXPANDIDO

A partir dos anos 70 a experiência da arte migrou de um campo de proposições artísticas específi-cas para as práticas que operam em diálogo com outras esferas do conhecimento. Uma tradição que incorpora e faz uso das tecnologias disponí-

veis para estreitar os laços entre a arte e outras áreas do saber humano. Assim fundam-se novos conceitos e modos de vivenciar a experiência estética. A arte hoje implica em pensa-la nos contextos coletivos e de interatividade tecno-lógica pessoal em rede mesclando ciências sociais e lógica matemática. Um encontro, consequentemente, globaliza-do, hiper e transdisciplinar que propõe um olhar mais atento sobre as atualizações das manifestações artísticas. E se a internet, transformou a idéia de informação que, pelo modo cibernético, cada vez mais se conforma por meio das redes relacionamentos ela também alargou os limites de contato e convivência entre pessoas fundando uma nova geopolítica. A Bienal Anual de Búzios/BAB propôs - no momento fértil de discussões sobre a Bienal de São Paulo com seus “espaços vazios” - a ocupação de espaços ociosos na cidade de Ar-mação dos Búzios para promover o contato do público com a arte que se faz hoje. Que agora, em sua 3a.edição, vem propor o encontro com artistas que trabalham com arquivos, articulações, colaboração e registros em redes trazendo para Búzios novos modos de comunicação estética que, constitu-ído-se por associações e organizações temporárias de gru-pos favoreça a ativação de projetos artísticos pela troca de idéias e pelo transito dinâmico em rede presencial. Porque a sociedade hoje precisa mais da criatividade e da visão artís-tica do que necessita de obras de arte. Precisamos do artista por sua maneira de fazer as coisas, mais do que as coisas que eles fazem. A sociedade precisa daquilo que eles ‘são’, porque se precisa deles pelo que eles fazem, então é no sentido em que os artistas são produtores de artefatos que caracterizam essa cultura. armando mattos

ww

w.b

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anualbúzios2010

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13/11_20h

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realização

apoio

projetoconcreto.com

rua das pedras(travessa renata dechamps)

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rom

ano

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alê

sout

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ronaldduarte

“Alê Souto está interessado nas possibilidades de desmanchar, construir e empilhar cubos, seja pe-lo uso do papelão em si, seja com os desenhos que realiza sobre os mais variados suportes, com cores e configurações distintas. Usando tinta, fi-ta adesiva ou algum material colorido, o artista demarca zonas, ocultando ou evidenciando-as. Seus cubos, portanto, se configuram em novos territórios, seja ao tomarem de assalto um obje-to fazendo-o desaparecer por completo, iniciativa denominada pelo artista como desmanche, seja pelo seu acúmulo e empilhamento que dá origem às mais variadas formas que podem se denomi-nar tótem, casulo, caramujo man, etc.“ Fernanda Pequeno Agosto de 2010

Nascido em 1978 no Rio de Janeiro Antonio Bokel desde muito pequeno começou a pintar in-fluenciado pela arte Naif brasileira. Formou-se em Desenho Industrial no Rio de Janeiro, e passou a incorporar as técnicas digitais a sua bagagem de pintura. A partir de 2004 em parceria com estilista Amanda Mujica criou a marca Soul Seventy unin-do arte, moda e manifesto. Desenvolveu desfiles e performances usando a moda como suporte de de sua arte. Influenciado pelas ruas, incorpo-ra e pesquisa a diversidade humana. A desordem e o caos estão presentes em seu trabalho, que é cheio de espiritualidade e questionamento ao conformismo.

ROMANO nasceu em 1969 na cidade do Rio de Janei-ro, aonde vive e trabalha. Seus trabalhos de arte sono-ra já foram transmitidos em várias rádios, entre elas no programa Live Constructions, Rádio WKCR, Columbia, Nova York; Inter-continental links of extra-ordinary ra-dio, Rádio Ressonance FM, Londres (2008); Exposição Conversations, Skuc Gallery, Rádio Student, Ljubljana, Eslovênia (2006); Rádio Escuta, Rádio Mec FM, Rio de Janeiro (2005-2007) e Programa Oinusitado, Rádio Ma-dame Satã FM, Rio de Janeiro (2002-2004).

Ronald Duarte nasceu em Barra Mansa em 1962. Mestre em Linguagens Visu-ais - Programa de Pós Graduação em Artes Visuais EBA/UFRJ o artista vem desenvolvendo nos últimos anos ações e acontecimentos em arte contemporâ-nea. Trabalha especificamente com a urgência urbana, aquilo que precisa ser feito, dito, exposto e visualizado.

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siri

debo

rah

enge

l

gilv

an n

unes

filé de peixe

Da nova geração de artistas brasileiros, mas já com muitos anos dedicados à profissão, Siri pretende dar continuidade ao seu legado de experimentação mu-sical, apostando em uma convivência entre todas as formas de criação. Uma simultaneidade de expres-sões que nos liberta da cristalização de modelos es-tabelecidos pela indústria. A diversidade de ideias propostas por Siri nos indica que o processo presen-te em suas obras libera cada vez mais o artista em direção à individualização de concepções, conceitos e suportes. Siri rompe com espaços limitados e in-corpora tecnologias atuais, em uma multiplicidade de expressões que parece não ter mais limite. Sua ou-sadia em criar um espetáculo multimídia com proje-ção, instalação, performance e cenário deram a Siri o título de um dos artistas mais criativos de sua ge-ração.

A preocupação de Deborah En-gel é a passagem do tempo. Com seu interesse na sociologia cultu-ral, ela encontra na linguagem fo-tográfica o ins-trumento perfeito de investigação analítica. Metodi-camente, Engel

compõe uma estrutura a partir de momentos singulares – em barcas, ônibus, aeroportos, metrôs, estações de trem, lugares de passa-gem. Engel tem carinho especial com a com-posição. As fotografias denunciam informa-ções preciosas: o jornal aberto em sua edi-ção extra, a bijuteria barata, o lanche comido às pressas, o buquê de rosas, a bolsa de loja de descontos - objetos e situações que inevi-tavelmente revelam uma identidade pessoal. Não vemos rostos, e pouco dos corpos além das mãos, mas elas manifestam-se em uma variedade de sentimentos, como resignação, espera, inquietação, passividade... Nessia Leonzini

As pinturas de Gilvan Nunes promovem a fusão de duas genea-logias historicamente opostas. Se por um la-do, essas são produzi-das a partir de proce-dimentos impessoais como a apropriação, os seus resultados, por outro, sugerem algo oposto: o fazer pesso-al e expressivo. Gilvan elabora uma pintura mínima nos processos, mas excessiva nos re-sultados, já que os re-pertórios apropriados pertencem ao senso comum e ao gosto po-pular brasileiro.

Formado por Alex Topinni, Felipe Cataldo e Fernanda Antoun, o coletivo Filé de Peixe vem desde 2006 realizando ações de intervenção urbana com base no audiovisual e projetos de ocupação artística em espaços não convencionais. Desde 2009 desenvolve o projeto PIRATÃO, que ao modo e preços praticados pelos camelôs piratas dos grandes centros ur-banos, comercializou mais de 3000 vídeos de autores clássicos e recen-tes, da produção videoartística nacional e internacional.

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armando mattos

laura lima

Os trabalhos de Bernardo trazem elemen-tos singulares como texto, luz, e materias que o artista encontra nas ruas, reinventan-do a maneira de se fazer arte construindo.

Jarbas Lopes trabalha com mate-riais banais buscando sempre re-configurar os objetos dando-lhes um novo significado permeado pelo tom critico. As série de de-senhos que compõem o projeto “Cicloviaerea” possui uma delica-deza ímpar unindo imaginação e inventividade.

Armando Mattos nasceu no Rio de Janeiro em 1957. Cursou Direito, Comunicação Social e Educação Artística entre 1976 e 1984 período em que frequenta cursos teóricos no MAM.RJ e práticos de pintura e gravura na EAV Parque Lage.No inicio dos anos 90 é convidado a reestruturar a Oficina de Gravu-ra MAM/RJ ocupando em seguida a função de Coordenador de Ati-vidades Didáticas do Museu quando direciona sua produção para a crítica institucional e as instalações colaborativas multimedias agin-do através da apropriação e ativação de repertórios artísticos.

Laura Lima nasceu em Governador Valadares em 1971. Hoje vive e trabalha no Rio de Ja-neiro. Seus trabalhos mais conhecidos de são as performances da série “Homem=carne/Mulher=carne” onde outros artistas realizam o trabalho. O fato da artista não realizar ela mesma as suas performances revela parte importante de seu pensamento. Aqui não es-tá em jogo a utilização do corpo do artista co-mo suporte para a obra de arte, tampouco se atribui a sua exibição no meio artístico algum poder de choque. Por causa do hibridismo de suas obras, desenvolveu-se um grossário próprio para definilas.

Nasceu em Varna, Bulgária em 1982. Vive e trabalha en-tre Phoenix, Estados Unidos e Maricá no Brasil. Bacharel em Intermidia e Mixed Media pelo Herberger College of Fine Arts, Arizona State University(2008). Recebeu o prêmio Arizona Commission on the Arts Profes-sional Developement Grant e o Helen Bychinsky Award for Ar-tists of Promise.

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Por Ariel Palacios

Mito do “rock” políti-co argentino: A satí-rica Revista Barce-lona ilustra o fale-cido ex-presidente

Néstor Kirchner como o rebelde Ja-mes Douglas ‘Jim’ Morrison na em-blemática foto feita por Gloria Staver, editora da Rolling Stone. A capa da Barcelona – que nos últimos tempos tinha tendência kirchnerista – dividiu os simpatizantes do ex-presidente. Uns consideraram “um ultraje” a ca-pa que mostra N.K. como paródia do barítono líder do The Doors. Outros encararam a fotomontagem (e as áci-das matérias dentro da revista) com humor e disseram: “Néstor teria se divertido”. Enquanto isso, parlamen-tares kirchneristas (sem intenções de ironia) querem batizar estradas, bair-ros e outras marcas do território ar-gentino com o nome do defunto mari-do (e antecessor) da atual presidente.Você já vê, você já vê, é para o Nés-tor que olha desde o céu!”. Com este cântico, vereadores kirchneristas cele-braram na quinta-feira à noite a apro-vação de um projeto de lei que batiza com o nome de “avenida Néstor Kir-chner” a principal via pública de Río Gallegos, cidade onde o ex-presidente Kirchner foi enterrado no dia 29 de outubro.As homenagens póstumas ao ex-pre-sidente não ficariam restritas à esfera municipal, mas também passariam à nacional. Esse é o caso da propos-ta do senador César Gioja, que apre-sentou um projeto de lei para que a estrada número 40 – a mais longa do país (que vai desde a Patagônia até a fronteira com a Bolívia) – ostente o nome de Kirchner, de forma a marcar os mapas argentinos de norte a sul.Kirchner – considerado por políticos, analistas e a própria opinião pública como o verdadeiro poder no governo da mulher, a presidente Cristina Kir-chner – morreu na quarta-feira dia 27 de outubro por um fulminante ataque cardíaco. Na sexta-feira foi realiza-do seu funeral em Río Gallegos. No mesmo dia, militantes kirchneristas colaram adesivos com o nome do ídolo político em cima dos cartazes da avenida general Julio Roca (presi-dente da Argentina no final do século dezenove, responsável pela conquista da Patagônia). Menos de uma sema-na depois, a Câmara de Vereadores já havia imortalizado seu nome na prin-cipal avenida da cidade.Río Gallegos é a cidade natal de Kir-chner. Além disso, é a capital da pro-víncia de Santa Cruz, feudo político que o ex-presidente controlou por duas décadas. Os vereadores locais tinham pressa em passar na frente de outras cidades da Argentina que tam-bém pretendem homenagear Kirchner com a colocação de seu nome em ru-as, praças e parques.O EX-PRESIDENTE QUE VIROU…

(nos primeiros 10 dias)a) TORNEIO DE FUTEBOL – Julio Grondona, presidente da Associação de Futebol da Argentina (AFA) desde 1979 – ano em plena ditadura militar – anunciou na semana passada que o Torneio Clausura (um dos dois tor-neios nacionais da primeira divisão) será rebatizado como “Torneio Néstor Kirchner”. A medida seria oficialmen-te aprovada nesta terça-feira.Motivos para a homenagem a Kirchner não faltam para Grondona, que no ano passado conseguiu um suculento acor-do com o casal presidencial de US$ 156 milhões anuais em troca da estatização

das transmissões dos jogos de futebol.Grondona conseguiu verbas adicio-nais e o governo Kirchner obteve o monopólio das transmissões dos jo-gos do esporte mais popular do país. O governo transmite os jogos pelo estatal Canal TV Pública, outrora um canal dedicado à cultura. A publicida-de de empresas privadas foi cancela-da pelo governo, que somente coloca propaganda oficial durante os jogos.Grondona está no comando da AFA há 31 anos. No mesmo intervalo, a Federação de Futebol do Chile teve 14 presidentes.b) GASODUTO – O gasoduto que es-tá sendo construído entre a Argentina e a Bolívia ostentará o nome de Nés-tor Kirchner. A medida foi aprovada pela Câmara de Deputados estaduais da província de Jujuy, por onde passa o gasoduto.

c) MITO NA DELEGACIA – “Ele é um mito agora”. Este foi o argumento do governador da província de Misio-nes, Maurice Closs, que batizou uma delegacia com o nome do defunto ex-presidente Kirchner.d) NA PEQUENA CIDADE, ‘VÁ-RIAS’ RUAS – O nome de “El Pin-guino” também foi usado por Sergio Schmunck, prefeito da cidade de Via-le, na província de Entre Ríos, para designar o novo parque industrial. Schmunck afirmou que “é totalmente merecido que o setor industrial osten-te o nome de nosso ex-líder”. O pre-feito também anunciou entusiasmado

que “várias” ruas de Viale serão reba-tizadas com o nome de Kirchner. Vá-rias ruas na mesma cidade, que possui 18 mil habitantes.e) UM BAIRRO, PARA NÃO FICAR ATRÁS– Na mesma província de En-tre Ríos, outra cidade, Colonia Avella-neda, não quis ficar atrás de Viale. Suas autoridades, também possuídas pelo fervor de rebatizar, decidiram designar um conjunto habitacional com o nome do falecido marido da presidente Cristina.f) ESTRADA ADICIONAL – A estra-da nacional número 23 poderia osten-tar o nome de Néstor Kirchner caso a assembleia legislativa da província de Río Negro aprove o projeto de lei da deputada Silvina García Larra-buru. Segundo a deputada, Kirchner sempre esteve “muito preocupado em construir estradas na região, de forma

Deu no Estadão Fúnebre toponímia (semana funérea parte 3): defunto há 1 semana e½ Kirchner já virou nome de avenida (e de delegacia, gasoduto, bairro, etc.

a unir vilarejos isolados”. Coinciden-temente, os contratos de boa parte do asfaltamento de estradas nessa área foram conseguidos por um dos me-lhores amigos do casal Kirchner, o empresário Lázaro Báez, acusado de favoritismo em licitações de obras pú-blicas.No entanto, neste caso, o projeto de re-batizar a estrada número 23 enfrenta a oposição de deputados da União Cívi-ca Radical (UCR), que querem colocar o nome de “Raúl Alfonsín” – ex-presi-dente falecido no ano passado – nessa via de transporte. A estrada chama-se atualmente “Perito Moreno”, nome de um dos maiores biológos da Argenti-na, que lutou pela criação dos Parques Nacionais. A estrada que usa seu nome atualmente está somente asfaltada em 45% de seu trajeto. O asfalto dessa es-trada não foi concluído nem no gover-no Alfonsín sequer na administração Kirchner.g) PRAÇA KIRCHNER: “Vou brincar na gangorra da Kirchner”. Esta frase poderá ser pronunciada em breve, já que na cidade de Ushuaia (pronuncia-se “Uçuáia” e não “Uxuáia”), capital da província de Tierra del Fuego, o prefeito Federico Sciurano anunciou que construirá uma nova praça, que terá o nome de “Praça da Integração Latino-americana Néstor Kirchner”.h) ESCOLA: Na empobrecida pro-víncia do Chaco o governador Jorge Capitanich, um dos principais aliados do casal Kirchner (desde 2003 o fiel governador já foi cotado para vice-presidente ou chefe do gabinete) apre-sentou o prédio no qual funcionará a escola pública que ostentará o nome do defunto líder. i) RODOVIÁRIA: Em Jujuy, outra empobrecida província no extremo norte da Argentina, Walter Barrionue-vo, anunciou que a nova rodoviária da capital provincial ostentará o nome de Kirchner, que nasceu no extremo sul do país. Isto é, uma pessoa que mora em Ushuaia na frente da Praça Kirchner, poderá pegar um ônibus, ir pela estrada Kirchner até Jujuy, onde descerá na Rodoviária Kirchner. E ao chegar em casa, poderá preparar seu almoço no fogão que funcionará com o gás do gasoduto Kirchner. Mais tar-de, ao descansar, poderá sentar no so-fá, ligar a TV e ver o campeonato na-cional ‘Néstor Kirchner’ de futebol.

PERFIL: Ariel Palacios fez o Master de Jornalismo do jornal El País (Ma-dri) em 1993. Desde 1995 é o cor-respondente de O Estado de S.Paulo em Buenos Aires. Além da Argentina, também cobre o Uruguai, Paraguai e Chile. Ele foi correspondente da rá-dio CBN (1996-1997) e da rádio El-dorado (1997-2005). Ariel também é correspondente do canal de notícias Globo News desde 1996.Em 2009 “Os Hermanos“ recebeu o prêmio de melhor blog do Estadão (prêmio compartilhado com o blo-gueiro Gustavo Chacra).

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Neste fim de semana, Exposição do Perú No

Barceloneta. Quem quiser adquirir um produto do maior

jornal de Búzios não pode per-der essa oportunidade. Nossa ‘loja’ terá miniaturas do São

Perú, camisetas, biquínis e qua-dro com velhas capas do jornal. Tudo a preço do Perú, ou seja,

custarão os olhos da cara.

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado26

O café de grife que conquistou

o Brasil

Toda quinta rodízio de pizza R$20,90

Rua das Pedras - Centro - Búzios

O único restaurante italiano com chef italiano!

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado 27

(ao lado do Mercado do Mica)Manguinhos - Búzios

DR. RobeRto CavalCante oab/RJ 165.690

2623-0321

O livro que não pode faltar em sua pousada ou em sua casa.

Um publicação de Anibal Sciarretta

22 2623-9428 / [email protected]

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12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado

Leonardo Grubeel - Pardais novos e aci-ma de 50 Km

Felipe Alves – Esgoto

Jairo dos Anjos - Ciclovia

Pedro Magalhães - Um hospício

Paulo Mariani – Um puteiro

Octavio Fagundes – Um jornal melhor e uma fotógrafa melhor.

Luiza e Julia – Um shopping com escada rolante e com muitas lojas de roupas

Zuza – Maior efetivo de Policiais Militares

Octavinho – Um pote de esperança e um caminhão pipa de tenacidade à todos que amam Búzios. E mais Cultura.

Joana Gallo – O Odorico Paraguaçu

Claudia Miranda – Juízo

Aninha Mendonça – Outro show do Cae-tano na Lagoinha, uma pena o local estar esquecido.

Proprietário de comércio que preferiu nao se identificar – Um prefeito novo e sem INHO.

Glauber Vargas – Menos fofoca e mais trabalho

Marvin Mattos – Apenas juízo aos ho-mens públicos que governam Búzios

Cristina Mutto – Calçadas

Patrícia Pardo – Lixeiras

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Quem souber de algum impedimento, acuse-meEu, Katharine Moreira Guimarães, Escrevente, a extraí.

Nara Parada – Tabeliã Substituta

ADRIANO ANTUNES LACERDA e JUS-SARA SOARES PESSOA; Brasileiros, solteiros. Ele, Pedreiro, filho de: Ary Cor-rea de Lacerda e Maria Antunes Lacerda. Ela, Do lar, filha de: Benicio Carlos Pes-soa e Dirce Soares Pessoa, ambos resi-dentes neste Município - RJ.

HILDOMAR PEREIRA DE AZEVEDO e LUCIENE MELO; Brasileiros. Ele, Divor-ciado, Jardineiro, filho de: Izaias Miguel de Azevedo e Lucia Pereira de Azevedo. Ela, Solteira, Do lar, filha de: Lucia Hele-na Ramos Melo, ambos residentes neste Município - RJ.

CRISTIANO ALMEIDA VALADÃO e FER-NANDA SIMÕES DE LIMA; Brasileiros. Ele, Divorciado, Militar, filho de: Mariel Valadão e Leuda Almeida Valadão. Ela, Solteira, Aux. Escritório, filha de: Sergio Lopes de Lima e Maria Cristina Si-mões Godinho de Lima, ambos residen-tes neste Município –RJ.

ROBERTO LUZ DO NASCIMENTO e MONICA MARQUES; Brasileiros. Ele, Solteiro, Comerciante, filho de: Antonio Nelson do Nascimento e Alda Luz do Nascimento. Ela, Divorciada, Comercian-te, filha de:

Av. Jose Bento Ribeiro Dantas, no 2.000, Manguinhos - Armação dos Búzios/ - RJ CEP: 28950-000 - Telefax: (22) 2623-6093 [email protected]

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO DE JANEIRODr. ALBERT DANAN – Oficial e Tabelião Titular OFÍCIO ÚNICO DA COMARCA DE ARM. DOS BÚZIOS/RJ SERVIÇO DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS

Em meu Car tó rio es tão afi xa dos os Edi tais de Pro cla mas de Ca sa men to:

Armação dos Búzios, 11 de novembro de 2010.

Por Sylvana Graça

Em meio a tantas comemorações, a prince-sinha escorpiana Búzios completa hoje 15 anos de Emancipação. Fiz uma enquete no Facebook e para algumas pessoas que en-contrei na rua para saber o que dariam para

a debutante Búzios de presente nessa data tão especial. Claro, que muita gente não está satisfeita com o desti-no que nossa adolescente está tomando.

Acredito que se cada um colocar a mão na consciência e parar de pensar em si próprio isso poderá ser mudado. E quem sabe, Búzios possa se tornar uma grande mu-lher. Ainda dá tempo! Só está mais do que na hora de acordar! Em Búzios tem muita gente legal que não quer ver a nossa princesa se perder mais... do que já está! Tomara que Clarice Lispector esteja certa quando dizia que “Perder-se também é o caminho”.Depois de ter feito a enquete cheguei a conclusão que

muitos também estão tão perdidos quanto a nossa prin-cesinha Búzios. Mas nada que uma dose de Rivotril não resolva, ou quem sabe um mergulho na Azeda em quanto é tempo. Acredito nas palavras da sábia Clarice Lispector que “Perder-se também é caminho”.Parabéns Búzios!

*Sylvana Graça nossa antenada de plantão que tam-bém é escorpiana e apaixonada pela nossa Búzios.

O que você daria a Búzios de presente de 15 anos???

Page 28: O Perú Molhado

12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado 29

Avenida José Bento Ribeiro Dantas, s/nº - Loja 01 Manguinhos - Armação dos Búzios - RJ

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Tel: (22) 2623-1333

Parabéns Búzios!!!

Em comemoração aos seus 30 anos, o Perú Molhado em parceria com Guinness Book (o livro dos Recordes) vai tra-

zer para Búzios no próximo sábado Sultan Kosen, o homem mais alto do mundo.Sultan Kosen mede 2,46 me-tros, ficará dois dias na cidade e vai se hospedar na Pousada Ilha Formosa, do nosso amigo Mimi, o pousadeiro mais mentiroso do mundo. Uma cama especial para o gran-dão já está sendo desenhada e será construída pelo Mathias com madeiras doadas pela Madeireira Ita. O gigante turco já desfilou pelas principais ruas e avenidas de Lon-dres, Paris e Nova York divulgando o livro dos Recordes. No Brasil, vai dei-xar suas pegadas 68/69 no Rio de Janei-ro e em Búzios.O gigante tem sérias dificuldades para caminhar. Mesmo assim vamos tentar levá-lo para pescar, caminhar na Rua das Pedras e na Praça Santos Dumont servir de diversão para a criançada. Sultan nasceu em 10 de dezembro de 1982 na província de Mardin, no leste da Turquia, na fronteira com o Iraque. Além do pezão, Kosen também detém a marca das maiores mãos do mundo. Da ponta do dedão médio até o início da palma da mão, são incríveis 27,5 cm. Homem grande com pés e mãos grandes sempre provoca curiosidade entre as mulheres. Infelizmente caras leitoras, não sabemos nada sobre o tamanho do pingolim do rapaz.

O gigante vem aí

Mathias, o homem que vai fazer a cama para o maior homem do mundo dormir em Búzios

Page 29: O Perú Molhado

12 de novembro de 2010 – O Perú Molhado30

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