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Um jornal cego, surdo e mudo O MAIOR JORNAL BÚZIOS 22 de junho de 2012 Edição 1092 • ANO XXXII www.operumolhado.com.br FUJA DA RIO+20 VENHA PARA BÚZIOS FUJA DA RIO+20 VENHA PARA BÚZIOS Foto: Ricardo Azoury / Tyba

O Perú Molhado

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Edição 1092

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Um jornal cego, surdo e mudo

O MAIORJOR NAL

BÚZIOS

22 de junho de 2012 Edição 1092 • ANO XXXII

www.operumo lha do.com.br

FUJA DA RIO+20VENHA PARA BÚZIOS

FUJA DA RIO+20VENHA PARA BÚZIOS

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22 de junho de 2012 – O Perú Molhado2

O Governo Federal, em parceria com o Estado e os Municípios, investe para melhorar a sua vida e a de todos os brasileiros.

Aqui no Rio de Janeiro tem um Brasil melhor.

Para melhorar o transporte, o escoamento da produção e o desenvolvimento do Estado

Ampliação e modernização do Aeroporto do Galeão.

Construção do Corredor Expresso de Ônibus Transcarioca.

Duplicação do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro.

Na indústria naval, a plataforma P-57 já está em operação e a plataforma P-62 está em obras.

Construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro - Comperj.

Para melhorar a qualidade de vida das famílias cariocas

Obras de urbanização como no Complexo do Alemão, Rocinha e Manguinhos.

Obras de saneamento por todo o Estado, como na Fazenda dos Mineiros e Salgueiro em São Gonçalo, bene� ciam 15,7 milhões de famílias.

Drenagem urbana para combater as enchentes, como na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Teresópolis e Nova Friburgo, entre outras.

O Minha Casa, Minha Vida vai realizar o sonho da casa própria de 100.436 famílias.

Para superar a pobreza extrema

Bolsa Família amplia benefícios, chegando a 750 mil famílias.

Brasil Carinhoso tira da miséria 110 mil famílias com � lhos de 0 a 6 anos, garantindo renda mínima de 70 reais por pessoa. Amplia o acesso à saúde e aumenta vagas em creches.

Para melhorar o atendimento na Saúde

Medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes atendem 576.851 cariocas.

34 UPAs 24h em construção.

Para melhorar a qualidade da Educação

Novas creches e pré-escolas dão atenção à primeira infância. Até 2014, 501 unidades serão entregues.

48 mil vagas em cursos técnicos pelo Pronatec, nos Institutos Federais.

Minha Casa, Minha Vida - Rio de Janeiro

Instituto de Traumatologia e Ortopedia - INTO

Urbanização Manguinhos

Obra do Aeroporto do Galeão

Brasil Carinhoso

Editorial Esta semana, policiais da 14ª DP no Leblon, prenderam uma quadrilha de estelionatários comandada por Edmar Santos de Araujo, apelidado de Pai Bruno de Pomba-gira, que prometia trazer a pessoa amada em 3 horas. Paio Bruno, como se autodenomi-nava, não será o primeiro nem o ultimo religioso a manchar os fundamentos das religiões de matriz africana. Igual a ele, se multiplicam que nem ratos, os oportunistas e fundamentalistas que usam a profissão de fé como meio de se enriquecerem e de acumular poder. Contra estes traficantes da fé, que abrem a cada segundo um novo tem-plo para explorarem os momentos de fraqueza do ser humano, plenamente amparados por nossa Constituição Fe-deral e com todos os incentivos fiscais jamais colocados à disposição da ini-ciativa privada, pouco ou quase nada podemos fazer. Pior, a verdadeira rede que se instalou em todos os recantos do país já alcançou com seus tentácu-los a maioria das instituições brasilei-ras. Você já parou para contar quantas instituições religiosas tem somente em seu bairro? O país é laico somente em nos-sa carta magna, pois no dia a dia dos municípios, a religião tomou conta dos governos e passou a ser mote de cam-panha dos aspirantes a cargos no exe-cutivo e legislativo. É preciso que se separe a coisa

ruim dos verdadeiros pregadores das palavras e dos credos que iluminam o espírito e apontam o caminho do equi-líbrio físico e mental. Religião não é meio de vida, mas uma opção de vida para que possamos buscar a harmonia entre o abstrato e o material. Neste momento em que o pais se prepara para as eleições do dia 7 de outubro e que certamente irão influen-ciar a próxima eleição presidencial em 2014, leigos e praticantes dos diversos credos religiosos comprometidos com a ética e a decência na política, tem que se comprometer em reduzir ao má-ximo o domínio da religião sobre a po-lítica. Como cidadãos, temos que expor para os órgãos de fiscalização do siste-ma eleitoral toda e qualquer iniciativa ou tentativa dos candidatos a cargos eletivos de Armação dos Búzios em colar seus nomes a credos religiosos, ou ainda, pactuar acordos com as lide-ranças religiosas da cidade para amea-lhar votos entre seus seguidores. Como órgão de imprensa o Perú vai denunciar todo e qualquer descaminho de candidatos e partidos que venham a se apoiar nas instituições religiosas. Faça a sua parte, use as redes sociais e coloque a boca no trombone, a jus-tiça eleitoral possui linhas diretas para a apresentação de denuncias. Vamos exorcizar os encostos das eleições de 2012.

Quanto vale a Fé?

Polícia do Rio prende pai de santo que prometia trazer a pessoa amada em 3 horas

Pai Bruno no momento de sua prisão. Menos um picareta para tomar o dinheiro dos incautos

Sabonetes evangélicos para limpeza da alma, mais um produto da Igreja Mundial do Bispo Waldomiro.

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Con se lho edi to rial Bri git te Bar dot, Clau dio Kuck, Ivald Gra na to, Jo­mar Pe rei ra da Sil va, Fi no Quin ta ni lha, Re na ta Des­champs, Ota vi nho, Umberto e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Re na to Pa co­te, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau ritz Lach man, Gui lher me Araú jo, Pe dro Pau lo Bul cão, Pau lo Ma­ria ni, Al ber to Fan ti ni, Ma rie Anick e Jac ques Mer­cier, Ara guacy da Sil va Mel lo, Luis Ed mun do Cos ta Lei te, Mar cos Pau lo, Elie Sha ye vitz, Jo nas Suas su na, Gló ria Ma ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedroso, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Eduardo Modiano, Ancel­mo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira, Thomas Sastre, Adriana Salituro e Armando Ehrenfreund.

Fun da do res Ma rio Hen ri ques e Pe dro Luis Lar ti gue

Ge rên cia de Ven dasTráfego Publicidade & Marketing Ltda.(21) 2532­1329 (21) 9100­7612

Me ce nas Umberto Mo dia no

Im pres são A Tribuna

Diretor de DistribuiçãoMuchacho Bicho Doido

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Di re tor Mar ce lo Lar ti gue

Editor AdjuntoJanir Hollanda

Jor na lis ta res pon sá velHamber R. de Carvalho(reg. prof. 13.501 DRT/RJ)

Editor de fotografiaTaxista João de Nair

Re pór terSandro PeixotoMônica CasarinAlessandra CruzDenis Kuck

DiagramaçãoCaroline MoreiraMarcela Silva

Diretora Comercial Alessandra Cruz

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Por Mark Zussman

Confesso que, quando vi a imprensa do último fim de semana com todas essas se-ções especiais e até encar-tes inspirados pelo Rio+20,

meu coração apertou. Teria de percorrer toda essa Himalaia de artigos, todos eles bem-intencionados, sobre partes por mi-lhão e desacordos entre cientistas sobre a taxa de aquecimento global? Na verdade, nem as fotos foram convidativas. As de lixões e engarrafamentos fo-ram deprimentes; as de uma natureza idealizada, piegas. Francamente, me interessava mais pelos problemas de segurança e pela competição por suites presidenciais e sobre tudo pela questão de um alojamento adequado pelo Exterminador do Futuro — mas nem tanto. Em situações assim, sempre penso numa observação sublimamente egoista que meu conterrâneo Henry David Thoreau, talvez o mais excêntrico e sem dúvida o mais quérulo de todos os que escreveram nos Estados Unidos no meio do século XIX, fez no seu ensaio sobre a de-sobediência civil. Primeiro em inglês: “I came into this world, not chiefly to make this a good place to live in, but to live in it, be it good or bad.” E em portu-guês: “Eu entrei neste mundo não principalmente pa-ra torná-lo um bom lugar para se viver mas para vi-ver nele, seja ele bom ou ruim.” Literalmente falan-do, um absurdo, é claro. Ninguém entra no mundo com intenção alguma. Se é arremessado no mundo, e lá se encontra uma vocação ou talvez uma ou duas intenções . . . ou não. Mas, apesar disso, eu reconhe-ço o sentimento. Thoreau sempre torcia a favor da virtude. Torcia também a favor da natureza tal como ele entendia a natureza, não uma natureza tropical e ainda meio selvagem como a nossa natureza brasilei-ra; a dele era simplesmente uma lagoa nos arredores de Boston. Mas basicamente Thoreau queria ser deixado em paz. Como eu. Como você provavelmente. Estamos sem-pre à disposição para assinar um abaixo-assinado, pelo menos para apaziguar o camarada-promotor do abaixo-assinado. Mas participarmos num esforço concertado e contínuo? Na maioria dos casos, só com sálario e mordo-mias. Eu gostaria de ser surpreso, gostaria muito, mas não sou muito otimista com respeito ao Rio+20. Nem com respeito aos nossos mares, ao nosso ar, à nossa Mata Atlántica, à nossa capacidade de melhorar radicalmente a nossa gestão dos nossos recursos naturais. Todo mun-do sabe que François Hollande está a caminho do Rio principalmente para acelerar a venda de caças francesas. Outros estão vindo porque os políticos gostam de viajar à custa da Viúva. (Vejam, em nosso próprio quintal, os exemplos dados por Jaques Wagner, Sérgio Cabral, e o nosso querido Mirinho Braga.) Quanto aos meus pró-prios compatriotas, os americanos, os piores sujismun-dos de todos, eles sempre têm segundas intenções. Se um dia a situação ecológica melhorar signifi-cativamente, será lá pelo ano 3000 quando a massa da humanidade habitar outros planetas em volta de outros sóis; quando a maioria dos extraterrestriais tomará férias em satélites temáticos; e quando o mundo que nós co-nhecemos, a nossa Terra, será restaurada a uma condi-ção favorável a um pequeno número de pessoas estudio-sas dispostas a percorrer distâncias intergalácticas para entender a história antiga e alguma coisa sobre as suas

Rio+20: Que alívio, dezenas de chefes de estado estão a caminho do Rio para resolver a crise ambiental. Finalmente alguma coisa está sendo feita. Podemos relaxar, né?

próprias origens. Imaginem o que Búzios será nessa era ainda longínqua! O Mangue de Pedra, Azeda, tudo terá passado por muita degradação, muita lama, mas final-mente será devolvido ao seu estado primordial. Acho que, entretanto, nós humanos faremos, prova-velmente, o necessário para evitar a catástrofe total. Pro-vavelmente. Mas faremos só o necessário, o mínimo dos mínimos. O mundo é um malandro, é um um-sete-um. As pressões demográficas e o clamor por cada vez mais carne de vaca, cada vez mais energia, cada vez mais car-rões zero são fortes demais para que nós façamos algo mais do que mantermo-nos a par. Nós vamos portanto, por muitos anos, cambalear de crise em crise como nos velhos melodramas. A vida humana estará várias vezes por um fio. E, se sobrevivermos no final, sobrevivere-mos por um triz. Mas estou falando, é claro, do mundo em geral. Nós aqui em Búzios podemos pensar globalmente — de pre-ferência, otimisticamente (tomara que fosse fácil) — mas podemos também, na medida do possível, agir localmen-te. Num mundo cada vez mais avacalhado, poderíamos ter um jardim bem cuidado tal que, se nós enquadrarmos a imagem no visor da nossa máquina fotográfica habil-mente, veremos só beleza. Pena que o nosso governo municipal tenha tantas outras prioridades. Pena que até nós temos outras prioridades. Viu lixo na praia hoje? Re-colheu? Nem eu. Não tinha luvas, e sem luvas não toco em nada. E, além disso, onde jogaria, eu gostaria de sa-ber? Talvez amanhã.

Os cavaleiros do apo-calipse fazendo a cole-ta de lixo em Búzios

François Hollande, o novo presidente francês

Nosso amigo Henry David Thoreau

Schwarzenegger é Connan, o Bárbaro

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Por Niete Martinez

“O fato é que não existe qual-quer possibilidade FÍSICA de que o modelo de desen-volvimento baseado no con-sumo se estenda para todos

os países e sobreviva por muito tempo, há uma grande ansiedade no ar”.Luiz Prado, economista, jornalista, pós-graduado em Biologia e Ecologia Humana pela Faculdade de Medicina de Paris V, vem tratando do tema sus-tentabilidade desde os tempos de estudante, quan-do no segundo ano da faculdade, teve acesso ao relatório “Limites para o Crescimento”, documen-to encomendado pelo Clube de Roma ao MIT no ano de 1972. “Limites para o crescimento era algo impensável na teoria econômica! – e os economistas ainda continuam medindo o mundo pelo tal crescimen-to do PIB! Daí para apaixonar-me por recursos naturais foi um pulo. E passei a vida trabalhando sobre o tema”, diz o economista quando faz sua apresentação no seu blog.

Revista Cidade - Muito se fala em Sustentabilidade e apesar da simplicidade do conceito, acredito que poucos saibam o que significa. O que é, exatamente?Luiz Prado - O conceito tornou-se um slogan! Até os bancos e as mineradoras, até mesmo os financistas falam em sustentabilidade, mesmo quando apenas para dizer que esperam que as taxas de lucros não decresçam. Slo-gans são fáceis, por natureza.Na origem, em 1968, a pergunta era ousada e clarividen-te: os recursos naturais seriam suficientes para que os menos desenvolvidos tivessem os padrões de consumo dos altamente desenvolvidos? A pergunta tinha surgi-do em reuniões de empresários, pensadores e outros, A instituição contratada para respondê-la foi o MIT. Cien-tistas, não “ambientalistas”. E a resposta foi um “não” bastante claro, num extenso relatório intitulado Limites para o Crescimento. Não se falava de um colapso total, mas de horizontes de tempo em que as coisas se torna-riam mais difíceis. Esse relatório deu origem à Confe-rência de Estocolmo, em 1972, que questionou a tal da sustentabilidade.Como quase nada aconteceu, ao final da década de 80, diversos grupos empresariais e países pediram ao MIT uma atualização dos estudos originais. Daí resultou uma publicação intitulada Além dos Limites, e a Rio 92.“Quase nada aconteceu” em termos de padrões globais de consumo! Porque no final da década de 80 os países altamente desenvolvidos já estavam muito, muito avan-çados na limpeza de seus rios e lagos, na solução de seus problemas de resíduos urbanos e de resíduos perigosos, e caminhavam a passos largos em direção à redução das concentrações de poluentes atmosféricos nas cidades.O fato é que não existe qualquer possibilidade FÍSICA de que o modelo de desenvolvimento baseado no consu-mo se estenda para todos os países e sobreviva por mui-to tempo, há uma grande ansiedade no ar. Daí fica fácil dizer que proibir os supermercados de darem sacolas de plástico para os clientes é trabalhar pela sustentabilida-de. Ainda que o plástico dessas sacolas represente uma fração desprezível do consumo total de plástico no dia a dia. A enganação encontra terreno fértil na percepção geral de que a crise econômica pode ter vindo para ficar, ainda que com ligeiras oscilações.O lado sério são as iniciativas que buscam tornar mais eficiente o uso dos recursos naturais. Muitos avanços importantes no campo da eficiência energética e das

energias renováveis se deveram às primeiras “crises do petróleo”, só tendo portanto uma relação indireta com percepções e anseios sobre a atual noção de meio am-biente. Outros avanços decorreram da revolução tecno-lógica da qual a tecnologia da informação é a parte mais visível. O mesmo valeu para as energias renováveis co-mo solar e eólica. Os avanços se disseminaram na enge-nharia, na arquitetura, e em muitos outros setores.Agora, os países mais avançados concebem e implemen-tam estratégias de segurança alimentar e energética vol-tadas para a transição maior, para mudança climáticas e nos padrões de consumo. Não creio que isso ocorrerá sem no mínimo muita instabilidade social.

RC - Quando se fala de sustentabilidade, isso inclui também preservar o Homem como mais um animal em seu habitat natural, hábitos de consumo e costu-mes sociais, ou estamos nos referindo apenas aos bi-chos e plantas?LP - Bichos e plantas foram inicialmente protegidos em jardins botânicos, parques nacionais e outras formas de conservação. Antes mesmo dessas iniciativas, já haviam restrições a períodos de caça, que depois se ampliaram muito. Mas a sustentabilidade é fundamentalmente da espécie humana. Até mesmo porque essa é a espécie que corre maiores riscos, e não pode viver sem um conjun-to de outras espécies (ainda que isso não tenha qualquer relação com a proteção da “macrofauna carismática”, como elegantes e ursos, de imenso valor cultural e sim-bólico para o ser humano. Não se trata de uma “visão antropocêntrica”! O planeta é, hoje, um planeta humano. Já os hábitos de consumo e costumes sociais, bem, esses mudarão de qualquer forma, pelo bem ou pelo mal.

RC – E como conciliar o instinto natural do Homem que é de domínio de território e sua ocupação total? LP - Essa conciliação é o grande problema. Toda forma de vida trás consigo o “crescei e multiplicai-vos”. Não se trata de uma imagem bíblica, apenas. O ser humano adaptou-se aos mais extremos ambientes e “nichos eco-lógicos”. Nesse sentido, ele fez apenas o que a “natureza da vida” lhe determinou. Foi vitorioso contra os preda-dores, suplantou as adversidades climáticas e mesmo a escassez de água. Não pode ser moralmente punido por ter feito isso. A questão é saber se a mera razão – que lhe foi tão útil – será suficiente para uma mudança de

comportamento coletivo, da manada. Há uma contradi-ção insolúvel em pedir a uma espécie que aja contra a natureza apenas usando um de seus atributos, a razão?

RC - Acha que a Rio+20 servirá para trazer mais es-clarecimento sobre o tema, ou se trata apenas de um evento temático voltado para o Turismo?LP - A Rio+20 será, em si, um evento turístico. Não há indícios de decisões importantes, nem mesmo no campo da transferência de tecnologias “verdes” (essa é a palavra da moda), nem mesmo na área de energias renováveis e eficiência energética. Se não houve qualquer possibili-dade de avanço em Oslo, ninguém deveria ter sequer su-posto que no Rio ocorreria mais do que uma tentativa de criar mais uma burocracia internacional.

RC - O senhor foi secretário de Planejamento de Ca-bo Frio nos anos 80. Qual era, na época, a visão da administração municipal (que englobava Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios), sobre as áreas que deve-riam ser preservadas e o que foi feito na ocasião?LP - Os temas ambientais da época eram outros: plane-jamento urbano, drenagem, coleta e tratamento de esgo-tos. A região nunca avançou tanto em matéria de plane-jamento urbano e de regulamentação do uso do solo. Os três municípios devem ao trabalho feito nessa época o fato de não terem se transformado em “Camborius”, que era o paradigma da indústria da construção civil de en-tão. A limitação do gabarito, a exigência de afastamento lateral entre as edificações e outras não foram consegui-das sem muito trabalho.Só havia um belo movimento conservacionista que era a AMARLA – Associação de Meio Ambiente da Região dos Lagos. Esse movimento foi responsável pela prote-ção da área de dunas em boa parte do lado direito da es-trada que liga Cabo Frio a Arraial do Cabo. Foi ele que deteve um grande projeto de loteamento no local. Mais tarde, fui presidente da Companhia de Desenvol-vimento de Cabo Frio – PROCAF. O convite surgiu de minha proposta de retirar os serviços de água e esgoto das garras da CEDAE. Já estava faltando água até mes-mo na baixa estação, em Arraial do Cabo e em Búzios.

RC - Desse legado, o que sobrou intacto?LP - Já se vai muito tempo, mas penso que sobreviveu alguma coisa das regras de ocupação do solo urbano.

Entrevista Luiz Prado

Planeta Sustentável?

Desmatamento no alto do bairro de João Fernandes

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Visto sob a ótica do tempo que passou, também uma me-lhoria significativa nas condições de abastecimento de água e de esgotamento sanitário (certamente, longe do ideal, mas muito melhor do que seria os sistemas ainda estivessem concedidos à CEDAE).

RC - O Estado do Rio de Janeiro criou o Parque da Costa do Sol, com configuração fragmentada, que deu bastante destaque para áreas de restinga , encos-tas e serras, mas deixou de lado o Parque das Du-nas do Peró e o (extinto por decreto), Parque do Mico Leão Dourado? Qual a sua visão sobre esse Parque?LP - Fizeram parques em cima de outras unidades de conservação, sem previsão de recursos para desapropria-ções e implantação de infraestrutura de visitação e lazer. Será mais um parque de papel!

RC - Acha que vai ser possível ad-ministrar uma unidade tão frag-mentada? E como resolver proble-mas de superposição de áreas como o caso das ilhas de Arraial do Cabo, já inclusas em uma reserva federal?LP - Bom, a minha reposta a esse ti-po de pergunta é conhecida: não. O poder público não consegue admi-nistrar os demais parques nacionais e estaduais, porque conseguiria num parque fragmentado sem qualquer planejamento de USO DO PARQUE? Ninguém aguenta mais essa histó-ria de “Plano Gestor” de unidades de conservação, usualmente apenas um mapa com ideias imprecisas. Essa foi uma péssima tradução do mana-gement plan utilizado para os parques na língua inglesa! Plano de Gestão! Gestão de verdade, com objetivos claros, metas, cronogramas físicos e financeiros, e um conselho de admi-nistração de verdade! Agora, vai tentar convencer os “ges-tores” de unidades de conservação que o objetivo do parque é a visitação, além da conservação. Eles querem educação ambiental à distância!

RC - No caso de Búzios, acha que foi uma solução pa-ra os constantes problemas de ocupação de encostas e topos de morro?LP - A ocupação das encostas e topos de morro é perfei-tamente possível se feita de forma ordenada. Ou a turma acha que na costa da Itália ou da França as encostas mais íngremes são “áreas de preservação permanente” onde nada é permitido? Há cidades medievais, há vinhedos e olivais! Descendo o Ruhr de barco é possível ver os castelos nos topos de morro. A reserva do topo de morro como área protegida tem origem nas Ordenações Mano-elinas e objetivava que essas áreas fossem usadas prefe-rencialmente para a edificação de fortificações, castelos e igrejas. Mais nada. Se não, o Pelourinho e Santa Tere-sa não existiriam.As taxas de ocupação de encostas e topos de morro que podem ser vistas no trecho da costa da França que liga Nice a Mônaco são baixas, não diferentes das legalmente permitidas pelo ordenamento urbano de Búzios. Não é esse o município que pretende alguma semelhança com a Côte d’Azur?Agora, depois da invasão, a ocupação ilegal pode. O Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA che-gou ao cúmulo de decidir que é permitida a ocupação de áreas de preservação permanente em topos de morro e encostas quando necessária à regularização fundiária. Ou seja, se tem o RGI, não pode; se não tem, pode! Na-da tão insustentável como a esculhambação urbanística planejada.

RC - Muito se fala do resgate da Lagoa de Araruama, mas os problemas decorrentes do sistema utilizado (tomada em seco) na cidade de Cabo Frio e o despejo dos efluentes das ETEs na lagoa continuam a trazer

graves desequilíbrios. Qual seria a solução definitiva para o saneamento da Lagos de Araruama? E quanto isso custaria?LP - A coleta de esgoto em sistema único foi aceita em muitos países hoje desenvolvidos como solução tem-porária em decorrência de restrições orçamentárias, em particular quando as chuvas eram escassas ou concentra-das no tempo, como é o caso dos municípios no entorno da Lagoa da Araruama. Em tais situações, tanques de retenção para um volume de chuvas suficiente para la-var os coletores são implantados de maneira a reter as primeiras águas (“first flush”). Essa água assim retida é, depois, gradualmente encaminhada para o tratamento.Não tenho acompanhado muito de perto a evolução dos sistemas de coleta e tratamento de esgotos, mas tenho notícias de que a qualidade de água da Lagoa continua

se degradando. Há o crescimento urbano, um tanto de-sordenado. Mas não creio que se possa avançar muito se o tratamento de todo o esgoto não for de nível terci-ário – isto é, com remoção final de nutrientes. E ainda assim seria bom avaliar em que medida a única solução não seria o lançamento dos efluentes tratados através de um emissário submarino.Fora isso, em países avançados nem mesmo a água das chuvas que lava as ruas é descarregada diretamente em corpos hídricos fechados.Não é impossível e nem é tão caro, se consideramos que a Lagoa é uma das mais importantes opções de lazer e de turismo da região! Vale lembrar que na década de 1950, os Grandes Lagos na fronteira dos EUA com o Canadá fediam, estavam podres. A criação de uma comissão bi-nacional para atacar os problemas não foi ao estilo bra-sileiro em que “comissões” preferem discutir conceitos genéricos. A primeira iniciativa foi a proibição de venda de detergentes com Fósforo (o P, no NPK) em toda a ba-cia drenante. Os fabricantes ameaçaram estrilar mas fo-ram nocauteados logo no primeiro round. Se tentarmos fazer algo semelhante aqui, o assunto vai até o Supremo Tribunal Federal, que o julgará depois de uns 15 anos. Não vivemos num verdadeiro regime federativo. RC - Muito dinheiro público tem sido investido em dragagens no canal Itajuru e na entrada da Lagoa de Araruama com o objetivo de acelerar o processo de renovação das águas. Mesmo assim, as mortanda-des de peixes são constantes quando há chuvas conti-nuadas ou aumento da população. O que pode estar acontecendo de errado?LP - O objetivo das dragagens se restringem a contra-tar dragagens! Nada mais! Obras de engenharia cos-teira sérias têm concepção diferente da mera dragagem. A renovação de água da Lagoa não será alcançada com esses remendos de ocasião, em particular se cresce o lan-

çamento total de nutrientes através de esgotos não cole-tados ou insuficientemente tratados, além da lavagem de ruas. Aliás, você já pensou para onde vai a água da lava-gem de veículos e de calçadas – com detergentes?

RC - Acha que o boom da construção civil em Cabo Frio é uma coisa benéfica para a cidade?LP - Limitações de gabarito, obrigatoriedade de recuo la-teral, aumento do número de vagas de automóveis – real-mente não sei a quantas anda o planejamento urbano na cidade, ou se resta algum.

RC - Como o senhor vê a idéia da implantação do projeto Reserva Peró (caso venha a ser concretizado) sobre o campo de Dunas do Peró? Será possível con-ciliar hotéis e loteamentos com a preservação daquele

ecossistema?LP - De um modo geral, tudo pode conviver com tudo se houver um bom planejamento. Mas a turma gosta mesmo é de argumentar, e não tanto de fazer. Há parques de dunas em outros países! Conheci um em Haia! Lindo, amplo, cortado por pavimento (is-so mesmo, senhores ambientalistas, pavi-mento de asfalto verde ou não-verde) para caminhadas e para ciclovias. As mães pas-seavam com os carrinhos de bebês, jovens corriam, tudo muito lindo. A cada certa distância, um bar que não vendia bebidas al-cóolicas, para um descanso e um suco, uma leitura, uma conversa amiga (aqui, a turma da AMBEV ia logo pedir uma liminar pela liberdade de comércio). Em meio às dunas, pequenas lagoas que serviam para assegurar a recarga do lençol freático naquele trecho, como reserva técnica para o abastecimento de água em caso de algum acidente no rio onde era feita a captação. Isso, sim, é sus-tentabilidade!

RC - Qual é a sua visão sobre o cresci-mento das cidades da Região dos Lagos? Alguma delas está se tornando sustentá-vel?

LP - Como comentamos acima, falar que algo é susten-tável sem especificar de que estamos falando é coisa da moda, apenas.Mas é certo que a Região dos Lagos deveria olhar mais para a sua única fonte de suprimento de água: a Lagoa de Juturnaíba. Na década de 1980, se bem me lembro, a taxa de sedimentação nessa lagoa era de 2,5 cm/ano, se bem me lembro. Ninguém cuidava de Juturnaíba. Área de presevação permanente – que é sempre um conceito vago – ou plano de contenção dos processos erosivos – algo bem mais concreto -, nada! Fertilizantes usados nas lavouras, pesticida, contaminação do sedimento de fundo, estava tudo “ao Deus dará”. Não creio que isso tenha mudado.Fora isso, o que? O tal do boom imobiliário está levan-do em conta a simples capacidade de abastecimento de água? Ou isso já é pedir demais?Num país mais avançado existem, há muito, políticas pú-blicas de estímulo à eficiência no uso da água e ao reuso. Captação e reúso de água de chuvas nas edificações de todos os tipos? Nada ou quase nada! Reúso de outras águas como de sistemas de lavagem de veículos e mes-mo de sistemas de refrigeração de edifícios comerciais seriam muito úteis para a maior sustentabilidade das ci-dades.Iluminação pública com LED, uma substituição que já ocorreu em cidades que se propõem a alcançar maiores índices de sustentabilidade em países avançados, com redução de no mínimo 50% dos gastos com iluminação pública repassados aos contribuintes, ainda não chegou ao Brasil. Faltam-nos políticas públicas ou políticos li-gados ao interesse público.Seria recomendável fazer um concurso de arquitetura ambiental na região, para que o poder público e asso-ciações civis saíssem do mero discurso e passassem ao estímulo direto ao trabalho inovador! Nos países avan-çados, isso é prática comum. O tema é vasto.

O jornalista Luiz Prado

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22 de junho de 2012 – O Perú Molhado6

RECEPTIVO (22) 2623-2100

Por Sandro Peixoto

O Búzios Golf Club & Resort tem um dos melhores campos de golfe do Brasil. Pro-jetado pelo americano Peter Dye (da Dye Designs, Colorado) esse campo sempre foi um sonho antigo do saudoso Um-

berto Modiano. Seus 18 buracos espalhados por mais de1.000.000m2 de área verde causam muita dor de ca-beça aos jogadores novatos. O vento constante, os vales, elevações e lagos que compõe seu desenho longitudinal formam um campo único. Difícil e bom de jogar. Atu-almente presidido pelo experiente Carlos Gasparian, o Búzios Golf Club & Resort está cada dia melhor. Re-cebeu grandes investimentos e já é o campo reserva das Olimpíadas de 2016- podendo até ser o principal, caso o campo do Rio, que será projetado na Barra da tijuca não saia do papel. Carlos Gasparian frequenta de nossa cidade desde 1978. Comprou sua primeira casa na Vila Caranga, do amigo Joel. Casa essa que vendeu em 1987, dois anos depois de se mudar para São Paulo, onde foi trabalhar. -Queria muito ficar com uma casa em Búzios. Aliás, a mantive por dois anos depois da mudança, mas era muito trabalhoso, muito distante vir de São Paulo para cá. Eu trabalhava com a indústria farmacêutica. Sempre fui um vendedor de drogas. Vendi drogas por muito tem-po. Passei 24 anos vendendo drogas mas larguei o ramo há dez anos e agora trabalho com desenvolvimento de carreiras, sou mentor de pessoas que desejam desen-volver outras aptidões e planos de carreiras. Ensino a pensar na carreira, que geralmente é determinada pe-lo acaso. Se existe planos de marketing, porque não um plano de carreira. Trabalho ainda com a Equilibria, que é uma empresa preocupada em desenvolver técnicas pa-ra que as pessoas causem menos risco nas plataformas de petróleo. Estou adorando esse trabalho, mas minha verdadeira paixão é o golfe. Como o motivo desta entrevista é o golfe, melhor voltar-mos para o esporte. Para Gasparian, os gringos de Macaé jogam golfe em Búzios primeiramente por falta de opção naquela cidade e segundo, porque quem joga golfe de verdade, gosta de jogar sempre. Essas pessoas procuram cidades onde possam praticar o esporte e Búzios é um destino de golfe. O campo de Búzios por exemplo, tem um dos desenhos mais difíceis do Brasil. É um campo complexo. Nos Torneios do PGA (Professional Golf As-sociation) dos Estados Unidos, a maioria foi desenhada por Peter Dye, que projetou o campo de Búzios. Quando se assiste um torneio num campo americano, é possível ver traços encontrados no campo de Búzios, como por exemplo, o buraco 17 que é desenhado em forma de ilha. Essa é uma assinatura Peter Dye. Uma marca re-gistrada. - O campo de Búzios é desafiador. Gostoso de jogar. Eu duvido que algum jogador saia de Búzios sem ao menos ter perdido uma bola, desafiou Gasparian. O campo de golfe de Búzios sempre foi um orgulho para Umberto Modiano. Ele tem 5 saídas diferentes para os 18

Paixão de rico

Carlos Gasparian, pre-sidente do Búzios Golf Club & Resort

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buracos. Os jogadores podem escolher um circuito com 4.500 jardas ou até 6.900 jardas, o que dá pouco mais de 6.300 metros. Entre esses dois circuitos, dá para intercalar vários tipos de jogadores, criando desafios para todos, desse jeito, os jogadores podem se divertir e jogar de maneira parelha. Só-cio do Búzios Golf Club & Resort há dez anos e presidente do clube há 4, Gasparian conhece muito bem todos os sócios e jo-gadores do lugar e lembra muito bem dos primeiros dias do clube quando Umberto Modiano ia todos os dias passear no campo. Umberto nunca jogou golfe. Ele construiu o clube para dar mais glamour a Búzios e tam-bém para ganhar dinheiro. -Umberto teve o apoio do Don Eudes de Or-leans e Bragança, que sabia tudo de golfe e que foi o primeiro presidente do clube. O so-nho de Umberto era transformar essa região aqui da Rasa, num lugar diferenciando com hotel 5 estrelas, marina, canal, aeroporto e um campo de golfe. Foi o Eudes quem con-venceu Umberto a trazer o Peter Dye. Se Modiano queria um campo de destaque, tinha que contratar o melhor projetista do mundo, avisou Don Eudes, continuou Gas-parian.O Búzios Golf Club & Resort passou por algumas turbulências no passado. Quando tinha apenas 9 buracos prontos, o clube entrou em crise e quase fechou. Depois os investimentos voltaram e o filho do Peter Dye, Perry Dye veio a Búzios para adequar o campo as novidades do espor-te e alongou a distancia entre os buracos, facilitando o uso de tacos mais longos. Depois desta reforma, o campo de Búzios ficou apto a receber torneios de alto pa-drão mundial. Em relação as Olimpíadas de 2016, Gasparian é comedido quanto a possibilidade de Búzios sediar os jogos de golfe, esporte que voltará aos jogos depois de cem anos fora das competições. A ulti-ma vez que o esporte dos tacos e das boli-nhas disputou um evento olímpico foi em 1904, na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos.-Existe um acordo entre o COB (Comitê Olímpico Brasi-leiro) e o COI (Comitê Olímpico Internacional) para que todas as competições aconteçam a menos de 50 Km do Maracanã. Búzios está há 200Km do estádio. Essa será a primeira Olimpíada onde todos os jogos acontecerão na mesma cidade. Esse compromisso foi assinado antes mesmo do golfe ser escolhido para os jogos. A prefeitura do Rio está projetando um campo novo na Barra da Ti-juca. Caso esse projeto por alguma razão legal não saia, o único que poderá receber as partidas olímpicas dentro do Estado é o de Búzios, continuou Gasparian. O Búzios Golf Club & Resort está se preparando para a eventualidade no campo da Barra não dá certo. Temos um compromisso com o Confederação Brasileira de Gol-fe, de receber em Búzios, vários dos torneio pré-olím-picos. De qualquer forma, com Olimpíada ou não aqui, Búzios vai se beneficiar muito. Esse ano, o Búzios Golf Club & Resort terá três torneios oficiais com apoio da prefeitura da cidade. É a primeira vez que isso aconte-ce. Gasparian diz que antes não havia nenhum tipo apoio mas agora, já sente algum interesse. Com certeza isso deve-se ao fato do Kakado - que adora jogar golfe mais ainda não aprendeu – estar ocupando um cargo dentro da secretaria municipal de Esporte. Kakado sabe como nin-guém o potencial que o golfe tem para oferecer a cidade.-Antes a gente nem se metia com a prefeitura para não ter problemas. Era uma tentativa de ficar longe para não se envolver com política. Pelo ao menos, percebemos que alguém dentro da prefeitura está se interessando pe-lo golfe. Os torneios Aberto de Búzios, Aberto da Pri-mavera e o Torneio Oilmen’s fazem parte do Calendário Oficial da prefeitura de Búzios, finalizou Gasparian que adora jogar com a Bibita, esposa do nosso amigo Kaká. Tudo porque Bibita fala muito durante as partidas. Em tempo: todos os sábados pela manhã, o Búzios Golf Club & Resort oferece aulas grátis para crianças de 3 a 14 anos com o professor Vitor Peçanha, o Tiger Woods de Búzios.

A dama da bolinha de balata

Ana Maria Faria, a Bibita, é a jogadora mais sim-pática do Búzios Golf Club & Resort. Simpá-

tica e competente. Está sempre no pódio dos torneios que participa. Esposa do nosso querido Kaká, Bi-bita joga até contra homens. Aliás, o golfe é um dos poucos esportes em que homens e mulheres jogam juntos sem preconceito. Bibita sem-pre foi esportista. Na juventude, foi levantadora da Seleção Brasileira de vôlei e depois, campeã intercon-tinental de tênis. O sonho da Bibita é ver o golfe vi-rar um esporte popular, mas sabe que é por enquanto um sonho im-possível, visto que a maioria dos campos de golfe do Brasil são par-

ticulares, clubes exclusivo que custam uma fortuna para ser sócio. Felizmente o cam-po de Búzios qualquer pes-soa pode jogar. O preço para quem não é sócio é bastante convidativo. Carlos Gas-parian, presidente do Búzios Golf Club & Resort diz que nos últimos anos, muita gente tem procurado o clube para se associar. - Cinco anos atrás, havia uns 30 só-cios com handicap por Búzios. Ho-je temos quase 100. Nos últimos 4 anos, triplicou o número de jogado-res que podem disputar campeona-tos por Búzios. O numero de sócios pulou de 120 para 180 e provavel-mente ainda este ano, vamos ultra-passar Teresópolis como o terceiro clube do Estado do Rio de Janeiro. A importância do campo de Búzios está crescendo muito no cenário na-cional, finalizou Gasparian que foi eleito mais uma vez para Presidente do clube.

Para quem deseja trabalhar como caddie no golfe de Búzios, Gas-parian dá os caminhos das pedras: basta se dirigir ao clube, conversar com Vitor Peçanha ou Alexandre, fazer um pequeno cursinho e espe-rar um jogador para carregar a bol-sa. Nos dias de torneios, a carência de caddies é enorme. Saber inglês ajuda bastante, principalmente se a pessoa tiver interesse em trabalhar com petróleo e gás, visto que vá-rios golfistas trabalham nessa área em Macaé. -Eu tinha um caddie que ficou co-migo por 4 anos. Era muito legal. Ajudei os estudos dele. Paguei a fa-culdade e hoje trabalha na adminis-tração da boate Privilège, finalizou Bibita.

Nosso prefeito Mirinho Braga com Perry Dye, filho do projetista do campo Peter Dye. Nosso prefeito finalmen-te resolveu patrocinar os principais torneios de golfe do Búzios Golf Club & Resort. Contudo, o fato de estarmos em ano eleitoral não deve ser visto com desconfiança

Peter Dye e Umberto Modiano discutindo o desenho do campo

Eduardo Modiano, o atual dono das bolinhas

Don Eudes de Orleans a Bragança e Carlos Gasparian, o primeiro e o atual presidente do clube

Kakado e Vitor Peçanha, o nosso Tiger Woods

Bibita, a melhor jogadora de golfe de Búzios

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Por Sandro Peixoto

Diferente dos gringos que vieram morar em Bú-zios, os gringos de Ma-caé trabalham e muito. Explico: a maioria dos

gringos que vieram para Búzios, esta-va a procura de uma vida alternativa. Em busca de uma nova maneira de

viver, de ganhar dinheiro sem o es-tresse das cidades grandes. Os gringos de Macaé não! Eles foram contrata-dos para ralar, para pegar no pesado, igual faziam em sua terra natal. Com o enorme crescimento econômico dos últimos anos, a cidade de Macaé ficou pequena para tanto gente. Re-sultado: já tem gringo morando em Rio das Ostras. Como o norueguês

Os gringos de láPer Atle Gustafson, que mora no Brasil há 15 anos. Residente na cidade de Rio das Ostras, esse descendente Wiking trabalha no ramo de petróleo e sempre que tem um tempinho sobrando, vem a Búzios jogar golfe, esporte inventado pelos escoceses. Per Atle Gustafson, que doravante chama-remos de Gustavo, como todo bom escandi-navo, adora o sol – produto raro em sua terra natal. Afinal de contas, no verão nórdico a máxima não passa dos 22 graus. Búzios para ele, não é uma cidade praiana e sim, um bom lugar para se jogar golfe. Ele já foi inclusive presidente do Golfe Clube de Búzios por um ano. Gustavo foi escolhido pelo fato de ser uma dos primeiros sócios do clube e gostar muito do esporte. -Trabalho numa empresa que faz perfuração. Moro no Brasil porque aqui tem trabalho.Gosto muito de jogar golfe. Minha empresa, a Aker Solutions já doou 5 mil bolinhas para o Golfe Club de Búzios em 2002. Adoro jogar em Búzios. O Campo é muito difícil e tenho bons amigos aqui. Grande parte dos profissio-nais estrangeiros que trabalham com petróleo gostam de jogar golfe porque esse esporte é muito popular em seus países de origem. Na Europa, as pessoas jogam golfe até dentro de casa. Compram os tacos no supermercado. O esporte cresceu bastante nos Estados Unidos e espero que o Brasil um dia se transforme numa potência mundial. As Olimpíadas do Rio em 2016 - onde o golfe participará como esporte de demonstração - será excelente oportunida-de para o Brasil apresentar um grande gol-fista. Seria importante para motivar os outros jogadores, declarou Gustavo. Um campo de golfe não é apenas e tão so-mente um lugar de lazer. É acima de tudo, um empreendimento econômico que gera empre-go e renda para muita gente. Em Búzios, de-zenas de garotos de bairros como Rasa, Cem Braças e São José – todos vizinhos do Campo – mudaram de vida por causa do golfe. E não apenas porque se tornaram caddies. Para que não conhece ainda o termo, caddies são aque-les garotos que ajudam o golfista carregando a bolsa de tacos e em algumas situações, ajudam o jogador a escolher o taco certo para aquele tipo de jogada. Alguns caddies de Búzios estão hoje trabalhando em Macaé, em grande empre-sas multinacionais de petróleo e gás, graças ao contato que tiveram com os gringos.-Muitos caddies que trabalharam no campo de Golfe de Búzios nos últimos dez anos, cres-ceram junto com o esporte e alguns viraram bons jogadores. Outros, conseguiram empre-

go na área de petróleo e gás. Na verdade, a maioria dos caddies mais antigos estão tra-balhando nisso agora. Isso é muito bom para a comunidade. O golfe pode ajudar muito as comunidade mais pobres. Existe o projeto de um novo campo de golfe na cidade de Rio das Ostras, mas precisamente no distrito de Can-tagalo. A chegada de mais um campo de golfe é muito bom, mas acho que os dois devem se unir e não competir. Não é bom competir, isso pode trazer problemas. Temos que unir forças sem competição, finalizou Gustavo.Para nós do Perú Molhado, por mais belo e competitivo que seja o campo de Cantagalo, ele jamais terá o glamour de Búzios. Então fi-camos assim: os gringos treinam em Rio das Ostras e jogam em Búzios. Outro gringo que adora jogar golfe em Búzios é Ole Jakob Aamlid, morador do Rio de Ja-neiro e também profissional do ramo de pe-tróleo e gás. Residente no Brasil há 9 anos, Ole começou a jogar golfe no Brasil, com os amigos noruegueses. Casado com uma brasi-leira e pai de um filho de 7 anos, Ole acredita que o golfe é para os estrangeiros uma forma de união. Uma maneira que os gringos en-contraram de se unir de vez em quando. Ou-tro motivo dos gringos jogarem mais que os brasileiros se dá pelo custo do investimento necessário para se praticar o esporte. Um jogo de tacos de golfe custa em média 3 mil reais. isso para iniciantes e sem contar o preço dos sapatos especiais, a taxa mensal do clube, o caddie e os custos da viagens que envolve es-tadia e alimentação, por exemplo. -Quem trabalha com petróleo tem mais di-nheiro e por isso pode se dar ao luxo de pra-ticar um esporte mais caro. Também é bom para fazer amigos e negócios, pois a gente encontra gente de várias empresas durante as partidas. O esporte ajuda ainda a manter a família unida, pois os jogadores ficam no campo, longe da sogra. Por mais que ame o genro, nenhuma sogra aguenta caminhar se-te quilômetros debaixo de sol ou chuva. Pe-na que o clube de Búzios não tenha uma área social com piscina e churrascaria. Senão da-ria para trazer a família. O Golfe de Búzios precisa melhorar algumas coisas. Neste final de semana choveu bastante e havia quase 150 jogadores espremidos aqui. Foi difícil. A es-trada estava um horror. Alguns patrocinado-res não conseguiram chegar para o torneio. O campo é bom, mas falta um pouco mais investimento no social e nas vias de acesso, finalizou Ole, que apesar do nome, não gosta de futebol.

Por Lena Fernandes - Publicitária

“Macaé Minha Terra Queri-da”..., isso mesmo, assim canta o hino de Macaé.

Uma das cidades mais importantes do pais. Lembro com carinho quando em janeiro de 1993 minha família chegou na Princesinha do Atlântico, a cidade tinha aproximadamente 80 mil habitantes e com um aspecto de interior e ao mesmo tempo com um ar de metrópoles, fiquei encantada e apaixonada por aquela província.Estudante do antigo segundo grau, cursava Técnico em Administração de Empresas e logo surgiu a opor-tunidade de estagiá naquela que seria um sonho, meu primeiro trabalho à Petrobras S\A, foi meu primeiro contato com o “mundo do petróleo”.No ano seguinte, em 1996 comecei a trabalhar na re-

cepção do principal jornal da cidade, porta de entrada para conhecer a sociedade, a politica e o mundo em-presarial de Macaé.Pude acompanhar diariamente através do jornal todas as grandes mudanças e conquistas dessa cidade.A cidade se transformou, uma eleição, um novo pre-feito, a luta pela aquisição de uma escola Técnica Fe-deral, a Av. Rui Barbosa antiga rua Direita, principal rua da cidade se transformando em calçadão (por sinal a rua em que minha família morava), os bairros cres-cendo, as favelas aparecendo, a cidade crescendo. Um novo hospital, um novo fórum, as grandes marcas de automóveis chegando na cidade, as construtoras com seus belos e imponentes prédios residenciais e comer-ciais, os hotéis com suas marcas sem deixar a dese-jar aos grandes centros, os grandes eventos de nomes internacionais, entre eles a Brasil Offshore com todas as línguas, suas vestes, sua cultura, seu poder e suas

cifras. Um shopping com marcas que tanto foram de-sejadas pelos consumidores, vários polos industriais (Novo Cavaleiros, Cabiunas, Lagomar, entre outros) com empresas de grandes nomes, os bares e restau-rantes, as escolas, as universidades, um estádio de futebol moderno, uma nova sede da prefeitura, alguns terminais de transporte para um sistema integrado po-dendo os usuários andarem por toda a cidade pagando uma única passagem, a geração de milhares de empre-gos e a cidade com uma grande população.Hoje com mais de 200 mil habitantes, um orçamen-to de dá inveja a qualquer administrador público se transformou na grande economia do país.Macaé, de antiga cidade de pescadores, “Princesinha do Atlântico”, Capital do Petróleo... hoje, Macaé “ci-dade do Pré-sal”. E o mais importante, o Perú Molhado chega a Macaé com toda força.

“De Princesinha do Atlântico à Capital Nacional do Petróleo”

Per e Ole, os noruegueses bons de óleo e de taco

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Macaé para muitos buzianos é apenas a terra do petróleo. Claro que a cidade não se resume apenas a isso. Diferente da nossa cidade, Macaé tem vida pró-pria e seu comércio não depende do

verão ou de feriados para trabalhar, afinal no rastro da grana do petróleo vem outros tipos de serviços como ca-beleireiros, restaurantes, lojas de moveis e de decoração, por exemplo. Macaé é um dos lugares que mais cresce no mundo. A cidade é um excelente oportunidade para os empresários de Búzios diversificarem seus negócios unido a tradição chique de nossa cidade com a pujança econômica de Macaé.A cidade de Macaé está aqui ao lado. De carro, chega-se lá em menos de duas horas. Quem conhece a Avenida do Contorno chega mais rápido ainda pois evita o caótico trânsito entre Barra de São João e Rio Das Ostras A cida-de de Macaé tem uma das maiores rendas per capita do Brasil e uma economia pujante. Conhecida como a Capi-tal Brasileira do petróleo, tem tudo para atrair investido-res de Búzios. O empresário Zé Marcio, do Restaurante Boom abriu filial por lá. Aliás, o Boom de Macaé é o melhor restaurante da cidade. Melhor e mais bonito.O Restaurante Boom de Macaé trabalha bem durante todos os dias e até nos finais de semana- contrariando a lógica que a cidade esvazia nesses dias. A verdade é que antes do Boom, Macaé não tinha um lugar que unisse lu-xo e bom gosto ao mesmo tempo. Zé Marcio é sócio do empresário Valter Larrate no Boom de Macaé. Alessandro de Souza Filette, gerente da casa está feliz com o no-vo emprego. Ele trabalhou por 15 anos no grupo Chez Michou. Pediu demissão por cansaço e também porque precisava cuidar da saúde. Estava 25 quilos acima do normal. Quando descobriu que Zé Marcio estava pro-curando gerente para o Boom de Macaé, fez contato com a empresa e conseguiu emprego de imediato. - Nasci no Paraná e fui criado em São Paulo. Lá, tra-balhava com publicidade e um dia, minha irmã me convidou para vir para Búzios. Trabalhei 15 anos no Grupo Chez Michou mas também cansei um pouco e pedi para sair. Queria cuidar da saúde. Trabalhar de noite maltrata muito. Agora estou feliz aqui no Boom. Macaé é uma cidade diferente, mas é boa de se viver. Aqui não dependemos de verão ou feriado. Trabalhamos de domingo a domingo. A almoço é o forte da casa e a noite é mais tranquilo, mas tra-balhamos todos os dias. Quem nunca foi a Macaé pode se espantar com o crescimento econômico da cidade. Semana pas-sada fomos convidados pelo empresário Kaká, marido da Bibita (a melhor golfista de Búzios) para conhecer Macaé. Lá encontramos seu filho Paulo, jovem profissional mais que talentoso que trabalha numa empresa multinacional do ramo do petróleo - of course. Kaká estava impressionado com a cidade- apesar de a conhecer muito bem, afinal sempre que pode, vai visitar seu querido filho. Mas a viagem não foi marcada para se fa-zer turismo. Kaká queria nos mostra a potência econômica de Macaé. Mostrar a riqueza da nossa vizinha e ver o que estamos perdendo. Confesso que voltamos com vontade de abrir uma filial do Perú Oleado.

A terra do ouro negro Plataforma de petróleo e a orla da Praia dos Cavaleiros em Macaé

A cidade já tem diversos hotéis internacionais

Filial da Papelaria PortoBello

Kaká com seu filho Paulo, sua nora e seu netinho

Fachada do Instituto IGPI, cuja mensalidade se equipara as das grandes faculdades do Brasil

Vitor e as funcionárias do Boom de Macaé

Alessandro, gerente do Boom de Macaé

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas

Luisa Miranda e seu marido, a ganhadora do Jantar do dia dos namorados no Captain’s

Churrasco sem farofa não tem sabor!

Adriana Salituro e o hindu que faz a cobra subir, a principal atração da Quarta no Porto, no Porto da Barra

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Notas • Notas • Notas • Notas • Notas • Notas Questão de ordemPor Marcelo Lartigue

Queria esclarecer a burrice de “nosso” articulista Car-los Terra. Estou falando sobre a ilustração do seu artigo “Perdeu Mirinho”,que saiu na penúltima edição do nos-so jornalzinho. A ilustração é minha criação, e se refe-ria a sobre a cassação do prefeito Mirinho que segundo nosso Carlos Terra seria de imediato. Coisa para uma semana. Achei que essa afirmação deveria ter uma ilus-tração à altura. Uma imagem que chocasse. Uma ilus-tração que não fosse covarde e que mostrasse a morte política do prefeito. Morte por suicídio pois segundo Carlos Terra, o prefeito teria seus direitos políticos cas-sados por mal uso de recursos da merenda escolar. É preciso ser muito burro para se envolver com desvios de merenda escolar. Com a ilustração, queríamos chama-se a atenção do lei-tor, como qualquer revista de prestígio faria. Falo bur-rice porque querer ser esperto com o Perú Molhado é covardia a gente faz jornal e publica noticias verdadei-ras. Pela nossa ótica, a gente não faz política. Nem me-nos compramos votos ou partidos. Deixamos essa tarefa para os expertos que não querem entender que; quantas mais opções tenhamos, mas estaremos ajudando a re-eleger novamente o mesmo grupo político que vive as custas de nossa cidade. Esse grupo que vive para sugar nosso município. Carlos. Escrevo isto para que não precises desmentir na-da. Fica caladinho. Fica na tua, Carlos Terra. Peço isso para o bem dos maus e dos bons...

Um mistério ronda a cidade. Porque diabos, as obras - por mais pequenas que sejam- do governo Mirinho nunca acabam. Nem va-mos fala do Mercado Municipal do Artesão, que se arrasta desde o se-gundo mandato. Os retornos da Es-trada da Usina por exemplo, estão há dois anos em obras e não termi-nam. Mesma coisa a nova rotatória em Manguinhos, em frente ao Sho-pping 5000. Parece obra de igreja.

Que bom. Se eleitor for, Alair Cor-rêa prometeu acabar coma favela Buraco do Boi, que fica encravada no bairro União, ao lado do bucó-lico bairro da Passagem - um dos mais bonitos da cidade. Alair pode fazer esse tipo de afirmação afinal, foi o prefeito que teve a coragem de fazer uma nova ponte e arran-car as casas que estavam à beira da Lagoa.

Helayel I. Essa história de aqueci-mento global é pura balela de eco-logista chato ou de gente desinfor-mada. Quem garante que o mundo está esfriando e não aquecendo é o Luiz Carlos Milion, doutor em fí-sica pela USP e pós-doutorado em meteorologia nos Estados Unidos e na Inglaterra. O planeta na verdade vai esfriar entre 0,1 e 0,4 graus nos próximos 25 anos garante Milion que há 25 anos é diretor do INPE , Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Helayel II. Nosso planeta tem um ciclo natural de aquecimento e es-friamento e quem regula isso são os oceanos. Os homens só mani-pulam 7% da superfície terrestre enquanto os oceanos cobrem dez vezes mais. Qualquer variação que haja nas temperaturas dos oceanos, influencia o clima pois a atmosfera é aquecida por baixo, em contato com a superfície. Se os oceanos es-friam, esfria a atmosfera, se aque-cem, a atmosfera aquece.Maiores informações www.youtube.com/watch?v=BDvh4rxL2Tk

Pau de galinheiro. Quem ain-da tem dúvidas sobre o caráter do

senhor Ruy Borba deve dar uma olhadinha no www.ipbuzios.blogspot.com, excelente blog do professor Luiz. O pala-dino da moral do governo Mirinho era um santo antes de vir para Bú-zios.

Abandono de emprego. Por onde anda Chiquinho da Educação, o ex-futuro-prefeito de Búzios. Da ultima vez que foi visto, estava em Roma, junto com o Papa.

Acabou. O PSC (Partido Social Cristão) decidiu que seu candida-to à prefeito em Búzios será o Dr. André Granado. A maioria dos fi-liados aceitaram a decisão menos o vereador Genilson que sonha ser o prefeito da cidade menos não ten-do sequer o apoio de seu partido.

Para turistas. O secretário de Co-mercio Interior da Argentina apro-vou o lançamento de um vinho à preço popular para atrair turistas e ser vendido em restaurantes. O ‘vi-nho turista’, poderá custar de 20 a 25 pesos por garrafa, ou seja, pou-co mais de 11 reais. Enquanto isso em Búzios, a maioria dos donos de restaurantes têm a cara de pau do cobrar quase 20 reais por uma taça de vinho argentino.

Urnas. A eleição está se aproxi-mando e Búzios não tem sequer um Juiz Titular, apesar de a co-marca ter duas Varas. Periga che-garmos a eleição sem juiz eleitoral da cidade. Por enquanto estamos assim.

Arrasou. O padre Ricardo deu uma entrevista ao Jornal a Raza (sic) prometendo dizer tudo mas no final não disse nada. Será que nosso querido pároco vai se mudar para o bairro? Será que vai final-mente inaugurar a igreja da Funda-ção Bem Te Vi? Será que vai fazer a pazes com o quase padre Ruy Borba?

Abandono de cargo? É impres-sionante como algumas pessoas

entram e saem de cena da cidade e não fazem a menor diferença. O mesmo cometa que trouxe Chi-quinho o levou de volta para suas origens com a mesma velocidade e intensidade. De marcante mesmo só nos lembramos de suas bravatas e de seus destemperos. Não volte Chiquinho, se não vai levar justa causa.

Solteira. Apesar de todos os nos-sos esforços para encontrar a ca-ra-metade de nossa perua Ângela Barroso durante o ano inteirinho, não fomos felizes em nossa em-preitada. Nem a capa do Perú Mo-lhado com aquele corpão de eston-tear garanhões de todas as idades, foi capaz de inebriar ou convencer qualquer pretendente. Resultado: A perua passou o dia dos namorados solteiríssima. Nem seus admirado-res do fusquinha deram as caras.

Não pode cobrar. Por determi-nação da 2ª Vara Cível de Cabo Frio, está proibida a cobrança de estacionamento nas ruas de Cabo Frio. Esta sentença ainda proíbe qualquer nova licitação até o final do processo. Bom seria se Cabo Frio e Búzios copiassem a cidade de Gramado. Lá, ao estacionar nas áreas públicas você é recebido por um guarda municipal que ao in-vés de sacar um talão para lhe to-mar dinheiro, o servidor lhe deseja primeiramente boas vindas e lhe proporciona a tranqüilidade de que seu carro está estacionado em local seguro.

Gênio. Tá definido, Alair agora vai enfrentar o deputado Janio Men-des, nome que foi escolhido pela turma de Marquinho Mendes. Para esse grupo é todos contra Alair. Pa-ra Alair é todos contra o povo, pois o povo está com ele.

Que agonia. Faltam 100 dias para a eleição do novo ou do velho Pre-feito de Búzios.

Andressa Paiva e Manoel de Bragança cur-tindo o dia dos namorados no Captain’s

A manauara Luiza da Padaria do Pão de Macaé mostra o novo pro-duto à venda: Perú quentinho!

Sopa na terça

Happy Hour na quarta

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CinemaCine Bardot - PARAÍSOS ARTIFICIAIS (BRASIL 2012) Drama 1h 36min - 16 ANOS. De: Marcos Prado. Com: Nathalia Dill, Luca Bianchi e Lívia de Bueno. Dias: QUINTA 21:00. SEXTA 21:00, SÁBADO 19:00 DO-MINGO 21:00. UM MÉTODO PERIGOSO (UK, Ale, Can, suíça 2012) Drama 1h 39. De: David Croneberg. Com: Keira Knightley, Michael Fassbender, Viggo Mor-tens. Dias: SÁBADO 21:00 e DOMINGO 19:00. Ingres-so: Inteira R$ 20,00 Meia R$ 10,00. Tel: 22 26231298 / www.viladomar.com/cinebardot Artes Plásticas

Abigail V. Schlemm – Pinturas. Rua das Pedras 151. Vilmar Madruga – Atelier com exposição permanente da obra do artista. Porto da Barra. Tel.: 2623-7452Anauê Mosaicos e Esculturas – Rua das Pedras, 266 – loja 04. Telefone: 2623-2225Atelier Decor-Resina – Peças exclusivas em materiais no-bres misturados com resina cristal. Rua Vila das Aroeiras, no 180. Tel.: (21) 9729-3795Lula Moraes – Loteamento Pórtico de Búzios- lote 23, quadra 05. Atrás do Hospital Municipal. Bairro São José. 2623-5744.Atelier Flory Menezes - Rua das Pedras 168 lj 8 Búzios (2623-0264 - 9994-7831). www.florymenezesescultura.comEduardo Sardi - Retratos artísticos, pinturas a óleo e pátinas - Vila Caranga, 32 - Telefone: 2623-4072 - 9223-0457Julián Juaréz - artista plástico - Tel: 2633-7037 / 9209-6364. [email protected]. Rua Nicolau Antônio Estevão, 68 • Alto da Boa Vista • Rasa.Sérgio Joppert - Pinturas e Desenhos. Rua Zaíras Street. Nº. 09 Baia Formosa - Lote 09. Quadra 05. [email protected]. (21) 9559-0014Eduardo Pieretti Atelier - Rua da creche Barbara Writh, Par-que das Acácias. Tel: (22) 2623-6179Atelier Maremato do André Cira - Tel 22 26291351 - [email protected] plástica Argina Seixas. Endereço: Centro Hípico de Búzios - Marina Porto. Horário de funcionamento: 10:00 às 18:00. Telefone contato: (22) 8843-6604Ana Colombo - Na Galerida da Vimolagos

Comidas & Shows

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Galeria Abigail VasthiRua das Pedras, 151

Tel.: 2623-2261

Por Viviane Teixeira

Na última terça-feirafoi realizada a primeira reunião da diretoria do Cabo Frio Convention & Visitors Bu-reau (CC&VB) eleita no último dia 30 de maio, por aclamação. O presidente para a nova gestão do triê-nio será o empresário Dulphe Paes de Barros, vice-presidente na diretoria anterior liderada por Radamés Muniz.Na pauta da primeira reunião, estão assuntos como a profissionalização do CC&VB, a captação de novos eventos para Cabo Frio e o fortalecimento da entida-de através da atração de novos mantenedores. Com apenas um semestre para trabalhar em 2012, o novo presidente pretende elaborar um plano de ações até o fim do ano. Para os próximos anos que virão, ele se diz bastante disposto a guiar, com “braços fortes”, uma das entidades turísticas de maior peso em Cabo Frio, tentando seguir o rumo e a trajetória de sucesso de Conventions Bureaux de expressão em grandes capi-tais do Brasil, a exemplo de Rio de Janeiro e São Paulo:- Temos muita vontade de realizar, e vamos trabalhar muito em busca dos nossos sonhos e projetos – diz Dul-phe.Hoje, o Cabo Frio Convention & Visitors Bureau tem como meta atingir 100 mantenedores. Para participar do CC&VB não é preciso ser hoteleiro, fazem parte do grupo de mantenedores empresas diretamente ligadas à atividade turística ou que entendam que a indústria do turismo beneficia a economia da cidade como um todo.Sobre a atual situação do CC&VB, após um período de recomeço e restituição de uma entidade que existia ape-nas no papel, Dulphe diz que as contas foram equilibra-das, a entidade não possui dívidas e a transparência é uma das condições primordiais:- A primeira etapa foi muito difícil, porque tivemos que fazer renascer a entidade. Por este feito, temos que pa-rabenizar o Radamés que trabalhou incansavelmente du-rante esses três anos. Hoje temos condições de receber recursos de todas as esferas, já que nossas contas estão em dia, trabalhamos de forma transparente e temos mui-to zelo pelo investimento de nossos mantenedores.Para o futuro, os planos são de captação de novos even-tos para a cidade, mesmo os de pequeno porte:- Não podemos ficar de braços cruzados esperando o Centro de Convenções. Temos espaços menores que po-dem ser utilizados e através deles podemos incrementar o turismo de negócios. Para isso, precisamos profissio-

nalizar o Cabo Frio Convention. Queremos ter um ge-rente-executivo que nos dê a liberdade de agir só como gestores, já que somos empresários e precisamos tam-bém cuidar de nossas empresas. Com esse profissional na entidade, pretendemos atrair investidores e com isso gerar uma cadeia de negócios em Cabo Frio, de forma que todos saiam ganhando – explica.Dulphe Paes de Barros ficará a frente do Cabo Frio Con-vention & Visitors Bureau até junho de 2015. Paulista, com formação em Análise de Sistemas, mora no municí-pio há 17 anos. É proprietário das empresas Kephas Se-guros e Flex Rental – aluguel de carros.

Abaixo, a nova diretoria completa:Presidente: Dulphe Paes de Barros NetoVice- Presidente: Isabel Ramalho

1°Tesoureiro: Francisco Paulo de Assis Baptista- Empó-rio São Benedito2º. Tesoureiro: Graziela Mendes Resende - Pousada Por-to Canal1º. Secretário: Claudia Seccioso - Mandai Hotel2º. Secretário: Radamés Muniz - Pousada MariáMembro Efetivo: Augusto Cortes - Pousada Boulevard

Conselho Fiscal:- Claudio Viviani - Lagotintas- Patricia Cardinot - Euro&Brandão- Jomar Presmic - InterTouring

Cabo Frio Convention & Visitors Bureau já tem novo presidente

Radamés Muniz e Dulphe Paes Barros, novo presidente do Bureau de Cabo Frio

Armando Mattos inaugura galeria

Page 13: O Perú Molhado

22 de junho de 2012 – O Perú Molhado

Por Ângela Barroso [email protected]

A Perua

13

Carla Bruzzi e Claudia Carvalho da “Publiques” e Simon Parkson responsáveis pelo vídeo convite para a “Quarta no Porto” no Youtube

Zé Carlos, o “comandante” do Porto da Barra sorrindo de orelha a orelha com o sucesso do evento

Responsabilidade Social IIAPAE agradece ao Otávio Fagundes da Privilège, ao Marcos Sodré (Sawasdee), Ricardo Ferreira (Salt), Sonia Persiani (Cigalon), Lalinha(Salsa), Fernando (David), Buzin, Ricardo Wag-ner (Barceloneta), Soledad (Bar do Zé), Luiz, Gustavo e Dalmo (Bar dos Pescadores), José Márcio (BOOM), Françoise Lindemann (Hotel Le Relais La Borie), Gilberto (Amil), Carlos Eugênio (ANEXO Bar), Fabiano Chaves (Restaurante KOJIKI), Ellen e Leo (Golden Fruit), Anderson (Engeluz), Janice Kunrath (Pousada Colonial de Búzios), Shirley e Orlando (Casa do Catavento),Miguel Guerreiro (Geribá Tennis Park),Adriana Piotto (Clínica Esthétique), Françoise e Tif Nys (Chez Michou),Casa Flora (Importadora), Iva Maria (Estação 104), Clau-dia Carrilho (Rádio Comunidade),Flávio Bordalo (Preparo Design Shop), Rafael (Corpapel), Niete Martinez (Revista Cidade), 3J Eventos, Agência Measure e ao Jornal Perú Molhado.

Gesto de Bondade VoluntáriaO ato de cuidado com o próximo sem pensar em si mesmo primeiro, da neces-sidade de amparar a quem precise de um soar extremo pra realidade e acudir o que se está sem esperança. Tudo vale à pena quando a alma não é pequena. Isso exem-plifica o ser humano que se prontifica a estender a mão a quem clama ajuda. A APAE agradece a todos que contribuíram para a realização do Almoço Beneficente que acontece nesse sábado na Privilège. Como todas instituições beneficentes, sem fins lucrativos, precisamos sempre do apoio e da solidariedade não só do Governo Municipal, Estadual e Federal mais principalmente do envolvimento, do abraço amigo da sociedade.

Búzios, uma Janela para o Mundo!Búzios é a primeira “Cidade Inteligente” da América Latina e a quarta do mundo onde vai ser implantado o novo sistema de distribuição de energia. Esse projeto, de acordo com o executivo, está no primeiro

ano de um total de três que levará para ser executado e prevê investimentos totais de R$ 37,6 milhões e a automação de todo o sistema de distribuição de energia.

Muitas Novidades Entre outras novidades, está prevista a instalação de sinalização de trânsito com energia solar, lâmpadas de LED em toda a cidade, além de sistema de última ge-ração de medição de energia nas casas do próprio consumidor, além do asfalto feito com borracha de pneu reciclado. A rede elétrica será flexível, automatizada e integrada. Com o novo sistema o con-sumidor vai poder gerenciar seus gastos de energia e, com isso, poderá reduzir os seus custos nas contas de luz em até 20%.

Obras em ArmaçãoFoi inaugurada, na última sexta-feira (08), a primeira galeria de arte contempo-rânea da cidade. O espaço abriu as portas mostrando “Obras em Armação”, traba-lho da carioca Anna Bella Geiger. Pintu-

ra, desenho, gravura, fotografia, vídeo, Xerox e publicações. A pluralidade de in-teresses, procedimentos e materiais talvez seja uma das principais características da obra de Anna Bella Geiger. Na galeria, estão 16 trabalhos em técnica mista sobre o papel. A exposição “Obras em Arma-ção” vai até o dia 14 de julho. A galeria fica localizada na Rua das Pedras, 27. A entrada é franca.

Jazz & Blues FestivalO Festival de Jazz & Blues que aconte-ceu entre os dias 6 e 10 deixou sorrindo de orelha a orelha os donos de pousadas e restaurantes em Rio das Ostras. O even-to atraiu milhares de turistas e trouxe no-mes consagrados desse estilo musical. Os cinco dias de shows foram marcados pe-la emoção e entusiasmo do público que, mesmo em baixo de muita chuva, não deixava de prestigiar os artistas.

Ocupação TotalPaula Meireles é dona de pousada e pre-

sidente do Rio das Ostras Convention & Visitors Bureau. A empresária destacou a importância do festival para a cidade. “Esse ano, as reservas começaram bem mais cedo e a cidade encheu mais rápido. Sem dúvidas, estamos falando do melhor evento turístico da cidade e nossas pou-sadas tiveram 100 por cento de ocupação.

Responsabilidade Social IPor pouco iríamos precisar de uma página inteira do Peru para fazer nossos agrade-cimentos. Estamos realizando esse evento somente porque mais uma vez, consegui-mos a parceria desses valiosos e solidá-rios empresários e amigos da APAE. A Privilège cedendo o espaço e toda a logís-tica da festa, amigos vendendo convites, outros fornecendo os ingredientes e bebi-das, desconto na confecção dos convites, os chefs elaborando os deliciosos pratos que irão ser servidos, a divulgação nas rá-dios e no jornal Perú Molhado e aqueles que sem eles não conseguiríamos fazer a festa: os convidados!

Paula Meireles, presidente do Rio das Ostras Convention &

Visitors Bureau, destacou a importância do Festival de Jazz

& Blues para a cidade.Foto: Deork Daniel

David Sanborn foi um dos destaques do festival.Foto Mauricio Rocha

Ana Maria Faria (Bibita) no último torneio de golfe que aconteceu no sábado em benefício da APAE

Page 14: O Perú Molhado

22 de junho de 2012 – O Perú Molhado14

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Edital de Convocação

Nos termos da lei 9.504,de 30 de Setembro de 1997,ficam convocados,pelo presente edital,todos os filiados ao Partido Popular Socialista ­ PPS aptos a votar,para a CONVENÇÃO ELEITORAL que será re­alizada no dia 30 de junho de 2012,com início às 10 horas e encerramento às 15 horas,na Rua Alfredo Silva ­ número 337 ­ sobrado nesta cidade,com a se­guinte ORDEM DO DIA:

I ­ Estratégia eleitoral a ser adotada;II ­ Deliberação sobre coligação;III ­ Denominação da coligação (se aprovada);IV ­ Escolha de candidatos a prefeito,vice­prefeito e vereadores;V ­ Sorteio dos números dos candidatos a vereador.

Armação dos Búzios,11 de junho de 2012.

Carlos de Carvalho MarquesPresidente do diretório municipal

Page 15: O Perú Molhado

22 de junho de 2012 – O Perú Molhado 15

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VINICIUS DOS SANTOS CORREA e PA-MELLA MADUREIRA DE SOUZA; Brasilei-ros, solteiros. Ele, Pastor, filho de: Moacyr Eduardo Correa e Maria Arlete dos Santos Correa. Ela, Aux. Escritório, filha de: Paulo Sergio de Souza e Maria da Conceição de Lemos Madureira, ambos residentes neste Município/ RJ.

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EDITAL DE CONVOCAÇÂO DE CONVENÇÃO MUNICIPAL DA COMISSÃO PROVISÓRIA EXECUTIVA

DO PARTIDO DA REPÚBLICA - PR

O Presidente da Comissão Provisória Municipal do Partido da República – PR, Evandro Oliveira da Costa do Município de Armação dos Búzios do Estado do Rio de Janeiro, na forma do Estatuto Partidário e da legislação eleitoral vigente, convoca os membros da Comissão Provisória, Vereadores, Deputados Estadu-ais, Federais e Senadores com domicílio eleitoral no Município, os Presidentes dos Movimentos Partidários organizados para a CONVENÇÃO MUNICIPAL, que será realizada no dia 29 de junho de 2012, na Aveni-da José Bento Ribeiro Dantas, 1335, Vila Caranga, às 09:00 às 17:00 horas, nesta cidade, para as delibera-ções da seguinte:

ORDEM DO DIA:a) a) Estratégia eleitoral a ser adotada;b) Deliberação sobre Coligações;c) Denominação sobre coligação se for aprovada;d) Escolha de candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores para as eleições de 07 de outubro de 2012; e) Sorteio do número dos candidatos a Vereador;f) Fixação dos valores gastos por candidato;g) Escolha dos membros do Comitê Financeiro;h) Outras deliberações de ordem legal e Estatutárias.

Armação dos Búzios, 13 junho de 2012.

Evandro Oliveira da CostaPresidente

EDITAL DE CONVOCAÇÂO DE CONVENÇÃO MUNICIPAL DA COMISSÃO PROVISÓRIA EXECUTIVA

DO DEMOCRATAS – DEM. O Presidente da Comissão Provisória Municipal do De-mocratas –DEM do Município de Armação dos Búzios do Estado do Rio de Janeiro, Sergio Ferreira dos San-tos, na forma do Estatuto Partidário e da legislação eleitoral vigente, convoca os membros da Comissão Provisória, Vereadores, Deputados Estaduais, Federais e Senadores com domicílio eleitoral no Município, os Presidentes dos Movimentos Partidários organizados para a CONVENÇÃO MUNICIPAL, que será realizada no dia 29 de junho de 2012, na Avenida José Bento Ribeiro Dantas, 1335, Vila Caranga, às 09:00 às 17:00 horas, nesta cidade, para as deliberações da seguinte: ORDEM DO DIA:a) Estratégia eleitoral a ser adotada;b) Deliberação sobre Coligações;c) Denominação sobre coligação se for aprovada;d) Escolha de candidatos a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores para as eleições de 07 de outubro de 2012; e) Sorteio do número dos candidatos a Vereador;f) Fixação dos valores gastos por candidato;g) Escolha dos membros do Comitê Financeiro;h) Outras deliberações de ordem legal e Estatutá-rias.

Armação dos Búzios, 13 junho de 2012.

Sergio Ferreira dos SantosPresidente

EDITAL DE CONVOCAÇÂO DE CONVENÇÃO MUNICIPAL DA

COMISSÃO PROVISÓRIA EXECU-TIVA DOPARTIDO TRABALHISTA

CRISTÃO –PTC.

A Presidente da Comissão Provisó-ria Municipal do Partido Trabalhista Cristão - PTC, Ana Paula Melo da Sil-va do Município de Armação dos Bú-zios do Estado do Rio de Janeiro,na forma do Estatuto Partidário e da legislação eleitoral vigente, convoca os membros da Comissão Provisória, Vereadores, Deputados Estaduais, Federais e Senadores com domicílio eleitoral no Município, os Presiden-tes dos Movimentos Partidários or-ganizados para a CONVENÇÃO MU-NICIPAL, que será realizada no dia 29 de junho de 2012, na Avenida José Bento Ribeiro Dantas, 1335, Vi-la Caranga, às 09:00às 17:00 horas, nesta cidade, para as deliberações da seguinte:

ORDEM DO DIA:a) Estratégia eleitoral a ser adotada;b) Deliberação sobre Coligações;c) Denominação sobre coligação se for aprovada;d) Escolha de candidatos a Prefei-to, Vice-Prefeito e Vereadores para as eleições de 07 de outubro de 2012; e) Sorteio do número dos candida-tos a Vereador;f) Fixação dos valores gastos por candidato;g) Escolha dos membros do Comi-tê Financeiro;h) Outras deliberações de ordem legal e Estatutárias.

Armação dos Búzios, 13 junho de 2012.

Ana Paula Melo da SilvaPresidente

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Da redação

A simpática mineira Lilia-ne é a responsável pelo restaurante da Pousada Casacolina, que perten-ce ao também simpático

casal Alfredo e Helena. A história de Lili -como ela é mais conhecida- com a gastronomia tem tempo. Começou no antigo Restaurante Sobradinho, que ficava em Manguinhos. O fran-go assado da Lili sempre foram os preferidos do nosso editor Marcelo Lartigue. Os segredos da cozinha da Lili ela mesmo revela: honestidade, qualidade, dedicação e simplicida-de ao mesmo tempo. Com Lili, filet mignon é filet mignon e não pedaços de contra-filé. Mesma coisa com pei-xes. Jamais vendeu anchova como se fosse cherne, por exemplo. -Nunca tive recursos para ter uma casa requintada, mas parto do pres-suposto que temos que trabalhar com hones-tidade e caráter. Sempre procurei usar os me-lhores produtos e fazer tudo com carinho e ho-nestidade. Fazer comida é uma coisa séria. A pessoa tem que gostar do que faz e eu adoro cozinhar. Meus fornecedores são todos confiá-veis. Luto por isso, pois a boa cozinha começa nas compras. Na qualidade dos produtos. Tem que saber comprar. No meu botequim, o pra-to do turista rico e o do trabalhador recebia a mesma dedicação.Prezo muito o respeito pelo clientes. Talvez por isso eu tenha ficado tão co-nhecida, confidenciou a cozinheira. Lili está apenas há um mês a Casacolina. Aca-bou de fechar seu restaurante em Manguinhos, onde ficou por mais de dez anos. É que os pro-prietários pediram a loja. Está montado outro restaurante, mas enquanto não termina a obra, passou a servir suas delícias na pousada dos amigos Helena e Alfredo. Quem também lhe deu bastante apoio foi seu amigo Serginho. -Nunca fiquei sem pagar aluguel, água ou luz. Sempre fui correta dentro da medida do possível com as coisas. Tentei negociar mas não deu. Os donos pediram o pon-to e só. A Helena e o Alfredo foram me buscar. Me inti-maram. Eles me acolheram com muito amor. Foi muita caridade da parte deles, pois sou apenas a Lili, uma pessoa que sempre procurou trabalhar da maneira mais honesta possível. Sempre procurei dar o melhor. Ago-ra não sei como as coisas vão ficar. Quando terminar a obra do meu novo ponto, não sei se fico com os dois lugares. Vou ver isso com meu marido Ricardo. Talvez fiquemos com os dois. Além de atender os turistas na Casacolina, Lili também faz comida para fora. Principalmente para trabalhadores da construção civil. Suas quentinhas são disputadas e alguns clientes, como Álvaro da Vidraçaria Triumpho, surpreende ao afirmar que pagaria um pouco mais pela comida. Uma quentinha da Lili custa R$ 8, mas Álvaro diz que pagaria R$10 numa boa. As quentinhas de carne picadinha com legumes e o frango grelhado, são as mais pedidas. Quem pode pagar mais, prefere o filet mignon da Lili. O Restaurante da Casacolina abre todos os dias para al-moço e fica aberto até as dez da noite. Alguns buzianos como o engenheiro Bernard vão sempre a Casacolina pa-ra saborear as delicias da Lili. Vem clientes até de Nite-rói e do Rio, para prestigiar a Lili. Nas sextas e sábados, a melhor pedida da casa é a tradicional Feijoada da Lili. Quem já comeu, sabe o que estamos falando. Em tempo: O restaurante da Lili a Casacolina é aberto ao público em geral e quem quiser pedir uma quentinha pode ligar no 2623-1570.

As delícias da Lili

Serginho, Lili, Alfredo e Helena na Pousada Casacolina

Helena e Lili

Nossa degustadora oficial Alessandra Cruz provando o cardápio da Lili

Lili com seu cliente Álvaro

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Por Evandro Oliveira

No desenvolvimento de mi-nha atividade parlamentar sempre dei especial aten-ção ao papel dos Conse-lhos Municipais. Fiz um

levantamento sobre quais estavam ativos em nosso município depois da salada que a lei 708 fez na estrutura adminis-trativa. Como parte de minhas atribui-ções parlamentares procurei saber quem eram seus membros e solicitei cópia das atas de suas reuniões. Sou autor da lei nº 756/2009 que obriga que as atas, pautas e demais expedientes destes órgãos co-legiados de Armação dos Búzios sejam remetidos ao Legislativo em prazos que possibilitem o acompanhamento dos tra-balhos e deliberações.Estes órgãos são de extrema relevância em nossa socieda-de, pois são espaços públicos de compo-sição plural e paritária, que formulam e controlam o exercício das políticas pú-blicas e, em alguns casos, são co-gesto-res, pois alguns deles têm estreito papel com os fundos municipais onde ficam alocados os recursos das respectivas políticas públicas.Ao longo deste meu trabalho sobre o tema dos conselhos, me deparei com uma situação que tive que me aprofundar e passo a relatar:Em 14 de abril de 2011 apresentei re-querimento (64/2011), onde solicitava cópia de todas as atas dos Conselhos Municipais. Na resposta dada pelo Exe-cutivo, consta uma ATA do CMS – Con-selho Municipal de Saúde, datada em 20 de janeiro de 2009, onde o vice-prefeito, Alexandre Martins, secretario de saúde à época, apontava fraude nas requisições de exames. Diante destas declarações, vi a necessidade de apresentar outro re-querimento (14/2012) solicitando cópia das supostas requisições fraudulentas e quais providências foram tomadas ante às denúncias feitas pelo vice-prefeito e secretário de saúde, pelo Conselho Mu-nicipal de Saúde – CMS. Surpreenden-temente, a resposta do vice-prefeito Ale-xandre Martins foi a seguinte:“..Informa-lhe que as declarações cons-tantes na ata do Conselho Municipal de Saúde datada em 20/01/2009 e impu-tadas a mim, não procedem, tendo em vista que tal ata nunca foi por mim con-ferida e muito menos assinada, para que pudesse ratificar as declarações a mim.”O senhor vice-prefeito precisa esclarecer algumas coisas. Se ele não disse o que está na ata do CMS, existem muitas inda-gações. O documento que tenho em mãos é OFICIAL, respondido e encaminhado com assinatura do Excelentíssimo Senhor Prefeito Municipal Delmires de Oliveira Braga, e trata-se de encaminhar uma ata

do CMS, também OFICIAL e elabora-da pela secretária do conselho, e assinada pelos conselheiros. O vice-prefeito se não disse o que está lá atribuído como fala sua, está dizendo que estes senhores e senhoras do conselho estão mentindo? O que têm a dizer os conselheiros sobre isso? Mais: o que foi feito sobre as denuncias sobre fraudes nas requisições de exames? O vi-ce-prefeito-secretário de saúde nem fez as denúncias e nem soube delas? Mas isto es-tá na ata! Quem está mentindo? O que sa-bemos é que em 2010 e 2011 foram gastos 6 e 10 milhões de reais em credenciamen-tos, respectivamente. Por outro lado o que temos são inúmeras reclamações de que exames de alta complexidade, como RNM só são autorizados no máximo 3 pedidos por mês. Segundo comentários, exames simples, como ultra-sonografia obstétrica, não estão sendo autorizados. Segundo in-formações, determinados exames são au-torizados apenas um paciente por mês e al-guns levam de 3 a 6 meses para conseguir realizar um exame.Pelo orçamento que a nossa saúde tem, isso é inaceitável, o que me leva acre-ditar que seja falta de gestão ou falta de vontade politica. É difícil entender o porquê a nossa saúde é tão falha, se te-mos um grande orçamento.Talvez seja pelo que foi apontado pelo CMS,pois a denúncia de um suposto crime apontado numa ata do CMS foi simplesmente des-considerada pelo conselho e pelo gestor da pasta.Há outro ponto bastante obscu-ro, pois na ata o gestor aponta estas de-núncias e depois ele nega ter dito e nisso chama os conselheiros de mentirosos, mas também não toma qualquer provi-dência pelo que foi denunciado na ata. Muitas dúvidas surgem:Quais os agentes políticos e funcioná-rios que faziam ou fazem parte deste es-quema?Quais os laboratórios envolvidos neste esquema?Quanto foi desviado dos cofres públi-cos?

Os Conselhos têm uma importância e responsabilidade muito grande na admi-nistração publica e talvez alguns conse-lheiros não tenham essa noção do tama-nho desta responsabilidade. Neste caso, do Conselho Municipal de Saúde, a res-ponsabilidade deles é enorme, porque eles avaliam todas as ações do Fundo Municipal de Saúde. Eles têm o dever de fiscalizar e denunciar qualquer desvio de conduta dos gestores, e pelo que estou percebendo neste caso, o conselho vai ter que se posicionar, já que está sendo acusado de atribuir palavras ao gestor sem que ele as tenha pronunciado. Com a palavra o senhor Vice-Prefeito.

Nossa saúde vai mal das pernas

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Domme Búzios: Av. José Bento Ribeiro Dantas, 2700, Manguinhos, Búzios. Tel.: 22 26234775Domme Rio: Casashopping - Barra da Tijuca. Tel.: 21 3325 0094 | www.dommerio.com.br

De segunda a sexta, almoço executivo. De quinta a sábado aberto para Jantar. O Restaurante com gostinho de Búzios.

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Todo sábado, Feijoada completa Mare. a melhor feijoada de búzios.

Todo sábado, Feijoada completa Mare. a melhor feijoada de búzios.

Por João Carrilho

Na manhã de ontem (13), conversamos com o pré-candidato do PSB a prefeitura de Armação dos Búzios, João Carrilho, sobre sustentabilidade, aproveitando a semana da Rio + 20, que está acontecendo no Rio

de Janeiro. Enquanto perdurar esta visão pequenininha das po-tencialidades de Búzios, fruto de um atraso cultural e po-lítico de nossos governantes que tratam a cidade como extensão de seus quintais, jamais construiremos referen-ciais de sustentabilidade na gestão urbana, meio ambien-te, turismo ou qualquer outro setor que compõe o cenário de nosso Município. O tamanho de nossa fração territorial sugere, por exemplo, o desenvolvimento de projetos destinados a separação e coleta seletiva de nosso lixo residencial e comercial. No entanto, jogamos literalmente fora esta oportunidade de operarmos políticas publicas de van-guarda, quando abandonamos nosso aterro que foi pro-jetado para atender durante 20 anos nossa demanda e passamos a pagar para vazar nosso lixo em São Pedro da Aldeia. Sob a ótica da sustentabilidade nosso lixo deixa-ria de ser problema para se tornar vitrine e referencia de gestão pública. O próprio sistema de coleta de águas pluviais total-mente sub dimensionado para atual população, o que ocasiona as enchentes freqüentes no centro da cidade e nos bairros de Manguinhos, Geribá, Cem-Braças e ou-tros. Alem de sua contaminação por esgoto residencial, não recebe a devida atenção já que se trata de responsa-bilidade da prefeitura. O que é hoje um transtorno, depõe contra a administração pública e poderia ser facilmente sanado se os recursos municipais em infra-estrutura fos-sem combinados com aqueles existentes na União e no Estado e que não são carreados para Búzios por pura in-competência Municipal. Nossos ativos ambientais, como o canal da marina, ainda que artificial, esta fadado a se transformar no canal de mangue da região dos lagos, se a prefeitura não tomar uma posição imediatamente e controlar o despejo pro-veniente da estação de tratamento da Prolagos em São

Sustentabilidade: Búzios -20

José. O que era um canal de águas cristalinas se trans-formará num local de águas fétidas para desespero dos proprietários de residências e pousadas. A política suicida de administração de nossos re-cursos naturais, nada mais é que um reflexo pessoal de nosso administrador, pouco preocupado com o futu-ro das gerações vindouras e mais atento em explorar à exaustão, o pouco que ainda sobra de nossos recursos. Faz-nos lembrar o tempo que a lagosta e os peixes mais nobres eram abundantes em nosso litoral e que a pesca predatória os distanciou ou extinguiu de nossa costa.

A miopia de nossos políticos nestes últimos 16 anos de emancipação tem levado a cidade para um caminho sem retorno, onde a degradação ambiental, dos valores morais e éticos vai nos levar irreversivelmente para a fa-lência institucional, ocasionando o desrespeito aos valo-res sociais, onde a baixa estima irá empurrar o cidadão Buziano para o desprestigio desses valores, provocando com isso uma depredação dos símbolos culturais e ma-teriais da cidade. Mudar este quadro catastrófico é dever de todos nós que aqui vivemos!

Marina: um canal do descaso com que o governo trata o Meio Ambiente

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Búzios +20Por Alessandra da Cruz

“Para se relacionar plenamen-te com o outro você precisa primeiro relacionar-se consi-go mesmo. Se não consegui-mos abraçar nossa própria

solidão, simplesmente usaremos o outro como um escudo contra o isolamento.” Nitzsche.Este pensamento deste filosofo alemão reflete muito bem o que pude ver no Rio nesta terça em que estive no Rio de Janeiro para distribuir o Pe-

rú na Rio+20.O Rio está uma catástrofe total com o trânsito de enlou-quecer. O que não da para acreditar e que não tinha nenhum traba-lho de divulgação para atrair esta diversidade de participan-tes de várias nacionalidades para búzios.O acordo firmado entre o Convention Bureau de Búzios e Cabo Frio fechado no Rio para estimular os participantes a se hospedarem na região, acabou não tendo publicidade. Nem um índio sequer fazendo sinal de fumaça, ou alguém que ao menos empunhasse uma placa dizendo que nossa região está apenas a 170km do Rio de Janeiro.Que possu-ímos meios de transporte rápidos e eficientes, com ônibus de carreira, empresas particulares de serviços de transfer, aeronaves de pequeno porte e helicópteros, com capacida-de suficiente para atender parte dos 55 mil participantes da Rio+20. Como criticar somente não traz retorno positivo para cidade,fomos a luta e cumprimos com o nosso papel de im-prensa, ainda que aparentemente responsável, elaborando uma edição dedicada a este evento, como forma de divulgar nossa cidade e o trabalho de nossos anunciantes. Passamos o dia inteiro em peregrinação por hotéis e hospedagens do Rio de Janeiro, distribuindo nossa edição especial,não fal-tando uma fugidinha no Riocentro e vencendo todos os obs-táculos criados pela segurança para que pudéssemos fazer a distribuição do Perú Molhado.Como resultado de um trabalho que vem sendo costurado há mais de seis meses entre a direção da Ediouro e o governo do Timor Leste ,estaremos hospedando ainda esta semana aqui em Búzios a delegação designada por este País para fa-zer parte da Rio+20.

Rio de Janeiro está impos-sível de curtir. Não há liber-dade em canto nenhum

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Tão quente quanto a gente.

Perú molhado recomenda: leia o 3º número.

by recommendation

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