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Um jornal afrodescendente O MAIOR JORNAL BÚZIOS BAIRROS 26 de janeiro de 2011 • www.operumolhado.com.br • Edição 1007 • ANO XXXI R$ 0,50 “Estou sem dinheiro” disse João Carrilho IMAGINE NÓS DO PERÚ!!! “Estou sem dinheiro” disse João Carrilho IMAGINE NÓS DO PERÚ!!!

O Perú Molhado

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Edição 1007 - Bairros

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Um jornal afrodescendente

O MAIORJOR NAL

BÚZIOS

BAIRROS26 de janeiro de 2011 • www.operumo lha do.com.br • Edição 1007 • ANO XXXI R$ 0,50

“Estou sem dinheiro” disse João Carrilho

IMAGINE NÓS DO PERÚ!!!“Estou sem dinheiro” disse João Carrilho

IMAGINE NÓS DO PERÚ!!!

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Con se lho edi to rial Bri git te Bar dot, Clau dio Kuck, Ivald Gra na to, Jo mar Pe rei ra da Sil va, Fi no Quin ta ni lha, Re na ta Des champs, Ota vi nho, Umberto e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Re na to Pa co te, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau­ritz Lach man, Gui lher me Araú jo, Pe dro Pau lo Bul cão, Pau lo Ma ria ni, Al ber to Fan ti ni, Ma rie Anick e Jac ques Mer cier, Ara guacy da Sil va Mel lo, Luis Ed mun do Cos ta Lei te, Mar cos Pau lo, Elie Sha ye vitz, Jo nas Suas su na, Gló ria Ma ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedro­so, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Adriana Salituro, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira e Thomas Sastre.

Fun da do res Ma rio Hen ri ques e Pe dro Luis Lar ti gue

Ge rên cia de Ven dasRio: Gestão de NegóciosTel: (21) 2245­8660

Me ce nas Umberto Mo dia no

Im pres são Gráfica News Tech

Diretora de DistribuiçãoCristina Albuquerque

Depto. JurídicoDr. Ulisses Tito da Costa

Di re tor Mar ce lo Lar ti gue

Jor na lis ta res pon sá velHamber R. de Carvalho(reg. prof. 13.501 DRT/RJ)

Editora de fotografiaMarcelo Lartigue

Re pór terSandro PeixotoLucinha SouzaVictor VianaAriel M. MathiasSargento Castro

DiagramaçãoMarcela Silva

Diretora Comercial Alessandra Cruz

O Pe rú Mo lha do / Edi to ra Mi ramarCNPJ: 02.886.214/0001­32

Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950­000 – Brava ­ Ar ma ção de Bú zios – RJCelular/redação: (22) 8128­3781 / 9216­3361 / 2623­1422Comercial: (22) 8116­6356E­mail: operu mo lha [email protected] [email protected] te: www.operu mo lha do.com.br

O grande truque desta vida é importar-se!Tanto na superfície quanto no fundo do seu coração O preço da boa forma física e mental e a eterna vigilância enquanto o maior estimulo a atenção é o registro diário Escrevendo tudo no papel nos tornamos uma nova pessoa, Isto é:Alguem que se importa!De sua família que estará sempre para você em toda sua vida, nos momentos felizes e dificies. Te amamos muito Felicidades Parabéns pelas suas primaveras

Joyce(15 anos)

Jamilly Santiago, Joyciane Santiago, Chef Claudinho e sua esposa Elizangêla, o pequeno Enzo Santiago (no colo) e a querida vovó Fátima Brito

Elizangêla com o pequeno Enzo

Joyciane Santiago com a avó Fátima Brito

A família Santiago mora no bairro do Cruzeiro, na Rasa. São naturais de Fortaleza e estão em Bú-zios há um ano e seis meses. O Chef Claudinho trabalha hoje no Barceloneta, mas seu talento já foi comprovado no Restaurante Boom e no res-taurante do Ariaú Hotel – na Rasa

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Quinze quilos de feijão. Quinhentas pes-soas. Dois blocos de Carnaval e uma Es-cola de Samba. Muito samba e pagode.Embora a festa oficial seja em março, o cenário é perfeito para cair na folia. Trata-se da Feijoada “União do Samba”, promovida pelos blocos buzianos “Vou ali e Volto já” e “Cocota de Tucuns” e pela escola “ Antiga Abissínia”, de Cabo Frio, cujo enredo deste ano é “Búzios: encantos e magias no paraíso do amor”. A festa acontecerá no sábado (29) e foi organizada para arrecadar fundos para o Carnaval. Já que este ano, mais uma vez, não haverá a polêmica subvenção. Uns aprovam e outros criticam duramente. A falta de incentivo do governo municipal não para por aí. Os blocos estão proibi-

dos de passar pela Rua Turíbio de Farias. A alegação é que os blocos cresceram e uma das principais ruas da cidade não pode suportar tanta gente. Será o fim do Carnaval Buziano?Não desta vez. O Cocota de Tucuns so-brevive e arrasta milhares de pessoas por onde passa. O bloco sai do ponto final das vans. – A única coisa que pedimos à prefeitura é um palco para realização de show, banheiros químicos e melhorias na iluminação – disse Babinho. O Cocota ano passado passou pelo Centro da cida-de arrastando pessoas de vários locais da cidade para Tucuns. Por causa da restrição, o Vou Ali e Vol-to Já também mudou o itinerário. Mureb contou que, como foram agredidos no

ano passado, resolveram sair da Arma-ção e ir até a Rua da Brava, evitando de passar pela Turíbio. Atualmente o bairro de Tucuns é o me-lhor lugar para curtir a folia. Búzios de-veria seguir o exemplo da vizinha Cabo Frio, que construiu a Morada do Samba e retirou a festa do Centro da cidade. Quem pensa que é os blocos são desor-ganizados está muito enganado. Babinho conta que estão acabando de se legalizar para então formar uma associação para cobrar ações do poder público.A ideia da União do Samba partiu da Abissínia – A iniciativa surgiu para unir os grupos e movimentar a cultura do samba, que fica um pouco esquecida em Búzios – relatou Valmir de Oliveira, dire-

tor de Carnaval da escola. Ele disse ainda que a proposta é levar os foliões buzia-nos para desfilar na Morada do Samba. As fantasias já estão a venda em diversos pontos da cidade e os preços variam de R$50 a R$100. A Feijoada acontecerá na quadra da Es-cola João de Oliveira Botas, na Arma-ção, a partir das 13h. Os ingressos estão a venda e custam R$10. Camisas oficiais do desfile e Cd’s com os sambas enredos Além dos blocos, a animação fica por conta do puxador da Abissínia, o Amaral, com mestre-sala e porta-bandeira, do Di-di, do grupo Arma Samba . A dançarina Lacraia foi convidada.

Feijão MaravilhaPor Dayanne Neves

Pantera e Mô os puxadores do Vou Alie Volto Já

Reunião entre os diretores da Antiga Abissínia (Cabo Frio) e dos Blocos Cocotas de Tucuns e Vou Ali e Volto Já para a feijoada do dia 29 na quadra do Colégio João de Oliveira Botas.

A família Carrilho no carnaval do ano passado (2010). Na época, Joãozinho Carrilho (o pri-meiro da foto) nem pensava em assumir a presidência da câmara de Búzios

As perigosas e animadas filha da Negra Blanca

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a Ra

saHá mais de nove anos, Maria Apa-recida veio de Volta Redonda-RJ para Rasa com sua família. Perce-beu que não havia um lugar onde se pudesse divertir e lanchar e resol-veu abrir um bar no Alto da Rasa.

Com estrutura familiar há sete anos o Deposito de Bebidas da Tia é o point do final de semana no bairro. Além dos salgados a tia também oferece frango empanado, aipim com carne, peixe frito e costela no

bafo. Na segunda feira o Bar não abre, é dia de descanso da Tia. Em um bar descontraído onde se en-contram pessoas de todas as idades, o bar ainda oferece um jukebox pa-ra a noite mais divertida.

Por Lucinha Souza

Nossa correspondente da Rasa Lucinha com a Tia mais querida do bairro

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SUCO DE PIMENTA

Galpão do Forro uma idéia de dois membros da colônia nordestina na Maria Joaquina, a Casa de show possui dois ambientes, banheiros e um bar central. Aldo e Eli-vania vieram de Cajazeiras, Paraíba. O galpão já foi um ambiente que tocou Funk, Hip Hop, mas o foco para o futuro é somente Forro. Com a parceria dos Mineirinhos e Suco de Pimenta a casa teve seu primeiro show do ano lotado.Os Mineirinhos Começaram a tocar na Rasa a vinte anos atrás, os irmãos Sebastião e João vocalistas do contam com os filhos na nova formação do grupo. Nascidos em Minas Gerais os irmãos tocavam em festinhas, bares e até nas praças, porem a redenção veio na Região dos la-gos. O grupo tem centenas de seguidores e já ate grava-ram CD num show ao vivo na Praça da Maria Joaquina são muito requisitados, com agenda lotado o ano todo, já fez show’s em Minas Gerais, Espírito Santo, Campos dos goytacases, Tangua, Angra do Reis e Toda Região dos lagos.O que se notava eram as pessoas diferentes no show. Poliana e Vitor acompanham sempre os show’s dos mi-neirinhos e ficaram animados com a parceira através de um CD de Suco de Pimenta que uma amiga emprestou.Maria de Cem Braças acrescenta: Onde Os Mineirinhos forem lá estarei eu!Vagner e Mariane são da Bahia em Férias na Região, aproveitaram pra curtir os dois grupos, pois adoram for-ro.Rosele, de Bom Jesus, também estava na cidade, leu no Perú o anuncio e convocou os amigos para a Maria Jo-aquina sem saberem como chegar ao local. Sorte deles Eu e Victor estarmos na mesma van.Lilia fã dos mineirinhos veio de aquário porá curtir o show com a amiga.Suco de Pimenta formado por nove integrantes, tendo Willian e Marrone no vocal. O grupo iniciou o show com uma serenata caipira, com duas lindas dançarinas incendiarão o galpão. São de São Paulo e estão sempre na Região do lagos, e antes de estarem no galpão esta-vam numa casa de show em Arraruama.

Por Lucinha Souza

A Rasa em ritmo de arrocha

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27 de janeiro de 2011 – O Perú Molhado Bairros 7

Anna Caroline Paiva é mais uma jovem garota buziana que sonha alto. Com 1,72 de altura e 36 quilos, ainda é uma menina na flor dos seus 12 anos, mas já sonha desfi-lar nas principais passarelas do mundo. Seu olhar infantil, quase tímido esconde grandes projetos. Seu silêncio ocul-ta grandes planos. Filha do casal Souza e Claudia Renata, Anne é o xodó da família. Os pais corujas cuidam da filha com todo cari-nho. Sonham em vê-la realizando seus sonhos.

O Futuroé Belo

Anna Caroline Paiva

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A tradicional Feijoada do Perú Molhado vai acontecer no dia 5 de fevereiro, no Iate Clube de Búzios – nos Ossos. A previsão é que a festa deste ano seja ainda melhor que a primeira. Ano passado organizamos a primeira Feijoa-da do Perú para arrecadar fundos para o aniversário do jornal- que esse ano completa 30 anos. A festa no Lapa 40 Graus reuniu mais 300 pessoas. A previsão é agora que passe dos 500 tal a procura pelas camisetas/convite. A Feijoada começará as três da tarde

e será acompanhada por shows dos grupos ArmaSamba e Cabaças Virgens. Quem quiser comprar a camisa (R$ 50,00) deve procurar na redação do Perú (Rua Alfredo Silva, 226, na Brava) ou ligar nos Tels. (22) 2623-1422 ou 8128-3781 ou 8116-3781 ou 9216-3361. As camisas/convites ainda estarão a venda no restaurante Barceloneta, no Centro de Búzios ou com a Ângela Barroso no (22) 9221-3718.

Feijão tem gostode festa

Lapa 40 Graus lotado na Feijoada do Perú em fevereiro de 2010

Luiz Fernando Pedroso sozinho na festa do Perú

Ricardo Valdivia com sua amiga Maria Elvira

A espevitada Baixinha, Renata Deschamps e as cozi-nheiras da APAE responsáveis pela saborosa feijoada

João Carrilho com Vitória, mãe da famosa e espevitada Baixinha

27 de janeiro de 2011 – O Perú Molhado Bairros

Quando começou a frequentar a cidade, Mar-celo Jesuíno se deparou com um mistério. Nin-guém, nem mesmo os moradores mais antigos da cida-de, sabiam lhe explicar porque Armação dos Búzios se chama Armação dos Búzios. “Conheço famílias que estão há três gerações aqui. O pai do pescador Cacau, o Seu Chico, que tem 80 anos, conta que antigamente o único modo de chegar no Rio era ir de burro até Araruama e de lá pegar um vapor para o Rio”.Se nem esse tipo de pessoa sabe explicar a origem do nome da cidade, Marcelo resolveu correr atrás da his-tória por conta própria. Tornou-se freqüentador assí-duo de lugares como o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, Biblioteca Nacional e IBGE. Recolhia tudo o que mencionava a cidade, tanto Búzios como Cabo Frio. Também passou a ir a sebos em busca de livros que falem sobre a história da região. Na biblioteca de sua casa, na Ferradura, tem cerca de cinquenta obras. Entre as preciosidades, livros da década de 40, como do geógrafo Alberto Lamego, que escreveu ‘O homem e a restinga’ e também de um dos historiadores que mais pesquisaram sobre a Região dos Lagos, Elísio Gomes Filho, autor de ‘Histórias de célebres náufragos de Cabo Frio’. Há também anotações feitas pelos Jesu-ítas, que ele guardou em microfilme, que se referem ao arrendamento da Ilha da Ponta de Búzios, local para excelente pescaria. Do IBGE, tem arquivado censos de tempos idos: em 1940, por exemplo, a região tinha apenas 3 mil habitantes. Os pesquisadores chegavam a contabilizar tudo o que havia dentro das propriedades, desde plantações de arroz e feijão até número de vacas e cavalos. Num levantamento topográfico de 1786, feito por Ma-noel Martins do Couto Reis, e descoberto no Museu do Exército, Marcelo encontrou um mapa em que jul-ga ter a resposta para sua pergunta. “O mapa já mostra a península e registra praias como Geribá e João Fernandes. Existiam duas localidades chamadas Ponta de Búzios e Armação das Baleias. Acredito que o nome atual do município seja uma mis-tura dos dois”.

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Dizem que pescador é cheio de his-tórias para contar. Taxista também. Marcelo Jesuíno tem apenas um ano de profissão mas já acumula alguns “causos”. Fotógrafo de formação, ele se mudou há quatro anos, em busca de qualidade de vida, para Búzios, onde faz ponto em frente ao Shopping do Canto. “Uma vez, peguei um cara que es-tava num transatlântico. Ele deixou a mulher no navio, disse pra ela que tinha uma emergência pra resolver na sua firma, no Rio, e foi até lá de táxi. Só que na verdade era para se encontrar com uma amante. Depois, voltou tudo de novo.”Pescador nas horas vagas, as histó-rias do mar, ele também as conta. Quando se mudou para cá, Marcelo decidiu comprar um pequeno barco de sete metros, o ‘Graça Divina’, que fica ancorado na Praia da Ar-mação. Seu mestre no ofício foi um pescador que tornou-se seu amigo e parceiro em Búzios, Cacau. Quando saem juntos para o mar, costumam ir para além da Ilha Feia, alto mar, em busca de cações. Sozinho, Jesuí-no respeita os mistérios de Netuno e só se arrisca até a Ilha Branca, águas protegidas. “Sempre que vou sair de barco pre-ciso consultar o Cacau para saber das condições do tempo. Uma vez, estávamos no mar, na Ilha Feia, o céu azul, nenhuma nuvem à vista. De repente ele começa gritar para eu cortar a rede e ligar o motor. Não entendi nada. Viemos correndo embora e de uma hora para outra veio uma enorme tempestade”.

E quem acha que as histórias aca-baram, estão enganados. Em busca do melhor clique, todo fotógrafo já passou por alguma aventura. “Uma vez subi o Cristo Redentor, às duas da manhã, e fiquei pendura-do ao lado da cabeça, no braço dele, até amanhecer, esperando o sol nas-cer e o momento exato para conse-guir a luminosidade ideal”. Marcelo Jesuíno começou a foto-grafar por conta própria e com vinte e poucos anos se mudou para Nova York, onde estudou na School of Visual Arts. “Trabalhava como garçom ou coi-sas do gênero e fotografava muito a cidade, andando de bicicleta com a câmera na mão. Fiz muitas imagens legais de Nova York, do Central Pa-rk, dos músicos doidões que toca-vam nas ruas”. Quando voltou ao Rio, trabalhou como fotógrafo de cenas de cine-ma, em filmes como ‘Leila Diniz’, ‘Pedro Mico’ (que tinha Pelé no elenco) e ‘Rock Estrela’, com Léo Jaime. Depois, foi para o ramo da publicidade, onde consolidou sua carreira na Artplan, agência dos irmãos Medina. Sua relação com Búzios começou em 92, logo após o famoso arrastão em Ipanema. Na ocasião, ele e seus amigos resolve-ram alugar uma casa de praia num lugar mais tranqüilo para passarem fins de semana. Búzios foi escolhi-da. Em 1998, Marcelo compra um terreno na Ferradura e constrói uma casa, com vista para boa parte da cidade. Em poucos anos, foi de vez para a cidade.

No começo, morava em Búzios e ainda trabalhava no Rio. Cansado da jornada desgastante, decide com-prar um táxi e tirar seu sustento na cidade. Jesuíno e seus colegas de profissão estão promovendo uma modernização no Ponto do Shop-ping, onde trabalham. Criaram fol-ders com informações sobre o ser-viço, investem em propaganda e na comunicação por rádio para agilizar as corridas. Ser motorista por aqui é difícil. “Somos 120 taxistas. No verão, esse número é baixo. Em outras épocas do ano, sessenta seriam suficientes, e na baixa temporada, apenas trinta. Temos que tirar nossa grana do ano no verão, trabalho de formiguinha”. Ele conta que como fotógrafo che-gava a ganhar cinco vezes mais. Mas isso não importa. Marcelo ga-rante que sua vida está melhor do que nunca. Aqui se vive bem e feliz com pouco. “A fotografia digital nunca me sedu-ziu. Sou do tempo do filme e quan-do as digitais chegaram no mercado publicitário, resolvi sair. Hoje em dia, tudo pode ser resolvido no pho-toshop, chegam a tirar um pedaço de uma foto para colocar em outra”. Dono do seu próprio negócio, em Búzios ele pode sair para suas pes-carias quando bem entender (e quando Cacau diz que o mar está pra peixe). Ou então descer no Bar do Samuca, na Praia da Ferradura, e dar um mergulho entre uma garrafa e outra de cerveja.

Histórias depescador, de taxista, de fotógrafo...Por Denis Kuck, da lan house

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Agenda Cinema

Cine Recreio - Enrolados 3D: 16h e 18h; As viagens de Gulliver 3D: 20h e 22h; Megamente 3D: 16:20h; De pernas pro Ar: 18:20h, 20:20h e 22:20h- Ar Condicionado- Som Dolby Digital- Acesso para deficientes físicos- Meia-entrada

Cine Bardot - Cinema de graça nas férias. Os alunos da rede estadual de ensino, na Região dos Lagos, poderão aproveitar os vales-ingresso do programa Cinema Para Todos durante as férias. Em Búzios, o filme em cartaz no Gran Cine Bardot é o sucesso De Pernas Pro Ar, com Ingrid Guimarães, Maira Paula e Bruno Garcia. Os estu-dantes beneficiados pelo programa Cinema Para Todos terão todo o período de férias para ir de graça ao cin-ema. A validade dos vales-ingressos foram prorrogadas até o dia 28 de fevereiro. Gran Cine Bardot - Travessa dos Pescadores, 88.De Pernas Pro Ar14 anosSex: 19h - Sab: 19h30 - Dom: 21h30http://www.depernasproarofilme.com.br

Radical Parque - Cinema em 6D. Preços assecíveis. Recomendamos A Fabrica de Chocolate, O trem fan-tasma e O cheiro do ralo de Búzios.

Há 18 anos atrás fomos procurados por um cidadão francês que já morava no Brasil há mais de 40 anos. Pai de uma filha, residia em Goiás antes de descobrir Cabo Frio. Ex-dono de um laboratório, aposentado, escolheu esta cidade para morar. Como sua filha queria estudar e dançar ballet, tiveram que mudar para Curitiba, mas antes disto, cansado de rodar pelo Brasil com o piano histórico que ele trouxe de Paris, resolveu se desfazer um pouco da história para não carregar mais este peso. Fui procurado por um amigo, Dr. Marcos Marins, que já tinha feito amizade com o francês, me oferecendo o piano, porque ele queria que o piano tivesse nas mãos de quem tem sensibilidade com a música clássica.O francês tinha assistido o Concerto de Abertura de Ve-rão que realizamos na marina do canal, em Cabo Frio, ao ar livre. Lá ele descobriu que nós fomos os autores do projeto, por isso que ele fez a indicação para o amigo Marcos Marins, para que nos procurasse para ver se ha-via interesse em adquirir o piano. Hoje não me lembro do valor, mas sei que adquiri duas obras, uma porcelana de arte e o referido piano.Os anos se passaram e por diversas vezes tentamos res-taurar o piano, e só agora daremos início a obra de res-tauração, e no lugar que combina, no Espaço Cultural e Ambiental Érico Veríssimo - ECAEV, onde já existe uma escola de música. A oportunidade é impar até pa-ra que os alunos que estão estudando música tenham a oportunidade de conhecer o piano fabricado na França em 1855, por um dos melhores músicos e maestros da-quela época, que resolveu encerrar a carreira abrindo uma fábrica de pianos. Este mesmo piano, no dia 31 de março de 1889, fez parte de um grande concerto em conjunto com outros pianos da época.O Jassilva, luthier e criador de pequenos instrumentos, será o responsável direto pela restauração deste instru-mento histórico. Ele ficou muito feliz quando eu convi-dei para fazer a vistoria e ver se haveria a possibilidade de restauração. Diz ele que a parte estrutural é possível restaurar, só não sabe se vai tocar como antigamente. Estava sendo agraciado por ter sido convidado para esta restauração e também de outros instrumentos, tudo em conjunto com os alunos da Escola de Música do ECA-EV. Ele disse: “Eu quero agradecer a Deus por Ernesto ter me convidado, sabendo da importância cultural, e que vai somar muito para a nossa região, principalmen-te Tamoios”.

Tamoios hospeda o piano que estreou a Torre Eiffel... Desde o dia da inauguração o piano estava lá em cima só Galiotto conseguiu trazê-lo ao solo a bordo de seu avião ecoespião

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Galiotto recebe em seu Centro Cultural de Tamoios o piano vindo de cima da Torre Eiffel

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Este texto é uma reprodução da entrevista publica-da no Perú no ano de 1986, copydescado por nossa jornalista Dayanne Neves, importada de Cabo Frio

Explica pra gente essa bossa de ter todas as mesas diferentes?- Eu trouxe os tampos todos do Rio e eu mesmo fiz os pés. Já quis renovar, botar tudo bonitinho, toalhas nas mesas mas os meus clientes não deixam. É uma coi-sa incrível: eu botei essas duas mesinhas aqui, ia bo-tar uma toalhinha, uns pisos bonitos, comecei a trocar ideias com, com outros, aqueles clientes mais chega-dos. Eles me disseram: -“Fernando, o dia que você fi-zer isso aqui não conta mais comigo. Eu quero ir à praia tomar o meu banho e almoçar na tua casa. Eu não ve-nho aqui pela tua cara, não... Eu venho aqui pela comi-da. Eu quero almoçar assim, de sunga, molhado”. Eles estão certos. Várias personalidades eu atendi dentro da minha casa, atendo até hoje e não me deixam mudar nada. É preciso que se entenda que um bom restaurante é a extensão da casa de uma pessoa e que importa é que ela se sinta bem à vontade. Você só abre aos sábados e domingos?Não, agora já estou me preparando para abrir todos os dias. Mas você também ficou conhecido por que só abre aos fins de semana. E como é isso?Eu tenho outros afazeres durante a semana. Eu procuro as mercadorias, tiro um dia para descanso com minha mulher e meu filho e quando chega na sexta eu tenho que estar com tudo em cima, prontinho para funcionar sem dor de cabeça. Esse é meu esquema. Mas, agora, entrando no verão, só vou fechar um dia, na terça. Como tem sido tua relação com as pessoas da terra, você que está há 10 anos em Búzios?Todo mundo sabe que a mão-de-obra é difícil. Mas veja que as pessoas que trabalham no meu restaurante foram criadas por mim desde crianças. Não são meus filhos mas os considero como a minha família. Trato eles da mesma forma que trato meu filho. Aprenderam comigo. Mudando de assunto, você nasceu onde?Eu nasci na Rua das Palmeiras, no Rio. Eu tenho ori-gem italiana, portuguesa e um pouco de sangue alemão. Minha mulher, eu a conheci no Rio, mas ela é daqui de Búzios. Vendi meus negócios no Rio – uma oficina ele-trônica e um restaurante – e montamos o Fernand’os

P o i n t a q u i . Construí esse galpão – onde estou até hoje – em frente dessa entrada de chão, de poeira. Não tinha luz elétri-ca que coloquei mais tarde, gastando, na época, 38 mil cruzeiros. Antes disso, trabalhava com geladeira a que-rosene. Explica como vem gente do Rio – e até de São Paulo – para comer a tua feijoada. Explica qual o mistério do teu feijão...Não tem mistério nenhum. O único que talvez possa ter, chama-se mão-de-obra bem feita, qualidade... E como é isso?Muito carinho. Se você entrega seu negócio na mão de empregado, de um funcionário, ele faz mas não do jeito que nós próprios podemos fazer.

Dá umas di-cas – não todas – da tua feijoada...A receita é simples: os salgados começam a ser desal-gados na quarta-feira e ainda na quinta, e ainda na sexta e de sexta para sábado vão a panela com o feijão e no sábado a uma hora da tarde está prontinha com farofa, torresmo, banana, laranja, com tudo que se tem direito.

O point fechouFaleceu este fim de semana vítima de complicações gerais, um dos mais tradicionais comerciantes de Bú-zios. Conhecido em Búzios (e fora dela) Fernando Ri-beiro, dono do Fernando’s Points era uma figura mara-vilhosa. Seu primeiro restaurante ficava na entrava da Vila Caranga – onde atualmente existe um Hortifruti. No começo o prato principal da casa era feijoada. Vi-nha gente até de São Paulo comer seu feijão. Depois virou o point da lagosta em Búzios. Ninguém fazia uma lagosta como Fernando. Nem vendia como ele. Depois, o Restaurante mudou de endereço. Para um imóvel próximo ao trevo da Ferradura- que naquela época não tinha trevo ainda. Com a chegada da comida a quilo o Fernando’s Point foi perdendo espaço no mercado buziano e um dia fe-chou as portas. Nos últimos anos Fernando trabalhou como corretor de Imóveis. Foi embora, mas deixou um monte de amigos. Inclusi-ve aqui no jornal.

O lado de lá está ficando melhorFantine, Kuck, Aníbal, Modiano dão as boas vindas ao Fernando. Que ninguém fique triste, eles estão numa boa.

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Era conhecido apenas como Ivan. Quase sempre estava bêbado, cam-baleando as margens da Avenida Bento Ribeiro Dantas - entre a Pi-zzaria do Cilico’s e a banca do Cha-ruto. Como todo bêbado que se pra-za, falava sozinho. Tinha amigos em todos os cantos. Bebida nunca lhe faltou. Pouco se sabia dele. Apenas que foi eletricista profissional e um dia levou um choque em cima de um poste. Nunca mais foi o mesmo. Aposentado precocemente passou a beber descontroladamente. Preferia cachaça. Vestia os shorts mais descolados da cidade. Mínimos, sujos, mas com personalidade. Sua voz rouca de cro-oner era pouco ouvida. Era de pou-cas palavras. Faleceu essa semana. Não se sabe de que.

Mais um que se foi

Ivan e sua grande companheira

27 de janeiro de 2011 – O Perú Molhado Bairros

Rua José Bento Ribeiro Dantas, s/nºShopping S3 - Centro - Armação dos Búzios - RJ

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