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BAIRROS Pág. 3 Pág. 13 Pág. Central 8 de dezembro de 2010 • www.operumolhado.com.br • Edição 997 • ANO XXX R$ 0,50 Cem Braças Centro Jéssica, 18 anos estudante, trabalha na South na Rua das Pedras Búzios é Fluminense!!! René, Jaiminho e Flávio Machado comemorado o titulo do tricolor carioca Nossa repórter Lucinha Souza bate papo com o negrão mais simpático da Cruzeiro João Fernandes Matheus, O Corno do Ano carregado por outros cornos depois de eleito Rasa Foto: Alessandra Cruz Foto: Sandro Peixoto

O Perú Molhado

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Edição 997 - Bairros

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BAIRROS

Pág. 3

Pág. 13

Pág. Central

8 de dezembro de 2010 • www.operumo lha do.com.br • Edição 997 • ANO XXX R$ 0,50

Cem Braças

Centro

Jéssica, 18 anos estudante, trabalha na South na Rua das Pedras

Búzios é Fluminense!!!René, Jaiminho e Flávio

Machado comemorado o titulo do tricolor carioca

Nossa repórter Lucinha Souza

bate papo com o negrão mais simpático da Cruzeiro

João FernandesMatheus, O Corno do Ano carregado por outros cornos depois de eleito

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Con se lho edi to rial Bri git te Bar dot, Clau dio Kuck, Ivald Gra na to, Jo mar Pe rei ra da Sil va, Fi no Quin ta ni lha, Re na ta Des champs, Ota vi nho, Umberto e Clau dio Mo dia no, Er nes to Za bo tinsky, Tra ja no Ri bei ro, Re na to Pa co te, Jor ge Te des co, Clau dio Co hen, Lau­ritz Lach man, Gui lher me Araú jo, Pe dro Pau lo Bul cão, Pau lo Ma ria ni, Al ber to Fan ti ni, Ma rie Anick e Jac ques Mer cier, Ara guacy da Sil va Mel lo, Luis Ed mun do Cos ta Lei te, Mar cos Pau lo, Elie Sha ye vitz, Jo nas Suas su na, Gló ria Ma ria, Ruy Castro, Heloisa Seixas, Márcio Fortes, Luiz Fernando Pedro­so, Lula Vieira, Antônio Pedro Figueira de Melo, Adriana Salituro, Eduardo Modiano, Ancelmo Góis, Etevaldo Dias, Joaquim Ferreira e Thomas Sastre.

Fun da do res Ma rio Hen ri ques e Pe dro Luis Lar ti gue

Ge rên cia de Ven dasRio: Gestão de NegóciosTel: (21) 2245­8660

Me ce nas Umberto Mo dia no

Im pres são Gráfica Ediouro

Diretora de DistribuiçãoCristina Albuquerque

Depto. JurídicoDr. Ulisses Tito da Costa

Di re tor Mar ce lo Lar ti gue

Jor na lis ta res pon sá velHamber R. de Carvalho(reg. prof. 13.501 DRT/RJ)

Editora de fotografiaMarcelo Lartigue

Re pór terSandro PeixotoLucinha SouzaVictor VianaAriel M. MathiasSargento Castro

DiagramaçãoMarcela Silva

Diretora Comercial Alessandra Cruz

O Pe rú Mo lha do / Edi to ra Mi ramarCNPJ: 02.886.214/0001­32

Rua Alfredo Silva, 226, casa 4 Cep 28 950­000 – Brava ­ Ar ma ção de Bú zios – RJCelular/redação: (22) 8128­3781 / 9216­3361 / 2623­1422Comercial: (21) 7874­8081E­mail: operu mo lha [email protected] [email protected] te: www.operu mo lha do.com.br

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chiquérrima praia de Manguinhos.

Só pra quem sabe!

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Saúde lá embaixo

Desejo saber se tem alguma reportagem sobre a saúde pública de Búzios atual-mente. O posto do Módulo Médico de Família da Brava está praticamente fe-chado. Este modelo de saúde municipal foi copiado de Niterói onde foi implan-tado originalmente, mas está longe de ser um modelo de saúde municipal com o descaso da prefeitura atual. Soube que o último Centro Cirúrgico de Búzios também fechou hoje. Fico imagi-nando o verão quando dobrar a popula-ção de Búzios, vai ser uma tragédia pú-blica pra todo mundo ver. Hoje uma dú-zia de mulheres se internou para fazer um exame no centro cirúrgico as 08h00min e saíram de lá as 13:00 por que o Centro Cirúrgico esta infectado novamente.Uma lástima completa

Gilson Junior Pereira Cavalcante

FlanelinhaS donoS daS PraiaS

A respeito dessa repor-tagem cito como locais certos para encontrar esses flanelinhas as praias da tartaruga, ge-ribá, ferradura(no cen-tro dela e a esquerda, na subida para a praia do forno), praia do for-no, praia brava(nessa o rapaz se acha dono do local a muitos anos e o irmão dele da praia do forno). Coitado do car-ro do turista ou visitan-te que não pagar os 10 reais ou mais que eles pedem! Porque não ter um representante da prefeitura credenciado e uniformizado venden-do um tickete cobrando 3 reais valendo para o dia inteiro, revertendo a arrecadação para ser utilizada em benfeito-rias para a cidade!!!! Sou turista e frequenta-dor assíduo de búzios a mais de 30 anos. Obri-gado

Marcos

Deu no Estadão

Parabéns Perús pelos 30 anos

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Retiramos e Entregamos no LocalTel: (22) 9863 5150 / 2623 0152

Trevo Rasa/Búzios

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A influência do continente africano na cidade de Armação dos Búzios tem en-grossado a forte tradição cultural neo-brasileira a partir do século XVII, negros escravos procedentes da região centro ocidental africana de origem principal-mente os bantus foram introduzidos a Búzios através das praias das Caravelas, José Gonçalves, Rasa e da Gorda, próxi-mo à Ponta do Pai Vitório. Eles desem-barcavam no porto de Búzios, na praia do centro, mas havia dois outros portos clandestinos que continuaram até o fim do século XIX. A praia da Rasa e a praia de José Gonçalves. Os negros que chega-vam eram imediatamente batizados e re-cebiam o sobrenome do patrão. A história do Pai Vitório constitui uma das lendas pouco conhecidas, mas de grande impor-tância para a formação do bairro da Rasa e da história de Búzios. Esta foi perpe-tuando-se na tradição oral até os dias de hoje e faz parte do folclore buziano e da Região dos Lagos.Embora não existem registros, datas nem detalhes desse evento. Pescadores, ne-tos de africanos, apontam de um antigo naufrágio que ocorreu nas proximidades da praia da Rasa e cujos descendentes – salvos desse afundamento – contam duas versões. A primeira narra que o Pai Vitó-rio era o nome de uma nau negreira clan-destina de origem portuguesa que afun-dou próximo ao morro do mesmo nome. A lenda explana que certa noite de inver-no quando tudo estava nublado e águas agitadas. Chegou uma nau lusa repleta de negros, entre homens, mulheres e crianças, todos nus e com grilos nos tor-nozelos. A longa viagem da embarcação negreira que vinha desde a África oci-dental, todos cansados com fome e sede, bateu com os rochedos da ilha da Rasa e a nau naufragou perto à formação ge-ográfica que leva esse nome. Os poucos sobreviventes fugiram para as restingas da Rasa, escondendo-se detrás da ex-fa-zenda Vila Verde, e é ai quando começa a história dos pescadores de Búzios.A outra versão conta que um jovem afri-cano, experto nadador, foi o único que conseguiu salvar-se dessa tragédia. Teria sido um milagre. Com o passo do tem-po, esse homem, salvo pelas águas da Rasa, foi conhecido como o “Pai Vitó-rio”, em lembrança da nau afundada, que se transformou em pregador da religião cristã. Assim, esse padre rezador de ori-gem africana era carismático, respeitado e milagroso. O abade, de estatura média, magro e de cabelos brancos, vestia uma túnica de cor marrom que chegava até o chão. Naquele momento, Búzios tinha-se transformado em ponto clandestino de desembarque de escravos africanos, sen-

do perseguidos pela marinha inglesa e brasileira. Os quais ancoravam tanto nas praias José Gonçalves e Caravelas quan-to nas da Gorda e da Rasa e daí levados para a Fazenda de Campos Novos. O Pai Vitório subiu no topo do morro, que hoje leva o seu nome, ascendendo uma lâmpa-da permitiu iluminar a rota para o desem-barque, do contrário eles encalhariam em naufrágio e morreriam batidos contra as rochas. E assim, o pai Vitório salvou cen-tenas de pessoas e com sua reza curavam outras tantas, os quais seriam posterior-mente os primeiros habitantes da Rasa, sendo o bisavô do Pastor Luiz da Rasa e, porém, dos prístinos buzianos. Em suma, esta lenda constitui uma das mais belas histórias da colônia de Armação.No Dia da Consciência Negra, foi inau-gurada mais uma obra da escultora Christina Motta, no Cruzeiro do bairro da Rasa, uma homenagem à população representada por um pai & filho negros. Em comemoração ao Dia da Consciência Negra de 2010 buscamos ouvir tal perso-nalidade.Lucinha: Com é sua relação comunidade de Rasa?Estatua: Temos uma boa relação de ami-zade, atualmente tem uma galerinha aqui que nos dá um banho quando precisamos, na copa do mundo nos deram um estilo mais verde amarela, em época natali-na também ficamos no estilo vermelho e branco. Às vezes eles vêm fotografar comigo, turistas também aparecem, mas o que eu gosto mesmo de admirar o vai-vem da lindas mulatas... (risos)... que só a Rasa tem! Ficamos observando o mo-vimento, tomando sol e chuva, eu só me preocupo com meu filho, ele quase não vê nada, esta sempre de rosto pro céu, esta desnudo, ainda bem que não ficou doente até hoje.L: você gostaria que tivessem mais per-sonagens na comunidade como vocês? Quem seria? E: Sim, quem sabe afro-descendentes que fazem a historia deste bairro: seu Olavo, Geraldo, João Guelo e tantos outros. L: Você tem alguma expectativa políti-ca?E: Sim, se Tirirca se elegeu em SP, eu acredito que também tenho chances ao legislativo. E aviso aos partidos que qui-serem minha participação, to chegando firme em 2012! E os leitores também vão sempre ficar cara a cara comigo.L: E suas expectativas com as políticas públicas no Bairro?E: A Rasa tem um grande potencial, a comunidade esta se qualificando. Temos muitas pessoas competentes aqui, as po-líticas públicas vão acontecer é só a co-munidade busca e lutar.

Só a Rasa temPor Lucinha Souza

SOMUNEARAssociação de Mulheres Negras e Afrodescendentes da Rasa.

A Presidente da Comissão Eleitoral Sra. Débora Ribeiro Castells, da Associação de Mulheres Negras e Afro Descendentes da Rasa (SOMUNEAR), Rua 1 casa 56, Cruzeiro, Rasa, cnpj 10.706.085/0001-81, no uso das suas atribuições legais e de acordo com a deliberação da AGE realizada no dia 02 de dezembro de 2010, con-voca todos as associadas fundadoras em dia com suas contribuições sociais, para o pleito que irá eleger a diretoria para o triênio 2011,2012 e 2013, realizar-se-á em 20 de dezembro de 2010, às 18:00horas em primeira convocação e às 18h e 30 min em segunda convocação no endereço acima citado, com qualquer número de asso-ciadas presente. O prazo para apresentação das chapas será neste mesmo dia até 30 min antes da AGE.

Débora Ribeiro Castells

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O Colóquio é um encont ro de ent idades e autoridades governamentais

v i sando como propos ta : cons-

truindo juntos - so-ciedade civil & Governo RJ – e serviu para analisar e discutir as demandas aprovadas na II Conferência Estadual de Promoção da Igualdade em 2009, com o objetivo de nortear as políticas públicas de Promoção de Igualdade Racial para o Estado do Rio de Janeiro. O evento começou ás 18h00min do dia três de dezembro, no centro do Rio de Janeiro, com a formação da mesa de au-toridades composta por: Ivonete Men-donça (presidente do CENIERJ), Pedro Strozrnberg (subsecretario do Estado de Defesa e Promoção dos Direitos Huma-nos), Edison Santos (ex-ministro da SE-PPIR e deputado federal eleito) e João Carlos Nogueira (secretario executivo da SEPPIR). O Colóquio discutiu as temáticas de Tra-balho e Terra, Saúde, Juventude, Edu-cação e Cultura, Religião e Segurança, construindo propostas para nortear as políticas públicas de promoção de Igual-dade Racial para o Estado do Rio de Ja-neiro. As transversalidades discutidas no Colóquio procuram alcançar políticas para negros, indígenas, ciganos, mulçu-manos e judeus.-Vivemos numa democracia, e essa de-mocracia precisa ser radicalizada e di-recionada para as comunidades tradicio-nais, nossa secretaria quer trilhar tendo um contato mais direto com a história dos atores africano que foram quem mais sofreram na historia deste país, palavras de Pedro Strozenberg.

O Deputado eleito Edson Santos rela-tou os acontecimentos do complexo do Alemão, pois para ele a cena de negros correndo da policia era triste, o espaço onde o crime organizado atua é onde existe abandonado do Estado. O cerne da questão é a inclusão do negro no projeto gestado neste país. Para João Carlos Nogueira, Secretário Executivo da Seppir (Secretaria Estadu-al de Política de Promoção da Igualdade Racial) o ganho de todas as comunidades tradicionais foi à sanção do Estatuto Ra-cial de 20 de julho, que visa o combate as desigualdades étnicas. O Senhor Eloi Ferreira de Araujo, Mi-nistro chefe da SEPPIR, relatou que o colóquio é um acontecimento histórico, que reuniu gestores e militantes, deba-tendo a Promoção da Igualdade Racial, um encontro que está sob a signa da hu-manidade e tem referência o principal documento de Lei de Ações Afirmativas que busca a construção da igualdade e a oportunidade para todos os brasileiros. O Colóquio vem para dar encaminha-mento a todos os eixos discutidos pela sociedade civil na II Conferência Esta-dual de 2009, e hoje estamos discutindo tornar viável através do PPA de 2011 a 2014, propor verbas no orçamento do Estado para o desenvolvimento das po-líticas públicas de promoção de igual-dade racial, pensando em três grandes ações que possam ser executadas junto aos gestores e Comunidade Civil, segun-do Rute Salles da coordenação da Supir (Superintendência da Igualdade Racial )e da SEASDH( Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos)

Ivonete Mendonça acredita que é um mo-mento histórico para o CENIERJ e para ela, pois a primeira vez que o governo do Estado dá essa visibilidade para todas as instituições, este evento veio provocar a auto-estima das pessoas do interior, que foi extremamente importante estar deli-berando junto ao Estado.Paulo Roberto dos Santos, assessor da Supir evocou os governos municipais di-zendo que são 92 municípios e apenas 22 municípios tem gestores de Promoção da Igualdade Racial, e que a sociedade civil deve acompanhar onde estão sendo usa-das as verbas direcionadas as comunida-

des tradicionais em seus municípios.Nós mulheres negras do Município de Armação do Búzios vemos a im-portância de construirmos juntas com o governo do Estado sinalizando a política eficaz que foi amplamente discutida e deliberada na II Conferên-cia Estadual podendo assim efetivar para o próximo triênio tais delibera-ções. Através de nossas militâncias vamos construir ações afirmativas no nosso município baseado no Estatuto da Igualdade Racial acredito que serão efetivadas tais políticas, afirma Sirlei da SUMONEAR.Jane da comunidade quilombola da Rasa

relata que o Colóquio foi circunstancial, pois participou das conferências munici-pais, estaduais e nacional e o Colóquio veio dar continuidade nas ações das co-munidades.

Discutir para concordarPor Lucinha Souza

João Carlos Nogueira, Pedro Strozenberg, Edson Santos e Ivonete de Mendonça

Ivonete de Mendonça, Jane Nascimento. Ministro Elói Ferreira e Sirlei

A secretária Zezé Mota com representantes do interior do Estado

Representantes da comunidade muçulmana

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Segundo a ONG Ativa Búzios, desde janeiro de 2009 a setembro de 2010, a prefeitura Municipal de Armação dos Búzios gastou cerca de R$ 27 milhões com limpeza urbana e é muito dinheiro para uma coleta incipiente. Os professore fazem projetos, as crianças se interessam, mas... Saem das aulas e se deparam com a ausência de lixeiras para coleta seletiva, nos bairro é difícil encontrar lixeiras comuns, é fácil encontrar lixo jogado nas causadas deste município, qualquer cidadão pode exigir na secretaria de serviços públicos uma li-xeira para sua rua. São R$ 27 milhões para coleta em apenas dois anos. Acare Búzios é uma cooperativa que é presidida pelo Senhor Ivan que é originário de Juiz de Fo-ra para a nossa cidade, com vinte dois catadores que levam os materiais até a sede em São José, lá separam e preparam os materiais a serem pren-sados. Já foram confeccionadas telhas, cadernos e até papel da caixa de leite reciclado. Acare esta propondo recolher lixo seletivo na ci-dade, para isto já possui lixeiras em alguns pontos da cidade, eles têm uma parceria com a Tetra Park e um projeto a ser desenvolvido chamado “Recicla Búzios” e este projeto já foi enviado a secretaria de educação da cida-de, trabalhado nas escolas, mas não seguiu a diante, eles possuem carrinhos de coleta confeccionado com material reciclável. Um desses catadores é do Bairro da Rasa senhor Ebert com 82 anos. No carnaval de 2009 re-tiram 33 mil latas e no reveilon 13 mil latas, por ano reciclam 876 mil kg de material, e esses materiais são vendidos para empresas da capital do Estado.Outro catador importante é o Senhor Dalmar, mas conhecido como barbado de Cem Bra-ças, ele coleta material há cinco anos e relata que não há um incentivo para coleta seletiva, ele foi procurado por alguns vereadores ape-na em época eleitoral. Coleta mais ou menos 250 tonelada de ao ano

Por Lucinha Souza

A preciclagemde São José

Ivan

Barbudo

Seu Zé

O carro da reciclagem

O carro da reciclagem

A sede da Acare no bairro de São José

Papel, latinhas e papelão, o que para você é lixo para a Acare é luxo

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A questão fundiária é um dos maiores problemas de nossa cidade. Em certos bairros os terrenos são terra de ninguém. O que vale é a lei dos mais fortes onde grileiros, advogados sem ética, falsos corretores e até policiais militares ines-crupulosos passam por cima do Ministé-rio Público, da prefeitura e até do juiz da cidade. Nada freia o desejo desses apro-veitadores. Nada nem ninguém.Nesse momento, uma invasão escanda-losa está acontecendo ao lado do condo-mínio Búzios Country, no bairro da Baia Formosa - próximo ao radar eletrônico na reta a caminho do bairro da Rasa. Ne-nhuma autoridade parece ter força para parar a invasão. Essa semana o Perú foi convidado pelo cidadão Jorge Silva Nascimento (Dele-gado de polícia do Rio de Janeiro) para ver de perto o descaso com que está sen-do tratada essa invasão na Baia Formosa. Atrás do muro do Condomínio Búzios Country, onde Jorge tem uma casa, um terreno com cerca de 7 metros de largura e uns cem de comprimento foi lotean-do em frações mínimas. Bem abaixo do lote ideal. Nesse loteamento irregular, os lotes não passam de 180M². Um ab-surdo visto que naquela área (ZR30) os lotes mínimos são de 800 M² segundo a Lei de Uso do Solo. Os invasores estão construindo casas coladas no muro do Condomínio acima citado e ninguém faz nada. Aos proprietários, gente séria como Alan (da loja de Motos) e Arcturo, que também têm casas no condomínio, res-ta apenas assistir ao descaso e ver seus

imóveis serem depreciados. O delegado Jorge não aguentou ficar calado e foi à justiça, mas por enquanto nada aconte-ceu. Quando a primeira casa começou a ser construída ainda em 2007 por um cabo da Policia Militar no lote 10 (a nesga de terreno foi dividida em 10 lotes), o Dele-gado Jorge Silva Nascimento entrou com uma representação na Tutela Coletiva do Ministério Público em Cabo Frio. Essa denúncia gerou uma Ação Civil Pública onde os cidadãos Izac Araújo Dias, Ma-noel Neto da Silva, Gildo Rollemberg Aguiar, Orlando Manoel Goiano e o Mu-nicípio de Armação dos Búzios passa-ram a ser réus no processo. Foram ainda citados como réus terceiros e incertos as outras pessoas que havia adquiridos os outros terrenos e que não haviam sido identificadas. Nessa sacanagem com a cidade, Gildo Rollemberg é o advogado; Manoel Neto o corretor; Izac Araujo é o policial mili-tar e a tradicional família Goiano a su-posta dona do terreno. Manoel intermediou a venda, Gildo ava-lizou e Izac construiu sem obter nenhu-ma autorização da prefeitura, de acordo com a Ação Civil Pública assinada pelo competente Promotor de Justiça Dr. Mu-rilo Bustamante. No dia 11 de junho de 2007, nosso juiz Dr. João Carlos assinou Liminar paralisado as obras no lote 10 e retirando o Município de Búzios do pólo passivo.

Terra de MarlboroPor Sandro Peixoto (especialista em tudo)

Terrenos minúsculos, verdadeiras vielas estão virando casas sem nenhum controle. Esse terreno deve ter uns 7 metros de largura por dez de comprimento. Aqui surgirá uma casinha nos fundo da casa do Alan da loja de Motos

A casa do PM Izac já está pronta e ele começou outra obra ao lado. Daqui a pouco tem seu próprio Condomínio.

Relógio da Ampla prova que já existe certa ‘regularidade’ dentro das irregularidades

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dois pesos, duas medidas Mesmo com a Liminar obrigando a paralisação das obras, nada mudou. O tal policial continuou fazendo sua casinha irregular e até terminou. Hoje, está construindo outra ao lado na maior cara de pau. Na ocasião da Liminar, o Dr. Ruy Borba, então editor do jornal Primeira Hora fez uma longa matéria detonando o descaso da prefeitura e denun-ciando a invasão. Dr. Ruy ainda contestou o fato de a decisão judicial não estar sendo cumprida. As obras não só continuaram com ainda por cima ostentavam uma placa falsa de licença de obra. O interessante é que Dr. Ruy Borba jornalista tomou uma atitude que Dr. Ruy Borba secretário de Planejamento não quer tomar. Ou não sabe tomar, visto que desde que assumiu o poder as construções irregulares dispararam.As obras no local da invasão continuam a pleno vapor e nem o Ministé-rio Público (que Ruy Borba gosta de chamar de Mistério Público) nem o judiciário buziano, nem a prefeitura nem Dr. Ruy Borba conseguem parar. Quando o Perú chegou ao local encontrou massa de cimento fres-ca, provando que as obras continuam e instalação de pontos de luz pela Ampla. A casa do policial militar ficou bem bonita e uma segunda já está na laje. Dr. Ruy Borba prometeu ao Delegado Jorge Silva Nascimento compare-cer ao local para ver de perto a situação. Como prometido, Dr. Ruy foi com o chefe da fiscalização e registrou os fatos. Prometeu fazer um re-latório e encaminhar ao Procurador Geral do Município para que o mes-mo formalize junto ao juiz, um pedido a demolição das obras que estão inacabadas.A casa do PM como já está pronta, terá outro desdobramento. Ele des-cumpriu uma Liminar judicial que previa multa de cem reais por dia em caso de desobediência. Agora vai ter que pagar uma grana ao Ministério Público, que foi quem ajuizou a ação.

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Fac-símile do jornal Primeira Hora, quando Dr. Ruy era editor e gostava de meter o pau na prefei-tura de Búzios. Nessa época, Dr. Ruy tinha solução para tudo. Pena que hoje no cargo e com poder para resolver as coisas nada faz. Alias, faz sim, recebe todo mês seu salário e nada dá em troca

As obras continuam sem controle na invasão

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As comemorações pelo bicampeonato do Fluminense no último do-mingo invadiu a Turíbio de Farias. Centenas de tricolores seguiram em procissão sob o comando de uma bateria animada e ritmada. O casal Saul e Keila, recém-casados, saíram do altar direto para a comemora-ção na Turíbio de Farias. Uma grávida de vários meses pintou o escudo do time do coração na enorme barriga. Essas figuras Levaram ainda mais animação à festa. Se vivo estivesse, nosso colega Aníbal Fernan-do não perderia essa festa por nada. Diferente das outras torcidas, a tricolor até que se comporta direitinho. Nada de bagunça ou coisa parecida. Não teve arrastão, palavrão ou garrafa quebrada. De estranho apenas os constantes espirros. Mistério logo solucionado. Não passava de alergia a mofo. Sabe como é: as ca-misas estavam guardadas há mais de 25 anos. Cheiravam a mofo e a naftalina. Um incidente quase atrapalha a festa. Alguns torcedores tentaram sol-tar fogos e a caixa explodiu. Novamente por problema de tempo. Os fogos estavam guardados há muito tempo. Vinte e seis anos para ser mais preciso. Torcedores ilustres como Jaiminho, Beto Imóveis, Genilson Drumonnd, Toninho Branco, Alexandre (do restaurante Aquarium) Arcturo, René, Abdon, Thiago Cabeleireiro, Dimiti e seu filho Paulinho, o ex-vereador Flávio Machado, Gino, Isaías Will, Paulinha e Arthur, filho de Niltinho se divertiram a vontade durante mais de duas horas. A festa até que foi bonita. Chato é ter que esperar mais 26 anos para outra. Em tempo: o novo presidente do Fluminense é o advogado Peter Sie-msen, buziano, morador do Condomínio Camurupim e frequentador do Iate Clube de Búzios.

A festa do pó de arrozPor Marcela Silva

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Cristiano Marques de Oliveira, nosso novo secretário de Turismo veio (a pe-dido) até a nossa redação na última se-gunda-feira à noite. Largou uma prova na faculdade em Cabo frio, onde cursa marketing apenas para agradar seu pai Vanil, um dos nossos taxistas oficiais que lhe exigia uma entrevista exclusiva ao Perú. -Vim também por causa do Marcelo, a quem admiro muito, replicou Cristia-no. Parece que a pasta de turismo está fa-zendo bem ao atual titular da pasta. Ao contrário do seu antecessor Isac Tillin-ger, Cristiano até perdeu alguns quilos nesses primeiros dias como secretário. Está mais em forma. Já Isac...Uma das maiores preocupações do Cristiano no momento são as festas de fim de ano. Três grandes festas estão programadas a autorizadas pela pre-feitura. A festa do Hotel Insólito na boate Pacha, a festa da boate Privilège no Fishbone e o mega show da banda Asa de Águia no Breezes. O problema é que um monte de expertos anda espa-

lhando na mídia festas e mais festas na virada de ano De acordo com Cristiano, mais oito festas estão sendo anunciadas sem au-torização da prefeitura. Isso está tiran-do seu sono.- Quando a cidade recebe diversas fes-tas ao mesmo tempo, como acontece no fim de ano, temos que nos preparar para receber bem a todos. A logística passa pelo setor de segurança através da Guarda Municipal, pelo departa-mento de Postura e até pelo plantão hospitalar. Quanto mais gente na cida-de, mais profissionais ficam de plan-tão. Por isso a necessidade das auto-rizações. Temos três festas autorizadas e o prazo já acabou. Não sei se alguém vai conseguir fazer alguma festa atra-vés de Liminar. Quanto a isso, não te-mos muito que fazer.Assim que assumiu a pasta do turismo, Cristiano foi conversar com todos os secretários. O primeiro a procurar foi o Dr. Ruy Borba, o homem que tem po-der sobre o orçamento, o homem que decide onde será gasto o dinheiro da cidade. Não é segredo para ninguém que o orçamento do turismo sempre fi-cou aquém das suas reais necessidades. Isac sempre trabalhou com pouca gra-na. Cristiano parece que terá mais sor-te. O orçamento de 2011 prevê uns três milhões para a secretaria de Turismo. Cerca de um milhão a mais que Isac te-ve para trabalhar esse ano. A secretaria de Turismo é a mais vul-nerável de todas. Seu sucesso depende de tanta coisa que é quase impossível qualquer secretário agradar a todos. Seu sucesso depende primeiramen-

te dele mesmo, mas depende também (principalmente numa cidade como a nossa) do valor do Dólar e do Euro, do clima, da situação econômica na Ar-gentina, da segurança no Rio (os vôos da Europa e dos Estados Unidos pas-sam pelo Rio), da limpeza em nossa cidade, da organização das praias e do bom atendimento no comércio e na re-de hoteleira. Basta alguma coisa acima citada dar errada para o trabalho ir por água abaixo. Por essas e outras é que o Isac apanhava tanto.

Cristiano está ciente que vai enfrentar o verão mais problemático dos últimos anos. A situação econômica do país provocou um forte aumento nas vendas de veículos.Os engarrafamentos serão ainda maiores. O secretário, porém, não esmorece. - Tenho experiência no ramo e sei quais serão minhas dificuldades. E elas serão muitas. Por isso fui procu-rar os secretários e os vereadores. Por isso estou aqui de maneira humilde pe-dindo apoio e ajuda aos comerciantes da cidade e principalmente dos mora-dores. Meu recado é simples: vamos fazer de Búzios uma cidade limpa, bo-nita, alegre, e com segurança. Se cada um fizer sua parte, a cidade agradece. Vou fazer de tudo para que tenhamos um verão organizado e sem problemas. Sei que será difícil, mas na vida não existe nada fácil. Principalmente para quem deseja vencer.

Nota da redação: leia a entrevista completa do novo secretário de turis-mo no Perú deste fim de semana.

Começo de festa

A festa acima divulgada não tem autorização da prefeitura nas segundo o site do evento dois lotes já estão esgotados. Resta apenas o terceiro...

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Uma decisão judicial assinada pelo juiz Dr. João Carlos Corrêa determinou que a Ampla, concessionária de energia elé-trica se abstivesse de efetuar novas liga-ções para fornecimento de energia, sem a

prévia autorização nos bairros de Tucuns, Cem Braças e Capão, áreas em litígio pela Sociedade MEKARASOR – leia-se Araquém. No dia 7 de dezembro o Juiz Rafael Resende determi-nou que fosse oficiado à concessionária de energia elé-trica, comunicado sobre a reconsideração da decisão e como consequência, a inexistência de ordem determi-nando a proibição genérica de fornecimento de energia para novos consumidores.

Quem estava com a energia cortada e sem poder religar já pode. Quem deseja fazer uma nova ligação também. Basta pedir a Ampla e pronto. Pesou na decisão do Dr. Rafael a demora na solução para o problema daquela área. O Juiz diz não entender por que a Sociedade MEKA-RASOR, que tanto brigou para fazer valer o seu direito de propriedade, até hoje não deu qualquer destinação aos imóveis. Para o juiz, a manutenção das coisas como estão somente provoca uma propulsão de novas ações judiciais e se presta à especulação imobiliária, o que ob-viamente não contribui para a realização da função so-cial da posse e da propriedade. - Outro aspecto que considero relevante é o fato de que

o prosseguimento deste processo, na forma como vem se arrastando, dará causa a que esta lide se eternize. O que este Juízo tinha que decidir já foi decidido. Não se pode perder de vista, ademais, que o acesso ao ser-viço público essencial de energia elétrica, no cotidia-no da atualidade, é elemento essencial para assegurar uma vida digna. Outro aspecto que não pode ser des-considerado é que têm plena aplicação a estes autos os princípios da função social da posse e da propriedade, escreveu o magistrado em sua decisão.

Luz para todos

Flagra

Aprendizado LegalOportunidade para o jovem na inserção no mundo de trabalho,

e para as empresas de aproveitar talentos e formar profissionais.

Hoje, na Pousada Colonial, próxi-mo a Câmara dos Vereadores as

19h00min.

O Bairro de Tucuns e Araquém, o homem por trás de toda celeumaEssa rua está sendo pavimentada, mas a prefeitura optou por não fazer a coisa certa. Para facilitar as coisas (ou por votos) desviou o alinhamento da rua por causa desse muro irregular. Na periferia tudo é possível. Fosse uma casa de rico, seria derrubada na hora.

Cadê a Fiscalização do Município? Cadê Dr. Ruy Borba?Diz a Lei que as calçadas são públicas, mas de responsabilidade do proprietário do imóvel. A Lei também diz que rampas devem ser feitas sempre do portão para dentro, senão cada cal-çada terá seu próprio nível, o que tornaria as calçadas verdadeiras armadilhas. Mas tem gente que pensa que da porta de casa para fora que se dane o mundo. É o mesmo tipo de pessoa reclama dos políticos e que vive afirmando que o mundo está uma droga.

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Agenda Cinema

Cine Bardot - HARRY POTTER- E as relíquias da Morte. Sexta 21:00, Sábado 19:00, Domingo 21:00 (Reino Unido/EUA 2010) 2h 30 min. Aventura 14 anos. De: David Yates. Com: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes.MUITA CAlMA NESSA HORA. Quinta 21:00, Sexta 19:00, Sábado 21:30, Domingo 19:00 (Brasil 2010) Comédia 1h 40 min 14 anos De: Felipe Jo-ffily. Com: Andréia Horta, Gianne Albertoni, Débora Lamm, Fernanda Souza.Valor do Ingresso: R$ 18,00 (inteira) / R$ 9,00 (Meia). Tel: 22 2623-1298. www.viladomar.com/cine-bardot

Cine Recreio - Sala 1: Megamente 3D (Dublado) Horários: 18:00, 20:00 e 22:00. Livre. Sala 2: Harry Potter e as Relíquias da morte – Parte 1 (Legendado) Horários: 18:20 e 21:20. 12 anos.Tabela de Preços: Filmes normais: Sexta, sábado, do-mingo e feriados: R$ 16,00 (R$ 8,00 meia entrada) Segunda a quarta (exceto feriados): R$ 14,00 (R$ 7,00 meia entrada) Quinta Especial (exceto feriados): R$ 10,00 (R$ 5,00 meia entrada) Filmes em 3D: Sexta, sábado, domingo e feriados: R$ 22,00 (R$ 11,00 meia entrada). Segunda a quinta (exc-eto feriados): R$ 18,00 (R$ 9,00 meia entrada)

Difícil falar de uma pessoa tão boa, simples, sábia, amiga e bem fácilA gente pescava quase todos os dias, primeiro foi na traineira Esquema Dois e depois na Cleópatra. Em todos esses anos que foram quase vinte anos passamos umas e outras.Ele foi meu mestre, me ensinou tudo sobre pesca-ria, dentro de sua simplicidade ele era sábio, como um bom capitão.A volta das pescarias a gente vinha batucando na cassaria das traineiras, ele trocava as letras das musicas transformando em um monte de bobeiras que todo mundo chorava de tanto rir.Com tempo ruim ele ria muito se alguém enjoava, por que o barco mexia muito.Agora vou falar uma coisa, a gente nunca voltou puro da pescaria nós ficávamos até safar a grana do óleo diesel.Uma das coisas mais doida que me surpreendeu foi que ele estando em coma induzido, chegou à turma da igreja e fizeram uma oração, ai ele se recuperou legal. Ele perguntou para uma das filhas “Eu recebi uma oração?” Sim pai, e ele disse... Agora posso morrer tranqüilo para encontrar com Mama Nely e logo em seguida realmente faleceu .

Valcy Rodrigues de carvalho Mestre “Du Bule” 06/04/1940-04/12/2010

Aulas de Dança. Shopping Aldeia da Praia com a professora Odília. Aulas de vela. No Búzios Vela Club com os melhores velejadores do Brasil. Aulas grátis com o supercampeão Bimba todos os fins de semana. Aulas de golfe. Todos os sábados pela manhã com o professor Tiger Woods Buziano.

De grátis

Por Chango

O saudoso Valcir

Nely e Valcir agora estão juntinhos

O supercampeão Binba dando aulas a filha na Praia de Manguinhos. Vem aí mais uma campeã na familia

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Mais uma vez o Perú realizou seu tradicional concurso do Corno do Ano na Praia de João Fernandes. Fazer um concurso popular seja de corno, de ladrão de galinhas ou de vagabundo é muito fácil. Basta oferecer dinhei-ro para os primeiros colocados. Foi o que fizemos em João Fernandes. Avisamos que o primeiro colocado le-varia cem reais. Na mesma hora um monte de candidato apareceu para se inscrever. Até um gay colocou o nome na cédula de votação. Tudo por cem reais. Deve ser por isso que Silvio Santos faz tanto sucesso.A verdade é que o Concurso do Corno do Ano foi re-almente um sucesso. Como de costume, o Restaurante Chiringuito reuniu os maiores favoritos e acabou levan-do o título mais uma vez. Matheus, garçom do restau-rante ficou com o primeiro e será o Corno de 2011. Em segundo lugar ficou Henrique, vendedor de redes. Quem entregou o troféu aos vencedores foi o Monta-nha, Corno Honorário, campeão por três anos seguidos e atualmente vice-presidente da Associação de Cornos de João Fernandes, entidade com fins lucrativos, afinal o Ricardão, tem que andar cheiroso e de roupa nova. -Levar chifre de pobre é um inferno, declarou Monta-nha, que já foi chifrado por quatro mulheres e nunca li-gou para essa coisa de chifres. O Juiz do Concurso foi nosso querido Cabelada que es-tava feliz da vida com mais essa eleição.-Esse concurso é tradicional. Uma linda festa do Perú. Um jornal que tem mais de 20 funcionários e nenhum corno, uma vergonha. Dessa vez elegemos o Corno que vai reinar durante o ano de 2011. O Concurso do Corno do Ano foi uma festa democrática e que teve a parti-cipação ativa das mulheres dos concorrentes durante o ano todo. As mulheres desses cornos trabalham duro o ano inteiro.

Outros candidatos

Tanuza, um dos favoritos, corrompeu um monte de elei-tor distribuindo pedras semipreciosas, brincos, colares e pulseiras. Saiu da disputa sem nenhum voto, mas gastou uns mil reais. Padim, o famoso Catapora estava feliz da vida por não ter sido indicado. Para Padim, a doença de corno é a mais perigosa que existe. - Aqui em João Fernandes tem mais de 100 cornos. É que a maioria não tem coragem de assumir. Meu candi-dato preferido seria Louro José, mas ele faltou hoje. Eu votaria nele com certeza. Mas é como se diz lá no Nor-deste: é melhor ser corno do que ser prefeito, pois corno

é para a vida inteira e prefeito apenas quatro anos, de-clarou Padim. As festividades visando os trinta anos do Perú Molha-do continuam. Em poucos dias teremos o Primeiro En-contro de Surrupiadores (maneira politicamente correta de falar ladrão) de Galinha de Tucuns e ainda antes do Natal, o incrível Festival de Churrasquinhos do Perú. Quem conseguir comer mais churrasquinhos no Marre-co leva para casa um premio ainda a ser definido. De certo, apenas que será em dinheiro.

Tem chifrepara todo mundo

TRIBUNAl ElEITORAl

dOS CORNOS

Com Montanha (o mais corno dos cornos) a frente, os candidatos a corno de João Fer-nandes se exibem para seus eleitores

Matheus, o Corno do Ano

Padim explicando ao nosso editor Marcelo Lartigue porque a dor de corno é uma das pio-res que existem

O juiz Cabela-da observando Montanha con-tando os votos com a ajuda de algumas espo-sas dedicadas e preocupadas com a votação de seus mari-dos. O negócio foi sério

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Eu vou Por Victor Viana

“Vou a Búzios !” gritou um rapaz na praça sem ban-co do Alto da Rasa ao amigo que respondeu: “ Mas aqui é Búzios!”. O primeiro prontamente respondeu “ È ruim heim, aqui é periferia.” O amigo por sua vez rindo, entre outros, exclama: “ Aqui é o Brooklyn” se referindo ao bairro com grande concentração de pesso-as negras em Nova York. Varias questões se esbarram neste bem humorado dialo-go que realmente aconteceu na Praça do alto – se tem outro nome ninguém a que perguntei sabe- e apontam para a problemática de se morar em um Faixa de Gaza. O primeiro ponto é de que o que se acostumou a cha-mar de Rasa é algo muito mais complexo. A maioria negra demonstra uma força cultural extremamente mal aproveitada pela política local. Será que os visitantes

não gostariam de assistir a um festival de capoeira? Uma apresentação de cantos e danças tradicionais? Ou mesmo um show gospel já que essa região é de maioria evangélica. Mas o maior problema também está contido nesse dialogo narrado a cima. “Vou a Búzios!”, sim on-de é Búzios? Poderíamos acreditar que se trata somen-te da área do dialogo ter sido travado na maltratada praça que se encontra em área de fronteira, na opinião dos moradores cansados do descaso; em terra de nin-guém. Mas em Manguinhos as pessoas também dizem que vão a Búzios! Em São José é a mesma coisa. Isso aponta para um sentimento de não pertença. Algo serio que deve ser cuidado logo. Demonstra que uma gran-de parcela da população não se sente parte do famoso município.

Mas o que pode ser feito? Se nem ao menos há uma conclusão do limite que separa Búzios de Cabo Frio. A linha imaginaria mais famosa é a abandonada rua 22 – agora em processo de obras daquelas inteminaveis- mas há registros fotográficos que demonstram a divisa mais abaixo, ali pela entrada principal da Vila Verde, quase na praça da Igreja de Santo Antônio. Perguntamos a Natalino Simas ( Múchiba), advogado morador do Arpoador da Rasa – que está seguramente nos limites de Búzios- e este foi taxativo: “ Ninguém quer saber se pertence a Búzios ou Cabo Frio, quer é ter água, sistema de esgoto, coleta de lixo eficiente, transporte público e não somente o tal “alternativo”. Quem der dignidade a Grande Rasa ganha seu povo independente de limite de terra”

Em Búzios, parceria entre Prefeitura e Governo do Estado iniciaram a tal das obras de urbanização, pavimentação e drenagem de 48 ruas nos bairros Rasa, Vila Verde, Tu-cuns, Marina e Capão, que somariam um total de 18,30 quilômetros. Ao todo estão sendo investidos mais de R$ 15 milhões na execução do projeto. Conforme ficou esta-belecido pelo cronograma de obras, a promessa é de que os serviços seriam entregues à população em outubro de 2010. Não foram, mas ninguém tinha acreditado mesmo. A expectativa por parte da população é grande pois mais de 30 mil pessoas seriam diretamente favorecidas com a concretização do projeto. Entre outras ruas está para ser pavimentada - já iniciaram as obras- a rua 22. Aquela que durante muito tempo foi considerada a linha imaginaria que separa os municípios de Búzios e Cabo Frio, tanto que é muitas vezes chamada de faixa de Gaza. Mas parece que pode ser bem antes dessa rua a área fronteiriça desses dois municípios. Nas proximidades da praça da Rasa. Mas o certo que por ter essa fama de divisa de municípios en-cerrou a rua 22 em um grande abandono que se estendeu por todos os governos anteriores a esse, tanto em Búzios quanto em Cabo Frio. A Urbanização visa acabar com o problema dos constantes alagamentos em época de chuva forte, em que as ruas ficam intransitáveis. A obra acontece através de convenio entre a Prefeitura de Búzios e o DER, que promoverá a pavimentação e drenagem de dezenas de vias, incluindo também os bairros da Rasa, Marina e Vi-la Verde. As obras estão em andamento inicialmente pe-la Praia Rasa e chega a esquina com a Rua Justiniano de Souza e daí ainda não saiu. Vamos ver agora se atravessa a rua e vai a parte mais critica, visto que Rua 22 é uma via sem saída.

A Rua 22

Onda gigantesca atinge a Praia Rasa.Uma onda gigantesca se levantou e caiu sobre a praia da Rasa com força avassaladora. Segundo Sr. José Couves- vulgo Zé das “coves”- os estragos parecem ser imensos. Barquinhos de pescadores foram destruídos e o asfalto da rodovia ao lado da praia evaporou-se. O mar já recuou novamente em

5 km o que significa que retornará em um tsunami de proporções catastróficas. A Defesa Civil, Cor-po de bombeiros e Policia já foram avisados, mas ainda não encontraram o local. A Praia da rasa fica em uma área onde nunca se sabe a quem pertence, é uma espécie de Lost da Região dos Lagos.

Na foto Sr. José Couves tenta achar seu chinelo

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8 de dezembro de 2010 – O Perú Molhado Bairros

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Page 15: O Perú Molhado

Manguinhos é o bairro mais populoso de Búzios. De lá vieram nossos dois úni-cos prefeitos. Quem mora no Centro da cidade diz que quem é de Manguinhos não entende Búzios. Ao vermos o esgoto fluindo à vontade na Praia de Mangui-nhos somos levados e pensar que quem é de Manguinhos não entende nem Man-guinhos - quiçá a cidade inteira. Não tem cabimento uma cidade como a nossa, internacionalmente famosa, ter uma praia com esgoto correndo dia e noite sem controle. E o pior: a água su-ja que polui a Praia de Manguinhos vem de Cem Braças e Geribá bombeada pela prefeitura de Búzios a partir de uma casa de máquinas ao lado do posto da Polícia Militar próximo ao Pórtico. Os morado-res da Praia de Manguinhos sofrem com os problemas dos outros.Veja só a que ponto se chegou. Se um cidadão normal joga esgoto in natura direto no mar pode ser preso por crime ambiental. No entanto a prefeitura de Búzios bombeia há anos esgoto para a Praia de Manguinhos sem nenhum con-trole ou repreensão dos órgãos fiscali-zadores. A continuar o descaso aquela praia poderá mudar de nome. Talvez vi-re a ‘Praia de La Merde’. Inclusive já recolhemos alguns litros da água podre para o perfume Eau de Merde que em breve lançaremos no mercado. Ainda no inicio do ano, a prefeitura fez alarde para anunciar o fim do lançamen-to de esgoto naquela praia - e em ou-tras da cidade. Até o ministro do meio Ambiente Carlos Minc compareceu. Projetou-se instalar filtros, ou tampões (gigantescos O.B’s) para acabar com a poluição no mar. Uma galeria foi cons-truída em Manguinhos, mas parece que só serve de decoração. Outro dia o Perú foi até o local ver se os tampões estavam controlando o fluxo e tomamos um susto. Enquanto do filtro saia apenas um filete de água, ao lado, um rio caudaloso de esgoto seguia sem controle para o mar. O cheiro insupor-tável afastava moradores e turistas. Para piorar, antes da tal obra, havia uma es-cada onde se podia fugir da água suja. Agora não tem mais jeito: ou se mete o pé na merda ou dá meia volta.Quem costumava caminhar em Mangui-nhos agora está à procura de outra praia para fazer seus exercícios.Dentro de pouco tempo, a cidade do Rio de Janeiro vai sediar uma Olimpíada. Búzios almeja sediar os esportes a vela. Fica na Praia de Manguinhos a melhor raia do Brasil. É lá que treinam os me-lhores velejadores de Búzios, do Brasil e alguns do mundo. Se o esgoto acabar com a praia, tchau olimpíadas.

Praia de La MerdePor Sandro Peixoto

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