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Os meus Trabalhos Académicos ________________________________________________ O Planeamento do Treino Multifactorial ________________________________________________ Luís Manuel Soares Dias Bravo Viseu, 2010

O planeamento do treino

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O planeamento do treino

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Os meus

Trabalhos Académicos

________________________________________________

O Planeamento do Treino Multifactorial

________________________________________________

Luís Manuel Soares Dias Bravo

Viseu, 2010

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Luís Bravo

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O Treino Multifactorial no Desporto

Luís Manuel Soares Dias Bravo

Viseu, 2010

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Índice

O Planeamento do Futsal no Escalão de Infantis do Desporto Escolar

Introdução ..................................................................................................................................... 5

1. O Futsal no Mundo ............................................................................................................... 6

2. O Futsal em Portugal ............................................................................................................ 7

3. O Futsal no Desporto Escolar ............................................................................................... 8

4. O Planeamento do Jogo de Futsal ...................................................................................... 10

5. O Planeamento do Futsal no Desporto Escolar por Ciclos de Periodização ....................... 13

6. O plano anual de treinos – Macrociclo ............................................................................... 14

7. O plano trimestral de treinos – Mesociclo ......................................................................... 17

8. O plano semanal de treinos – Microciclo ........................................................................... 21

9. A Sessão de Treino .............................................................................................................. 30

10. O Exercício de Treino ..................................................................................................... 32

11. Conclusão ....................................................................................................................... 34

12. Bibliografia ..................................................................................................................... 35

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O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

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O Planeamento do Futsal no Escalão de Infantis do

Desporto Escolar

Introdução

A reflexão que desenvolvemos prende-se com o treino multifactorial que

defendemos e pretendemos promover nas crianças e jovens em idade escolar e no

contexto do Desporto Escolar.

Numa primeira fase

A abordagem da temática do treino multifactorial, não é uma tarefa fácil, já que

existem diferentes combinações das componentes do treino: físico, técnico, táctico,

social, teórico e psicológico.

O nosso problema inicial neste escalão de formação é ensinar o jogo de Futsal.

Vamos ter o primeiro jogo particular no dia 16 de Novembro e alguns dos nossos alunos

ainda não têm as vivências das emoções do jogo - competição.

Justifica-se este trabalho pela necessidade de melhorarmos o treino dos nossos

alunos e do Grupo/Equipa de Futsal no Escalão de Infantis Masculinos que participa nas

competições do Desporto Escolar.

Vamos planear os nossos treinos de acordo com cinco etapas de formação que

consideramos pertinentes para jogarmos. Se pretendemos ter no futuro jogadores

inteligentes, é fundamental proporcionar-lhes um maior conhecimento táctico do jogo,

porque consideramos que se torna importante para a sua evolução futura, não só saber

como executar uma determinada técnica, mas fundamentalmente saber quando, onde e

porquê executá-la. Daí que na aprendizagem do jogo, o ensino da técnica e da táctica

deverão ser indissociáveis.

Relativamente à componente do planeamento do treino e do exercício

desenvolvemos O Planeamento do Futsal no escalão de infantis do Desporto Escolar,

que está organizado, como uma previsão do treino, sustentada numa base de

conhecimentos científicos referenciados na teoria do treino e da prescrição do exercício.

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Luís Bravo

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1. O Futsal no Mundo

Alguns estudiosos afirmam que o futsal (ou o futebol de salão), teve a sua

origem no Brasil, porém há outros que dizem que o futsal nasceu no Uruguai.

Tenroller (2004) destaca os estudos de Teixeira Júnior e Figueiredo (1996) que

defendem que o futsal nasceu no Brasil, enquanto que Zilles (1997), Apolo (1995) e

Lucena (1994) acreditam que o futsal nasceu no Uruguai.

Alguns factos corroboram mais a tese de que o futsal nasceu no Uruguai. Nos

anos 1924 e 1928, a selecção Uruguaia de futebol sagrou-se bicampeã olímpica, e logo

em seguida, em 1930, aconteceu o primeiro campeonato mundial de futebol e o

Uruguai foi novamente campeão.

Estas três conquistas internacionais empolgaram o povo Uruguaio e o futebol era

praticado por todos os cantos do país. Essa paixão fez com que os espaços dos salões de

baile fossem os lugares escolhidos para a prática do futebol. Pouco tempo depois, com

algumas adaptações, deu origem ao indoor-foot-ball, que correspondia ao futebol de

salão.

Segundo Tenroller (2004) é atribuído ao Uruguaio Juan Carlos Ceriani, de

Montevideu, a elaboração das primeiras regras de futsal, em 1993. As regras principais

e muitos dos fundamentos técnicos, partiram do futebol de campo.

No Brasil, há referências de que, em Setembro de 1936, Roger Grain, publicou

de modo oficial, o primeiro livro de regras “Normas e regulamentos do Futebol de

salão”, divulgado na revista Educação Physica, que existia naquela época.

O Rio de Janeiro foi o estado que se sagrou campeão, no ano de 1959.

Em 1969, começaram os primeiros campeonatos de selecções e de clubes da

América Latina e foi fundada nesse ano a Confederação Sul-Americana.

A Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA) teve como primeiro

prasidente o brasileiro João Havelange e foi criada em 1971.

A FIFUSA era a entidade máxima e passou a organizar os campeonatos Pan-

Americanos e mundiais de Futebol de salão entre as selecções e os clubes.

A partir da década de 90, quando aconteceu a fusão do futebol de cinco

(organizados pela FIFA) e do futebol de salão (organizados pela FIFUSA), a

terminologia mais utilizada passou a ser o Futsal.

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O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

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De olho no crescimento mundial do futebol de salão, a FIFA, adoptou em 1989 a

nomenclatura de Futsal. O Futsal vinculado à poderosa organização que controla o rumo

do futebol no planeta, desenvolveu-se, ganhou torneios cada vez mais e melhor

organizados e de grande visibilidade mundial.

Depois de organizar cinco campeonatos mundiais de Futsal, a FIFA pretende

promover o Futsal em todos os continentes e trabalha com o Comité Olímpico

Internacional (COI) para que o Futsal seja reconhecido como Desporto Olímpico.

Actualmente, o Futsal é o desporto que possui o maior número de praticantes no

Brasil e no mundo (Voser, 2003), são mais de 70 países que o praticam em quatro

continentes, tendo como destaque a Rússia, Ucrânia, Paraguai, Bélgica, Argentina,

Espanha, Portugal, Itália e Austrália entre outros.

“More than 12 million players in more than 100 countries play futsal, the

official form of indoor soccer approved by the Fédération Internationale de Football

Association” ( Tessitore et al., 2008).

Sousa (2010) destaca o seguinte título no Jornal de Notícias a propósito do

Campeonato Europeu de Futsal de 2010 que está a decorrer na Hungria “Por incrível

que possa parecer, o Brasil é o país mais representado no Europeu de Futsal. Ao todo,

são 24 os canarinhos que se encontram a disputar a competição” . Estão inscritos no

Europeu de Futsal a decorrer na Hungria, 168 jogadores dos quais 24 (14%) são

jogadores brasileiros naturalizados por 6 países europeus. Dois desses jogadores

representam a selecção portuguesa. Já no Europeu de 2007 disputado no Porto foram 21

os atletas brasileiros naturalizados.

2. O Futsal em Portugal

Foi em 1986 que foi fundada a Associação de Futebol de Salão do Porto (AFSP)

que se veio a revelar como o grande motor de desenvolvimento da modalidade.

Nesse mesmo ano foi organizado o I Congresso das Associações de Futebol de

Salão em Portugal de onde saiu uma união de esforços para criar a Federação

Portuguesa de Futebol de Salão (FPFS) que organizou o 1º Campeonato Nacional de

Futebol de Salão, que viria a ser ganho pela equipa do Porto, o Grupo Desportivo “Os

Académicos”.

Page 8: O planeamento do treino

Luís Bravo

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Em 1990, decorre o II Campeonato Europeu de Futebol de Salão organizado por

Portugal.

É ainda em 1990 que há um entendimento internacional entre a Federação

Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), a Confederação Brasileira de Futebol de

Salão (CBFS) e a Federação Espanhola de Futebol de Salão (FEFS) para se

aproximarem do universo da Federação Internacional de Futebol (FIFA) e

universalizarem o Futsal (novo nome que é a fusão do Futebol de Salão (FIFUSA) e do

Futebol de Cinco (FIFA).

Em 1991 foi registada em Portugal a Federação Portuguesa de Futsal, mas na

época de 1993/94, ainda se jogava a sul o futebol de salão e a norte o Futsal.

A integração do Futsal na Federação Portuguesa de Futebol (FPF) só se veio a

concretizar em 1997. Essa integração constitui um marco fundamental no

desenvolvimento do Futsal, tendo-se assistido a partir daí a um assinalável crescimento

do número de atletas que passou de 6454 na época de 1996/97 para os 27426 (entre

masculinos e femininos) na época de 2006/2007 (F.P.F., 2010).

3. O Futsal no Desporto Escolar

O Programa do Desporto Escolar deve ser definido por um período de 4 anos em

cada escola e tem como visão “proporcionar a todos os alunos acesso à prática de

actividades físicas e desportivas como contributo essencial para a formação integral

dos jovens e para o desenvolvimento desportivo nacional”(in Programa do Desporto

Escolar, 2009-2013).

As actividades com os alunos podem ser organizadas em: actividades internas –

actividades desportivas organizadas dentro da própria escola, planeadas pelo

departamento de Educação Física, e integradas no plano anual de actividades; e

actividades externas – devem ser entendidas com carácter competitivo que visa o

apuramento selectivo (campeonatos ou encontros).

Os campeonatos escolares organizam-se por modalidades desportivas (colectivas

e/ou individuais) e por escalão/sexo como é o caso da modalidade de Futsal.

A participação nos campeonatos deverá, obrigatoriamente, estar de acordo com

o Regulamento Geral de Provas e o Regulamento Específico para cada modalidade.

Page 9: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

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________________________________________________________________ 9

O Futsal é a modalidade com mais grupos/equipas e com mais praticantes no

Desporto Escolar (Sousa e Magalhães, 2006).

Número de Alunos inscritos no DESPORTO ESCOLAR Por Escalão Etário/sexo e por modalidade, no âmbito nacional

Grupos Mistos

Infantis Iniciados Juvenis Juniores Total

Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Global

2001/2002 8087 1504 7029 4979 3483 3028 695 629 19294 10140 29477

2002/2003 4990 3375 1125 4275 2475 2565 1995 570 570 10785 6165 21940

2003/2004 221 7362 1401 7520 4122 4059 2404 820 852 19761 8779 28751

2004/2005 50 7917 1598 8680 4864 4016 2325 1142 807 21755 9644 21940

Grupos / Equipas em Clubes de DESPORTO ESCOLAR Por Escalão Etário/sexo e por modalidade, no âmbito nacional

Grupos Mistos

Infantis Iniciados Juvenis Juniores Total

Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc.

2001/2002 263 57 257 187 138 118 28 31 686 393 1028

2002/2003 119 225 75 285 165 171 133 38 38 719 411 1330

2003/2004 12 313 71 353 209 189 124 41 44 896 448 1356

2004/2005 4 320 78 400 237 191 113 55 44 966 472 1442

Nas modalidades colectivas (Futsal) cada grupo/equipa deverá ser constituído

com um mínimo de 15 alunos. As fases competitivas são: a) fase local – encontros com

escolas da mesma região; b) fase regional – encontros entre os primeiros classificados

em cada região (a região centro é constituída pelas escolas de Aveiro, Coimbra, Leiria,

Castelo Branco, Guarda e Viseu), nos escalões de iniciados e juvenis); c) fase nacional –

encontros entre os primeiros classificados de cada região (Norte, Centro, Lisboa,

Alentejo, Algarve, Madeira e Açores), no escalão de juvenis; d) fase Internacional –

encontros com outros países, no âmbito das duas Federações (ISF e FISEC).

A International School Sport Federation (ISF), desde a sua criação, tem sido

reconhecida por muitas autoridades escolares nacionais e internacionais, tem o seu lugar

reconhecido entre federações desportivas internacionais. É um dos membros da GAIFS

e é reconhecido pelo Comité Olímpico Internacional.

Organiza competições internacionais em diferentes disciplinas desportivas em

competições bienais. Em 1960 organizaram-se as primeiras competições entre as

escolas. Em 2007 organizou-se a primeira competição de Futsal em Fortaleza – Brasil.

A próxima competição de Futsal será em 2012, mas ainda não foi atribuída a

organização a nenhum país.

Portugal organiza no presente ano, o campeonato de Handball – 2010 que irá

decorrer em Braga e Guimarães entre 19 e 27 de Março.

A Federation Internationele Sportive de L`Enseignement Catholique (FISEC),

organiza pelo menos um grande evento desportivo por ano, designado FISEC

SUMMER GAMES, que tem lugar na segunda metade do mês de Julho. Em média

participam cerca de 1100 alunos na faixa etária dos 13 aos 17 anos.

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Luís Bravo

10

Os jogos incluem as seguintes modalidades: atletismo, natação, futebol, futsal,

andebol, basquetebol, voleibol, ténis, ténis de mesa.

Em Julho de 1995 o Comité Olímpico Internacional reconheceu a organização

da FISEC.

Em 2008 a FISEC tem 12 países membros e 5 países associados.

Em 2009 realizaram-se os 61º jogos da FISEC, no Algarve. Em 2010 vão

realizar-se de 5 a 11 de Julho os 62º jogos da FISEC, em Tours – França.

4. O Planeamento do Jogo de Futsal

A competição e o treino possuem uma relação de interdependência e de

reciprocidade (Garganta, 2001). Atendendo ao princípio da especificidade implica que

sejam treinados os conteúdos que estão directamente relacionados com o jogo, com o

objectivo de se conseguir uma maior transferência para o jogo das adaptações abordadas

no treino.

Em geral, os desportos colectivos caracterizam-se como actividades de esforços

intermitentes, de curta duração, alternando períodos de alta e baixa intensidade. O futsal

é um desporto colectivo que se enquadra dentro da classificação acima citada (Matos et

al., 2008).

A condição física dos atletas de futsal é um dos factores que interfere nos

resultados. Apesar de não ser um elemento determinante, a resistência aeróbia

influência o desempenho da equipa. Alguns estudos apontam que quanto maior é a

capacidade cardiorrespiratória das equipas, melhor é o desempenho competitivo

(Pacheco et al., 2009).

No Futebol e em particular no Futsal é fundamental que a componente aeróbia

seja bem desenvolvida no treino, estudos recentes acreditam que formas reduzidas do

jogo podem ser tidas em conta na programação do treino, estudos de Alvarez et al.

(2009) apontam nesse sentido “Recently the use of small-sided games (mainly 5 vs. 5)

proved to be a valid training method to improve aerobic fitness in soccer. Thus, it could

be hypothesized that professional futsal (soccer 5-a-side indoor version) players may

possess a well-developed aerobic fitness as a consequence of training and game

participation.”

O jogo (competição) é uma fonte fundamental de informações para o treinador,

que deverão servir para planear e melhorar os processos de treino (Garganta, 1999). As

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O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

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informações a recolher podem ser relativas às exigências e particularidades da

modalidade, ao desempenho da própria equipa e às características do adversário

(Garganta, 1998).

O planeamento do treino é um processo de previsão sistemático, fundamenta-se

na experiência da prática e dos conhecimentos das ciências desportivas.

As principais características do planeamento desportivo são a adaptação

contínua, a estruturação em fases cronológicas e a periodicidade da carga de treino

(Weineck, 2002).

O planeamento do treino deve formular objectivos concretos e meios precisos

para os atingir. Ao planearmos uma época desportiva devemos definir:

a) Os limites cronológicos do programa de treino, dos objectivos formadores e

educativos;

b) Para cada uma das etapas do programa (períodos de preparação, competição e

transição), definir os objectivos parciais;

c) Fixar o calendário das competições e testes de controlo.

Numerosos autores, (Queiroz, 1983), (Castelo, 1994), (Garganta 2001), (Lozano

Cid et al., 2002), entre outros, referem que o jogo de futebol (tal como o de Futsal)

evidencia dois processos perfeitamente distintos, os processos ofensivos (posse de bola)

e processos defensivos (procura da posse da bola).

Cada elemento do jogo (atacante ou defesa), tenta romper o equilíbrio existente

(teoricamente), e criar vantagens que lhes assegurem o sucesso (Castelo, 1994:102).

Como princípios do ataque temos: a penetração, a cobertura ofensiva, a

mobilidade e o espaço. Como princípios defensivos temos: a contenção, a cobertura

defensiva, o equilíbrio e a concentração (Queirós, 1983).

O jogo posicional, na perspectiva do ataque ou da defesa, é aquele que mais se

verifica durante uma partida.

No Futsal e relativamente ao ataque posicional podemos considerar a existência

de três sistemas de jogo padrão: 2:2; o 3:1 e o 4:0. Ainda se podem considerar outras

variantes a partir das variações anteriores: 2:1:1; 1:2:1; 1:3 (Mutti, 1994; Valdericeda,

1994; Filho, 2000; Lozano Cid et al., 2002) citados por Amaral (2004).

O sistema 2:2 caracteriza-se pela utilização de dois jogadores mais recuados

(defesas), e dois mais avançados (avançados), sendo principalmente utilizados por

equipas dos escalões de formação, ou que dispõem pouco tempo de treino. Nas equipas

de elite, este sistema de jogo é fundamentalmente utilizado (Lozano Cid et al., 2002) em

Page 12: O planeamento do treino

Luís Bravo

12

situações de desvantagem no marcador e em que o tempo para recuperar começa a

escassear; ou ainda, contra defesas muito recuadas e fechadas; e situações de pressão.

O sistema 3:1 caracteriza-se pela colocação na zona defensiva central de um

jogador fixo, um ala em cada corredor lateral (ala direito e ala esquerdo) e um jogador

na zona central ofensiva (avançado ou pivô). O grande objectivo deste sistema é

procurar que uma equipa consiga atacar e defender sempre com três jogadores. Devendo

a evolução ser no sentido de todos os jogadores participarem no ataque e na defesa,

movimentando-se por toda a área de jogo.

O sistema 4:0 ou também designado quatro em linha caracteriza-se pela

colocação dos jogadores quase em linha, ainda que os extremos (direito e esquerdo) se

coloquem ligeiramente mais adiantados que os jogadores centrais. É um sistema

principalmente utilizado por equipas de alto nível.

No Futsal, relativamente ao posicionamento defensivo dos jogadores, podemos

considerar dois grandes sistemas: o 1:2:1 ou defesa em losango, e o 2:2 ou defesa em

quadrado. Em relação ao tipo de marcação é classificada em: individual, zona, mista ou

alternada (Lozano Cid et al., 2002).

A defesa individual caracteriza-se pelo facto de cada defensor ser responsável

pela marcação a um atacante.

A defesa à zona caracteriza-se pelo facto de cada defensor ser responsável por

uma zona, devendo marcar o atacante com ou sem bola que se encontra ou passa na sua

zona de responsabilidade (Lozano Cid et al., 2002).

A defesa mista consiste no facto de uma equipa utilizar simultaneamente

marcações individuais e zonais. Por vezes recorre-se a este sistema quando assumimos a

estratégia de marcar individualmente um jogador da equipa adversária de qualidade

superior.

A defesa alternada consiste em uma equipa ir alternando ao longo do jogo o seu

tipo de defesa (individual/zona).

Relativamente à escolha do sistema de jogo, tem de estar de acordo com as

características dos jogadores que constituem a equipa assim como os objectivos da

equipa em competição, o que não implica que cada equipa deva dominar mais do que

um sistema de jogo, porque a mudança do sistema táctico durante o jogo pode provocar

desequilíbrios na defesa adversária (Lozano Cid et al., 2002).

No Futsal, os esquemas tácticos para as fases fixas do jogo assumem uma grande

importância. As fases fixas do jogo (jogadas de bola parada) são: marcação de pontapés

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O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

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livre directos e indirectos, pontapés de canto, pontapés de linha lateral, pontapés de

saída e lançamentos de baliza.

O contra-ataque é um método de jogo ofensivo muito utilizado e explorado no

futsal, pois provoca uma transição defesa-ataque não estruturada podendo ser de

superioridade ou igualdade numérica.

5. O Planeamento do Futsal no Desporto Escolar por Ciclos de

Periodização

O planeamento é definido como um processo que analisa, define e sistematiza as

diferentes operações inerentes à construção e desenvolvimento dos praticantes ou das

equipas. Organiza-se em função das finalidades, objectivos e previsões (a curto, média,

ou longa distância), escolhendo-se as decisões que visem o máximo de eficácia e

funcionalidade das mesmas (Castelo, 1996).

O planeamento é um processo escrito onde se estabelecem, em função da análise

da situação, as finalidades e objectivos do processo de treino, assim como os resultados

em função de ciclos diversos, a curto, médio e longo prazo.

A preparação dos praticantes e das equipas para a competição passa

indubitavelmente por um planeamento claro, consciente e coerente de finalidades e

objectivos.

Relativamente às finalidades, teremos de nos enquadrar no contexto escolar,

numa competição escolar orientada por um programa (específico) do Desporto Escolar

que deve ser definido por um período de 4 anos em cada escola e tem como visão

“proporcionar a todos os alunos acesso à prática de actividades físicas e desportivas

como contributo essencial para a formação integral dos jovens e para o

desenvolvimento desportivo nacional”(in Programa do Desporto Escolar, 2009-2013).

Os alunos que fazem parte do nosso grupo-equipa de infantis masculinos,

frequentam o sexto e o sétimo anos de escolaridade e nasceram em 1996/1997. A

grande maioria dos alunos joga futebol de sete nos Infantis do Clube Desportivo de

Sátão, onde treinam às terças e quintas-feiras e jogam ao sábado.

No nosso plano plurianual temos como grande objectivo trabalhar com estes

alunos até ao nono ano de escolaridade e no escalão de iniciados pretendemos atingir a

fase regional do Desporto Escolar.

Page 14: O planeamento do treino

Luís Bravo

14

Há uma condicionante importante para conseguirmos atingir este objectivo

plurianual que é a criação, no próximo ano, de um centro de formação desportiva.

Prevemos, com base na experiência de anos anteriores, e através dos critérios oficiais

definidos para a permanência de alunos na escola, que alguns alunos vão frequentar o

sétimo ano na Escola Secundária de Sátão.

De acordo com o Programa do Desporto Escolar (2009-2013) é possível “os

alunos que frequentam um estabelecimento de ensino no qual não exista grupo-equipa,

no seu escalão/género, para a prática de uma modalidade desportiva específica,

poderão inscrever-se no CDE de um outro estabelecimento em que a modalidade seja

praticada e participar no respectivo grupo-equipa”.

Actualmente a equipa é constituída por quinze jogadores e tem como grande

objectivo ficar em primeiro lugar nas competições do Desporto Escolar na fase local.

6. O plano anual de treinos – Macrociclo

O planeamento da macroestrutura do processo de treino desportivo é baseado no

conceito de periodização anual de treino, dividido em variações temporais, com

características e objectivos próprios.

No planeamento anual verificamos que a equipa realizará 10 jogos, teremos 70

sessões de treino, com três paragens, Natal, Carnaval e Páscoa. Nestes períodos de

paragens será sempre proposto aos atletas que joguem com colegas nas férias, mantendo

alguma actividade física regular.

As sessões de treino decorrem em dois dias da semana (segundas e quartas-

feiras), porque sabemos que os mesmos jogadores jogam no Clube Desportivo de Sátão,

onde treinam às terças e quintas-feiras e jogam ao Sábado. O Domingo será sempre

respeitado para recuperação de esforços.

É importante no início de cada ano lectivo manter informado o Órgão de Gestão

da Escola dos nossos objectivos, conjugar esforços de acertar os treinos com o clube

desportivo e envolver os pais dos alunos, dando-lhes a conhecer a realidade do desporto

escolar, e pedir autorização para os alunos frequentarem os treinos.

Este planeamento do envolvimento externo é por nós considerado como factor

de treino sócio - cultural, muito importante e começa no início do mês de Setembro.

A articulação entre os horários dos professores e espaços livres nos horários dos

alunos para treinarem, pode constituir um factor-chave para o sucesso da equipa.

Page 15: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

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A periodização que apresentamos é uma periodização simples, caracterizada

pela existência de um período competitivo. Com base neste contexto, o processo de

treino é dividido em: período preparatório, bastante longo, que vai até final do mês de

Novembro; e o período competitivo, que começa em Dezembro e é no segundo período

lectivo que temos mais jogos (5 jogos), mas é no terceiro período de Abril a Maio que

decorrem as competições mais importantes que são as finais da fase local, onde só estão

representadas as melhores equipas. Se a equipa não passar à fase seguinte, o período

competitivo termina no final do 2º período (férias da Páscoa).

Page 16: O planeamento do treino

Luís Bravo

16

Programação Anual do Treino no Futsal do Desporto Escolar

Períodos Preparatório

Setembro Outubro Novembro

Número de semanas 1 2 3 1 2 3 4 1 2 3 4 5

Dias do mês 14 16 21 23 28 30 5 7 12 14 19 21 26 28 2 4 9 11 16 18 23 25 30

Dia da Semana S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S

Número de Sessões 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Jogos de Preparação 1º

Jogos do Campeonato

Paragens

Programação Anual do Treino no Futsal do Desporto Escolar

Competitivo Transitório

Dezembro

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho

1 2 3

Nata

l

1 2 3 4 1 2

Carn

aval

3 1 2 3 4

Pásco

a

1 2 3 4 1 2 3 4 5 1 2 3

2 7 9 14

16

4 6 11

13

18

20

25

27 1 3 8

10

22

24 1 3 8

10

15

17

22

24 7

12

14

19

21

26

28 3 5

10

12

17

19

24 26

31 2 7 9

14

Q S Q S Q

S Q S Q S Q S Q S Q S Q

S Q S Q S Q S Q S Q Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S Q S

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

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50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64 65

66

67

68

69

70

2º 3º 4º

5º 6º 7º 8º 9º 10º

X

X

X

Page 17: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 17

7. O plano trimestral de treinos – Mesociclo

No nosso planeamento considerámos a estrutura do macrociclo subdividida em

três mesociclos, coincidentes com os três períodos lectivos em que a actividade escolar

está organizada.

O 1º período decorre até 16 de Dezembro, é quase coincidente com o período

preparatório. O 2º período vai até 24 de Março, é um período competitivo muito

importante porque decide se passamos à fase seguinte das competições. O 3º período vai

até final do ano lectivo (14 de Junho), envolve uma fase do período competitivo,

designado as fases finais locais e o período transitório, preparação da próxima época.

As competições do desporto escolar, de futsal infantis masculinos, estão

organizadas da seguinte forma: participam dezasseis equipas, organizadas em 4 séries

de acordo com a proximidade geográfica. Até final do 2º período as equipas de cada

grupo (4 equipas) realizam jogos entre si (6 jogos), em jornadas simples. No 3º período

decorre a fase final local com as melhores 4 equipas de cada série.

No nosso planeamento caracterizámos o primeiro mesociclo de forma exaustiva

pelas seguintes razões:

o É quase coincidente com o período preparatório;

o Forma-se o grupo-equipa;

o Estabelecem-se todas as rotinas do treino;

o A concepção do treino não depende da prestação nos jogos de

competição;

o O jogo é construído a partir do treino e da “filosofia de jogo” do

treinador;

o A formação desportiva e a prática de um jogo de boa qualidade é

colocada à frente dos resultados desportivos;

o Jogar sempre para ganhar é mais importante do que ganhar sempre

Page 18: O planeamento do treino

Luís Bravo

18

Programação do Treino no Período Preparatório

1.Período de preparação prévia 2. Período de base 3. Período de pré-competição

Número de semanas 1 2 3 1 2 3 4 1 2 3 4 Nov.

Número de sessões 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22

To

tal %

Treino Físico (%) 15 15 20 20 25 25 25 25 30 30 30 25 30 30 30 30 30 25

Jogo

20 25 25 26

Treino Técnico (%) 40 40 50 50 30 30 30 30 25 25 20 20 15 10 15 15 15 20 20 15 15 16

Treino Táctico (%) 15 15 10 20 30 30 30 30 35 35 40 45 45 50 45 45 45 45 40 45 45 44

Treino Psicológico (%) 5 5 0 0 5 5 2 2 2 2 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5

Treino Sócio (%) 20 20 15 5 5 5 8 8 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 10 5 5 3

Treino Teórico (%) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5

Treino Multifactorial

0

10

20

30

40

50

60

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

nº de sessões de treino

% d

e fa

cto

res

no

tre

ino Factor Físico

Factor Técnico

Factor Táctico

Factor Psicológico

Factor Sócio

Factor Teórico

Page 19: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 19

No planeamento do processo de treino enquadramos uma perspectiva

multifactorial, em que todos os factores de treino são doseados e abordados. A gestão

dos factores no planeamento do treino e também no desporto escolar pode perspectivar

a “filosofia de jogo” do treinador.

A “filosofia de jogo” é alicerçada nas conclusões de um estudo de Gomes et al

(2008) “de que ser eficaz como treinador resulta de uma conjugação entre aquilo que o

técnico é como pessoa (e.g., objectivos pessoais e profissionais, disponibilidade para

ajudar os outros, etc.), o tipo de atletas que orienta (e.g., sexo, idade, preferências

pessoais, etc.) e o contexto onde exerce as suas funções (e.g., modalidade colectiva ou

individual, escalão competitivo, etc.)”.

O nosso contexto é o do desporto escolar e os nossos atletas jogam futsal no

escalão de formação de infantis masculinos e no planeamento do nosso mesociclo –

correspondente ao período preparatório, verificamos o seguinte:

o O factor técnico evoluiu inversamente ao factor táctico ao longo das

sessões.

o O factor físico tem uma preocupação semelhante aos factores técnicos e

tácticos (20% - 30%), começa em níveis mais baixos e prevemos um manter de

forma estável nesta fase;

o O factor sócio é mais valorizado no início do ano lectivo porque vamos

inscrever jogadores, marcar os treinos, e a equipa ainda não tem todos os

jogadores pelo que é fundamental familiarizá-los com o contexto;

o O factor teórico, principalmente as regras do jogo, são uma preocupação

em todas as sessões;

o O factor psicológico, elogio do esforço, é abordado quando o nível físico

é mais intenso.

O processo de ensino/aprendizagem do jogo de Futsal decorre,

fundamentalmente, neste período preparatório.

Se pretendemos ter no futuro jogadores inteligentes, é fundamental

proporcionar-lhes um maior conhecimento táctico do jogo, porque consideramos que se

torna importante para a sua evolução futura, não só saber como executar uma

determinada técnica, mas fundamentalmente saber quando, onde e porquê executá-la.

Daí que na aprendizagem do jogo, o ensino da técnica e da táctica deverão ser

indissociáveis.

Page 20: O planeamento do treino

Luís Bravo

20

O nosso problema inicial neste escalão de formação é ensinar o jogo de Futsal.

Vamos ter o primeiro jogo particular no dia 16 de Novembro e alguns dos nossos alunos

ainda não têm as vivências das emoções do jogo - competição.

Vamos planear os nossos treinos de acordo com cinco etapas de formação que

consideramos pertinentes para jogarmos. Partimos do pressuposto de que criar rotinas

no treino facilita a compreensão do jogo (só temos 18 sessões de treino) e pretendemos

uma combinação de etapas coerente para proporcionar um maior conhecimento táctico.

PROGRAMAÇÃO DOS TREINOS - Componente Técnica e Táctica

ETAPA 1.

(individualmente) Treino da Técnica

Individual

Objectivos Físicos e Técnicos: Relação do Jogador com a bola (individualmente);

T1 Domínio da bola e equilíbrio do corpo;

T2 Encadeamento de acções: recepção - controlo – condução – finta -

remate;

T3 Desenvolvimento do passe e da recepção; desmarcação para penetração

ou remate ou linha de passe de apoio;

T4 Iniciação às noções de ataque e defesa;

ETAPA 2.

(o jogo 1X1) Treino da Técnica

Colectiva

Objectivos Físicos e Técnico: Aperfeiçoar a tomada de decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o adversário (o jogo 1X1);

T1.1 Descentração da atenção sobre a bola;

T1.2 Princípio de ataque – penetração, e princípio da defesa – concentração;

T1.3 Recuperação e manutenção da posse da bola;

T1.4 Marcação individual nominal e não nominal;

ETAPA 3.

(o jogo a 2) Treino da Técnica e

Táctica Colectiva

Objectivos Técnico-Tácticos: Aperfeiçoar a tomada de decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o companheiro e com o adversário (o jogo a 2);

T2.1 Jogar com os companheiros progredindo no terreno;

T2.2 Criar o hábito de se deslocar e de estar constantemente em movimento

para passar e receber a bola;

T2.3 Princípios do ataque – penetração e cobertura ofensiva, e princípios da

defesa – contenção e cobertura defensiva;

T2.4 Desmarcação e defesa individual zonal;

ETAPA 4.

(o jogo a 3) Treino da Técnica e

Táctica Colectiva

Objectivos Técnico - Tácticos: Aperfeiçoar a tomada de decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os companheiros e com os adversários (o jogo a 3);

T3.1 Encadeamento de acções técnicas, jogando com os companheiros e

progredindo no terreno;

T3.2 Ocupação racional do espaço de jogo;

T3.3 Princípios do ataque – mobilidade e espaço, e princípio da defesa –

equilíbrio e contenção;

T3.4 Marcação nominal e desmarcação;

ETAPA 5.

(o jogo 5X5) Táctica Colectiva Jogo

Objectivos Tácticos: Aperfeiçoar a tomada de decisão do jogador: com a bola, com a

baliza, com os adversários e com a equipa (o jogo 5X5);

J1 Circulação da bola: concentração e cobertura defensiva;

J2 Manutenção / recuperação da posse da bola;

J3 Aperfeiçoamento do jogo: sistema 2:2 (ataque organizado e defesa

individual);

J4 Aperfeiçoamento do jogo: sistema 3:1 (o contra-ataque e defesa à zona).

Page 21: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 21

8. O plano semanal de treinos – Microciclo

O planeamento do microciclo de treinos processa-se em duas sessões de treino,

às segundas e quartas-feiras, tendo em conta que os nossos jogadores também treinam

no clube às terças e quintas-feiras, jogam ao Sábado e não treinam no dia antes do jogo,

sexta-feira, e no dia depois do jogo, domingo.

O planeamento da nossa sessão de treino à segunda-feira, terá sempre do ponto

de vista fisiológico, uma intensidade baixa ou moderada, enquanto que na quarta-feira

os níveis de intensidade são superiores.

Do ponto de vista dos factores técnico-tácticos e no que respeita ao ensino do

jogo, estruturámos a distribuição das etapas de jogo da seguinte forma:

a) À segunda-feira combinamos a Etapa 1(individualmente), com a Etapa 3 (o

jogo a 2), e verificamos a sua aplicação na fase de jogo Etapa 5 (o jogo 5X5).

b) À quarta-feira combinamos a Etapa 2 (o jogo 1x1), com a Etapa 4 (o jogo a

3), e verificamos a sua aplicação na fase de jogo Etapa 5 (o jogo 5X5).

As Etapas 1 e 2 estão sempre associadas ao aquecimento e a uma componente

física e técnica do treino.

As Etapas 2 e 4 estão associadas a uma componente técnica utilitária para servir

a inteligência e a capacidade de decisão táctica dos jogadores e das equipas.

A Etapa 5 será sempre uma constante nas duas sessões de treino. O jogo estará

sempre presente em todas as sessões por ser ao mesmo tempo um factor de motivação e

o melhor indicador da evolução e das limitações dos atletas.

Apresentamos uma planificação exaustiva da estrutura das sessões de treino,

para melhor alicerçarmos uma coerente formação táctica do ensino do jogo de Futsal no

escalão de infantis em 9 microciclos com 18 sessões de treino.

Page 22: O planeamento do treino

Luís Bravo

22

Programação do Treino no Período Preparatório

1.Período de preparação prévia 2. Período de base 3. Período de pré-competição

Número de semanas 1 2 3

Sete

mb

ro 1 2 3 4

Outu

bro

1 2 3 4

Novem

bro

1 2

Dezem

bro

Número de sessões

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 # 20 21 22

23 24 25 26

Treino da Técnica

Individual T1 T2 T3 T4 T4 T3 T2

T3 T2

Jogo P

artic

ula

r

T2

T3

1º J

ogo

Treino Técnico-Táctico o

Jogo 1X1

T1.1 T1.2 T1.3 T1.4 T1.4 T1.3 T1.3

T1.3 T1.2 T1.2 T1.4

T1.4 T1.1

Treino Técnico-Táctico o

Jogo a 2

T2.1 T2.2 T2.3 T2.4 T2.4 T2.3 T2.2

T2.3 T2.2 T2.2

T2.3

Treino Técnico-Táctico o

Jogo a 3

T3.1 T3.2 T3.3 T3.4 T3.4 T3.3 T3.3

T3.3 T3.2 T3.2 T3.3

T3.4 T3.1

Treino em situação de Jogo

5X5

J1 J1 J2 J2 J3 J3 J3 J3 J4 J3 J4 J4 J3 J3

J3 J4 J3 J3 J4 J3 J3

J3 J3 J

Page 23: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 23

Setembro

Aquecimento: Tempo: 15´

Parte fundamental: 50´ Relaxamento: 5´

Microci

clo

1-

3 Segunda -Feira Quarta-Feira Segunda-Feira Quarta-Feira Segunda e Quarta -Feira

Sessão

Objectivos Físicos e

Técnicos:

(individualmente)

Aperfeiçoamento Físico

Relação do Jogador com a

bola;

Tempo: 15´

Objectivos Físicos e

Técnicos: (o jogo 1X1)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico-

Tácticos: (o jogo a 2) Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o

companheiro e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico -

Tácticos: (o jogo a 3)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os

companheiros e com os

adversários;

Tempo: 15´

Concretização dos Objectivos

Abordados (o jogo 5X5) Aperfeiçoar a

tomada de decisão do jogador:

com a bola, com a baliza, com os

adversários e com a equipa e com

a arbitragem;

Tempo: 40´

Objectivos Psicológicos,

Sócio e Teóricos:

Conhecer as regras e

aperfeiçoar a relação do

jogador: com a equipa, com

a equipa adversária e com a

arbitragem;

Tempo: 5´

TF - 15

1

Domínio da bola e

equilíbrio do corpo;

Tensão Muscular: baixa

Duração: longa

Velocidade de

contracção: baixa

Jogar com os companheiros

progredindo no terreno;

Circulação da bola: concentração

e cobertura defensiva;

Bom clima com os alunos;

Estabelecer regras;

Alongamentos

Bom clima com os alunos

Organização dos treinos

Estabelecer regras

TT – 40

TT – 15

TP – 5

TS – 20

TT - 5

TF – 15

2

Descentração da atenção

sobre a bola;

Encadeamento de acções

técnicas, jogando com os

companheiros e progredindo

no terreno;

Circulação da bola: concentração

e cobertura defensiva;

Bom clima com os alunos;

Estabelecer regras;

Alongamentos

Bom clima com os alunos

Organização dos treinos

Estabelecer regras

TT – 40

TT – 15 Tensão Muscular: baixa

TP – 5 Duração: longa

TS – 20 Velocidade de

contracção: moderada TT – 5

TF – 20

3

Encadeamento de acções:

recepção - controlo –

condução – finta - remate;

Criar o hábito de se deslocar

e de estar constantemente em

movimento para passar e

receber a bola;

Manutenção / recuperação da

posse da bola;

Bom clima com os alunos;

Estabelecer regras;

Alongamentos

Bom clima com os alunos

Organização dos treinos

Estabelecer regras

TT – 45

TT – 10 Tensão Muscular: baixa

TP – 5 Duração: longa

TS – 15 Velocidade de

contracção: baixa TT5 – 5

TF – 20

4

Princípio de ataque –

penetração, e princípio da

defesa – concentração;

Ocupação racional do espaço

de jogo;

Manutenção / recuperação da

posse da bola;

Bom clima com os alunos;

Estabelecer regras;

Alongamentos

Bom clima com os alunos

Organização dos treinos

Estabelecer regras

TT – 45

TT – 20 Tensão Muscular:

moderada

TP – 5 Duração: longa

TS – 5 Velocidade de

contracção: média-baixa TT – 5

Page 24: O planeamento do treino

Luís Bravo

24

Setembro 1

-

3

Aquecimento: Tempo: 15´

Parte fundamental: 50´ Relaxamento: 5´

Segunda -Feira Quarta-Feira Segunda-Feira Quarta-Feira Segunda e Quarta -Feira

Sessão

Objectivos Físicos e

Técnicos:

(individualmente)

Aperfeiçoamento Físico

Relação do Jogador com a

bola;

Tempo: 15´

Objectivos Físicos e

Técnico: (o jogo 1X1)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico-

Tácticos: (o jogo a 2) Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o

companheiro e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico -

Tácticos: (o jogo a 3)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os

companheiros e com os

adversários;

Tempo: 15´

Concretização dos Objectivos

Abordados (o jogo 5X5) Aperfeiçoar a

tomada de decisão do jogador:

com a bola, com a baliza, com os

adversários e com a equipa e com

a arbitragem;

Tempo: 30´

Objectivos Psicológicos,

Sócio e Teóricos:

Conhecer as regras e

aperfeiçoar a relação do

jogador: com a equipa, com

a equipa adversária e com a

arbitragem;

Tempo: 5´

TF - 25

5

Desenvolvimento do passe

e da recepção;

desmarcação para

penetração ou remate ou

linha de passe de apoio;

Princípios do ataque –

penetração e cobertura

ofensiva, e princípios da

defesa – contenção e

cobertura defensiva;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Conhecer as regras do jogo;

TT – 30

TT – 30

TP – 5 Tensão Muscular: média

TS – 5 Duração: média

TT – 5 Velocidade de

contracção: baixa

TF – 25

6

Recuperação e

manutenção da posse da

bola;

Princípios do ataque –

mobilidade e espaço, e

princípio da defesa –

equilíbrio e contenção;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Conhecer as regras do jogo;

TT – 30

TT – 30 Tensão Muscular: média

TP – 5 Duração: curta

TS – 5 Velocidade de

contracção: elevada TT – 5

Page 25: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 25

Outubro Aquecimento: Tempo: 15´

Parte fundamental: 50´ Relaxamento: 5´

Microci

clo

4

-

7

Segunda -Feira Quarta-Feira Segunda-Feira Quarta-Feira Segunda e Quarta -Feira

Sessão

Objectivos Físicos e

Técnicos:

(individualmente)

Aperfeiçoamento Físico

Relação do Jogador com a

bola;

Tempo: 15´

Objectivos Físicos e

Técnico: (o jogo 1X1)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico-

Tácticos: (o jogo a 2) Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o

companheiro e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico -

Tácticos: (o jogo a 3)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os

companheiros e com os

adversários;

Tempo: 15´

Concretização dos Objectivos

Abordados (o jogo 5X5) Aperfeiçoar a

tomada de decisão do jogador:

com a bola, com a baliza, com os

adversários e com a equipa e com

a arbitragem;

Tempo: 30´

Objectivos Psicológicos,

Sócio e Teóricos:

Conhecer as regras e

aperfeiçoar a relação do

jogador: com a equipa, com

a equipa adversária e com a

arbitragem;

Tempo: 5´

TF – 20

7

Iniciação às noções de

ataque e defesa;

Desmarcação e defesa

individual zonal;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Conhecer as regras do jogo;

TT – 40

TT – 20

TP – 3 Duração: longa

TS – 12 Tensão Muscular: baixa

TT – 5 Velocidade de

contracção: baixa

TF – 25

8

Marcação individual

nominal e não nominal;

Marcação nominal e

desmarcação

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Reflectir sobre o sistema de

jogo

TT – 30

TT – 30 Tensão Muscular: média

TP – 2 Duração: curta

TS – 8 Velocidade de

contracção: elevada TT – 5

TF – 30

9

Iniciação às noções de

ataque e defesa;

Desmarcação e defesa

individual zonal;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

3:1 (o contra-ataque e defesa à

zona)

Alongamentos

Respeitar as regras e os

árbitros

TT – 25

TT – 35 Tensão Muscular: média

TP – 2 Duração: curta

TS – 3 Velocidade de

contracção: média TT – 5

TF – 30

10

Marcação individual

nominal e não nominal;

Marcação individual nominal

e não nominal;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

3:1 (o contra-ataque e defesa à

zona)

Alongamentos

Respeitar as regras e os

árbitros

TT – 25

TT – 35 Tensão Muscular: elevada

TP – 2 Duração: curta

TS – 3 Velocidade de

contracção: elevada TT – 5

TP – 5 Duração: longa

TS – 0 Velocidade de

contracção: média-baixa TT – 5

Page 26: O planeamento do treino

Luís Bravo

26

Outubro Aquecimento: Tempo: 15´ Parte fundamental: 50´ Relaxamento: 5´

Microci

clo

4

7 Segunda -Feira Quarta-Feira Segunda-Feira Quarta-Feira Segunda e Quarta -Feira

Sessão

Objectivos Físicos e

Técnicos:

(individualmente)

Aperfeiçoamento Físico

Relação do Jogador com a

bola;

Tempo: 15´

Objectivos Físicos e

Técnico: (o jogo 1X1)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico-

Tácticos: (o jogo a 2) Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o

companheiro e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico -

Tácticos: (o jogo a 3)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os

companheiros e com os

adversários;

Tempo: 15´

Concretização dos Objectivos

Abordados (o jogo 5X5) Aperfeiçoar a

tomada de decisão do jogador:

com a bola, com a baliza, com os

adversários e com a equipa e com

a arbitragem;

Tempo: 30´

Objectivos Psicológicos,

Sócio e Teóricos:

Conhecer as regras e

aperfeiçoar a relação do

jogador: com a equipa, com

a equipa adversária e com a

arbitragem;

Tempo: 5´

TF – 30

11

Desenvolvimento do passe

e da recepção;

desmarcação para

penetração ou remate ou

linha de passe de apoio;

Princípios do ataque –

penetração e cobertura

ofensiva, e princípios da

defesa – contenção e

cobertura defensiva;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

3:1 (o contra-ataque e defesa à

zona)

Alongamentos

Respeitar as regras e os

árbitros

TT – 20

TT – 40

TP – 5 Duração: curta

TS – 0 Tensão Muscular: média

TT – 5 Velocidade de

contracção: média

TF – 25

12

Recuperação e

manutenção da posse da

bola;

Princípios do ataque –

mobilidade e espaço, e

princípio da defesa –

equilíbrio e contenção;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

3:1 (o contra-ataque e defesa à

zona)

Alongamentos

Reflectir sobre o sistema de

jogo

TT – 20

TT – 45 Tensão Muscular: elevada

TP – 5 Duração: curta

TS – 0 Velocidade de

contracção: elevada TT – 5

TF – 30

13

Encadeamento de acções:

recepção - controlo –

condução – finta - remate;

Criar o hábito de se deslocar

e de estar constantemente em

movimento para passar e

receber a bola;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT – 15

TT – 45 Tensão Muscular: baixa

TP – 5 Duração: longa

TS – 0 Velocidade de

contracção: baixa TT – 5

TF – 30

14

Recuperação e

manutenção da posse da

bola;

Princípios do ataque –

mobilidade e espaço, e

princípio da defesa –

equilíbrio e contenção;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT – 10

TT – 50 Tensão Muscular: moderada

TP – 5 Duração: longa

TS – 0 Velocidade de

contracção: média-baixa TT – 5

Page 27: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 27

Novembro Aquecimento: Tempo: 15´

Parte fundamental: 50´ Relaxamento: 5´

Microci

clo

8

- 11

Segunda -Feira Quarta-Feira Segunda-Feira Quarta-Feira Segunda e Quarta -Feira

Sessão

Objectivos Físicos e

Técnicos:

(individualmente)

Aperfeiçoamento Físico

Relação do Jogador com a

bola;

Tempo: 15´

Objectivos Físicos e

Técnico: (o jogo 1X1)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico-

Tácticos: (o jogo a 2) Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o

companheiro e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico -

Tácticos: (o jogo a 3)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os

companheiros e com os

adversários;

Tempo: 15´

Concretização dos Objectivos

Abordados (o jogo 5X5) Aperfeiçoar a

tomada de decisão do jogador:

com a bola, com a baliza, com os

adversários e com a equipa e com

a arbitragem;

Tempo: 30´

Objectivos Psicológicos,

Sócio e Teóricos:

Conhecer as regras e

aperfeiçoar a relação do

jogador: com a equipa, com

a equipa adversária e com a

arbitragem;

Tempo: 5´

TF – 30

15

Desenvolvimento do passe

e da recepção;

desmarcação para

penetração ou remate ou

linha de passe de apoio;

Princípios do ataque –

penetração e cobertura

ofensiva, e princípios da

defesa – contenção e

cobertura defensiva;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

3:1 (o contra-ataque e defesa à

zona)

Alongamentos

Respeitar as regras e os

árbitros

TT – 15

TT – 45

TP – 5 Duração: curta

TS – 0 Tensão Muscular: média

TT – 5 Velocidade de

contracção: média

TF – 30

16

Marcação individual

nominal e não nominal;

Princípios do ataque –

mobilidade e espaço, e

princípio da defesa –

equilíbrio e contenção;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

3:1 (o contra-ataque e defesa à

zona)

Alongamentos

Reflectir sobre o sistema de

jogo

TT – 15

TT – 45 Tensão Muscular: elevada

TP – 5 Duração: curta

TS – 0 Velocidade de

contracção: elevada TT – 5

TF – 30

17

Encadeamento de acções:

recepção - controlo –

condução – finta - remate;

Criar o hábito de se deslocar

e de estar constantemente em

movimento para passar e

receber a bola;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT – 15

TT – 45 Tensão Muscular: baixa

TP – 5 Duração: longa

TS – 5 Velocidade de

contracção: baixa TT – 0

TF – 25

18

Princípio de ataque, e

princípio da defesa –

concentração;

Ocupação racional do espaço

de jogo;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT – 20

TT – 45 Tensão Muscular: elevada

TP – 5 Duração: curta

TS – 0 Velocidade de

contracção: média TT – 5

Page 28: O planeamento do treino

Luís Bravo

28

Novembro Aquecimento: Tempo: 15´

Parte fundamental: 50´ Relaxamento: 5´

Microci

clo

8

- 11

Segunda -Feira Quarta-Feira Segunda-Feira Quarta-Feira Segunda e Quarta -Feira

Sessão

Objectivos Físicos e

Técnicos:

(individualmente)

Aperfeiçoamento Físico

Relação do Jogador com a

bola;

Tempo: 15´

Objectivos Físicos e

Técnico: (o jogo 1X1)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico-

Tácticos: (o jogo a 2) Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o

companheiro e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico -

Tácticos: (o jogo a 3)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os

companheiros e com os

adversários;

Tempo: 15´

Concretização dos Objectivos

Abordados (o jogo 5X5) Aperfeiçoar a

tomada de decisão do jogador:

com a bola, com a baliza, com os

adversários e com a equipa e com

a arbitragem;

Tempo: 30´

Objectivos Psicológicos,

Sócio e Teóricos:

Conhecer as regras e

aperfeiçoar a relação do

jogador: com a equipa, com

a equipa adversária e com a

arbitragem;

Tempo: 5´

TF –

19

Jogo Particular

Concretização dos Objectivos

Abordados

(o jogo 5X5)

Alongamentos

Respeitar as regras e os

árbitros

TT –

TT –

TP –

TS –

TT –

TF – 20

20

Princípio de ataque –

penetração, e princípio da

defesa – concentração;

Ocupação racional do espaço

de jogo;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

3:1 (o contra-ataque e defesa à

zona)

Alongamentos

Reflectir sobre o sistema de

jogo

TT – 20

TT – 40 Tensão Muscular: baixa

TP – 5 Duração: longa

TS – 10 Velocidade de

contracção: baixa TT – 5

TF – 25

21

Encadeamento de acções:

recepção - controlo –

condução – finta - remate;

Criar o hábito de se deslocar

e de estar constantemente em

movimento para passar e

receber a bola;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT – 15

TT – 45 Tensão Muscular: baixa

TP – 5 Duração: longa

TS – 5 Velocidade de

contracção: baixa TT – 5

TF – 25

22

Recuperação e

manutenção da posse da

bola;

Princípios do ataque –

mobilidade e espaço, e

princípio da defesa –

equilíbrio e contenção;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT – 15

TT – 45 Tensão Muscular:

moderada

TP – 5 Duração: longa

TS – 5 Velocidade de

contracção: média-baixa TT – 5

Page 29: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 29

Dezembro Aquecimento: Tempo: 15´

Parte fundamental: 50´ Relaxamento: 5´

Microci

clo

12

-

13

Segunda -Feira Quarta-Feira Segunda-Feira Quarta-Feira Segunda e Quarta -Feira

Sessão

Objectivos Físicos e

Técnicos:

(individualmente)

Aperfeiçoamento Físico

Relação do Jogador com a

bola;

Tempo: 15´

Objectivos Físicos e

Técnico: (o jogo 1X1)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico-

Tácticos: (o jogo a 2) Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com o

companheiro e com o

adversário;

Tempo: 15´

Objectivos Técnico -

Tácticos: (o jogo a 3)

Aperfeiçoar a tomada de

decisão do jogador: com a

bola, com a baliza, com os

companheiros e com os

adversários;

Tempo: 15´

Concretização dos Objectivos

Abordados (o jogo 5X5) Aperfeiçoar a

tomada de decisão do jogador:

com a bola, com a baliza, com os

adversários e com a equipa e com

a arbitragem;

Tempo: 30´

Objectivos Psicológicos,

Sócio e Teóricos:

Conhecer as regras e

aperfeiçoar a relação do

jogador: com a equipa, com

a equipa adversária e com a

arbitragem;

Tempo: 5´

TF – 30

23

Desenvolvimento do passe

e da recepção;

desmarcação para

penetração ou remate ou

linha de passe de apoio;

Princípios do ataque –

penetração e cobertura

ofensiva, e princípios da

defesa – contenção e

cobertura defensiva;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Respeitar as regras e os

árbitros

TT – 20

TT – 40

TP – 5 Duração: curta

TS – 0 Tensão Muscular: média

TT – 5 Velocidade de

contracção: média

TF – 25

24

Marcação individual

nominal e não nominal;

Ocupação racional do espaço

de jogo;

Aperfeiçoamento do jogo: sistema

2:2 (ataque organizado e defesa

individual)

Alongamentos

Reflectir sobre o sistema de

jogo

TT – 20

TT – 45 Tensão Muscular: elevada

TP – 5 Duração: curta

TS – 0 Velocidade de

contracção: elevada TT – 5

TF –

25

1º Jogo

Concretização dos Objectivos

Abordados

(o jogo 5X5)

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT –

TT –

TP –

TS –

TT –

TF – 30

26

Descentração da atenção

sobre a bola;

Encadeamento de acções

técnicas, jogando com os

companheiros e progredindo

no terreno;

Jogo livre

Alongamentos

Elogiar o esforço

TT – 10

TT – 50 Tensão Muscular: baixa

TP – 5 Duração: longa

TS – 0 Velocidade de

contracção: baixa TT – 5

Page 30: O planeamento do treino

Luís Bravo

30

9. A Sessão de Treino

A eficácia do ensino está muito dependente da forma como o treinador/professor é capaz de

organizar e conduzir a sessão de ensino e de gerir o espaço e o tempo de que dispõe de modo a

poder proporcionar maiores e melhores condições de aprendizagem junto dos praticantes.

É através da elaboração de um plano da sessão de treino que o treinador faz uma previsão

antecipada da actividade que pretende realizar. No nosso plano tivemos em conta:

o Definição de Objectivos – Definimos com clareza os três ou quatro objectivos que

pretendemos atingir, tendo em conta o nível de capacidades dos atletas.

o Selecção dos Conteúdos – No planeamento tivemos a preocupação de seleccionar os

conteúdos a abordar, a escolha dos exercícios de treino, deve responder eficazmente aos

objectivos pretendidos.

o Selecção de Estratégias – No nosso planeamento seleccionámos antecipadamente as

estratégias a adoptar ou seja, a forma como iremos organizar a distribuição dos praticantes

pelo terreno de jogo, de modo a permitir que todos possam exercitar um elevado número de

repetições evitando a existência de tempos “mortos” através de um bom empenhamento

motor e num ambiente agradável.

o Natureza dos Indicadores – No nosso planeamento seleccionamos antecipadamente o

tipo de feed-backs sobre os quais irá incidir a nossa avaliação do exercício de treino. A

nossa preocupação na observação do exercício de treino terá sempre em conta a estimulação

para atingir os objectivos previstos de acordo com o doseamento dos factores de treino

estipulados.

Page 31: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

________________________________________________________________ 31

Plano da Sessão de Treino

Ano Lectivo: 2009/2010 Dia:11 de Novembro 4ª Feira das 15.30 às 17.00 Grupo de Futsal Infantis Masculinos do Desporto Escolar Número de alunos: 15 Material: 10 coletes e 7 bolas

Número da

Sessão:

18

Objectivos Gerais: Factor Físico: (25%) Resistência aeróbia e anaeróbia. Velocidade de reacção;

Factor Técnico: (20%) Aperfeiçoar a manutenção da bola (condução e passe) e a recuperação da posse da bola;

Factor Táctico: (45%) Percepção da distância e ocupar racionalmente o espaço de jogo;

Factor Psicológico (5%) Elogiar o esforço;

Factor Teórico (5%) Atenção ao tempo para repor a bola em jogo;

Duração Exercício Esquema Natureza dos Indicadores

Aq

uecim

ento

Objectivos Físicos e

Técnico:

(o jogo 1X1)

2 x 7´

1. Conteúdo: Princípio do ataque e princípio da defesa concentrada Contexto: Espaço 40x20m; 2 equipas de 7 elementos, colocados frente a frente, sendo previamente numerados de 1 a 7.

Jogam ao “jogo do lenço” o prof. coloca-se no meio das 2 equipas e lança uma bola ao solo. Ao chamar por um

número, sai 1 elementos de cada equipa em direcção à bola e o primeiro a chegar, tenta ultrapassar o seu adversário e levá-la até à área do guarda redes adversário.

Critério de Êxito: Ganha quem chegar primeiro com a bola controlada à área do guarda-redes.

Variável de evolução: Individualmente cada um leva sua bola;

(FFís)- Reagir rápido e

correr a velocidade

máxima;

(FTéc)- Conduzir a bola

controlada;

Desen

vo

lvim

ento

Objectivos

Técnico -

Tácticos:

(o jogo a 3)

2x8´

2. Conteúdo: Manutenção e recuperação da posse da bola;

Contexto: Dois espaços (20x20m). a) De um lado joga uma equipa a sair com a bola controlada (2:2) de 4 contra 3. b)

Do outro lado joga uma equipa de 4 contra 3+GR em ataque organizado 2:2.

Critério de Êxito: a) ganha se conseguir colocar a bola (controlada tipo rugby) no outro campo. b) Ganha quando fizer golo.

Variável de evolução: Limitar o número de toques (2).

(FTéc)- Passe curto e

recepção;

(FTác)- )- Sempre em movimento e pressionar

Concretização dos Objectivos

Abordados

(o jogo 5X5)

3X10´

3. Conteúdo: Aperfeiçoamento do jogo: sistema 2:2. Ocupar racionalmente o espaço de jogo/evitar aglomeração.

Contexto: Terreno de jogo e faixa lateral fora do campo. a)2 equipas de 5 jogam no sistema 2:2. b) Outra equipa enquanto espera joga ao meiinho.

Critério de Êxito: Vence quem tiver o maior número de golos.

Variável de evolução: Interditar a comunicação verbal.

(FFís)- Sempre em

movimento. (FTác)- )- decidir bem ao

passar, criar linhas de

passes melhorando a percepção dos colegas e

pressionar oportunamente.

Relax

amen

to

Reflexão

4. Conteúdo: Retorno à calma

Contexto: jogadores parados ou sentados. Alongamentos musculares;

Diálogo sobre o próximo jogo.

(FPsic)- Elogiar o esforço.

(FTeó)- Atenção ao tempo

para repor a bola em jogo.

Page 32: O planeamento do treino

Luís Bravo

32

10. O Exercício de Treino

No planeamento do exercício de treino tivemos em conta:

o O conteúdo: Ex: Princípio do ataque e princípio da defesa concentrada.

o O contexto: são as condições em que o exercício se desenvolve e está relacionado

com a estratégia que pretendemos implementar.

o Critério de êxito: refere-se ao tipo de resposta que deve ser dada pelo jogador para

que possa ter êxito.

o Variável de evolução: refere-se à forma como o treinador pode modificar o mesmo

exercício, alterando ligeiramente os comportamentos dos praticantes (com um grau de

intensidade diferente).

Exercício de treino:

Conteúdo: Princípio do ataque e princípio da defesa concentrada.

Contexto: Espaço 40x20m; 2 equipas de 7 elementos, colocados frente a frente,

sendo previamente numerados de 1 a 7. Jogam ao “jogo do lenço” o prof. coloca-se no

meio das 2 equipas e lança uma bola ao solo. Ao chamar por um número, sai 1

elemento de cada equipa em direcção à bola e o primeiro a chegar, tenta ultrapassar o

seu adversário e levá-la até à área do guarda-redes adversário.

Critério de Êxito: Ganha quem chegar primeiro com a bola controlada à área

do guarda-redes.

Variável de evolução: Individualmente cada um leva sua bola.

O mesmo exercício de treino pode ser observado, avaliado e estimulado de acordo com o

factor de treino que o treinador pretende valorizar.

O critério de êxito estabelecido, antes do exercício de treino, é um indicador muito

significativo para o jogador responder ao que o treinador pretende.

Critério de Êxito: Ganha quem chegar primeiro com a bola controlada à área do guarda-redes.

A natureza do indicador (fedd-backs), durante o exercício de treino, também é reveladora do

factor de treino que o treinador pretende valorizar.

Page 33: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________ 33

Natureza dos Indicadores (FFís)- Reagir rápido e correr a velocidade máxima;

(FTéc)- Conduzir a bola controlada;

Do nosso planeamento inferimos que a nossa preocupação é fundamentalmente relacionada

com o factor físico e técnico, e dentro destes factores pretendemos responder aos objectivos gerais:

Factor Físico: (25%)

Factor Técnico: (20%)

Resistência aeróbia e anaeróbia. Velocidade de reacção;

Aperfeiçoar a (condução e passe) e a recuperação da posse da bola;

Claro que dentro do factor físico a nossa preocupação com este exercício é concretizar

apenas uma parte, a resistência anaeróbia aláctica e velocidade de reacção. A outra parte do

objectivo geral será melhor concretizada com os outros exercícios da sessão. O mesmo se passa do

ponto de vista técnico, (em exercício de oposição 1x1 e na variável de evolução de execução

individual), o aperfeiçoamento do passe será concretizado com outro exercício, no nosso exercício a

preocupação é conduzir a bola controlada com intensidade de execução diferenciada.

Falta-nos agora esclarecer o relacionamento do nosso exercício com o seu conteúdo, que

parece estar mais relacionado com o ponto de vista táctico.

Conteúdo Princípio do ataque e princípio da defesa concentrada.

Relacionamos o nosso exercício de treino com o factor táctico tendo em conta que a tomada

de decisão do jogador depende do seguinte: se o jogador percepcionar que não chega primeiro à

bola, a sua função é defender e deve posicionar-se entre o seu adversário directo e a baliza tirando a

bola ao colega. Se o jogador percepcionar que chega primeiro à bola, deve procurar conduzi-la

rapidamente até à área do adversário. Concluímos então que o nosso exercício de treino é muito

importante do ponto de vista táctico, provoca a tomada de decisão do jogador.

O critério de êxito antes da execução e a natureza dos indicadores durante a execução são

determinantes para percebermos a intencionalidade do treinador, mas o exercício de treino é mais

significativo do que isso.

Page 34: O planeamento do treino

Luís Bravo

34

11. Conclusão

Acreditamos que o planeamento pode contribuir para a melhoria da performance dos nossos

atletas e da equipa. No entanto, só sabemos se o nosso planeamento é positivo, se depois de o

aplicarmos, obtivermos melhores performances.

O planeamento do treino é um processo de previsão sistemático que se fundamenta na

experiência da prática e dos conhecimentos das ciências desportivas.

O fundamental do processo de treino é que o treinador através de processos pedagógicos,

prepare o praticante e a equipa, com base em princípios e regras à luz do conhecimento científico,

para atingir as melhores prestações técnicas, físicas, tácticas, psicológicas e sociais.

O treino é significativamente um processo parcelar do jogo, complexo, multifactorial mas

que tem de ser doseado, estruturado e planeado.

As principais características do planeamento desportivo são a adaptação contínua, a

estruturação em fases cronológicas e a periodicidade da carga de treino.

A eficácia do ensino está muito dependente da forma como o treinador/professor for capaz

de organizar e conduzir a sessão de ensino e de gerir o espaço e o tempo de que dispõe de modo a

poder proporcionar maiores e melhores condições de aprendizagem junto dos praticantes.

Salientamos que a preparação de um praticante ou de uma equipa para a competição

desportiva pretende conseguir que estes sejam capazes de resolver situações que enfrentam durante

a competição, procurando obter a vitória através dos seguintes aspectos:

a) Adaptação do organismo aos esforços intensos solicitados pela competição (integramos

esta componente no factor físico do treino);

b) Domínio das acções técnicas e dos comportamentos tácticos de uma determinada

modalidade (integramos estas componentes no factor técnico e factor táctico do treino);

c) Habituação progressiva dos praticantes às exigências psico-emocionais da melhor tomada

de decisão na competição (integramos esta componente no factor psicológico do treino);

d) Respeito pelos valores éticos no contexto escolar (integramos esta componente no factor

sócio- cultural e teórico).

A abordagem da temática do treino multifactorial, não é uma tarefa fácil, já que existem

diferentes combinações das componentes do treino: físico, técnico, táctico, social, teórico e

psicológico.

Acreditamos que este trabalho contribui para melhorarmos as performances dos nossos

alunos e do Grupo/Equipa de Futsal no escalão de Infantis Masculinos que participa nas

competições do Desporto Escolar.

Page 35: O planeamento do treino

O PLANEAMENTO DO FUTSAL NO ESCALÃO DE INFANTIS DO DESPORTO ESCOLAR

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________ 35

12. Bibliografia

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