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O PLANETA MARTE Marte é o quarto planeta partindo do Sol e é normalmente referido como o Planeta Vermelho. As rochas, solo e céu têm uma tonalidade vermelha ou rosa. A cor vermelha característica foi observada por astrônomos ao longo da história. Os romanos atribuíram-lhe este nome, em honra ao deus da guerra. Outras civilizações deram-lhe nomes semelhantes. Os antigos egípcios chamaram- lhe Her Descher que significa o vermelho. Antes da exploração espacial, Marte era considerado o melhor candidato para ter vida extra- terrestre. Os astrônomos pensaram ver linhas retas que se cruzavam na superfície. Isto levou à crença popular que seres inteligentes construíram canais de irrigação. Outra razão para os cientistas acreditarem na existência de vida em Marte tinha a ver com as aparentes alterações periódicas de cores na superfície do planeta. Este fenômeno levou à especulação de que determinadas condições levariam à explosão de vegetação marciana durante os meses quentes e provocavam o estado latente das plantas durante os períodos frios. Em Julho de 1965, a Mariner 4 transmitiu 22 fotografias de perto de Marte. Foi revelada unicamente uma superfície contendo muitas crateras e canais naturais mas nenhuma evidência de canais artificiais ou água corrente. Finalmente, em Julho e Setembro de 1976, as sondas Viking 1 e 2 pousaram na superfície de Marte. As três experiências biológicas realizadas a bordo das sondas descobriram atividade química inesperada e enigmática no solo marciano, mas não forneceram qualquer evidência clara da presença de microorganismos vivos no solo perto dos locais onde pousaram. De acordo com os biologistas da missão, Marte é auto-esterilizante. Eles acreditam que a combinação da radiação solar ultravioleta que satura a superfície, a extrema secura do solo e a natureza oxidante da química do solo impedem a formação de organismos vivos no solo marciano. A questão de ter havido vida em Marte em algum passado distante permanece contudo aberta. Atmosfera A atmosfera de Marte é bastante diferente da atmosfera da Terra. É composta principalmente por dióxido de Carbono com pequenas porções de outros gases, como o Nitrogênio, Argônio, Oxigênio, Monóxido de Carbono, Água, Neônio, Criptônio, Xenônio, e Ozônio. O ar marciano contém apenas cerca de 1/1000 da água do nosso ar, mas mesma esta pequena porção pode condensar, formando nuvens que flutuam a uma grande altitude na atmosfera ou giram em volta dos vulcões mais altos. Podem-se formar bancos de neblina matinal nos vales. No local de aterragem da sonda Viking 2, uma fina camada de água congelada cobre o solo em cada inverno.

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O PLANETA MARTE

Marte é o quarto planeta partindo do Sol e é normalmente referido como o Planeta Vermelho. As rochas, solo e céu têm uma tonalidade vermelha ou rosa. A cor vermelha característica foi observada por astrônomos ao longo da história. Os romanos atribuíram-lhe este nome, em honra ao deus da guerra. Outras civilizações deram-lhe nomes semelhantes. Os antigos egípcios chamaram-lhe Her Descher que significa o vermelho.

Antes da exploração espacial, Marte era considerado o melhor candidato para ter vida extra-terrestre. Os astrônomos pensaram ver linhas retas que se cruzavam na superfície. Isto levou à crença popular que seres inteligentes construíram canais de irrigação.

Outra razão para os cientistas acreditarem na existência de vida em Marte tinha a ver com as aparentes alterações periódicas de cores na superfície do planeta. Este fenômeno levou à especulação de que determinadas condições levariam à explosão de vegetação marciana durante os meses quentes e provocavam o estado latente das plantas durante os períodos frios.

Em Julho de 1965, a Mariner 4 transmitiu 22 fotografias de perto de Marte. Foi revelada unicamente uma superfície contendo muitas crateras e canais naturais mas nenhuma evidência de canais artificiais ou água corrente. Finalmente, em Julho e Setembro de 1976, as sondas Viking 1 e 2 pousaram na superfície de Marte. As três experiências biológicas realizadas a bordo das sondas descobriram atividade química inesperada e enigmática no solo marciano, mas não forneceram qualquer evidência clara da presença de microorganismos vivos no solo perto dos locais onde pousaram. De acordo com os biologistas da missão, Marte é auto-esterilizante. Eles acreditam que a combinação da radiação solar ultravioleta que satura a superfície, a extrema secura do solo e a natureza oxidante da química do solo impedem a formação de organismos vivos no solo marciano. A questão de ter havido vida em Marte em algum passado distante permanece contudo aberta.

Atmosfera

A atmosfera de Marte é bastante diferente da atmosfera da Terra. É composta principalmente por dióxido de Carbono com pequenas porções de outros gases, como o Nitrogênio, Argônio, Oxigênio, Monóxido de Carbono, Água, Neônio, Criptônio, Xenônio, e Ozônio.

O ar marciano contém apenas cerca de 1/1000 da água do nosso ar, mas mesma esta pequena porção pode condensar, formando nuvens que flutuam a uma grande altitude na atmosfera ou giram em volta dos vulcões mais altos. Podem-se formar bancos de neblina matinal nos vales. No local de aterragem da sonda Viking 2, uma fina camada de água congelada cobre o solo em cada inverno.

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Há evidências de que no passado uma atmosfera marciana mais densa pode ter permitido que a água corresse no planeta. Características físicas muito parecidas com costas, gargantas, leitos de rios e ilhas sugerem que alguma vez existiram grandes rios no planeta.

Temperatura e Pressão

A temperatura média registrada em Marte é -63° C (-81° F) com uma temperatura máxima de 20° C (68° F) e mínima de -140° C (-220° F).

A pressão atmosférica varia semestralmente em cada local de aterragem. O dióxido de carbono, o maior constituinte da atmosfera, congela de modo a formar uma imensa calota polar, alternadamente em cada pólo. O dióxido de carbono forma uma grande cobertura de neve e evapora-se novamente com a chegada da primavera em cada hemisfério. Quando a calota do pólo sul é maior, a pressão diária média observada pela sonda Viking 1 tem o valor baixo de 6.8 milibares; em outras épocas do ano chega a atingir o valor de 9.0 milibares. As pressões do local da sonda Viking 2 eram 7.3 e 10.8 milibares. Em comparação, a pressão média na Terra é 1000 milibares.

Estatísticas de Marte Massa (kg) 6,421x1023 Diâmetro equatorial (km) 6.787 Densidade média (gm/cm3) 3,94 Distância média ao Sol (km) 227.936.640 Período de rotação (horas) 24,6229 Período de rotação (dias) 1,02595675 Período de revolução (dias) 686,98 Velocidade média orbital (km/seg) 24,1309 Excentricidade orbital 0.09341233 Inclinação do eixo (graus) 25,19 Inclinação orbital (graus) 1,85061 Gravidade à superfície no equador (m/seg2) 3,71 Velocidade de escape no equador (km/seg) 5,02 Albedo geométrico visual 0.15 Magnitude (Vo) -2.01 Temperatura média na superfície 186-268 K Pressão atmosférica (bars) 0.007

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Vales Marineris Esta imagem é um mosaico do hemisfério dos Vales Marineris de Marte. O sistema de desfiladeiros com mais de 3.000 quilômetros de comprimento e cerca de 8 quilômetros de profundidade, que se estende de Noctis Labyrinthus, o sistema de falhas tectônicas em forma de arco, a oeste, até ao terreno caótico a leste. Imensos canais de rios antigos começam no terreno caótico e nos desfiladeiros e correm para norte. Muitos dos canais fluíram até uma bacia chamada Acidalia Planitia, que é a área escura no extremo norte desta fotografia. Os três vulcões Tharsis (pontos vermelho escuro), cada um com cerca de 25 quilômetros de altura, são visíveis a oeste. Existem terrenos muito antigos cobertos por muitas crateras de impacto a sul dos Vales Marine ris. Deslizamento nos Vales Marineris Apesar de os Vales Marineris terem sido originados como uma estrutura tectônica, foram modificados por outros processos. Esta imagem mostra detalhes de um deslizamento da parede sul. Este deslizamento removeu parcialmente a borda da cratera que está no planalto próximo aos Vales Marineris. Origem da Corrente do Canal Ravi Vallis Esta imagem da parte inicial de Ravi Vallis mostra uma porção do canal com 300 quilômetros. Tal como muitos outros canais que desembocam nas planícies norte de Marte, Ravi Vallis teve a sua origem numa região de terreno desmoronado e quebrado ("caótico") nos planaltos mais antigos e cheios de crateras. As estruturas nestes canais indicam que foram cavadas por água líquida em correntes a grande velocidade. A corrente neste canal era de oeste para leste (da esquerda para a direita). Este canal, por fim, liga-se a um sistema de canais que fluem para a bacia Chryse.

Rede de Vales A imagem mostra uma semelhança com sistemas de drenagem na Terra, os canais aqui mostrados juntam-se para formar canais maiores.

A Atmosfera Marciana Esta imagem obtida pela sonda orbital Viking mostra uma tênue faixa da atmosfera marciana. A fotografia foi tirada a nordeste da bacia Argyre. A bacia Argyre tem cerca de 600 quilômetros de diâmetro com uma borda escarpada com cerca de 500 quilômetros de espessura. Face em Marte Esta imagem mostra a Face em Marte que escritores com imaginação referiram como sendo uma evidência de vida inteligente em Marte. É mais provável que este monte, nas planícies do norte, tenha sido erodido pelo vento de forma a ter um aspecto parecido com um rosto.

Resumo das luas de Marte

Satélites (2) Distância de Marte (km)

Diâmetro (km)

Período orbital (dias)

Inclinação (graus) Excentricidade

Fobos 9.378 15 0,31891023 1,0 0,015 Deimos 23.459 8 1,2624407 0,9-2,7 0,0005