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O pão vem do grão. O grão vem da luz. A luz vem da face de ... · PDF filecanto coral como uma vivência que promove um mergulho intenso na ... Desenvolvemos exercícios de respiração,

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O pão vem do grão.

O grão vem da luz.

A luz vem da face de Deus

que a produz.

Que o fruto da Terra,

que da luz de Deus provém,

possa em meu coração

transformar-se em luz também.

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Informativo Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais. Reg: 81294. Rua Nossa Senhora de Fátima, 190, Jardinaves, Nova Lima, MG, (31) 3286 5264

CONSELHO EDITORIAL Anna Göbel, Lin Tomich, Lourdinha Greco, Mariana Fonseca, Selma Santos e Thais Ribeiro.

JORNALISTA RESPONSÁVEL Andrea Gallo-MTB 23775 ILUSTRAÇÕES Alunos do 9° ano de 2015

FOTOGRAFIAS Patrícia Rocha CAPA Lousa do professor Bernardo Zama

CAPTAÇÃO DE RECURSOS Lurdinha NascimentoFORMATAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO Morena Tomich

IMPRESSÃO Bigráfica Editora TIRAGEM 1.500 exemplares

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Pais de alunos, escolas Waldorf e instituções comerciais e educacionais

http://www.colegiorudolfsteiner.com.br/

A música tem um aspecto social muito especial. É extremamente importante no desabrochar da autonomia interior do jovem e no amadurecimento da alma. Favorece o desenvolvimento durante todo o percurso escolar, da infância à juventude, conferindo um lugar especial no caminho para a liberdade.

A experiência com a música motiva o lado humano e geral da vida, despertado pela escuta e principalmente pelo fazer musical (vocal e instrumental). Isso quando, na escola, a área da música é vista como algo totalmente integrado e não apenas uma matéria exótica ou de especialização, como é feito pelos meios acadêmicos e de concursos de competências.

No Ensino Médio temos a prática do canto coral como uma vivência que promove um mergulho intenso na prática musical. A junção de tantas vozes nos permite perceber o quanto o desempenho e a ação do indivíduo interfere no todo: esperar as entradas das vozes, timbrar na fusão dos naipes, perceber o coletivo e sentir-se parte dele.

Desenvolvemos exercícios de respiração, vocalização, direcionamento e expansão vocal, trazendo uma maior consciência sobre a prática do canto, passando também pelos aspectos terapêuticos da voz, bem como a

sua importância para o desenvolvimento do ser humano.

O repertório também é algo extremamente importante, pois acessamos os mais variados

estilos musicais de várias épocas da humanidade. A música erudita traz abrangência e compreensão musical pelo simples fazer desse repertório, já a música popular de qualidade comunica diretamente ao jovem e nos aproxima.

A música é parte do ser humano, é um elemento vivo do aprendizado e do desenvolvimento das relações na vida. A experiência emocional, viva, ética e social que a música pode proporcionar, preenche as demandas e exigências das futuras gerações, trazendo equilíbrio

para a complexidade do pensar, �exibilidade no sentir e transformação no

agir. Representa competência emocional e social para a vida toda.

Prof. Adriana Soares (música, orquestra e tutora do 9º ano)

A MÚSIC A NO ENSINO MÉDIO

EU LOUVO A DANÇ ASanto Agostinho

Eu louvo a dança, pois ela liberta o ser humanodo peso das coisas - une o solitário à comunidade.

Eu louvo a dança, que tudo pede etudo promove; saúde, mente clara

e uma alma alada.Dança é a transformação do espaço, do tempo edo ser humano, este constantemente em perigo

de fragmentar-se, tornando-se somentecérebro, vontade ou sofrimento.

A dança, ao contrário, pede o homem inteiro,ancorado no seu centro.

A dança pede o homem liberto, vibrandoem equilíbrio com todas as forças!

Eu louvo a dança!Ser humano, aprenda a dançar!

Senão os anjos do céu não saberãoo que fazer de você.

Contribuição da Professora Fernanda Payao - Prof. de Dança

“Vós, estrelas, signos celestesda verdade macrocósmica

vertidos em fonemas, doai-nosvosso próprio ser!

Vós, esferas, mundos sonantes,nascidos da graça de Deus,

soai, percorrei-nos, sagradoscom puri�cadora energia!”

Valborg Werbeck Svärdstrom (A Escola do Desvendar da Voz)

Vivência de dança do Ensino Médio

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PERMACULTURA - AQUAPONIA

Muitos de nós andam preocupados com a saúde da Terra: alterações climáticas, desmatamento, perda dos ecossistemas naturais e dos animais e plantas selvagens que neles habitam, poluição e escassez das águas...A lista parece não ter fim! Porém, o que muitas vezes passa despercebido, é que cotidianamente nossas ações são decisivas para reforçar este estado febril ou para sanar e reverter esse quadro estabelecendo um prognóstico mais animador. Foi pensando na urgência de praticarmos dia-a-dia ações com uma “pegada ecológica” positiva que um grupo de pais e professores decidiu iniciar, no ano de 2015, um projeto de Permacultura no colégio. E como a idéia era divulgar, contagiar a todos, ao mesmo tempo servindo de prática tecnológica para os estudantes do ensino médio, decidimos iniciar nossas atividades com um experimento em Aquaponia.Aquaponia é a combinação de duas técnicas produtivas: hidroponia e aquicultura.Trata-se de uma tecnologia aplicada da agricultura urbana que é de uma grande riqueza pedagógica para as mais diversas áreas da ciência (física, química, biologia, matemática) e ainda fecha o ciclo trazendo para a nossa mesa alimentos frescos e sem veneno como: ervas, chás, verduras, legumes e peixes.E tudo isso num espaço de menos que 1 metro quadrado! Funciona assim: os peixes do aquário (que estão crescendo, vocês viram?) precisam de água limpa e alimentos. As plantas da bandeja lá de cima precisam de nutrientes, sol e água.

Acontece que a “sujeira” que os peixes fazem é justamente aquele tanto de nutrientes que as plantas precisam para se desenvolver e formar belas folhas! Aquaponia junta as necessidades de uns com aquilo que outros não precisam mais, e isso é um princípio fundamental da natureza: tudo se recicla, nada se perde. A propósito, a água que circula no sistema é a mesma, pois é sempre renovada quando passa pela camada de cultivo de pedriscos que abriga as plantas e uma infinidade de microorganismos benéficos para elas.Convidamos todos a irem lá no alto, junto ao prédio dos maiores, degustarem uma erva sem agrotóxico e observarem a Aquaponia no Colégio Rudolf Steiner de MG, uma iniciativa pioneira que traz para o cotidiano conceitos estudados no ensino médio. Quem sabe não se animam a montar um sistema em sua própria casa, como alguns já estão fazendo?Sabe, como diz o provérbio chinês: para mudar o mundo, é preciso dar primeiro três voltas em torno da própria casa. E o modo como nos alimentamos é o passo fundamental para uma pegada ecológica mais branda e bela. Todos os dias, são nossas escolhas alimentares que podem reforçar as redes e práticas que protegem a nossa casa, a MÃE TERRA; mas também podem fortalecer aquelas que somente consomem recursos e ecossistemas e deixam para traz desequilíbrio e destruição. Qual será sua escolha hoje?

Maurício Möller de Oliveira, pai da Olívia do 7º ano

Na quinta-feira dia 11 de fevereiro de 2016, o Ensino Médio assistiu a uma palestra do Dr. Michael Yaari, médico antroposófico e ex-aluno Waldorf da escola Rudolf Steiner de São Paulo.

Na palestra foram abordados três temas “tabus”: morte, sexo e drogas. As drogas foram o principal tema da discussão.

O Dr. Yaari trouxe as drogas para o nosso cotidiano, através de produtos como o café, o açúcar e os remédios.

Ele expôs os benefícios e malefícios das drogas lícitas (nas escolas como exemplo acima) e ilícitas: onde foi falado como podemos alcançar por nós mesmos, com um pouco

mais de esforço os mesmos benefícios que as drogas nos proporcionam momentaneamente. O uso de tais substâncias é um caminho mais fácil e rápido, porém temos também os malefícios, como perda de neurônios, degradação de órgãos, vícios, etc..

O diferencial desta palestra foi o modo que o tema foi abordado e trazido para o nosso dia-a-dia, sob uma nova perspectiva. Mostrando não só as drogas ilícitas que sempre nos trazem a morte à cabeça quando pensamos no assunto

Francesco, aluno do 10º ano

PALESTRA SOBRE DROGAS COM O DR. MICHAEL YAARI PARA O ENSINO MÉDIO

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Deixar tudo aquilo que você estava acostumado é sempre muito difícil. Porém, é isso que o nono ano nos oferece. Temos que dar adeus à professora que nos acompanhou por tantos anos de nossas vidas e, ao mes-mo tempo, conhecer uma nova etapa no estudo.

Somos a terceira turma que entra para esta nova fase de ensino da escola: O ENSINO MÉDIO.

Mesmo sem saber o que estava por vir, fomos muito bem recebidos pelo décimo e décimo primeiro anos com apresentações e café da manhã coletivo. Estáva-mos ansiosos para fazer parte do Ensino Médio pois sabíamos que haveriam várias mudanças.

Logo no início, já sentimos pela ausência da nossa professora de classe. As coisas ficaram mais por nossa conta, tais como: separação de grupos, lembrar dos de-veres, sermos direcionados nos primeiros dias de aula. E vimos que junto com isso vieram muitas responsabili-dades. Claro que tivemos ajuda de diversos professores que estão de braços abertos para nos receber no ensino médio e também contamos com o carinho e boa dis-posição da nossa querida tutora, Adriana Soares.

Tivemos algumas aulas e professores novos, todos mui-to dispostos a nos ensinar e nós a aprender. Podemos escolher aulas optativas que temos interesse em fazer, como orquestra, jardinagem e línguas. Estas aulas são muito produtivas, pois todos que estão nelas têm um interesse muito forte em aprender, e isto faz com que o clima da aula mude.

O ensino médio nos dá muito mais liberdade: nas aulas, com os professores e na hora de expressar nossas opin-iões em relação a algo da escola em geral. O tratamento que os professores tinham conosco não é mais uma coi-sa de educador e educando, e sim de parceria mútua.

Fazer parte deste grande grupo de alunos está sendo incrível e estamos ansiosos pelo o que virá.

Texto: Hanna Manata e Iolanda Soares, 9° ano Ilustração: Flora, 9° ano

Nessa aula de tutoria, a nossa tutora Máyra nos propôs que fizéssemos um ato de união com a turma, usando para isto a arte.

Dividimo-nos, então, em dois grupos, ficando cada grupo separado em uma grande colmeia de carteiras. Cada aluno recebeu uma folha branca A3 e fomos instruídos a começar um desenho com a imagem que nos vinha ao ler a primeira frase do nosso verso nas aulas de tutoria: “A Dança da Paz”.

À medida que as outras frases do poema iam sendo lidas era-nos dito que trocássemos de desenho com o nosso parceiro do lado, e assim por diante. Fizemos a troca de modo que cada desenho passasse pelas mãos de todos os participantes do grupo, chegando por fim, às mãos do seu “dono”.

Durante e depois de participar dessa atividade, eu pude sentir uma ener-gia boa fluindo pelas pessoas. As aulas seguintes à atividade mantiver-am-se num clima agradável; era como se as pessoas estivessem perce-bendo melhor seu entorno, tornando a atmosfera da sala de aula mais leve, calma e rica.

Daniel F. Pinto, 10° ano

VIVÊNCIA NA AULA DE TUTORIA

NOVA FASE

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Hey questioner man, beware of your quest, the quest of the truth…

Every instant we have a lot of feelings

influencing our decisions, and when you choose wrong you will you probably get hurt.

If you haven’t gotten hurt yet, you will, because the problem with questions is that you never

know when the truth is going to stab you in the back and throw you in the ocean of doubt.

The destructive power of disillusions holds you in its thorns… either you hurt yourself or you hurt yourself, there is no way to escape from it. Except

if you hide yourself with the gloves of balance, and notice that you don’t need to be free every

moment, because you will never be… the liberty of the doomed guy on a closed system.

And the decisions… you don’t need to decide

anything for now, you have the perfect balance of anxiety and reason. The time to choose will

come, and the truth will come after.

The gloves won’t let them see your hurt fists… The scars of the punches on the knives. Dive in

the moment but don’t yell too much, I know that you love it, who doesn’t…

But don’t let the voices in your head disturb you, just let them lead you as your feelings do.

You just need to listen better… And are you a good listener?

Or does your skepticism make the answers come for you to be an easier questioner?

Daniel David Nasciutti

Os alunos do 11º ano fizeram um “diálogo poético” com o poema de Frances Cornford.

Decidimos compartilhar com vocês algumas dessas respostas. Além da beleza e profundidade destes textos, foi um interessante exercício de interpretação e observação por diferentes pontos de vista.

Professora Adriana Barbosa

DIÁLOGO POÉTICO

TO A LADY SEEN FROM THE TRAINO why do you walk through the fields in gloves,

Missing so much and so much?O fat white woman whom nobody loves,Why do you walk in the fields in gloves,

When the grass is soft as the breast of dovesAnd shivering-sweet to the touch?

O why do you walk through the fields in gloves,Missing so much and so much?

Frances Cornford

Yes, I do.I do walk through the fields in gloves

and I might even miss a lot,maybe too much.

But I’m walking through the fields,

even if I’m wearing gloves.

I’m walking barefoot through the fields,I’m feeling the grass beneath my feet.

And I know that I’m missing a lot

and that I might end up missing too much.

But you, strange man on the train,You don’t walk through the fields,You don’t know about the thorns

You’re just passing by,You’re just pretending to know.

Ana Carolina Antonini

Words From a Train Commuter

Why, oh red gloved woman, do you walk as you do?

With your hands and your eyes covered to all around you?

Why do you opt to ignore that which makes you you

and all that which does not?You brood, making a nary sound

But would you do so still, if you’d look around?

For in me, fair lady, you could find a comrade:

And though I apologize for spouting what surely sounds mad

It is the only way I can convey what must be said:

I would gladly shield you from harm insteadIf you could only notice my watchful gaze

from the train overhead.

Anna Laura Mendes

Contamos com a colaboração e participação de toda comunidade para melhorar a infraestrutura do nosso laboratório neste momento de expansão. Doações de vidrarias e equipamentos serão muito bem vindas. Quem puder participar ou

tenha alguma dúvida, envie um email para: Profa. Mayra: [email protected], Profa. Mariana: [email protected] Profa. Luzia: [email protected], Prof. Leonardo: [email protected]

Com gratidão, equipe do Ensino Médio

exercício de interpretação e observação por diferentes pontos de vista.

Yes, I do.

Words From a Train Commuter

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DANÇA DA PAZGerminam desejos da alma

Crescem ações do quererAmadurecem frutos da vida.

Eu sinto meu destino,Meu destino me encontra.

Eu sinto minha estrela,Minha estrela me encontra.

Eu sinto minhas metas,Minhas metas me encontram.

Minha alma e o mundo são somente um.

A vida, fica mais clara ao meu redor,A vida, fica mais difícil para mim,

A vida, fica mais rica em mim.

Aspire a paz,Viva em paz,Ame a paz.

Rudolf Steiner Ilustração: Maria Clara, 10° ano

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ENSINO MÉDIO

BAZAR DE NATAL

FAUSTO TEATRO 8°ANO

CIRCO 6ºANO

PASSAGEM 1º ANO

PEDRA FUNDAMENTAL DO NOVO PRÉDIO

PALESTRACORAL

TEATRO 4°ANO

AULAS DO JARDIM DE INFÂNCIA DA TARDE

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O ser humano compreende-se como ser humano, compreende-se como Eu, acordando dentro de si a memória contínua, o que significa: uma memória maior do que a desta vida, e ela é intimamente interligada com todos os outros seres humanos.

Os professores das escolas Waldorf levando as crianças pelas épocas históricas, ano a ano, mostram para os alunos a visão histórica do desenvolvimento humano dando instrumentos para que, mais tarde, possam expandir e acordar para um novo nível da consciência. No 11º ano, Rudolf Steiner indica a época de Parsifal e os alunos ganham, na forma de imagens, uma sequência que resume em visão espiritual toda esta caminhada pelos 10 anos escolares e, mais ainda, toda a caminhada do desenvolvimento do Ser Humano.

Agora essa caminhada consegue achar sua meta de maneira que, em seguida, no 12º ano, apresenta-se uma peça de teatro e mostra-se, agora, o que são capazes de expressar para o mundo, para a humanidade toda. O jovem sai do 12º ano pronto para o desafio da vida moderna, para o desafio de todos nós, que é o da transformação do pensar lógico no pensar imaginativo e para o desafio maior, desafio de todos nós, de achar o caminho do Cristo independente de qualquer religião. A lenda de Parsifal é como um tesouro que consagra esta caminhada.

Na lenda do Parsifal, ou do Santo Graal, temos dois níveis que, constantemente, se entrelaçam: o nível histórico e o nível espiritual. Então temos o nível histórico de determinadas individualidades e temos o nível da descrição do caminho iniciático cristão, o caminho do Eu Sou.

A sequência de imagens dessa lenda histórica, Parsifal, foi desenvolvida no sec. XII. Depois da época da encarnação do Cristo, no Cristianismo se desenvolvem três grandes linhas cristãs: a primeira é a Igreja Ortodoxa, a segunda é a Igreja Católica Romana e a terceira é chamada de Cristianismo Esotérico.

O Cristianismo Esotérico vai primeiro para o norte da Espanha, sul da França, depois Irlanda e nela vai, aos poucos, se desenvolver nos séculos seguintes a linha do Santo Graal, a linha do rei Arthur e a linha dos Cátaros.

Os Cátaros vêm como último vestígio do Maniqueísmo. Desenvolvido no século III por Mani na Pérsia, o Maniqueísmo revive toda a imensa cultura espiritual da Pérsia que foi cuidada por séculos pelo grande Zaratrusta. Agora, Mani a cristianiza.

Os últimos Cátaros que conseguem manter uma certa essência do Maniqueísmo, até o século IX, são os da Bulgária que, perseguidos, migram para o sul da França e são depois conhecidos como a Ordem dos Templários.

Mais tarde, todas as linhas do Cristianismo Esotérico confluem e conquistam um determinado patamar da consciência humana, somando uma com a outra e assim mostram que, na modernidade, as linhas espirituais precisam somar, pois o Eu é valido para qualquer ser humano, independente de em qual continente ou religião tenha nascido. Elas se unem a partir do século IX para lecionar e cultivar o conhecimento cristão, não o cristianismo via fé, mas o cristianismo com consciência, consciência dos mistérios do Eu Sou.

A partir da encarnação do Cristo, todo o princípio milenar da hereditariedade, do sangue físico expresso por raça/povo/família terminou, e o caminho a partir de então não é mais o da hereditariedade, mas o do sangue espiritualizado, do sangue etérico e da formação da nova humanidade como irmandade cristã. Entre os séculos IX e XIII, a Ordem dos Templários impregna este conhecimento, esta nova realidade, na tentativa de cristianizar a estrutura social na Europa.

No século XIII, todas as linhas do Cristianismo Esotérico sucumbem nas trevas da Inquisição. A Igreja Romana declara como corrente herege todo esse cristianismo real e interno. Isso significava que qualquer pessoa que pertencesse a uma dessas correntes hereges poderia ser morta. Todas essas linhas vão precisar entrar para o caminho oculto.

Para esse conhecimento espiritual ser mantido e para a humanidade se alimentar espiritualmente até o começo do século XX, quando a nova época espiritual começou e essas linhas puderam oficialmente entrar novamente na estrutura social, elas começam a transformar seu conhecimento iniciático cristão em imagens e, como trovadores, andam pela Europa, contando histórias. Histórias menores como os contos de fadas e maiores como a lenda do Parsifal, do Santo Graal e outras.

Foi desta forma, com histórias contadas, que esse conhecimento espiritual foi penetrando nos corações dos seres humanos, pois, na época, a humanidade não conhecia livros, a maioria dos seres humanos não sabia ler ou escrever. Os trovadores andaram pela Europa cantando à noite, instruindo através das suas histórias e, os seres humanos, que não tinham outra distração, receberam e absorveram de alma sedenta.

Com o passar do tempo todas essas histórias começam a ser contadas de boca a boca e de uma geração para outra se mantiveram e alimentaram a comunidade européia até o século XVIII, quando os irmãos Grimm colecionaram os contos de fadas e também essas lendas maiores (Parsifal, do Santo Graal e do rei Arthur) foram escritas.

Graças a esses atos nós temos o começo deste autodesenvolvimento cristão descrito em forma de imagens e agora, no século XX, Rudolf Steiner, com a Antroposofia, coloca tudo isso de forma moderna, da Alma da Consciência.

A história de Parsifal acontece no século IX, em torno do ano 850, em que nós estamos nos últimos séculos do desenvolvimento da Alma do Intelecto ou da Filosofia. Então, por um lado por causa da Inquisição e, por outro, por causa da configuração anímica do ser humano, este conhecimento precisava ser dado dessa forma e por causa disso, ele serve para os jovens de 17-18 anos que vão acordar para a Alma da Consciência por completo só na vida adulta mas, ganhando antes estes conteúdos, acordando nossa própria memória de forma adequada, alimentando sua alma desse jeito, com uma certa facilidade conseguem dar um importante passo rumo à Antroposofia.

Texto elaborado a partir do módulo Parsifal do curso de Pedagogia Curativa em Nova Lima. Organizado por Lin Tomich

O SIGNIFIC ADO DE PARSIFAL

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PRESENTE E FUTURO DA EVOLUÇÃO CÓSMICA E HUMANA

(...) A primeira difusão do cristianismo devia incidir, segundo o sentido da evolução terrestre, justamente numa época em que as forças cognitivas não estavam desenvolvidas em grande parte da humanidade. Por isso a força da tradição era tão potente naquela época. Era necessária a mais vigorosa energia para conduzir a uma con�ança no mundo supra-sensível os homens que não conseguiam perscrutar esse mundo por si mesmos. Quase sempre houve (com exceção de um curto período no século XIII) também homens capazes de elevar-se aos mundos superiores pela imaginação, inspiração e intuição. Esses homens são os sucessores pós-cristãos dos antigos iniciados, dos guias e adeptos da sabedoria dos mistérios. Sua missão era reconhecer, por suas próprias faculdades, aquilo de que se havia podido ter conhecimento por meio da antiga sabedoria dos mistérios; e a isso ainda deviam acrescentar o conhecimento da essência do evento crístico.

Assim nasceu entre esses novos iniciados um conhecimento abrangendo tudo o que fora objeto da antiga iniciação; mas no centro desse conhecimento resplandecia o saber superior dos mistérios do evento crístíco. Somente em mínima escala esse conhecimento podia a�uir para vida geral, enquanto nesse quarto período as almas humanas deviam consolidar as faculdades do intelecto e do sentimento. Havia, portanto, nessa época, uma ‘sabedoria sumamente oculta’. Depois despontou o novo período, a ser designado como o quinto. Sua essência consiste na continuidade do desenvolvimento das faculdades intelectuais, vindo estas a �orescer portentosamente e prosseguir do presente para o futuro. Isso se preparou lentamente a partir dos séculos XII e XIII, para acelerar-se cada vez mais a partir do século XVI até o presente. Sob essas in�uências, a época evolutiva do quinto período transcorreu de modo a ocupar-se cada vez mais do cultivo das forças intelectuais, enquanto o saber �dedigno de outrora, o conhecimento tradicional, ia perdendo cada vez mais força sobre a alma humana.

Por outro lado, também se desenvolveu nessa época o que se pode considerar uma a�uência cada vez maior dos conhecimentos da consciência supra-sensível moderna para as almas humanas. Embora inicialmente de modo quase imperceptível, o ‘saber oculto’ �ui para a maneira de pensar dos homens desse período. É natural que até o presente as forças do intelecto tenham uma atitude de rejeição frente a esses conhecimentos; só que o que tiver de acontecer acontecerá de qualquer modo, apesar de todas as rejeições temporárias. Segundo uma denominação simbólica, pode-se chamar o ‘saber oculto’ que a humanidade assimila por esse lado — e que será assimilado cada vez mais — de conhecimento do ‘Graal’. Quem aprender a compreender esse símbolo em seu profundo signi�cado, tal como é apresentado de forma narrativa e lendária, descobrirá que signi�cativamente ele contém a essência do que acima denominamos conhecimento da nova iniciação, tendo no centro o Mistério do Cristo.

Os iniciados modernos podem, portanto, ser chamados de ´iniciados do Graal’. É à ‘ciência do Graal’ que conduz o caminho para os mundos supra-sensíveis cujas primeiras etapas são descritas neste livro. Esse conhecimento tem a particularidade de seus fatos só poderem ser pesquisados

ao terem sido adquiridos os meios para isso, tal como descritos neste livro. Uma vez pesquisados, porém, eles podem ser compreendidos justamente pelas faculdades anímicas desenvolvidas no quinto período. Aliás, �cará sempre mais claro que essas forças serão satisfeitas em grau cada vez maior por esses conhecimentos. Atualmente nós vivemos numa época em que esses conhecimentos devem ser mais intensamente acolhidos na consciência geral do que antes. E este livro deseja fazer suas comunicações partindo desse ponto de vista. Na medida em que a evolução da humanidade se nutrir dos conhecimentos do Graal, o impulso dado pelo evento crístico se tornará cada vez mais signi�cativo. Ao lado exterior da evolução cristã será cada vez mais acrescentado o interior. O que pode ser conhecido pela imaginação, intuição e inspiração sobre os mundos superiores, em ligação com o mistério crístico, impregnará cada vez mais a vida pensamental, emocional e volítiva do homem. O ‘saber oculto do Graal’ se tornará manifesto, impregnando cada vez mais, como uma força interna, as manifestações existenciais dos homens.

No decorrer do quinto período, os conhecimentos dos mundos supra-sensíveis a�uirão para consciência humana; e quando se iniciar o sexto período a humanidade poderá ter recuperado, num nível superior, o que possuiu numa época anterior mediante um tipo ainda nebuloso de vidência não-sensorial. Contudo, essa nova propriedade terá uma forma muito diferente da antiga. O que outrora a alma sabia dos mundos superiores não era, nela, impregnado por sua própria capacidade intelectual e sentimental; ela o sabia como dádiva inspirada. No futuro, ela não apenas terá as inspirações: estas sim, ela compreenderá, sentindo-as como a essência de seu próprio ser. Ao apropriar-se de um conhecimento sobre este ou aquele ser ou objeto, por sua própria natureza o intelecto achará esse conhecimento justi�cado; quando outro conhecimento sobre um preceito moral ou uma conduta humana se �zer valer, a alma dirá a si própria: “Meu sentimento só se justi�cará perante si mesmo se eu também realizar o que estiver de acordo com esse conhecimento.” Essa disposição anímica deverá desenvolver-se num número su�cientemente grande de pessoas do sexto período.

(...) Vê-se, pois, que do ‘conhecimento do Graal’ resulta o mais alto ideal imaginável para a evolução humana: a espiritualização que o homem alcança por seu próprio trabalho. Ora, essa espiritualização aparece, em última instância, como resultado da harmonia que, no quinto e no sexto períodos da evolução atual, o homem estabelece entre as adquiridas forças do intelecto e do sentimento e os conhecimentos dos mundos supra-sensíveis. O que ele elabora no interior da alma deverá tornar-se, por si, mundo exterior. O espírito do homem se eleva às grandiosas impressões de seu mundo exterior, primeiramente pressentindo e depois conhecendo entidades espirituais por detrás dessas impressões; o coração do homem sente a in�nita sublimidade desse plano espiritual. Mas o homem também pode reconhecer que as vivências do intelecto, do sentimento e do caráter em seu interior são germes de um mundo espiritual vindouro.

A CIÊNCIA OCULTA - Esboço de uma cosmovisão supra-sensorial - Rudolf Steiner

Olhando para tudo que existe na natureza ao nosso redor, na própria natureza humana e no Cosmo, veri�camos que o elemento rítmico é um elemento comum a todos. Tudo que existe em movimento possui ritmo. Ele estabelece relações entre espaço e tempo, dando-lhes harmonia e equilíbrio. O ritmo é a essência das coisas. Sem ele, nós nos perdemos na própria vida.

A terra manifesta seu ritmo através das estações. O homem contempla o ano de um modo exterior, ao ver a natureza brotando, quando chega a primavera, o crescimento vegetal e depois a �orada das plantas e toda sua vida brota em VIDA BORBULHANTE e germina quando chega o verão. Quando chega o outono, murcha, declina, para morrer no seio da terra quando chega o inverno. A verdadeira vivência de tudo isto só será acessível ao homem quando este educar sua alma, seu coração para a convivência do que se passa lá fora na natureza, ampliando e con�rmando sua relação com o mundo em que vive.

Em épocas mais antigas, quando vigorava uma consciência mais instintiva, os homens comemoravam este curso do ano com festas e rituais, expressando, assim, as mudanças de vida na terra. Havia as festas da colheita e semeadura e as grandes comemorações do solstício de verão e inverno, ambas com fogueiras, fogos e luzes, expressando um grande momento do sol.

A Páscoa é uma festa cósmica, móvel e depende da posição da lua em relação ao sol e em relação à Terra. Ela é acentuada pelos ritos de transição que a antecede: Carnaval (uma festa romana), quarta-feira de cinzas, quaresma – época de puri�cação dos instintos (do corpo astral) – e Semana Santa. No dia 22 de março, acontece o equinócio (dia e noite de mesma duração). A Páscoa cai no primeiro Domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio.

Na antiga Pérsia, o início do ano era festejado no dia 21 de março quando o dia era igual à noite em tamanho e ocorria a entrada do sol no signo de Áries. Ainda hoje, o festejo do Ano Novo dos Persas e Curdos, chamado Nauroz (Nau = novo, Roz = dia) coincide com esta data pré-islâmica, zoroástrica, o 21 de março.

A comemoração de nossa Páscoa orienta-se pela festa do “Pessach” ou “Passah” judaico, que é comemorada no primeiro dia de lua cheia, após o equinócio, em memória à libertação do cativeiro egípcio, há 3.000 anos. O nome Passah (passar, poupar) lembra a passagem do anjo exterminador, que poupava os moradores de todas as casas cujas

portas estavam untadas com o sangue de um cordeiro imolado. Deste cordeiro, proveio o Cordeiro Pascoal dos cristãos, símbolos do Cristo, que se sacri�cou pela humanidade.

A denominação “Pessach” ou “Passah” continua viva a oeste do Reno e ao sul do Danúbio; no holandês “Paash”, no francês “Paques”, no espanhol “Pascua”, no português “Páscoa”, no italiano “Pascua”. Com o Domingo de Ramos (o primeiro domingo antes da Páscoa), inicia-se o ciclo da Paixão, os dias do sofrimento de Cristo revividos na Semana Santa.

“E... no primeiro raio de Sol, a pesada pedra tinha sido removida; o túmulo estava vazio... Eu sou a VIDA.”

Cada manifestação de vida é ressurreição!

Só vencendo as forças da morte é que crescem as forças da vida. Toda nossa existência aqui na Terra se realiza entre estas duas forças: Vida vencendo morte. Vida sem morte não é vida.

Nossos tempos de crise e insegurança são um desa�o para fortalecer a nossa coragem de deixar morrer o que já era para que o novo possa nascer. Muitas vezes, temos que passar pelo caminho da Paixão para depois encontrar o Aleluia e o Renascimento da Páscoa. As agruras do cotidiano fazem com que olhemos demasiadamente para nossos próprios problemas, nos fazendo perder a visão de conjunto. Nada melhor que os momentos festivos e solenes, quando nossa consciência é elevada, para recuperarmos a sensação de que há uma unidade. O que nos une nessa irmandade espiritual? Assim como as plantas se dirigem ao sol, fonte de sua vida, assim também aspira o coração humano à luz espiritual, o sol do Cristo, o guia em nossa alegria e em nossa tristeza: “ONDE DOIS ESTIVEREM REUNIDOS EM MEU NOME, LÁ ESTAREI EU COM ELES!”

Cristo, que nos mostrou o máximo grau que o desenvolvimento individual pode alcançar, também implantou na humanidade o princípio do AMOR FRATERNAL, o sacrifício para o bem dos outros. E, em liberdade, podemos elevar nossa alma para comemorar Sua morte e Sua ressurreição. A Terra dá mais uma volta em redor do Sol. Sabemos aproveitar esse espaço que se repete anualmente?

Fonte: JORNAL DO CONVÍVIO – Órgão de Divulgação de Professores, Alunos e Pais Ano 4 – Nº 1 – Março 1993

Olhando para tudo que existe na natureza ao nosso redor, na própria natureza humana e no A PÁSCOA

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O Conselho de Pais retomou suas atividades realizando a primeira reunião do ano em 17 de fevereiro. Ficou mantido o calendário de reuniões mensais, toda terceira quarta-

feira do mês. Contamos com a presença dos representantes do ano de 2015 que, até a

escolha dos representantes do ano de 2016, serão os responsáveis pela ponte entre escola e comunidade. Na primeira semana de março serão escolhidos os novos representantes nas reuniões de classe.

Como primeiro evento do Conselho de Pais, dia 5 de março, tivemos o Encontro de Pais Novatos. Momento de recepção e de confraternização, contamos com os representantes para serem padrinhos dos pais novos

de sua classe, auxiliando-os em sua integração. Apresentamos um pouco do trabalho realizado aqui em nosso colégio, foram ofertadas vivências pelos professores do infantil, ensino fundamental e médio e terminamos com um delicioso lanche coletivo.

A força e existência do Conselho de Pais, parte do tripé de sustentação em uma Escola de Pedagogia Waldorf, é vital para que ela funcione como um organismo vivo. Buscar fortalecê-lo por meio das reuniões, participação em eventos, comissões de trabalho é garantir que possamos, como pais, sermos os braços e pernas desse corpo.

Coordenação do Conselho de Pais Adriana Di Mambro, Camila Jardim, Erika Monteiro, Iara Couy,

Iris Coutinho, Lilian Guerra, Simone Rabello, Junia Veiga e Steve Blanton

“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas” Mário Quintana

SABINO, Fernando. O Encontro Marcado. (Categoria: Romance)

Esta é a história de um jovem em desesperada procura de si mesmo e da verdadeira razão de sua vida. Quase

absorvido por uma brilhante boêmia intelectual, seu drama interior evolui subterraneamente, expondo os equívocos fundamentais que vinham frustrando sua existência e sufocando sua vocação.

“De tudo ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.”

Esta é a história de um jovem em desesperada procura

Fazem parte de nosso acervo várias obras de autores brasileiros, que estão sendo estudadas pelos nossos alunos do Ensino Médio, como por exemplo:

ESCOLA DE PAIS

A Escola de Pais do Colégio Rudolf Steiner de MG iniciou suas atividades no final de 2013 com a visita e palestra da Dra Ana Paula Cury, justamente para abordar sua experiência na formação da Escola de Pais da Escola Rudolf Steiner de SP.

No início de 2014 nasceu então o movimento no nosso Colégio que, desde então, vem oferecendo palestras mensais para a comunidade, abordando temas variados, em sua maioria ligados à Antroposofia, buscando oferecer mais alguns passos na direção da auto-educação e alguma luz para essa desafiadora missão de pais educadores.

É uma imensa satisfação ter podido contar sempre com o apoio e participação das 3 instân-cias do Colégio e a generosidade dos participantes para o sempre delicioso lanche comu-nitário e para a contribuição �nanceira que permite a manutenção das nossas atividades.

Em 2016 o ciclo inicia-se em março, conforme a seguinte programação:

- 12/3: “Astronomia: observação do céu como possibilidade de expansão da alma humana” com o professor Aroldo Lacerda- 16/4: “Aspectos médicos e biográficos no segundo setênio” com a Dra Fernanda Camarano.- 21/5: “A importância das três instâncias na comunidade Waldorf ” com a professora Simone Dantas- 11/6: “Meios eletrônicos” com a professora Andrea Gallo

Contamos com a comunidade para mais um ano de palestras enriquecidas pela sua presença!

Um abraço fraterno da Coordenação da EPCRSMG

*Lembramos que a programação pode sofrer alterações de datas, horários e temas, portanto fiquem atentos à nossa divulgação.

“Querida comunidade do CRSMG,Com muita alegria anunciamos o início das obras da expansão para o Ensino Médio no �nal de outubro. As chuvas têm colaborado, e a execução vem transcorrendo de acordo com o planejado. No projeto constam, além da nova quadra coberta, 3 salas para o EM, 4 instalações sanitárias sendo 2 para portadores de necessidades especiais e um depósito para materiais de Educação Física. A previsão de entrega é julho de 2016 e os alunos poderão usufruir desse novo espaço já a partir do

2º semestre. Coloco-me a disposição para

esclarecer qualquer dúvida.

Júnia Veiga Ferreira - Arquiteta

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Cheguei até a Pedagogia Waldorf através de um folder em um consultório médico, o qual descrevia um pouco sobre a Pedagogia e o trabalho do Jardim de Infância da Lume. A partir daí procurei saber um pouco mais sobre a Antroposofia e percebi nessa filosofia um caráter humanitário e holístico. Então antes mesmo de ter meu filho já havia decidido qual tipo de escola gostaria que ele frequentasse.

Percorrido todo o caminho necessário cheguei no CRSMG e aqui me senti acolhida, parte do meio e do todo. No CRSMG nosso �lho se sente inteiro, a escola proporciona a ele o prazer de aprender, interagir, criar e construir, despertando assim, através das atividades diárias, seu potencial de criatividade e imaginação .

A escola viabiliza junto aos nossos filhos uma infância feliz, saudável, nos ensina a perceber o mundo na sua real beleza, que muitas vezes, diante de uma dinâmica corrida do dia-a-dia, não nos atemos a tão singela e fantástica beleza natural. Somos convidados constantemente a observar e a participar de tudo isso. Não é só um currículo a ser cumprido, vai muito além disso.

Acreditamos assim, que o nosso filho tem uma imensa chance de ser um adulto feliz , com grande perspectiva de acerto junto ao ser e não se limitar

somente ao ter. Aqui podemos viver com “uma certa leveza”, encontramos o prazer de trabalhar junto à escola. Desta maneira sentimos então que fazemos parte dela literalmente. TUDO acontece porque participamos de forma ativa, temos profissionais altamente comprometidos conosco, com nossos filhos. Todos esses fatores favorecem para que nossa escola seja uma escola pra lá de especial, inspiradora do bem.

Percebemos a escola como nossa parceira e não é nada fácil a missão de educar. Encontramos nos outros pais grandes amigos, amamos igualmente os colegas de nossos filhos e sabemos que eles terão amigos por toda vida. Isso muito nos conforta e alegra. Desejamos amar a cada um deles como os nossos entes mais queridos.

Ah ! O ambiente de nossa escola é aconchegante, “caliente”! Esta escola muito nos alegra e ao meu filho, nem te conto: ele ama a escola, tem prazer em frequentá-la e se sente muito feliz aqui.

Tiago teve a oportunidade de frequentar uma escola tradicional, então tem parâmetro para entender a diferença entre elas, e assim perceber que é acolhido e amado por todos profissionais que constroem nossa escola.

Auristela e Fernando pais do Tiago Bonifácio Curto do 3º ano

Parece que foi a pouco tempo que eu e minha turma cantamos Aquarela de Toquinho em nossa última Alvorada na Escola. Transbordando de emoções, dúvidas e gratidão, pensávamos nessa estrada que o �m ninguém sabe bem aonde vai dar, e em todas as nossas aquarelas que um dia en�m iriam se descolorir...

Lembro de quando, ainda nos meus queridos anos de Pólen, lia nessa mesma sessão do jornalzinho por onde andavam os alunos que passaram pela escola, e de quando também a ideia de sair andando pelo mundo ainda me assustava demais.

É estranho que hoje quem está escrevendo para o jornalzinho sou eu, e que já se passaram três anos desde que eu me formei no 9° ano da Pólen...

Nesse tempo, tive a oportunidade de passar quatro meses na Inglaterra onde estudei mais uma vez em uma escola Waldorf. Atualmente estou de intercâmbio na Itália, estudando em uma escola pública. Aprendi muito nesses vai e vens e descobri um gosto enorme por viajar, me perder em tantas cidades lindas, suas histórias, culturas e pessoas. Se hoje consegui vencer meu medo de andar por aí é porque estive por nove anos em uma escola onde se respeita o tempo e a individualidade de cada aluno, e através de um currículo lindo, cheio de teatros, pinturas, músicas, festas da lanterna e de São Micael e trabalhos profundamente envolventes, como o da biogra�a, incentiva a cada um a enfrentar os desa�os, reverenciar a vida e desenvolver-se como ser humano.

Diferentemente do que eu pensava há três anos atrás, sobre o que iria acontecer depois daquela última Alvorada, eu nunca deixei realmente a Pólen, nem os amigos que �z por lá ou as aquarelas, que continuam coloridas na minha alma.

Yasmin Ribeiro, ex-aluna dos professores Ana Luisa Versiani (1º ao 4º ano), Bartira Gotelipe (5º ao 8º ano) e Bernardo Zama (9º ano)

A música, sem que a razão possa defender-se, entra dentro do corpo e vai ao fundo da alma. Adoraria ter escrito isso, porque traduz �elmente o que eu sinto. Mas foi Rubem Alves quem descreveu a sensação imediata e sensorial que a música provoca quando alcança a alma.

E foi assim, sem defesas, ao som de uma ciranda cantada em coro, com sorrisos e coreogra�a espontâneos, que fui atraída para o Coral de Pais, quando os ensaios ainda aconteciam sob a tenda no estacionamento, há um ano .

Eu pretendia cantar só aquela ciranda, mas fui cativada pela chance de aprender as músicas da Pedagogia Waldorf e pela sintonia dos cantores. Sintonia que supera a harmonia de vozes e o prazer de cantar, porque ilumina-se por serem pais e compartilharem a busca por uma alternativa de educação mais humana, por comprometerem-se com a sua auto-educação e pela consciência da vontade de a�nar o próprio espírito para vivenciar os valores da Antroposo�a.

Quem torna tudo isso possível é a Mariana. É ela quem conduz vozes e instrumentos, quem contemporiza nosso repertório com as estações do ano e as festas cristãs e nos inspira nesse processo de auto-educação. Exigente e doce, elegante e acolhedora, pontual e surpreendente, líder e humana, Mariana é singular e plural, é

do tipo de pessoa que canta e ouve, que fala e escuta, com a mesma presença. Ela me faz lembrar de Julie Andrews, e ouso a dizer que, fosse ela noviça, seria rebelde.

Brincadeiras a parte, convido vocês, pais e avós, a experimentarem o Coral, que se reúne todas as sextas-feiras letivas, de 7:30 às 8:30 da manhã, na sala de música do Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais. Sejam bem-vindos.

A música, sem que a razão possa defender-se, entra dentro do corpo e vai ao fundo da alma.

POR QUE EU PARTICIPO DO CORAL DA ESCOLA?

e surpreendente, líder e humana, Mariana é singular e plural, é do tipo de pessoa que canta e ouve, que fala e escuta, com a mesma presença. Ela me faz lembrar de Julie Andrews, e ouso a dizer que, fosse ela noviça, seria rebelde.

Brincadeiras a parte, convido vocês, pais e avós, a experimentarem o Coral, que se reúne todas as sextas-feiras letivas, de 7:30 às 8:30 da manhã, na sala de música do Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais. Sejam bem-vindos.

Bruna Freire Ribeiro Hirszman mãe Gabriela Ribeiro Hirszman (Jardim Érika)

e do Felipe Ribeiro Hirszman (futuro aluno)

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FEIRINHA FUNDO DE QUINTAL

ALIMENTOS ORGÂNICOS.TERÇA-FEIRA, DE 11:00HS À 13:00HS

LOJINHA DIARIAMENTE, DE 11H00 ÀS 13H00

A LOJINHAAtualmente, a nossa lojinha conta com o trabalho voluntário de poucos participantes e precisamos da colaboração de pais ou mães que possam efetivamente atuar no atendimento à nossa comunidade.

Os horários são de segunda à sexta-feira, de 11 às 13hs, cada voluntário ficará responsável por 1 dia da semana.

Se você tem interesse em nos ajudar, envie um e-mail para: [email protected]

Somos gratos por estar ajudando em nosso compromisso e obrigado por seu apoio contínuo.

Equipe de pais voluntários da Lojinha do Colégio Rudolf Steiner de Minas Gerais

*Toda a renda da lojinha irá para angariação de fundos de nossa escola.

2 0 d e m a rç o a 2 1 d e j u n h o

MARÇO18 a 25 – 15º Módulo do curso de Pedagogia Waldorf

21 a 25 – Semana Santa/Recesso

31 – Encontro das Três Instâncias

ABRIL16 – Sábado Letivo - Palestra Escola de Pais

21 e 22 – Tiradentes/Recesso

27 – Reunião Conselho de Pais

MAIO

01 – Dia do Trabalhador08 – Dias das Mães14 – Sábado com Arte18 – Reunião Conselho de Pais26 e 27 – Corpus Christi/Recesso

JUNHO

04 – Festa da Lanterna15 – Reunião Conselho de Pais25 – Festa de São João E. Infantil

Nossas oficinas voltaram! Para crochetar Katy: 99410-1409Para bordar Fabiana : 99821 5987