O poder das restrições

O PODER DAS RESTRIÇÕESProduct Redesign: Como o Media Manager virou Holmes

Thursday, March 21, 13

“Aqui está uma das poucas chaves efetivas do problema do Design - a habilidade do Designer de

reconhecer o maior número possível de restrições - seu desejo e entusiasmo para trabalhar dentro das restrições. Restrições de preço, tamanho, superfície,

resitência, tempo, etc.” — Charles Eames


Muitos falam em “ser livre para criar”. Mas os artistas devem ser livres. Designers devem trabalhar dentro de limites, que são as restrições.

O desafio é encontrar as restrições adequadas e não se perder nas restrições que não deveriam influenciar o seu trabalho.


EM PRIMEIRO LUGAR:Por que Media Manager virou Holmes?


Pessoas de TI costumam nomear os sistemas de acordo com sua funcionalidade: Report Builder, CadProp (Cadastro de Propriedades), SysPag (Sistema de Pagamentos), Media Manager, etc!


Sendo assim, como deveria se chamar o Twitter? E o Google? E a Apple? Como vai se chamar o seu filho

quando ele nascer?


Holmes vem da idéia de que o sistema encontrará os documentos que você busca baseado nas pistas que você forneceu num dado instante.


EM SEGUNDO LUGAR:Conheça o Media Manager



O Media Manager é um sistema gerenciador de documentos. Como 99% dos produtos do Mercado o Media Manager tinha um

monte de botões e funcionalidades!


EM TERCEIRO LUGAR:Como o Media Manager virou o Holmes?


WIREFRAMES“É o que nós sabemos e não o que não sabemos

que nos causa problemas” - Will Rogers


Primeira tentativa


Segunda tentativa


Terceira tentativa


Quarta tentativa


O Design não tem integridade! É preciso que tudo faça parte de um conceito coerente. Algo que

funcione como filtros e nos obrigue a resolver os problemas de forma criativa.

A criatividade depende enormemente de restrições adequadas.

Qual o problema?


Quinta tentativa


A integridade do Design do Holmes foi garantida com a premissa de que tudo é busca! A partir

do momento que definimos isto conseguimos sugerir soluções melhores!


Sexta tentativa


Numa comparação com o Media Manager...


Os inúmeros botões sufocam área de resultados da busca e a área de busca

1

2

1 2


A área de resultados da busca e a área de busca têm destaque

1

2

1

2


LOOK AND FEELUm Designer sabe que chegou a perfeição não quando

não tem mais nada para adicionar, mas quando não tem mais nada para tirar - Antoine de Saint-Exupery


Primeira tentativa


Segunda tentativa


Terceira tentativa


Assim como no Design o Look and Feel precisa de um direcionamento. O foco tem que ser a busca e

o conteúdo.

Qual o problema?


Quarta tentativa


O coração do Holmes, a Área de Busca, também evoluiu muito.


É possível observar que ficou cada vez mais simples. Neste caso o segredo é “relaxar” as restrições: no início

achávamos que deveria ter um monte de coisa, mas depois deixamos apenas o essencial. Detalhe para a versão 3 que lembrava o controle do Playstation.


Enfim...


Antes


Depois


A grande diferença não é visual apenas. Mas sim na simplicidade do conceito que se traduz na simplicidade de uso e da proposta de valor.



No Holmes você não organiza os documentos em pastas. Você classifica. Desta forma o sistema aprende.

Até que chega uma hora que ele ajuda você organizar através da inteligência artificial.

Por que o Holmes?


Uma visão de um produto é algo que ajuda criar restrições. Ela funciona como um mapa que está sujeito a interpretação. Dependendo do que lhe parece você pode pegar a rota do sucesso ou do

fracasso. Trata-se de uma odisséia onde a maioria das pessoas se perde no meio do caminho.


Beck Novaes - Designer de Produtos na DClick

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