18
O Poderio de Cartago

O Poderio de Cartago. Cartago, fundada no século IX a.C, foi a principal colônia durante a fase prospera dos Fenícios. Cartago, cujo nome em fenício,

Embed Size (px)

Citation preview

O Poderio de Cartago

Cartago, fundada no século IX a.C, foi a principal colônia durante a fase prospera dos Fenícios. Cartago, cujo nome em fenício, Qart Hadsht, significa “cidade nova”, localizava-se em lugar estratégico do mar Mediterrâneo. A localização privilegiada fez com que a sua

importância crescesse rapidamente e assumisse uma posição de destaque entre as cidades fenícias.

Enquanto os fenícios, a partir do século VIII a.C, seriam conquistados sucessivamente pelos povos Mesopotâmicos e Persas, Cartago prosperaria independente. E mais tarde, quando a cidade de Tiro foi conquistada pelos Macedônios, em 322 a.C., Cartago assumiria de vez a predominância do comércio no mar Mediterrâneo.

Representação do Porto de Cartago

Na fase inicial da civilização de Cartago, sua principal arma de desenvolvimento não era bélica, ou seja, o militarismo, mas o comércio marítimo, devido à sua diversificada indústria naval.

Ninguém construía barcos como os fenícios e, em Cartago, essa indústria chegaria próxima da perfeição. Suas embarcações mercantis mediam entre 20 e 30 metros de comprimento e entre 6 e 7 metros de largura. A proa era normalmente decorada com a escultura de uma cabeça de cavalo. No casco, eram pintados dois olhos, um de cada lado, cujo objetivo místico era permitir ao barco “enxergar” melhores caminhos.

Cartago mantinha rígido controle sobre seus parceiros comerciais, exigindo exclusividade e fidelidade de seus fornecedores, somente seus navios poderiam transportar e vender mercadorias na região. Dominavam portos e rotas de distribuição e assim estenderam sua influência por todo o norte do continente africano.

Conflitos entre Cartago e Roma (Guerras Púnicas)

Para impor sua hegemonia comercial e militar na região do Mediterrâneo, os romanos precisaram enfrentar e derrotar Cartago, iniciando as Guerras Púnicas. Cartago foi , sem dúvida, a maior rival de

Roma no século III a.C. Os cartagineses haviam alcançado alto grau de prosperidade e suas caravanas comerciais chegavam aos mais longínquos lugares do mundo conhecido.

Primeira Guerra Púnica (264 - 241 a.C)

No ano de 275 a.C. Roma já havia expandido seu território na península italiana, vencendo os gregos e controlando toda a península. Naquela época, a Sicília era uma ilha rica em recursos, controlada por Cartago no oeste e pelas cidades gregas no leste, a maior das quais foi a cidade de Siracusa.

Para guerrear contra Cartago e dominar a Sicilia, Roma foi forçada a embarcar em um ambicioso projeto de construção naval. Até a guerra, Roma tinha sido uma potência militar com base em terra e não podia chegar a superioridade naval de Cartago, com quem perdeu uma série de confrontos navais. Mas, os romanos conseguiram capturar um navio cartaginês e copiar o modelo.

Uma vez que as tecnologias de ambas as potências navais eram equilibrados, Roma conseguiu fabricar os navios com uma melhor capacidade de produção. No final, Roma venceu Cartago e passou a controlar a ilha da Sicília. Impôs a Cartago elevadas dividas de guerra.

Segunda Guerra Púnica (218 - 201 a.C)

Cartago se recuperou da derrota para Roma e começou a expandir sua influência na Península Ibérica, rica em metais preciosos. 

Sob o comando de Aníbal Barca, e com o apoio de aliados africanos, a guerra começou com uma surpreendente ofensiva cartaginesa. Os exércitos cruzaram os Alpes, ao norte da Espanha, com elefantes de guerra e impuseram várias derrotas aos romanos. Mas a guerra se prolongou demais, e terminou em outra derrota de Cartago, que perdeu o domínio sobre a Península Ibérica.

Terceira Guerra Púnica (149 - 146 a.C)

Na Terceira Guerra Púnica foi decretado o massacre de Cartago. O senador romano Catão defendia que Cartago deveria ser destruída, pois acreditava que Roma só se tornaria uma grande potência no Mediterrâneo se Cartago deixasse de existir. A célebre frase “delenda est Cartago” (Cartago deve ser destruída) era seu jargão nos discursos do Senado. Em 146 a.C Cartago foi invadida e destruída pelos romanos. A população foi escravizada e a cidade queimada.