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www.oportomosense.com Porto de Mós, 9 de Dezembro de 2010 ano XXVIII n.º 678 preço: 0,80 € Proprietária: Cincup - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, CRL | Fundador: João Matias | Director: Isidro Bento quinzenalmente às quintas-feiras Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós PUB Relação confirma sen- tença de Irene Pereira O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou a sentença de difamação agravada a Irene Pereira por artigo publicado em O Portomosense. Antiga autarca vai reclamar do acórdão. Pág. 16 Juncal encerra comemo- rações dos 450 anos No dia 4 de Dezembro terminaram as comemorações dos 450 anos da freguesia do Juncal. Durante um ano, a vila recebeu fins-de-semana temáticos, tertúlias, exposições e espectáculos. Última Cozinheiro portomo- sense faz História A equipa olímpica Junior de Culinária, onde se integra o jovem portomosense, Samuel Mota, conquistou duas medalhas no campeonato do mundo e o 3º lugar no Mundial desta “modalidade”. Pág. 2 EM ENTREVISTA... Rita Cerejo - Vereadora da Acção Social “Há crianças que a única refeição que tomam é na escola” Pág. 6 Grátis Nesta Edição Especial Natal - 1ª Edição 2ª edição a 21 de Dezembro Pág. 17 a 24 António Bastos condenado a 13 anos de prisão Foto: Joaquim Dâmaso Boas Festas

O Portomosense 678

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O Portomosense 678

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Page 1: O Portomosense 678

www.oportomosense.comPorto de Mós, 9 de Dezembro de 2010 ano XXVIII n.º 678 preço: 0,80 €

Proprietária: Cincup - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, CRL | Fundador: João Matias | Director: Isidro Bento quinzenalmente às quintas-feiras

Medalha de Mérito Cultural, grau Ouro, do Municipio de Porto de Mós

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Relação confirma sen-tença de Irene Pereira

O Tribunal da Relação de Coimbra confi rmou a sentença de difamação agravada a Irene Pereira por artigo publicado em O Portomosense.Antiga autarca vai reclamar do acórdão.

Pág. 16

Juncal encerra comemo-rações dos 450 anos

No dia 4 de Dezembro terminaram as comemorações dos 450 anos da freguesia do Juncal. Durante um ano, a vila recebeu fi ns-de-semana temáticos, tertúlias, exposições e espectáculos.

Última

Cozinheiro portomo-sense faz História

A equipa olímpica Junior de Culinária, onde se integra o jovem portomosense, Samuel Mota, conquistouduas medalhas no campeonato do mundoe o 3º lugar no Mundialdesta “modalidade”.

Pág. 2

Proprietária: Cincup - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, CRL

EM ENTREVISTA...

Rita Cerejo - Vereadora da Acção Social

“Há crianças que a única refeição que tomam é na escola”

Pág. 6

Grátis

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A equipa olímpica Junior de Culinária, onde se integra o

Samuel Mota, conquistou

campeonato do mundoe o 3º lugar no Mundial

Especial Natal- 1ª Edição2ª edição a 21 de Dezembro

Pág. 17a 24

António Bastoscondenado a 13 anosde prisão

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Boas Festas

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-2 -9 de Dezembro de 2010Actualidade

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EM ALCARIA E SÃO BENTO

Nunca é tarde demais para “mexer” nas novas tecnologias

O convívio e a boa dispo-sição aliam-se à aprendiza-gem nas sessões de informá-� ca que estão a ser desen-volvidas, desde Setembro, nas freguesias de Alcaria e São Bento.

O projecto tem uma boa adesão, segundo explicou ao nosso jornal o monitor Gonçalo Januário, que dina-miza as sessões desta inicia-� va resultante de uma par-ceria entre o projecto Leiria Região Digital, a autarquia de Porto de Mós e as juntas de freguesia.

No passado dia 30 de No-vembro, fomos até Alcaria e entrámos no Carro da NET, como é chamado, para as-sis� r a uma sessão de in-formá� ca. Há nove lugares à disposição e estão todos ocupados em pra� camen-te todas as sessões, que são gratuitas e dirigidas à popu-lação em geral.

Dentro do Carro da NET, está tudo à disposição. É um veículo adaptado especial-mente para o efeito, onde o monitor disponibiliza, de forma simples, mas asser� -va, noções básicas de infor-má� ca. Em cada mini-secre-tária, há um portá� l à dispo-sição com acesso à Internet. As matérias abordadas com-

preendem formação bási-ca ao nível do processador de texto, do Excel, edição de imagem e acesso à Internet.

Durante a sessão, a infor-malidade é palavra de or-dem, até porque, se assim não fosse, talvez o sucesso não fosse tanto. Em frente ao computador, os risos vão surgindo a cada passo des-conhecido ou a cada difi cul-dade com que se deparam. Ora, porque a visão já não

é das melhores para ler o ecrã, onde o monitor vai ex-plicando as etapas a seguir, ora, porque aparecem pala-vras em inglês, que alguns vêem pela primeira vez.

É, sem dúvida, o sen� do de humor que dá sabor a es-tas sessões, frequentadas, principalmente, por pesso-as reformadas. O que tam-bém ajuda à “festa” é o fac-to de toda a gente conhecer o monitor, por coincidência,

fi lho da presidente da Jun-ta de Freguesia de Alcaria, Benvinda Januário.

Mais do que aprender a lidar com um computador, quem vem a estas sessões quer conviver e, de certa forma, ganhar alguma auto-es� ma. O� lia Carreira, refor-mada, refere que “esta ideia veio trazer mais alegria à al-deia”. E é mesmo isso que parece ser preciso, em ter-ras mais isoladas.

O computador, por sua vez, vem facilitar a comu-nicação com familiares que moram no estrangeiro, se-gundo Zulmira Carreira. Contactar com família dis-tante, é, segundo afi rma a maior parte, a grande razão de querer mexer num com-putador.

Luísa Patrício

Sessões de informática têm boa adesão

CULINÁRIA

Medalha para Samuel Mota A Equipa Olímpica Júnior,

onde se integra o cozinheiro portomosense Samuel Mo-ta, fez história no Campeo-nato do Mundo de Culinária de 2010, no Luxemburgo.

Pela primeira vez, em 18 anos de competição, Por-tugal foi galardoado com a medalha de ouro no “Menu Quente” e com a medalha de prata na “Mesa de Exibi-ção”. Um desempenho que valeu ainda aos jovens cozi-nheiros um terceiro lugar a nível mundial.

Samuel Mota tem 19 anos, frequentou a Escola de Ho-telaria de Fátima e, depois de vários meses em provas de selecção, é um dos ele-mentos da Equipa Olímpica Júnior.

O jovem portomosense afi rma que o bom desempe-nho “surpreendeu” a equi-pa, que partiu para o Lu-xemburgo sem experiência em provas internacionais. Para o próximo ano o grupo participa numa prova nos Estados Unidos da América, com responsabiliade acres-cida”, admite Samuel Mota. “Agora somos vistos como uma equipa mais forte”, re-fere o portomosense.

Na equipa está também outro jovem cozinheiro de Leiria, Luís Gaspar.

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-3-9 de Dezembro de 2010 Actualidade

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INDEMNIZAÇÃO DE 111 MIL EUROS PARA FAMÍLIA DA VÍTIMA

António Bastos condenado a 13 anos de prisão

Treze anos de prisão efec-� va pelos crimes de homi-cídio simples e detenção de arma proibida. Esta foi a pe-na aplicada ao empresário António Bastos, pelo tribu-nal de júri, numa leitura de sentença muito contestada pelos inúmeros populares que assis� ram à leitura do acórdão, no dia 30 de No-vembro, no Tribunal Judicial

de Porto de Mós.O advogado de defesa,

Rodrigo San� ago anunciou que vai recorrer da senten-ça, para o Tribunal da Rela-ção de Coimbra e se neces-sário para o Supremo Tribu-nal de Jus� ça, acreditando que logo num primeiro re-curso o julgamento, ou pelo menos uma parte dele, terá de ser anulado. “Tenho pena

que este julgamento cons-� tua mais uma afi rmação do velho pensamento acer-ca dos portugueses: o nosso mal é inveja”, referiu o advo-gado à saída da sala de au-diência.

O proprietário da empre-sa Armazéns Madiver foi ain-da condenado ao pagamen-to de uma indemnização de 111 mil euros, mais juros, à

família de José da Silva, que em 16 de Outubro de 2009, foi morto por António Bas-tos no decorrer de uma ten-ta� va de assalto à empresa, numa altura em que estava algemado por um guarda da GNR, que acabou ferido pe-lo disparo.

Há saída do tribunal, Sou-sa Santos, o advogado da família da ví� ma, que che-gou a trabalhar na empresa, considerou a indemnização “adequada”. A ví� ma era ir-

Os apoios e os protestosA sala do tribunal de Por-

to de Mós encheu duas ve-zes para ouvir o desenlace do julgamento do empresá-rio da Madiver. De manhã, um autocarro da União de Leiria, transportou todos os jogadores do clube, as-sim como vários técnicos e dirigentes, que deram apoio a António Bastos, ad-ministrador da SAD do clu-be. A sala de audiência es-teve sempre lotada com

populares. Mal terminou a leitura da sentença, ouvi-ram-se gritos a clamar “in-jus� ça”, ainda dentro da sala de tribunal, surpreen-dendo o juiz Victor Soares, que avisou as possíveis im-plicações criminais dos pro-testos. Aos gritos de revol-ta perante a pena aplicada, juntaram-se os de apoio ao elemento do júri que não votou favoravelmente à pe-na aplicada.

“Não há jus� ça nenhu-ma”, “é uma pouca vergo-nha” ou “não de admite” foram algumas das frases muito ouvidas já no átrio do tribunal, por onde pas-sou António Bastos, abala-do e defendendo novamen-te a sua inocência.

ANTÓNIO BASTOS CONTINUA EM PRISÃO DOMICILIÁRIA

Jogadores e dirigentes da União de Leiria estiveram no tribunal

DEFESA QUERIA NOVA TESTEMUNHA

A última sessão do julgamento de António Bas-tos começou logo de manhã, mas foi já ao fi nal da tarde que o empresário fi cou a conhecer a pena aplicada, após duas horas de leitura do acórdão. O início da sessão fi cou marcado pelo requerimen-to da defesa, que pretendia ouvir uma médica indi-cada pelo Instituto Nacional de Medicina Legal, na qualidade de perita.

O tribunal recusou o pedido por entender que, a alteração não substancial dos factos, que levou ao adiamento da leitura da sentença, não tinha que ver com a prova produzida, mas sim com a moldu-ra penal dos crimes, ou seja, com a passagem de homicídio qualifi cado para homicídio simples e da ofensa à integridade física qualifi cada para ofensa à integridade física por negligência.

O advogado de defesa, Rodrigo Santiago, con-testou ainda a validade da decisão, tomada apenas pelos três juízes e não por todos os elementos do tribunal de júri, (anunciando um recurso ao Tribunal da Relação de Coimbra), no entanto, sem sucesso.

Extinto do processo foi o crime de ofensa à inte-gridade física por negligência, uma vez que o mili-tar da GNR não apresentou queixa do ferimento re-sultante do disparo de António Bastos.

mão do ex-marido de uma fi lha de António Bastos.

A pena aplicada pelo tri-bunal aproximou-se da sen-tença pedida pelo Ministério Público (pelo menos 14 anos de prisão), que voltou a de-fender que se tratou de um “crime bárbaro”.

“O tribunal de júri não te-ve a menor dúvida que o ar-guido quis matar a ví� ma”, afi rmou o juiz Victor Soares, durante a leitura do acór-dão. Uma condenação que

foi suportada pelos votos de seis dos sete elementos que compunham o tribunal de júri, com um dos elementos a apresentar a declaração de voto vencido.

António Bastos con� nua em prisão domiciliária, com recurso a pulseira electróni-ca, até que a sentença tran-site em julgado.

Patrícia C. Santos

Festas Felizes

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-4-9 de Dezembro de 2010

As instituições não têm dúvida: a pobreza está a crescer em Porto de Mós, e a apanhar famílias que nun-ca se imaginaram em situação de ca-rência. Enquanto alguns gritos de aju-da são formas de aproveitar as facili-dades do sistema, muitas das maiores carências continuam escondidas sob o manto da vergonha.

Diz-se...

“Jesus estaria contra esta polí� -ca do sou� en: apoia a direita e a esquerda e mama das duas”

Frei Venturafranciscano capuchinho

“Tabu”

o manto da vergonha.

Memória

Página do Leitor

“A minha mulher não me deixa voltar para a mina”

Luís Urzúachefe dos mineiros resgatados no Chile

“Correio da Manhã”

“A única hipótese que a Europa tem para não pa� nar é criar um governo federal, similar aos Estados Unidos”

Mário Soaresantigo Presidente da República

“Jornal de Notícias”

“Os gestores que antecipam distribuição de lucros são perigosos anarquistas”

Eduardo Cabritadeputado do PS

“Correio da Manhã”

Troca

do po

r Mós

Flash

O Juncal teve um ano impar na co-memoração dos 450 anos de fregue-sia. Muitas actividades, grande ade-são de público e um grande envol-vimento da população. A comissão, onde se integram Filomena Martins e Luís Malhó, demonstrou que quan-do há boa vontade faz-se muito com pouco dinheiro.

Samuel Mota integra a equipa que fez história no Campeonato do Mun-do de Culinária de 2010. Pela primei-ra vez, Portugal traz duas medalhas, uma de ouro e uma de prata, além do terceiro lugar da geral. Apesar dos 19 anos, o portomosense já dá cartas no mundo da cozinha.

“É importante não nos cansarmos, até que a voz nos doa, na diferenciação entre Portugal e a Irlanda”

Teixeira dos Santos

ministro das Finanças

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Portugal e a Irlanda”

Teixeira dos Santos

ministro das Finanças

Ontem, já depois do fecho desta edição, os portomosenses assinalaram a passagem de mais um ano da maior tragédia ocorrida no concelho no último século. Foi em 8 de Dezembro de 1936 que quase meia centena de pessoas perderam a vida (entre as quais 36 crianças), em Porto de Mós, naquele que ficou conhecido como o “Desastre da Escola”.Aquando da passagem do 60º aniversário dessa efeméride, em 1996, Câmara e paró-quia acharam que era tempo de evocar o Desastre e homenagear as suas vítimas.Na foto vemos o então presidente da Câmara, José Ferreira, ladeado dos sobreviven-tes dessa tragédia.

A situação que hoje chega ao Flash já tem algum tempo e nem sequer é inédita, muito pelo con-trário. Passou-se na Portela Va-le de Espinho, Arrimal mas há ca-sos idênticos noutros pontos do concelho. Aqui, para se marcar o percurso de um passeio equestre pintou-se a tinta vermelha, pa-redes de casas, poços comunitá-rios e muros, ignorando além da propriedade privada as regras do PNSAC.

Noutras zonas e para outros desportos, são as fi tas de plásti-co que fi cam eternamente esque-cidas...

Correio dos Leitores

Hospital Santo Andrée os portugueses emigrantes

Deus queira que nenhum português que trabalha no estrangeiro, adoeça quando regressar à sua terra, à sua al-deia, ao seu berço em tempo de férias.

Os casos relatados por amigos e fami-liares nos “serviços de urgência” do Hos-pital de Leiria, pago também pelos im-postos dos mais de 5 milhões desses emi-grantes de Portugal e, em par� cular, aos mais de 120 000 do Distrito de Leiria, fa-zem-nos verter suores frios...

Como aceitar tal desdém, tal incúria, tal falta de respeito? Um dia destes fo-mos acome� dos de doença e, natural-mente, fomos aos serviços do Hospital de Leiria, às urgências!...

Não acreditávamos naquilo que está-vamos a viver, ao vivo, na carne e no es-pírito... Era mau demais para o orgulho de ser “Português” e que vive em Fran-ça há quase 50 anos... Somos um país do

3º Mundo?Era mais um sofrimento, a juntar a ou-

tro sofrimento moral!... Comparações, e podemos fazê-las com aquilo que se vive em França, é um paradoxo, é impossível, vergonhoso e ao mesmo imbecil! Os mé-dicos altaneiros e seguros de si, falam aos doentes como espécies raras, únicas, na-quele mar de sofrimento.

Depois de mais de 24 horas numa ca-ma, nos corredores das urgências, com os gritos de mais de 25 doentes à espe-ra, o tempo de angús� as avolumava-se na medida da desorganização. Sim, de-sorganização, que se notava a olhos nús para avolumar ainda mais a nossa “raiva” como vive em Portugal um cidadão que tem a desdita de adoeçer e chegar a tal hospital!

José Batista de Matos

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-5-9 de Dezembro de 2010

Na edição de hoje temos uma entrevis-ta com a vereadora da Acção Social, que nos deve fazer refl ec� r.

O cenário traçado pela jovem e dinâ-mica autarca é bem mais negro daque-le que, desde sempre, nos foi desenhado por responsáveis polí� cos e outras pesso-as que por profi ssão ou vocação (ou am-bas) há muitos anos trabalham no apoio social no concelho.

Isso leva-me a concluir que ou Rita Ce-rejo é uma jovem com uma sensibilida-de acima da média e onde os outros mais velhos e experientes vêem uma situação que diria quase normal, ela observa tu-do a cinzento e negro ou então, o retrato que faz só pecará por modesto.

Pessoalmente, inclino-me mais para a segunda hipótese, o que signifi ca que a realidade social do concelho terá mudado

de forma substancial com esta crise que só a uma minoria poupa.

Acredito que con� nuemos fora do le-que dos municípios da região com mais problemas mas não tenho dúvidas que o aumento substancial do desemprego nos deve preocupar e muito, por se saber que há tanta gente que está sem trabalho mas também por aquilo que arrasta consigo. É o sufi ciente para destruir famílias, seja do ponto de vista económico, seja na relação que os seus elementos mantêm entre si.

Quando é certo e sabido que, infeliz-mente, Mira de Aire é a freguesia que mais preocupa em termos sociais, choca-me que em pleno Dia de Natal a sua po-pulação vá receber como prenda um au-tên� co “elefante branco”.

Numa terra que precisa de pão, de tra-balho e de uma equipa mul� disciplinar

que no terreno trabalhe em ar� culação com a excelente equipa dos Gorjões na iden� fi cação dos casos existentes e no delinear de um plano de acção que devol-

va alguma esperança à freguesia, uma sa-la de espectáculos de dois milhões de eu-ros parece um enorme desperdício.

Fecham-se escolas, fecham-se unidades de saúde, quase se fecham aldeias em no-me da rentabilização de meios materiais e humanos, mas nós, com um cine-teatro na sede de concelho em constante degra-dação, sem oferta cultural permanente e variada e com pouco público, acredita-mos que algum milagre possa acontecer noutro ponto do concelho porque nos tempos que já lá vão a freguesia teve um dinamismo cultural assinalável e mantém ainda grande bairrismo.

Bem, estamos no Natal. É tempo de so-nhos e de fé… Acreditemos, então!

Isidro Bento

Realidades virtuais?...

Fundador: João MatiasForam directores: João Matias, Faustino Ângelo, João Neto e Jorge PereiraDirector: Isidro Bento (C. P. nº 9612)

Redacção: e-mail: [email protected]

Patrícia Santos (C.P. nº 8092), Luísa Patrício (C.P. nº 8782), Iolanda NunesColaboradores e correspondentes:Ana Narciso, António Alves, Armin-do Vieira, Baptista de Matos, Carlos Pinção, Cátia Costa, Eduardo Biscaia, Fernando Amado, Filipa Querido, Irene Cordeiro, João Neto, José Conteiro, Júlio Vieira, Marco Silva, Maria Alice, Paulo Andrade, Paulo Jerónimo da Silva, Paulo Sousa, Sofia Godinho, Vitor Barros

Grafismo: Norberto AfonsoPaginação: Ricardo MatiasDep. Comercial: [email protected]ção e Secretariado:Rua Mestre de Aviz nº1 R/c D • 2480-339 Porto de MósTel. 244 491165 - Fax 244 491037Contribuinte nº 502 248 904Nº de registo: 108885

ISSN: 1646-7442Tiragem: 3.500 ex.Composição: CINCUPImpressão: CIC Centro de ImpressãoCoraze - Oliveira de Azeméis - Tel. 256 600580

Propriedade e edição:CINCUP - Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, C.R.L.

Direcção da CINCUP:Eduardo Manuel Ferreira Amaral, Pedro Nuno Coelho Vazão, Joaquim Jorge Rino da Graça Santos, Belmiro Silva Ferreira, José Carlos Dias Vinagre, Marco Paulo Abreu Pereira

Preços de Assinatura: (Portugal 15€ | Europa 30€ | Resto do Mundo 35€)

Nº de Depósito Legal: 291167/09

Ficha Técnica

Fórum

Prevê fazer cortes no seu orçamento de Natal, devido à crise?Nesta quinzena perguntamos aos portomosenses se prevêem gastar o mesmo no Natal ou se terão de fazer alguns cortes. A maioria admite essa possibilidade.

Página do Leitor

Hélder Oliveira

(Alcaria)

- Funcionário de

Central de Betão -

Sim, vou optar por comprar prendas mais baratas. Os tempos não estão fá-ceis e com a entrada do meu fi lho na fa-culdade tenho que ter ainda mais cuida-do com as despesas.

Editorial

Silézia Teixeira

(Corredoura)

- Operadora de

hipermercados -

Sim, vou fazer cortes. Não tenho mais nem menos que no ano passado mas como não sei o que nos reserva o futu-ro, vou dar prendas, apenas, aos fi lhos, pais e sogros. Para os miúdos só prendas úteis. Brinquedos, apenas, para os pe-quenitos.

Guida Beato

(Pedreiras)

- Técnica de fisiotera-

pia/ animadora -

Ainda não sei mas se � ver que fazer se-rá nas decorações de Natal e nas pren-das. Não quer dizer que não coloque de-corações mas serão feitas por mim apro-veitando materiais que iria mandar para a reciclagem. No caso das prendas poderei optar por pequenas lembranças porque, afi nal, o importante é as pessoas saberem que nos lembramos delas e o espírito na-talício tem mais que ser de amizade que de consumismo.

Ana Ventura

(Juncal)

- Educadora de

Infância -

Não. Por norma, além de não ser con-sumista sou poupada, e cá em casa não há o hábito da troca de prendas, até por-que não temos crianças pequenas, daí os gastos nunca serem elevados.

Em dia de Natal, Mira de

Aire vai receber como prenda, um autêntico

“elefante branco”

”Correio dos Leitores

No passado dia 21 de Novembro, pelas 11 horas, lá estávamos com a assiduidade nor-mal, acima de uma dezena de atletas, re-presentando orgulhosamente o nosso con-celho, na Prova de Atle� smo da Mendiga. A mesma decorreu normalmente e com a boa organização a que nos habituaram, o que nos apraz registar. Atónitos, verifi cámos que não haveriam quaisquer prémios para os três primeiros, nem para a melhor equipa do concelho, quando nos informámos sobre as classifi cações fi nais. Esta situação deixou-nos a todos perplexos, desagradados e aci-ma de tudo intrigados. Quais serão os mo-� vos que levaram os organizadores a tomar aquela decisão e consequente alteração na atribuição de prémios?

- Será por falta de verba, quando são en-tregues cerca de 1800,00 € em dinheiro mais os troféus (que obviamente têm custo)?!

- Será por falta de apoio do Município quando sabemos ser esta a prova do conce-lho, que sozinha, recebe mais do que a soma

das verbas de todas as outras provas do gé-nero realizadas anualmente no concelho?!

- Será por falta de mérito nosso (atletas concelhios) que não querem a nossa par� ci-pação, quando temos o campeão distrital de corta-mato, muitas futuras promessas e tal como todos os outros pagamos a nossa ins-crição?!

Será que não nos puderam dar nenhum prémio porque todos terão gasto demasia-do a pagar a uma empresa (externa ao even-to) para a organização da prova, pois que nas outras freguesias tudo é feito de forma voluntária e consequentemente menos dis-pendiosa?!

Colocamos todas estas questões, porque nos sen� mos desagrados e com muita fal-ta de respeito pelo nosso trabalho, esforço e dedicação ao desporto, enquanto atletas e enquanto pessoas que vivem e trabalham neste concelho que o representam com or-gulho e muito amor.

Dos atletas do concelho participantes no evento

Grande Prémio de Atletismo da Mendiga ignora os Atletas do Concelho

Realizou-se no passado dia 21 de Novem-bro de 2010 o 23º Grande Prémio de Atle-� smo da Mendiga, com a presença de qua-se cinco centenas de atletas de Norte a Sul do país, incluindo atletas do concelho. Co-mo é apanágio da organização tudo correu de vento em pompa com a presença de vá-rias en� dades concelhias e distritais para fa-zerem a entrega dos prémios aos primeiros classifi cados dos vários escalões, para se-rem premiados pelo seu esforço dispendido ao longo dos 16.600mts. de prova. Com to-do o respeito que tenho pela organização na atribuição de prémios monetários aos pri-meiros classifi cados e troféus aos vários es-calões, venho muito lamentavelmente mani-festar o meu desagrado, ao não serem atri-buídos qualquer � po de prémios simbólicos, aos atletas do concelho, pois houve atletas que o dignifi caram.

Penso que nao é desta forma que estão a incen� var a modalidade no nosso concelho,

pois se têm dinheiro para pagar a uma em-presa para fazer a inscrição da prova e clas-sifi cações também podiam ter comprado umas pequenas lembranças para os atletas do concelho.

Aqui a Câmara Municipal de Porto de Mós também tem responsabilidade, pois não concordo com a atribuição de subsidios em relação a outras provas do concelho. A Câ-mara Municipal deveria olhar para as orga-nizações que trabalham essencialmente com os elementos em prol do voluntariado e nao estarem a esbanjar dinheiro, pois há pessoas no concelho capazes de fazer o que essa em-presa faz, pode não ser tão profi ssionalmen-te, mas esses profi ssionais também erram.

Para terminar faço votos que se realize no próximo ano, o 24º Grande Prémio e que não se esqueçam dos atletas do nosso con-celho.

Narciso Cordeiro

Atletas do concelho esquecidos

Page 6: O Portomosense 678

-6-9 de Dezembro de 2010

-6-9 de Dezembro de 2010Entrevista

A actual crise está a causar muitos problemas sociais no concelho?

Sim, principalmente de desem-prego e carência económica. Fe-charam muitas empresas e o nú-mero de desempregados tem vindo a aumentar de forma signi-fi ca� va. A crise veio trazer proble-mas a agregados familiares que até agora viviam numa situação estável e agravar de forma subs-tancial, a situação daqueles que já lutavam com difi culdades.

Há casos de pobreza extrema no concelho?

Há alguns mas não surgiram agora. São situações de agregados familiares que já estavam bastan-te fragilizados e que estão a pas-sar por grandes difi culdades, no-meadamente com os cortes nos apoios sociais.

Por cá também existem, por exemplo, situações de crianças que vão para a escola mal alimentadas ou que nem sequer tomam pequeno-almoço?

Existem. Mesmo nos casos em que não se trata de pobreza extre-ma já se começam a notar crian-ças que a única refeição que to-mam, é na escola. Quando as es-colas se apercebem disto tentam,

na medida do possível, reforçar o apoio a esses alunos.

Neste período tão complicado as pessoas ainda conseguem esconder as carências económicas e ir fazendo uma vida mais ou menos normal ou a própria crise está a obrigá-las a pedir ajuda?

Embora o façam com gran-de constrangimento há cada vez mais a assumir que estão a pas-sar por difi culdades. São famílias, aparentemente estruturadas, em que os elementos do casal estão empregados e têm rendimentos considerados razoáveis, mas que com o aumento dos encargos fi -cam numa situação de carência económica, agravada, por exem-plo, se um deles cai no desem-prego. Como não estavam habi-tuados têm muita difi culdade em assumir perante a família, os vizi-nhos e as ins� tuições, que preci-sam de ajuda.

Antes de vir para a câmara tinha ideia da situação social do concelho? Ficou muito surpreendida com o que encontrou?

Fiquei, embora numa perspec-� va posi� va. Por força da minha profi ssão, infelizmente, já conhe-

cia um pouco dos problemas mas, em contrapar� da, surpreendeu-me a quan� dade de mecanismos que há e as coisas que a câmara sempre fez em termos de apoio social e que eu desconhecia.

E são os sufi cientes para acorrer às situações do dia-a-dia?

Não digo que sejam os sufi cien-tes ou mais efi cazes. Tanto nós co-mo a Segurança Social temos um � po de apoio muito assistencia-lista. Apoiamos caso a caso mas é uma ajuda imediata. Pode dar algum alento naquela altura mas não será o sufi ciente para que a maioria das famílias se estruture.

O que está a pensar fazer para alterar isso?

Tenho alguns projectos em fase embrionária mas envolve também uma mudança de mentalidades da parte dos benefi ciários. Muitos estão dependentes dos subsídios e depois de terminar o de desem-prego passam para o rendimen-to social de inserção e con� nuam até ambos serem cortados. Alte-rar esta postura exige que haja a vontade por parte da própria pes-soa mas se não existe tem de ser trabalhada.

Quer apostar mais em

ensinar a “pescar” que propriamente dar o “peixe”?

Exactamente. Não podemos an-dar só a apagar fogos. Temos que evitar que se acendam ou mostrar como se apagam. Perdeu-se, por exemplo, o hábito de poupar mas mesmo com pouco é possível ge-rir o dinheiro de forma a que che-gue até ao fi nal do mês e se há ca-sos em que as pessoas caíram nu-ma situação de pobreza de forma totalmente involuntária, outras não digo que tenha sido proposi-tada, mas negligente.

Toda a gente se acha no direi-to de ter tudo mesmo que não se-ja o essencial. Cedem a estes ape-los consumistas, esquecem-se das prioridades e não sabem organi-zar a sua vida, no entanto, há pos-sibilidade de dar formação nes-ta área. Não quero que seja uma operação de cosmé� ca mas que tenha efeitos prá� cos e efec� vos.

Falando agora de questões mais específi cas, acha que as instituições de solidariedade social do concelho estão a fazer um bom trabalho?

Fazem um trabalho excelente. Têm muitas difi culdades porque existe sempre o eterno problema de haver muita gente para apoiar e recursos escassos, mas desen-volvem uma acção muito meritó-

ria. Como estão muito próximas da população dão um apoio efec-� vo e conhecem bem a realidade local, o que é bom também para nós.

Na minha perspec� va existe, apenas, uma falha mas já chegá-mos a um entendimento para a tentar colmatar.

Qual é?

Achamos que tem havido pouca interacção entre as IPSS, nomea-damente no que toca aos idosos. Às vezes há coisas que se podiam fazer em conjunto e quando isso acontece tudo fi ca mais barato e acaba por ser mais interessan-te porque existem, contributos, ideias de diferentes pessoas. Ali-ás, penso que o futuro passa mes-mo pela implementação de parce-rias entre as IPSS.

No concelho há alguma freguesia que se destaque mais em termos de problemas sociais?

Sim, Mira de Aire. É o maior fo-co de desemprego do concelho e por isso é normal que ali se con-centrem os principais problemas sociais.

Como é que Porto de Mós está em termos de casos de violência doméstica?

Rita Cerejo, jovem advogada estreante na actividade autárquica, tem-se distin-guido pela dinâmica colocada no pelouro da Acção Social, de que é vereadora.Em tempos de grave crise e com o desemprego a atingir níveis nunca vistos, aumentam os problemas sociais e com eles a preocupação da autarca.Rita Cerejo quer as instituições mais envolvidas em projectos comuns e lembra que ninguém se deve demitir das suas obrigações cívicas. Num con-celho com casos de pobreza extrema e onde há crianças que a única refeição “decente” que tomam é na escola, as responsabilidades não podem ficar todas do lado da Câmara e das IPSS, lembra a vereadora.

“Há crianças que a únicarefeição que tomam é na escola”

RITA CEREJO

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-7-9 de Dezembro de 2010 Entrevista

O Espaço Social é o seu maior projecto ou, pelo menos, aquele que assume maior visibilidade pública. Está a funcionar bem?

Está. Temos � do muitos dona� -vos de roupa, produtos alimenta-res, brinquedos e outros bens pa-ra crianças. Os benefi ciários têm-se vindo a inscrever a pouco e pouco e há um cada vez maior nú-mero de voluntários e de en� da-des a colaborar connosco.

Dá apoio a quantas famílias? Os úl� mos dados apontavam

para cerca de meia centena de fa-mílias apoiadas. Entretanto, hou-ve algumas que deixaram de pre-cisar e que o comunicaram, o que é bom.

Em relação ao Espaço Social há quem diga que a câmara se limita a colher os louros da solidariedade de terceiros já que não terá ali qualquer investimento directo…

Isso é uma acusação sem sen-� do. O Espaço Social não é uma valência da câmara mas um pro-jecto da Rede Social, da qual so-mos parceiros. A ideia não é a au-tarquia comprar para depois dar, mas, antes, promover e divulgar acções de solidariedade em par-ceria com outras en� dades. O Es-paço Social funciona em instala-ções construídas e equipadas pe-la câmara e quando falta alguma coisa somos nós que asseguramos

as despesas. Se o promotor fosse uma en� dade privada e quisesse fazer o seu Espaço Social, se ca-lhar teria que alugar um espaço e possivelmente haveria mais difi -culdade em conseguir determina-dos apoios.

Apoios de que género?Há, por exemplo, vales de des-

conto do Con� nente que se não fossemos nós a pedir, talvez não os � véssemos. Temos uma par-ceria com o Pingo Doce, de Por-to de Mós, que já exis� a há algum tempo para as ins� tuições par� -culares de solidariedade social do concelho e que mais recentemen-te conseguimos que se estendes-se ao Espaço Social e que consis-te na disponibilização gratuita de produtos em bom estado de con-servação mas que por estarem em embalagens que durante o transporte fi caram um pouco da-nifi cadas já não são postas à ven-da, ou então, produtos cujo prazo de validade está a expirar.

A população tem aderido às vossas campanhas?

Sim, muito bem e de uma for-ma interessada. Já não é o dar por dar. É dar aquilo que é necessário e procurar a melhor forma de o fazer. As pessoas telefonam-nos a perguntar o que precisamos mais. Não se preocupam apenas em chegar aqui e despejar o dona� vo mas sim trazer aquilo que nos faz falta. Só podemos estar contentes

porque vê-se que existe, de facto, sensibilidade e vontade de ajudar o próximo.

A acusação mais frequente às instituições ou grupos de apoio social é que, muitas vezes, ajudam quem não precisa. Decerto tam-bém já ouviu esta crítica…

Já. Há quem nos diga: “afi -nal quem é que são os pobres? A quem vocês dão são os que to-mam o pequeno almoço no café e que em vez de pão compram ba-tatas fritas às crianças, e que vão com grandes carros buscar os bens ao Espaço Social”. É possível que existam estas situações por-que as regras são gerais e não ca-so a caso. Se as pessoas apresen-tarem os comprova� vos que pedi-mos e, em abstracto, fi carem em condição de solicitar esse apoio, não temos forma de o negar em-bora nalguns casos vejamos que pelos sinais exteriores, se calhar, não teriam assim tanta difi culda-de como afi rmam.

Costumo dizer que prefi ro aju-dar meia dúzia que não precisam assim tanto se, ao mesmo tempo, ajudar nem que seja metade dos que precisam bastante. É melhor que não ajudar ninguém.

Isidro Bento

“Prefiro ajudar meia dúzia que que não precisem tanto, que deixar alguém sem ajuda”

Rita Cerejo, 29 anos, solteira, é natural de Andam, Juncal.Licenciada em Direito, divide o seu tem-

po entre a advocacia e o cargo de vereadora da Acção Social e Juventude. Esta é a sua primeira experiência autárquica. Integra os órgãos sociais da Associação Huma-nitária dos Bombeiros Voluntários do Juncal e sempre que pode dedica-se ao voluntariado.

Está muito mal. Posso-lhe di-zer sem estar a violar o princípio da confi dencialidade, que a larga maioria dos casos que temos na Comissão de Protecção de Crian-ças e Jovens (CPCJ) são de crian-ças expostas a violência domés� -ca. Não enquanto ví� mas directas mas entre os seus progenitores.

São casos que acontecem em famílias sem “estruturas” ou também nas outras ditas normais?

Há de ambos mas a maioria são naquelas já com problemas de vá-ria ordem como carências econó-micas, problemas de alcoolismo, desemprego de longa duração, elevado número de elementos do agregado familiar, etc. Nas fa-mílias ditas normais temos alguns episódios de violência domés� ca mas não são tão recorrentes ou, pelo menos, conhecidos. De qual-quer forma é uma realidade que nos preocupa.

Nas situações acompanhadas há casos que se possa considerar

de risco extremo para a criança ou jovem?

Felizmente, comparando com outras comissões não temos mui-tos processos e não há casos ex-tremos de crianças em risco. Te-mos situações preocupantes, al-gumas mais complicadas e já houve duas em que � vemos mes-mo de proceder à re� rada dos menores mas, de uma forma ge-ral, conseguimos controlar com um acompanhamento em que também estão envolvidas a esco-la e a “saúde”. Felizmente não te-mos e espero que não surjam ca-sos de abuso sexual, por exem-plo.

Acha que os elementos da Câmara e da Assembleia Municipal estão sensíveis aos problemas sociais vividos no concelho?

De uma forma geral, sim. Mes-mo aqueles que estariam pouco, começam a estar porque já não é uma realidade mais ou menos dis-tante mas algo que a� nge tam-bém familiares, amigos e conhe-cidos.

Destaco, ainda, de um modo especial os presidentes de jun-ta. Qualquer coisa que faça conto sempre com o seu total apoio e estão sempre atentos a situações novas que surjam dando-nos con-ta das mesmas.

Deduzo pelo entusiasmo com que fala que este trabalholhe dá grande prazer?

Sim, embora lide com os pro-blemas das pessoas (e alguns bem complicados), tenho um gran-de prazer naquilo que faço. Sinto que estou a fazer algo posi� vo e as pessoas que tenho a colaborar comigo estão de facto a colabo-rar. Muitas vezes podemos fazer pouco e isso deixa-nos frustrados mas esforçamo-nos ao máximo. Por outro lado, da parte da comu-nidade tem havido muita gente a manifestar disponibilidade para ajudar nos nossos projectos e isso é muito gra� fi cante.

É adepta de parcerias mas noto também nas suas palavras que haverá

muito para fazer nessa área?Sim, muita, muita! A nossa so-

ciedade é muito individualista e is-so é um valor que não consigo ad-vogar e que tem de ser contraria-do e acho que quanto existe uma parceria os contributos diferen-tes enriquecem o projecto. Existe muito aquela mentalidade de res-ponsabilizar, o governo, a câmara, a junta, os polí� cos, quando, afi -nal, o cidadão está sempre a de-mi� r-se da sua própria responsa-bilidade. Esquece os seus deveres de cidadania, apenas tem direi-tos. A pessoa acha que tem o di-reito de ser ajudada, mas o apoiar o outro, o par� cipar ac� vamente, dar uma opinião, isso já não.

A responsabilidade é de todos, hoje estamos na câmara, amanhã serão outros.

Qual é a sua grande prioridade para este mandato?

Nesta área é um pouco di� cil estabelecer prioridades porque é tudo urgente, é tudo necessário, é tudo importante. O maior de-safi o é arranjar um projecto que

de forma sustentada contrarie ou evite que a ajuda que damos seja apenas assistencialista. O objec� -vo já não é, apenas, dar o peixe, mas ensinar a pescar.

Na protecção de menores va-mos fazer coisas muito giras e fo-mentar as parcerias com a escola e com as famílias e aí a ambição é dar mais visibilidade às problemá-� cas da juventude e da formação das crianças.

Quanto à Rede Social o meu de-safi o pessoal é que por si só, po-nha as parcerias a funcionar por-que a máquina ainda está pouco oleada. O objec� vo é pôr as ins� -tuições e as forças vivas do conce-lho a conversar umas com as ou-tras, a dinamizar projectos e fo-mentar o voluntariado. ◘

|| PERFIL

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-8-9 de Dezembro de 2010Actualidade

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VEREADORES DO PSD VOTARAM CONTRA O DOCUMENTO

Orçamento da autarquia emagrece meio milhãoO orçamento para 2011 da Câ-

mara Municipal de Porto de Mós vai emagrecer 2,4 por cento. A au-tarquia prevê um montante de 26 milhões e 300 mil euros, o que re-presenta um corte de cerca de 650 mil euros em relação a 2010.

O documento foi aprovado na úl� ma reunião de câmara, com os votos contra dos dois vereadores do PSD. Albino Januário, vice-pre-sidente da autarquia, jus� fi ca os cortes com o clima de recessão, afi rmando que não estão em cau-sa as “grandes obras do programa, que foram promessas eleitorais e que já têm fi nanciamento garan� -do”.

Na área da receita, a autarquia espera arrecadar cerca de 15 mi-lhões de receitas correntes, mais cerca de 11 milhões de receitas de capital. Na despesa, Porto de Mós pretende gastar 13,5 milhões em despesas correntes (51,5 por cen-to, e quase 13 milhões em despe-sas de capital. Uma previsão con-testada pelo vereador do PSD, Luís Almeida, que afi rma que na prá� -ca, “as despesas correntes andam na casa dos 63 por cento”, defen-

dendo que “estava na altura de fa-zer um orçamento que vá ao en-contro da realidade do município”.

Escola da Cruz da Légua continua orçamentada

A construção do pólo escolar da Cruz da Légua foi já inviabiliza-do pelo ministério da Educação e, apesar da construção do centro escolar da freguesia das Pedreiras, ser uma das obras mais relevan-tes apresentada nas Grandes Op-ções do Plano, o pólo escolar man-tém-se no orçamento para 2011. A rubrica provocou a estupefacção dos vereadores do PSD. Do lado da maioria socialista, Albino Januá-rio jus� fi cou a inscrição da rubrica, com o emprés� mo contraído pa-ra o efeito. “O emprés� mo de 1,6 milhões de euros contraído incluía o pólo escolar da Cruz da Légua e para não inviabilizar o visto do Tri-bunal de Contas (TC), o projecto tem de se manter”, jus� fi cou o vi-ce-presidente, acrescentando que “verba só pode ser u� lizada para aquele fi m e que não vai ser u� li-zada”, admi� ndo a possibilidade

do emprés� mo não ser viabilizado pelo TC, tendo de ser refeito.

Entre as obras mais relevantes para 2011, estão ainda as obras de saneamento e rejuvenescimen-to da rede de águas de Mira de Ai-re, a 3.ª fase do parque industrial de Porto de Mós e a 1.ª fase do jar-dim Parque da Vila, que em con-junto com o centro escolar das Pe-dreiras, representam um inves� -mento superior a quatro milhões previsto para o próximo ano.

Orçamento copiado

Na declaração de voto, os vere-adores do PSD mostram-se desa-gradados por entender que o “re-latório é uma cópia do relatório de 2010”, não entendendo como é que “documentos que se reves-tem de especial relevância”, , pos-sam ser “copiados”.

Júlio Vieira e Luís Almeida refe-rem ainda que existe “um desvio em relação à úl� ma execução or-çamental de 2009, na ordem dos 35 por cento”, acrescentando que de trata de “um orçamento virtu-al” e com um grau de empolamen-

to na ordem dos “35 a 40 por cen-to”.

O desvio orçamental foi jus� fi ca-do por Albino Januário com a pos-sibilidade que exis� a de serem lan-çados pagamentos até ao fi nal do ano, quando o orçamento é elabo-rado em Novembro. Uma situação que o vereador afi rma estar alte-rada no funcionamento interno da autarquia.

Na declaração de voto os vere-adores do PSD cri� cam ainda os cortes na área da acção social e a falta de diálogo na elaboração do Orçamento. “Nem sequer se de-ram ao trabalho de efectuar uma reunião com as juntas de fregue-sia”, afi rmam.

Os elementos do PS devolvem as acusações cri� cando uma declara-ção de voto com três páginas que “faz lembrar um qualquer directó-rio polí� co ou par� dário em acesa fase de campanha eleitoral” e que contém “abundante demagogia e ausência de verdade”.

A maioria diz que “não é verda-de, nem faz sen� do falar-se em desvios orçamentais” já que “esta-mos perante um documento pre-

visional e não de resultados, de prestação de contas”.

Já “o empolamento implícito no orçamento não é superior ao veri-fi cado em 2010”, afi rmam, “e deri-va da complexa e dinâmica gestão municipal” em que é “necessário prever e aproveitar todas as jane-las de oportunidade”.

Os eleitos do PS consideram que as referências feitas à Acção So-cial, Saneamento, Comércio, Tu-rismo, Desenvolvimento Económi-co, Educação e Cultura “são inver-dades e considerações que, neste contexto, se revelam extemporâ-neas e inadequadas ao momento polí� co que vivemos”.

Segundo os vereadores socialis-tas era expectável que os eleitos do PSD apresentassem uma pro-posta no sen� do de melhorar o or-çamento, no entanto, frisam, “não � vemos o trabalho de analisar e votar qualquer contributo desse � -po”.

Patrícia C. Santos/ Isidro Bento

REGULAMENTO DETERMINA USO DO MONUMENTO

Castelo ganha loja e entradas pagasAs taxas e tarifas da Câmara Mu-

nicipal de Porto de Mós preparam-se para acolher duas novas rubri-cas: as taxas de u� lização do Caste-lo e o preço do bilhete para visitar o monumento.

A taxa da u� lização faz parte do regulamento de u� lização do Cas-telo. O documento é a primeira das várias ideias que o vereador da Cul-tura pretende implementar no mo-numento. Albino Januário preten-de também pôr em prá� ca o pa-gamento de entradas, “a valores simbólicos” afi rma, e com regimes de isenções ou descontos para es-colas ou idosos, por exemplo.

Em desenvolvimento está tam-bém a criação da loja do Castelo. Um espaço onde a autarquia pre-tende “promover os nossos valo-res” e onde será disponibilizada in-formação ou comercializado arte-sanato ou livros, exemplifi ca Albino Januário. “Não é um projecto eco-nomicista, mas com o objec� vo de

aumentar a oferta e melhorar o ser-viço ao turista”, refere o vereador.

Já aprovado está o regulamen-to de u� lização do Castelo, publi-cado a 19 de Outubro em Diário da República. Um documento que sur-ge “pelo acumular de situações nos úl� mos anos, onde se solicitava o Castelo para qualquer coisa, algu-mas acções meritórias, outras mes-mo nada”, explica Albino Januário, que prefere não exemplifi car even-tos que não gostou de ver dentro dos centenários muros. “Já se reali-zaram alguns eventos com os quais, pessoalmente, não concordei, por-que não levaram em conta a histo-ria que está ali”, afi rma o vereador.

As taxas a pagar para a u� lização do Castelo são discu� das na próxi-ma assembleia municipal, agenda-da para 18 de Dezembro.

O que diz o regulamento?

Dezoito ar� gos, numa página de

Diário da República, compõem o Regulamento Municipal para a U� -lização do Castelo de Porto de Mós. Um documento jus� fi cado pela crescente procura do monumento para a realização de ac� vidades. O regulamento determina que a ce-dência do Castelo tenha de ser so-licitada num espaço mínimo de 15 dias do evento e máximo de 90 dias, determinando ainda que seja apresentada iden� fi cação dos pro-motores e do � po de evento a orga-nizar. Ficam impedidas ac� vidades que possam ameaçar a seguran-ça do monumento e equipamen-tos, que apelem ao desrespeito por valores cons� tucionais ou que não se enquadrem no espaço. O regu-lamento determina ainda que os eventos não afectem o normal fun-cionamento do monumento, assim como responsabiliza os promotores por quaisquer danos.

Luísa Patrício/ Patrícia C. Santos

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-9 -9 de Dezembro de 2010 FreguesiasTEAM BUILDING É PARA CONTINUAR

CPCJ desperta espírito de equipa entre crianças e jovens

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Porto de Mós está decidi-da a oferecer bons desafi os aos mais novos como forma de moderar comportamen-tos e melhorar as relações interpessoais. Prova disso, foi já a prova de Team Buil-ding realizada há poucas se-manas.

A presidente da CPCJ, Ri-ta Cerejo, sente que a sua responsabilidade está a va-ler muito a pena. A tam-bém vereadora da Acção So-cial da autarquia de Porto de Mós, confessou ao nosso jornal que fi cou “algo receo-sa” quando agarrou o cargo, mas admi� u que “está a ser muito gra� fi cante”.

Rita Cerejo explicou que a ideia de fazer Team Buil-ding é uma das ac� vidades que a CPCJ quer pôr em prá-� ca, com con� nuidade. A responsável salientou que a prova, na qual também par-� cipou, foi juntar alunos de

Mira de Aire, Porto de Mós e Juncal, no sen� do de re-descobrirem o sabor da vi-da sem Internet ou telemó-vel em meio natural e, com isso, mostrar-lhes que vale a pena a entreajuda e os bons comportamentos.

Uma viagem de autocarro levou-os a duas “ilhas deser-tas” de Vale Manso, na Bar-ragem de Castelo de Bode, onde enfrentaram três dias de sobrevivência. Uma ini-cia� va que, segundo Nuno Rebocho, elemento da CPCJ, teve um sucesso enorme, já que “a adesão foi muito boa e o empenhamento total”.

A ideia do Team Building surgiu com Nuno Rebocho, que, através de alguns con-tactos e amizades, conse-guiu a preciosa ajuda de al-guns militares que orienta-ram a equipa no terreno. Entre muitas outras ac� vi-dades, os jovens � veram de arranjar lenha para fazer fo-gueira e purifi car água para

beber. Até um forno e uma jangada conseguiram cons-truir.

Segundo explicou, é com este � po de acções que a CPCJ quer con� nuar a ca� -var os jovens. “Há ac� vida-des que podem ajudar na to-mada de decisão e na defi ni-ção da personalidade. Talvez tenhamos de mostrar-lhes

a vida de outra forma para eles se interessarem”, refe-riu.

Rita Cerejo, por seu lado, também frisou que a pro-va foi desafi ante, em termos pessoais e profi ssionais, e disse que nunca mais se vai esquecer do que lhe disse-ram dois meninos. “Quando estavamos quase a vir em-

bora, um miúdo disse-me que até já pensava seguir a carreira de militar e, outro, que se mostrava mais re� -cente em ir, comentou que ainda não � nha dado falta do telemóvel, que não pu-deram levar”, contou.

Luísa Patrício

Desenvolver espírito de equipa foi um dos objectivos

DANÇA

“É Natal!” com lotação esgotadaJá não há bilhetes para o

primeiro espectáculo dina-mizado pela Academia Van-da Costa, no Cine-teatro de Porto de Mós, no dia 17 de Dezembro, às 17 horas.

“É Natal!” é o tema do es-pectáculo de dança que con-ta ainda com a par� cipação de quatro grupos convida-dos. Além da academia an-fi triã passam pelo palco do Cine-teatro o Ginásio O2, da Moitalina, Fame Dance Aca-demy, de Coimbra, Nelly s Dance, da Marinha Grande, e Super Flash, das Caldas da Rainha.

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bora, um miúdo disse-me que até já pensava seguir a carreira de militar e, outro, que se mostrava mais re� -cente em ir, comentou que ainda não � nha dado falta do telemóvel, que não pu-

Luísa Patrício

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-10-9 de Dezembro de 2010

-FreguesiasGNR DE PORTO DE MÓS ALERTOU IDOSOS

Sessões sobre burlas terminam com balanço positivo

As sessões de esclareci-mento sobre burlas, que a Guarda Nacional Republica-na (GNR) de Porto de Mós promoveu junto da popula-ção idosa, terminaram com “balanço bastante posi� vo”.

De acordo com fonte da GNR “a população demons-trou grande recep� vidade e compareceu em número considerável” nas sessões realizadas em Alcaria, To-jal, Chão Pardo e Mendiga. Em média, assis� ram a ca-da uma das sessões, cerca de meia centena de pesso-as, número que duplicou na úl� ma sessão.

À semelhança do que aconteceu no ano passado, a GNR teve nos párocos lo-

cais e nos presidentes de junta parceiros importan-tes não só para promover o evento mas, também, na disponibilização dos espaços para a reunião com a comu-nidade.

Com recurso a meios au-diovisuais, os dois militares destacados para esta mis-são, guarda Raquel Santos e cabo Manuel Barroso (e nu-ma das sessões o próprio comandante do posto, sar-gento Carlos Arnaut), cria-ram facilmente um clima de empa� a com os idosos, ex-plicando de forma simples e com muitos exemplos prá-� cos o que são burlas e as formas mais vulgares de ac-tuação dos burlões e os cui-

dados a ter para não se ser enganado ou, no caso da burla consumada, a forma de agir.

“As pessoas seguiram a apresentação com muito in-teresse e par� lharam expe-riências e dúvidas. Notámos que estão mais bem infor-madas e alerta e isso com-prova o interesse destas ac-ções”, refere a mesma fon-te.

Balanço igualmente posi-� vo é feito por dois dos au-tarcas que colaboraram nes-ta inicia� va. José Carlos Mi-guel, presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro consi-dera que estas acções têm “bastante interesse para a comunidade e nessa medida

são de louvar”. O autarca fi cou “bastan-

te agradado com a par� ci-pação popular e com a qua-lidade da apresentação leva-da a cabo pelos elementos da Guarda” e faz votos pa-ra que a inicia� va “tenha con� nuidade nos próximos anos”, mostrando-se “total-mente disponível para vol-tar a colaborar”.

“Embora o alvo principal seja os idosos, penso que se trata de algo com interesse para toda a comunidade”, frisa José Carlos Miguel.

Opinião idên� ca tem a sua colega presidente de Junta de Alcaria, Benvida Januário: “é sempre ú� l e nunca é de-mais lembrar conselhos que,

se calhar, muita gente já co-nhece, mas que na altura acaba por esquecer, tornan-do-se ví� ma de burlões”, diz a autarca.

De acordo com Benvida Januário esta foi a segunda palestra levada a cabo pe-la GNR, em Alcaria. A pri-meira envolveu os milita-res do GIPS da GNR sedia-

dos naquela aldeia. “Como temos muitas pessoas já de uma certa idade e de vez em quando sabemos de idosos assediados por burlões, pe-dimos ao GIPS que animas-se uma sessão sobre esta temá� ca e eles de imediato disseram que sim e foi mui-to interessante”, conclui.

Isidro Bento

Sensibilização a idosos mobiliza milhares de efectivos

As sessões sobre burlas decorreram em todo o ter-ritório nacional de 15 de Outubro a 15 de Novem-bro, no âmbito do programa “Idoso em Segurança”. Além de alertar para os procedimentos a ter no caso de tentativa de burla ou de burla consumada, a GNR pretendeu melhorar os canais de comunicação com a população tentando dessa forma reforçar o seu sen-timento de segurança.

Tentou-se, ainda, dar maior visibilidade ao pro-grama “Apoio 65 - Idosos em Segurança”, nomeada-mente através do contacto directo com os idosos em suas casas, lares, centros de dia ou outros espaços de convívio e encontro.

Durante esse período foram realizadas 1 683 ac-ções de sensibilização desenvolvidas por um total de 3 023 militares junto de 41 768 idosos.

Segundo dados revelados pela Guarda Nacional Republicana quase 16 por cento dos crimes de burla ocorridos no primeiro semestre de 2010 foram prati-cados contra idosos.

Verifi cou-se uma redução de cinco por cento face a igual período do ano passado, mas mesmo assim, só a GNR registou 122 crimes de burla contra idosos, num total de 769.

No ano passado dos 1587 casos de burla, 322 tive-ram como vítimas, idosos, o que representa 20,3 por cento do total.

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-11-9 de Dezembro de 2010

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-12-9 de Dezembro de 2010

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-13-9 de Dezembro de 2010

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Pedaladas que ajudaram a vencer o cancro

Um ano de emoções fortes é muito pouco para descrever a jor-nada de Nuno Catarino durante 2010. Em Janeiro foi ao Hospital de Leiria para uma consulta de urgên-cia para o que, aparentemente, pa-recia ser um problema de apêndi-ce. Nesse mesmo dia foi operado, perdendo 20 cen� metros de intes-� no devido a um tumor maligno. Após nove dias de internamento hospital seguiram-se doze sessões de quimioterapia, que se prologa-ram até ao fi nal de Julho.

Em Março começou a época de BTT. O que tem isto a ver com Nu-no Catarino? Tudo.

Pra� cante da modalidade há 15 anos, Nuno Catarino, de 36 anos, fez do BTT uma terapia que o aju-dou a manter o equilíbrio � sico, psíquico e emocional. Teve sema-nas em que fez sessão de quimio-terapia de quarta a sexta-feira, par� cipando em provas domingo. No seu percurso conta com três � tulos de campeão regional. Este ano teve de trocar as provas pro-

fi ssionais pelo escalão de promo-ção e em Novembro sagrou-se vi-ce-campeão de uma nova prova regional de maratonas.

“As enfermeiras que me acom-panhavam achavam estranho e di-ziam que não era compa� vel, mas, uma vez que o organismo já esta-va preparado para fazer despor-to, e em concordância com as mé-

dicas de cirurgia e oncologia, optei por fazer desporto na condição de parar se me sen� sse mal”, par� lha Nuno Catarino.

O BTT, a família, onde se incluiu um bebé de sete meses que nas-ceu neste período de marés vivas, foram o suporte. “Deram-me mui-ta força”, afi rma.

Durante meses conviveu com a

angús� a e o sen� mento de derro-ta de muitos pacientes oncológi-cos, a quem apela à força de von-tade. “Se desanimarem, vão muito mais abaixo. Vivam da forma mais saudável possível e que sejam fe-lizes. Mesmo com esse problema, se uma pessoa fi ca infeliz, isola-se e isso é ainda pior”, afi rma Nuno Catarino que viu no desporto um escape e uma forma de lutar con-tra o cancro.

Um empenho que foi duplamen-te recompensado. Um segundo lu-gar regional, que “foi como se � -vesse ganho a camisola de cam-peão nacional” e a recuperação da doença oncológica.

Para a próxima época Nuno Ca-tarino espera regressar à estrada e ao BTT, mas já na vertente pro-fi ssional. Os planos? “Se não con-seguir ganhar, terminar sem me magoar e gozar a vida, que só nos apercebemos que é tão preciosa quando temos ausência de saúde”, afi rma.

Patrícia C. Santos

◘ GENTES E LUGARES

Festa nas Pedreiras

Sábado, dia 11, o salão paro-quial das Pedreiras recebe uma festa de natal a par� r das 17 ho-ras. A organização é da junta de freguesia e a animação é das crianças das seis escolas e jar-dins-de-infância da freguesia.

Lanche em São Bento

No dia 12, domingo, o salão pa-roquial de São Bento recebe o lanche de Natal 2010. A inicia� -va dirige-se a toda a população, que está convidada pela junta de freguesia a par� cipar no lanche, a par� r das 15 horas. Haverá ani-mação musical.

Rotary com jantar solidário

O Rotary Clube de Porto de Mós organiza um jantar solidário no dia 11, sábado, no restauran-te “A Azenha”, no Juncal. Os fun-dos do Jantar de natal Solidário revertem a favor do Pólo de Por-to de Mós da Cercilei.

NATAL

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Freguesias

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-14-9 de Dezembro de 2010

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NUMA INICIATIVA PROMOVIDA PELO MOVIMENTO PLANTAR PORTUGAL

Voluntários plantaram mais de 400 árvoresDe 23 a 28 de Novembro,

cerca de 2300 pessoas pro-cederam à plantação de mais de 100 mil árvores em todo o país, no âmbito do Movi-mento Plantar Portugal.

Porto de Mós não foi ex-cepção tendo o núcleo local do MPP desenvolvido não só acções de plantação mas, também, de sensibilização da comunidade escolar.

O núcleo coordenado pe-lo jovem arquitecto paisagis-ta, Hugo Alves, realizou em parceria com a Ecoteca de Porto de Mós, ac� vidades de sensibilização ambien-tal que envolveram 12 tur-mas da EB2 Dr. Manuel Oli-veira Perpétua, num total de 240 alunos. Nessas sessões “foram abordadas questões como a importância da pre-servação da natureza, das espécies autóctones, da bio-diversidade e do uso racio-

nal dos recursos naturais. Foi ainda, realizada a semen-teira de algumas árvores au-tóctones, nomeadamente de carvalho-cerquinho, de sobreiro e de medronheiro”, explicou ao nosso jornal, Hu-go Alves.

Depois das crianças e jo-vens, entraram em acção os adultos. No dia 27 de No-vembro, foram realizadas duas acções de plantação. Durante a manhã proce-deu-se à plantação de 10 ár-vores adultas no Parque de Merendas da Bezerra, Ser-ro Ventoso, numa área quei-mada pelo fogo em 2006. À tarde foi feita a plantação de 400 árvores jovens numa área do Cabeço das Pom-bas (S.Bento) que ardeu em 2009.

Segundo o coordenador concelhio do MPP “em am-bas as plantações foram

a� ngidos os objec� vos defi -nidos, não só pelo apoio soli-dário das diversas en� dades e cidadãos envolvidos como também pelo entusiasmo da equipa concelhia destes mo-vimento de cidadania”.

Hugo Alves mostra-se gra-to a todos os que contribui-ram para que esta inicia� -va fosse um êxito e promete que já no próximo ano have-rá outras ac� vidades. “Sa-bemos bem da importância que estas inicia� vas têm pa-ra o concelho e por isso que-remos envolver um crescen-te número de en� dades e de cidadãos em prol de um fu-turo mais sustentável”, diz o responsável.

A equipa local do Movi-mento Plantar Portugal, da qual também fazem parte, Nuno Gonçalves (comandan-te operacional municipal e engenheiro fl orestal da au-

tarquia), Ana Narciso (pro-fessora do 2º Ciclo) e Jo-sé Pedro Rosa (engenheiro técnico agrário) tem acolhi-do com agrado várias suges-tões quanto a ac� vidades a desenvolver no futuro e ga-rante que as que foram exe-

quíveis, serão, a seu tempo, postas em prá� ca já que o objec� vo é envolver cada vez mais gente e dar um con-tributo mesmo que modesto para o necessário ordena-mento fl orestal apostando em espécies autóctones.

Quem quiser saber mais sobre este movimento ou aderir ao grupo local pode-rá fazê-lo no sí� o da inter-net em: www.plantarportu-gal.org.

Isidro Bento

PRESIDENTE DA CÂMARA DE FAFE QUER CONSTRUIR UNIDADE IDÊNTICA

Base de Alcaria do GIPS serve de modelo a FafeA Base de Alcaria, do Gru-

po de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS), da Guarda Nacional Republicana (GNR), deverá servir de modelo a um projecto similar que a câmara de Fafe quer levar a efeito naquele concelho.

No passado dia 22 de No-vembro, o presidente da câ-

mara de Fafe, José Ribei-ro, deslocou-se a Alcaria pa-ra conhecer as instalações e o modo de funcionamento daquela unidade. Nesta vi-sita foi acompanhado, entre outros, pelo seu colega de Porto de Mós, João Salguei-ro responsáveis pelo GIPS, e presidente da Junta de Fre-

guesia de Alcaria, Benvida Ja-nuário.

Já em Julho deste ano o se-cretário de Estado da Protec-ção Civil, Vasco Franco, em visita a Alcaria, reconhecera a importância daquele pro-jecto.

O secretário de Estado dis-se, na altura, após uma reu-

nião de trabalho com as for-ças da protecção civil locais, que aquela é uma “excelen-te instalação” e valorizou a “aliança estratégica” entre o município, bombeiros e GNR”.

Actualmente, a base de Al-caria é a segunda mais im-portante em termos nacio-

nais, pelo que em caso de ca-tástrofe natural que afecte a sede em Lisboa, as opera-ções de socorro poderão ser dirigidas a par� r dali. A esco-lha do local teve em conta “a localização central no territó-rio português e o facto de ser uma zona não sismica e não sujeita a inundações”. Assim,

segundo responsáveis da Guarda Nacional Republica-na, a base de Alcaria está nu-ma excelente posição estra-tégica permi� ndo, em caso de necessidade, uma respos-ta rápida de auxílio não só à capital mas a todo o país.

Isidro Bento

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Actualidade

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-15-9 de Dezembro de 2010

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TEAM X-PLOSIV ESTREIA-SE EM COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS

CINCUP apoia equipa de mini-motasA Team X-Plosiv, uma

equipa de Pitbikers (Mini-motas), formada por três elementos de Maceira e Ba-talha, criada em Maio de 2010 irá correr na próxima época com os emblemas da Dom Fuas Fm e do jornal “O Portomosense”.

Os dois órgãos de comu-nicação do concelho irão apoiar esta equipa, que no próximo campeonato irá es-trear-se em provas fora do país.

França e Itália são as pró-ximas conquistas. Na agenda consta uma prova em cada um destes países, na época ofi cial que irá decorrer entre Maio e Outubro de 2011.

A equipa nasceu do espíri-to de amizade e da necessi-dade de organização sen� da pelos atletas Paulos Santos, Gonçalo Carreira e Diogo Monteiro, que compe� am anteriormente em equipas de 20 elementos.

“O facto de sermos mui-tos, fazia com que cada vez que havia uma prova tudo fosse desorganizado e fei-to em “cima do joelho”. Daí

surgiu a ideia de formarmos a nossa própria equipa”, diz Paulo Santos.

Assim sendo, agora cada vez que vão para uma prova dispõem de uma tenda pró-pria e as motas são coloca-das à parte.

A juntar à boa organização

da equipa está uma boa pre-paração � sica. Os três trei-nam quatro vezes por sema-na em conjunto, no Comple-xo off -road de Pataias Gare ou na pista de Adam e Casal do Alho ou em Santo Antão.

Mas o treino não se fi ca só pelas motos, as corridas

a pé e de bicicleta ajudam a ter uma boa preparação � si-ca para enfrentar mais um duro campeonato, que se avizinha.

O apoio fi nanceiro é uma das barreiras desta equipa que diz ser a segunda a ní-vel nacional independente.

Para além de contarem tam-bém com o apoio da garra-feira Scorpio através da mar-ca X-plosiv, que dá o nome à equipa, no próximo cam-peonato contam com outra empresa que fornece o mer-chandising”, que irá ser co-locado à venda durante as

provas e durante as festas de promoção da equipa.

O que é umaMini – mota?

Apesar de à primeira vista parecerem brinquedos, são de facto máquinas de com-pe� ção. Têm uma estrutura rígida sem qualquer suspen-são e uma mecânica simples mas extremamente efi cien-te.

U� lizam motorizações a 2 tempos com cilindradas de 40cc ou 50cc. Mais recente-mente começaram a ser in-troduzidos motores a 4 tem-pos de 90 e 110cc sempre de embraiagem centrifuga.

Nas classes mais compe� -� vas estes motores são ca-pazes de a� ngir potências de 18cv o que resulta em re-lações peso/potência inte-ressantes.

São comparadas com as motocross, mas apesar das semelhanças a estrutura da moto é bastante diferente.

Iolanda Nunes

Paulo Santos, Gonçalo Carreira e Diogo Monteiro

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-16-9 de Dezembro de 2010

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MISSÃO DECORRE ESTE MÊS

ONG da Batalha leva material escolar para Guiné-Bissau

Este mês, uma nova mis-são humanitária da Orga-nização Não Governamen-tal para o Desenvolvimento Santa Maria da Vitória, com sede na Batalha, levou mi-lhares de ar� gos em Quebo e Quinhamel, na Guiné-Bis-sau. A distribuição começou esta semana.

Em conferência de impren-sa, Amadeu Ceiça, o presi-dente da organização, disse

que o objec� vo primordial da acção é a divulgação da Língua Portuguesa. Vão ser distribuidos calçado, livros, roupa, brinquedos, material escolar e uma ambulância. O responsável destacou, ainda, o apoio de várias en� dades e empresas neste projecto hu-manitário.

Amadeu Ceiça adiantou que a ambulância, oferecida pelos Bombeiros Voluntários

da Batalha, se encontra em óp� mas condições e consi-derou que é uma mais-valia para os bombeiros de Bissau, “carentes deste � po de equi-pamentos”. Fá� ma Lucas, vi-ce-presidente da Associação, explicou que a viatura já não cumpria requisitos legais pa-ra circular, em Portugal, ao serviço dos bombeiros.

Em Quinhamel, a organi-zação construiu uma esco-

la do 1.º ciclo em 2003, e vai iniciar a construção de uma segunda sala de aulas. Já em Quebo, é entregue a ambu-lância.

Desde 1995, a ONG tem vindo a desenvolver mis-sões na Guiné-Bissau, mas também tem promovido vá-rias inicia� vas em Cabo Ver-de, São Tomé e Príncipe e Ti-mor-Leste.

Na 12.ª missão humanitá-ria, a organização, fundada no concelho da Batalha há dez anos, levou um conten-tor com vários bens.

Já em Dezembro do ano passado, a organização en-viou contentores com qua-tro mil livros escolares, ves-tuário, uma ambulância cedi-da pela corporação de Porto de Mós, cadeiras de rodas, medicamentos para a mater-nidade de Quinhamel, entre outros ar� gos.

Luísa Patrício

Ambulância terá sido entregue no início desta semana

DIFAMAÇÃO A JOÃO SALGUEIRO

Relação confirma sentença de Irene Pereira

O Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) confi rmou a sentença de difamação agra-vada a Irene Pereira, devido a um ar� go de opinião publica-do no Jornal O Portomosense, em Novembro de 2008. O TRC manteve a pena aplicada pe-

lo Tribunal Judicial de Porto de Mós, a 18 de Março des-te ano, que condenou a ex-vereadora do PSD a 280 dias de multa, à taxa diária de sete euros, num total de 1960 euros, fi cando ainda obrigada ao pagamento de uma in-demnização de 1500 euros por danos não patrimoniais, não havendo hipótese de recurso.

João Salgueiro afi rma que o valor da indemnização será entregue a uma ins� tuição de solidariedade. Ape-sar de não poder recorrer da sentença, Irene Perei-ra afi rma que apresentou uma reclamação do acórdão, não prestando mais declarações.

No ar� go em causa, Irene Pereira acusou o presiden-te da Câmara Municipal de Porto de Mós, João Salguei-ro, de acumular o vencimento de autarca com a refor-ma, contrariando uma promessa de campanha eleitoral.

O tribunal de primeira instância considerou que Ire-ne Pereira teve uma acção voluntária, imputando factos que foram ofensivos à honra, tendo por base um docu-mento assinado por João Salgueiro, enviado à Caixa Ge-ral de Aposentações.

No primeiro acórdão de sentença, o tribunal enten-deu que apesar de se tratar de um documento verda-deiro, “a arguida não foi fi el ao mesmo” e que ao “� rar ilações”, acabou por escrever o que “era falso”.

PCS

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-17-9 de Dezembro de 2010

17-

Pelo segundo ano consecu� vo, a Praça Arménio Marques recebeu o Marcado de Natal, uma inicia-� va da Associação de Artesãos das Serras de Aire e

Candeeiros (ASSAC). Um mercado inserido nos projectos de formação da associação, que apresentou trabalhos de formandos e artesãos, além de juntar ac� vidades dinami-zadas por en� dades como Cercilei, Valorlis ou Fórum Cul-tural de Porto de Mós. Ac� vidades de sensibilização e lú-dicas, além de venda e exposição de artesanato, foram algumas das inicia� vas que dinamizaram o evento.

Fernanda Marques, presidente da ASAAC, mostra-se sa� sfeita com a segunda edição do Marcado de Natal, afi rmando que, apesar do mau tempo, se registou um au-mento da afl uência de público.

No dia 1 de Dezembro decorreu também um espectá-culo de solidariedade, a favor do pólo de Porto de Mós da Cercilei. O bilhete de entrada foi subs� tuído por géne-ros alimentares que reverteram a favor do Espaço Social da autarquia.

Fernanda Marques adianta que o objec� vo da ASSAC é con� nuar a dinamizar a ac� vidade nos próximos anos.

MERCADO JUNTA NATAL E ARTESANATOMAIORIA DOS MUNICÍPIOS ESTÁ A CORTAR NESSA DESPESA

Porto de Mós gasta o mesmo com iluminação de Natal

Foram vários os concelhos do distrito de Leiria que de-cidiram diminuir a despe-sa com a iluminação de Na-tal, dada a crise que se sente no país. De resto, um pou-co por todo o país, os autar-cas cederam à contenção, reduzindo também a pró-pria animação nas ruas. Lou-sã (Coimbra), por exemplo, não colocou qualquer ilumi-nação de Natal nas suas ru-as.

Em Porto de Mós, a autar-quia decidiu manter o mes-mo gasto que no ano pas-sado ao colocar iluminação nas ruas no valor de cerca de 20 mil euros.

A Câmara Municipal de Leiria dá também o exem-plo ao reduzir para um ter-ço os custos. No ano passa-do, gastou 73 mil euros em iluminação, sendo que para este ano o valor base foi de 25 mil euros.

Também a Aldeia de Na-

tal, inicia� va pedagógica e lúdica des� nada às crianças que frequentam o pré-es-colar e o 1.º ciclo do conce-lho, sofreu uma redução de custos para metade, rela� -vamente ao ano passado. A pista de gelo e o comboio de Natal não fazem parte do programa deste ano da au-tarquia leiriense.

Marinha Grande, Pombal, Ourém, Alcobaça e Nazaré são outros municípios onde a iluminação de Natal sofreu um grande corte fi nanceiro.

Em Alcobaça, por exem-plo, a redução na iluminação ronda os 80%. Também a cortar, a autarquia de Pom-bal decidiu gastar menos em relação ao ano anterior.

O valor es� pulado para es-te ano foi de cerca de 25 mil euros, enquanto no ano pas-sado a quan� a chegou a ul-trapassar os 30 mil euros. Já na Batalha, no ano passado, foram inves� dos 10 mil eu-ros nas iluminações de Na-tal, valor que se manteve para este ano.

Porto de Mós investe 20 mil euros em iluminação

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Especial Natal

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-18-9 de Dezembro de 2010

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INSTITUIÇÕES ADMITEM AUMENTO DE PEDIDOS DE AUXÍLIO

Pobreza aumenta no concelho

Os casos de pobreza estão a aumentar no concelho. Pe-lo menos essa é a convicção de muitas ins� tuições que estão no terreno a apoiar famílias carenciadas e que viram no úl� mo ano um au-mento de pedidos.

Alimentação, medicamen-

tos, livros escolares ou até ajuda para fazer face a ren-das de casa ou o pagamen-to de contas de electricida-de ou água são alguns dos pedidos mais comuns fei-tos a grupos ligados à Igre-ja, ins� tuições de apoio so-cial ou autarquia, através da

loja social.Actualmente, a Conferên-

cia de São Vicente de Paulo de Porto de Mós apoia cer-ca de 60 famílias das fregue-sias de São João e São Pe-dro. Na Conferência de São Vicente de Paulo da Calva-ria de Cima são mais cerca de 50 as famílias apoiadas, juntando-se mais duas deze-nas no Juncal, que recebem apoio da Conferência de São Vicente de Paulo da fregue-sia.

Em Mira de Aire a Asso-ciação Amparo Familiar pre-para-se para distribuir cerca de 80 cabazes alimentares, que vão ajudar muitos mi-renses a ter um Natal mais aconchegado, através do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carencia-dos.

Eugénio Lopes, presiden-te da associação, considera que as situações de carência se “têm agravado no úl� mo

ano”. Uma situação que leva a ins� tuição a oferecer ali-mentação gratuita em algu-mas situações de emergên-cia, além de fornecer, dia-riamente, mais refeições do que as compar� cipadas pela Segurança Social, suportan-do a diferença dos custos.

O grupo de apoio às famí-lias da paróquia de Mira de Aire distribuir também ali-mentos por cerca de 26 fa-mílias, no entanto, novos pedidos não param de sur-gir.

O úl� mo relatório do Es-paço Social da Câmara Mu-nicipal de Porto de Mós, apontava para 47 famílias abrangidas pelo apoio ali-mentar.

Se os responsáveis por es-tas en� dades admitem que no úl� mo ano mais pessoas batem à porta a pedir auxí-lio, os dados ofi ciais não re-velam grandes alterações, de acordo com a direcção

regional da Segurança Social de Leiria. Fernando Gonçal-ves, director regional, refe-re que em 2010 a Segurança apoiou 2785 famílias do con-celho, o que representa um esforço fi nanceiro de quase 300 mil euros. Neste núme-ro estão incluídas as 182 fa-mílias benefi ciadas pelo ren-

dimento social de inserção e 1265 famílias que recebem ajuda através das ins� tui-ções par� culares de solida-riedade social. No concelho de Porto de Mós 1316 famí-lias recebem alimentos atra-vés do Programa Comunitá-rio de Ajuda Alimentar a Ca-renciados.

A tradição da igreja social ainda é o que eraÉ na esfera da Igreja que se

encontram muitos dos gru-pos que diariamente procu-ram solucionar situações de difi culdade e pobreza.

No concelho são pelo me-nos três as Conferências de São Vicente de Paulo que procuram prestar auxilio a quem mais precisa. Regina Santos (Porto de Mós), Fran-

cisco Ventura (Juncal) e José Costa (Calvaria), lideram es-tes grupos sócio carita� vos e todos descrevem uma mu-dança no � po de pessoas que procuram ajuda. Se até aqui eram sobretudo idosos sem apoio familiar que procura-vam auxilio, cada vez mais aparecem famílias afecta-das pelo desemprego, ou ví-

� mas de algum acidente que impossibilita um membro de trabalhar, a maioria das famí-lias com crianças. O aumento do desemprego tem-se tra-duzido num aumento dos pe-didos, referem.

É também no seio das pa-róquias que existem grupos que procuram distribuir ali-mentos, roupas e conforto

pelas palavras de encoraja-mento.

Em Mira de Aire, Maria do Céu, Leonor Morais ou Maria Eugénia são três dos cerca de dez elementos do grupo de apoio às famílias da paróquia. O desemprego é um drama que afecta a vila de tradição têx� l. “Nunca pensei passar por isto” é uma frase muito

ouvida pelo grupo por parte de quem pede ajuda para co-mer. O maior drama, para o padre Manuel Peixoto, é que “o grupo nasceu para enca-minhar e não para dar”, no entanto, a falta de emprego em Mira de Aire impossibilita a tarefa de dar novos rumos a famílias que caem em situ-ações de carência.

Mais do que alimentos ou roupa, os voluntários deste grupo procuram também dar uma palavra de apoio e ani-mo a pessoas que vêem a au-to-es� ma cair a pique.

Nas Pedreiras, há 15 anos que o grupo sócio carita� vo da paróquia distribui roupas e alimentos. O pároco Sérgio Fernandes refere que “no úl-

“Há muita pobreza envergonhada”

A frase foi repetida vezes sem conta pelas várias pes-soas que o nosso jornal entrevistou. Muitas vezes, o tra-balho de auxílio é feito na sombra e no anonimato, por-que a casa bonita e o carro topo de gama, vindos de um tempo em que a vida corria bem, não deixam os donos admitir que no interior o frigorifi co está vazio e as contas por pagar. “Temos casos de pessoas que estão emprega-das, mas estão apenas a receber 200 euros do ordenado e com dois fi lhos na escola”, exemplifi ca o pároco de Mi-ra de Aire, Manuel Peixoto, onde muitos dos casos aca-bam por ser revelados por vizinhos ou familiares que se apercebem das difi culdades.

A maior pobreza anda envergonhada…

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Especial Natal

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-19-9 de Dezembro de 2010

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REFEIÇÕES GRATUITAS, APOIO EM LIVROS OU MEDICAMENTOS

Escolas reforçam apoio socialE se alguns dos casos de

indisciplina que entram pe-los pá� os das escolas não foram apenas rebeldia, mas sim a revolta por situações familiares de pobreza, ou mesmo fome? Esta ques-tão já está a ser colocada no Agrupamento de Esco-las de Mira de Aire e Alva-

dos desde o ano passado, altura em que se começa-ram a detectar “situações complicadas” na comunida-de escolar. Razão que levou a direcção do agrupamen-to a iniciar um projecto de monitorização dos proble-mas sociais que possam es-tar camufl ados entre os alu-

nos. A Direcção Regional de Educação do Centro já apro-vou uma assessoria de alu-nos que, na prá� ca, “des-via” 15 horas de assessoria do trabalho da direcção pa-ra que se comece a fazer um trabalho junto dos alunos. O director, João José Almei-da, refere que a ideia é po-der fazer um diagnós� co das situações mais graves, para poder depois defi nir respos-tas sociais. “Queremos de-tectar a origem dos proble-mas de alguns alunos, que podem ser carência econó-mica, disfunção familiar, ou até mesmo fome…”, refere João José Almeida.

Fome, que não é um tema novo no agrupamento, onde existem alguns alunos que almoçam já gratuitamente, fruto de famílias que fi ca-ram no desemprego, casos onde o subsídio de desem-prego terminou ou famílias com quatro ou cinco fi lhos,

exemplifi ca o director.No Agrupamento de Es-

colas de Porto de Mós tem havido também uma aten-ção redobrada na detec-ção de alunos em situação de carência, refere o direc-tor Rui Neves. “Não temos situações de emergência, mas há algumas situações pontuais”, refere o director, que admite que a escola es-tá a apoiar alguns alunos na aquisição de medicamentos, livros ou material escolar, através de receitas própria do agrupamento.

A contenção nos gastos nota-se também nas com-pras do bar das escolas. “Tem aumentado a venda de tudo o que são bens de primeira necessidade, como pão ou leite, e diminuído a venda de chocolates”, refe-re Rui Neves.

O director refere estar atento às potenciais situa-ções de carência, que são

solucionadas pelos próprios meios do agrupamento ou em parceria com a autar-quia.

Em relação ao número de alunos abrangidos pela ac-ção social escolar, o número de candidaturas manteve-se e houve até uma ligeira re-

dução do número de apoios concedidos, fruto da altera-ção de lei. Isto porque o es-calão de apoio em que cada agregado familiar se integra é determinado pelo posicio-namento nos escalões para a atribuição do abono de fa-mília.

Voluntáriose donativos

precisam-se

A idade avançada dos elementos, na maio-ria das vezes voluntários há décadas, são uma ameaça para os vários grupos que pro-curam auxiliar famílias em difi culdades. Os dona� vos, na maioria das vezes apenas dos próprios elementos, são também escassos para fazer face aos pedidos, cada vez mais variados, desde livros escolares, contas em atraso ou medicamentos.

Ajuda e colaboração é um pedido que se estende a vários grupos do concelho que

procuram ajudar o próximo.

Conferência São Vicente de Paulo de Porto de Mós

Conferência São Vicente de Paulo do Juncal

Conferência São Vicente de Paulo da Calvaria

Grupo de Apoio Solidário do Juncal

Grupo de apoio às famílias da paróquia de Mira de Aire

Grupo sócio caritativo da paróquia de Pedreiras

� mo ano há mais gente a pe-dir roupa e comida”, pessoas “que � nham a vida estabili-zada, perderam o emprego e agora pedem a ajuda”.

Perante uma realidade mais di� cil, no Juncal a pala-vra de ordem neste momen-to é congregar esforços. O Grupo de Apoio Solidário do Juncal envolve junta de fre-

guesia, conferência São Vi-cente de Paulo, AC Mós e centro paroquial, pretendo canalizar esforços para au-xiliar famílias carenciadas. O grupo está a dar agora os pri-meiros passos, apelando aos dona� vos de géneros ou di-nheiro junto de qualquer um dos associados.

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“Há pessoas que se calhar não merecem”

Apesar de ajudarem, muitos dos envolvidos nos gru-pos de apoio admitem que no meio de casos de pobreza existem uns que precisam mais do que outros.

A avaliação das necessidades é o aspecto mais difícil neste trabalho apontado por Regina Santos.

Artur José, presidente da junta de freguesia de Mi-ra de Aire, não tem dúvidas em afi rmar que “há pesso-as que se calhar não merecem” os apoios, apontando co-mo principal razão o sistema de avaliação da segurança social.

…e a selecção de beneficiários falha

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Especial Natal

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CAMPANHAS DE SOLIDARIEDADE

Simlis ajuda angariar alimentosO Espaço Social criado

pelo Pelouro da Acção So-cial da Câmara Municipal de Porto de Mós tem trazido mais conforto às famílias ca-renciadas do concelho, gra-ças aos bens angariados nas inúmeras acções que têm si-do desenvolvidas nos úl� -mos meses.

Até ao dia 14 está na rua outra campanha a favor do Espaço Social, promovida pela Simlis, em parceria com a Câmara Municipal e a Eco-teca e com o apoio do jornal “O Portomosense” e da Dom Fuas Fm.

A vereadora com o pelou-ro da acção social, Rita Ce-rejo, confessa que fi ca bas-tante sa� sfeita com ajuda de empresas como a Simlis uma vez que pela sua dimensão regional conseguem projec-tar ainda mais a inicia� va.

“É tão importante dar co-mo receber” é o mote da campanha que pretende re-colher bens de primeira ne-cessidade que posterior-mente irão ser entregues às

famílias já registadas no Es-paço Social.

Conservas, leite, arroz, massa, açúcar, brinquedos, ar� gos de bebé e roupa po-derão ser entregues nos edi-� cios da Simlis, Câmara Mu-nicipal e Ecoteca.

Segundo revela Sandra

Vieira, da Simlis, “esta é a primeira inicia� va desenvol-vida pela Simlis a favor do Es-paço Social de Porto de Mós, e em 2011, será feita outra acção semelhante a favor da Loja Social da Batalha”.

Sandra Vieira revela ainda que para além da recolha de

bens de primeira necessida-de, nestes dois concelhos se-rá ainda desenvolvida uma acção de sensibilização com o tema: “Como poupar em tempo de crise”.

Ainda sem data anuncia-da esta acção pretende aju-dar na poupança fi nancei-

ra, poupança de recursos e na reu� lização de materiais e outros produtos de forma a dotar as pessoas de alguns mecanismos, que lhes per-mitam fazer face a este cli-ma de austeridade, uma vez que o ano que se avizinha vai ser mais sen� do.

“Solidariedade com ritmo” ajuda com brinquedos

Este mês os benefi ciários do Espaço Social, que � ve-rem crianças, além de ali-mentos irão também levar brinquedos. Esta oferta é fruto do espectáculo “Soli-dariedade com Ritmo” que no dia 21 de Novembro, con-seguiu angariar no Cine-te-atro de Porto de Mós cerca de 500 brinquedos.

A vereadora Rita Cerejo, explica que a autarquia aju-dou na realização do espec-táculo com a cedência do espaço, som, luz e divulga-ção e em troca foram com-pensados com centenas de brinquedos que irão ser en-tregues não só às famílias si-nalizadas, mas também às famílias inseridas no Progra-ma Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados e às que irão receber os cabazes de Natal oferecidos pelas es-colas do concelho.

BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME

Recolha e alimentosajuda consoada

A campanha do Banco Ali-mentar contra a Fome, reali-zada nos dias 27 e 28 de No-vembro, permi� u recolher 110 toneladas de alimen-tos nos supermercados do concelho. Uma subida de 25 por cento em relação a igual período do ano passado.

“A quan� dade recolhida vem de certa forma ajudar as ins� tuições de solidarie-dade social locais, que nes-

ta altura preferem oferecer cabazes recheados daquilo que é preciso para confortar os mais desfavorecidos na consoada”, diz o presidente do Banco Alimentar Leiria – Fá� ma, Adelino Simões, que se mostra sa� sfeito com o êxito de mais uma recolha.

O Banco Alimentar con-tra a Fome de ano para ano vai ganhando mais força. Em cada campanha o número

de alimentos recolhidos vai aumentando em relação a igual período do ano ante-rior.

Em todo o país foram con-tabilizadas 3.250 toneladas de géneros alimentares em mais de 1.147 super� cies comerciais.

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Especial Natal

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Clube Desportivo Ribeirense

Deseja a todos os sócios, atletas e patrocinadores um

Feliz Natal e um Bom Ano Novo

ALUNOS RECOLHEM ALIMENTOS

Escolas oferecem cabazesA campanha de recolha

de alimentos também se faz nas escolas do concelho.

No Agrupamento de Es-colas de Porto de Mós cada turma da Escola Secundária e da EB 2 Oliveira Perpétua organiza um cabaz de Natal, com alimentos de primeira necessidade.

“Cada turma faz um cabaz dentro das suas possibilida-des até ao dia 14 de Dezem-bro e depois os alunos mais velhos com a companhia de funcionários da Câmara Mu-nicipal irão distribuir os ca-bazes, na semana que ante-cede o Natal, às familias si-nalizadas”, explica Pedro Coelho, professor de Educa-ção Moral.

O principal objec� vo, es-clarece ainda o professor, é “divulgar aos alunos que é importante par� lhar algu-ma coisa. Não é necessário comprar, basta trazer algu-ma coisa que têm lá em casa e que não necessitam”.

Clube amigosem rosto

Composto por professores e alunos do Ins� tuto Educa-� vo do Juncal, o clube está ac� vo durante todo o ano oferecendo ajuda aos alunos e a quem mais precise.

Segundo Madalena Lou-renço, professora de Edu-cação Moral, “no Natal são oferecidos cerca de 20 caba-zes recheados pelos alunos das turmas do Ins� tuto, mas em casos excepcionais são também oferecidas roupas e brinquedos”.

As ajudas do clube não se resumem apenas ao Na-tal, mas também ao longo do ano são efectuadas visi-tas a ins� tuições, animações em hospitais e outras inter-venções em ins� tuições de crianças e outras campa-nhas que vão aparecendo ao longo do ano.

A MAIOR PARTE DOS IDOSOS FICA NO LAR NA CONSOADA

Lares festejam Natal no dia 18

É com muito entusias-mo que os utentes dos la-res recebem as fes� vidades da época natalícia. Normal-mente, quase todos perma-necem no dia 24 à noite no lar, saindo só no dia de Natal para visitar a família.

O sábado dia 18 é o esco-lhido, pelas três ins� tuições que contactámos, para fes-tejar o Natal.

No lar da Santa Casa da

Misericórdia de Porto de Mós, a directora Cláudia Braga explicou que vai ha-ver uma missa na tarde de sábado. O dia promete ser bem animado, ainda, com a música do rancho que vai juntar as funcionárias do lar com a Ins� tuna - Tuna Mis-ta do Ins� tuto Politécnico de Leiria. No dia 24, poucos são os que saem do lar para ir ter com a família. “Como

está frio, eles preferem fi car por cá, em vez de se subme-terem ao mau tempo”, afi r-mou.

Em Mira de Aire, o Abri-go Familiar Casa S. José, vai fazer uma festa de Natal, a contar com o grupo coral e o rancho da vila. A Irmã Eli-sa disse ao nosso jornal que são 39 os idosos que vão po-der passar uma tarde agra-dável a saborear um lanche.

Na noite de Consoada, “há comida melhor e entrega de prendas”.

No Solar do Juncal, o pre-sidente, José Rebelo, expli-cou ao nosso jornal que o Natal vai ser assinalado com uma missa, uma peça de te-atro e, para terminar, um lanche par� lhado com os utentes, que serão, no total, cerca de 80. Depois, no pró-prio dia 24 de Dezembro, es-tá prome� do um jantar es-pecial e entrega de prendas.

Ao contrário do que se costuma ouvir em véspe-ras de Natal, sobre familia-res desvalorizarem e esque-cerem os mais velhos neste � po de ins� tuições, em Por-to de Mós, parece haver, pa-ra orgulho dos responsáveis, uma grande proximidade entre a família e os idosos.

Dicas ambientais e económicas

Existem milhares de ideias para poupar o ambiente e a sua carteira, numa altura do ano em que pouco se olha a poupanças. Siga algumas das nossas sugestões a pensar na decoração, ceia de Natal e no aquecimento da sua casa, nesta altura do ano. Seguir estes conselhos permitir-lhe-á oferecer uma prenda a si próprio e a todos os cidadãos do mundo um ambiente mais protegido e equilibrado.

AQUECIMENTO- Isole bem a sua casa de modo a reduzir os gastos com o aquecimento;- Para acender a lareira, substitua as acendalhas (feitas a partir de petróleo) por tiras de casca de laranja secas que são efi cazes e dão um cheiro agradável.

ÁRVORE- Prefi ra uma árvore de Natal sintética, efi caz e reutilizá-vel, ou então recorra a árvores vendidas com autorização (bombeiros, serviços municipais), como garantia da sus-tentabilidade do corte;- Para decorar a árvore ponha a sua imaginação a funcio-nar e reutilize resíduos;- Coloque luzes de Natal com lâmpadas LEDs que têm um consumo inferior às lâmpadas incandescentes.

CEIA DE NATAL- Substitua o bacalhau por outra iguaria, senão compre bacalhau de média/grande dimensão; faça o mesmo em relação ao polvo (deverá ter sempre mais de 800 ou 900 gr.).

DECORAÇÃO- O azevinho é uma espécie em vias de extinção. Existem bonitas imitações artifi ciais que podem ser reutilizadas.

PRESENTES- Guarde o papel de embrulho depois de abertas as pren-das;- O papel que não conseguir reutilizar, coloque no eco-ponto;- Quando tiver dúvidas sobre um presente, opte pelos cheque-prenda disponíveis em várias lojas;- Procure levar sacos para as suas compras ou utilize o mínimo de sacos possível;- Prefi ra produtos nacionais. Desta forma, contribui para a economia portuguesa, e reduz o custo dos transportes associado à distribuição dos mesmos;

POSTAIS- Em alternativa aos tradicionais postais pode enviar “e-cards”, pela internet.

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Especial Natal

Festas Felizes

BoasFestas

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-22-9 de Dezembro de 2010

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PARA CONTORNAR CRISE E ENFRENTAR CONCORRÊNCIA

Comerciantes da Batalha uniram-se para embelezar rua

Nesta época natalícia, e com a crise a bater à por-ta de muitas pessoas, os co-merciantes de Leiria e Ba-talha colocaram em prá� -ca novas ideias para atrair clientes às suas lojas. Já em Porto de Mós, os comer-ciantes sentem falta de uma outra vida na vila que consi-ga ca� var ou manter as pes-soas nas suas ruas.

Alexandra Beato, da lo-ja D&A Kids, de Porto de Mós, refere que a crise de-verá atrapalhar um pouco as compras de Natal. Ape-sar do Mercado de Natal, di-namizado na Praça Arménio Marques, nos primeiros dias deste mês, “o tempo este-ve muito mau e estragou tu-do”. “Além disso, penso que, infelizmente, falta aqui algu-ma coisa que consiga trazer cá as pessoas. Ou eventos maiores ou até algo simples como manter as pastelarias abertas aos domingos”, su-

gere.A mesma opinião tem Ma-

ria João, da Papelaria Ave-nida, que concorda que “é muito complicado conse-guir chamar as pessoas pa-

ra aqui”. “Talvez faltem al-guns eventos bem pensados que consigam levar o nome de Porto de Mós mais lon-ge”, referiu.

Na Batalha, por exemplo,

os comerciantes da Rua Dª Filipa Lencastre, uma das principais da vila, uniram-se para dar um brilho especial às suas lojas, com grandes árvores de Natal, ilumina-

ção, animação aos fi ns-de-semana, música natalícia, e uma passadeira vermelha à entrada.

A ideia surgiu pelo facto de os comerciantes perce-berem que o Centro Comer-cial Jordão lhes “rouba” al-guma atenção e, por outro lado, saberem que é neces-sário fazer algo de diferente para esquecer a crise.

Catarina de Jesus, da loja “Okasiao”, disse que a ideia só pôde avançar uma vez que houve união entre os 13 comerciantes da rua. Além disso, a cada 20 euros de compras em qualquer loja da rua, os clientes recebem uma rifa e sabem, no dia 8 de Janeiro, se lhes calhou al-gum prémio no “sapa� nho”. Cada loja deu um produto e, assim, conseguiram formar uma lista diversifi cada de prémios a atribuir.

Por úl� mo, em Leiria, a inicia� va “Shop On”, no pas-

sado sábado, veio alargar os horários de cerca de cem lo-jas até à meia-noite, mas, desta vez, sem sucesso por causa do mau tempo, se-gundo referiu o próprio pre-sidente da Associação Co-mercial Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós (Aci-lis), Paulo Sousa. A primei-ra edição foi um sucesso e, a próxima edição, está previs-ta para Março de 2011, mas num novo modelo, ainda a defi nir.

Ainda a salientar, o Con-curso de Montras “O Natal no Comércio” - 15ª edição -, promovido pela Acilis, es-tá já a decorrer até ao dia 17 e envolve os estabelecimen-tos comerciais de Leiria, Ba-talha e Porto de Mós. Inicia-� vas que tentam dinamizar o comércio de rua que, hoje em dia, tem de enfrentar o comércio de massas: os cen-tros comerciais.

Na Batalha, há passadeira vermelha em frente às lojas

Especial Natal

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-23-9 de Dezembro de 2010

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ALEMANHA E HOLANDA VÃO POUPAR MAIS

Portugueses poupam seis por cento nos gastos deste Natal

Este Natal promete ser mais poupado e comedido, com prioridade para as pro-moções e os presentes per-sonalizados e feitos em ca-sa.

As famílias portuguesas vão gastar menos seis por cento do que no ano passa-do, mas, ainda assim, os gas-tos totais serão superiores aos de países como Alema-nha e Holanda.

Nesta época natalícia, os consumidores portugue-ses prevêem gastar 575 eu-ros, dos quais 375 euros em prendas, 150 euros em des-pesas adicionais com comi-da e mais 50 euros para sa-ídas em convívio. Segundo este estudo, da consultora Deloi� e, as difi culdades fi -nanceiras e as medidas de austeridade adoptadas pelo Governo são apontadas co-mo as principais razões para esta poupança.

Uma análise aos úl� mos

cinco anos do estudo, in-cluindo anos de algum op-� mismo e anos de eleva-do pessimismo, mostra que a variação dos gastos nesta época em Portugal é reduzi-

da, oscilando entre um valor mínimo de 550 euros e um máximo de 620 euros. Em Espanha, por exemplo, esta variação vai dos 650 aos 950 euros.

Outra evidência da impor-tância da quadra natalícia para os portugueses é que os gastos são bastante supe-riores aos que se verifi cam, por exemplo, na Alemanha

(470 euros) ou na Holanda (410 euros), onde o nível de vida é superior.

As consequências das me-didas de austeridade econó-micas no consumo natalício

serão notadas mais na for-ma de gastar do que no va-lor a gastar.

O estudo apurou, ainda, que, três em cada quatro portugueses anteciparam as compras de Natal para benefi ciar de saldos e pro-moções, passando também a recorrer a produtos de “marca branca”, sendo que quase metade dos inquiri-dos admi� u que pretende oferecer prendas compra-das em grupo. Apenas um em cada 10 portugueses in-quiridos admi� ram que vão comprar presentes de Na-tal sem olhar para os preços, muito longe da fa� a em Es-panha: seis em cada dez.

Tal como em toda a Euro-pa, os presentes que os con-sumidores portugueses pre-vêem comprar (quatro em cada cinco) serão sobretudo u� litários, com destaque pa-ra os livros, os jogos educa-� vos e o vestuário.

Vai gastar-se menos neste Natal

Especial Natal

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-24-9 de Dezembro de 2010

-Especial NatalEM TEMPOS DE CRISE

Dicas para poupar na hora de comprar presentesCom a época natalícia, chega a correria aos presentes, mas também os gastos. Uma tendência cada vez mais consumista, nesta altura, faz com que as carteiras de muitos fi quem um pouco mais vazias, mas é possível ter um excelente Natal sem colocar a conta a zeros.Como os tempos são de contenção, eis que o melhor mesmo é planear, estipulando um orçamento para as prendas.Aqui fi cam algumas ideias para poupar dinheiro:

Enumerar os presentes de Natal

Quer tenha família grande ou pequena, muitos ou pou-cos amigos, é uma boa ideia fazer uma lista das pessoas a quem deseja mesmo dar presentes de Natal.

Comprar presentes de Natal só para

certas idadesUma das formas de pou-

par mais dinheiro, e con� nu-

ar a ter um Natal em famí-lia diver� do, é escolher dar presentes para pessoas até uma certa idade. Primeiro, porque muitas vezes com-pram-se dezenas de pren-das de valor muito baixo só para termos algo que ofe-recer, segundo, ao dar pre-sentes apenas a crianças até aos 18 anos (ou menos), po-de-se oferecer um presente

melhor e mesmo assim pou-par dinheiro no conjunto das prendas. Se o Natal pa-ra os adultos tem a ver com a reunião da família, para as crianças os presentes têm uma grande importância.

Presentes de Natal com limite

Depois de saber a quem

vai dar os presentes de Na-tal, é importante defi nir um preço máximo por ca-da prenda. Procure preços razoáveis e combine com a família os valores das pren-das.

Comece a comprar cedo

Quanto mais cedo come-

çar a comprar as prendas, mais tempo terá para pro-curar o presente ideal, pa-ra comparar preços e para mandar vir algo de um site “online” que lhe fi ca muito mais em conta. Logo, a car-teira benefi ciará se com-prar uma ou duas prendas por mês durante 6 meses, do que se comprar 12 pren-das na semana antes do Na-

tal. Para além disso, as com-pras efectuadas próxima da data serão feitas à pressa, sem grande refl exão e pro-vavelmente a preços mais elevados.

Presentes de Natal feitos em casa

Se planeou com muita an-tecedência o Natal, conse-guirá fazer ao longo do ano alguns presentes de Na-tal para oferecer. Se souber costurar e fazer malha, po-de fazer toalhas, camisolas, colchas, entre muitas outras coisas. Outro presente que pode oferecer é confeccio-nar alguma coisa que pos-sa oferecer, como chocola-tes, doces ou até um cabaz de Natal com alimentos fei-tos por si.

O Natal é um dia para pas-sar tempo com a família, que por vezes é o único do ano, deixando as crianças brincarem e receberem os presentes de Natal.

Começar a comprar cedo é importante

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-25-9 de Dezembro de 2010

25-

Sá CarneiroAutor: Miguel PinheiroEditora: Esfera dos LivrosEdição: 2010

Aos 46 anos, no dia 4 de Dezembro de 1980, Fran-cisco Sá Carneiro, fundador e líder do PSD, morreu em Camarate. Junto de Snu Abecassis, a mulher por quem se apaixonou e por quem desafi ou as leis da Igreja, da família, da sociedade e da polí� ca. Muitos viam-no como o rosto da esperança, o futuro da polí-� ca portuguesa. Outros cri� cavam-lhe o carácter e a forma de fazer polí� ca. A sua morte precoce, envol-ta em mistério e polémica, fez dele um mito. Depois de cinco anos de pesquisa exaus� va, de recolha de documentação e de fotografi as inéditas, o jornalis-ta Miguel Pinheiro traça a biografi a completa, pes-soal e polí� ca, de Francisco Sá Carneiro, o advoga-do que durante onze meses foi primeiro-ministro de Portugal.

A Última Estação

Nos tempestuosos úl� mos anos da sua vida, Tols-toi, aclamado escritor russo, vive dividido entre a sua doutrina de pobreza e toda uma vida hedonis-ta. Pondera, por isso, abdicar de tudo e ceder, em testamento, os direitos autorais da sua obra ao po-vo russo. Em 1910, depois de 48 anos de casamen-to, Sófi a Andréevna, esposa e mãe dos seus 13 fi -lhos, vê que pode perder todo o seu património. Em desespero, usa todos os trunfos para proteger o legado do marido e o futuro da família. Um fi lme realizado por Michael Hoff man, que conta com He-len Mirren, Christopher Plummer e Paul Giama� .

Michael Jackson

“Michael”É o nome mais rentável do ano 2010. Michael Jac-

son ultrapassou Elvis Presley na liderança dos nomes póstumos que mais facturam com vendas de musica, fi lmes e outro material associado (merchandising).

A família do falecido «rei da Pop» cedeu os direitos para o lançamento de mais um álbum de originais, no próximo dia 16 deste mês, in� tulado “Michael” e con-ta com algumas canções que o próprio Michael Jack-son nunca escolheu para editar. Mas essa não é a úni-ca polémica. Vários cantores de estúdio (profi ssionais) afi rmam ter sido pagos para interpretar algumas das canções que fi guram no novo disco, a imitar a voz de Michael. Os próprios fi lhos do «rei da Pop» dizem que as vozes não são do falecido pai, como tem sido anun-ciado pela Sony, responsável pela edição de Michael. Fica, ainda assim, a dica para “Michael” que chega no próximo dia 16.

www.voluntariado.pt

O site da Bolsa de Voluntariado tem quatro anos, mas está renovado para facilitar o contacto entre interessados e ins� tuições. Um espaço que preten-de conciliar a vontade de quem quer ajudar e as necessidades das ins� tuições.

Ler

Ver

Ouvir

Navegar

CulturaPROMOVIDO PELO GAUDIA VITAE-ASSOCIAÇÃO

Serão-convívio de S. Martinho em Mira de Aire

Numa primeira inicia� va do Coro Gaudia Vitae-Asso-ciação Cultural, teve lugar no passado dia 13 de No-vembro pelas 20,00 horas, um Serão Convívio alusivo ao S. Mar� nho.

Não obstante o mau tem-po que se fazia sen� r, a po-pulação deslocou-se em grande número à Escola Se-cundária local, para uma noite de música e cultura, onde abundaram também vários � pos de sopas, pe� s-cos diversos e como não po-dia deixar de ser as casta-nhas assadas, tudo acompa-nhado de vinho e saborosa água-pé.

Enquanto eram saborea-dos todos estes pe� scos e

bebidas, vários grupos mu-sicais espalharam alegria e boa disposição. A anima-ção iniciou-se com a exce-lente prestação da juvenil Banda de Rock Bloco Cen-tral. Seguiu-se a do grupo Zés P´Preiras e Musical “Os Diver� dos” que par� cipam nos mais diversos eventos culturais e também nas mais famosas festas e romarias, animação de rua, festas me-dievais, etc. Este grupo que já durante a tarde havia feito uma arruada pela vila, e que nos deliciou com a sua mu-sica muito par� cular, deslo-cou-se de Delães-Vila Nova de Famalicão e é considera-do um dos mais an� gos gru-pos de Gaiteiros de Portu-

gal, sendo a sua fundação de 1945. A Bandinha Miren-se numa exibição brilhante e muito animada, antecedeu a exibição da acordeonista Gabriela Ferreira Silva que se deslocou de Lisboa, numa primorosa prestação.

Foi espectacular a repre-sentação de uma peça de teatro, numa surpresa total, com a prestação excelente de verdadeiros “actores”! E quem eram eles?!... Canto-res do Coro Gaudia Vitae!!! A animação con� nuou com bailarico, até de madruga-da, a cargo do organista Sér-gio Jorge.

A exposição de artesanato presente nas instalações on-de decorreu o evento, com

verdadeiras obras de arte do Sr. Guilhermino Filipe La-vado, é digna de ser admira-da. Nela fi cou bem patente a arte e sensibilidade do seu autor. A história de Mira de Aire é facilmente lida nas su-as peças.

O serão contou ainda com a especial presença do ami-go Manuel Reis que com a sua boa disposição e profi s-sionalismo, teve a seu car-go a apresentação do pro-grama.

Natália Rosa

CENTRO PAULO VI, EM FÁTIMA

Concerto a favor das obras no Seminário de Leiria

O Centro Paulo VI, em Fá-� ma, acolhe nos próximos dias 11 e 12 de Dezembro, um espectáculo a favor das grandes obras de conserva-ção e de adaptação do Se-minário de Leiria.

Em palco vão estar cer-ca de 30 músicos, tendo por base o úl� mo disco de João Junqueira, num misto de canção ligeira de interven-ção, com poemas de João Maria André. Conta ainda com um suporte orquestral eclé� co, entre o clássico e

o moderno, e com 2 grupos especiais de convidados: um de música de Cabo Verde, e outro de Fados de Coimbra.

No dia 11, sábado, o es-pectáculo está marcado pa-ra as 21 horas, enquanto que no domingo,12, será às 17 horas.

Transformar o Seminá-rio na “Casa da Diocese” é o grande objec� vo. Os bilhe-tes custam 12,50 euros. To-do o valor da bilheteira re-verte para essa causa.

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27- ActualidadeNO JARDIM DE INFÂNCIA E EB DA CORREDOURA

Maus comportamentos levam a sensibilização sobre

segurança na escola No passado dia 29 de No-

vembro, o jardim de infância e a escola básica da Corre-doura promoveram a sessão de sensibilização “A� tudes e Comportamentos” que abordou a temá� ca da “Se-gurança dentro e fora do re-cinto escolar”.

A inicia� va pretendeu sen-sibilizar os pais para compor-tamentos violentos que, por vezes, “batem à porta” das crianças. Segundo nos con-fi rmou o professor Júlio Gor-

do, “há aqui crianças ví� mas de violência”. “São elas pró-prias que vêm ter connos-co e desabafam, contando o que se está a passar”, disse ao nosso jornal.

Perante uma sociedade cada vez mais exigente, em que os pais saem de casa de cedo e chegam tarde, as crianças acabam por ver os seus comportamentos mu-dados. Entre colegas da es-cola (bullying), de fi lhos pa-ra pais e vice-versa, “a vio-

lência refl ecte-se um pouco de todas as formas”, referiu o professor ao nosso jornal. “Não existe nada de anor-mal, mas decidimos fazer es-ta sessão, como formar de tentar mediar os relaciona-mentos”.

A inicia� va teve como ora-dores o tenente-coronel do exército, Jorge Pires, e a ca-bo Gina Sousa, da Escola Se-gura, da GNR.

Luísa Patrício

Pais, professores e alguns alunos foram sensibilizados

ESCOLA SECUNDÁRIA DE PORTO DE MÓS

Palestra ensina a praticar BTT em segurança

“PNSAC – Vive a tua Na-tureza” é o tema da área de projecto de três alunos da Escola Secundária de Porto de Mós que procuraram, du-rante uma manhã, acrescen-tar a palavra “segurança”, ao tema.

Dezenas de alunos da es-cola juntaram-se no refeitó-rio no dia 25 de Novembro, onde puderam perceber a importância de juntar a se-

gurança ao desporto. Miguel Fernandes, técni-

co do gabinete de despor-to da autarquia, e pra� cante de BTT, apresentou os vários equipamentos de protecção e a importância de cada um deles. “Na Internet, existem muitos fi lmes de pilotos sem protecção. Mas eles são pro-fi ssionais e são pagos, quer andem ou não de bicicleta”, alertou.

Na palestra par� cipou ainda Eduardo Amaral, téc-nico do gabinete de despor-to da autarquia, que apre-sentou a história do BTT no concelho.

No fi nal, os alunos saíram à rua onde puderam ver al-gumas acrobacias de BTT, com os pilotos equipados em plena segurança.

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Boas Festas

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TROFÉU ENTREGUE NA

GALA NACIONAL DO DESPORTO ESCOLAR

Ginástica do Juncal distinguida pelo “espírito desportivo”

O Instituto Educativo do Juncal foi uma das escolas nacionais destacadas na Gala Nacional do Desporto Escolar, que decorreu em Torres Novas.

O galardão distinguiu o grupo de Ginástica, criado em 2003, orientado pelo professor e treinador Sérgio Maurício. Um gru-po que é detentor de vários títulos distritais, regionais e nacio-nais. O prémio atribuído distinguiu o “espírito desportivo” e, se-gundo as palavras da ministra da Educação, Isabel Alçada, trata-se de um dos títulos mais importantes atribuídos no âmbito do Desporto Escolar.

Aluno, Espírito Desportivo, Professor, Escola, Autarquia, Inter-nacional, Carreira Desportiva, Comunicação e Desporto Adapta-do foram outras categorias que distinguiram os que mais se no-tabilizaram durante o seu percurso desportivo e académico.

O evento, na escola sede do Agrupamento de Escolas de Artur Gonçalves, em Torres Novas, contou com a presença da ministra da Educação, do secretário de estado adjunto e da Educação e do presidente do Comité Olímpico de Portugal, entre outras per-sonalidades ligadas ao sector da educação e do desporto. Estive-ram ainda os embaixadores do desporto escolar, nomeadamen-te Rosa Mota, Carlos Lopes, Pedro Martins, David Grachat, Da-niela Costa, João Silva e Jorge Braz.

PROVA DE AEROMODELISMO ESTE DOMINGO

Acrobacias aéreas invadem pavilhão de Porto de Mós

A destreza e o detalhe vão estar afi nados ao máximo este domingo, dia 12, no pavilhão gimnodespor-� vo de Porto de Mós. O aeromo-delismo entra para o pavilhão, pa-ra uma prova “indoor”, onde vão estar presentes cerca de 15 pilo-tos, entre eles o campeão nacio-nal da modalidade. Os aviões, obri-gatoriamente eléctricos, vão ter de ultrapassar várias provas, des-de as acrobacias onde têm de ser feitas fi guras, uma prova de velo-cidade com obstáculos, semelhan-te às famosas provas da Red Bull, mas com aviões em ponto peque-no, ou um “aeromusical”, onde as acrobacias se vão desenhar ao som de música. Uma prova que decorre entre as 10 e as 16 horas.

Alfredo Morgado, presidente do Clube de Aeromodelismo de Por-to de Mós, refere que a prova ser-ve de preparação a um campeona-to que vai reunir quatro clubes de Leiria, Porto de Mós, Tomar e En-troncamento.

Pelo carácter inédito em Porto de Mós e pelo espectáculo que ofe-

rece aos visitantes, Alfredo Morga-do espera que o público vá até ao gimnodespor� vo da vila. “Há mui-ta adrenalina e existe muita des-treza para fazer as fi guras num es-paço tão pequeno”, afi rma.

Uma prova “indoor” que tem a vantagem de garan� r um bom es-pectáculo, independentemente do vento ou chuva que se façam sen� r.

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Desporto

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-29-9 de Dezembro de 2010

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Divisão de Honra

Mendiga perde duelo com líder

A Mendiga caiu para o sé� mo lugar, depois de perder em casa por 5-1 frente à Mata, que segue isolada no primeiro lugar, com 21 pontos. Mendiga que soma dez pontos, em igualdade com Ca-ranguejeira, Anços e Pocariça, que antecedem a equipa de Pe-dro Coelho na tabela.

O Ribeirense voltou a perder, desta vez em casa, por 2-0, fren-te à CB Caldas da Rainha. É a úni-ca equipa da divisão de honra que ainda não pontuou após seis jornadas.

Na próxima jornada, dia 11, a Mendiga visita o Casal Velho, se-gundo classifi cado, e o Ribeiren-se joga com o Arnal, também fo-ra.

I Divisão

Portomosense perde liderança

Na úl� ma jornada o Portomo-sense foi à Mar� gança perder por 6-2 e perdeu também a li-derança. O Bombarralense ven-ceu em Turquel pela margem mí-nima e ultrapassou o Portomo-sense, somando 17 pontos, mais um que a equipa de José Salguei-

ro. A equipa de Porto de Mós se-gue com os mesmos pontos que Catarinense e Sp. Estrada, que se seguem na classifi cação.

O Mirense empatou 5-5 na visi-ta ao Ginásio de Alcobaça e subiu ao nono lugar, com quatro pon-tos.

Na próxima jornada, dia 11, o Portomosense recebe o Hóquei Turquel, enquanto Mirense, tam-bém em casa, defronta a Ferra-ria.

II Divisão

Dom Fuas sem perder

O CCR Dom Fuas cedeu um em-pate em casa com o Quinta do Sobrado, a três golos. Ainda as-sim, a equipa da Fonte de Olei-ro con� nua sem perder no cam-peonato e mantém o primeiro lu-gar com 14 pontos, mais um do que Casal Pardo. Na próxima ron-da o CCR Dom Fuas visita a Alvor-ninha.

Feminino

Portomosensegoleia

A equipa de futsal feminino da Associação Despor� va Portomo-sense goleou no recinto do Pe-

derneirense por 9-3, na úl� ma ronda e subiu ao quarto lugar com seis pontos. No úl� mo fi m-de-semana o CCR Dom Fuas per-deu em casa, pela margem mí-nima frente ao líder Amarense, depois de na ronda anterior per-der no recinto do Ribafria por 2-1. A equipa da Fonte de Oleiro segue nona posição.

Na quinta jornada Portomo-sense recebe o Casal Velho e CCR Dom Fuas joga na Mar� ngança.

Taça de futsal

Ribeirense e Mirense de fora

O Ribeirense foi afastado na 1.ª eliminatória da Taça Distrital de Futsal, no recinto do Sp, Es-trada onde foi goleado por 12-2. O Mirense perdeu em casa, por 5-4, frente à Santa Eufémia.

As outras equipas do conce-lho con� nuam em prova. O Por-tomosense venceu no recinto do Ginásio de Alcobaça por 4-1. A Mendiga, também fora, venceu o Amigos da Paz por 3-1 e o CCR Dom Fuas venceu em casa o Pla-nalto por 4-2.

Depois da importante vitória frente ao Beneditense, por 2-1, na jornada nove, o Portomosen-se empatou em casa, a duas bo-las, com o Guiense, na úl� ma jor-nada. Estes resultados colocam a turma de Rui Bandeira no segundo lugar, com 19 pontos, os mesmos que Nazarenos, que venceu por 3-0 o Biblioteca.

O Alqueidão de Serra teve um jogo de nervos em Alvaiázere na

úl� ma jornada. Chegou a estar em vantagem, mas acabou por perder por 3-4. Na ronda anterior venceu o Pedroguense, em casa, por 2-0.

O Alcobaça segue isolado na frente, com 23 pontos, depois de vencer por 2-1 em Figueiró dos Vi-nhos na úl� ma jornada.

Na próxima jornada o Portomo-sense visita o Leiria e Marrazes, enquanto o Alqueidão da Serra re-cebe o Gaeirense.

O Juncalense é a única equipa dos distritais que ainda não perdeu esta temporada, entre jogos do campe-onato e da taça. Na úl� ma jornada a equipa do Juncal venceu em casa o Outeirense, por 2-0. Na ronda, jo-gou também em casa, frente ao Cul-tural Unidos, antecipando a jornada

21, uma vez que a equipa de Amor tem o recinto em obras, impossibili-tando a realização de jogos em casa. No campo da Pinhoca o Juncalense venceu por 2-1. Resultados que co-locam a equipa no segundo lugar, com 21 pontos, menos dois que o lí-der Atouguiense.

I Divsão

Juncalense sem derrotas

Divisão de Honra

Portomosense perde vantagem

◘ FUTEBOL ◘ FUTSAL

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Desporto

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-30-9 de Dezembro de 2010

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Está aí o Natal. Como escrever mais uma crónica sem repe� r as banalidades desta épo-ca? Tudo o que se pode escrever parece con-sensual e eu não queria. O Natal é uma dita-dura de bondades forçadas, encomendadas, embrulhadas em cínicos laçarotes, coloridos de falsa solidariedade, numa espécie de ne-gócio de lavar consciências. Mas nenhum des-tes discursos engraxados permite fugir ao ter-ror do Natal vulgarizado. No fundo o Natal é também o seu problema. A comunhão de cer-tos valores está associada à banalização das palavras que os exprimem: paz, fraternidade, amor, solidariedade...

Posso até esque-cer polí� cos corrup-tos e guerras injustas. Onde está, mais uma vez, a Paz e Amor, dos meninos de rua, que dormem ao relento e que despertam, famintos, nas ruas que os ali-mentam? Onde está a Paz e Amor das crianças ví� mas da exploração e da pros� tuição perpe-tradas por mercadores da carne humana? On-de está a Paz e Amor, dos nossos avós despe-jados em hospitais e lares? Aproxima-se um Natal... em tudo igual aos anteriores…

E lá voltarão as mensagens enviadas, em cadeia, por programas de telemóveis de úl-� ma geração. Lá regressarão os cartões as-sinados mecanicamente, distribuídos por in-fi ndáveis listas de correios electrónicos e os desperdícios escandalosos em presentes. Re-pe� r estes gestos inconsequentes tornam-nos simplesmente ridículos. No Natal aceitamos e promovemos o inverosímil, par� lhamos emo-ções que transformam em sublime o que de outra forma seria banalmente estúpido.

E, depois deste caldo encantador de luzes fes� vas, com músicas e montras a condizer,

desta seda espiritual purga� va, depois desta espécie de decantação tonifi cadora, voltare-mos a correr sem ver ninguém ao lado, a exigir tudo e mais alguma coisa, a atropelar quem ousar atravessar-se no caminho, que voltare-mos a querer só para nós, como se únicos do-nos do mundo fôssemos.

Assim, o Natal é, apenas, mais uma maneira de obter lucros, aproveitando as fragilidades do ser humano, que enche de quimeras.

Este Jesus, que deveríamos celebrar condig-namente, é muito mais que isto. E não faltam exemplos de quem o tenha entendido e vivi-do. O verdadeiro Natal aconteceu para Maria

de Madalena, quando Jesus nela despertou a sensação de uma vi-da nova, com a qual jamais sonhara; pa-ra Francisco de Assis, no despojar de bens

próprios, na busca de uma fonte inesgotável de amor; para Pedro, ao terceiro cantar do ga-lo, no momento em que O acabara de negar, para Paulo de Tarso, no “Saulo, Saulo, porque me persegues?”, da estrada de Damasco; para Tomé, naquele dia inesquecível em que tocou as Suas chagas e ali sen� u a eternidade; para a Samaritana, no “dá-me dessa água”, junto à fonte de Jacob; para João Bap� sta, no Filho bem-amado, das águas tranquilas do Jordão; para Lázaro no “levanta-te e sai”, do túmu-lo de Betânia, para Judas Escariotes, nos trin-ta dinheiros do beijo traiçoeiro; para Maria de Nazaré, na estrebaria recusada, que a a� rou para a cabana, com o Menino a cair nos bra-ços.

O verdadeiro Natal deveria ser, não um dia, nem sequer uma quadra, mas uma entrega permanente ao bem comum, roubando espa-ço às mágoas.

Ladrãode MágoasJoão Neto(arquitecto)

Opinião

O RVCC consiste num sistema de obtenção de qualifi cações com base na refl exão sobre a experiência de vida do adulto, através de um conjunto de instrumentos que são orga-nizados num portefólio pessoal, com o ob-jec� vo de iden� fi car e reconhecer compe-tências que constam de um “Referencial de Competências-Chave”. O diálogo estabele-cido e o trabalho desenvolvido em sessões em grupo ou individuais, com o “profi ssional RVCC” e com uma equipa de formado-res, ajudam-no a re-conhecer e iden� fi -car essas competên-cias, cujas evidências fi carão plasmadas no referido portefólio. Es-te sistema está implementado em vários paí-ses da Europa e da América do Norte. A Fran-ça, por exemplo, é a este nível um país de referência, dada a sua maior experiência (Va-lida� on des Acquis de l´Experience). Em Por-tugal, a implementação gradual, a par� r do início do séc. XXI, dos Centros RVCC (mais tarde, com a sua expansão, designados por Centros Novas Oportunidades) pôs em mar-cha uma importante e signifi ca� va revolução na formalização e dignifi cação da “aprendi-zagem ao longo da vida”. De facto, as pesso-as ao “mergulhar” na vida social, logo que se desligam da ins� tuição escolar, vão apren-dendo no trabalho, na vida relacional, na vi-

da cívica: aprendem a conhecer; aprendem a fazer; aprendem a viver em comum e, fi nal-mente, aprendem a ser, via esta que integra as três precedentes. Todos o podemos cons-tatar. Deste modo, este sistema tem vindo a atribuir qualifi cações de equivalência escolar ao 1º, 2º, 3º ciclos e a nível do secundário a centenas de milhares de adultos que, por vá-rias razões (a grande maioria, ainda pré-ado-lescentes, saíram para ajudar economica-

mente as suas famí-lias) � nham saído do sistema regular do ensino. Apesar des-te processo ser for-malmente desenvol-

vido durante alguns meses (em média, seis, sete meses), o que o faz valer são precisa-mente as dezenas de anos de aprendizagem na Escola da vida, águas passadas a move-rem os moinhos do futuro . Como sistema aberto que é, o seu aperfeiçoamento depen-de das contribuições dos vários interlocuto-res, por um lado, mas também está sujeito a que lhe apontem do exterior as suas pró-prias inefi ciências, por outro lado. De facto, quando olhamos para o céu, os nossos sen-� dos informam-nos que é o Sol que anda à volta da Terra. Pois, como Galileu, o que faz mover o mundo não é necessariamente visí-vel a olho nu ou no curto prazo.

*RVCC: Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências

O elogiodo RVCC*António Alves(empresário)

o Natal é, apenas, mais uma maneira de obter lucros,

aproveitando as fragilidades do ser humano, que enche de quimeras

o que o faz valer este processo são precisa-mente as dezenas de anos de aprendizagem

na Escola da vida, águas passadas a moverem os moinhos do futuro

Mais um ano passado e cá estamos de no-vo, com iluminações natalícias e supostamen-te imbuidos dos sen� mentos da época. Fra-ternidade, paz, amor, perdão e outros.

Quanto mais os anos passam, mais acho tudo isto uma hipocrisia. No meu Natal so-bra ainda um pouco de magia por causa das minhas sobrinhas, pelo que vejo e sinto atra-vés dos olhos delas. De resto cumpre-se o ca-lendário e aproveita-se para estar mais tem-po com a família, com a família que é nossa todo o ano e a quem por vezes, perdidos em correrias, pouco tempo dedicamos .

Tenho muito boas lembranças dos dias de Natal. À lareira, toda a gente junta, a jogar a qualquer coisa, a ver fi lmes, a comer, a dor-mitar. Não lembro as prendas que fui rece-bendo porque secundárias, do que gosto é do calor. Por mim até podiam desaparecer. Com excepção das prendas das crianças, que ainda são trazidas pelo Pai Natal lá da Lapónia. On-de andas Menino Jesus?

De resto, cada um é igual a si próprio e não é um gesto isolado na época natalícia que re-dime as a� tudes de um ano inteiro. Acho que a caridade a � tulo individual e a solidarieda-de são de todos os dias e desconfi o quando andam embrulhadas em publicidade e divul-

gação.Vamos precisar de ser solidários no próxi-

mo ano, mesmo achando que temos menos e que nos é di� cil fazer face às nossas despe-sas. Há sempre quem esteja pior.

Ontem fi zemos a festa de Natal do CAS-SAC. Para quem não sabe, o Centro de Apoio Social Serra D’Aire e Candeeiros é uma ins� -tuição par� cular de solidariedade social que faz apoio domiciliário nas freguesias da serra (Arrimal, Mendiga, S.Bento e Serro Ventoso).

Apesar do frio inten-so, o calor humano foi muito e é bom ver que há sempre quem contribua, quer com a sua presença, quer

com o seu trabalho, quer monetariamente, com esta ins� tuição e com aqueles que são a razão da sua existência: os idosos.

Saibamos, respeitando as nossas crianças, olhar para aqueles que deram de si ao Tempo, e que muitos deles não têm amparo. Saiba-mos respeitar os nossos velhos como as nos-sas crianças. Muitos foram as nossas crianças, o tempo tratou-as, hoje são os nossos velhos. Conscientes que muitos não � veram o Natal das nossas crianças, saibamos despir a vaida-de do início, para ter o orgulho do fi m. O iní-cio e o fi m de um trajecto é sempre de espe-rança.

Crónica desencantada às portas do NatalIrene Pereira(professora)

o Natal é, apenas, mais uma maneira de obter lucros,

aproveitando as fragilidades do ser humano, que enche de quimeras

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- Actividade Municipal

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OBRAS PARTICULARES

PROC.º N.º 187/2010 – REQUE-RENTE - Maria Madalena Viei-ra Santos Rodrigues Tabau, re-quer a aprovação do projecto de loteamento, a efectuar no lugar de Covas de S. Miguel, freguesia de S. João em Por-to de Mós.

Deliberado aprovar devendo as áreas de cedência ser con-vertidas em numerário, com a abstenção do Senhor Verea-dor Júlio Vieira.

OBRAS MUNICIPAIS

EMPREITADA: CONSTRUÇÃO DA CASA VELÓRIO DE PORTO DE MÓS – REVISÃO DE PREÇOS – Foi presente uma informação do Técnico, Eng. Paulo Pinto, informando que relativamente à empreitada supracitada ad-judicada ao Consórcio Ramiro Madeira & Laureano – Constru-ções Lda. e Maconfins S.A., a revisão de preços incidiu sobre o período Outubro de 2009 até Janeiro de 2010, tendo re-sultado no valor de 697.02 €, acrescido do I.V.A. à taxa legal em vigor.

Deliberado aprovar.

CONSTRUÇÃO DA 1.ª FASE DO PARQUE DA VILA EM PORTO DE MÓS – PRORROGAÇÃO DE PRA-ZO – Foi presente uma informa-ção da Técnica, Eng. Marina Vala informando que o consor-cio solicitou a prorrogação le-gal do prazo de execução da empreitada por um período de 177 dias.

Deliberado aprovar a prorro-gação de prazo por cento e vinte dias com os votos contra dos Vereadores do Partido So-cial Democrata.

DIVERSOS

EXECUÇÃO DA NOVA PON-TE SOBRE O RIO ALCAIDE E RES-PECTIVOS ACESSOS IMEDIATOS NA EN 243 – Foi presente um oficio das Estradas de Portugal, S.A. a enviar a minuta do Pro-tocolo a celebrar com o Muni-cípio de Porto de Mós, referen-te ao projecto que a Estradas de Portugal, S.A. elaborou pa-ra a EN 243 – Nova Ponte so-bre o Rio Alcaide ao km 6 + 107 e acessos imediatos.

Deliberado aprovar e autori-zar o Presidente da Câmara a outorgar o protocolo.

ALIENAÇÃO DO LOTE 4B DA ZONA INDUSTRIAL DE PORTO DE MÓS - Foi presente uma infor-mação da Assistente Técnica, Madalena Oliveira informan-do que se encontra em fase de conclusão o processo para a alienação do lote 4B da Zo-na Industrial de Porto de Mós à empresa “RS-INOX – Serralha-ria Inox, Sociedade Unipesso-al, Lda.”, pelo que se solicita a tomada da respectiva delibe-ração, com vista à outorga da escritura de compra e venda..

Deliberado anular a delibe-ração da Câmara tomada em 20 de Maio de 2010.

Mais foi deliberado vender o

lote 4B da Zona Industrial de Porto de Mós inscrito na ma-triz predial da freguesia de S. Pedro sob o artigo n.º 2981, à empresa “RS-INOX – Serralha-ria Inox, Sociedade Unipesso-al, Lda.” pelo montante de cin-quenta e cinco mil e noven-ta euros.

Foi ainda deliberado autori-zar o Senhor Presidente da Câ-mara, a outorgar a escritura de compra e venda.

REGULAMENTO DA ACTIVI-DADE DE TRANSPORTE DE ALU-GUER EM VEÍCULOS AUTOMÓ-VEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS – TÁXIS – FIXAÇÃO DE CONTI-GENTES – Foi presente uma in-formação da Chefe de Divi-são de Economia e Finanças, Dra. Neuza Morins, informando que na sequência da delibe-ração da reunião de câmara de 05/08/2010 e em cumpri-mento da mesma e do dispos-to no nº 2 do artigo 9º do re-gulamento da Actividade de Transporte de aluguer em Ve-ículos automóveis Ligeiros de Passageiros - Táxis, foi efectua-da a audição às entidades re-presentativas do sector, sendo que apenas a Federação Por-tuguesa do Táxi se pronunciou, evidenciando que, dada a cri-se que se vive actualmente no mercado e a consequente re-dução da procura, não se jus-tifica o aumento do contin-gente.

Deliberado manter o conti-gente.

FINANÇAS MUNICIPAIS

TESOURARIA – A Câmara to-mou conhecimento do movi-mento dos fundos, por inter-médio do Resumo Diário da Tesouraria.

MODIFICAÇÕES ORÇAMEN-TAIS: 6.ª ALTERAÇÃO AO ORÇA-MENTO DO ANO DE 2010 – Deli-berado tomar conhecimento.

MODIFICAÇÕES ORÇAMEN-TAIS: 6.ª ALTERAÇÃO ÀS GRAN-DES OPÇÕES DO PLANO DO ANO DE 2010 – Deliberado to-mar conhecimento.

COMPARTICIPAÇÃO FINAN-CEIRA A ATRIBUIR À FREGUESIA DE S. PEDRO – Foi presente um oficio da Junta de Freguesia de S. Pedro, a solicitar uma comparticipação financeira no valor de dez mil euros, no âmbito do Protocolo de Atribui-ções às Juntas de Freguesia, destinada a fazer face à des-pesa com o alargamento da via pública na localidade de Corredoura, valorização de es-paços urbanos (construção de muros para alargamento da via pública).

Deliberado transferir dez mil euros.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEI-RA A ATRIBUIR À FREGUESIA DE ARRIMAL – Foi presente um ofi-cio da Junta de Freguesia de Arrimal, a solicitar uma com-participação financeira no va-lor de dez mil euros, no âmbi-

to do Protocolo de Atribuições às Juntas de Freguesia, desti-nada a fazer face à despesa com os passeios em calçada na Rua Direita, Rua do Outeiro e no Cemitério, no lugar do Al-queidão junto à Capela.

Deliberado transferir dez mil euros.

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEI-RA A ATRIBUIR AO ABRIGO FAMI-LIAR CASA DE S. JOSÉ – Presen-te uma carta do Abrigo Fami-liar Casa de S. José, a solicitar uma comparticipação finan-ceira no valor de dez mil eu-ros, destinada às obras de re-modelação do edifício, atribu-ída por orçamento para o ano de 2010.

Deliberado atribuir o apoio financeiro no montante de dez mil euros.

Mais foi deliberado aprovar o Protocolo conjunto e autorizar o Senhor Presidente a outorgar o mesmo.

COMPARTICIPAÇÃO FINAN-CEIRA A ATRIBUIR À FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DO JUN-CAL – CENTRO DE ACTIVIDADES RECREATIVAS DA BOIEIRA - Foi presente uma carta da Fábri-ca da Igreja Paroquial do Jun-cal – Centro de Actividades Recreativas da Boieira, a soli-citar uma comparticipação fi-nanceira, destinada a fazer fa-ce às despesas com as obras efectuadas durante o ano em curso.

Deliberado atribuir o apoio fi-nanceiro no montante de cin-co mil euros.

Mais foi deliberado aprovar o Protocolo conjunto e autorizar o Senhor Presidente da Câma-ra a outorgar o mesmo.

COMPARTICIPAÇÃO FINAN-CEIRA A ATRIBUIR À FREGUE-SIA DE ALCARIA – Foi presente um oficio da Freguesia de Al-caria, a solicitar uma compar-ticipação financeira, no valor de dez mil euros, no âmbito do Protocolo de Atribuições às Juntas de Freguesia,, destina-da a fazer face às despesas com as obras de recuperação na Casa Velório de Alcaria e os calcetamentos efectuados na Rua João Dias.

Deliberado transferir dez mil euros.

APOIO FINANCEIRO À ASSO-CIAÇÃO DE APOIO INFANTIL DAS PEDREIRAS – Foi presente uma informação da Chefe de Divisão de Economia e Finan-ças, Dra. Neuza Morins, infor-mando que na sequência do solicitado por V.Ex.a., relativa-mente ao assunto supra men-cionado, procedi à elabora-ção de um quadro, que junto anexo, onde constam os ele-mentos de suporte aos apoios financeiros já concedidos a essa associação.

Deliberado atribuir o apoio fi-nanceiro no montante de trinta e cinco mil euros.

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA PORTOMOSENSE – ELEMENTOS DISPONIBILIZADOS PELA ASSO-

CIAÇÃO DE ANDEBOL DE LEI-RIA – Foi presente uma infor-mação do Vereador do Pe-louro do Desporto, Serviços Municipais e Ambiente, Se-nhor Fernando Monteiro, infor-mando que face à exposição elaborada pela Associação Desportiva Portomosense, en-tende que o Executivo deve-rá deliberar, em próxima Reu-nião de Câmara, pela atribui-ção do apoio à equipa de “Escolinhas”, no montante de 1.550,00 € (300,00 € +1.250,00 €), uma vez que há prova da inscrição e da prática efectiva da actividade desportiva da equipa.

Deliberado atribuir o apoio fi-nanceiro no montante de mil quinhentos e cinquenta euros, com o voto contra do Senhor Vereador Júlio Vieira.

COMPARTICIPAÇÃO FINAN-CEIRA A ATRIBUIR AO FUNDO SOCIAL DOS FUNCIONÁRIOS DA CÂMARA MUNICIPAL DE POR-TO DE MÓS – Foi presente uma carta do Fundo Social, a soli-citar uma comparticipação fi-nanceira, destinada a fazer fa-ce às despesas com a reali-zação da Festa de Natal dos funcionários desta Câmara Municipal, agendada para o dia 18 de Dezembro de 2010, no Restaurante Quinta do Moi-nho, em Alvados.

Deliberado atribuir o apoio no montante de catorze mil e quinhentos euros.

DEVIDO Á URGÊNCIA, FOI DELIBERADO DISCUTIR OS SEGUINTES ASSUNTOS:

PROCESSO N.º 420/2009 – REQUERENTE - António Manuel Pedroso do Rosário, requer a aprovação da recuperação, ampliação e alteração de uma habitação para empre-endimento de turismo no es-paço rural - Casa da Eira, sito na Rua Principal em Alvados.

Deliberado aprovar.

CEDÊNCIA GRATUITA EM DIREI-TO DE SUPERFICIE - Foi presente uma informação da Assisten-te Técnica, Madalena Olivei-ra, informando da necessida-de de se tomar uma delibe-ração com vista à cedência gratuita em direito de superfí-cie do prédio pertencente a este Município, sito em Cantei-ro – “Eiras da Lagoa”, freguesia de S. João Batista, compos-to por cultura arvense, com a área de 9.020 m2, à Santa Ca-sa da Misericórdia de Porto de Mós, destinado à construção de uma Unidade de Cuidados Continuados.

Deliberado concordar com a informação e proceder em conformidade com os pontos 1 a 6 da mesma.

RECRUTAMENTO EXCEPCIO-NAL DE TRABALHADORES NE-CESSÁRIOS À OCUPAÇÃO DE POSTOS TRABALHO PREVISTOS NO MAPA DE PESSOAL APROVA-DO PARA O ANO DE 2010 – Foi presente uma informação do Senhor Presidente da Câmara

Municipal, João Salgueiro, in-formando que conforme esta-belecido pela Lei nº12-A /2008 de 27 de Fevereiro, na sua adaptação à administração autárquica, através do Decre-to-Lei nº209/2009 de 03 de Se-tembro, no seu artigo 4.º, nº1, no que respeita às competên-cias em matéria administrativa dos respectivos órgãos, o re-crutamento deverá ser prece-dido de aprovação do órgão executivo, pelo que proponho a abertura do procedimento concursal para recrutamento excepcional de um trabalha-dor na categoria de Técnico Superior, designado por Ani-mador, nos termos do artigo 10.º da Lei nº12-A/2010 de 30 de Junho.

Deliberado aprovar.

RECRUTAMENTO EXCEPCIO-NAL DE TRABALHADORES NE-CESSÁRIOS À OCUPAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO PREVISTOS NO MAPA DE PESSOAL APROVA-DO PARA O ANO DE 2010 – Foi presente uma informação do Senhor Presidente da Câmara Municipal, João Salgueiro, in-formando que conforme esta-belecido pela Lei nº12-A /2008 de 27 de Fevereiro, na sua adaptação à administração autárquica, através do decre-to-lei nº209/2009 de 03 de Se-tembro, no seu artigo 4.º, nº1, no que respeita às competên-cias em matéria administrativa dos respectivos órgãos, o re-crutamento deverá ser prece-dido de aprovação do órgão executivo, pelo que proponho a abertura do procedimento concursal para recrutamento excepcional de um trabalha-dor na categoria de Técnico Superior, licenciado na área do Desporto, nos termos do ar-tigo 10.º da Lei nº12-A/2010 de 30 de Junho.

Deliberado aprovar.

VALIDAÇÃO DPSS – REQUALIFI-CAÇÃO AVENIDA DA LIBERDA-DE/ RUA ADRIANO CARVALHO – Foi presente uma informação da Coordenadora de Segu-rança em Obras, Dra. Danie-la Sampaio, informando que conforme previsto no artigo 11º do Decreto-Lei 273/2003 vem o Adjudicatário –Cons-truções Pragosa S. A. proce-der à apresentação e subme-ter à aprovação do Município de Porto de Mós, o Desenvolvi-mento do Plano de Segurança e Saúde aplicável à obra su-pra-citada.

Deliberado aprovar.

AMPLIAÇÃO DA REDE DE ÁGUAS EM S.BENTO/PENEDOS BELOS – Foi presente uma infor-mação do técnico, Eng. Paulo Pinto, informando que o mon-tante de trabalhos a menos apurados ao longo da execu-ção da obra apresenta o va-lor de 13940,84 € (correspon-dente a 8.99% do valor total da empreitada), em conformi-dade com o auto de trabalhos a menos.

Deliberado aprovar.

CONCURSO PÚBLICO URGEN-TE N.º 001 – 2010 – EMPREITA-DA: REQUALIFICAÇÃO AVENI-DA DA LIBERDADE/ RUA ADRIA-NO CARVALHO – Foi presente uma informação dos serviços, informando que na sequên-cia de ordem superior, o pro-jectista – Eng.º José Fernan-des procedeu à elaboração de diversos projectos de es-pecialidade sendo posterior-mente, acrescentados a pe-dido superior mais alguns ar-ruamentos, nomeadamente, a intervenção no impasse dos Bombeiros. Apesar desta situ-ação estar contabilizada no mapa de medições, a plan-ta de intervenção com a defi-nição dos limites não foi devi-damente actualizada aquan-do o procedimento concursal, pelo que se submete à apro-vação superior a planta de in-tervenção com os limites devi-damente actualizados.

Deliberado aprovar.

CONCURSO PÚBLICO URGEN-TE N.º 001 – 2010 – EMPREITADA – REQUALIFICAÇÃO AVENIDA DA LIBERDADE / RUA ADRIANO CARVALHO: DESVIO DE TRÂNSI-TO, 1ª E 2ª FASE – Foi presen-te uma informação do Técnico Superior, Eng. Paulo Pinto, infor-mando que se torna necessá-rio submeter à aprovação su-perior o Plano de Desvio de Trânsito relativamente às duas primeiras fases da obra, (Par-te Integrante do Plano de Se-gurança e Saúde) referente à empreitada supracitada.

Deliberado aprovar.

AQUISIÇÃO DE TERRENO NA FREGUESIA DE MIRA DE AI-RE DESTINADO AO QUARTEL DA GUARDA NACIONAL REPUBLI-CANA DE MIRA DE AIRE – Foi presente uma informação da Chefe de Divisão de Economia e Finanças, Dra. Neuza Mo-rins, informando que a Câma-ra Municipal em reunião ordi-nária de 22 de Janeiro do ano 2009, deliberou manifestar a intenção de adquirir o prédio urbano, sito na Rua General Humberto Delgado, freguesia de Mira de Aire, inscrito na ma-triz sob o artigo nº 3658, com a área de 1570,60 m2, pelo montante de vinte sete mil e quinhentos euros, desde que a tutela manifeste a intenção de proceder à construção do quartel da GNR em Mira de Ai-re, encontrando-se desde en-tão a verba para a aquisição do referido terreno cabimenta-da no Orçamento da Câmara Municipal, sem que a aquisi-ção se tenha verificado.

Deliberado anular a delibera-ção de Câmara de 22 de Ja-neiro de 2009.

AUTORIZAÇÃO DO ESPAÇO DO CASTELO – Foi presente um e-mail da empresa Glow Mo-dels a solicitar autorização pa-ra fotografar no Castelo de Porto de Mós no dia 20 de No-vembro de 2010

Deliberado autorizar.

Resumo da Acta de Reunião de Câmara nº 22 / 2010

Reunião de 18 de Novembro de 2010

CONSERVE A SUA TERRA LIMPADEITE O LIXO EM SACOS PLÁSTICOS, DEVIDAMENTE FECHADOS, NO CONTENTOR

OBRIGADO

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-DiversosO PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8776/678

ANUNCIOCONSULTA PÚBLICA

AVALIAÇÃO DE IMPACTE AMBIENTAL2ª PUBLICAÇÃO

Projecto: Pedreira do “Poço”Localização: Freguesia de São Bento. Concelho Porto de Mós, Distrito de LeiriaProponente: Mármores Ferrar, Lda.Entidade Licenciadora: Direcção Regional de Economia do CentroEnquadramento: O projecto está sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental, nos termos da alíneaa) do ponto 2, do Anexo II, do Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de Novembro.

Nos termos e para efeitos do preceituado no n.º 2 do art. 14.° e nos art.s 24°, 25.º e 26.º do Decreto-Lei n.° 197/2005, de 8 de Novembro, a Comissão de Coorde-nação e Desenvolvimento Regional do Centro, enquan-to Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental, in-forma que o Estudo de Impacte Ambiental, incluindo o Resumo Não Técnico, se encontra disponivel para Con-sulta Pública, durante 25 dias úteis, de 11 de Novem-bro de 2010 a 17 de Dezembro de 2010, nos seguin-tes locais:• Agência Portuguesa do AmbienteRua da Murgueira, n.º 9/9A, Zambujal, Apartado 7585, 2611- 865 Amadora;• Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Re-gional do Centro Rua Bernardim Ribeiro, n.º 80, 3000-069 Coimbra;• Câmara Municipal de Porto de MósPraça da República, 2480-851 Porto de Mós

O Resumo Não Técnico, encontra-se, também, dis-ponível na Internet (www.ccdrc.pt) podendo, ainda, ser consultado, em suporte de papel, na Junta de Fregue-sia de São Bento. No âmbito do processo de Consulta Pública serão consideradas e apreciadas, todas as ex-posições apresentadas por escrito, desde que relacio-nadas especificamente com o projecto em avaliação. As exposições deverão ser dirigidas ao Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, na Rua Bernardim Ribeiro, nº 80, 3000-069 COIMBRA, até à data do termo da Consulta Pública.

O licenciamento (ou a autorização) do projecto só poderá ser concedido após Declaração de impacte Ambiental Favorável, ou Condicionalmente Favorável ou decorrido o prazo para a sua emissão.

A Declaração de Impacte Ambiental deverá ser emitida, pelo Secretário de Estado do Ambiente até 28/02/2011.

Coimbra, 4 de Novembro de 2010.Dra. Ana Maria Martins Sousa

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8778/678CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritura de

justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e seis de Novembro de dois mil e dez, exarada a folhas cento e treze do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Dezanove -A;

JOSÉ RIBEIRO DE ALMEIDA e cônjuge MARIA JOSÉ DOS SANTOS EUTÍQUIO ALMEIDA, casados sob o re-gime da comunhão de adquiridos, naturais ele da fre-guesia de Juncal e ela da freguesia de Prazeres de Al-jubarrota, concelho de Alcobaça, residentes na Rua da Ameixoeirinha, 3, Beco dos Reis, Juncal, Porto de Mós, declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclu-são de outrem, do prédio rústico, sito em Mata do Lo-bo, freguesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, composto de pinhal e horta, com a área de novecen-tos e quarenta metros quadrados, a confrontar do nor-te com Herdeiros de Daniel Virgílio Amaro, sul e poente com caminho, nascente com Linha de Água, não des-crito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 44 secção 020 com o valor patrimonial de € 207,40.-

Que adquiriram o referido prédio por doação verbal de Teodoro Rodrigues Almeida e mulher Lúcia Vieira Ri-beiro, residentes na Rua da Ameixieirinha, 2, Juncal, Porto de Mós, no ano de mil novecentos e oitenta e oi-to, já no seu estado de casados;

Não obstante não terem título formal de aquisição do referido prédio, foram eles que sempre o possuíram, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram de todas as utilida-des por ele proporcionada, cultivaram-no e colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, con-tínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisição do referido prédio, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e seis de Novembro de dois mil e dez.

A colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8779/678CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritura de

justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e seis de Novembro de dois mil e dez, exarada a folhas cento e nove do livro de Notas para Escrituras Di-versas Duzentos e Dezanove - A;

JOAQUIM RIBEIRO DE ALMEIDA, divorciado, natural da freguesia de S. Pedro, concelho de Porto de Mós, re-sidente na Rua da Ameixoeirinha, 2, Juncal, Porto de Mós, declarou;

Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de ou-trem, dos seguintes prédios:

UM - Rústico, sito em Zambujal, freguesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, composto de vinha, cultura arvense, com a área de mil trezentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com Carlos Manuel Neto Machado, sul com caminho, nascente com Teodo-ro Rodrigues Almeida e poente com Herdeiros de Daniel Virgílio Amaro, não descrito na Conservatória de Regis-to Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o arti-go 106 secção 016 com o valor patrimonial de € 159.91;

DOIS - Rústico, sito em Zambujal, freguesia de Jun-cal, concelho de Porto de Mós, composto de oliveiras, vinha e cultura arvense sob coberto, com a área de mil novecentos e quarenta metros quadrados, a confron-tar do norte com Carlos Manuel Neto Machado, sul com caminho, nascente com Herdeiros de Duarte Domin-gos Ferreira e Ezequiel Rebelo Cruz e poente com Te-odoro Rodrigues Almeida, não descrito na Conservató-ria de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na ma-triz sob o artigo 107 secção 016 com o valor patrimonial de € 243,21;

Que adquiriu os referidos prédios por doação verbal de Teodoro Rodrigues Almeida e mulher Lúcia Vieira Ri-beiro, residentes na Rua da Ameixoeirinha, 2, Juncal, Porto de Mós, no ano de mil novecentos e oitenta e oi-to, ainda no estado de solteiro, tendo entretanto sido casado com Susana Gabriela Santiago Ascenso sob o regime da comunhão de adquiridos;

Não obstante não ter título formal de aquisição dos referidos prédios, foi ele que sempre os possuiu, des-de aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os res-pectivos impostos, gozou de todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivou-os e colheu os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conheci-da por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca como causa de aquisição dos referidos prédios, por não poder comprovar a sua aqui-sição pelos meios extrajudiciais normais.Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e quatro de Novembro de dois mil e dez.

A colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8781/678CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritura

de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e seis de Novembro de dois mil e dez, exa-rada a folhas cento e trinta e seis do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Dezanove - A;

ARTUR MANUEL DE MATOS COSTA e cônjuge MA-RIA DO CÉU CARREIRA MIRANDA DA COSTA, casa-dos sob o regime da comunhão de adquiridos, na-turais ele da freguesia de S. Pedro, ela da freguesia de Juncal, ambas do concelho de Porto de Mós, re-sidentes na Rua D. Fuas Roupinho, Fonte do Oleiro, Porto de Mós, declararam;

Que ele marido é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em Po-cinhos, freguesia de Calvaria de Cima, concelho de Porto de Mós, composto de pinhal e mato, com a área de quatro mil duzentos e quarenta metros qua-drados, a confrontar do norte com Herdeiros de An-tónio Ferreira, do sul com Joaquim Ferreira, do nas-cente com Herdeiros de José da Costa e do poen-te com Rosa Cego, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 74 secção 007, com o valor patrimonial IMT de € 202,52.

Que prédio veio à sua posse por doação verbal de José da Costa Júnior e esposa Maria da Conceição Matos, residentes no dito lugar de Fonte do Oleiro, doação essa que teve lugar no ano de mil novecen-tos e oitenta e um, ainda solteiro;

Não obstante não ter título formal de aquisição do referido prédio, foi ele que sempre o possuiu, des-de aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou todas as utilidades por ele proporcionadas, amanhou-o, colheu os seus fru-tos sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecido como seu dono por to-da a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem opo-sição de quem quer que seja, posse essa de boa -fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca como causa de aquisição do referido prédio, por não poder comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e seis de Novembro de dois mil e dez.

O Notário,Manuel Fontoura Carneiro

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8777/678JÚLIA VIEIRA DA SILVAAgente de ExecuçãoCédula 2614

Tribunal Judicial da Comarca de Porto de MósProcesso n.º 2701/05.8TBPMS

1.º Juízo - 2ª PublicaçãoExecução Comum – Pagamento de Quantia CertaExequente: Banco Espírito Santo, S.A.Executado(s): Carlos Alberto de São José Boal e Lúcia Maria Bento Ferreira Boal

VENDA JUDICIAL DE BEM IMÓVELMEDIANTE PROPOSTAS EM CARTA FECHADAJúlia Vieira da Silva, Agente de Execução, com escri-

tório na Rua Afonso de Albuquerque, Lote 12 – 1.º Esq.º Frt. – 2460 – 020 Alcobaça, designada nos autos aci-ma referenciados:

Faz saber que nos autos acima identificados foi de-signado o dia 12 de Janeiro de 2011, pelas 09:30 horas, no Tribunal Judicial de Porto de Mós, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria do Tribunal Judicial de Porto de Mós, pe-los interessados na compra do seguinte bem, para ser vendido ao maior lanço oferecido acima de 70% do va-lor base da avaliação: 142.857,00 €

Verba ÚnicaPrédio Misto: sito na Rua do Gregório, no lugar da

Marinha da Mendiga, na freguesia de Mendiga, conce-lho de Porto de Mós. Casa de habitação de R/c com 4 divisões, cozinha, 2 casas de banho, corredor, despen-sa e anexo para garagem. Com área coberta de 243 m2 e Anexo: 44 m2 e cultura arvense e olival com área de 1.593 m2. Inscrito na Matriz sob o artigo 900º Ur-bano e o artigo n.º 002.0118.0000 Rústico, descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob o n.º 589/Mendiga.Valor Base: 142.857,00 €; Valor a anunciar: 99.999,90 €

Em relação às propostas, não serão aceites as que forem de valor inferior a 70% do valor base, ou seja, inferiores a 99.999,90 €

Das propostas a apresentar deverão os proponentes:- Fazer constar a sua identificação completa.- Encerrar as propostas num sobrescrito branco, de-

vidamente colado e sem quaisquer dizeres ou marcas exteriores, que deverá ser encerrado num outro so-brescrito, igualmente bem colado, dirigido ao processo e Tribunal identificados nos editais;

- Juntar à sua proposta como caução, um cheque vi-sado à ordem do Agente de Execução, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens, ou ga-rantia bancária no mesmo valor.

São fiéis depositários do Imóvel, os executados Car-los Alberto de São José Boal e Lúcia Maria Bento Fer-reira Boal, residentes na Rua do Gregório – Marinha da Mendiga – Porto de Mós.

Não foram reclamados créditos nos presentes autos.Não se encontra pendente oposição à execução

O Agente de ExecuçãoJúlia Vieira da Silva

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 – 8775/678João José Duarte FerreiraAgente de ExecuçãoCédula 2052

Tribunal Judicial de Porto de MósProcesso n.º 2386/03.6TBPMS – 1º JuízoExecução Comum - Pagamento de Quantia CertaExequente: Pneus 32 – Comércio de Pneus, Peças e Acessórios Auto, Lda.Executados: Rogério Brito Ferreira dos Santos – So-ciedade Unipessoal, Lda.

2º ANÚNCIOFaz-se Saber que, nos autos acima identificados,

se encontra designado o próximo dia 11 de Janei-ro de 2011, pelas 10:00 horas, no Tribunal Judicial da Comarca de Porto de Mós, sito na Av. da Liber-dade, localidade e concelho de Porto de Mós, para a abertura de propostas, que sejam entregues até es-se momento, na secretaria do Tribunal, pelos inte-ressados na compra do seguinte BEM IMÓVEL:

Verba Única – Prédio Urbano, composto de parcela de terreno para construção, com a área de 400 m2, sito na Rua do Barreiro, Chão Pardo, freguesia do Juncal e concelho de Porto de Mós, inscrito na res-pectiva matriz sob o artigo urbano n.º 3073 e des-crito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós sob a descrição n.º 3948 da freguesia do Juncal. O bem pertence à sociedade executada.

VALOR BASE: 12.000,00€ (doze mil euros). Será aceite a proposta de melhor preço igual ou acima do valor de 8.400,00 € (oito mil e quatrocentos euros), correspondente a 70 % do valor base. É fiel deposi-tário do imóvel o Agente de Execução, que mostrará o imóvel a pedido dos interessados.

Das propostas apresentadas deverão os propo-nentes, identificar-se, fazendo constar das mesmas o nome completo, morada, número de bilhete de identidade e número de contribuinte, em envelope selado somente com a indicação na parte exterior do nº de processo e juízo e tribunal corresponden-te. As propostas remetidas por correio deverão ser enviadas de forma a serem recebidas antes da da-ta e hora agendadas. Não serão aceites as propos-tas que tiverem valor inferior ao indicado e aquelas que não se fizerem acompanhar de cheque visado à ordem do Agente de Execução, no valor de 20% do valor base do bem ou garantia bancária no mesmo valor, como caução. Não se encontra pendente opo-sição à execução, nem à penhora. Foram reclama-dos créditos.

O Agente de ExecuçãoJoão José Duarte Ferreira

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8782/678CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritura

de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e seis de Novembro de dois mil e dez, exa-rada a folhas dezasseis do livro de Notas para Escri-turas Diversas Duzentos e Vinte – A;

LUÍS VIEIRA SANTANA, solteiro, maior, natural Al-queidão da Serra, concelho de Porto de Mós, resi-dente na Rua da Chã, Alqueidão da Serra, Porto de Mós, declarou;

Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, de metade indivisa do prédio rústico, sito em Espinheira, freguesia de São João, concelho de Porto de Mós, composto de cultura arvense, vinha e olivei-ras, com a área de três mil trezentos e noventa me-tros quadrados, a confrontar do norte com José An-tónio de Matos Costa, do sul com caminho, do nas-cente com João Calvário e do poente com José dos Santos, descrito na Conservatória do Registo Predial de Porto de Mós na ficha duas mil e quarenta e três, únicos direitos de que é titular, sem qualquer relação com os lá registados pela inscrição correspondente à apresentação doze de vinte e sete de Abril de dois mil, inscrito na matriz sob o artigo 248 secção 003, com o valor patrimonial IMT de € 651,20.

Que estes direitos vieram à sua posse por doação verbal Luís Vieira Santana e esposa Maria Madalena Vieira, residentes em Alqueidão da Serra, Porto de Mós, doação essa que teve lugar no ano de mil nove-centos e oitenta e sete.

Não obstante não ter título formal de aquisição dos referidos direitos, foi ele que, em compropriedade com Silvino de Matos Vieira e esposa Graciete Ro-drigues dos Santos Vieira, sempre possuiu o indicado prédio, desde aquela data até hoje, logo há mais de vinte anos, em nome próprio, defendeu a sua posse, pagou os respectivos impostos, gozou todas as utili-dades por ele proporcionadas, amanhou-o, colheu os seus frutos sempre com o ânimo de quem exerce di-reito próprio, sendo reconhecido como seu dono por toda a gente, fazendo-o ostensivamente, e sem opo-sição de quem quer que seja, posse essa de boa - fé, por ignorar lesar direito alheio, pacífica, porque sem violência, contínua e pública, por ser exercida sem interrupção e de modo a ser conhecida pelos inte-ressados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que o justificante invoca como causa de aquisição do referido bem por não poder comprovar a sua aquisi-ção pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e seis de Novembro de dois mil e dez.

O Notário,Manuel Fontoura Carneiro

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8784/678

CONVOCATÓRIA

Nos termos dos estatutos, convo-co todos os sócios da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Juncal (AHBVJ), a reunir em Sessão Ordinária da Assembleia Geral, na se-de social, no próximo dia 22 de Dezembro de 2010 (quarta–feira), pelas 21 horas, com a seguinte or-dem de trabalhos:1 – Apresentação e Aprovação do Orçamento para 2010;2 – Outros assuntos de interesse para a Associação.

Não havendo número legal de sócios para delibe-rar em primeira convocatória, convoco, a mesma As-sembleia Geral para reunir, em segunda convocató-ria, com a mesma ordem de trabalhos, no mesmo local, meia hora mais tarde, deliberando com qual-quer número de sócios presentes.

NOTA: Só os sócios com as quotas em dia estão em pleno uso dos seus direitos

Juncal, 30 de Novembro de 2010A Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Cristina Maria Braz Ferreira Rosa

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8786/678ASSEMBLEIA GERAL ORDINARIA

CONVOCATÓRIA

Nos termos do Artigo 47°. dos Es-tatutos da Associação Humanitária

dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, convo-co a Assembleia Geral de Sócios desta Associação, para o próximo dia 18 de Dezembro de 2010 (sába-do), pelas 20H30, na sede da Associação, com a se-guinte Ordem de Trabalhos:1 - Discussão, análise e votação do Plano de Acti-vidades eOrçamento para o ano de 2011.2 -Diversos.§ Único - Se à hora marcada não estiverem reuni-dos em maioria absoluta, funcionará trinta minutos depois com qualquer número de sócios.

Porto de Mós, 24 de Novembro de 2010O Presidente da Assembleia Geral,

Dr. José Maria Oliveira Ferreira

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Boas Festas

Page 33: O Portomosense 678

-33-9 de Dezembro de 2010

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FALECIMENTO

Gabriel Mateus

Gabriel Mateus faleceu no dia 22 de Novembro de 2010, no hospital de Santo André em Leiria.Tinha 99 anos.No dia seguinte depois de realizadas as cerimónias fúnebres, foi a sepultar no cemitério de Alvados, junto de sua esposa Ana Caetano.Seus filhos Maria Pedrosa Mateus Ferreira, António Pedroso Mateus, seu genro, nora, netos e restante família, vêm por este meio participar o fale-cimento do seu ente querido e agra-decer a todas as pessoas que partici-param no seu funeral e ou de alguma forma demonstraram o seu pesar.

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FALECIMENTO

Maria Isabel Mateus dos Santos Brás

Maria Isabel Mateus dos Santos Brás faleceu no dia 21 de Novembro de 2010, no hospital Pulido Valente em Lisboa. Tinha 67 anos.No dia seguinte depois de realizadas as cerimónias fúnebres, foi a sepultar no cemitério de Alvados.Seu marido Amândio dos Santos Brás, seu filho Pedro Miguel Mateus dos Santos Brás e restante família, vêm por este meio participar o falecimento da sua ente que-rida e agradecer a todas as pessoas que participaram no seu funeral e ou de algu-ma forma demonstraram o seu pesar.

FALECIMENTO

Maria Alice da Silva Rosa

Maria Alice da Silva Rosa faleceu no dia 25 de Novembro. Tinha 82 anos e era residente em Alqueidão da Serra.Era viúva de Joaquim Vieira da Rosa.Era mãe de Luis Manuel Vieira da Rosa, Maria do Céu da Silva Rosa e de Constança Maria da Silva Rosa Seabra.O funeral realizou-se no dia seguinte saindo da casa velória de Alqueidão da Serra para a igreja paroquial onde foi celebrada missa de corpo presente, seguindo para o cemitério local onde foi a sepultar.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a todas as pessoas que participaram no funeral da sua ente querida ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

FALECIMENTO

Maria José Gomes Lavrador Miguel

Maria José Gomes Lavrador Miguel faleceu no dia 21 de Novembro. Tinha 74 anos e era residente em Corredoura, Porto de Mós.Casada com Augusto Amado Miguel.Deixa uma filha Ana Paula Lavrador Amado casada com José António Mar-ques. Deixa um neto Fábio António Amado Marques.O funeral realizou-se no dia 23 de Novembro saindo da mortuária do hos-pital de Leiria para a igreja paroquial de São Pedro onde foi celebrada missa de corpo presente, seguindo para o cemité-rio novo onde foi a sepultar.A família na impossibilidade de o fazer pessoalmente vem agradecer a presença e o apoio a todas as pessoas que parti-ciparam no funeral da sua ente querida ou que de alguma forma manifestaram o seu pesar.

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8780/678CARTÓRIO NOTARIAL DE MANUEL

FONTOURA CARNEIRO - PORTO DE MÓSCertifico para fins de publicação, que por escritura

de justificação celebrada neste Cartório Notarial, no dia vinte e seis de Novembro de dois mil e dez, exara-da a folhas cento e onze do livro de Notas para Escri-turas Diversas Duzentos e Dezanove - A;

ADRIANO GRAZINA CHAVINHA e cônjuge MARIA GORETI RIBEIRO ALMEIDA CHAVINHA, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da fre-guesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, lá resi-dentes na Rua de Santo António, 13, Nifs: 147 157 650 e 121 152 928, declararam:

Que são donos e legítimos possuidores, com exclu-são de outrem, dos seguintes prédios:

UM - Rústico, sito em Vale de Deus, freguesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, composto de po-mar de macieiras, com a área de três mil e seiscen-tos metros quadrados, a confrontar do norte com ca-minho, sul com Vitorino Virtudes Conceição, nascente com Armindo Jerónimo de Figueiredo e poente com Maria de Fátima Nascimento Magalhães, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 234 secção 015 com o valor patrimonial de € l 338,57;

DOIS - Rústico, sito em Quinta do Chicalhão, fre-guesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, compos-to de eucaliptal, com a área de trezentos e vinte me-tros quadrados, a confrontar do norte com Herdei-ros de Daniel Virgílio Amaro, sul com Joaquim Moreira Amaro, nascente com Joaquim Moreira Amaro e po-ente com caminho, não descrito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 062 secção 022 com o valor patrimonial de € 22,75;

TRÊS - Rústico, sito em Quinta do Chicalhão, fre-guesia de Juncal, concelho de Porto de Mós, compos-to de pinhal, com a área de mil e oitocentos metros quadrados, a confrontar do norte com Herdeiros de Daniel Virgílio Amaro, sul com Afonso Duarte Virgílio Marques, nascente com Maria Trindade Virgílio Mar-ques e poente com Joaquim Moreira Amaro, não des-crito na Conservatória de Registo Predial de Porto de Mós, inscrito na matriz sob o artigo 064 secção 022 com o valor patrimonial de € 133,58;

Que adquiriram os referidos prédios por doação verbal de Teodoro Rodrigues Almeida e mulher Lúcia Vieira Ribeiro, residentes na Rua da Ameixoeirinha, 2, Juncal, Porto de Mós, no ano de mil novecentos e no-venta, já no seu estado de casados;

Não obstante não terem título formal de aquisição dos referidos prédios, foram eles que sempre os pos-suíram, o referido em quarto lugar em comproprieda-de, desde aquela data até hoje, logo há mais de vin-te anos, em nome próprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram de todas as utilidades por eles proporcionadas, cultivaram-nos e colheram os seus frutos, sempre com o ânimo de quem exerce direito próprio, sendo reconhecidos co-mo seus donos por toda a gente, posse essa de boa fé, por ignorarem lesar direito alheio, pacífica, por-que sem violência, contínua e pública, por ser exer-cida sem interrupção e de modo a ser conhecida por todos os interessados.

Tais factos integram a figura jurídica da usucapião, que os justificantes invocam, como causa de aquisi-ção dos referidos bens, por não poderem comprovar a sua aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Cartório Notarial de Manuel Fontoura Carneiro, vinte e seis de Novembro de dois mil e dez.

A Colaboradora com delegação de poderes,Ana Paula Cordeiro Pires de Sousa Mendes

O PORTOMOSENSE 9/12/2010 - 8783/678CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA

Notária: Sónia Marisa Pires ValaCertifico, para fins de publicação, que por escri-

tura lavrada hoje, exarada de folhas quatro a fo-lhas seis, do Livro Cento e Sessenta e Nove - B, deste Cartório. Américo da Silva Alves, NIF 152 844 783 e mulher Helena do Rosário Martins, NIF 180 911 040, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de São Bento, concelho de Porto de Mós, residentes na Estrada Principal, n°629. Ribeira de Cima, S. João Baptis-ta, Porto de Mós, declaram que, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores dos se-guintes prédios, todos sitos na freguesia de São Bento, concelho de Porto de Mós:

1 - rústico, composto de mato e pinhal, com a área de dez mil metros quadrados, sito em Talis-cas, a confrontar de norte com Joaquim Ribeiro Paulino, de sul com André da Costa Januário, de nascente com Amândio Seguro Pereira e de poen-te com Diamantino Pascoal, não descrito na Con-servatória do Registo Predial de Porto de Mós, e inscrito na matriz predial sob o artigo 124 da sec-ção 011, com o valor patrimonial de €248,90 e pa-ra efeitos de IMT de €440,55;

2 - rústico, composto de oliveiras e pastagem, com a área de mil novecentos e vinte metros qua-drados, sito em Chouso do Pico, a confrontar de norte com Herdeiros de Manuel Claudino Perpe-tuo, de sul com Américo Silva Alves, de nascen-te com Martinho Jesus Cordeiro e de poente com Bernardino Pereira Jorge, não descrito na Con-servatória do Registo Predial de Porto de Mós, e inscrito na matriz predial sob o artigo 42 da sec-ção 015, com o valor patrimonial de €49,28 e para efeitos de IMT €87,23;

3- rústico, composto de terra de pastagem, com a área de mil metros quadrados, sito em Casal, a confrontar de norte com José Seguro Jorge, de sul com Manuel Custodio Perpetuo, de nascente e de poente com caminho, não descrito na Conservató-ria do Registo Predial de Porto de Mós, e inscrito ria matriz predial sob o artigo 165 da secção 009, com o valor patrimonial de €39,31 e para efeitos de IMT de €69,58.

Que, adquiriram os prédios identificados nas verbas, um, dois e três, no ano de mil novecen-tos e setenta por doação verbal de António Mar-tins da Silva e mulher Damázia do Rosário, pais da mulher, residentes que foram no dito lugar de Barreira Junqueira, São Bento, Porto de Mós, não dispondo assim, os justificantes de qualquer titu-lo formal para os registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mes-mos.

Que em consequência daquela doação verbal, possuem os identificados prédios em nome pró-prio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e osten-sivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um pro-prietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pú-blica e de boa fé durante aquele período de tem-po, adquiriram os referidos prédios por usucapião. Batalha, dezasseis de Novembro de dois mil e dez.

A funcionária com delegação de poderes (artº 8°-do Dec/Lei 26/2004 de 4 de Fevereiro)

Liliana Santana Santos

O Portomosense apresenta às famílias enlutadas sentidas condolências

Page 34: O Portomosense 678

-34-9 de Dezembro de 2010

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Diferenças

Dificuldade 4/5

Crianças

TouroAmor: O ciúme não fará bem à sua relação. Seja mais tolerante para com o seu par. Saúde: Procure fazer exames de ro� na com maior frequência.Dinheiro: Não se deixe abalar por marés menos posi� vas neste campo da sua vida.Número da Sorte: 62

GémeosAmor: A harmonia estará fi nalmente presente na sua vida em família. Saú-de: Período sem preocupações. Aproveite para cuidar de si.Dinheiro: Não se deixe levar pelo impulso nem compre tudo aquilo que lhe agrada. Número da Sorte: 44

CaranguejoAmor: Terá que aprender a perdoar se quer ser perdoado pelos seus erros, não se esqueça.Saúde: Sistema nervoso desequilibrado. Dinheiro: Período favorável. Surpreenda os seus superiores.Número da Sorte: 21

LeãoAmor: Não se esqueça da sua família. Pas-se mais tempo com os seus.Saúde: Tendência para febres altas.Dinheiro: está a ultrapassar uma fase muito posi� va no que diz respeito ao diálogo com os outros, o que poderá ser bastante benéfi co.Número da Sorte: 65

VirgemAmor: Irá dar agora maior importância aos amigos, aos familiares, aos seus amores, o que será também retribuído por estes. Saúde: Poderá sofrer de dores de cabeça fortes.Dinheiro: Momento calmo e equilibrado. Número da Sorte: 30

BalançaAmor: Procure estar presente mais vezes em reuniões familiares. Evite as situações de confl ito e discórdia.Saúde: Possíveis dores musculares. Não faça tantos esforços.Dinheiro: Nunca desista dos seus projectos.Número da Sorte: 45

EscorpiãoAmor: Os amigos nem sempre podem estar junto de nós quando precisamos.Saúde: Possível distensão muscular.Dinheiro: Fase muito posi� va no campo profi ssional.Número da Sorte: 18

SagitárioAmor: Está a ultrapassar uma fase de maior dedicação ao lar e à sua família, é importante desfrutar ao máximo deste momento. Saúde: Possíveis problemas de estômago.Dinheiro: O seu poder fi nanceiro estará estável.Número da Sorte: 25

CapricórnioAmor: Não deixe que os outros tomem decisões por si.Saúde: Tendência para gripe. Agasalhe-se bem.Dinheiro: Está agora a ultra-passar um período bastante posi� vo ao nível fi nanceiro.Número da Sorte: 10

AquárioAmor: Não deixe que os outros falem por si. Expresse a sua opinião de forma educada mas segura.Saúde: Possíveis problemas nos intes� nos.Dinheiro: Não se exceda nos gastos. Número da Sorte: 49

PeixesAmor: Um ami-go vai precisar do seu apoio. Ajude-o o melhor que puder. Irá estar mais concentrado e dedicado a si próprio.Saúde: Tenha mais cuidados com a sua alimentação.Dinheiro: Sem problemas de maior.Número da Sorte: 14

CarneiroAmor: Estará bastante comunica� vo, poderá alargar o seu grupo de amigos.Saúde: Terá que prestar mais atenção ao seu � sico.Dinheiro: Poderão surgir alguns gastos inesperados. Esteja prevenido pondo algum dinheiro de parte.Número da Sorte: 70

A Ritinha fazia anos e convidou todos os amigos para o seuaniversário, e disse:-Quando chegarem a minha casa tocam à campainha com a testa!Ficou tudo intrigado...- Com a testa?! Porquê?- Com certeza que não estão a pensar vir de mãos a abanar, pois não?

Anedota do André

Espaço CulináriaSonhos de Abóbora (Especial Natal)

Ingredientes: 1500g de abóbora 3 ovos Raspa de 3 laranjas 100g de açúcar 10gr de fermento de padeiro 600g de farinha 2dl de sumo de laranja 50 ml de aguardente Sal q.b. Canela em pó q.b. Açúcar polvilhar Óleo para fritar

Dicas para a casa

RECICLAGEM NO NATALReutilize papéis de embrulho de anos anteriores (não se esqueça de guardar os deste ano pa-ra o próximo Natal!). Se não for possível adquira papel reciclado para fazer os seus embru-lhos.

Numa panela com água, temperar com sal e colocar a abóbora a cozer durante 30 minutos até fi car bem cozida. Colocar a abóbo-ra num escorredor com um pano e deixar a escorrer de um dia para o outro. No dia seguinte, dissolver o fermento no sumo de laranja.Colocar a abóbora num alguidar e desfazer com a batedeira com as varinhas em espiral. Batendo sempre, juntar a raspa de laranja, o su-mo de laranja com o fermento, a aguardente, uma pitada de sal, o açúcar, os ovos um a um e a farinha. Amassar muito bem. Se a massa estiver muito mole, acrescentar um pouco mais de farinha.

Tapar o alguidar com um pano e deixar repousar em local morno durante 2/3 horas. Se a massa estiver muito mole, juntar mais farinha e envolver bem. A massa deverá fi car arrendada.

O Pai Natal tem 5 diferenças nas duas imagens. Encontra-as e...

...boa sorte!

CONVOCATÓRIA

Convocam-se os cooperantes da CINCUP – Cooperativa de Informação e Cultura de Porto de Mós, CRL., para uma Assembleia Geral, a realizar pelas 20 horas, do dia 27 de Dezembro de 2010, no auditório da Caixa de Crédito Agrícola em Porto de Mós, com a se-guinte ordem de trabalhos:

1º Eleição para o triénio 2011/2013.2º Outros assuntos de interesse para a Cooperativa.

A apresentação das listas concorrentes deverá ser feita até uma hora antes do iní-cio dos trabalhos.

Se à hora marcada não se verificar a pre-sença da maioria dos cooperantes, a As-sembleia funcionará uma hora depois, com qualquer número de sócios.Porto de Mós, 30 de Novembro de 2010

O Presidente da Assembleia GeralPedro Francisco Coelho Santiago

CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Nos termos dos Artigos 19º, 23º e 24º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mú-tuo de Porto de Mós, C.R.L., pessoa colec-tiva nº 500 989 133, matriculada na Con-servatória do Registo Comercial de Porto de Mós, sob o nº 1, com sede na Avenida de Santo António, nº 20 C, nesta Vila de Porto de Mós, convoco todos os Associados desta CCAM que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 20 de De-zembro de 2010, pelas 20.00 horas, na Se-de da Caixa, com a seguinte Ordem de Tra-balhos:

ORDEM DE TRABALHOS

1 - Apreciar, discutir e votar o Plano de Acti-vidades e o Orçamento para o ano de 2011 e o Parecer do Conselho Fiscal, nos termos da alínea c) do Artº. 32 dos Estatutos;2 – Solicitar à Assembleia Geral autorização para utilizar a Reserva para Educação e For-mação Cooperativa nos custos efectuados com formação durante o Exercício de 2010;3 – Apreciar, discutir e votar, proposta de Declaração sobre a Politica de Remunera-ções dos Membros dos Orgãos de Adminis-tração e de Fiscalização da Caixa Agrícola; 4 – Qualquer outro assunto de interesse pa-ra a Cooperativa;

Se á hora marcada para a reunião não esti-verem presentes mais de metade dos Asso-ciados, a Assembleia Geral reunirá no mes-mo dia, uma hora depois (21:00 horas), no mesmo local, com qualquer número de As-sociados.

Porto de Mós, 30 de Novembro de 2010O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

Lourenço Castela Rosa

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35- Última

O frio tem dominado o ambiente da vila, o que não impede que se saia à noite, para um copo, com a ra-paziada do costume. Nada que não se resolva com uns licores, à maneira, a quem nem tempo deram pa-ra maturar.

Como sabem, Miquelina gosta de apreciar as coisas da sua terra. É um regalo vê-la a mirar tudo de ponta a ponta. Um destes dias lá estava ela de volta da ilumi-nação de Natal, espalhada pelas ruas da vila. Por en-tre a prova dos referidos néctares, não podia de dei-xar de escoicinhar:

- Espalharam para aqui uns caga-lumes, desgarra-dos, que não prestam para nada. Melhor seria que os tivessem concentrado na Rotunda do Rossio e na Pra-ça da República…

- Olha que falta uma praça para a coleção fi car com-pleta… - atacou Vanessa, que continuou – Com mais uma, fi cariam todas as praças dos salgueiristas, com o lustre que lhe reivindicam…

Miquelina nem a deixou acabar:- É melhor não inventar, não vá morrer alguém e es-

tragar a festa da Praceta Arménio Marques…Ficou por ali um silêncio. Miquelina estava linda de

morrer… Agasalhada… Fixe. Bem fi xe, em tons de cin-za. Minutos depois, uma novidade. Quase eufórica:

- Está, fi nalmente, descoberta a razão de tanto be-tão armado, no parque verde, sem nome, cá da terra. Eu bem sabia que tinha de haver coisa…

- Não me digas!... – Exclamou a malta.Miquelina, ajeitou o sorriso malandreco, por debaixo

daquele boné, que lhe enche a classe, e explicou, pau-sadamente, tintim por tintim:

- A Vanessa, treinada em espionagem multi-discipli-nar, tem andado a averiguar este caso bicudo e che-gou à brilhante conclusão tratar-se de uma importa-ção que o Super Bino terá feito do norte da Europa. Como os gaijos têm, por lá, verde que chegue e lama que sobre é natural que impermeabilizem qualquer coisita…. Mas por cá, deveria ser exactamente o con-trário…

Vanessa permaneceu num silêncio comprometedor. Mas a minha burra, de língua afi ada, como sempre,

acabou por con-cluir o seu racio-cínio:

- Numa altura em que, aqui pelo sul, há mais de trinta anos, ninguém faz parques daqueles, encharcar aquilo de betão é como ir para o Pólo Norte com apenas uma T-shirt no pê-lo…

- ao abrigo do novo acordo ortográfi co –

426 | S.N.

Última

acabou por con-cluir o seu racio-

- Numa altura em que, aqui pelo sul, há mais de trinta anos, ninguém faz parques daqueles, encharcar aquilo de betão é como ir para o Pólo Norte com apenas uma T-shirt no pê-

HISTÓRIAS DA MINHA BURRA

NO PÓLO NORTE DE T-SHIRT

GALA DE ENCERRAMENTO RECORDOU PRINCIPAIS MOMENTOS DE UM ANO DE ACTIVIDADES

Comissão dos 450 anos do Juncal espera continuidade

A an� ga fonte, reconstruída pa-ra o fi m-de-semana etnográfi co, e um painel de azulejos apresenta-do na exposição de ar� stas do Jun-cal são as duas recordações � sicas que fi cam das comemorações dos 450 anos de freguesia. No entanto, a organização espera que um ano repleto de ac� vidades deixe outras sementes, além da pedra e do bar-ro que vão imortalizar a data no largo da Igreja.

A ideia de assinalar os 450 anos de freguesia começou a ser “cozi-nhada” há dois anos e culminou nu-ma gala de encerramento que jun-tou centenas de pessoas no Juncal, no dia 4 de Dezembro. Para Filo-mena Mar� ns, um dos oito mem-bros da comissão organizadora, foi uma sensação de “dever cumpri-do” e “sobretudo de prazer” encer-rar as comemorações que “ultra-passaram as expecta� vas iniciais”. Durante um ano o Juncal recebeu um fi m-de-semana gastronómico, um fi m-de-semana etnográfi co, 14 tertúlias, exposições, espectáculos musicais, peça de teatro, dois con-cursos (fotografi a e Juncal Florido) e muitas ac� vidades dinamizadas pelas associações locais. Momen-

tos que foram recordados na gala de encerramento.

“O meu sonho actual é que este � po de inicia� vas tenha con� nui-dade, ainda que com outra perio-dicidade”, defende Filomena Mar-� ns, que aponta outros méritos das comemorações. “Conseguimos fazer pouco com pouco dinheiro e muito voluntariado”, referiu Filo-mena Mar� ns. Dezenas de ac� vi-dades foram realizadas com um or-çamento de cerca de dez mil euros, um feito que só foi possível graças ao envolvimento de muita gen-te e ins� tuições. “Reparámos que as colec� vidades nunca se � nham reunido todas à mesma mesa”, re-feriu Paulo Malhó, membro da co-missão organizadora, durante a ga-la, fi cando também a certeza que, havendo projectos, a comunidade se envolve e par� cipa.

Na gala de encerramento fi ca-ram ainda outros dois pedidos: a criação de uma galeria que possa receber exposições e a con� nuida-de do concurso Juncal Florido.

Pelo palco da gala de encerra-mento passaram muitos grupos de música, dança ou teatro do Juncal, além da actuação de Paulo Lamei-

ro e Oxana Khurdenco.João Coelho, presidente da junta

de freguesia do Juncal, lançou um desafi o às crianças que animaram a noite. “Espero que comemorem os 500 anos”, afi rmou João Coelho, que se confessou “orgulhoso e fe-liz” com o ano de comemorações.

João Salgueiro, presidente da câ-mara municipal, elogiou a fregue-

sia do Juncal, afi rmando que “uma terra vale pelas suas gentes”, lan-çando um repto em relação à re-cuperação do salão paroquial, que este ano celebra 75 anos de exis-tência. “Entendam-se!”, afi rmou o autarca, afi rmando que a “câmara está disposta a colaborar para a re-cuperação”.

A gala de encerramento foi ain-

da o palco de entrega de lembran-ças de agradecimento a várias pes-soas e ins� tuições que colaboram com a celebração dos 450 anos de freguesia, além de serem entre-gues os prémios do concurso de fotografi a e Juncal Florido.

Patrícia C. Santos

Pessoas e instituições foram homenageadas na gala de encerramento

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