O POVO DE RIO TINTO

NOLITE TIMERE

Ano 39 - N.º 51-2016

Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto

Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto | martinsvidinha@sapo.pt htt www.paroquiariotinto.pt/

29-2-2016

Abismo chama abismo…

Grande parte dos portugueses ainda se

recorda como o aborto foi introduzido em

Portugal.

A Lei começou por ser restritiva. Só em

determinados casos e dentro de determi-

nadas condições. Mas pouco a pouco foi

resvalando para o laxismo e o legislador

foi fechando os olhos.

Atualmente qualquer mulher, jovem ou

adulta, pode solicitar o aborto não só co-

mo meio de evitar uma gravidez que não

quer, mesmo que seja por um capricho e

quantas vezes quiser. Dizia-me há tempos

uma médica que havia bastantes jovens

sobretudo adolescentes, que recorriam ao

aborto, varias vezes, pelas simples razão

de ir sacar o dinheiro a que têm direito à

face da lei vigente.

O aborto tornou-se uma das “indústrias”

mais rendosas do mundo porque há mui-

tas clínicas que vivem praticamente disso.

Mas há mais. Já há quem defenda o

“direito” ao aborto, mesmo aos nove me-

ses.

Há quem não fique por aqui. Um grupo de

advogados ingleses defende que uma cri-

ança só tem direitos a partir do sete anos.

Antes não é ainda uma pessoa. O aborto

não é em primeiro lugar uma questão religi-

osa. A ciência comprova que o fio da vida

começa no momento fecundação.

Agora foi lançada uma discussão pública a

favor da eutanásia direta. Sublinho a pala-

vra direta, isto é, com intenção de matar. A

tática é sempre a mesma. Arranjam-se

umas quantas assinaturas de nomes so-

nantes de várias áreas ideológicas. Esse

leque é alargado a muitas assinaturas. De-

pois leva-se ao Parlamento. Antecipada-

mente já se sabe que a lei vai ser alterada.

Neste caso alega-se o direito a morrer com

dignidade. É o mesmo que dizer neste e

naquele caso pode-se matar a pessoa a, b,

ou c. Mas em que se fundamenta esse di-

reito? Apenas na cabeça de umas tantas

pessoas que se deixaram cegar por certas

ideologias.

Talvez esses mesmos me pusessem em tri-

bunal se eu matasse um cão velho. Nin-

guém será capaz de controlar essa lei. Lo-

go aparecerão os abutres e as clínicas es-

pecializadas em matar “sem dor e por com-

paixão”. Nos bastidores, os herdeiros da

pequena ou grande fortuna darão uma

ajuda.

Não se considera eutanásia desligar a máquina quando não há qualquer

esperança de vida. Equivale à morte natural

PANORAMA QUALIDADE DE VIDA 2

Oposição Procura Alternativas na Venezuela

A oposição venezuelana vai propor uma revisão

constitucional para diminuir o mandato presi-

dencial de seis, para quatro anos. A crise está

em alta, e uma explosão social ou um golpe de

estado, está em vista. A oposição parlamentar

tem a maioria. Porém, as decisões que este par-

lamento determina, são quase sempre chumba-

das pelo presidente Nicolás Maduro, não dei-

xando governar quem deve. O país não conse-

gue pagar a alta dívida à companhia aérea brasi-

leira Gol, pelo que esta deixou de voar para Ca-

racas. Nicolás Maduro ordenou o aumento do

preço da gasolina, contra a vontade do parla-

mento. Enfim, a crise continua.

Morreu Ramon Castro, Irmão de Fidel

O irmão mais velho de Fidel e Raúl Castro, fale-

ceu recentemente em Havana, com 91 anos. O

seu corpo foi cremado, e as cinzas foram trans-

portadas para Birán, local do seu nascimento, tal

como dos seus irmãos. Ramon Castro lutou

contra a ditadura de Fulgêncio Batista e, mais

tarde, desempenhou vários cargos no governo

do seu irmão Fidel.

Estudantes na Dádiva do Sangue

A Federação Académica do Porto conseguiu

812 dadores de sangue, na mais recente colheita,

em finais do passado ano, fazendo um total de

1480 colheitas nas duas ações de 2015. Isto sig-

nifica mais 293 colheitas do que no ano anterior.

Segundo as estatísticas, desde 2012, os alunos

estão cada vez mais interessados em colaborar

na dádiva do sangue, facto que é de louvar, nu-

ma altura em que grande parte da juventude está

mais virada para outras coisas mais supérfluas.

Desporto

O futebol nacional está animado dentro de por-

tas. Porém, a nível internacional, parece não es-

tar muito bem. Pelo menos essas eram as pers-

pectivas que pairavam no fecho desta página.

Aparentemente, ficaremos apenas com dois clu-

bes nas provas europeias. Oxalá estejamos erra-

dos e fiquemos com três ou quatro na fase se-

guinte.

Na I Liga, continuam os três grandes nos três

primeiros lugares, separados por três pontes en-

tre eles. Depois está o Braga a nove pontos.

A média por jogo, dos espetadores nos estádios

dos três grandes na época passada foi a seguinte:

Benfica: 42364 - Sporting : 32259 - Porto :

30640

Fernando Marçal

Viver com Optimismo

Apesar da maioria das pessoas terem uma ati-tude optimista, os portugueses não são conhecidos como tal, a cultura do nosso país não se distingue pelo pensamento positivo. O optimismo significa cos-tume ou sistema de achar que tudo é ou resultará o melhor possível ou confiança no porvir. Está cientifi-camente provado que as pessoas pessimistas têm probabilidades mais fortes de viver deprimentes, com uma saúde mais debilitada visto serem um tipo de pessoas que se desleixam na sua própria saúde. E com isto, influenciar para uma morte precoce. Em contrapartida as pessoas que tem atitudes optimistas levam uma vida mais feliz, mesmo perante as desgraças são pessoas que conseguem rir e encon-trar algo positivo e engraçado. As pessoas optimistas também facilmente conseguem atingir com sucesso os seus sonhos, os seus desejos e objectivos. Ser optimista contribui para viver e combater certas doenças como as doenças oncológicas e ajuda a prevenir problemas cardíacos. As pessoas que ol-ham para o mundo e para o futuro de uma forma positiva envelhecem de uma forma mais agradável sofrendo menos perante as doenças normais à sua idade. Podendo aumentar a esperança média de vida para mais 8 anos.

• Não seja pessimista e negativo, liberte dessas formas de pensar.

• Procure contrariar e deixar de dizer frases co-mo" as coisas nunca vão melhorar" ou "sou um falhado e irei ser sempre"; ''Nada me corre bem tenho tanto azar".

• Não se culpe de tudo o que lhe acontece de mau.

• Não seja catastrófico (pensar e esperar sempre o pior) e extremista (ou é bom ou é mau).

• "Esforça-te e tem bom ânimo ... " Josué 1:6, insista e não desista facilmente.

• Dê valor e desfrute das coisas boas, por mais pequenas que sejam.

• Numa situação difícil, viva e ultrapasse como se fosse um desafio para a sua vida.

• Deixe-se influenciar pelo optimismo dos outros.

Sejam felizes ...

Ana Pereira

Assistente Social

ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA EDUCAÇÃO FÍSICA 3

O Passado, O Presente e O Futuro

Isabel Tracana – Psicóloga

Até à invenção da medição do tempo, as pesso-as viviam na plenitude das suas Vidas. Tudo o que fazi-am era a manifestação da Vida, apenas isso e nada mais. Estavam mais próximas da Natureza e dos seus elementos cons5tuinte vivos. Tal como as árvores, as flores, os animais, os rios, também as pessoas se limi-tavam a ser. Possuíam inteligência necessária para integrarem as aprendizagens decorrentes de aconteci-mentos vividos. Contudo, estas aprendizagens eram facilitadoras, mas não integradores de vida. Deste mo-do todas eram pessoas e não estavam distribuídas em grupos dos que hão-de ser, dos que são e dos que já foram.

Assim que a medição do tempo foi inventada a nossa vida passou a ficar segmentada. Criámos três sacos. No primeiro colocámos tudo o que a nossa me-mória diz estar armazenado e chamamos-lhe Passado. No segundo saco colocámos o nosso Presente que é cons5tuído pelo momento em que estamos. No entan-to, como vivemos na antecipação dos nossos propósi-tos, a nossa atenção desfoca-se do momento em que estamos, acabando o segundo saco por estar sempre vazio. No terceiro saco colocamos o Futuro. São os projetos, os propósitos e as expecta5vas que temos. Geralmente são informes, incaracterís5cos e incons-tantes, nem sabemos bem, pelo que acabam por ser dominados pela insegurança e pelo medo do desco-nhecido.

Deste modo fomos perdendo a capacidade de viver a nossa vida porque deixámos de ser. Hoje passa-mos os dias atrás de um Futuro com muitas sombras escuras e com um sen5mento de frustração por um Passado dececionante. O Presente con5nua vazio por-que está cheio de narra5vas a que chamamos Passado e cheio de medos porque desconhecemos o Futuro.

Posto isto, está na altura de mudarmos e voltar-mos apenas a Ser.

Esvaziemos o saco do Passado das suas narra5-vas retendo somente as aprendizagens facilitadoras. Esqueçamos o Futuro (o que quer que ele seja) para nos concentrarmos a viver o Presente. Viver o presen-te é ter consciência do momento: é agora que sinto frio; é agora que sou feliz; é agora que estou a estudar ou a trabalhar; é neste momento. Para quê preocupar-me com o almoço de amanhã se é agora que estou a comer o almoço de hoje?

CUIDE DA SUA SAÚDE NAS ASAS DA POESIA 4

Entardece.

Na mistura de mim

Chuva, vento e frio.

… Quando Primavera for…

Rita Sá Ferreira

ARTERIOESCLEROSE/ATEROSCLEROSE

COMO PREVENIR

Arteriosclerose é um processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo das paredes das artérias, induzido pelo sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes, fumo de cigarro, aumento do colesterol, dieta e que acompanha o processo natural do envelheci-mento.

Aterosclerose é uma consequência da arteriosclerose própria do envelhecimento natural, mas agravada pelos estilos de vida inadequados e que se manifesta por depó-sitos de gordura, colesterol, ou cálcio em placas dentro das artérias e que leva ao estreitamento das mesmas com diminuição do fluxo de sangue para a região afeta-da. Ora, se o sangue que transporta o oxigénio e outros nutrientes não chega a determinado órgão, pode ocasio-nar problemas sérios como angina de peito/ enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou mesmo a morte.

Doença das artérias coronárias

Esta doença ocorre quando uma placa se desenvolve nas artérias coronárias, que fornecem sangue rico em oxigénio ao coração. Quando isto acontece, pode ocasio-nar dor no peito (angina) ou mesmo enfarte do miocárdio. A doença das artérias coronárias é uma das principais causas de morte.

Doença das artérias carótidas

Esta doença acontece quando uma placa se acumula nas artérias carótidas, diminuindo ou impedindo o fluxo de sangue ao cérebro e podendo ocasionar um acidente vascular cerebral.

Doença arterial periférica

Quando as placas de ateroma se acumulam nas artérias que fornecem o sangue para os membros, principalmente as pernas, reduz o fluxo ou bloqueia mesmo a passagem do sangue levando a sofrimento e em última instância á amputação de parte ou todo o membro.

A aterosclerose é uma doença adquirida, não transmissí-vel, que resulta de estilos de vida desajustados ou inade-quados. Hoje em dia, fruto de uma vida mais agitada e frenética, as pessoas alimentam-se mal e têm estilos de vida mais passivos.

Como prevenir?

Podemos prevenir ou pelo menos atrasar o desenvolvi-mento da aterosclerose, com a prática de estilos de vida saudável em conjunto com cuidados médicos adequados e assim ter uma vida mais longa e saudável.

Evite o sedentarismo, o excesso de peso, o fumo do tabaco, controle a tensão arterial e a diabetes e faça uma alimentação saudá-vel.

*Médico

GABRIELMARCEL (1889-1973)

(PHILIPPE CAPELLE (Cartas a Deus)

5

Para o Serviço do Povo de Deus

O Papa Francisco, ao proclamar o Ano Santo da

Misericórdia anuncia o desejo de ter em cada Dio-cese Missionários da Misericórdia que sejam “um sinal da solicitude materna da Igreja pelo Povo de Deus, para que entre em profundidade na riqueza deste mistério fundamental para a fé” (MV 18). Diz-nos o Papa Francisco na mesma Bula Miseri-cordiae vultus: “Serão sacerdotes a quem darei autoridade de perdoar mesmo os pecados reserva-dos à Sé Apostólica, para que se torne evidente a amplitude do seu mandato. Serão sobretudo sinal vivo de como o Pai acolhe a todos aqueles que andam à procura de perdão”, (MV 18”. Tendo presente a importância e a missão que o Papa Francisco confia aos Missionários da Miseri-córdia e sendo pedido aos Bispos diocesanos que nomeiem um ou dois sacerdotes para as suas dio-ceses, que assumam este múnus, Hei por Bem nomear Missionários da Misericórdia na Diocese do Porto: Cónego Amadeu Ferreira da Silva, Cónego Peni-tenciário e Capelão da Sé Catedral Padre José Alberto Vieira de Magalhães, Reitor da Igreja de Santo António dos Congregados Porto, 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor, de 2016

António Francisco dos Santos

Bispo do Porto

Uma atividade apostólica de terceira classe?

Antes de mais quero registar uma apreciável melhoria na visão do que é o compasso e aquilo que de muito bom

contém ou deve conter. Uma palavra de louvor e apreço para os jovens de ambos os sexos que sem preconceitos

e com a frescura que lhes é própria participam em bom número.

Já lá vai o tempo em que era coisa só de padres e ou de seminaristas disfarçados de padres e depois ainda só de

homens.

Quais são as riquezas apostólicas do Compasso, hoje? São muitas e dificilmente substituíveis:

- A alegria que proporciona a muitas famílias e pessoas que vivem sós, as quais raramente ou nunca vêm à igreja

(sei qur muitas se ausentam mas é ainda apreciável o número das que ficam).

- A mensagem de que Cristo Ressuscitou.

- Um modo de "ir às periferias" em que o Papa tanto insiste.

Todavia, com alguma tristeza o digo, ainda há pessoas que olham para o Compasso com óculos muito embacia-

dos.

Compreendo que o dia de Páscoa é também um dia de familia. Por isso a maior parte das voltas saem apenas de

manhã. No reino de Deus, não há cargos mais importantes que outros, nem categorias sociais. A matemática de

Deus é muito diferente da nossa.

"O que é grande aos olhos dos homens é pequeno aos olhos de Deus" (S. Paulo )

ENTREVISTA Do outro lado … Conceição Gonçalves

6

" dar de comer a quem tem fome"

... A dimensão de serviço é dominante na vidà e um cozinheiro (assim como na de um cristão, que é o

caso). Não necessariamente servir quem tem fome ou quem mais precisa, mas simplesmente servir. Alimentando-nos disso. O cozinheiro sente, naturalmente, prazer em dar aos outros o que procu-ram ... porque a comida é também motivo de encon-tro, e ouve-se dizer muitas vezes que mesa não se envelhece" ...

Vamos juntos

dar de comer a quem tem fome:

- "fome" de encontro

- "fome" de celebração

- "fome" da cultura

- "fome" da memória

- "fome" das emoções

- "fome" de transformação

- "fome" de serviço

- "fome" de GRATUIDADE I. ..

João Lameiras

(Chefe de Cozinha)

encontrei esta foto nos arquivos de emaús;

... encontrei-me a pensar no modo de estar, aprender e sobretudo viver nesta quaresma que nos aproxima da Páscoa, no seu tempo maior de reflexão e en-trega;

... encontro-me a ler 1 livro de vários autores sobre as 14 obras de misericórdia e transcrevo pequenos

SOBRE A MUDANÇA...

«O ponto é que nós não somos coisas com bo-

tões. O ponto é que os corpos pensam e sentem

coisas. E, de vez em quando, os corpos olham se ao

espelho e pensam assim: já não sou capaz. E o já

não é um detalhe sintático. Há uma diferença entre

não ser capaz e já não ser capaz. O já não ser ca-

paz pressupõe uma memória, algo de anterior. Algo

que foi e que deixou de ser. Por isso, é bem compli-

cado, o já não ser capaz de qualquer coisa. Até que

um dia de chuva bem feio e bem frio vem e muda

tudo. Não um daqueles dias em que a vida até nem

parece tão difícil quanto isso, tal é o sol e o azul.

Bem cinzento que era, o tal dia do ajuste de contas.

E acabou por ser como se não tivesse havido inter-

valo nenhum. De vez em quando, temos umas

quantas surpresas reservadas em nós e reabrimos

capítulos que tínhamos como fechados.»

Cristina Barbosa

7 “O Povo de Rio Tinto” 21/02/2016

AUSTERIDADE CONTINUA

MAS COM NOVO ROSTO…

M. Pinto Teixeira*

* Jornalista

e Professor Universitário

1 – Ainda na primeira quinzena de Março deverá ser publicado e entrar em vigor o Orçamento de Estado para o corrente ano. Em circunstâncias normais, este documento, fundamental para a governação do país, é apresentado pelo Governo ao Parlamento até ao dia 15 de Outubro de cada ano, é discutido e votado até ao final de Novembro, sendo depois publicado em Diário da República para entrar em vigor a 1 de Janei-ro. Este ano não aconteceu assim apenas porque as eleições legislativas ocorreram no início de Outubro, e o processo de constituição do novo Governo atrasou todo o calendário orçamental. Nas últimas semanas o país político tem-se agitado em torno deste documento, pois é nele que o Governo consagra as opções que vai seguir quer ao nível da despesa, quer ao nível da receita do Estado. E sabendo-se das promessas eleitorais feitas por António Costa, e bem assim dos compromissos assumidos pelo lí-der socialista com os partidos à sua esquerda para viabilização do Governo no Parlamento, toda a gente aguardava pelas grandes novidades que o orçamento haveria de consagrar. Curiosidade que aumentou ao serem conhecidas as grandes linhas da versão submetida à análise da União Europeia. 2 – Depois de duras negociações em Bruxelas, António Costa foi obrigado a ceder em aspectos fundamen-tais do documento original. Mas ainda assim conseguiu o benefício da dúvida da Comissão Europeia, que acabaria por dar luz verde a uma versão revista, com o compromisso de, se necessário, o Governo intro-duzir ao longo do ano alterações que permitam respeitar as metas orçamentais negociadas com Bruxelas. A maioria dos especialistas, nacionais e internacionais, considera que a execução orçamental não será um exercício fácil para o Governo. Acusa o Governo de demasiado optimismo na versão final, e diz que o mais certo é serem necessárias novas medidas, ou por via de cortes na despesa, ou recorrendo ao aumen-to de impostos. Seja como for – lá para o verão as contas já serão bem mais claras – a verdade é que o Orçamento de Esta-do para 2016 volta a consagrar sérias políticas de austeridade, ainda que, na linguagem oficial do Gover-no de António Costa, esta expressão seja substituída apenas por “orçamento restritivo”. Mas, afinal, em que é que isto se traduz? Simplesmente na continuação da austeridade, mas com rostos diferentes dos do anterior Governo. Enquanto Passos Coelho optou pelo agravamento dos impostos directos, sobretudo sobre os rendimentos das pessoas, António Costa escolheu os impostos indirectos para aliviar a sobrecar-ga dos rendimentos do trabalho. 3 – Onde vai o Governo recolher dinheiro para cumprir algumas das promessas eleitorais e dos acordos que celebrou com os bloquistas e comunistas? Fundamentalmente à estrada. Aumentando os impostos sobre os combustíveis, e vários outros sobre os veículos circulantes. É por isso que, com ironia, os oposito-res ao actual Governo apregoam que Costa optou pelas emboscadas no asfalto, aconselhando os cidadãos a fugir por montes e vales… Para além da estrada, Costa decidiu também apresentar uma factura especial às operações bancárias. Num e noutro caso, claro está, será sempre o cidadão que, no fim da linha, pagará a conta. Mas, temos de convir, de forma bem mais dissimulada. Aqui chegados, sem prejuízo de referir ainda o alargamento da base contributiva para imóveis – é o caso do IMI aplicado aos fundos imobiliários ou até às barragens – podemos dizer que a austeridade de Costa aparece aos olhos dos cidadãos embrulhada em celofane, que é como quem diz, mais agradável no em-brulho global. E em política, tal como na vida, os olhos também comem, e as aparências iludem. Logo, facilmente se compreende que o cidadão anónimo esteja mais suave nas críticas, mais tolerante e até rela-tivamente apaziguado perante as opções orçamentais do Governo PS. Não fora a severidade global dos media, e Costa até poderia gabar-se de passar o rubicão com invejável tranquilidade perante a opinião pública, que não na opinião publicada!

Consultório Jurídico – “O quê de Justiça?” – Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município de Gondomar

O Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município

de Gondomar tem por objecto a definição e o estabelecimento da prestação do serviço

público e o sistema de abastecimento de água, o sistema de drenagem pública e predi-

al de águas residuais, domésticas e industriais em Gondomar.

Ora, estipula o artº 16º do referido Regulamento que, dentro das áreas abrangidas, ou

que venham a sê-lo, pelos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água, ou de Águas

Residuais, os proprietários, usufrutuários, ou aqueles que estejam em legal adminis-

tração dos prédios localizados nas áreas referidas ou em zonas adjacentes aos siste-

mas públicos, são obrigados a instalar Sistemas de Distribuição Predial de Água e de

Águas Residuais, bem como promover a ligação destes aos respectivos Sistemas Públi-

cos, sendo esta obrigatoriedade aplicável a todos os prédios já existentes à data da

instalação do Sistema Público.

Neste momento, encontra-se a empresa Águas de Gondomar, no âmbito da inspecção

das infraestruturas de abastecimento de água e águas residuais, nomeadamente, em

Rio Tinto, a impôr aos proprietários dos respectivos prédios que procedam à ligação à

rede pública de drenagem de águas residuais, no prazo de 30 dias a contar da notifica-

ção recebidas das Águas de Gondomar, nos termos dos nºs 1 e 2 do referido Regula-

mento.

Os proprietários que sejam notificados no âmbito deste normativo legal têm de execu-

tar a obra de ligação à rede pública e, para além disso, de suportar os custos com o

preço da ligação, o ramal e o CRL, a pagar às Águas de Gondomar.

Dispõe o Regulamento que este prazo pode ser alterado, a pedido do interessado, ten-

do como fundamento motivos de força maior ou outros que se considerem devidamen-

te justificados.

Nestes casos, deve o interessado enviar requerimento ao Presidente do Conselho de

Administração das Águas de Gondomar, SA, anexando cópia do ofício recebido para

proceder às obras de ligação e efectuar o pagamento aí referido, identificar-se, solici-

tar a prorrogação do prazo para a realização das obras de ligação e para o consequen-

te pagamento, sustentando e justificando fundamentadamente o seu pedido, devendo

aguardar a necessária resposta por parte das Águas de Gondomar.

No caso de prédios em vias de expropriação ou de demolição, devidamente comprova-

dos, poderão ficar isentos da ligação, desde que não estejam em situação de insalubri-

dade pública, assim como os prédios desabitados, em virtude do mau estado de con-

servação ou do estado de ruína.

Manuela Garrido

PUDIM DE PÃO 250g. de pão ( preferência miolo) 300g. de açúcar

4 ovos ½ de leite 1 colher de (sopa) de manteiga Raspa de limão e canela a gosto Tendo o leite a ferver, mistura-se O pão partido em pedacinhos, ( pode-se dar uma volta com a varinha mágica ) para que a mistura fique lisa . Mistura-se o açúcar a raspa do limão A manteiga, a canela com os ovos, mexe-se muito bem. Vai ao forno bem quente em forma untada com man-teiga. Quando desenformar deite um pouco de caramelo do fraco por cima.

Um vídeo difundido pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), mostra a execução de cinco pessoas, no Iraque, e um terrorista a proferir uma ameaça à Península Ibérica. A Península Ibérica jamais será esquecida".

O tempo de misericórdia ou intolerância?

Em todo o mundo católico está a decor-rer, desde o dia 8 de Dezembro até 20 de Novembro de 2016 (Solenidade de Cristo Rei) o Ano Santo da Misericórdia.

Esta iniciativa do Papa Francisco é como que um impulso que O Santo Padre quer por em movimento no sentido de a Igreja no seu todo e em cada um de nós passe a ter um coração terno, carinhoso e hu-mano.

Nesta iniciativa como em todas, há sem-pre o risco de ficarmos num mero ritualis-mo: Peregrinações, cerimónias, pagelas, cartazes, conferências e tantas outras coisas que nos serão oferecidas, com abundância.

Para evitarmos nadar apenas à superfície temos de recomeçar pelo que é mais difí-cil: “transformar os nossos corações de pedra em corações de carne”, como exor-tava o profeta Ezequiel e rezar como re-zava o rei Davide: “criai em mim, Senhor, um coração puro.”

O melhor cartaz para que devemos olhar todos os dias não é de papel. É o rosto de Cristo que olha para nós sempre e em toda a parte. Ele é a misericórdia em pes-soa. Ama-nos tal como somos, com as nossas grandezas e misérias, e a todos dirige este convite: “aprendei de Mim que sou manso e humilde coração.” Interrogo-me muitas vezes, sem me colocar de fora, porque é frequentemente, entre nós cris-tãos, membros da mesma Igreja e da mesma comunidade, há tanto azedume, tanta falta de humanidade, tanta intole-rância. Somos todos diferentes. Mas se não nos

aceitamos uns aos outros tal como somos não há misericórdia que nos valha.

O POVO DE RIO TINTO

NOLITE TIMERE

Ano 39 - N.º 51-2016

Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto

Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto | martinsvidinha@sapo.pt htt www.paroquiariotinto.pt/

29-2-2016

Abismo chama abismo…

Grande parte dos portugueses ainda se

recorda como o aborto foi introduzido em

Portugal.

A Lei começou por ser restritiva. Só em

determinados casos e dentro de determi-

nadas condições. Mas pouco a pouco foi

resvalando para o laxismo e o legislador

foi fechando os olhos.

Atualmente qualquer mulher, jovem ou

adulta, pode solicitar o aborto não só co-

mo meio de evitar uma gravidez que não

quer, mesmo que seja por um capricho e

quantas vezes quiser. Dizia-me há tempos

uma médica que havia bastantes jovens

sobretudo adolescentes, que recorriam ao

aborto, varias vezes, pelas simples razão

de ir sacar o dinheiro a que têm direito à

face da lei vigente.

O aborto tornou-se uma das “indústrias”

mais rendosas do mundo porque há mui-

tas clínicas que vivem praticamente disso.

Mas há mais. Já há quem defenda o

“direito” ao aborto, mesmo aos nove me-

ses.

Há quem não fique por aqui. Um grupo de

advogados ingleses defende que uma cri-

ança só tem direitos a partir do sete anos.

Antes não é ainda uma pessoa. O aborto

não é em primeiro lugar uma questão religi-

osa. A ciência comprova que o fio da vida

começa no momento fecundação.

Agora foi lançada uma discussão pública a

favor da eutanásia direta. Sublinho a pala-

vra direta, isto é, com intenção de matar. A

tática é sempre a mesma. Arranjam-se

umas quantas assinaturas de nomes so-

nantes de várias áreas ideológicas. Esse

leque é alargado a muitas assinaturas. De-

pois leva-se ao Parlamento. Antecipada-

mente já se sabe que a lei vai ser alterada.

Neste caso alega-se o direito a morrer com

dignidade. É o mesmo que dizer neste e

naquele caso pode-se matar a pessoa a, b,

ou c. Mas em que se fundamenta esse di-

reito? Apenas na cabeça de umas tantas

pessoas que se deixaram cegar por certas

ideologias.

Talvez esses mesmos me pusessem em tri-

bunal se eu matasse um cão velho. Nin-

guém será capaz de controlar essa lei. Lo-

go aparecerão os abutres e as clínicas es-

pecializadas em matar “sem dor e por com-

paixão”. Nos bastidores, os herdeiros da

pequena ou grande fortuna darão uma

ajuda.

Não se considera eutanásia desligar a máquina quando não há qualquer

esperança de vida. Equivale à morte natural

PANORAMA QUALIDADE DE VIDA 2

Oposição Procura Alternativas na Venezuela

A oposição venezuelana vai propor uma revisão

constitucional para diminuir o mandato presi-

dencial de seis, para quatro anos. A crise está

em alta, e uma explosão social ou um golpe de

estado, está em vista. A oposição parlamentar

tem a maioria. Porém, as decisões que este par-

lamento determina, são quase sempre chumba-

das pelo presidente Nicolás Maduro, não dei-

xando governar quem deve. O país não conse-

gue pagar a alta dívida à companhia aérea brasi-

leira Gol, pelo que esta deixou de voar para Ca-

racas. Nicolás Maduro ordenou o aumento do

preço da gasolina, contra a vontade do parla-

mento. Enfim, a crise continua.

Morreu Ramon Castro, Irmão de Fidel

O irmão mais velho de Fidel e Raúl Castro, fale-

ceu recentemente em Havana, com 91 anos. O

seu corpo foi cremado, e as cinzas foram trans-

portadas para Birán, local do seu nascimento, tal

como dos seus irmãos. Ramon Castro lutou

contra a ditadura de Fulgêncio Batista e, mais

tarde, desempenhou vários cargos no governo

do seu irmão Fidel.

Estudantes na Dádiva do Sangue

A Federação Académica do Porto conseguiu

812 dadores de sangue, na mais recente colheita,

em finais do passado ano, fazendo um total de

1480 colheitas nas duas ações de 2015. Isto sig-

nifica mais 293 colheitas do que no ano anterior.

Segundo as estatísticas, desde 2012, os alunos

estão cada vez mais interessados em colaborar

na dádiva do sangue, facto que é de louvar, nu-

ma altura em que grande parte da juventude está

mais virada para outras coisas mais supérfluas.

Desporto

O futebol nacional está animado dentro de por-

tas. Porém, a nível internacional, parece não es-

tar muito bem. Pelo menos essas eram as pers-

pectivas que pairavam no fecho desta página.

Aparentemente, ficaremos apenas com dois clu-

bes nas provas europeias. Oxalá estejamos erra-

dos e fiquemos com três ou quatro na fase se-

guinte.

Na I Liga, continuam os três grandes nos três

primeiros lugares, separados por três pontes en-

tre eles. Depois está o Braga a nove pontos.

A média por jogo, dos espetadores nos estádios

dos três grandes na época passada foi a seguinte:

Benfica: 42364 - Sporting : 32259 - Porto :

30640

Fernando Marçal

Viver com Optimismo

Apesar da maioria das pessoas terem uma ati-tude optimista, os portugueses não são conhecidos como tal, a cultura do nosso país não se distingue pelo pensamento positivo. O optimismo significa cos-tume ou sistema de achar que tudo é ou resultará o melhor possível ou confiança no porvir. Está cientifi-camente provado que as pessoas pessimistas têm probabilidades mais fortes de viver deprimentes, com uma saúde mais debilitada visto serem um tipo de pessoas que se desleixam na sua própria saúde. E com isto, influenciar para uma morte precoce. Em contrapartida as pessoas que tem atitudes optimistas levam uma vida mais feliz, mesmo perante as desgraças são pessoas que conseguem rir e encon-trar algo positivo e engraçado. As pessoas optimistas também facilmente conseguem atingir com sucesso os seus sonhos, os seus desejos e objectivos. Ser optimista contribui para viver e combater certas doenças como as doenças oncológicas e ajuda a prevenir problemas cardíacos. As pessoas que ol-ham para o mundo e para o futuro de uma forma positiva envelhecem de uma forma mais agradável sofrendo menos perante as doenças normais à sua idade. Podendo aumentar a esperança média de vida para mais 8 anos.

• Não seja pessimista e negativo, liberte dessas formas de pensar.

• Procure contrariar e deixar de dizer frases co-mo" as coisas nunca vão melhorar" ou "sou um falhado e irei ser sempre"; ''Nada me corre bem tenho tanto azar".

• Não se culpe de tudo o que lhe acontece de mau.

• Não seja catastrófico (pensar e esperar sempre o pior) e extremista (ou é bom ou é mau).

• "Esforça-te e tem bom ânimo ... " Josué 1:6, insista e não desista facilmente.

• Dê valor e desfrute das coisas boas, por mais pequenas que sejam.

• Numa situação difícil, viva e ultrapasse como se fosse um desafio para a sua vida.

• Deixe-se influenciar pelo optimismo dos outros.

Sejam felizes ...

Ana Pereira

Assistente Social

ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA EDUCAÇÃO FÍSICA 3

O Passado, O Presente e O Futuro

Isabel Tracana – Psicóloga

Até à invenção da medição do tempo, as pesso-as viviam na plenitude das suas Vidas. Tudo o que fazi-am era a manifestação da Vida, apenas isso e nada mais. Estavam mais próximas da Natureza e dos seus elementos cons5tuinte vivos. Tal como as árvores, as flores, os animais, os rios, também as pessoas se limi-tavam a ser. Possuíam inteligência necessária para integrarem as aprendizagens decorrentes de aconteci-mentos vividos. Contudo, estas aprendizagens eram facilitadoras, mas não integradores de vida. Deste mo-do todas eram pessoas e não estavam distribuídas em grupos dos que hão-de ser, dos que são e dos que já foram.

Assim que a medição do tempo foi inventada a nossa vida passou a ficar segmentada. Criámos três sacos. No primeiro colocámos tudo o que a nossa me-mória diz estar armazenado e chamamos-lhe Passado. No segundo saco colocámos o nosso Presente que é cons5tuído pelo momento em que estamos. No entan-to, como vivemos na antecipação dos nossos propósi-tos, a nossa atenção desfoca-se do momento em que estamos, acabando o segundo saco por estar sempre vazio. No terceiro saco colocamos o Futuro. São os projetos, os propósitos e as expecta5vas que temos. Geralmente são informes, incaracterís5cos e incons-tantes, nem sabemos bem, pelo que acabam por ser dominados pela insegurança e pelo medo do desco-nhecido.

Deste modo fomos perdendo a capacidade de viver a nossa vida porque deixámos de ser. Hoje passa-mos os dias atrás de um Futuro com muitas sombras escuras e com um sen5mento de frustração por um Passado dececionante. O Presente con5nua vazio por-que está cheio de narra5vas a que chamamos Passado e cheio de medos porque desconhecemos o Futuro.

Posto isto, está na altura de mudarmos e voltar-mos apenas a Ser.

Esvaziemos o saco do Passado das suas narra5-vas retendo somente as aprendizagens facilitadoras. Esqueçamos o Futuro (o que quer que ele seja) para nos concentrarmos a viver o Presente. Viver o presen-te é ter consciência do momento: é agora que sinto frio; é agora que sou feliz; é agora que estou a estudar ou a trabalhar; é neste momento. Para quê preocupar-me com o almoço de amanhã se é agora que estou a comer o almoço de hoje?

CUIDE DA SUA SAÚDE NAS ASAS DA POESIA 4

Entardece.

Na mistura de mim

Chuva, vento e frio.

… Quando Primavera for…

Rita Sá Ferreira

ARTERIOESCLEROSE/ATEROSCLEROSE

COMO PREVENIR

Arteriosclerose é um processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo das paredes das artérias, induzido pelo sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes, fumo de cigarro, aumento do colesterol, dieta e que acompanha o processo natural do envelheci-mento.

Aterosclerose é uma consequência da arteriosclerose própria do envelhecimento natural, mas agravada pelos estilos de vida inadequados e que se manifesta por depó-sitos de gordura, colesterol, ou cálcio em placas dentro das artérias e que leva ao estreitamento das mesmas com diminuição do fluxo de sangue para a região afeta-da. Ora, se o sangue que transporta o oxigénio e outros nutrientes não chega a determinado órgão, pode ocasio-nar problemas sérios como angina de peito/ enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou mesmo a morte.

Doença das artérias coronárias

Esta doença ocorre quando uma placa se desenvolve nas artérias coronárias, que fornecem sangue rico em oxigénio ao coração. Quando isto acontece, pode ocasio-nar dor no peito (angina) ou mesmo enfarte do miocárdio. A doença das artérias coronárias é uma das principais causas de morte.

Doença das artérias carótidas

Esta doença acontece quando uma placa se acumula nas artérias carótidas, diminuindo ou impedindo o fluxo de sangue ao cérebro e podendo ocasionar um acidente vascular cerebral.

Doença arterial periférica

Quando as placas de ateroma se acumulam nas artérias que fornecem o sangue para os membros, principalmente as pernas, reduz o fluxo ou bloqueia mesmo a passagem do sangue levando a sofrimento e em última instância á amputação de parte ou todo o membro.

A aterosclerose é uma doença adquirida, não transmissí-vel, que resulta de estilos de vida desajustados ou inade-quados. Hoje em dia, fruto de uma vida mais agitada e frenética, as pessoas alimentam-se mal e têm estilos de vida mais passivos.

Como prevenir?

Podemos prevenir ou pelo menos atrasar o desenvolvi-mento da aterosclerose, com a prática de estilos de vida saudável em conjunto com cuidados médicos adequados e assim ter uma vida mais longa e saudável.

Evite o sedentarismo, o excesso de peso, o fumo do tabaco, controle a tensão arterial e a diabetes e faça uma alimentação saudá-vel.

*Médico

GABRIELMARCEL (1889-1973)

(PHILIPPE CAPELLE (Cartas a Deus)

5

Para o Serviço do Povo de Deus

O Papa Francisco, ao proclamar o Ano Santo da

Misericórdia anuncia o desejo de ter em cada Dio-cese Missionários da Misericórdia que sejam “um sinal da solicitude materna da Igreja pelo Povo de Deus, para que entre em profundidade na riqueza deste mistério fundamental para a fé” (MV 18). Diz-nos o Papa Francisco na mesma Bula Miseri-cordiae vultus: “Serão sacerdotes a quem darei autoridade de perdoar mesmo os pecados reserva-dos à Sé Apostólica, para que se torne evidente a amplitude do seu mandato. Serão sobretudo sinal vivo de como o Pai acolhe a todos aqueles que andam à procura de perdão”, (MV 18”. Tendo presente a importância e a missão que o Papa Francisco confia aos Missionários da Miseri-córdia e sendo pedido aos Bispos diocesanos que nomeiem um ou dois sacerdotes para as suas dio-ceses, que assumam este múnus, Hei por Bem nomear Missionários da Misericórdia na Diocese do Porto: Cónego Amadeu Ferreira da Silva, Cónego Peni-tenciário e Capelão da Sé Catedral Padre José Alberto Vieira de Magalhães, Reitor da Igreja de Santo António dos Congregados Porto, 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor, de 2016

António Francisco dos Santos

Bispo do Porto

Uma atividade apostólica de terceira classe?

Antes de mais quero registar uma apreciável melhoria na visão do que é o compasso e aquilo que de muito bom

contém ou deve conter. Uma palavra de louvor e apreço para os jovens de ambos os sexos que sem preconceitos

e com a frescura que lhes é própria participam em bom número.

Já lá vai o tempo em que era coisa só de padres e ou de seminaristas disfarçados de padres e depois ainda só de

homens.

Quais são as riquezas apostólicas do Compasso, hoje? São muitas e dificilmente substituíveis:

- A alegria que proporciona a muitas famílias e pessoas que vivem sós, as quais raramente ou nunca vêm à igreja

(sei qur muitas se ausentam mas é ainda apreciável o número das que ficam).

- A mensagem de que Cristo Ressuscitou.

- Um modo de "ir às periferias" em que o Papa tanto insiste.

Todavia, com alguma tristeza o digo, ainda há pessoas que olham para o Compasso com óculos muito embacia-

dos.

Compreendo que o dia de Páscoa é também um dia de familia. Por isso a maior parte das voltas saem apenas de

manhã. No reino de Deus, não há cargos mais importantes que outros, nem categorias sociais. A matemática de

Deus é muito diferente da nossa.

"O que é grande aos olhos dos homens é pequeno aos olhos de Deus" (S. Paulo )

ENTREVISTA Do outro lado … Conceição Gonçalves

6

" dar de comer a quem tem fome"

... A dimensão de serviço é dominante na vidà e um cozinheiro (assim como na de um cristão, que é o

caso). Não necessariamente servir quem tem fome ou quem mais precisa, mas simplesmente servir. Alimentando-nos disso. O cozinheiro sente, naturalmente, prazer em dar aos outros o que procu-ram ... porque a comida é também motivo de encon-tro, e ouve-se dizer muitas vezes que mesa não se envelhece" ...

Vamos juntos

dar de comer a quem tem fome:

- "fome" de encontro

- "fome" de celebração

- "fome" da cultura

- "fome" da memória

- "fome" das emoções

- "fome" de transformação

- "fome" de serviço

- "fome" de GRATUIDADE I. ..

João Lameiras

(Chefe de Cozinha)

encontrei esta foto nos arquivos de emaús;

... encontrei-me a pensar no modo de estar, aprender e sobretudo viver nesta quaresma que nos aproxima da Páscoa, no seu tempo maior de reflexão e en-trega;

... encontro-me a ler 1 livro de vários autores sobre as 14 obras de misericórdia e transcrevo pequenos

SOBRE A MUDANÇA...

«O ponto é que nós não somos coisas com bo-

tões. O ponto é que os corpos pensam e sentem

coisas. E, de vez em quando, os corpos olham se ao

espelho e pensam assim: já não sou capaz. E o já

não é um detalhe sintático. Há uma diferença entre

não ser capaz e já não ser capaz. O já não ser ca-

paz pressupõe uma memória, algo de anterior. Algo

que foi e que deixou de ser. Por isso, é bem compli-

cado, o já não ser capaz de qualquer coisa. Até que

um dia de chuva bem feio e bem frio vem e muda

tudo. Não um daqueles dias em que a vida até nem

parece tão difícil quanto isso, tal é o sol e o azul.

Bem cinzento que era, o tal dia do ajuste de contas.

E acabou por ser como se não tivesse havido inter-

valo nenhum. De vez em quando, temos umas

quantas surpresas reservadas em nós e reabrimos

capítulos que tínhamos como fechados.»

Cristina Barbosa

7 “O Povo de Rio Tinto” 21/02/2016

AUSTERIDADE CONTINUA

MAS COM NOVO ROSTO…

M. Pinto Teixeira*

* Jornalista

e Professor Universitário

1 – Ainda na primeira quinzena de Março deverá ser publicado e entrar em vigor o Orçamento de Estado para o corrente ano. Em circunstâncias normais, este documento, fundamental para a governação do país, é apresentado pelo Governo ao Parlamento até ao dia 15 de Outubro de cada ano, é discutido e votado até ao final de Novembro, sendo depois publicado em Diário da República para entrar em vigor a 1 de Janei-ro. Este ano não aconteceu assim apenas porque as eleições legislativas ocorreram no início de Outubro, e o processo de constituição do novo Governo atrasou todo o calendário orçamental. Nas últimas semanas o país político tem-se agitado em torno deste documento, pois é nele que o Governo consagra as opções que vai seguir quer ao nível da despesa, quer ao nível da receita do Estado. E sabendo-se das promessas eleitorais feitas por António Costa, e bem assim dos compromissos assumidos pelo lí-der socialista com os partidos à sua esquerda para viabilização do Governo no Parlamento, toda a gente aguardava pelas grandes novidades que o orçamento haveria de consagrar. Curiosidade que aumentou ao serem conhecidas as grandes linhas da versão submetida à análise da União Europeia. 2 – Depois de duras negociações em Bruxelas, António Costa foi obrigado a ceder em aspectos fundamen-tais do documento original. Mas ainda assim conseguiu o benefício da dúvida da Comissão Europeia, que acabaria por dar luz verde a uma versão revista, com o compromisso de, se necessário, o Governo intro-duzir ao longo do ano alterações que permitam respeitar as metas orçamentais negociadas com Bruxelas. A maioria dos especialistas, nacionais e internacionais, considera que a execução orçamental não será um exercício fácil para o Governo. Acusa o Governo de demasiado optimismo na versão final, e diz que o mais certo é serem necessárias novas medidas, ou por via de cortes na despesa, ou recorrendo ao aumen-to de impostos. Seja como for – lá para o verão as contas já serão bem mais claras – a verdade é que o Orçamento de Esta-do para 2016 volta a consagrar sérias políticas de austeridade, ainda que, na linguagem oficial do Gover-no de António Costa, esta expressão seja substituída apenas por “orçamento restritivo”. Mas, afinal, em que é que isto se traduz? Simplesmente na continuação da austeridade, mas com rostos diferentes dos do anterior Governo. Enquanto Passos Coelho optou pelo agravamento dos impostos directos, sobretudo sobre os rendimentos das pessoas, António Costa escolheu os impostos indirectos para aliviar a sobrecar-ga dos rendimentos do trabalho. 3 – Onde vai o Governo recolher dinheiro para cumprir algumas das promessas eleitorais e dos acordos que celebrou com os bloquistas e comunistas? Fundamentalmente à estrada. Aumentando os impostos sobre os combustíveis, e vários outros sobre os veículos circulantes. É por isso que, com ironia, os oposito-res ao actual Governo apregoam que Costa optou pelas emboscadas no asfalto, aconselhando os cidadãos a fugir por montes e vales… Para além da estrada, Costa decidiu também apresentar uma factura especial às operações bancárias. Num e noutro caso, claro está, será sempre o cidadão que, no fim da linha, pagará a conta. Mas, temos de convir, de forma bem mais dissimulada. Aqui chegados, sem prejuízo de referir ainda o alargamento da base contributiva para imóveis – é o caso do IMI aplicado aos fundos imobiliários ou até às barragens – podemos dizer que a austeridade de Costa aparece aos olhos dos cidadãos embrulhada em celofane, que é como quem diz, mais agradável no em-brulho global. E em política, tal como na vida, os olhos também comem, e as aparências iludem. Logo, facilmente se compreende que o cidadão anónimo esteja mais suave nas críticas, mais tolerante e até rela-tivamente apaziguado perante as opções orçamentais do Governo PS. Não fora a severidade global dos media, e Costa até poderia gabar-se de passar o rubicão com invejável tranquilidade perante a opinião pública, que não na opinião publicada!

Consultório Jurídico – “O quê de Justiça?” – Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município de Gondomar

O Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município

de Gondomar tem por objecto a definição e o estabelecimento da prestação do serviço

público e o sistema de abastecimento de água, o sistema de drenagem pública e predi-

al de águas residuais, domésticas e industriais em Gondomar.

Ora, estipula o artº 16º do referido Regulamento que, dentro das áreas abrangidas, ou

que venham a sê-lo, pelos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água, ou de Águas

Residuais, os proprietários, usufrutuários, ou aqueles que estejam em legal adminis-

tração dos prédios localizados nas áreas referidas ou em zonas adjacentes aos siste-

mas públicos, são obrigados a instalar Sistemas de Distribuição Predial de Água e de

Águas Residuais, bem como promover a ligação destes aos respectivos Sistemas Públi-

cos, sendo esta obrigatoriedade aplicável a todos os prédios já existentes à data da

instalação do Sistema Público.

Neste momento, encontra-se a empresa Águas de Gondomar, no âmbito da inspecção

das infraestruturas de abastecimento de água e águas residuais, nomeadamente, em

Rio Tinto, a impôr aos proprietários dos respectivos prédios que procedam à ligação à

rede pública de drenagem de águas residuais, no prazo de 30 dias a contar da notifica-

ção recebidas das Águas de Gondomar, nos termos dos nºs 1 e 2 do referido Regula-

mento.

Os proprietários que sejam notificados no âmbito deste normativo legal têm de execu-

tar a obra de ligação à rede pública e, para além disso, de suportar os custos com o

preço da ligação, o ramal e o CRL, a pagar às Águas de Gondomar.

Dispõe o Regulamento que este prazo pode ser alterado, a pedido do interessado, ten-

do como fundamento motivos de força maior ou outros que se considerem devidamen-

te justificados.

Nestes casos, deve o interessado enviar requerimento ao Presidente do Conselho de

Administração das Águas de Gondomar, SA, anexando cópia do ofício recebido para

proceder às obras de ligação e efectuar o pagamento aí referido, identificar-se, solici-

tar a prorrogação do prazo para a realização das obras de ligação e para o consequen-

te pagamento, sustentando e justificando fundamentadamente o seu pedido, devendo

aguardar a necessária resposta por parte das Águas de Gondomar.

No caso de prédios em vias de expropriação ou de demolição, devidamente comprova-

dos, poderão ficar isentos da ligação, desde que não estejam em situação de insalubri-

dade pública, assim como os prédios desabitados, em virtude do mau estado de con-

servação ou do estado de ruína.

Manuela Garrido

PUDIM DE PÃO 250g. de pão ( preferência miolo) 300g. de açúcar

4 ovos ½ de leite 1 colher de (sopa) de manteiga Raspa de limão e canela a gosto Tendo o leite a ferver, mistura-se O pão partido em pedacinhos, ( pode-se dar uma volta com a varinha mágica ) para que a mistura fique lisa . Mistura-se o açúcar a raspa do limão A manteiga, a canela com os ovos, mexe-se muito bem. Vai ao forno bem quente em forma untada com man-teiga. Quando desenformar deite um pouco de caramelo do fraco por cima.

Um vídeo difundido pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), mostra a execução de cinco pessoas, no Iraque, e um terrorista a proferir uma ameaça à Península Ibérica. A Península Ibérica jamais será esquecida".

O tempo de misericórdia ou intolerância?

Em todo o mundo católico está a decor-rer, desde o dia 8 de Dezembro até 20 de Novembro de 2016 (Solenidade de Cristo Rei) o Ano Santo da Misericórdia.

Esta iniciativa do Papa Francisco é como que um impulso que O Santo Padre quer por em movimento no sentido de a Igreja no seu todo e em cada um de nós passe a ter um coração terno, carinhoso e hu-mano.

Nesta iniciativa como em todas, há sem-pre o risco de ficarmos num mero ritualis-mo: Peregrinações, cerimónias, pagelas, cartazes, conferências e tantas outras coisas que nos serão oferecidas, com abundância.

Para evitarmos nadar apenas à superfície temos de recomeçar pelo que é mais difí-cil: “transformar os nossos corações de pedra em corações de carne”, como exor-tava o profeta Ezequiel e rezar como re-zava o rei Davide: “criai em mim, Senhor, um coração puro.”

O melhor cartaz para que devemos olhar todos os dias não é de papel. É o rosto de Cristo que olha para nós sempre e em toda a parte. Ele é a misericórdia em pes-soa. Ama-nos tal como somos, com as nossas grandezas e misérias, e a todos dirige este convite: “aprendei de Mim que sou manso e humilde coração.” Interrogo-me muitas vezes, sem me colocar de fora, porque é frequentemente, entre nós cris-tãos, membros da mesma Igreja e da mesma comunidade, há tanto azedume, tanta falta de humanidade, tanta intole-rância. Somos todos diferentes. Mas se não nos

aceitamos uns aos outros tal como somos não há misericórdia que nos valha.

O POVO DE RIO TINTO

NOLITE TIMERE

Ano 39 - N.º 51-2016

Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto

Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto | martinsvidinha@sapo.pt htt www.paroquiariotinto.pt/

29-2-2016

Abismo chama abismo…

Grande parte dos portugueses ainda se

recorda como o aborto foi introduzido em

Portugal.

A Lei começou por ser restritiva. Só em

determinados casos e dentro de determi-

nadas condições. Mas pouco a pouco foi

resvalando para o laxismo e o legislador

foi fechando os olhos.

Atualmente qualquer mulher, jovem ou

adulta, pode solicitar o aborto não só co-

mo meio de evitar uma gravidez que não

quer, mesmo que seja por um capricho e

quantas vezes quiser. Dizia-me há tempos

uma médica que havia bastantes jovens

sobretudo adolescentes, que recorriam ao

aborto, varias vezes, pelas simples razão

de ir sacar o dinheiro a que têm direito à

face da lei vigente.

O aborto tornou-se uma das “indústrias”

mais rendosas do mundo porque há mui-

tas clínicas que vivem praticamente disso.

Mas há mais. Já há quem defenda o

“direito” ao aborto, mesmo aos nove me-

ses.

Há quem não fique por aqui. Um grupo de

advogados ingleses defende que uma cri-

ança só tem direitos a partir do sete anos.

Antes não é ainda uma pessoa. O aborto

não é em primeiro lugar uma questão religi-

osa. A ciência comprova que o fio da vida

começa no momento fecundação.

Agora foi lançada uma discussão pública a

favor da eutanásia direta. Sublinho a pala-

vra direta, isto é, com intenção de matar. A

tática é sempre a mesma. Arranjam-se

umas quantas assinaturas de nomes so-

nantes de várias áreas ideológicas. Esse

leque é alargado a muitas assinaturas. De-

pois leva-se ao Parlamento. Antecipada-

mente já se sabe que a lei vai ser alterada.

Neste caso alega-se o direito a morrer com

dignidade. É o mesmo que dizer neste e

naquele caso pode-se matar a pessoa a, b,

ou c. Mas em que se fundamenta esse di-

reito? Apenas na cabeça de umas tantas

pessoas que se deixaram cegar por certas

ideologias.

Talvez esses mesmos me pusessem em tri-

bunal se eu matasse um cão velho. Nin-

guém será capaz de controlar essa lei. Lo-

go aparecerão os abutres e as clínicas es-

pecializadas em matar “sem dor e por com-

paixão”. Nos bastidores, os herdeiros da

pequena ou grande fortuna darão uma

ajuda.

Não se considera eutanásia desligar a máquina quando não há qualquer

esperança de vida. Equivale à morte natural

PANORAMA QUALIDADE DE VIDA 2

Oposição Procura Alternativas na Venezuela

A oposição venezuelana vai propor uma revisão

constitucional para diminuir o mandato presi-

dencial de seis, para quatro anos. A crise está

em alta, e uma explosão social ou um golpe de

estado, está em vista. A oposição parlamentar

tem a maioria. Porém, as decisões que este par-

lamento determina, são quase sempre chumba-

das pelo presidente Nicolás Maduro, não dei-

xando governar quem deve. O país não conse-

gue pagar a alta dívida à companhia aérea brasi-

leira Gol, pelo que esta deixou de voar para Ca-

racas. Nicolás Maduro ordenou o aumento do

preço da gasolina, contra a vontade do parla-

mento. Enfim, a crise continua.

Morreu Ramon Castro, Irmão de Fidel

O irmão mais velho de Fidel e Raúl Castro, fale-

ceu recentemente em Havana, com 91 anos. O

seu corpo foi cremado, e as cinzas foram trans-

portadas para Birán, local do seu nascimento, tal

como dos seus irmãos. Ramon Castro lutou

contra a ditadura de Fulgêncio Batista e, mais

tarde, desempenhou vários cargos no governo

do seu irmão Fidel.

Estudantes na Dádiva do Sangue

A Federação Académica do Porto conseguiu

812 dadores de sangue, na mais recente colheita,

em finais do passado ano, fazendo um total de

1480 colheitas nas duas ações de 2015. Isto sig-

nifica mais 293 colheitas do que no ano anterior.

Segundo as estatísticas, desde 2012, os alunos

estão cada vez mais interessados em colaborar

na dádiva do sangue, facto que é de louvar, nu-

ma altura em que grande parte da juventude está

mais virada para outras coisas mais supérfluas.

Desporto

O futebol nacional está animado dentro de por-

tas. Porém, a nível internacional, parece não es-

tar muito bem. Pelo menos essas eram as pers-

pectivas que pairavam no fecho desta página.

Aparentemente, ficaremos apenas com dois clu-

bes nas provas europeias. Oxalá estejamos erra-

dos e fiquemos com três ou quatro na fase se-

guinte.

Na I Liga, continuam os três grandes nos três

primeiros lugares, separados por três pontes en-

tre eles. Depois está o Braga a nove pontos.

A média por jogo, dos espetadores nos estádios

dos três grandes na época passada foi a seguinte:

Benfica: 42364 - Sporting : 32259 - Porto :

30640

Fernando Marçal

Viver com Optimismo

Apesar da maioria das pessoas terem uma ati-tude optimista, os portugueses não são conhecidos como tal, a cultura do nosso país não se distingue pelo pensamento positivo. O optimismo significa cos-tume ou sistema de achar que tudo é ou resultará o melhor possível ou confiança no porvir. Está cientifi-camente provado que as pessoas pessimistas têm probabilidades mais fortes de viver deprimentes, com uma saúde mais debilitada visto serem um tipo de pessoas que se desleixam na sua própria saúde. E com isto, influenciar para uma morte precoce. Em contrapartida as pessoas que tem atitudes optimistas levam uma vida mais feliz, mesmo perante as desgraças são pessoas que conseguem rir e encon-trar algo positivo e engraçado. As pessoas optimistas também facilmente conseguem atingir com sucesso os seus sonhos, os seus desejos e objectivos. Ser optimista contribui para viver e combater certas doenças como as doenças oncológicas e ajuda a prevenir problemas cardíacos. As pessoas que ol-ham para o mundo e para o futuro de uma forma positiva envelhecem de uma forma mais agradável sofrendo menos perante as doenças normais à sua idade. Podendo aumentar a esperança média de vida para mais 8 anos.

• Não seja pessimista e negativo, liberte dessas formas de pensar.

• Procure contrariar e deixar de dizer frases co-mo" as coisas nunca vão melhorar" ou "sou um falhado e irei ser sempre"; ''Nada me corre bem tenho tanto azar".

• Não se culpe de tudo o que lhe acontece de mau.

• Não seja catastrófico (pensar e esperar sempre o pior) e extremista (ou é bom ou é mau).

• "Esforça-te e tem bom ânimo ... " Josué 1:6, insista e não desista facilmente.

• Dê valor e desfrute das coisas boas, por mais pequenas que sejam.

• Numa situação difícil, viva e ultrapasse como se fosse um desafio para a sua vida.

• Deixe-se influenciar pelo optimismo dos outros.

Sejam felizes ...

Ana Pereira

Assistente Social

ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA EDUCAÇÃO FÍSICA 3

O Passado, O Presente e O Futuro

Isabel Tracana – Psicóloga

Até à invenção da medição do tempo, as pesso-as viviam na plenitude das suas Vidas. Tudo o que fazi-am era a manifestação da Vida, apenas isso e nada mais. Estavam mais próximas da Natureza e dos seus elementos cons5tuinte vivos. Tal como as árvores, as flores, os animais, os rios, também as pessoas se limi-tavam a ser. Possuíam inteligência necessária para integrarem as aprendizagens decorrentes de aconteci-mentos vividos. Contudo, estas aprendizagens eram facilitadoras, mas não integradores de vida. Deste mo-do todas eram pessoas e não estavam distribuídas em grupos dos que hão-de ser, dos que são e dos que já foram.

Assim que a medição do tempo foi inventada a nossa vida passou a ficar segmentada. Criámos três sacos. No primeiro colocámos tudo o que a nossa me-mória diz estar armazenado e chamamos-lhe Passado. No segundo saco colocámos o nosso Presente que é cons5tuído pelo momento em que estamos. No entan-to, como vivemos na antecipação dos nossos propósi-tos, a nossa atenção desfoca-se do momento em que estamos, acabando o segundo saco por estar sempre vazio. No terceiro saco colocamos o Futuro. São os projetos, os propósitos e as expecta5vas que temos. Geralmente são informes, incaracterís5cos e incons-tantes, nem sabemos bem, pelo que acabam por ser dominados pela insegurança e pelo medo do desco-nhecido.

Deste modo fomos perdendo a capacidade de viver a nossa vida porque deixámos de ser. Hoje passa-mos os dias atrás de um Futuro com muitas sombras escuras e com um sen5mento de frustração por um Passado dececionante. O Presente con5nua vazio por-que está cheio de narra5vas a que chamamos Passado e cheio de medos porque desconhecemos o Futuro.

Posto isto, está na altura de mudarmos e voltar-mos apenas a Ser.

Esvaziemos o saco do Passado das suas narra5-vas retendo somente as aprendizagens facilitadoras. Esqueçamos o Futuro (o que quer que ele seja) para nos concentrarmos a viver o Presente. Viver o presen-te é ter consciência do momento: é agora que sinto frio; é agora que sou feliz; é agora que estou a estudar ou a trabalhar; é neste momento. Para quê preocupar-me com o almoço de amanhã se é agora que estou a comer o almoço de hoje?

CUIDE DA SUA SAÚDE NAS ASAS DA POESIA 4

Entardece.

Na mistura de mim

Chuva, vento e frio.

… Quando Primavera for…

Rita Sá Ferreira

ARTERIOESCLEROSE/ATEROSCLEROSE

COMO PREVENIR

Arteriosclerose é um processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo das paredes das artérias, induzido pelo sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes, fumo de cigarro, aumento do colesterol, dieta e que acompanha o processo natural do envelheci-mento.

Aterosclerose é uma consequência da arteriosclerose própria do envelhecimento natural, mas agravada pelos estilos de vida inadequados e que se manifesta por depó-sitos de gordura, colesterol, ou cálcio em placas dentro das artérias e que leva ao estreitamento das mesmas com diminuição do fluxo de sangue para a região afeta-da. Ora, se o sangue que transporta o oxigénio e outros nutrientes não chega a determinado órgão, pode ocasio-nar problemas sérios como angina de peito/ enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou mesmo a morte.

Doença das artérias coronárias

Esta doença ocorre quando uma placa se desenvolve nas artérias coronárias, que fornecem sangue rico em oxigénio ao coração. Quando isto acontece, pode ocasio-nar dor no peito (angina) ou mesmo enfarte do miocárdio. A doença das artérias coronárias é uma das principais causas de morte.

Doença das artérias carótidas

Esta doença acontece quando uma placa se acumula nas artérias carótidas, diminuindo ou impedindo o fluxo de sangue ao cérebro e podendo ocasionar um acidente vascular cerebral.

Doença arterial periférica

Quando as placas de ateroma se acumulam nas artérias que fornecem o sangue para os membros, principalmente as pernas, reduz o fluxo ou bloqueia mesmo a passagem do sangue levando a sofrimento e em última instância á amputação de parte ou todo o membro.

A aterosclerose é uma doença adquirida, não transmissí-vel, que resulta de estilos de vida desajustados ou inade-quados. Hoje em dia, fruto de uma vida mais agitada e frenética, as pessoas alimentam-se mal e têm estilos de vida mais passivos.

Como prevenir?

Podemos prevenir ou pelo menos atrasar o desenvolvi-mento da aterosclerose, com a prática de estilos de vida saudável em conjunto com cuidados médicos adequados e assim ter uma vida mais longa e saudável.

Evite o sedentarismo, o excesso de peso, o fumo do tabaco, controle a tensão arterial e a diabetes e faça uma alimentação saudá-vel.

*Médico

GABRIELMARCEL (1889-1973)

(PHILIPPE CAPELLE (Cartas a Deus)

5

Para o Serviço do Povo de Deus

O Papa Francisco, ao proclamar o Ano Santo da

Misericórdia anuncia o desejo de ter em cada Dio-cese Missionários da Misericórdia que sejam “um sinal da solicitude materna da Igreja pelo Povo de Deus, para que entre em profundidade na riqueza deste mistério fundamental para a fé” (MV 18). Diz-nos o Papa Francisco na mesma Bula Miseri-cordiae vultus: “Serão sacerdotes a quem darei autoridade de perdoar mesmo os pecados reserva-dos à Sé Apostólica, para que se torne evidente a amplitude do seu mandato. Serão sobretudo sinal vivo de como o Pai acolhe a todos aqueles que andam à procura de perdão”, (MV 18”. Tendo presente a importância e a missão que o Papa Francisco confia aos Missionários da Miseri-córdia e sendo pedido aos Bispos diocesanos que nomeiem um ou dois sacerdotes para as suas dio-ceses, que assumam este múnus, Hei por Bem nomear Missionários da Misericórdia na Diocese do Porto: Cónego Amadeu Ferreira da Silva, Cónego Peni-tenciário e Capelão da Sé Catedral Padre José Alberto Vieira de Magalhães, Reitor da Igreja de Santo António dos Congregados Porto, 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor, de 2016

António Francisco dos Santos

Bispo do Porto

Uma atividade apostólica de terceira classe?

Antes de mais quero registar uma apreciável melhoria na visão do que é o compasso e aquilo que de muito bom

contém ou deve conter. Uma palavra de louvor e apreço para os jovens de ambos os sexos que sem preconceitos

e com a frescura que lhes é própria participam em bom número.

Já lá vai o tempo em que era coisa só de padres e ou de seminaristas disfarçados de padres e depois ainda só de

homens.

Quais são as riquezas apostólicas do Compasso, hoje? São muitas e dificilmente substituíveis:

- A alegria que proporciona a muitas famílias e pessoas que vivem sós, as quais raramente ou nunca vêm à igreja

(sei qur muitas se ausentam mas é ainda apreciável o número das que ficam).

- A mensagem de que Cristo Ressuscitou.

- Um modo de "ir às periferias" em que o Papa tanto insiste.

Todavia, com alguma tristeza o digo, ainda há pessoas que olham para o Compasso com óculos muito embacia-

dos.

Compreendo que o dia de Páscoa é também um dia de familia. Por isso a maior parte das voltas saem apenas de

manhã. No reino de Deus, não há cargos mais importantes que outros, nem categorias sociais. A matemática de

Deus é muito diferente da nossa.

"O que é grande aos olhos dos homens é pequeno aos olhos de Deus" (S. Paulo )

ENTREVISTA Do outro lado … Conceição Gonçalves

6

" dar de comer a quem tem fome"

... A dimensão de serviço é dominante na vidà e um cozinheiro (assim como na de um cristão, que é o

caso). Não necessariamente servir quem tem fome ou quem mais precisa, mas simplesmente servir. Alimentando-nos disso. O cozinheiro sente, naturalmente, prazer em dar aos outros o que procu-ram ... porque a comida é também motivo de encon-tro, e ouve-se dizer muitas vezes que mesa não se envelhece" ...

Vamos juntos

dar de comer a quem tem fome:

- "fome" de encontro

- "fome" de celebração

- "fome" da cultura

- "fome" da memória

- "fome" das emoções

- "fome" de transformação

- "fome" de serviço

- "fome" de GRATUIDADE I. ..

João Lameiras

(Chefe de Cozinha)

encontrei esta foto nos arquivos de emaús;

... encontrei-me a pensar no modo de estar, aprender e sobretudo viver nesta quaresma que nos aproxima da Páscoa, no seu tempo maior de reflexão e en-trega;

... encontro-me a ler 1 livro de vários autores sobre as 14 obras de misericórdia e transcrevo pequenos

SOBRE A MUDANÇA...

«O ponto é que nós não somos coisas com bo-

tões. O ponto é que os corpos pensam e sentem

coisas. E, de vez em quando, os corpos olham se ao

espelho e pensam assim: já não sou capaz. E o já

não é um detalhe sintático. Há uma diferença entre

não ser capaz e já não ser capaz. O já não ser ca-

paz pressupõe uma memória, algo de anterior. Algo

que foi e que deixou de ser. Por isso, é bem compli-

cado, o já não ser capaz de qualquer coisa. Até que

um dia de chuva bem feio e bem frio vem e muda

tudo. Não um daqueles dias em que a vida até nem

parece tão difícil quanto isso, tal é o sol e o azul.

Bem cinzento que era, o tal dia do ajuste de contas.

E acabou por ser como se não tivesse havido inter-

valo nenhum. De vez em quando, temos umas

quantas surpresas reservadas em nós e reabrimos

capítulos que tínhamos como fechados.»

Cristina Barbosa

7 “O Povo de Rio Tinto” 21/02/2016

AUSTERIDADE CONTINUA

MAS COM NOVO ROSTO…

M. Pinto Teixeira*

* Jornalista

e Professor Universitário

1 – Ainda na primeira quinzena de Março deverá ser publicado e entrar em vigor o Orçamento de Estado para o corrente ano. Em circunstâncias normais, este documento, fundamental para a governação do país, é apresentado pelo Governo ao Parlamento até ao dia 15 de Outubro de cada ano, é discutido e votado até ao final de Novembro, sendo depois publicado em Diário da República para entrar em vigor a 1 de Janei-ro. Este ano não aconteceu assim apenas porque as eleições legislativas ocorreram no início de Outubro, e o processo de constituição do novo Governo atrasou todo o calendário orçamental. Nas últimas semanas o país político tem-se agitado em torno deste documento, pois é nele que o Governo consagra as opções que vai seguir quer ao nível da despesa, quer ao nível da receita do Estado. E sabendo-se das promessas eleitorais feitas por António Costa, e bem assim dos compromissos assumidos pelo lí-der socialista com os partidos à sua esquerda para viabilização do Governo no Parlamento, toda a gente aguardava pelas grandes novidades que o orçamento haveria de consagrar. Curiosidade que aumentou ao serem conhecidas as grandes linhas da versão submetida à análise da União Europeia. 2 – Depois de duras negociações em Bruxelas, António Costa foi obrigado a ceder em aspectos fundamen-tais do documento original. Mas ainda assim conseguiu o benefício da dúvida da Comissão Europeia, que acabaria por dar luz verde a uma versão revista, com o compromisso de, se necessário, o Governo intro-duzir ao longo do ano alterações que permitam respeitar as metas orçamentais negociadas com Bruxelas. A maioria dos especialistas, nacionais e internacionais, considera que a execução orçamental não será um exercício fácil para o Governo. Acusa o Governo de demasiado optimismo na versão final, e diz que o mais certo é serem necessárias novas medidas, ou por via de cortes na despesa, ou recorrendo ao aumen-to de impostos. Seja como for – lá para o verão as contas já serão bem mais claras – a verdade é que o Orçamento de Esta-do para 2016 volta a consagrar sérias políticas de austeridade, ainda que, na linguagem oficial do Gover-no de António Costa, esta expressão seja substituída apenas por “orçamento restritivo”. Mas, afinal, em que é que isto se traduz? Simplesmente na continuação da austeridade, mas com rostos diferentes dos do anterior Governo. Enquanto Passos Coelho optou pelo agravamento dos impostos directos, sobretudo sobre os rendimentos das pessoas, António Costa escolheu os impostos indirectos para aliviar a sobrecar-ga dos rendimentos do trabalho. 3 – Onde vai o Governo recolher dinheiro para cumprir algumas das promessas eleitorais e dos acordos que celebrou com os bloquistas e comunistas? Fundamentalmente à estrada. Aumentando os impostos sobre os combustíveis, e vários outros sobre os veículos circulantes. É por isso que, com ironia, os oposito-res ao actual Governo apregoam que Costa optou pelas emboscadas no asfalto, aconselhando os cidadãos a fugir por montes e vales… Para além da estrada, Costa decidiu também apresentar uma factura especial às operações bancárias. Num e noutro caso, claro está, será sempre o cidadão que, no fim da linha, pagará a conta. Mas, temos de convir, de forma bem mais dissimulada. Aqui chegados, sem prejuízo de referir ainda o alargamento da base contributiva para imóveis – é o caso do IMI aplicado aos fundos imobiliários ou até às barragens – podemos dizer que a austeridade de Costa aparece aos olhos dos cidadãos embrulhada em celofane, que é como quem diz, mais agradável no em-brulho global. E em política, tal como na vida, os olhos também comem, e as aparências iludem. Logo, facilmente se compreende que o cidadão anónimo esteja mais suave nas críticas, mais tolerante e até rela-tivamente apaziguado perante as opções orçamentais do Governo PS. Não fora a severidade global dos media, e Costa até poderia gabar-se de passar o rubicão com invejável tranquilidade perante a opinião pública, que não na opinião publicada!

Consultório Jurídico – “O quê de Justiça?” – Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município de Gondomar

O Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município

de Gondomar tem por objecto a definição e o estabelecimento da prestação do serviço

público e o sistema de abastecimento de água, o sistema de drenagem pública e predi-

al de águas residuais, domésticas e industriais em Gondomar.

Ora, estipula o artº 16º do referido Regulamento que, dentro das áreas abrangidas, ou

que venham a sê-lo, pelos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água, ou de Águas

Residuais, os proprietários, usufrutuários, ou aqueles que estejam em legal adminis-

tração dos prédios localizados nas áreas referidas ou em zonas adjacentes aos siste-

mas públicos, são obrigados a instalar Sistemas de Distribuição Predial de Água e de

Águas Residuais, bem como promover a ligação destes aos respectivos Sistemas Públi-

cos, sendo esta obrigatoriedade aplicável a todos os prédios já existentes à data da

instalação do Sistema Público.

Neste momento, encontra-se a empresa Águas de Gondomar, no âmbito da inspecção

das infraestruturas de abastecimento de água e águas residuais, nomeadamente, em

Rio Tinto, a impôr aos proprietários dos respectivos prédios que procedam à ligação à

rede pública de drenagem de águas residuais, no prazo de 30 dias a contar da notifica-

ção recebidas das Águas de Gondomar, nos termos dos nºs 1 e 2 do referido Regula-

mento.

Os proprietários que sejam notificados no âmbito deste normativo legal têm de execu-

tar a obra de ligação à rede pública e, para além disso, de suportar os custos com o

preço da ligação, o ramal e o CRL, a pagar às Águas de Gondomar.

Dispõe o Regulamento que este prazo pode ser alterado, a pedido do interessado, ten-

do como fundamento motivos de força maior ou outros que se considerem devidamen-

te justificados.

Nestes casos, deve o interessado enviar requerimento ao Presidente do Conselho de

Administração das Águas de Gondomar, SA, anexando cópia do ofício recebido para

proceder às obras de ligação e efectuar o pagamento aí referido, identificar-se, solici-

tar a prorrogação do prazo para a realização das obras de ligação e para o consequen-

te pagamento, sustentando e justificando fundamentadamente o seu pedido, devendo

aguardar a necessária resposta por parte das Águas de Gondomar.

No caso de prédios em vias de expropriação ou de demolição, devidamente comprova-

dos, poderão ficar isentos da ligação, desde que não estejam em situação de insalubri-

dade pública, assim como os prédios desabitados, em virtude do mau estado de con-

servação ou do estado de ruína.

Manuela Garrido

PUDIM DE PÃO 250g. de pão ( preferência miolo) 300g. de açúcar

4 ovos ½ de leite 1 colher de (sopa) de manteiga Raspa de limão e canela a gosto Tendo o leite a ferver, mistura-se O pão partido em pedacinhos, ( pode-se dar uma volta com a varinha mágica ) para que a mistura fique lisa . Mistura-se o açúcar a raspa do limão A manteiga, a canela com os ovos, mexe-se muito bem. Vai ao forno bem quente em forma untada com man-teiga. Quando desenformar deite um pouco de caramelo do fraco por cima.

Um vídeo difundido pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), mostra a execução de cinco pessoas, no Iraque, e um terrorista a proferir uma ameaça à Península Ibérica. A Península Ibérica jamais será esquecida".

O tempo de misericórdia ou intolerância?

Em todo o mundo católico está a decor-rer, desde o dia 8 de Dezembro até 20 de Novembro de 2016 (Solenidade de Cristo Rei) o Ano Santo da Misericórdia.

Esta iniciativa do Papa Francisco é como que um impulso que O Santo Padre quer por em movimento no sentido de a Igreja no seu todo e em cada um de nós passe a ter um coração terno, carinhoso e hu-mano.

Nesta iniciativa como em todas, há sem-pre o risco de ficarmos num mero ritualis-mo: Peregrinações, cerimónias, pagelas, cartazes, conferências e tantas outras coisas que nos serão oferecidas, com abundância.

Para evitarmos nadar apenas à superfície temos de recomeçar pelo que é mais difí-cil: “transformar os nossos corações de pedra em corações de carne”, como exor-tava o profeta Ezequiel e rezar como re-zava o rei Davide: “criai em mim, Senhor, um coração puro.”

O melhor cartaz para que devemos olhar todos os dias não é de papel. É o rosto de Cristo que olha para nós sempre e em toda a parte. Ele é a misericórdia em pes-soa. Ama-nos tal como somos, com as nossas grandezas e misérias, e a todos dirige este convite: “aprendei de Mim que sou manso e humilde coração.” Interrogo-me muitas vezes, sem me colocar de fora, porque é frequentemente, entre nós cris-tãos, membros da mesma Igreja e da mesma comunidade, há tanto azedume, tanta falta de humanidade, tanta intole-rância. Somos todos diferentes. Mas se não nos

aceitamos uns aos outros tal como somos não há misericórdia que nos valha.

O POVO DE RIO TINTO

NOLITE TIMERE

Ano 39 - N.º 51-2016

Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto

Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto | martinsvidinha@sapo.pt htt www.paroquiariotinto.pt/

29-2-2016

Abismo chama abismo…

Grande parte dos portugueses ainda se

recorda como o aborto foi introduzido em

Portugal.

A Lei começou por ser restritiva. Só em

determinados casos e dentro de determi-

nadas condições. Mas pouco a pouco foi

resvalando para o laxismo e o legislador

foi fechando os olhos.

Atualmente qualquer mulher, jovem ou

adulta, pode solicitar o aborto não só co-

mo meio de evitar uma gravidez que não

quer, mesmo que seja por um capricho e

quantas vezes quiser. Dizia-me há tempos

uma médica que havia bastantes jovens

sobretudo adolescentes, que recorriam ao

aborto, varias vezes, pelas simples razão

de ir sacar o dinheiro a que têm direito à

face da lei vigente.

O aborto tornou-se uma das “indústrias”

mais rendosas do mundo porque há mui-

tas clínicas que vivem praticamente disso.

Mas há mais. Já há quem defenda o

“direito” ao aborto, mesmo aos nove me-

ses.

Há quem não fique por aqui. Um grupo de

advogados ingleses defende que uma cri-

ança só tem direitos a partir do sete anos.

Antes não é ainda uma pessoa. O aborto

não é em primeiro lugar uma questão religi-

osa. A ciência comprova que o fio da vida

começa no momento fecundação.

Agora foi lançada uma discussão pública a

favor da eutanásia direta. Sublinho a pala-

vra direta, isto é, com intenção de matar. A

tática é sempre a mesma. Arranjam-se

umas quantas assinaturas de nomes so-

nantes de várias áreas ideológicas. Esse

leque é alargado a muitas assinaturas. De-

pois leva-se ao Parlamento. Antecipada-

mente já se sabe que a lei vai ser alterada.

Neste caso alega-se o direito a morrer com

dignidade. É o mesmo que dizer neste e

naquele caso pode-se matar a pessoa a, b,

ou c. Mas em que se fundamenta esse di-

reito? Apenas na cabeça de umas tantas

pessoas que se deixaram cegar por certas

ideologias.

Talvez esses mesmos me pusessem em tri-

bunal se eu matasse um cão velho. Nin-

guém será capaz de controlar essa lei. Lo-

go aparecerão os abutres e as clínicas es-

pecializadas em matar “sem dor e por com-

paixão”. Nos bastidores, os herdeiros da

pequena ou grande fortuna darão uma

ajuda.

Não se considera eutanásia desligar a máquina quando não há qualquer

esperança de vida. Equivale à morte natural

PANORAMA QUALIDADE DE VIDA 2

Oposição Procura Alternativas na Venezuela

A oposição venezuelana vai propor uma revisão

constitucional para diminuir o mandato presi-

dencial de seis, para quatro anos. A crise está

em alta, e uma explosão social ou um golpe de

estado, está em vista. A oposição parlamentar

tem a maioria. Porém, as decisões que este par-

lamento determina, são quase sempre chumba-

das pelo presidente Nicolás Maduro, não dei-

xando governar quem deve. O país não conse-

gue pagar a alta dívida à companhia aérea brasi-

leira Gol, pelo que esta deixou de voar para Ca-

racas. Nicolás Maduro ordenou o aumento do

preço da gasolina, contra a vontade do parla-

mento. Enfim, a crise continua.

Morreu Ramon Castro, Irmão de Fidel

O irmão mais velho de Fidel e Raúl Castro, fale-

ceu recentemente em Havana, com 91 anos. O

seu corpo foi cremado, e as cinzas foram trans-

portadas para Birán, local do seu nascimento, tal

como dos seus irmãos. Ramon Castro lutou

contra a ditadura de Fulgêncio Batista e, mais

tarde, desempenhou vários cargos no governo

do seu irmão Fidel.

Estudantes na Dádiva do Sangue

A Federação Académica do Porto conseguiu

812 dadores de sangue, na mais recente colheita,

em finais do passado ano, fazendo um total de

1480 colheitas nas duas ações de 2015. Isto sig-

nifica mais 293 colheitas do que no ano anterior.

Segundo as estatísticas, desde 2012, os alunos

estão cada vez mais interessados em colaborar

na dádiva do sangue, facto que é de louvar, nu-

ma altura em que grande parte da juventude está

mais virada para outras coisas mais supérfluas.

Desporto

O futebol nacional está animado dentro de por-

tas. Porém, a nível internacional, parece não es-

tar muito bem. Pelo menos essas eram as pers-

pectivas que pairavam no fecho desta página.

Aparentemente, ficaremos apenas com dois clu-

bes nas provas europeias. Oxalá estejamos erra-

dos e fiquemos com três ou quatro na fase se-

guinte.

Na I Liga, continuam os três grandes nos três

primeiros lugares, separados por três pontes en-

tre eles. Depois está o Braga a nove pontos.

A média por jogo, dos espetadores nos estádios

dos três grandes na época passada foi a seguinte:

Benfica: 42364 - Sporting : 32259 - Porto :

30640

Fernando Marçal

Viver com Optimismo

Apesar da maioria das pessoas terem uma ati-tude optimista, os portugueses não são conhecidos como tal, a cultura do nosso país não se distingue pelo pensamento positivo. O optimismo significa cos-tume ou sistema de achar que tudo é ou resultará o melhor possível ou confiança no porvir. Está cientifi-camente provado que as pessoas pessimistas têm probabilidades mais fortes de viver deprimentes, com uma saúde mais debilitada visto serem um tipo de pessoas que se desleixam na sua própria saúde. E com isto, influenciar para uma morte precoce. Em contrapartida as pessoas que tem atitudes optimistas levam uma vida mais feliz, mesmo perante as desgraças são pessoas que conseguem rir e encon-trar algo positivo e engraçado. As pessoas optimistas também facilmente conseguem atingir com sucesso os seus sonhos, os seus desejos e objectivos. Ser optimista contribui para viver e combater certas doenças como as doenças oncológicas e ajuda a prevenir problemas cardíacos. As pessoas que ol-ham para o mundo e para o futuro de uma forma positiva envelhecem de uma forma mais agradável sofrendo menos perante as doenças normais à sua idade. Podendo aumentar a esperança média de vida para mais 8 anos.

• Não seja pessimista e negativo, liberte dessas formas de pensar.

• Procure contrariar e deixar de dizer frases co-mo" as coisas nunca vão melhorar" ou "sou um falhado e irei ser sempre"; ''Nada me corre bem tenho tanto azar".

• Não se culpe de tudo o que lhe acontece de mau.

• Não seja catastrófico (pensar e esperar sempre o pior) e extremista (ou é bom ou é mau).

• "Esforça-te e tem bom ânimo ... " Josué 1:6, insista e não desista facilmente.

• Dê valor e desfrute das coisas boas, por mais pequenas que sejam.

• Numa situação difícil, viva e ultrapasse como se fosse um desafio para a sua vida.

• Deixe-se influenciar pelo optimismo dos outros.

Sejam felizes ...

Ana Pereira

Assistente Social

ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA EDUCAÇÃO FÍSICA 3

O Passado, O Presente e O Futuro

Isabel Tracana – Psicóloga

Até à invenção da medição do tempo, as pesso-as viviam na plenitude das suas Vidas. Tudo o que fazi-am era a manifestação da Vida, apenas isso e nada mais. Estavam mais próximas da Natureza e dos seus elementos cons5tuinte vivos. Tal como as árvores, as flores, os animais, os rios, também as pessoas se limi-tavam a ser. Possuíam inteligência necessária para integrarem as aprendizagens decorrentes de aconteci-mentos vividos. Contudo, estas aprendizagens eram facilitadoras, mas não integradores de vida. Deste mo-do todas eram pessoas e não estavam distribuídas em grupos dos que hão-de ser, dos que são e dos que já foram.

Assim que a medição do tempo foi inventada a nossa vida passou a ficar segmentada. Criámos três sacos. No primeiro colocámos tudo o que a nossa me-mória diz estar armazenado e chamamos-lhe Passado. No segundo saco colocámos o nosso Presente que é cons5tuído pelo momento em que estamos. No entan-to, como vivemos na antecipação dos nossos propósi-tos, a nossa atenção desfoca-se do momento em que estamos, acabando o segundo saco por estar sempre vazio. No terceiro saco colocamos o Futuro. São os projetos, os propósitos e as expecta5vas que temos. Geralmente são informes, incaracterís5cos e incons-tantes, nem sabemos bem, pelo que acabam por ser dominados pela insegurança e pelo medo do desco-nhecido.

Deste modo fomos perdendo a capacidade de viver a nossa vida porque deixámos de ser. Hoje passa-mos os dias atrás de um Futuro com muitas sombras escuras e com um sen5mento de frustração por um Passado dececionante. O Presente con5nua vazio por-que está cheio de narra5vas a que chamamos Passado e cheio de medos porque desconhecemos o Futuro.

Posto isto, está na altura de mudarmos e voltar-mos apenas a Ser.

Esvaziemos o saco do Passado das suas narra5-vas retendo somente as aprendizagens facilitadoras. Esqueçamos o Futuro (o que quer que ele seja) para nos concentrarmos a viver o Presente. Viver o presen-te é ter consciência do momento: é agora que sinto frio; é agora que sou feliz; é agora que estou a estudar ou a trabalhar; é neste momento. Para quê preocupar-me com o almoço de amanhã se é agora que estou a comer o almoço de hoje?

CUIDE DA SUA SAÚDE NAS ASAS DA POESIA 4

Entardece.

Na mistura de mim

Chuva, vento e frio.

… Quando Primavera for…

Rita Sá Ferreira

ARTERIOESCLEROSE/ATEROSCLEROSE

COMO PREVENIR

Arteriosclerose é um processo de endurecimento, perda de elasticidade e espessamento progressivo das paredes das artérias, induzido pelo sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes, fumo de cigarro, aumento do colesterol, dieta e que acompanha o processo natural do envelheci-mento.

Aterosclerose é uma consequência da arteriosclerose própria do envelhecimento natural, mas agravada pelos estilos de vida inadequados e que se manifesta por depó-sitos de gordura, colesterol, ou cálcio em placas dentro das artérias e que leva ao estreitamento das mesmas com diminuição do fluxo de sangue para a região afeta-da. Ora, se o sangue que transporta o oxigénio e outros nutrientes não chega a determinado órgão, pode ocasio-nar problemas sérios como angina de peito/ enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou mesmo a morte.

Doença das artérias coronárias

Esta doença ocorre quando uma placa se desenvolve nas artérias coronárias, que fornecem sangue rico em oxigénio ao coração. Quando isto acontece, pode ocasio-nar dor no peito (angina) ou mesmo enfarte do miocárdio. A doença das artérias coronárias é uma das principais causas de morte.

Doença das artérias carótidas

Esta doença acontece quando uma placa se acumula nas artérias carótidas, diminuindo ou impedindo o fluxo de sangue ao cérebro e podendo ocasionar um acidente vascular cerebral.

Doença arterial periférica

Quando as placas de ateroma se acumulam nas artérias que fornecem o sangue para os membros, principalmente as pernas, reduz o fluxo ou bloqueia mesmo a passagem do sangue levando a sofrimento e em última instância á amputação de parte ou todo o membro.

A aterosclerose é uma doença adquirida, não transmissí-vel, que resulta de estilos de vida desajustados ou inade-quados. Hoje em dia, fruto de uma vida mais agitada e frenética, as pessoas alimentam-se mal e têm estilos de vida mais passivos.

Como prevenir?

Podemos prevenir ou pelo menos atrasar o desenvolvi-mento da aterosclerose, com a prática de estilos de vida saudável em conjunto com cuidados médicos adequados e assim ter uma vida mais longa e saudável.

Evite o sedentarismo, o excesso de peso, o fumo do tabaco, controle a tensão arterial e a diabetes e faça uma alimentação saudá-vel.

*Médico

GABRIELMARCEL (1889-1973)

(PHILIPPE CAPELLE (Cartas a Deus)

5

Para o Serviço do Povo de Deus

O Papa Francisco, ao proclamar o Ano Santo da

Misericórdia anuncia o desejo de ter em cada Dio-cese Missionários da Misericórdia que sejam “um sinal da solicitude materna da Igreja pelo Povo de Deus, para que entre em profundidade na riqueza deste mistério fundamental para a fé” (MV 18). Diz-nos o Papa Francisco na mesma Bula Miseri-cordiae vultus: “Serão sacerdotes a quem darei autoridade de perdoar mesmo os pecados reserva-dos à Sé Apostólica, para que se torne evidente a amplitude do seu mandato. Serão sobretudo sinal vivo de como o Pai acolhe a todos aqueles que andam à procura de perdão”, (MV 18”. Tendo presente a importância e a missão que o Papa Francisco confia aos Missionários da Miseri-córdia e sendo pedido aos Bispos diocesanos que nomeiem um ou dois sacerdotes para as suas dio-ceses, que assumam este múnus, Hei por Bem nomear Missionários da Misericórdia na Diocese do Porto: Cónego Amadeu Ferreira da Silva, Cónego Peni-tenciário e Capelão da Sé Catedral Padre José Alberto Vieira de Magalhães, Reitor da Igreja de Santo António dos Congregados Porto, 2 de fevereiro, Festa da Apresentação do Senhor, de 2016

António Francisco dos Santos

Bispo do Porto

Uma atividade apostólica de terceira classe?

Antes de mais quero registar uma apreciável melhoria na visão do que é o compasso e aquilo que de muito bom

contém ou deve conter. Uma palavra de louvor e apreço para os jovens de ambos os sexos que sem preconceitos

e com a frescura que lhes é própria participam em bom número.

Já lá vai o tempo em que era coisa só de padres e ou de seminaristas disfarçados de padres e depois ainda só de

homens.

Quais são as riquezas apostólicas do Compasso, hoje? São muitas e dificilmente substituíveis:

- A alegria que proporciona a muitas famílias e pessoas que vivem sós, as quais raramente ou nunca vêm à igreja

(sei qur muitas se ausentam mas é ainda apreciável o número das que ficam).

- A mensagem de que Cristo Ressuscitou.

- Um modo de "ir às periferias" em que o Papa tanto insiste.

Todavia, com alguma tristeza o digo, ainda há pessoas que olham para o Compasso com óculos muito embacia-

dos.

Compreendo que o dia de Páscoa é também um dia de familia. Por isso a maior parte das voltas saem apenas de

manhã. No reino de Deus, não há cargos mais importantes que outros, nem categorias sociais. A matemática de

Deus é muito diferente da nossa.

"O que é grande aos olhos dos homens é pequeno aos olhos de Deus" (S. Paulo )

ENTREVISTA Do outro lado … Conceição Gonçalves

6

" dar de comer a quem tem fome"

... A dimensão de serviço é dominante na vidà e um cozinheiro (assim como na de um cristão, que é o

caso). Não necessariamente servir quem tem fome ou quem mais precisa, mas simplesmente servir. Alimentando-nos disso. O cozinheiro sente, naturalmente, prazer em dar aos outros o que procu-ram ... porque a comida é também motivo de encon-tro, e ouve-se dizer muitas vezes que mesa não se envelhece" ...

Vamos juntos

dar de comer a quem tem fome:

- "fome" de encontro

- "fome" de celebração

- "fome" da cultura

- "fome" da memória

- "fome" das emoções

- "fome" de transformação

- "fome" de serviço

- "fome" de GRATUIDADE I. ..

João Lameiras

(Chefe de Cozinha)

encontrei esta foto nos arquivos de emaús;

... encontrei-me a pensar no modo de estar, aprender e sobretudo viver nesta quaresma que nos aproxima da Páscoa, no seu tempo maior de reflexão e en-trega;

... encontro-me a ler 1 livro de vários autores sobre as 14 obras de misericórdia e transcrevo pequenos

SOBRE A MUDANÇA...

«O ponto é que nós não somos coisas com bo-

tões. O ponto é que os corpos pensam e sentem

coisas. E, de vez em quando, os corpos olham se ao

espelho e pensam assim: já não sou capaz. E o já

não é um detalhe sintático. Há uma diferença entre

não ser capaz e já não ser capaz. O já não ser ca-

paz pressupõe uma memória, algo de anterior. Algo

que foi e que deixou de ser. Por isso, é bem compli-

cado, o já não ser capaz de qualquer coisa. Até que

um dia de chuva bem feio e bem frio vem e muda

tudo. Não um daqueles dias em que a vida até nem

parece tão difícil quanto isso, tal é o sol e o azul.

Bem cinzento que era, o tal dia do ajuste de contas.

E acabou por ser como se não tivesse havido inter-

valo nenhum. De vez em quando, temos umas

quantas surpresas reservadas em nós e reabrimos

capítulos que tínhamos como fechados.»

Cristina Barbosa

7 “O Povo de Rio Tinto” 21/02/2016

AUSTERIDADE CONTINUA

MAS COM NOVO ROSTO…

M. Pinto Teixeira*

* Jornalista

e Professor Universitário

1 – Ainda na primeira quinzena de Março deverá ser publicado e entrar em vigor o Orçamento de Estado para o corrente ano. Em circunstâncias normais, este documento, fundamental para a governação do país, é apresentado pelo Governo ao Parlamento até ao dia 15 de Outubro de cada ano, é discutido e votado até ao final de Novembro, sendo depois publicado em Diário da República para entrar em vigor a 1 de Janei-ro. Este ano não aconteceu assim apenas porque as eleições legislativas ocorreram no início de Outubro, e o processo de constituição do novo Governo atrasou todo o calendário orçamental. Nas últimas semanas o país político tem-se agitado em torno deste documento, pois é nele que o Governo consagra as opções que vai seguir quer ao nível da despesa, quer ao nível da receita do Estado. E sabendo-se das promessas eleitorais feitas por António Costa, e bem assim dos compromissos assumidos pelo lí-der socialista com os partidos à sua esquerda para viabilização do Governo no Parlamento, toda a gente aguardava pelas grandes novidades que o orçamento haveria de consagrar. Curiosidade que aumentou ao serem conhecidas as grandes linhas da versão submetida à análise da União Europeia. 2 – Depois de duras negociações em Bruxelas, António Costa foi obrigado a ceder em aspectos fundamen-tais do documento original. Mas ainda assim conseguiu o benefício da dúvida da Comissão Europeia, que acabaria por dar luz verde a uma versão revista, com o compromisso de, se necessário, o Governo intro-duzir ao longo do ano alterações que permitam respeitar as metas orçamentais negociadas com Bruxelas. A maioria dos especialistas, nacionais e internacionais, considera que a execução orçamental não será um exercício fácil para o Governo. Acusa o Governo de demasiado optimismo na versão final, e diz que o mais certo é serem necessárias novas medidas, ou por via de cortes na despesa, ou recorrendo ao aumen-to de impostos. Seja como for – lá para o verão as contas já serão bem mais claras – a verdade é que o Orçamento de Esta-do para 2016 volta a consagrar sérias políticas de austeridade, ainda que, na linguagem oficial do Gover-no de António Costa, esta expressão seja substituída apenas por “orçamento restritivo”. Mas, afinal, em que é que isto se traduz? Simplesmente na continuação da austeridade, mas com rostos diferentes dos do anterior Governo. Enquanto Passos Coelho optou pelo agravamento dos impostos directos, sobretudo sobre os rendimentos das pessoas, António Costa escolheu os impostos indirectos para aliviar a sobrecar-ga dos rendimentos do trabalho. 3 – Onde vai o Governo recolher dinheiro para cumprir algumas das promessas eleitorais e dos acordos que celebrou com os bloquistas e comunistas? Fundamentalmente à estrada. Aumentando os impostos sobre os combustíveis, e vários outros sobre os veículos circulantes. É por isso que, com ironia, os oposito-res ao actual Governo apregoam que Costa optou pelas emboscadas no asfalto, aconselhando os cidadãos a fugir por montes e vales… Para além da estrada, Costa decidiu também apresentar uma factura especial às operações bancárias. Num e noutro caso, claro está, será sempre o cidadão que, no fim da linha, pagará a conta. Mas, temos de convir, de forma bem mais dissimulada. Aqui chegados, sem prejuízo de referir ainda o alargamento da base contributiva para imóveis – é o caso do IMI aplicado aos fundos imobiliários ou até às barragens – podemos dizer que a austeridade de Costa aparece aos olhos dos cidadãos embrulhada em celofane, que é como quem diz, mais agradável no em-brulho global. E em política, tal como na vida, os olhos também comem, e as aparências iludem. Logo, facilmente se compreende que o cidadão anónimo esteja mais suave nas críticas, mais tolerante e até rela-tivamente apaziguado perante as opções orçamentais do Governo PS. Não fora a severidade global dos media, e Costa até poderia gabar-se de passar o rubicão com invejável tranquilidade perante a opinião pública, que não na opinião publicada!

Consultório Jurídico – “O quê de Justiça?” – Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município de Gondomar

O Regulamento de Distribuição de Águas e Drenagem de Águas Residuais do Município

de Gondomar tem por objecto a definição e o estabelecimento da prestação do serviço

público e o sistema de abastecimento de água, o sistema de drenagem pública e predi-

al de águas residuais, domésticas e industriais em Gondomar.

Ora, estipula o artº 16º do referido Regulamento que, dentro das áreas abrangidas, ou

que venham a sê-lo, pelos Sistemas Públicos de Abastecimento de Água, ou de Águas

Residuais, os proprietários, usufrutuários, ou aqueles que estejam em legal adminis-

tração dos prédios localizados nas áreas referidas ou em zonas adjacentes aos siste-

mas públicos, são obrigados a instalar Sistemas de Distribuição Predial de Água e de

Águas Residuais, bem como promover a ligação destes aos respectivos Sistemas Públi-

cos, sendo esta obrigatoriedade aplicável a todos os prédios já existentes à data da

instalação do Sistema Público.

Neste momento, encontra-se a empresa Águas de Gondomar, no âmbito da inspecção

das infraestruturas de abastecimento de água e águas residuais, nomeadamente, em

Rio Tinto, a impôr aos proprietários dos respectivos prédios que procedam à ligação à

rede pública de drenagem de águas residuais, no prazo de 30 dias a contar da notifica-

ção recebidas das Águas de Gondomar, nos termos dos nºs 1 e 2 do referido Regula-

mento.

Os proprietários que sejam notificados no âmbito deste normativo legal têm de execu-

tar a obra de ligação à rede pública e, para além disso, de suportar os custos com o

preço da ligação, o ramal e o CRL, a pagar às Águas de Gondomar.

Dispõe o Regulamento que este prazo pode ser alterado, a pedido do interessado, ten-

do como fundamento motivos de força maior ou outros que se considerem devidamen-

te justificados.

Nestes casos, deve o interessado enviar requerimento ao Presidente do Conselho de

Administração das Águas de Gondomar, SA, anexando cópia do ofício recebido para

proceder às obras de ligação e efectuar o pagamento aí referido, identificar-se, solici-

tar a prorrogação do prazo para a realização das obras de ligação e para o consequen-

te pagamento, sustentando e justificando fundamentadamente o seu pedido, devendo

aguardar a necessária resposta por parte das Águas de Gondomar.

No caso de prédios em vias de expropriação ou de demolição, devidamente comprova-

dos, poderão ficar isentos da ligação, desde que não estejam em situação de insalubri-

dade pública, assim como os prédios desabitados, em virtude do mau estado de con-

servação ou do estado de ruína.

Manuela Garrido

PUDIM DE PÃO 250g. de pão ( preferência miolo) 300g. de açúcar

4 ovos ½ de leite 1 colher de (sopa) de manteiga Raspa de limão e canela a gosto Tendo o leite a ferver, mistura-se O pão partido em pedacinhos, ( pode-se dar uma volta com a varinha mágica ) para que a mistura fique lisa . Mistura-se o açúcar a raspa do limão A manteiga, a canela com os ovos, mexe-se muito bem. Vai ao forno bem quente em forma untada com man-teiga. Quando desenformar deite um pouco de caramelo do fraco por cima.

Um vídeo difundido pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI), mostra a execução de cinco pessoas, no Iraque, e um terrorista a proferir uma ameaça à Península Ibérica. A Península Ibérica jamais será esquecida".

O tempo de misericórdia ou intolerância?

Em todo o mundo católico está a decor-rer, desde o dia 8 de Dezembro até 20 de Novembro de 2016 (Solenidade de Cristo Rei) o Ano Santo da Misericórdia.

Esta iniciativa do Papa Francisco é como que um impulso que O Santo Padre quer por em movimento no sentido de a Igreja no seu todo e em cada um de nós passe a ter um coração terno, carinhoso e hu-mano.

Nesta iniciativa como em todas, há sem-pre o risco de ficarmos num mero ritualis-mo: Peregrinações, cerimónias, pagelas, cartazes, conferências e tantas outras coisas que nos serão oferecidas, com abundância.

Para evitarmos nadar apenas à superfície temos de recomeçar pelo que é mais difí-cil: “transformar os nossos corações de pedra em corações de carne”, como exor-tava o profeta Ezequiel e rezar como re-zava o rei Davide: “criai em mim, Senhor, um coração puro.”

O melhor cartaz para que devemos olhar todos os dias não é de papel. É o rosto de Cristo que olha para nós sempre e em toda a parte. Ele é a misericórdia em pes-soa. Ama-nos tal como somos, com as nossas grandezas e misérias, e a todos dirige este convite: “aprendei de Mim que sou manso e humilde coração.” Interrogo-me muitas vezes, sem me colocar de fora, porque é frequentemente, entre nós cris-tãos, membros da mesma Igreja e da mesma comunidade, há tanto azedume, tanta falta de humanidade, tanta intole-rância. Somos todos diferentes. Mas se não nos

aceitamos uns aos outros tal como somos não há misericórdia que nos valha.