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O POVO DE RIO TINTO Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto | [email protected] |http://www.paroquiariotinto.pt/ NOLITE TIMERE Julho/Agosto A esquina do orador Há uns anos um padre Jesuíta francês escreveu um grosso volume intitulado “O Drama do Humanismo Ateu”. Esse livro levou um certo tempo a digerir, mas valeu a pena, como exercício de reflexão, como modo de fundamentar em rocha firma a minha fé. Como sabem os leitores, agora está na moda, os intelectuais ou tidos como tais afirma- rem publicamente sobretudo na televisão que não são crentes, que não são católicos, antes pelo contrário afir- mam-se ateus, agnósticos ou então que acreditam em algo que tanto poderá chamar-se Deus, o rejoloeiro da grande máquina do Universo. E o mais curioso é que avançam logo com esta lenga - lenga, jogando á defesa, sem que que ninguém lhes tenha feito tal pergunta. A este propósito vem-me á mente um pequeno episódio ocorrido na “esquina do orador”, no mais que célebre Hy- de Park em Londres. Nessa esquina qualquer “orador” tem a liberdade de tomar a palavra, dissertando, sobre qualquer tema dizendo o que quiser e como quiser mesmo que seja contra a rainha que mora ali perto. Quase sempre tem auditório quando não seja por curiosidade. Um dia, um desses originais oradores passou largo tempo a tentar demonstrar que Deus não existe. Esgotados os argumentos, alguém se aproximou e disse- lhe: “Dou-lhe os meus parabéns, porque o senhor falou muito bem de Deus”. “Como ?” - retorquiu. É que ninguém ataca um morto com tanta veemência como o senhor acabou de fazer. A muitas pessoas dos tempos actuais apetece-me dizer algo de parecido. Se Deus não existe, porque se preocu- pam tanto com ele? “Requiescat in pace” (descanse em “ O século de Deus” é outro título dado á estampa, escrito há pouco, por um autor americano não católico. Já no século xx, um grande teólogo havia escrito: « O sé- culo XXI, ou será religioso ou não será”. Sabemos que muitas pessoas argumentam que a ciência um dia explicará tudo. Mesmo que isso fosse verdade, pelo menos, no que diz respeito ao cristianismo, este não seria afectado. Porque está para além de toda a ciência. Além disso o campo da ciência é infinito. O que o homem sabe é apenas uma gotinha. A Igreja Católica não tem nem nunca terá “medo da ciência”. Por detrás de mais uma porta da ciência que se abre, como escreveu Pio XII, é mais uma forma de Deus se revelar. Quando afirmamos que o homem é um animal religioso, estamos a referir-nos a um eclectismo, isto é aquela teoria que afirma que todas as religiões têm o mesmo valor. A Igreja Católica não vai por aí. Para terminar gostaria de lembrar que também em Portu- gal não faltam “esquinas de oradores”. Não é preciso ir a Londres.

O POVO DE RIO TINTO - paroquiariotinto.pt · Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio ... na rua, no jardim, onde quer que se encontre. ... Maria Adelaide dos Santos da Silva Teixeira –

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O POVO DE RIO TINTO Publicação Mensal| Paroquia de Rio Tinto

Rua da Lourinha, 33 4435-308 Rio Tinto | [email protected] |http://www.paroquiariotinto.pt/

NOLITE TIMERE

Julho/Agosto

A esquina do orador

Há uns anos um padre Jesuíta francês escreveu um grosso

volume intitulado “O Drama do Humanismo Ateu”. Esse

livro levou um certo tempo a digerir, mas valeu a pena,

como exercício de reflexão, como modo de fundamentar

em rocha firma a minha fé. Como sabem os leitores, agora

está na moda, os intelectuais ou tidos como tais afirma-

rem publicamente sobretudo na televisão que não são

crentes, que não são católicos, antes pelo contrário afir-

mam-se ateus, agnósticos ou então que acreditam em

algo que tanto poderá chamar-se Deus, o rejoloeiro da

grande máquina do Universo.

E o mais curioso é que avançam logo com esta lenga -

lenga, jogando á defesa, sem que que ninguém lhes tenha

feito tal pergunta.

A este propósito vem-me á mente um pequeno episódio

ocorrido na “esquina do orador”, no mais que célebre Hy-

de Park em Londres.

Nessa esquina qualquer “orador” tem a liberdade de tomar

a palavra, dissertando, sobre qualquer tema dizendo o que

quiser e como quiser mesmo que seja contra a rainha que

mora ali perto. Quase sempre tem auditório quando não

seja por curiosidade.

Um dia, um desses originais oradores passou largo tempo

a tentar demonstrar que Deus não existe.

Esgotados os argumentos, alguém se aproximou e disse-

lhe:

“Dou-lhe os meus parabéns, porque o senhor falou muito

bem de Deus”. “Como ?” - retorquiu. É que ninguém ataca

um morto com tanta veemência como o senhor acabou de

fazer.

A muitas pessoas dos tempos actuais apetece-me dizer

algo de parecido. Se Deus não existe, porque se preocu-

pam tanto com ele? “Requiescat in pace” (descanse em

“ O século de Deus” é outro título dado á estampa, escrito

há pouco, por um autor americano não católico.

Já no século xx, um grande teólogo havia escrito: « O sé-

culo XXI, ou será religioso ou não será”.

Sabemos que muitas pessoas argumentam que a ciência

um dia explicará tudo. Mesmo que isso fosse verdade, pelo

menos, no que diz respeito ao cristianismo, este não seria

afectado. Porque está para além de toda a ciência. Além

disso o campo da ciência é infinito. O que o homem sabe é

apenas uma gotinha. A Igreja Católica não tem nem nunca

terá “medo da ciência”. Por detrás de mais uma porta da

ciência que se abre, como escreveu Pio XII, é mais uma

forma de Deus se revelar.

Quando afirmamos que o homem é um animal religioso,

estamos a referir-nos a um eclectismo, isto é aquela teoria

que afirma que todas as religiões têm o mesmo valor. A

Igreja Católica não vai por aí.

Para terminar gostaria de lembrar que também em Portu-

gal não faltam “esquinas de oradores”. Não é preciso ir a

Londres.

P

A

N

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R

A

M

A

PANORAMA 2 

Programa Integrado de Policiamento de Proximidade Todos temos, homens e mulheres, não importando a idade, direito à segurança e a uma vida tranquila. A Polícia de Segurança Pública trabalha para que, também, os mais velhos vivam esse direito. O desenvolvimento da actividade Policial tão perto quanto possível das populações, a visibilidade das forças de segurança e a sua efectiva capacidade para resolver os problemas concretos dos cidadãos, corresponde ao que hoje se designa por Policiamento de Proximidade. No âmbito deste princípio, o Programa Integrado de Policiamento de Proximidade cria as condições de segu-rança a que tem direito - na sua casa, na rua, no jardim, onde quer que se encontre. O PEPP (Programa Integrado de Policiamento de Proximidade) é uma iniciativa que visa: Garantir as condições de segurança e a tranquilidade dos designados grupos de risco, nos quais se enqua-dram as pessoas idosas; Promover o conhecimento do trabalho da PSP junto desta população; Ajudar a prevenir e a evitar situações de risco. Através do reforço de policiamento dos locais públicos mais frequentados pelos idosos; Da criação de uma rede de contactos directos e imediatos entre os idosos e a PSP, em caso de necessidade; Instalação de telefones nas residências das pessoas que vivem mais isoladas e com menores defesas; Colaboração com outras entidades que prestam apoio à 3a Idade. Neste sentido, a equipa do Programa Integrado De Policiamento de Proximidade da Esquadra da PSP de Rio Tinto, tem colaborado de forma constante e activa com a equipa técnica e respectivos utentes do Centro So-cial da Paróquia de Rio Tinto. Esta articulação institucional tem impulsionado uma crescente aproximação dos Agentes da PSP com a popu-lação idosa. Ao longo dos últimos anos têm sido efectuadas, na nossa instituição, várias acções de sensibilização sobre segurança, promovendo, desta forma, um contacto mais directo com a população idosa, prevenindo situações de risco que possam colocar em questão a segurança do idoso em sua casa e na rua, e ao mesmo tempo desmistificar o papel da Policia de Segurança Pública com os mais idosos. A segurança começa em cada um de nós! Informe-se junto dos Agentes da Esquadra da PSP de Rio Tinto como pode colaborar e beneficiar deste pro-grama.

Ana Pereira Assistente Social

Médico* 

Silva Pinto * 

NAS ASAS DA POESIA

Selecção de Rita Sá Ferreira

Desenhar uma flor

Pede-se a uma criança: Desenha uma flor! Dá-se-lhe papel e lápis. A criança vai sentar-se no outro canto da sala onde não há mais ninguém. Passado algum tempo o papel está cheio de linhas. Umas numa direcção, ou-tras noutras; umas mais carregadas, outras mais leves; umas mais fáceis, outras mais custosas.

A criança quis tanta força em certas linhas que o papel quase não resistiu. Outras eram tão delicadas que ape-nas o peso do lápis já era demais. Depois a criança vem mostrar essas linhas às pessoas: Uma flor! As pessoas não acham parecidas estas linhas com as de uma flor! Contudo a palavra flor andou por dentro da criança, da cabeça para o coração e do coração para a cabeça, à procura das linhas com que se faz uma flor, e a criança pôs no papel algumas dessas linhas, ou to-das. Talvez as tivesse posto fora dos seus lugares, mas, são aquelas as linhas com que Deus faz uma flor!

Almada Negreiros, in “O Regresso ou o Homem Senta-do – III parte”

VIDA CRISTÃ 5 

Novos filhos de Deus ( DE - O1 a 30 junho ) Pedro José Machado Magno Rita Rocha Branco Leonor Oliveira de Melo Maria Leonor Guimarães Seca Lara Maria Xavier Fortes Beatriz Sousa Vieira Miguel Ângelo Pereira Cardoso Mafalda Inês Pereira Sousa Afonso de Martins Jesus Rita Lara Sousa de Pina Miguel Morais Monteiro Carolina Magalhães Januário Manuel Rocha da Silva Miguel Santos Barroso Lisandro Filipe Mateus Pimenta Mariana Filipa Rodrigues Saldanha Carolina dos Santos Bernardo Guilherme Marinho de Azevedo Gustavo Marinho de Azevedo Miguel Silva Moutinho Rodrigo Magalhães soares Leonardo Soares Gomes Nelson Gonçalves Moreira Filipa Alexandra Loureiro Martins Julia Félix Oliveira Barbosa Leonor Bernardo Barbosa Jorge Miguel da Silva Amaro Rafael Amaro Lage Beatriz Rodrigues Fonseca Gabriela Azevedo Lopes Ferreira Gonçalo Ribeiro Dantas Inês Ribeiro Dantas Rafaela da Silva Meireles Bruno Gandarela Domingues Leandro Jesus Ribeiro Afonso Maria Martins Tavares de Oliveira Macedo Lara Rafaela Pereira Lopo Lucas Manuel Pinto Dinis Maria Leonor Oliveira Alcoforado Mota João Pedro Santos Guimarães ( DE - 01 a 21 de Julho ) Ian Duarte Dias da Costa Peixoto Moreira Maria Cardoso Pereira Mafalda Correia Gandra Gonçalo Pedro Moreira Rafaela Alexandra Vieira Pereira Luana Sofia Telha Ribeiro Soares

 Gabriela Castro Carvalho Vale Rodrigo Ferreira de Oliveira Maria Clara Ferreira Baptista Ricardo Junior Carvalho Oliveira Nuno Miguel da Silva Santos Julia Neves Rodrigues Matos Pinheiro Gabriel Filipe Pedroso Bonifácio Ariana Alfama Jesus Carolina Ferraz da Silva Gomes Gonçalo Gabriel Pinheiro Guedes Inês Isabel Ramalho da Silva PARTIRAM PARA O PAI ( durante o mês de Junho ) Ramiro Nogueira da Cruz – de 74 anos Fernando conde Bento – de 77 anos Silvina Ferreira Moutinho – de 86 anos Manuel Ponto do Rego – de 87 anos Rosa Correia de Oliveira – de 77 anos Fernando Alberto Alves da Silva – de 64 anos António Ferreira Teles – de 51 anos Donzilia Guiomar Vieira da Silva – de 84 anos José de matos Duarte Maia – de 64 anos Albina Ferreira Neves Casal – de 84 anos Alda Pereira Fernandes – de 70 anos Fernando Joaquim da Silva Alves – de 62 anos Silvina Adelaide Sousa – de 75 anos Domingos Martins de Oliveira – de 77 anos ( entre os dias 01 e 14 de julho ) Marco Paulo Sousa Guiar – de 32 anos Ernesto da silva – de 80 anos Maria Petronila correia de Magalhães – de 92 anos Maria Cândida Soares de Almeida – de 78 anos Jaime Ribeiro Gonçalves Martins – de 71 anos Maria da Conceição malheiro – de 90 anos José Pinto Cardoso – de 74 anos Ana Lopes de Carvalho – de 83 anos Joaquim da Silva – de 89 anos Maria Adelaide dos Santos da Silva Teixeira – de 68 anos Mário José Rodrigues – de 92 anos

Novos Lares (Durante o mê de junho)  Filipe Miguel Areosa Nogueira Ana Filipa Neves Baía  José Miguel de Melo Neves Sónia Cris na Andrade Oliveira  Pedro Nuno Mesquita Macedo Tânia Alexandra Ribeiro Polónia  Rogério José de Sousa Marques Moura Andreia Patricia Alves Machado  José Luis da Mota Gonçalves Maria Manuela Carvalho Bo ca  Ricardo Tomé Gomes Guimarães Carla Daniela Almeida dos santos   (Entre o dia 05 a 21 de Julho )  Bruno Pereira Ana Nogueira  Pedro Filipe Ribeiro da Silva Tânia Isabel Ramos da Silva  Telmo Manuel Santos Oliveira Tânia Filipa Novais Ferreira  Luis Alberto Marques dos Anjos Ana Margarida Torres Simões Redondo  Fernando Luis Alvarenga Figueiredo de Almeida Maria João Camelo de Barros  Igor José Cachado Silva da Cunha Cá a Andreia pires Soares Pinto 

CATEQUESE FAMILIAR   O obje vo da Catequese Familiar é caminhar junto com as famílias, tendo em vista o crescimento de todos os seus membros na fé. “A família é o lugar primário de educação, e espaço privilegiado para a educação na fé e iniciação religiosa dos filhos. Também a história e a experiência parecem confirmá‐lo: a família é o espaço por excelência onde têm  lugar a primeira socialização religiosa e os passos fundamentais da iniciação na vida cristã.” (Emílio Alberich Sotomayor) Realizar uma catequese que envolva toda a família do catequisando é um sonho an go de muitas comunidades, e em par cular da nos‐sa Paróquia. Por Que Envolver As Famílias? 1. Porque a catequese precisa das famílias. A família é a primeira e grande catequista. Os exemplos e testemunhos dados pelos pais, avós,  irmãos e outros familiares que vivem diariamente com a criança são mais importantes na catequese infan l do que vários anos de catequese comunitária. Se a família viver na fé, na esperança e no amor, tudo se encaminha... 2. Porque as famílias precisam da catequese. Com o desemprego, a violência, a perda das raízes culturais e o rela vismo do nosso tempo, muitas famílias estão desestruturadas. Não dão apoio suficiente aos membros mais fracos: as crianças, os idosos e os doentes.  A catequese ajuda as famílias a reverterem essa situação a par r da fé no Deus da Vida. 3. Porque famílias de Fé geram pessoas livres. A pessoa desagregada da família torna‐se alvo fácil da escravidão da vida moderna, do consumismo, dos ídolos e do dinheiro. Promo‐vendo a união nas famílias pela catequese, ajudamos as pessoas a serem mais fortes e independentes diante das pressões da sociedade. Quem tem Fé na vida assume responsabilidades e riscos, sem se deixar dominar pelo medo. 4. Porque a catequese exige inculturação. A catequese vai ser realmente inculturada quando entrar no dia‐a‐dia do catequisando. Percebemos esse dia‐a‐dia no contacto com as famílias, com os seus sonhos e problemas.   No contexto deste Ano da Fé, toda a comunidade Paroquial de Rio Tinto é desafiada a envolver‐se e a desenvolver este projeto da Cate‐quese Familiar e Intergeracional, no sen do de “sermos um em Cristo Jesus” e viver mais em comum‐unidade.                                                                                                                                                                                                             SPEC/ Paula Rocha 

6  ENTREVISTA  (Do outro lado)  Conceição Gonçalves 

BOLO DE ÁGUA 

Ingredientes: 

4 ovos 

200g. de fainha 

8 colheres de água ( de sopa ) 

1 colher de chá de fermento. 

 

As claras em nuvem, bater as gemas 

com o açúcar. Depois de bem ba do 

juntam a farinha bate‐se bem. Mis‐

tura‐se a água, volta‐se a bater bem 

ba do, junta‐se‐lhe as claras e volta‐

se a bater. 

Vai ao forno numa forma untada 

com manteiga. 

Gólria Branco 

Consultório Jurídico – “O quê de Jus ça?” – O aumento das rendas habitacionais face à revisão do regime do arrenda‐mento urbano ‐ NRAU  A Lei 31/2012, de 14 de agosto procedeu à revisão do regime do arrendamento urbano, nomeadamente no que respeita à atualização das rendas. Assim sendo, a transição para o Novo Regime do Arrendamento Urbano e a atualização da renda dependem da inicia va do senhorio, que deve comunicar a sua intenção ao arrendatário (“inquilino”), indicando, por carta registada com aviso de re‐ceção, qual o valor que propõe para a nova renda, bem como o  po e duração do contrato propostos, o valor do  imóvel arrendado nos termos do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis e que consta da caderneta predial e deve enviar có‐pia da caderneta predial.  O inquilino tem 30 dias, a contar da receção daquela carta, para responder ao senhorio e pode optar por uma das 3 solu‐ções seguintes: ou aceita a nova renda proposta pelo senhorio, ou opõe‐se à nova renda e propõe um novo valor ou denun‐cia o contrato de arrendamento. Na primeira e na segunda hipótese deve também pronunciar‐se sobre a forma e duração do contrato de arrendamento proposto pelo senhorio. Se for o caso, o inquilino, na sua resposta, deve também invocar a sua situação par cular, nomeadamente, no que respeita ao Rendimento anual bruto corrigido (RABC) do seu agregado familiar inferior a 5 remunerações mínimas nacionais anuais (RMNA)  e/ou  idade  igual  ou  inferior  a  65  anos  ou  deficiência  com  grau  comprovado  de  incapacidade  superior  a  60% (devendo juntar prova das circunstâncias que alega. Se invocar incapacidade financeira para pagar a renda pedida pelo senhorio, face ao seu rendimento anual bruto corrigido, deve acompanhar a sua resposta com documento comprova vo do seu RABC, emi do pelo respe vo serviço de finanças. Se ainda não  ver o documento anexa à resposta a enviar ao senhorio prova de que já o requereu e tem o prazo de 15 dias para o apresentar após o mesmo lhe ser entregue pelo serviço de finanças competente.  Se o inquilino não responder, presume‐se que aceita a renda proposta pelo senhorio, bem como o  po e duração do con‐trato proposto pelo senhorio, ficando o contrato subme do ao Novo Regime do Arrendamento Urbano a par r do 1º dia do 2º mês seguinte ao da receção, pelo inquilino, da carta do senhorio, ou do termo do prazo aí fixado.  Se o senhorio não aceitar a renda proposta pelo inquilino, pode, no prazo de 30 dias a contar da receção da comunicação do inquilino, denunciar o contrato ou atualizar a renda com base nos critérios previstos nas alíneas a) e b) do nº 2 do artº 35º da Lei 6/2006, de 27 de fevereiro, alterada pela Lei 31/2012, de 14 de agosto, considerando‐se o contrato celebrado com prazo certo, pelo período de cinco anos a contar da referida comunicação.                                                                                                                                                                                                             Manuela Garrido 

“Todas as vidas têm dificuldades, diferentes mas iguais. 

A maior ou menor felicidade não resulta desses obstácu‐

los, mas da forma como reagimos, de como os encara‐

mos e do que fazemos para lidar com eles no sen do de 

os ultrapassar”. 

(Maria Vítor Campos, in O Cancro é uma Nova Oportunidade de Vida) 

Oralmente Juiz:  

— A senhora vai ter de responder 

a todas as perguntas oralmente. 

Percebido?  

Testemunha:  

— Oralmente.  

Juiz:  

— Onde estava no dia cinco às 

nove da noite?  

Testemunha:  

— Oralmente. 

***** 

Aviso Prévio  

Um homem foi encontrado esten‐

dido numa valeta e conduzido de 

urgência para o hospital. Na sala 

de operações, um interno desa‐

botoava‐lhe o casaco, a fim de o 

preparar para a intervenção, 

quando descobriu a seguinte no‐

ta, presa ao forro: «A todos os 

membros da classe médica: estou 

simplesmente embriagado; dei‐

xem‐me dormir; não tentem ex‐

trair‐me o apêndice, já mo  ra‐

ram duas vezes.»