Upload
sarah-mendes
View
13
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Empresa junior
Citation preview
Equipe de Fomento e Orientação
Gestão 2011-II
O Processo de Criação de uma
Empresa Júnior
ÍNDICE
Interesse..................................................................................................... 3
Formação do grupo..................................................................................... 4
Primeiros Passos........................................................................................ 4
Definição de cargos.......................................................................... 4
Benchmarketing................................................................................ 5
Razão Social.................................................................................... 6
Estatuto............................................................................................ 6
Ferramentas de divulgação.............................................................. 7
Assembléia Geral........................................................................................ 7
Legislação da empresa............................................................................... 8
Registro do Estatuto......................................................................... 8
CNPJ................................................................................................ 9
Alvará de Licença............................................................................. 9
Interesse
O processo de criação de uma Empresa Junior (EJ) começa do interesse de
algumas partes. Em varias Instituições de Ensino Superior (IES) hoje no Brasil,
existem Empresas Juniores, mas alguns cursos ainda não possuem esta ferramenta
de desenvolvimento de seus estudantes. Normalmente estudantes buscam essa
oportunidade como forma de diferenciar seu perfil no mercado de trabalho e
aprender, ainda durante a graduação, como lidar e gerenciar desafios diários de
uma empresa real. De acordo com o Conceito Nacional de Empresa Juniores
(CNEJ), todos os cursos de graduação podem possuir uma empresa Junior, seja de
forma isolado, constituída de apenas um curso, ou em conjunto, quando vários
cursos se unem para criação e manutenção da empresa Junior. Na ultima, o
aprendizado multidisciplinar é mais amplo do que o isolado, e isso, fornece um leque
maior de informações trocadas entre os empresários juniores.
Os cursos com interesse em possuir uma EJ vinculada a eles devem iniciar
um processo de abertura e fundação, explicado mais adiante, que necessitará da
ajuda da equipe em si bem unida e determinada. Como dito anteriormente, a
iniciativa para criação de uma empresa Junior pode vir de um grupo de estudantes,
de professores e técnicos vinculados ao departamento ou de ambas as partes.
Quando o grupo de interesse define pela criação e recebe aval do
departamento ao qual o curso de graduação está vinculado, varias etapas deverão
ser seguidas até a final criação e fundação da empresa. Primeiramente então, é
necessário o aval do departamento, antes de iniciar qualquer outra etapa. Para isso,
quando o grupo de interesse for composto apenas por estudantes, é interessante
que os mesmos se organizem e procurem os professores, como forma de divulgar a
idéia. Para isso pode ser utilizada uma reunião do colegiado, onde possivelmente
todos os professores vinculados ao departamento estão presentes. Nesta
apresentação ou conversa formal, os estudantes interessados devem frisar a
importância de uma empresa Junior e dentro do departamento, principalmente como
forma de proporcional aos seus estudantes o contato com a realidade de uma
empresa, preparando-os dessa forma, melhor para o mercado de trabalho, além de
proporcionar aos estudantes o contato com a pratica que, infelizmente, não é tão
trabalhada nos cursos de graduação hoje no Brasil.
Os estudantes interessados deverão estar organizados e definirem
corretamente as ações a serem tomadas, desde este começo, para que professores
não sejam esquecidos e questões não sejam trabalhadas de forma errada ou
diferente de professor para professor. É necessário também que os estudantes
consigam apoio total de alguns professores, para que estes possam auxiliá-los nas
próximas etapas do processo, podendo vir a serem, possivelmente, os
coordenadores e/ou responsáveis pela empresa Junior após sua fundação.
No caso de a idéia inicial ter partido de um grupo de professores, ou de um
grupo de professores em conjunto com os estudantes este processo de contato e
divulgação inicial da idéia se torna mais fácil e rápido, mas a mesma apresentação
deve ser feita para que todos os professores tenham conhecimento do processo que
está por vir.
Formação do grupo
Agora sim, após o aval e consentimento do departamento ao qual a futura
nova EJ estará vinculada deve-se iniciar as etapas do processo de criação em si.
Recomenda-se que o grupo que executará as atividades necessárias para fundação
da EJ deve ser composto por seis estudantes, pois este é o numero normal de
diretorias dentro de uma empresa Junior. Acredita-se que muitas pessoas
envolvidas neste inicio dispensariam muito as informações e retardaria o processo.
A divisão de tarefas pode ser feita utilizando uma planilha simples do Excel,
onde serão descritas, em uma lista, as atividades a serem feitas, os responsáveis
pela execução desta atividade, o prazo limite e a situação em que esta atividade se
encontra, se já foi concluída, se esta pendente ou em andamento. Esta planilha
poderá ser disponibilizada pêra o grupo envolvido, incluindo estudantes e
professores, através do Google Docs, uma ferramenta muito útil e que permite o
acompanhamento e monitoramento das atividades por todos.
Primeiros passos
As principais atividades a serem desenvolvidas serão descritas a seguir, em
tópicos, com uma breve descrição de como executar cada uma delas, bem como o
tempo médio gasto para tal. A ordem de execução destas atividades não altera o
andamento do processo. Aquelas que devem ser realizadas antes de outras serão
detalhadas desta maneira.
1. Definição dos cargos de cada estudante envolvido na comissão de fundação:
Esta definição de cargos antes de qualquer outro passo inicial é importante
pois ajudará no direcionamento das próximas atividades entre os estudantes
envolvidos, de acordo com as características inerentes a cada cargo. A maioria das
EJs se organizam internamente respeitando as seguintes diretorias: diretoria de
projetos, diretoria de Marketing, diretoria administrativo financeiro ou jurídico
financeiro e gestão de pessoas ou recursos humanos, sendo que existem outras,
como por exemplo, a diretoria de qualidade, diretoria de relações públicas e é claro,
a presidência. Normalmente as diretorias são formadas por um diretor, conselheiros,
gerentes, assessores e trainees, que trabalham juntamente com o diretor presidente,
o qual tem a função principal a coordenação geral das atividades da EJ.
A definição dos cargos deve ser feita em reunião da comissão de estudantes
que pretendem criar a EJ, buscando associar o perfil e característica de cada
pessoa com as Diretorias em questão. Recomenda-se que, caso o numero de
envolvidos não seja suficiente para a criação de gerencias, estas sejam definidas a
partir de um processo seletivo, que deverá ocorrer após a fundação e estruturação
interna da EJ.
2. Procurar outras EJ’s para realização de Benchmarketing:
Benchmarketing é um processo de comparação de desempenho entre dois ou
mais sistemas ou modos como determinadas atividades são realizadas. É a busca
das melhores praticas, nos mais diversos setores, de modo a adaptá-las para a
realidade, visando sempre o melhor desempenho. Segundo o Guia PMBOK®, “o
benchmarking envolve a comparação de práticas de projeto reais ou planejadas às
de outros projetos para gerar idéias de melhoria e para fornecer uma base pela qual
deve ser medido o desempenho. Esses outros projetos podem estar dentro da
organização executora ou fora dela, e podem estar dentro da mesma ou em outra
área de aplicação”. A utilização desta ferramenta, é fundamental, pois possibilita aos
estudantes interessados um contato com processos e ferramentas fundamentais no
dia a dia de uma EJ e que muitas vezes ainda não são conhecidas. Além disso, o
Benchmarketing quando realizado com EJ’s de áreas afins possibilita a gestão do
conhecimento no que diz respeito aos documentos básicos que serão necessários
no inicio deste processo, como por exemplo o estatuto, e também, o portfólio da
empresa, que devem ser trabalhado desde o inicio para que os próprios
interessados busquem cada vez mais conhecimento e ferramentas de maneira
direcionada, otimizando o tempo e melhorando o desempenho do trabalho como um
todo.
O processo de utilização do benchmarketing e contatos com outras EJ’s,
núcleos e federações deve ser constante durante todo o processo de criação e
fundação da EJ, devendo o mesmo ser mantido ao longo de toda existência da
empresa Junior, pois esta troca de experiências possibilita crescimento e
desenvolvimento para a empresa e seus membros como um todo.
3. Definição da Razão Social da Empresa:
A Razão Social de uma empresa é o nome devidamente registrado sob o qual
uma pessoa jurídica se individualiza e exerce suas atividades. É definido com base
na característica do empreendimento, podendo ser definido em uma reunião da
comissão dos estudantes que irão compor a Diretoria Executiva da nova EJ.
Além da Razão Social, a comissão deverá criar também um Nome Fantasia,
que será aquele mais utilizado para exposição ao publico, sejam eles seus clientes,
alunos, professores e demais interessados.
Antes da confirmação da Razão Social e do Nome Fantasia é necessário
realizar uma busca prévia do nome que tem por finalidade detectar a existência ou
não de empresa juniores com nomes idênticos, pois só com a Certidão de Busca
Previa do nome é possível proceder o registro da razão Social e do Nome fantasia.
A busca prévia deverá ser realizada no cartório de Registro Civil das Pessoas
Jurídicas.
4. Elaboração do Estatuto da Empresa:
O estatuto é o documento que rege o funcionamento geral da empresa. É o
documento que dá as características da Empresa Junior, definindo suas atividades e
finalidades, direitos e deveres dos membros, tempo de duração, eleições,
organograma, entre outros. O Estatuto das Empresa Juniores é baseado no modelo
de estatuto para associações sem fins lucrativos. Para definição do Estatuto da
empresa Junior a ser fundada é interessante, dentro da sugestão da realização do
Benchmarketing, que estatutos de diversas empresas sejam lidos e considerados
como base para criação do próprio estatuto da nova EJ. Esta pode ser uma das
etapas mais demoradas dentro de todos estes processos, exige cuidado, atenção e
dedicação por parte dos envolvidos na sua estruturação, uma vez este documento
deverá ser aprovado posteriormente em Assembléia geral dos estudantes do curso e
ele quem traz as diretrizes e definições da empresa Júnior.
5. Ferramentas de divulgação da EJ:
É interessante que sejam utilizadas durante este processo de criação da EJ, e
também após a sua federação, ferramentas que facilitem a comunicação interna do
grupo. Para isso uma dica é que os envolvidos utilizem de sistemas de fóruns on-
line, onde é possível compartilhar idéias, sugestões e atividades de maneiras rápida
e segura, uma vez que os fóruns são acessados somente pelos estudantes
registrados. O fórum pode também ser utilizado para arquivar documentos
importantes e descrições das atividades realizadas pelos membros, bem como
também, gerenciar projetos em andamento, realizar “Brainstorm” e comunicação
interna, servindo dessa maneira como ótima ferramenta para gestão do
conhecimento da empresa. Além disso, é valido que uma divulgação da futura nova
EJ junto ao público aconteça, seja através de sites de relacionamento como
Facebook, Twitter e Blogs ou através da criação de um site para a empresa.
Uma dica interessante! Para chamar a atenção dos estudantes do curso ao
qual a EJ estará vinculada e demais EJ’s já existentes, é interessante que seja
realizada uma votação on-line para definição da logomarca da empresa. Uma opção
é abrir edital para logomarcas sejam criadas e enviadas até um determinado prazo,
como base no nome fantasia da EJ, e que após a definição dos concorrentes, uma
votação para escolha do melhor acontecerá. Dessa maneira a EJ já vai criando sua
identidade e mostrando sua cara para o publico ao qual estará envolvida
diretamente.
Assembléia Geral
A Assembléia geral deverá ser realizada para aprovação da criação da nova
Empresa Junior, para aprovação da primeira Diretoria e votação do Estatuto. Deverá
ser convocada com um prazo considerável de antecedência e ser direcionada a
todos os alunos, professores, técnicos e servidores do departamento do curso ao
qual a EJ estará vinculada.
A Assembléia deverá ser iniciada com a apresentação da proposta da criação
da empresa Junior, quais estudantes e professores que estão diretamente
envolvidos. Deverá ser realizada uma apresentação de cada estudante envolvido e
seu novo cargo, acontecendo logo após uma votação para aprovação da nova
Diretoria Executiva. Além disso, os professores envolvidos na coordenação e
orientação da nova empresa Junior deverão ser apresentados e aprovados durante
esta Assembléia Geral.
Deve-se prosseguir a Assembléia Geral com a apresentação do Estatuto e
sua posterior votação para aprovação. A Ata da Assembléia deverá ser redigida de
maneira corrida, com as assinaturas e CPF dos presentes em anexo. Juntamente
com a assinatura de quem lavrou a Ata e do novo Presidente da empresa deverão
vir logo após o final da Ata. Este padrão deverá ser seguido para posterior registro
da Ata em cartório.
Caso a empresa Junior a ser criada seja formada por mais de um curso de
graduação, a Assembléia deverá ocorrer da mesma maneira, mas a convocação dos
estudantes deverá ser feita dentro dos dois cursos, podendo, para maior efetividade
e rapidez do processo, serem realizadas duas ou mais Assembléia, sendo uma para
cada curso envolvido.
Observação: Após a Assembléia, alguns procedimentos internos à IES
(instituição de ensino superior) podem ser necessários. Isso varia de região para
região e também de instituição para instituição. Nesta hora é aconselhável que
sugiram aos estudantes envolvidos na criação da EJ que procurem saber a respeito
disso e casso tenham duvidas, que fiquem a vontade para nos procurar para
quaisquer esclarecimento. Depois de cumpridas as etapas que dizem respeito a IES,
a EJ tem que se legalizar.
Legalização da empresa
Existem algumas etapas crucias para legalização da nova empresa, e que
sem as quais não é possível realizar serviços ou projetos de consultoria.
1. Passo: Registro do estatuto
O primeiro passo agora é registrar o estatuto da empresa em um cartório, pois
somente com o estatuto e a Ata de fundação em mãos é possível conseguirmos os
outros documentos.
Para registro do estatuto é necessário que a pessoa determinada para tal,
normalmente o Diretor Administrativo/Juridico-Financeiro, se dirija a um Cartório de
Títulos e Documentos e das Pessoas Jurídicas, devido ao caráter de Associação
Civil sem fins lucrativos da Empresa Junior, com posse do estatuto, da Ata de
Fundação e Eleição da Diretoria, bem como dos anexos com as assinaturas e CPF’s
dos presentes na Assembléia.
O estatuto deverá vir assinado, pelo Diretor Presidente, como firma
reconhecida, logo após a ultima palavra do documento. Por ser o primeiro estatuto
da empresa, este documento deverá vir com a assinatura e o numero da OAB de um
advogado, e também deverá conter a qualificação completa de todos os membros
da diretoria, com firma reconhecida, incluindo nome, RG, CPF, nacionalidade,
estado civil, endereço e profissão, além, das assinaturas de todos. Estes dados vêm
descritos ao término do documento.
Além disso, para registro do estatuto em cartório é necessário um oficio
solicitando o registro do estatuto, feito pelo Diretor Presidente da empresa ao
Cartório de Títulos e Documentos e das Pessoas Jurídicas.
Observação: Todos os documentos a serem apresentados ao Cartório
deverão ser entregues em duas vias.
2. Passo: Pedido do CNPJ
Com o estatuto e a Ata de fundação registradas em mãos é possível dar
entrada ao pedido de CNPJ para a nova empresa Junior. De acordo o Conceito
Nacional de Empresa Junior, a empresa deve constituir-se como associação civil,
pessoa jurídica de poder privado, e cadastrar-se junto ao Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ), que é um numero único que identifica uma pessoa jurídica
junto a Receita Federal Brasileira, e que possibilita a elaboração de contratos e a
capacidade de processar ou ser processada. Além disso, a EJ deve ter o seu CNPJ
próprio, ou seja, está vedado o uso compartilhado do registro com outras empresa,
faculdades, entidades ou instituições que já possuam seu próprio cadastro.
Para adquirirem o CNPJ da nova empresa é necessário possuir em mãos os
seguintes documentos:
Ficha de cadastro de pessoa jurídica, que pode ser adquirida n site da
Receita Federal, através do seguinte endereço http://www.receita.fazenda.gov.br;
Cópia do estatuto autenticado pelo cartório;
Cópia da Ata de fundação, cópia do CPF, do RG e do comprovante de
residência de todos os membros que compõem a Diretoria Executiva da nova
empresa.
Os documentos para registro do CNPJ deverão ser entregues para um
contador, caso na região da EJ não tenham agencias da Receita federal. O contador
será responsável por realizar o cadastro e demais funções no decorrer da existência
da empresa, por isso é importante que o contador contratado seja de confiança e
desempenhe sua função com qualidade.
3. Passo: Alvará de Licença
Outro documento importante para adquirir o pleno direito de funcionamento é
o Alvará de Licença. Normalmente as empresas possuem sede junto ao
departamento ao qual está vinculada ou em outro prédio da Instituição de Ensino
Superior que fazem parte. Neste caso, possivelmente, já existirá um alvará para o
local da sede, que deverá ser solicitado com os representantes legais da instituição.
Caso contrario os membros deverão adquirir o alvará junto à prefeitura da cidade.
Para obtenção do alvará é necessário apresentar os seguintes documentos:
Cópia do estatuto;
Cópia do cartão do CNPJ (provisório);
Cópia do Contrato de Comodato.
Este contrato de comodato deve ser firmado entre a IES e a Empresa Júnior,
na figura de dois representantes legais, um ara cada parte envolvida. O contrato
deve ser feito para consolidar a parceria firmada entre a instituição e a EJ sobre a
aquisição de um local para a sede da empresa.
Dependendo da região onde a nova empresa júnior se encontra, outros
documentos podem ser requisitados, tanto para o Alvará de Licença quanto para
aquisição da CNPJ. Cabe os membros envolvidos procurar sempre o máximo de
orientação e instrução possível, para que nenhuma etapa seja esquecida ou feita de
maneira errada, despendendo mais tempo e esforços gastos para consertar
possíveis erros.
Respeitando a seqüência de atividades apresentada, o processo de fundação
e criação da nova Empresa Júnior está finalizado. Agora, o trabalho em equipe, o
compromisso e a dedicação dos membros PE que levará a nova EJ a um nível de
excelência e qualidade de produtos finais, ou seja, de consultorias. Desejamos
sucesso a todos, e que aproveitem essa grande oportunidade de crescimento
pessoal e profissional no processo de graduação.
Paula Maria Quaglio Bellozi
Gerente de Operações – FEJEMG 2011
André Luiz Marques Muniz
Gilmar de Oliveira Filho
Pablo Pinheiro de Oliveira
Teófilo Coelho de Godoi
Assessores de Fomento e Orientação – FEJEMG 2011