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O PROFESSOR PEDAGOGO COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM
Marli Julieta de Oliveira Mattos Martins 1
Edmilson Lenardão 2
RESUMO
Este trabalho tem a finalidade de apresentar os estudos realizados sob a perspectiva do Professor Pedagogo como mediador no processo de ensino e aprendizagem. O estudo fundamentou-se com base na Legislação Brasileira e Diretrizes Pedagógicas do Estado do Paraná, retratando os momentos históricos que marcaram o perfil deste profissional. Nesta abordagem busca-se com o coletivo da escola discutir o papel do professor pedagogo na sistematização das ações, na organização do trabalho pedagógico e suas especificidades, tendo como objetivo promover momentos de reflexão sobre a atuação do professor pedagogo na intervenção da prática pedagógica, diante da efetivação do processo de ensino e aprendizagem e a concretização do conhecimento. A partir das considerações apresentadas mostrar os desafios enfrentados pelo professor pedagogo na prática. Nesse sentido, a problemática aponta para as diversidades das funções que são atribuídas ao pedagogo no contexto educacional. A proposta apresenta resultados da pesquisa realizada no Colégio Estadual Altair Mongruel Ensino Fundamental, Médio e Normal, Ortigueira, com Pedagogos e Professores, desenvolvida em forma de Grupo de Estudos e Grupo de Trabalho em Rede – GTR Curso a Distância. Apresentando diferentes etapas: leituras, reflexões, palestras e construção de estratégias pedagógicas, pautadas na função do professor pedagogo e o reconhecimento do seu legítimo papel.
Palavras-chave: Pedagogo, Trabalho Pedagógico, Ensino e Aprendizagem
1 - INTRODUÇÃO
Este estudo visa abrir novas possibilidades para a atuação do Professor
Pedagogo. Pauta-se no papel do pedagogo como mediador no processo de ensino e
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
aprendizagem na escola. Assim, abordaremos a função deste profissional na
sistematização das ações e organização do trabalho pedagógico.
Esse trabalho tem o propósito de retomar a reflexão sobre a forma como o
professor pedagogo pode contextualizar as teorias pedagógicas e conhecimentos
para a efetivação de sua prática na escola, conforme requer as atribuições deste
profissional.
No decorrer da história Educacional Brasileira, o Pedagogo apresenta-se
como um profissional que, desde o princípio da sua profissão, até os momentos
atuais, sofre uma descaracterização, visto que não conquistou identidade e espaço
próprios.
Vivemos hoje diante de uma Política Educacional que tem como pressuposto
a valorização do Professor Pedagogo, mas na prática se revela o fato de que não
são oferecidas condições para que ela seja efetivada.
Atribui-se ao Professor Pedagogo, o papel de construir e desencadear ações
políticas pedagógicas a fim de estabelecer entre os envolvidos a renovação e a
melhoria do processo de ensino e aprendizagem, cuja finalidade é a formação do
aluno.
Partindo do pressuposto de que o fenômeno pedagógico é o centro do
trabalho do professor pedagogo e compreende todas as atividades teórico-práticas
desenvolvidas no processo educativo escolar é emergencial enfrentar os desafios e
assumir nosso verdadeiro papel.
Buscam-se os desafios ao pedagogo como articulador e mediador no
processo de ensino e aprendizagem e aos docentes o desafio do acompanhamento
de uma prática pedagógica direcionada à emancipação do aluno, proporcionando o
acesso aos conhecimentos teóricos relevantes para sua formação e inserção no
mundo.
A partir destes desafios, faz-se necessário implementar um amplo processo
de sensibilização, conscientização e formação continuada que contemple a
valorização e responsabilidade de todos no processo educacional.
Evidencia-se durante os cursos de formação continuada que se faça uma
reflexão mais profunda sobre a atuação do professor pedagogo como mediador no
processo de ensino e aprendizagem, cujo papel é de suma importância para a
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
equipe pedagógica, tendo como compromisso a orientação e apoio aos professores,
norteando seu trabalho em direção de um ambiente decisório coletivo.
Segundo LIBÂNEO:
A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdo, métodos, técnicas, normas de organização da classe), na analise e compreensão das situações de ensino como base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas ao conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula. (LIBÂNEO, 1996, p.127).
A partir das considerações citadas, ressaltamos as reflexões da prática
pedagógica e do papel do professor pedagogo na escola, objetivando a viabilização
e articulação no processo de ensino e aprendizagem, com a finalidade de subsidiar
o trabalho coletivo, possibilitando à escola melhor compreensão de sua função e a
eventual necessidade de mudança em suas práticas.
2 - DESENVOLVIMENTO
Considerando as situações educacionais ocorridas em cada momento
histórico o Profissional Pedagogo destacou-se, conforme mencionado nas leis de
diretrizes e bases da educação nacional.
De acordo com a Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB), destaca normas para a formação
do Orientador Educacional em seus artigos:
Art. 62. A formação do orientador de educação será feita em cursos especiais que atendam às condições do grau do tipo de ensino e do meio social a que se destinam.
Art. 63. Nas faculdades de filosofia será criado, para a formação de orientadores de educação do ensino médio, curso especial a que terão acesso os licenciados em pedagogia, filosofia, psicologia ou ciências sociais, bem como os diplomados em Educação Física pelas Escolas Superiores de Educação Física e os inspetores federais de ensino, todos com estágio mínimo de três anos no magistério.
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
Art. 64. Os orientadores de educação do ensino primário serão formados nos institutos de educação em curso especial a que terão acesso os diplomados em escolas normais de grau colegial e em institutos de educação, com estágio mínimo de três anos no magistério primário.
A partir de 1962 ocorreram mudanças e persistiram até 1969, o Curso de
Pedagogia foi reorganizado, instituindo-se as habilitações de acordo com a Lei
5.540/68.
A Lei da Reforma Universitária n.º 5.540, de 1968, facultava à graduação em Pedagogia, a oferta de habilitações: Supervisão, Orientação, Administração e Inspeção Educacional, assim como outras especialidades necessárias ao desenvolvimento nacional e às peculiaridades do mercado de trabalho (CEE, parecer 576/07).
Em 1969, o Parecer C.F.E. n.º 252, e a Resolução C.F.E. n.º 2, que dispunham sobre a organização e o funcionamento do curso de Pedagogia, indicavam como finalidade do curso preparar profissionais da educação assegurando possibilidade de obtenção do título de especialista, mediante complementação de estudos (CEE, parecer 576/07).
A Resolução C.F.E. n.º 2/1969 determinava que a formação de professores para o ensino normal e de especialistas para as atividades de orientação, administração, supervisão e inspeção, fosse feita no curso de graduação em Pedagogia, de que resultava o grau de licenciado[...](CEE, parecer 576/07).
A Lei 5692/71, de 11 de agosto de 1971, “Fixa Diretrizes e Bases para o
ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências”. Destacando em seu Artigo 33, “A
formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores, supervisores e
demais especialistas de educação será feita em curso superior de graduação, com
duração plena ou curta, ou de pós-graduação”.
Conforme Retrospecto Histórico do Curso de Pedagogia mencionado no
parecer 576/07:
Enfatiza-se ainda que grande parte dos cursos de Pedagogia tenha como objetivo central a formação de profissionais capazes de exercer a docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nas disciplinas pedagógicas para a formação de professores em nível médio, assim como para a participação e organização no planejamento, gestão e avaliação de estabelecimentos de ensino, de sistemas educativos escolares, bem como organização e participação no desenvolvimento de programas não-escolares. Os movimentos sociais também têm insistido em demonstrar a existência de uma demanda ainda pouco atendida, no sentido de que os estudantes de Pedagogia sejam também formados para garantir a educação, com vistas à inclusão plena, dos segmentos historicamente
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
excluídos dos direitos, sociais, culturais, econômicos, políticos.
Em conformidade com a Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996 e as
regulamentações pelo Ministério de Educação e pelo Conselho Nacional de
Educação ocorreu à manifestação dos educadores em todos os níveis de ensino
visando rediscutir a formação dos profissionais da educação.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional (LDB n.º 9394/96).
O Curso de Pedagogia no decorrer da sua história atravessou diversas
mudanças em todo processo de implementação, mas não demonstra clareza sobre
as especificidades e generalidades na formação do trabalho pedagógico quanto à
atuação destes profissionais na escola.
Conforme afirma Libâneo:
As questões referentes ao campo de estudo da pedagogia da estrutura do conhecimento pedagógico, da identidade profissional do pedagogo, do sistema de formação de pedagogos e professores, freqüentam o debate em todo o país há quase vinte anos nas várias organizações cientificas e profissionais de educadores. (LIBÂNEO, 2007, p. 25).
Neste sentido, destacamos historicamente a figura do pedagogo especialista
que resultou na função do supervisor e orientador escolar um reflexo dos padrões da
escola fabril. “Esta visão dualizou o papel do pedagogo como o próprio ensino e
aprendizagem. Neste sentido, fragmentou a relação professor e aluno e burocratizou
os processos pedagógicos” (PARANÁ-SEED).
Diante das Contradições Sociais, Históricas e Estruturais citamos que:
O papel do supervisor e do orientador foram fortemente valorizados pelas práticas tecnicistas, que colocavam no supervisor escolar a figura do burocrata da educação. Facilmente essa função era assumida por professores de outras áreas que se incumbiam de uma tarefa essencialmente funcionalista, em nome do controle dos processos - do horário, do livro ponto, dos livros registro de classe - acabava secundarizando a função de acompanhamento da Organização do Trabalho Pedagógico e cada vez mais afastando-se do professor. Em contrapartida o papel do orientador escolar confundia-se com o espírito assistencialista de
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uma época marcada por programas compensatórios de compensação da privação cultural, da pobreza e da exclusão social. Ambos os papeis estavam essencialmente em consonância com o papel da escola como reprodutora da hegemonia dominante que dualiza, segrega e burocratiza as relações. Dualização esta que inevitavelmente, refletia-se na própria dicotomização entre o ensinar e o aprender (PARANÁ-SEED).
De acordo com o histórico apresentado, conclui-se que o Curso de
Pedagogia, enfrenta muitas mudanças que refletem no perfil do profissional
pedagogo para a adequação às necessidades emergenciais do meio educacional.
No Estado do Paraná a Lei Complementar 103/04, dispõe sobre o Plano de
Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação Básica, em seu capítulo III
que trata dos conceitos fundamentais, o artigo 4º inciso V, que define a denominação
Professor:
V – PROFESSOR: servidor público que exerce docência, suporte pedagógico, direção, coordenação, assessoramento, supervisão, orientação, planejamento e pesquisa exercida em Estabelecimentos de Ensino, Núcleos Regionais da Educação, Secretaria de Estado da Educação e unidades a ela vinculadas;
A referida Lei Complementar 103/04 no capítulo X das disposições gerais,
transitórias e finais, seção I – das disposições gerais, trata da transformação do
Professor Especialista de Educação para o cargo de Professor, ficando enquadrados
no Plano de Carreira conforme artigos 33 e 39:
Art. 33. Os cargos de Professor e Especialista de Educação, que compõem o Quadro Próprio do Magistério da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná, ficam transformados em cargos de Professor, sendo que os ocupantes dos referidos cargos ficam enquadrados no presente Plano de Carreira do Professor, obedecidos os critérios estabelecidos nesta Lei.
Art. 39. Ficam considerados em extinção, permanecendo com as mesmas nomenclaturas, os cargos de Orientador Educacional, Supervisor Educacional, Administrador Escolar na medida em que vagarem, assegurando-se tratamento igual ao que é oferecido na carreira, para aqueles que se encontram em exercício (PARANÁ, 2004).
Conforme o EDITAL n. 37/2004 da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná, menciona a descrição das atividades genéricas do professor pedagogo nos
estabelecimentos de ensino de educação infantil, educação profissional, ensino
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fundamental e ensino médio da rede estadual do Paraná: Destacam-se entre as
inúmeras atribuições do professor pedagogo, coordenar a elaboração coletiva e
acompanhar a efetivação do projeto político-pedagógico e do plano de ação da
escola; coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da
escola, a partir das políticas educacionais da SEED/PR e das Diretrizes Curriculares
Nacionais do CNE; participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho
pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da
educação escolar; subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores da escola, e atuar, na elaboração de projetos de recuperação de
estudos a partir das necessidades de aprendizagem identificadas em sala de aula,
de modo a garantir as condições básicas para que o processo de socialização do
conhecimento científico e de construção do saber realmente se efetive; informar ao
coletivo da comunidade escolar os dados do aproveitamento escolar, de forma a
promover o processo de reflexão-ação sobre os mesmos para garantir a
aprendizagem de todos os alunos; dando encaminhamento das ações a partir de
estudos e reflexões coletivas com o compromisso pelo trabalho pedagógico didático
desenvolvido na escola dos profissionais que nela atuam destacando a coordenação
do trabalho coletivo na escola de forma a propiciar a participação, promoção e
intervenção na organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; coordenar
o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar da
escola, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar. As
inúmeras atribuições do pedagogo descritas no referido edital são sustentadas
fortemente pelo projeto político pedagógico da escola e regimento escolar.
O Edital 10/2007 GS/SEED, que regulamenta “as normas relativas à
realização do Concurso Público para o provimento de vagas no cargo de Professor
Pedagogo”, em seu item 2 que trata “Do Cargo” e no item 2.5 menciona a “Descrição
das Atividades do Cargo”, ressalta a coordenação e a elaboração coletiva e o
acompanhamento na efetivação do Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação
da Escola, a organização do trabalho pedagógico e elaboração de propostas de
intervenção na realidade da escola e atividades que levem à efetivação do processo
de ensino e aprendizagem de modo a garantir o atendimento as necessidades do
educando.
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
Nesse sentido, o Estado do Paraná destacou-se no desenvolvimento das
políticas públicas educacionais, mas se tratando do profissional Pedagogo
designado para cumprir o papel de dualização funcional no exercício de sua prática,
não elucida as especificidades e generalidades próprias da função.
Considerando que a função de especialista em educação foi unificada, a
partir destas mudanças o orientador educacional e supervisor escolar, passaram a
compor a equipe pedagógica, assumindo o cargo de Professor Pedagogo.
As discussões em torno da legitimação do papel do pedagogo e da escola
trazem de volta à necessidade de um pensar coletivo para que todos os profissionais
da escola, bem como pais e alunos, tenham clareza sobre as especificidades e
generalidades da função pedagógica. Embora não negligencie as relações mais
pontuais, ao pedagogo não cabe abarcar para si todas as situações diárias que
venham inviabilizar a sua função precípua da escola hoje situada no contorno social,
econômico e político. Pedagogo “faz tudo” acaba não fazendo nada, se envolve com
funções que, a priori, devem ser discutidas no interior da escola, questões do
cotidiano escolar não devem extrapolar seu tempo e espaço do fazer pedagógico,
questões estas que não seriam tão marcantes caso o papel da escola hoje fosse
entendido como compromisso social e político de todos os envolvidos na educação,
portanto devem ser discutidas num projeto coletivo (PARANÁ-SEED).
De acordo com a Secundarização da Escola e do Papel do Pedagogo,
citemos Saviani:
[...] Daí a tendência a secundarizar a escola, esvaziando-a de sua função específica, que se liga à socialização do saber elaborado, convertendo-a numa agência de assistência social, destinada a atenuar as contradições da sociedade capitalista (SAVIANI, 2005, p. 99).
Notoriamente as inúmeras funções que são atribuídas ao professor
pedagogo no cotidiano da escola, demonstram a secundarização da escola e do
papel do pedagogo, porém a falta de informação e interação do coletivo reflete em
toda comunidade escolar que não tem clareza desse papel, atribuindo funções
secundárias, distanciando-se do objetivo principal como mediador no processo de
ensino e aprendizagem e a concretização dos conhecimentos elaborados
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cientificamente.
Destacamos entre as inúmeras atribuições do Professor Pedagogo,
coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político
Pedagógico e do Plano de Ação da Escola.
A realização do Projeto Político Pedagógico possibilita o conhecimento das
ações desenvolvidas pelo coletivo da escola, sendo base de diálogo e reflexão para
toda a equipe escolar. Deve ser ressaltado que uma prática de reflexão coletiva não
é algo que se atinge de uma hora para outra, sendo a escola uma realidade
complexa. Cada escola encontra uma realidade, uma trama, um encontro de
circunstância e de pessoas que deve ser levado em consideração para a efetivação
de seu projeto (PPP).
O Projeto Político Pedagógico exige ressignificar o processo de ensino e
aprendizagem, estabelecendo na prática o vínculo do conhecimento com as
propostas e intervenções pedagógicas adequadas (PPP).
A partir deste contexto, podemos perceber que o professor pedagogo não
pode restringir-se ao trabalho burocrático que impera no sistema escolar. Porém
suas ações devem ser direcionadas conforme previstas no Projeto Político
Pedagógico e Plano de Ação da Escola. Diante das expectativas apresentadas para
que a escola cumpra o seu papel numa ação coletiva, tendo como princípio a
organização do trabalho pedagógico e a sistemática da prática escolar, norteando a
orientação e apoio aos professores, seguido de mediações e intervenções no
sentido de viabilizar e articular o processo de ensino e aprendizagem, prevalecendo
à relevância dos conteúdos trabalhados, enfim, tudo o que referencia o processo
pedagógico na sua totalidade, promovendo a efetivação da proposta pedagógica.
Segundo SAVIANI (1985):
Pedagogo é aquele que possibilita o acesso a cultura, organizando o processo de formação cultural. É pois, aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se conecta ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. (...) A palavra pedagogia traz sempre ressonâncias metodológicas, isto é, de caminho através do qual se chega a determinado lugar. Alias, isto já esta presente na etimologia da palavra, conduzir (por um caminho) até determinado lugar. (SAVIANI, 1985).
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3 - CONCLUSÃO
O Trabalho de Implementação de Produção Didático Pedagógica, que
compõe este artigo tem como finalidade apresentar os resultados da aplicação do
projeto: "O Professor Pedagogo como Mediador no Processo de Ensino e
Aprendizagem".
A pesquisa contou a participação de pedagogos e professores do ensino
fundamental, médio e normal, do Colégio Estadual Altair Mongruel, município de
Ortigueira, com a proposta de um grupo de estudos, foram realizados encontros
presenciais às quintas feiras no período noturno de outubro a dezembro de 2.011, e
o curso a distância Grupo de Trabalho em Rede – GTR - 2011.
Sob esta perspectiva os trabalhos foram encaminhados mediante à
elaboração de um roteiro de estudos com o propósito de redimensionar o trabalho
pedagógico em sua prática, assim os temas abordados foram:
• Histórico do Pedagogo;
• Função do Pedagogo;
• O Papel do Professor Pedagogo diante do Processo de Ensino e
Aprendizagem;
• O Papel do Professor Pedagogo e as Contradições Sociais, Históricas
e Estruturais;
• Sistematização das Ações e Organização do Trabalho Pedagógico;
• Construção e Implementação do Projeto Político Pedagógico;
• Tendências Pedagógicas;
• Função Social da Escola “Para Que Servem as Escolas”.
Considerando a proposta de estudos em grupos com pedagogos e
professores, com o intuito de subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico
desses profissionais, busca-se a seleção de textos, leitura e análise na perspectiva
da pedagogia histórico crítica.
A partir deste estudo aprofundado ocorreram momentos de discussão e
reflexão, sobre a atuação do professor pedagogo na intervenção da prática
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pedagógica e efetivação do processo de ensino e aprendizagem e a concretização
do conhecimento do aluno.
A abordagem dos estudos trabalhados tornou-se mais significativa,
promovendo momentos de reflexão decorrentes da sistematização do trabalho
docente na construção do processo de produção do conhecimento elaborado
cientificamente, com o objetivo de estabelecer relações entre o que é estudado na
teoria e prática.
Durante a implementação da proposta foram realizados debates sobre o
tema abordado, a partir da investigação da realidade escolar com a intenção de
provocar questionamentos e mudanças que possam intervir na prática pedagógica.
No decorrer dos trabalhos foram realizadas oficinas pedagógicas em grupos,
com estudos sistemáticos de textos, confrontando ideias e trocas de experiências,
em seguida promovendo um debate numa perspectiva mobilizadora, contrapondo
conhecimentos teóricos, metodológicos e práticos.
Considerando a problemática levantada surgiram momentos para socializar
as angústias e os desafios diante do profissional pedagogo no contexto escolar que
são muitos a todo instante ele se defronta com questionamentos sobre o seu papel,
no coletivo da escola e em todos os espaços. Portanto, a questão norteadora desta
pesquisa é a seguinte:
• De acordo com a Política Educacional e o Sistema de Ensino de que forma
situar o professor pedagogo no exercício da sua prática pedagógica?
• Quem é o Professor Pedagogo?
• Qual é o seu papel na prática escolar?
• O Professor Pedagogo esta realmente comprometido com seu trabalho
pedagógico e, consequentemente, na efetivação das propostas
educacionais?
• Por que o Professor Pedagogo não exerce sua real função, ficando assim,
cada vez mais distante do seu verdadeiro papel e perdendo sua própria
identidade?
• Por que, e em que medida, estamos sempre aquém do ideal e presos nas
amarras de um real contraditório? (PARANÁ – SEED)
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A partir dos questionamentos apresentados acima, os participantes do Grupo
Estudo e do Curso a Distância GTR/2011 relataram as experiências vivenciadas na
sua prática, como segue:
Conforme relato e contribuições do professor, participante do Grupo de
Estudos:
Professor 1- Ao longo da história o pedagogo sofreu muitas transformações, com isso ele extrapola em seu trabalho os aspectos meramente pedagógicos, inserindo-se na luta para superar os desafios e dificuldades que a escola enfrenta. A realidade interna da escola hoje permite-nos refletirmos como ela está organizada e evidentemente precisa ser analisada em toda a sua complexidade para que a colaboração se efetive e a realização de todos se dê no trabalho coletivo. Para que o pedagogo realmente possa desenvolver o seu verdadeiro papel será necessário que a escola se reestruturasse em sua organização formal para que todos os seus atores sociais envolvidos nesse processo produzissem no seu interior o compromisso e as interações em prol de um projeto comum o "ensino aprendizagem." Desta forma, penso que o trabalho do pedagogo precisa ser refletido por ele e pelo coletivo escolar, tendo como objetivo a intervenção e a efetivação das ações pedagógicas dentro da escola e direcionando-as aos demais segmentos da escola, no entanto cada um terá o seu papel bem definido e será responsável pelas suas práticas pedagógicas, pelo processo de ensino e focado na construção do conhecimento.
Podemos constatar que é evidente que a escola tem a compreensão de sua
função e a necessidade de mudanças em suas práticas. E o professor pedagogo
para que de fato possa desempenhar seu papel norteará o seu trabalho em direção
do coletivo escolar com o propósito de mediar e intervir no processo do
conhecimento do aluno.
Vejamos relatos dos professores participantes do GTR/2011:
Professor 1- O pedagogo ainda não consegue exercer dentro da escola sua função de mediador do ensino e aprendizagem por diversos fatores que permeiam o trabalho da escola. [...] Desta forma, a mediação do ensino aprendizagem, a assessoria aos professores, o acompanhamento pedagógico ao aluno, entre outras funções fica a desejar. Perde-se, assim, o pedagogo no decorrer do tempo da escola. O próprio pedagogo passa a desempenhar funções que não lhe são atribuídas perdendo até mesmo a compreensão de qual é o seu papel.
Diante das afirmações percebemos a necessidade da compreensão do
papel do pedagogo referente às suas atribuições. Sabemos que o pedagogo tem
que enfrentar um grande desafio para que de fato ocorra a efetivação do trabalho
pedagógico na escola.
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
Professor 2- O Pedagogo deixa de exercer seu papel devido as interferências que ocorrem no cotidiano escolar como falta de professores, problemas entre alunos, atendimento aos pais e outros, deixando de orientar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao coletivo dos professores do estabelecimento de ensino. O pedagogo também é responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no PPP e Regimento Escolar em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria da Educação.
De acordo com as Políticas Públicas Educacionais, entre as inúmeras
atribuições do professor pedagogo é de fato o responsável em coordenar e
acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico e do Plano de Ação,
estabelecendo como prioridade a orientação e apoio ao corpo docente da escola
para que de fato ocorra as intervenções pedagógicas no processo de ensino e
aprendizagem.
Professor 3- O que podemos compreender sobre à auto-percepção do pedagogo, no exercício de sua função de “professor-pedagogo” é que este se coloca de forma fragilizada, multi-solicitado na comunidade escolar e nesta, desconhecido enquanto função específica de articulador do Projeto Político Pedagógico, atentando aqui que é a partir deste, que todo o processo e desenvolvimento de ações da escola ocorrem. Observa-se as falas dos pedagogos que são um “desabafo”, um “pedido de socorro” pela cobrança de múltiplas solicitações, por ordem da comunidade escolar e ainda dos órgãos a que estão submetidos. Basta que o pedagogo esteja exercendo o papel de disciplinador do aluno e cumpridor de tarefas burocráticas, o que é suficiente para estar lá e receber o apoio do colegiado. Fica claro que a escola não superou a dicotomia das habilitações, já descritas inclusive pelos próprios pedagogos que não conseguem colocar-se com autoridade e competência, inclusive no que tange às reuniões pedagógicas, momento oportuno para elucidar sua função e refletir a prática pedagógica que os envolvidos no processo escolar vêm desempenhando e esclarecer sobre o P.P.P., que alguns docentes ainda demonstram não ter envolvimento, acreditando ser o pedagogo o único responsável em cumpri-lo. Há que se considerar que a fragilidade na definição de sua função demonstra a dificuldade de se colocar como profissional com autoridade de coordenar as ações a ele atribuídas, ligadas diretamente aos alunos que, direta ou indiretamente, refletem na atuação do professor em sala de aula. ‘
Sabemos das funções que o professor pedagogo desempenha no exercício
de sua prática e podemos perceber que se torna sobrecarregado com as ações
burocráticas e as múltiplas tarefas, porém é evidente a secundarização do seu
trabalho, no entanto, não exercendo o papel de mediador no processo de ensino e
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
aprendizagem. Enfatiza-se que a realização do Projeto Político Pedagógico
possibilita o conhecimento das ações desenvolvidas pelo coletivo da escola, sendo
base de diálogo e reflexão para toda a equipe escolar.
Professor 4- Começamos essa jornada de estudos e reflexões com uma questão bastante complexa, pois não é tarefa fácil encontrar uma resposta satisfatória, que dê conta do fato do pedagogo não exercer sua real função no ambiente escolar. Podemos perceber várias causas para essa realidade, desde a falta de preparo e conhecimento sobre seu verdadeiro papel, demonstrando pouca instrumentalização teórico-metodológica para trabalhar com o grupo de maneira que impossibilita transmissão de segurança e credibilidade até a resistência desse grupo de trabalho em conceber o pedagogo escolar como aquele que também é responsável pelo processo de ensino e aprendizagem na medida em que organiza e intervém no trabalho pedagógico da escola visando a superação dos entraves nesse processo de construção do conhecimento. Devemos lembrar também que todos os envolvidos no processo pedagógico precisam estar abertos para discussões, críticas, aprendizagens, avaliações e crescimento pessoal e profissional e estar conscientes do seu papel dentro da escola, visto que se não existir esse empenho e comprometimento o trabalho do pedagogo, por melhor que seja, não conseguirá atingir os objetivos que tanto se almeja e necessita alcançar.
Se tratando da complexidade do trabalho pedagógico no âmbito da escola,
tornam-se prioridade os cursos de formação continuada, oportunizando momentos
de reflexão, com a finalidade de enfatizar a importância do papel do pedagogo e o
comprometimento do trabalho coletivo, para que de fato ocorra a efetividade da
proposta na escola.
Conforme os participantes do GTR/2011, relatos referentes à contribuição da
proposta:
Professor 1- Este trabalho de Implementação de Produção Didático Pedagógica: "A Atuação do Pedagogo como Mediador no Processo de Ensino e Aprendizagem" é de suma importância para as nossas escolas, porque todo o coletivo escolar deve discutir o real papel do pedagogo na organização do trabalho escolar e a sua função dentro da instituição. Portanto este trabalho já esta sendo desenvolvido na escola em que eu trabalho e nos grupos vê-se que já está iniciando um novo processo de mudança, bem como novas idéias para enriquecer o nosso trabalho e dos educadores. Este trabalho foi importantíssimo para que eu pudesse refletir e construir novas práticas pedagógicas.
Professor 2- Devemos sempre lembrar que todos os envolvidos no processo educacional são responsáveis pelos resultados alcançados e que o pedagogo deve saber se colocar nesse processo de maneira que seja valorizado pela função que desempenha. Sendo assim percebemos o
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
quanto é relevante a implementação dessa proposta nas escolas para que cada um entenda o papel do outro nesse contexto, respeitando e valorizando o seu trabalho. Discussões, análises e reflexões são caminhos viáveis para se alcançar o entendimento sobre o papel do pedagogo como articulador e mediador no processo de ensino e aprendizagem.
Professor 3- No sentido de enriquecer ainda mais a Proposta de Implementação sugerimos que seja formado um grupo de estudos somente com pedagogos para que possa analisar cada item descrito na função do pedagogo esclarecendo cada ponto. Esse grupo também deve estudar sobre a atuação do pedagogo na intervenção da prática pedagógica, a pedagogia Histórico Crítica, a Legislação Educacional vigente e outros documentos relacionados para que o grupo de pedagogas da escola tenha subsídios para ajudar os professores como também tenha uma prática padronizada. Essas sugestões relacionam-se as ações número 03 e 04 da proposta e tem como objetivo fortalecer o grupo de pedagogas e proporcionar maior conhecimento sobre o seu verdadeiro papel.
Professor 4- As constantes transformações sociais levam-nos a uma reflexão sobre o papel do pedagogo escolar cujo objetivo é garantir condições necessárias para que haja o acesso ao saber. Sua função consiste na articulação do trabalho pedagógico visando a aquisição do conhecimento por parte do aluno. Muito se ouve falar sobre a real função do pedagogo e falar sobre isto é uma tarefa difícil, pois esta especialidade ainda não está muito clara à comunidade escolar e isso gera conflitos. A atuação do pedagogo é imprescindível no contexto escolar [...].
Professor 5- A Proposta de grupo de estudos é considerada para que o processo implementado seja de grande relevância e importância para o início de uma transformação, sendo assim também é necessário que ele ocorra por etapas proporcionando um ambiente de trabalho que seja favorável a essas inovações, buscando profissionais preparados e motivados, que se envolvam conhecendo um pouco mais sobre o trabalho pedagógico e o papel do pedagogo na escola.
Professor 6- Esta implementação de produção didático pedagógica é de suma importância à toda comunidade escolar especialmente aos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Espera-se que os encaminhamentos propostos contemple o êxito deste projeto oportunizando uma reflexão da equipe pedagógica a fim de que seus olhos se voltem para a real imagem do pedagogo como profissional essencial na mediação, intervenção e efetivação da construção do conhecimento.
Conforme os relatos dos participantes do Grupo de Estudos e do Grupo de
Trabalho em Rede GTR/2011 contribuíram na implementação deste trabalho e
demonstram que os avanços e desafios enfrentados pelo professor pedagogo na
escola são muitos, evidenciando as dificuldades deste profissional no exercício de
sua prática. A partir desta perspectiva foi sugerido uma implementação pedagógica,
com a proposta de um grupo de estudos formado somente com professores
pedagogos, com a intenção de oportunizar momentos de reflexão na equipe
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
pedagógica, no sentido de aperfeiçoar os conhecimentos, contextualizar as teorias
pedagógicas e as leis vigentes, assim como as atribuições do seu papel no
desempenho das funções e o direcionamento das ações, considerando mudanças
que contemplem sua prática pedagógica.
Conforme Garrido sugere é interessante que este profissional:
tenha também um espaço coletivo e formador, no qual possa apresentar as dificuldades inerentes à sua [...] função, partilhar angustias, refletir sobre sua pratica [...] trocar experiências [...] crescer profissionalmente, para poder exercer de forma plena sua formação formadora e promotora do projeto pedagógico. (Garrido, 2007)
Os estudos dos referenciais teóricos apresentados foram relevantes pelo
reconhecimento de novas possibilidades na atuação do professor pedagogo como
mediador no processo de ensino e aprendizagem.
No decorrer desta fase de Implementação do Projeto, foi muito importante
debater sobre os avanços e desafios enfrentados pelo professor pedagogo na sua
prática educativa.
A partir dessa perspectiva, acredita-se que o professor pedagogo deve
refletir criticamente sobre os desafios enfrentados no seu cotidiano, para não
recorrer à naturalização como justificativa dos problemas que ocorrem na sua
prática.
Partindo da implementação da proposta foi sugerido à organização de um
grupo de estudos para acompanhar a sistemática de trabalho e dos temas
propostos, tendo como desafio o pedagogo como articulador e mediador no
processo de ensino e aprendizagem e quanto aos docentes o desafio de uma prática
pedagógica direcionada à emancipação do aluno, proporcionando o acesso aos
conhecimentos teóricos relevantes para sua formação e inserção no mundo.
Considerando as análises apresentadas tornou-se possível verificar que os
pedagogos e professores envolvidos no projeto são capazes de perceber os fatores
que interferem no exercício de suas práticas na escola.
Neste contexto o referencial para trabalhar os desafios enfrentados na
escola se depara a uma ação conjunta de toda comunidade escolar, objetivando
resgatar o papel do professor pedagogo na organização do trabalho escolar e a
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL
valorização pertinente ao processo de ensino e aprendizagem refletindo no
conhecimento do aluno.
O Projeto foi finalizado nesta etapa com o objetivo de oferecer subsídios e
contribuições aos participantes, destacando os aspectos positivos e negativos e a
relevância do Papel do Professor Pedagogo na prática educativa quanto à validade
e efetividade da proposta
No final das etapas desenvolvidas durante o Projeto, as conclusões a
respeito do trabalho realizado possibilitaram um repensar da Prática Pedagógica,
destacando os aspectos relevantes considerados pelos participantes do Grupo de
Estudos e Grupo de Trabalho em Rede – GTR/2011.
5 - REFERENCIAS
BRASIL. Congresso Nacional. Lei 4.024, de 20 de dezembro 1961. Fixa as Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. Diário Oficial da União, 21 dez. de 1961. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4024.htm>
______. Lei n.º 5.540, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5540.htm>.
______. Lei 5692/71, de 11 de agosto de 1971, Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus, e dá outras providências. Disponivel em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128525/lei-de-diretrizes-e-base-de-1971-lei-5692-71>
______. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Legislação Básica da Educação. Brasília, 1996. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>
GARRIDO, Elsa. Espaço de formação continuada para o professor – coordenador. In: BRUNO, E. B. G.; ALMEIDA, L. R. de; CHRISTOV, L. H. S. (Orgs.). O coordenador pedagógico e a formação docente. 8ª Ed. São Paulo: Loyola, 2007. p. 09 - 15.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia, Ciência da Educação? Selma G. Pimenta (org.). São Paulo; Cortez, 1996.
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_________. Pedagogia e pedagogos, para quê?. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Lei Complementar 103/04 - Plano de Carreira dos Professores. Fevereiro de 2004. <http://www.app.com.br/portalapp/legislacao_estadual.php?id1=13>
______. Secretária de Estado da Educação. Gabinete da Secretária. Edital nº 37/2004. Atividades genéricas do professor pedagogo no ensino da rede estadual do Paraná. Paraná: SEED, 2004. <http://www.cops.uel.br/concursos/seap_2004/Edital_037_2004.pdf>
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal, Ortigueira – PR. Junho/2010
SAVIANI, Demerval. Sentido da Pedagogia e Papel do Pedagogo. In: Revista da ANDE, São Paulo, n. 9, p. 27-28, 1985
______. Pedagogia histórico crítica: primeiras aproximações. 9. ed. Campinas: Autores Associados, 2005.
____________________________1 Pós Graduação em Didática – Fundamentos Teóricos da Pratica Pedagógica, Graduação Pedagogia, Colégio Estadual Altair Mongruel – Ensino Fundamental, Médio e Normal – Ortigueira.2 Professor Orientador, Mestre em Educação, Docente do Departamento de Educação – UEL