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O Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral do Ceará apresenta: cartilha ACESSIBILIDADE NAS ELEIÇÕES 2ª Edição

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O Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral do Ceará apresenta:

cartilha

ACESSIBIL

IDADE

NAS ELEIÇ

ÕES

2ª Edição

2018 Tribunal Regional Eleitoral do CearáÉ permitida a reprodução parcial ou total desta obra,desde que citada a fonte.

RealizaçãoTribunal Regional Eleitoral do Ceará Programa de Acessibilidade

EditoraçãoSeção de Editoração e Publicações - SEDIT

Pesquisa e TextoComissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão

Contato para obtenção de exemplares:Tribunal Regional Eleitoral do CearáRua Jaime Benévolo, 21 - CentroCEP: 60.050-080 | Fortaleza/CEhttp://www.tre-ce.jus.br - (85) 3453.3872

Tiragem: 120.000 exemplares

APRESENTAÇÃO

Brasil. Tribunal Regional Eleitoral (Ce).Cartilha acessibilidade nas eleições. / Tribunal Regional Eleitoral do Ceará. - 2. ed. - Fortaleza : TRE-CE, 2018.27 p. : il. col. ; 15 x 21 cm.1. Acessibilidade. 2. Justiça Eleitoral – Eleições. 3. Deficientes – orientações e mobilidade.I. Título.

CDD: 720 CDU: 725-056.26

A acessibilidade é direito que garante à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social, sendo condição indispensável para possibilitar o pleno exercício dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos.

O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas, devendo a Justiça Eleitoral atuar para assegurar-lhes a participação na vida política e pública.

Esta 2ª edição da “Cartilha – Acessibilidade nas Eleições” foi revisada e atualizada com base nos avanços da legislação vigente. Seu conteúdo inclui informações relevantes, orientações para eliminar ou reduzir barreiras físicas, atitudinais e de comunicação e um glossário sobre o tema.

Com o propósito de sensibilizar, conscientizar e informar, seu conteúdo destina-se, especialmente, aos magistrados e servidores desta Justiça Especializada e aos convocados para os trabalhos eleitorais – mesários, auxiliares de eleição e delegados de prédio – conclamados, desde já, a assumir um compromisso com a garantia do direito à acessibilidade nas eleições e no âmbito da Justiça Eleitoral do Ceará.

A colaboração de todos é fundamental!

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LINHAS DE ATUAÇÃOPROGRAMA DE ACESSIBILIDADE DA JUSTIÇA ELEITORAL DO CEARÁ

O Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral do Ceará foi instituído pela Resolução TRE-CE nº 401/2010 e recentemente adaptado à Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão) e à Resolução n.º 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Resolução TRE-CE n.º 659/2017.

ampliação ou reforma de edifícios pertencentes à Justiça Eleitoral do Ceará para garantir a acessibilidade nos termos das normas técnicas em vigor.

1 CONSTRUÇÃO,

2 IDENTIFICAÇÃO de eleitores com deficiência ou com mobilidade reduzida e melhoria da acessibilidade e da comunicação nos locais de votação.

3 IMPLEMENTAÇÃO de ações de capacitação e conscientização de magistrados, servidores, terceirizados e convocados.

4 PRODUÇÃO e manutenção de material de comunicação acessível, especialmente o website, que deverá ser compatível com a maioria dos softwares livres e gratuitos de leitura de tela das pessoas com deficiência visual.

5 OFERECIMENTO de recursos de tecnologia assistiva para que a pessoa com deficiência tenha garantido o acesso à justiça.

Implementar, gradualmente, medidas para a remoção de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, nas comunicações e na informação, atitudinais e tecnológicas, a fim de promover o amplo e o irrestrito acesso de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, usuários internos ou externos dos espaços ou dos serviços da Justiça Eleitoral do Ceará.

As ações do Programa de Acessibilidade são desenvolvidas no âmbito da Secretaria do TRE-CE, dos cartórios eleitorais e dos locais de votação de todo o estado.

OBJETIVO E ABRANGÊNCIA DO PROGRAMA PRINCIPAIS AÇÕES

Ö Obras e adaptações de acessibilidade nos edifícios próprios; Ö Atualização do cadastro dos eleitores com deficiência ou com mobilidade reduzida pelos cartórios eleitorais e centrais de atendimento; Ö Campanhas de identificação a cada eleição; Ö Vistorias das condições de acessibilidade nos locais de votação; Ö Eliminação ou redução de barreiras nos locais de votação e nas seções eleitorais; Ö Disponibilização de fones de ouvidos e convocação de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para os locais de votação; Ö Habilitação de servidores em Libras; Ö Contratação de intérpretes de Libras para eventos externos; Ö Capacitação, sensibilização e conscientização de servidores e colaboradores sobre temas relativos à acessibilidade.

O Programa de Acessibilidade também abrange os espaços em que a Justiça Eleitoral do Ceará promova atividades de caráter eventual ou sazonal.

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Lei Federalnº 13.146/2015

Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência)

Orienta a adequação das atividades dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços auxiliares às determinações exaradas pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência por meio - entre outras medidas - da convolação em resolução a Recomendação CNJ 27/2009, bem como da instituição de Comissões Permanentes de Acessibilidade e Inclusão.

Resolução CNJ nº 230/2016

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Resolução TRE/CE nº 659/2017

Adapta o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral do Ceará, instituído pela Resolução TRE-CE nº 401, de 21 de junho de 2010, à Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – Estatuto da Pessoa com Deficiência) e à Resolução CNJ nº 230, de 22 de junho de 2016.

Regulamenta a Lei Federal nº 10.098/2000.

Decreto Federal nº 5.296/2004

Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Lei Federal nº 10.098/2000

Assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007, passando a vigorar internacionalmente no dia 3 de maio de 2008.

Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas

com Deficiência + Protocolo Facultativo

Decreto Federal nº 6.949/2009

Promulga o texto da Convenção da ONU.

Aprova o texto da Convenção da ONU.

Decreto Legislativo nº 186/2008

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Por que é importante identificar os eleitores com deficiência ou com mobilidade reduzida no cadastro eleitoral?

Porque, assim, será possível identificar também os locais de votação e as seções eleitorais em que eles votam.

Essas informações servirão para orientar o planejamento e a implementação gradual de medidas de redução de barreiras que impeçam ou dificultem o exercício do voto por esses eleitores.

IDENTIFICAÇÃO DOS ELEITORES COM DEFICIÊNCIA OU COM MOBILIDADE

REDUZIDA NO CADASTRO ELEITORAL

REALIDADE DO ESTADO DO CEARÁ

A população do Ceará é de aproximadamente

habitantes9.020.000(IBGE, estimativa de julho/2017)

pessoas

têm pelo menos um tipo de deficiência

2.340.000(IBGE, estimativa de maio/2012)

Mais de

CAMPANHAS DE IDENTIFICAÇÃO

A Justiça Eleitoral do Ceará vem realizando, desde 2010, Campanhas de Identificação dos Eleitores com Deficiência ou com Mobilidade Reduzida no Cadastro Eleitoral, inclusive nos dias das Eleições, com a colaboração indispensável dos servidores, dos mesários e demais convocados e, principalmente, dos próprios eleitores.

NOTA EXPLICATIVA

O IBGE atualiza periodicamente a estimativa da população dos estados, sendo a última de julho de 2017. Porém, conforme pesquisa realizada em fevereiro de 2018, os dados mais recentes relativos ao número de pessoas com deficiência no Ceará são de maio de 2012.

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EVOLUÇÃO DO RESULTADO DAS CAMPANHAS DE IDENTIFICAÇÃO

Ano 2010

Ano 2012

Ano 2014

Ano 2016

Ano 2018(fevereiro)

9.743Eleitores cadastrados

1.895Eleitores cadastrados

15.622Eleitores cadastrados

26.104Eleitores cadastrados

46.055Eleitores cadastrados

O eleitor, ao comparecer para votar ou justificar a ausência do voto, deve preencher e assinar o Formulário de Identificação do Eleitor com Deficiência ou Mobilidade Reduzida, disponível na seção eleitoral, e entregá-lo ao mesário.

Caso necessário, o Formulário de Identificação poderá também ser preenchido com o auxílio do mesário.

E como participar da campanha?

O eleitor poderá, a qualquer tempo, entregar no cartório eleitoral o Formulário de Identificação devidamente preenchido e assinado.

O Formulário de Identificação pode ser impresso através do sítio eletrônico do TRE/CE (www.tre-ce.jus.br), além de estar disponível nos cartórios eleitorais e nas entidades que representam as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, como parte integrante do folder de divulgação da campanha.

E onde mais eu posso informar minha situação?

Conforme se pode observar no gráfico acima, houve uma evolução considerável no número de eleitores com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida devidamente identificados no cadastro da Justiça Eleitoral.

Entretanto, considerando a realidade do nosso estado, ainda há muitos eleitores não identificados, por isso, a Justiça Eleitoral continua realizando esse trabalho permanentemente.

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Modelo do Formulário de Identificação do Eleitor com Deficiência ou Mobilidade Reduzida (ASE 396) disponível nos cartórios eleitorais e, no dia da eleição, nas seções eleitorais:

Se o eleitor comparecer à Justiça Eleitoral para realizar inscrição, transferência ou revisão de seus dados e informar algum tipo de deficiência, a anotação será feita no próprio sistema, gerando automaticamente o código ASE 396, ficando dispensada a apresentação do Formulário de Identificação (ASE 396).

De posse do Formulário de identificação ou do requerimento próprio, devidamente assinados, o cartório eleitoral providenciará a anotação do código ASE 396, que cadastra no sistema da Justiça Eleitoral a situação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida e o respectivo motivo (tipo de deficiência).

Também serão aceitos os requerimentos elaborados pelo próprio eleitor.

Ao entregar o Formulário de identificação ou o requerimento próprio, o eleitor deverá apresentar documento oficial com foto e assinatura.

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Escadas.3

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LOCAIS DE VOTAÇÃO& SEÇÕES ELEITORAIS

Os locais de votação são prédios públicos ou privados, requisitados pela Justiça Eleitoral, onde funcionam as seções eleitorais.

1 Terrenos irregulares nos pátios de acesso.

Principais barreiras

2

3

Nesses locais, as barreiras físicas mais comuns que dificultam o exercício do voto pelos eleitores com deficiência ou mobilidade reduzida são:

Batentes no acesso aos locais de votação e suas áreas internas (corredores).

Quer dizer que a Justiça Eleitoral vai acabar com todas as barreiras existentes nos locais de votação?

Não. Infelizmente, a Justiça Eleitoral não tem como fazer isso sozinha, pois não pode construir ou reformar os prédios onde funcionam as seções eleitorais. Porém, fará o possível para reduzir algumas barreiras nesses locais e melhorar a acessibilidade nos dias de eleição.

5

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Batentes (palco) nas salas onde

funcionam as seções eleitorais.

Portas e portões estreitos.

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5Fios da urna eletrônica não fixados.

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REDUÇÃO DE BARREIRAS FÍSICASDicas para deixar o local de votação mais acessível

As seções eleitorais devem funcionar, prioritariamente, no andar térreo.

Não sendo possível que todas as seções eleitorais de um local

Instalar a cabina de votação a uma distância da parede que permita a realização dos movimentos necessários para que um cadeirante

funcionem no andar térreo, devem ser priorizadas as seções que tenham eleitores com deficiência ou com mobilidade reduzida identificados no Cadastro Nacional de Eleitores.

Seção Eleitoral

se posicione diante da urna eletrônica para votar, resguardando-se o sigilo do voto.

O cartório eleitoral se encarregará de repassar

essa informação aos delegados de prédio,

auxiliares de eleição e mesários.

O acesso dos eleitores ao local de votação

deverá ser feito, preferencialmente, por

portões que não tenham barreiras como

escadas ou batentes e que sejam largos o

suficiente para passar uma cadeira de rodas.

Lembrar de fixar os fios

da urna eletrônica com fita

para evitar acidentes.

Evitar que as seções eleitorais funcionem em salas

que tenham barreiras, tais como batentes e portas

estreitas, que impeçam, por exemplo, a passagem de

uma cadeira de rodas.

Nunca instalar a urna eletrônica sobre palco,

batente ou qualquer outro desnível que dificulte o

acesso à cabina de votação.

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Não estacione o automóvel em

frente a rampas ou locais reservados a idosos

ou pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

ELIMINAÇÃO DEBARREIRAS ATITUDINAIS

Dicas de como interagir com as pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida

CUIDADOS GERAIS

Antes de ajudar a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, peça permissão e pergunte como proceder.

Precisa de ajuda?Como posso ajudar?

Respeite os assentos reservados nos lugares e transportes públicos a pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Para subir um degrau, incline a cadeira para trás e apoie as rodas da frente sobre o batente.

Para descer um degrau, posicione a cadeira de ré e deixe as rodas dianteiras apoiadas até que as rodas de trás encostem no chão. Só depois você desce também as rodas da frente.

USUÁRIO DE CADEIRA DE RODAS

USUÁRIO DE MULETAS

DEFICIÊNCIA FÍSICA

Não se apoie na cadeira de rodas, pois ela é como uma extensão do corpo do cadeirante.

Em caso de conversa demorada, sente-se para ficar no mesmo nível da outra pessoa.

“Correr” e “caminhar” são palavras que podem ser usadas normalmente.

Manuseio da Cadeira de Rodas

Acompanhe o ritmo da pessoa.

Tome cuidado para não tropeçar nas muletas.

Mantenha as muletas ao alcance das mãos do usuário.

Para subir ou descer mais de um degrau, levante a cadeira com a ajuda de outra pessoa.

Para descer rampas muito inclinadas, posicione a cadeira de ré para impedir a queda do cadeirante.

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“Cego”, “olhar” ou “ver” são palavras que podem

ser usadas normalmente.

DEFICIÊNCIA VISUAL

Ao se aproximar, identifique-se.

Para ajudá-lo a usar o banheiro, primeiro verifique se está limpo. Descreva o ambiente e diga-lhe onde estão o rolo de papel higiênico, o cesto, o sabonete e a toalha.

Ao guiar um cego para uma cadeira, direcione suas mãos por

trás do encosto e informe se tem braços.

Dirija-se à própria Pessoa com Deficiência, mesmo que ela esteja acompanhada.

Para guiar, coloque a mão da pessoa no seu antebraço ou ombro. Oriente-o, antecipadamente, sobre obstáculos e indique as distâncias em metros.

Ao se pronunciar em público ou proferir palestra, inicie a fala antes

de usar microfone para que as pessoas com deficiência visual possam identificar

onde está posicionado o palestrante.

Ao se distanciar, avise-o, para que não fique falando sozinho.

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Para iniciar um diálogo com um surdo, toque o braço dele. Nunca o cutuque.

Posicione-se de frente para ele, a fim de facilitar a leitura labial, ou utilize a escrita.

Fale devagar e baixo, evitando palavras no diminutivo.

Seja expressivo, gesticule. Isso ajuda na compreensão do assunto.

Se ele estiver perdido, verifique se tem endereço e/ou telefone escritos.

Nem todo surdo é mudo. Apesar de não escutarem, muitos são capazes de falar.

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CURIOSIDADES

O BRAILLE é um sistema de leitura para cegos inventado pelo francês Louis Braille.

O alfabeto do sistema BRAILLE é composto de caracteres indicados por pontos em relevo que podem ser distinguidos por meio do tato.

COMUNICAÇÃO ASSISTIVA

A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), por sua vez, foi desenvolvida a partir da língua de sinais francesa e tem estrutura gramatical própria. Os sinais são formados pela combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo ou no espaço.

BRAILLE & LIBRAS

ORIENTAÇÕES PARA O VOTO DO ELEITOR COM DEFICIÊNCIA OU

MOBILIDADE REDUZIDA

y O eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, ao votar, poderá ser auxiliado por pessoa de sua confiança, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao juiz eleitoral.

Os portais da Justiça Eleitoral (TSE e TREs) na internet contam com um software chamado Rybená, que é um recurso de acessibilidade que promove a inclusão digital de pessoas com deficiência auditiva ou visual, dentre outras.

O Rybená faz a tradução de textos publicados na internet em língua portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), oferecendo também a opção de áudio do texto selecionado. Para acionar o recurso, o usuário deve localizar na página o botão “mãos” (para Libras) ou o botão “rosto” (para áudio), clicar e selecionar o texto que deseja traduzir ou ouvir.

y O presidente da mesa receptora de votos, verificando ser imprescindível que o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida seja auxiliado por pessoa de sua confiança para votar, autorizará o ingresso dessa segunda pessoa com o eleitor, na cabina, podendo inclusive digitar os números na urna.

y A pessoa que auxiliará o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida não poderá estar a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de coligação.

y A assistência de outra pessoa ao eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida deverá ser consignada em ata.

y Para votar, serão assegurados ao eleitor com deficiência visual: �a utilização do alfabeto comum ou do sistema braile para assinar o Caderno de Votação ou assinalar as cédulas, se for o caso; �o uso de qualquer instrumento mecânico que portar ou lhe for fornecido pela mesa receptora de votos; �o uso do sistema de áudio disponível na urna com fone de ouvido fornecido pela Justiça Eleitoral; �o uso da marca de identificação da tecla 5 da urna.

y Para garantir o uso do sistema de áudio disponível na urna, os Tribunais Regionais Eleitorais providenciarão fones de ouvido em número suficiente por local de votação, para atender sua demanda específica.

Fonte: Lei nº 13.146/2015, art. 76, § 1º, inciso IV; Código Eleitoral, art. 150, incisos I a III, Resolução TSE n.º 23.554, de 18/12/2017, art. 115.

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GLOSSÁRIO

AcessibilidadePossibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Adaptação razoávelAs modificações e os ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.

BarreiraQualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros. As barreiras são classificadas em: barreiras arquitetônicas, barreiras atitudinais, barreiras nas comunicações e na informação, barreiras tecnológicas e barreiras urbanísticas.

Barreiras ArquitetônicasAs barreiras existentes nos edifícios públicos e privados.

Barreiras AtitudinaisAtitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.

Barreiras nas comunicações e na InformaçãoQualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnologia da informação.

Barreiras tecnológicasAs que dificultem ou impeçam o acesso da pessoa com deficiência às tecnologias.

Barreiras UrbanísticasAs existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo.

ComunicaçãoForma de interação dos cidadãos que abranja, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações.

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DeficiênciaConceito em evolução, que resulta da interação entre pessoas com deficiência e as barreiras relativas às atitudes e ao ambiente que impedem a sua plena e efetiva participação na sociedade em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

Pessoa com DeficiênciaAquela que tenha impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

Pessoa com Mobilidade ReduzidaAquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso.

Tecnologia Assistiva ou Ajuda TécnicaProdutos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.

Usuário Interno da Justiça EleitoralMagistrados, servidores, terceirizados e convocados para os trabalhos eleitorais.

Usuário Externo da Justiça EleitoralMembros do Ministério Público Eleitoral, advogados, candidatos, representantes de partidos políticos, eleitores e demais cidadãos usuários dos serviços da Justiça Eleitoral.

FONTES DE PESQUISA

LegislaçãoConvenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (e seu Protocolo Facultativo).

Provimento CRE/CE nº 9/2011.

Lei nº 13.146, de 06/07/2015.

Resolução CNJ nº 230, de 22/06/2016.

Resolução TSE nº 23.554, de 18/12/2017.

Resolução TRE-CE nº 659, de 20/03/2017.

PublicaçõesGuia de Acessibilidade: Espaço Público e Edificações, 1ª ed. SEINFRA-CE, Governo do Estado do Ceará, 2009.

A Interação na Vida da Pessoa Com Deficiência. Cartilha. Coordenadoria de Proteção Social Básica e Segurança Alimentar e Nutricional, Célula de Diversidade e Acessibilidade, Governo do Estado do Ceará.

O que as Empresas Podem Fazer pela Inclusão das Pessoas com Deficiência. Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social, 2002. Disponível em: www.ethos.org.br/_uniethos/.../manual_pessoas_deficientes.pdf

Internet (sites)Prevenção das Deficiências. Disponível em: hhtp://penta2.ufrgs.br/edu/telelab/edusurdos/deficien.htm

Oz! Organize. “Como se comportar com um deficiente auditivo”. Disponível em: http://www.organizesuavida.com.br/portal2010/materias/ver/396/dicas- de-como-se-comportar-com-um-deficiente-auditivo.

Site Aguinaldo Datola. “Como se comportar frente a uma pessoa com deficiência”. Disponível em: http://aguinaldodatola.soylocoporti.org.br/ 2009/06/26/como-se-comportar-frente-a-uma-pessoa-com-deficiencia/

Esta cartilha foi composta na fonte Comic Sans MS, corpo 8 e 10, Bell Gothic Std, corpo 14 e Paris Je T’Aime, corpo 16 e 18. O miolo e a capa foram impressos em papel AP 75g/m2. Impressa pela Cearense Formulários e Editora EIRELI e editada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará em fevereiro de 2018.

Lei nº 13.146/2015 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência

(Estatuto da Pessoa com Deficiência)

Do direito à participação na vida pública e política

Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.§ 1o À pessoa com deficiência será assegurado o direito de votar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações:

I - garantia de que os procedimentos, as instalações, os materiais e os equipamentos para votação sejam apropriados, acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a instalação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa com deficiência;II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de governo, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas, quando apropriado;III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67* desta Lei ;IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua escolha.

* Art. 67. Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem permitir o uso dos seguintes recursos, entre outros:

I - subtitulação por meio de legenda oculta; II - janela com intérprete da Libras; III - audiodescrição.