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8/15/2019 “O que é bom gosto_” _ O Beijo http://slidepdf.com/reader/full/o-que-e-bom-gosto-o-beijo 1/5 “O que é bom gosto?” Por Redação | 31 maio 2016 Um, dois, três degraus. É uma escadinha que separa o ateliê de Ana Elisa Egreja do resto do mundo. O clima “clássico” de artista com roupa suja de tinta está presente, porém não se completa. As telas penduradas brigam silenciosamente com a bandeja de fundo de oncinha, onde os copos repousam Ana Elisa é consciente desta combinação e a leva a sério. Transporta este debate para sua produção, "normalmente, me vejo mais interessada por coisas que não são de bom gosto, mas afinal o que é isso?" e, principalmente, para a natureza morta, o gênero o qual se debruça. “Eu sei que virou coisa de vovó que pinta. Minha avó fazia um monte e eu não vejo problema nisso. Mas o jeito que ela fazia era leigo. O meu não, é consciente de problemas da História da Arte”, afirma para logo depois falar de Henri Matisse e Paul Cézanne.

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“O que é bom gosto?”

Por Redação | 31 maio 2016

Um, dois, três degraus. É uma escadinha que separa o ateliê de Ana Elisa Egreja do resto do mundo.

O clima “clássico” de artista com roupa suja de tinta está presente, porém não se completa. As telas

penduradas brigam silenciosamente com a bandeja de fundo de oncinha, onde os copos repousam

Ana Elisa é consciente desta combinação e a leva a sério. Transporta este debate para sua produção,

"normalmente, me vejo mais interessada por coisas que não são de bom gosto, mas afinal o que éisso?" e, principalmente, para a natureza morta, o gênero o qual se debruça.

“Eu sei que virou coisa de vovó que pinta. Minha avó fazia um monte e eu não vejo problema nisso.

Mas o jeito que ela fazia era leigo. O meu não, é consciente de problemas da História da Arte”, afirma

para logo depois falar de Henri Matisse e Paul Cézanne.

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Ana Elisa fala e gesticula de forma rápida. Sua produção, porém, tem outro ritmo. Conta que leva até

quatro meses para produzir uma tela. O gosto pelas minúcias a acompanha desde que pintava

animais em situações inusitadas.

Quando, em 2011, deixou-se apaixonar pelos ambientes e viu que a casa, de forma genérica, era seu

grande personagem, também continuou a fixar-se nos detalhes. O caminho que a levava para algo

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super realista e figurativo, entretanto, foi interrompido.

“Parecia que quando eu ia chegar e pintar uma berinjela perfeita, pus um vidro na frente ( alusão às

"novas" naturezas mortas que produziu e que foram expostas no Instituto Tomie Ohtake em meados

de 2016). Isso mudou totalmente o meu jeito de pensar. Não é o mesmo jeito de pintar. É uma pintura

que parece com uma impressora, você vai bolinha por bolinha”, explica.

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A mudança de rumos dentro do ateliê também alterou seus planos fora. A exposição individual prevista

para setembro na Leme, galeria que a representa, foi adiada para começo de 2017.

“Acho o resultado vai ser melhor quando estiver mais certa do que quero. Também teve o processo da

outra exposição, fiquei um ano enfurnada. Preciso arejar, viajar. Sair do ateliê. Uma boa parte da

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criatividade , acredito, nasce daí, do ócio”, comenta.

Ao de se despedir, emenda que vai aproveitar o descanso para curtir o afilhado e ver Frank Lloyd

Wright em Chicago. "Essas coisas acrescentam muito. Não quero ficar louca de tanto trabalhar.”