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Concepção da Equipa da SeguraNet-ERTE/DGIDC Ilustração de Nelson Martins Destacável Noesis n.º 83 O QUE FARIAS ? ACTIVIDADES SOBRE SEGURANÇA NA INTERNET DESTINADAS AOS ALUNOS DO 2.º E 3.º CICLOS E ENSINO SECUNDÁRIO

O QUE FARIAS - dge.mec.pt · De igual forma, devem ter consciência de que nem tudo o que encontram na Internet tem a mesma importância e veracidade, de que nem todos os conteúdos

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Page 1: O QUE FARIAS - dge.mec.pt · De igual forma, devem ter consciência de que nem tudo o que encontram na Internet tem a mesma importância e veracidade, de que nem todos os conteúdos

Concepção da Equipa da SeguraNet-ERTE/DGIDC Ilustração de Nelson Martins

Destacável Noesis n.º 83

O QUE FARIAS ?ActIvIdAdES SObRE SEgURAnçA nA IntERnEt dEStInAdAS AOS AlUnOS dO 2.º E 3.º cIclOS E EnSInO SEcUndáRIO

Page 2: O QUE FARIAS - dge.mec.pt · De igual forma, devem ter consciência de que nem tudo o que encontram na Internet tem a mesma importância e veracidade, de que nem todos os conteúdos

Os alunos passam cada vez mais tempo em actividades que requerem a utilização de tecnologias da informação e comunicação (TIC), quer como recurso para realizar tarefas escolares, quer como meio de ocupação dos tempos livres.

A importância destes meios e as suas potencialidades pedagógicas são hoje reconhecidas e aceites. No entanto, como em tantas outras situações, a sua utilização requer alguma preparação e cuidados para que não se corram riscos desnecessários. Assim, as crianças aprendem, desde muito cedo, a não atravessar a rua fora das passadeiras e a colocar o cinto de segurança quando andam de carro. De igual forma, devem ter consciência de que nem tudo o que encontram na Internet tem a mesma importância e veracidade, de que nem todos os conteúdos são adequados a todas as idades e de que nem todas as relações têm o mesmo grau de fiabilidade. Só assim poderão utilizar estas ferramentas de forma crítica e segura, decidindo a cada momento os seus caminhos, cientes dos riscos que correm.

Os ALERTAS “O que farias?” pretendem servir de apoio à dinamização de sessões de trabalho sobre segurança na Internet, promovendo a discussão sobre situações relacionadas com esta problemática e alertando os alunos para a necessidade de uma navegação consciente e segura. Foram pensados para serem utilizados com jovens de diferentes faixas etárias, dependendo da idade e do nível de literacia digital; o grau de profundidade na abordagem das situações poderá variar.

Estas temáticas são transversais a todas as áreas disciplinares, sem esquecer as áreas curriculares não disciplinares (Formação Cívica, Área Projecto e Estudo Acompanhado), as aulas de substituição e as actividades na biblioteca e nos clubes.

SUgEStõES dE UtIlIzAçãO

Os ALERTAS podem ser utilizados em diversos contextos escolares, sempre com o objectivo de levar os alunos a:

• (Re)conhecer situações de risco associadas à utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC);

• Conhecer formas de evitar/minorar situações de risco;

• Reflectir sobre os próprios comportamentos online.

No caso de serem utilizados em ambiente de sala de aula, com um grupo suficientemente grande, sugere- -se como metodologia o debate em pequeno e em grande grupo das situações ilustradas nos alertas.

No portal do projecto SeguraNet (http://www.seguranet.pt), pode encontrar versões digitais destes ALERTAS, que possibilitam a sua projecção para os momentos da discussão em grande grupo, planos de aula mais detalhados e informações sobre segurança.

Para cada uma das situações deixamos no verso de cada ficha um conjunto de pistas que podem ajudar o professor a orientar a discussão em grande grupo. Fica ao seu critério fornecer ou não esta informação aos alunos.

cOntExtUAlIzAçãO:

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A A

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SItUA

çã

O 1

:

Red

es Sociais

Nesta situação, p

odem

ser abord

ados os seg

uintes aspectos:

• O

que são red

es sociais?

• O

que é o p

erfil de utilizad

or? Diferenças entre p

erfil aberto

(qualq

uer utilizador p

ode consultar a inform

ação de outro) e

perfil fechad

o (somente alg

uns utilizadores têm

acesso a essa inform

ação).

• Q

ue dad

os pod

em ser p

ublicad

os no perfil? A

lguns d

ados, com

o g

ostos pessoais (film

es, actor preferid

o e livros favoritos, etc.) que

não comp

rometem

a nossa identid

ade p

odem

ser pub

licados.

Dad

os como a m

orada, escola, núm

ero de telem

óvel ou fotos p

essoais pod

em com

prom

eter a segurança d

o utilizador.

• Q

uais os alunos que utilizam

redes sociais? Q

uais redes? O

que

fazem nelas? Reflectem

sobre a inform

ação que d

isponib

ilizam?

• Q

uais as diferenças entre am

igos “reais“ e am

igos “virtuais“?

• Q

uais os riscos associados a encontros com

pessoas q

ue se conhecem

nas redes sociais.

• A

lertar os alunos para a existência d

e falsas identid

ades, não se

devend

o acreditar em

tudo

o q

ue se lê nos perfis

d

e utilizador.

SItUA

çã

O 2

:

Utilização

segura

do

correio

electrónico

N

esta situação, pod

em, entre

outros, ser abord

ados os

seguintes asp

ectos:

• C

omo funciona o correio electrónico?

Estab

eleça a comp

aração com o correio trad

icional:—

as mensag

ens não pod

em ser retid

as dep

ois de enviad

as, por

isso devem

os pensar b

em antes d

e as enviar;—

uma m

ensagem

pod

e ser enviada p

ara muitos utilizad

ores em

simultâneo. C

om um

clique, um

professor p

ode enviar p

ara tod

os os alunos;—

é muito fácil reenviar m

ensagens a terceiros;

— a p

rotecção da conta d

e e-mail é a nossa p

alavra-chave. Se a ced

ermos, m

esmo q

ue seja a amig

os, corremos o risco d

e alg

uém p

oder enviar m

ensagens em

nosso nome;

— m

odos d

e funcionamento d

os camp

os “Para”, “Cc” e “B

cc”. Ao

utilizarmos o cam

po “B

cc” evitamos q

ue os endereços d

e e-mail

se prop

aguem

de cad

a vez que alg

uém reenvia a m

ensagem

. Estam

os a comb

ater o SPAM

.—

Alg

umas m

ensagens não solicitad

as pod

em conter lig

ações p

ara sítios na Internet que p

odem

infectar o nosso comp

utador

ou coloquem

em risco a seg

urança dos nossos d

ados p

essoais (p

hishing).

• A

lertar os alunos para o q

ue é o SPAM

.

As m

ensagens recebidas de um rem

etente desconhecido devem ser

apagadas.

Saiba m

ais sobre esta e outras tem

áticas na aplicação

dirig

ida aos ed

ucadores:

http://w

ww

.seguranet.p

t/educad

ores/

Explore as ap

licações interactivas com os seus alunos:

http://w

ww

.seguranet.p

t/1_2ciclos/e http

://ww

w.seg

uranet.pt/jog

o/

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O q

ue a

chas

que

ela

vai

sug

erir

à

amig

a?Um

am

igo

do A

lex

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mui

to t

rist

e.

Alg

uém

lhe

tem

env

iado

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ails

ofe

nsiv

os.

O A

lex

acre

dita

que

est

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rtam

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táve

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uer

ajud

ar o

seu

am

igo.

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sou

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SItUA

çã

O 3

:

cyb

erbullying

Nesta situação, p

odem

ser abord

ados

os seguintes asp

ectos:

• O

que é o cyb

erbullying

?

• O

que fazer quando se é vitima de cyb

erbullying

? Referir a im

portância de falar com o encarregado de educação ou com

um

professor, relatando-lhes o sucedido. É desejável que os alunos com

preendam que, m

esmo sem

mencionar nom

es, é importante

relatar situações desta natureza e desabafar com alguém

.

• N

ão aproveitar o “p

seudo-anonim

ato” que as tecnolog

ias nos p

ossibilitam

para enviar m

ensagens com

conteúdo ofensivo.

• G

uardar as m

ensagens ofensivas. Estas m

ensagens servem

de p

rova e revelam

indícios q

ue ajudam

as autoridad

es a identificar os seus

autores.

• N

ão reenviar as mensag

ens ofensivas a ninguém

. As m

ensagens

ofensivas prop

agam

-se normalm

ente muito d

epressa. É

imp

ortante que o aluno p

erceba q

ue não deve contrib

uir para essa

prop

agação.

• N

ão retribuir na m

esma m

oeda. A

lertar os alunos para o facto d

e não d

everem ag

ir do m

esmo m

odo q

ue os seus agressores, m

esmo

que já tenham

sido vítim

as de cyb

erbullying

.

• A

prob

lemática d

o cyberb

ullying não é esp

ecífica do correio

electrónico. As red

es sociais, o e-mail, o telem

óvel e outros meios

tecnológicos estão m

uitas vezes envolvidos e tam

bém

pod

em e

devem

ser abord

ados na d

iscussão.

• Q

ue med

idas p

odem

ser tomad

as para evitar/m

inimizar os efeitos

do cyb

erbullying

?Situação 4: regras d

e conduta na Internet

SItUA

çã

O 4

:

Reg

ras de c

ond

uta na InternetN

esta situação, pod

em ser ab

ordad

os, por exem

plo, os seg

uintes asp

ectos:

• O

que são o b

ullying e o cyb

erbullying

?

• Q

ue med

idas p

odem

ser tomad

as para evitar/m

inimizar os efeitos

do cyb

erbullying

?—

Evitar chamad

as de núm

eros anónimos;

— C

uidad

os com a confid

encialidad

e de p

alavras-chave que não

devem

ser divulg

adas aos am

igos;

— C

uidad

os com a p

ublicação d

e fotos pessoais; ter consciência

de q

ue pod

em vir a ser m

anipulad

as dig

italmente;

— C

hamad

a de atenção p

ara os níveis de p

rivacidad

e nas redes

sociais;

• Reg

ras de cond

uta na Internet—

O q

ue é netiqueta?

— Ped

ir aos alunos para enunciarem

algum

as regras d

e netiqueta;

— Evitar escrever em

letras maiúsculas;

— Pensar antes d

e pub

licar/clicar;—

Tratar os outros como g

ostamos q

ue nos tratem a nós;

— Evitar reenviar m

ensagens.

Saiba m

ais sobre estas tem

áticas no C

entro de R

ecursos do p

ortal SeguraN

et.Sig

a-nos no Twitter:

http://tw

itter.com/Seg

uraNet

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A b

anda

fav

orit

a da

Ana

lanç

ou u

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álbu

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Ela

ouv

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Ana

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uma

cópi

a da

can

ção.

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joga

on-

line

com

out

ros

joga

dore

s.

É m

esm

o fix

e. À

s ve

zes

fala

com

os

outr

os

part

icip

ante

s m

as t

oman

do a

lgum

as p

reca

uçõe

s.

Que

pre

cauç

ões

é qu

e el

e de

ve te

r em

con

ta?

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aria

s?

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SItUA

çã

O 5

:

direito

s de A

utor

Nesta situação, p

odem

ser ab

ordad

os, por exem

plo,

os seguintes asp

ectos:

• O

que são os d

ireitos de autor?

• Existe m

úsica disp

onibilizad

a

gratuitam

ente na Internet?

• A

lgum

as band

as tornaram-se fam

osas

graças a p

artilhas feitas na Internet;

• Tod

os devem

os ter o direito d

e ser pag

os pelo nosso trab

alho; ao com

prar um

CD

, a Ana está a contrib

uir para q

ue os músicos

possam

continuar o seu trabalho;

• A

facilidad

e com q

ue se retira informação d

a Internet não deve

ser desculp

a para q

ue tal se faça quand

o não é legal. Retirar

informação não autorizad

a é crime!

• A

lgum

as das m

úsicas pod

em ser ouvid

as em p

arte na Internet e com

prad

as individ

ualmente, evitand

o a comp

ra de tod

o o CD

.

• A

s licenças creative comm

ons perm

item q

ue se utilize obras d

e outros autores sem

lhes ped

ir autorização, uma vez q

ue esta já foi p

reviamente conced

ida. Sob

re esta temática veja tam

bém

http://w

ww

.creativecomm

ons.pt/

• A

referência das fontes nos trab

alhos escolares.

O q

ue são fontes?

SItUA

çã

O 6

:

Jog

os o

nlineN

esta situação, pod

em ser ab

ordad

os, por exem

plo, os seg

uintes asp

ectos:

• O

que são jog

os online? Que tip

os de jog

os jogam

os alunos?

São online?

• O

que é um

griefer? C

omo lid

ar com um

griefer?

• A

lguns cuidados:

— Evitar fornecer inform

ações pessoais (nom

e, morad

a, contactos, etc.);

— U

tilizar nomes d

e ecrã (alcunhas) que não revelem

dad

os p

essoais;—

Evitar que d

iscussões online possam

passar p

ara a vida real;

— A

lertar para os riscos inerentes aos encontros

com

pessoas q

ue apenas se conhecem

de am

bientes virtuais;

— N

ão transpor p

ara a realidad

e

as situações de jog

os; —

Falar com ad

ultos (pais,

p

rofessores, etc.) sobre

situações em

baraçosas

q

ue possam

ou tenham

m

esmo acontecid

o.

Participe com

os seus alunos nas actividad

es Seg

uraNet.

Promova a literacia d

igital, consulte o

Centro d

e Recursos d

o portal Seg

uraNet.