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O que faz com que as cooperativas sejam bem sucedidas?

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Artigo sobre casos de cooperativismo pelo mundo com especial incidência sobre a cidade de Maleny na Austrália. http://www.proutugal.org/2012/11/o-que-faz-com-que-as-cooperativas-sejam-bem-sucedidas/ UPLOAD PATROCINADO POR: www.NOVACOMUNIDADE.org - O MODELO COOPERATIVO FAMILIAR www.MDDVTM.org/educacao - MOVIMENTO DE DEMOCRACIA DIRECTA EDUCATIVA "Tudo que o homem não conhece não existe para ele. Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento." (Carlos Bernardo González Pecotche) "Um povo ignorante é um instrumento cego da sua própria destruição." (Simón Bolivar)

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O que faz com que as cooperativas sejam bem sucedidas?

Por admin ⋅ 1 de Novembro de 2012 ⋅ Escrever comentárioNOS Tópicos: cooperativas

R.M. Baseman, investigador associado e conselheiro do Institutode Investigação PROUT da Venezuela (PRI-VEN) realizou uma pesquisa passiva na internet para encontrar um consenso mundialsobre a questão do sucesso das cooperativas. Primeiro, Baseman encontrou uma fonte de artigos e publicações em que os autoresexpressaram opiniões e conclusões sobre o sucesso e o fracasso de cooperativas. As fontes reflectem a experiência de todos oscontinentes e de mais de 10 países, incluindo os da Organização Internacional do Trabalho, a Aliança Cooperativa Internacional edas Nações Unidas. Estudando isto, ele localizou 175 factores para o sucesso, que ele agrupou em 13 categorias, em termos deprioridade, de acordo com o número de respostas semelhantes:

Ambiente de apoio1.Planeamento sólido antecipado2.Benefícios económicos reais para os membros3.Gestão qualificada4.Acreditar nos conceitos das cooperativas5.Desenvolvimento de base e liderança6.Financeiramente auto-sustentável7.Inovação e adaptação8.Estrutura eficaz e operacional9.Trabalho em rede com outras cooperativas10.Comunicações11.Interesses comuns dos membros12.

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Educação13.

As cooperativas, muito mais do que as corporações, reflectem melhor a vida e os pensamentos dos membros-proprietários. Se osinteresses comuns dos membros e os interesses das cooperativas são postos de lado, as cooperativas desaparecem.

“Empresas Cooperativas Bem Sucedidas Transformam uma Comunidade através do Estabelecimento da DemocraciaEconómica.”

Todos os factores básicos para o sucesso em qualquer negócio também se aplicam às cooperativas, como seria de esperar: tem dehaver uma procura real pelo produto; o planeamento tem que ser completo e realista; e a empresa tem de ganhar dinheiro. Hátambém diferenças claras entre cooperativas de consumidores e de produtores, fazendo com que os factores para o sucesso,também sejam um pouco diferentes. Por exemplo, o apoio difundido da comunidade a uma cooperativa de consumo é essencial,porque sem milhares de clientes regulares terá que fechar. Por outro lado, uma cooperativa que fabrica soluções de automatização,por encomenda, para a indústria, é muito menos dependente do apoio da comunidade. [1]

Exemplos de Cooperativas de Pequena Escala em Maleny [2]

Maleny é uma pequena cidade de 5.000 habitantes situada a 100 quilómetros a norte de Brisbane na Sunshine Coast da Austrália.Vinte cooperativas bem sucedidas funcionam em Maleny, ligando todos os aspectos da vida da comunidade: um bancocooperativo, uma cooperativa de consumo de alimentos, um clube cooperativo, uma cooperativa de artistas, uma cooperativa detrocas sem o uso de dinheiro, uma estação de rádio cooperativa, uma cooperativa de cinema, quatro cooperativas ambientais evários estabelecimentos cooperativos comunitários.

Sistema Bancário Sustentável MCU (“Maleny Credit Union”, União de Crédito de Maleny)

A União de Crédito Maleny foi iniciada em 1984 com o objectivo de criar uma instituição ética financeira que ajude a autonomiafinanceira regional, fazendo empréstimos exclusivamente a pessoas e projectos locais. Inicialmente, foi composta por voluntários,que trabalhavam alugando quartos e registavam os depósitos de forma manual num diário. No primeiro dia de operações, apopulação local depositou mais de 25.000 dólares Americanos.Hoje, a MCU cresceu para cima de 5.500 membros-proprietários, e 52 milhões de dólares em activos, incluindo o seu próprioedifício. Pessoas de toda a Austrália investem o seu dinheiro com a União de Crédito; cerca de metade dos seus depósitos vêm defora da comunidade.As ofertas de serviços da MCU incluem poupança, cheques, empréstimos, cartões de crédito, contas de depósito a prazo,poupança-reforma ética e seguros. Desde a sua criação, a União de Crédito tem feito vários pequenos empréstimos a pessoaslocais que teriam sido impedidas de contrair empréstimos em bancos maiores. Estes empréstimos têm ajudado a comprar umterreno, a construir as suas próprias casas, e iniciar mais de 100 novos negócios geradores de empregos. Apesar de algumasdificuldades iniciais, hoje a MCU é extremamente bem sucedida, principalmente porque desenvolveu o equilíbrio certo entre oconhecimento financeiro e o espírito de cooperação. [3]

Cooperativas de Consumidores de Alimentos

Em 1979, um pequeno grupo de pessoas, que queriam alimentos integrais, cultivados e desenvolvidos por agricultores locais,formaram a Maple Street Co-op. Hoje em dia, esta gere uma loja a retalho de comida saudável e orgânica, na rua principal deMaleny, aberta sete dias por semana, com 1.700 membros activos. Possui mais de 40 funcionários e stocks com mais de 4.500produtos para a saúde. Embora funcione como cooperativa de consumidores, também vende ao público [4].

A primeira prioridade desta cooperativa é fornecer alimentos orgânicos. Concentram-se em alimentos produzidos localmente e, seisso não for possível, produtos que sejam produzidos na Austrália. Recusam-se a armazenar ou a ter algo na sua oferta ao públicoque contenha material geneticamente modificado, assim como produtos de empresas que consideram ser exploradoras de pessoasou do meio ambiente. Esta cooperativa actua sobre o princípio do consenso de tomada de decisão.

No início, o trabalho na cooperativa foi voluntário, mas com o crescimento do negócio, o número de trabalhadores assalariadosaumentou lentamente. Durante os seus 32 anos de actividade, tem vindo a superar vários obstáculos primordiais. Em diversos

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momentos da sua existência, a cooperativa lidou com problemas como falta de um plano de negócios viável, gestão de perdas,tomada de decisões de investimento pobres, falta de gestão financeira experiente, e ter gasto bastante tempo a resolver diferençasde opinião entre os seus membros.

Ao aprender com a experiência, a cooperativa desenvolveu gradualmente um sólido plano estratégico e financeiro. Durante aúltima década, a cooperativa teve lucros. No entanto, está estruturada como uma empresa sem fins lucrativos, deste modo oslucros, ou são reinvestidos para expandir os serviços da cooperativa e desenvolver a sua infra-estrutura, ou são doados paraactividades comunitárias.

Em 2006, a Maple Street Co-op, escolheu compartilhar a gestão com o Clube Upfront, uma restaurante cooperativa, com bar esala de entretenimento situada na loja ao lado. O clube ainda funciona como um “coração social” acolhedor e amigável para apopulação de Maleny. Recebem regularmente noites de cinema, sessões abertas de convívio, exposições de arte, angariação defundos e noites de jogo, juntamente com uma grande variedade de música ao vivo. Os voluntários ajudam em muitas áreas doClube, desde lavar pratos, a eventos de planeamento e acções de renovação da propriedade. As duas cooperativas juntasproduzem mais de 2 milhões de dólares em fluxo de caixa anual.

Outras Cooperativas em Maleny

Maleny tem um dos programas do Sistema de Transferência Local de Energia (LETS-Local Energy Transfer System) com maiorsucesso da Austrália. Funciona como uma cooperativa sem trocas monetárias, cujos membros comercializam os seus produtos eprestam serviços uns aos outros sem o uso do dinheiro. Em vez disso, usam uma moeda local: o Bunya, assim chamado emlembrança de um fruto local. Isto permite que pessoas com pouco ou nenhum dinheiro participem na economia local. [5]

O Jardim de Infância da Comunidade de Maleny foi construído por um grupo de voluntários da comunidade em 1939. Hoje emdia, ainda funciona nas mesmas instalações, com um belo jardim paisagístico à entrada. O jardim de infância é dirigido por umconselho eleito.

Maleny tem três cooperativas ambientais. A Barung Landcare é uma das centenas de grupos de base comunitária, que cuidam daterra, por toda a Austrália; dirige um viveiro de sucesso, providencia educação ambiental e promove a colheita sustentável demadeira nativa. A Booroobin Bush Magic gere um viveiro para a floresta tropical, enquanto a Green Hills Fund trabalha parareflorestar o interior de Maleny.

Existem quatro cooperativas comunitárias estabelecidas em Maleny, incluindo a vila de permacultura Crystal Waters. A povoaçãode Crystal Waters aloja 200 residentes em lotes privados com perto de meio-hectar, cada. Dois lotes comunitários, que sãopropriedade de uma cooperativa de moradores, incluem edifícios para eventos comunitários, pequenas empresas e um mercadomensal. A Comunidade Cooperativa de PROUT tem 10 famílias e usa a metade das suas terras para a Escola Primária River, commais de 200 alunos em 25 hectares de terra de uma bonita floresta tropical. [6]

A Experiência Cooperativa Venezuelana

A primeira cooperativa legal na Venezuela foi uma associação de poupanças e empréstimos formada em 1960. Até ao final de1998, existiam 813 cooperativas inscritas com 230.000 membros. A maioria destas ainda estão activas, fortes e resilientes, poisforam criadas pelos membros sem apoio do governo ou qualquer financiamento. Por exemplo, as Cooperativas de Serviços Sociaisdo Estado de Lara (Cecosesola), fundadas em 1967, incluem agora cooperativas de consumidores e produtores na área alimentíciaque prestam serviços a 60 mil pessoas todas as semanas, de crédito mútuo, clínicas de saúde e uma rede de cooperativas de casasfunerárias que é número um na região oeste. [7]

Quando o presidente Hugo Chávez assumiu o cargo no início de 1999, começou a enfatizar as cooperativas, a fim de transformaras propriedades em formas colectivas de posse e gestão como chave para a Revolução Boliveriana. Em 2005 apelou por um“socialismo do século XXI”. O seu programa de formação de emprego para desempregados, Missão Vuelvan Caras (“Voltar aEncarar”), incluía educação cooperativa e incentivou todos os formandos para formarem uma cooperativa. O registo dascooperativas foi tornado gratuito; foram isentas do imposto de renda; o micro-crédito foi disponibilizado, e foram aprovadas leisorientado o governo a dar preferência às cooperativas na adjudicação de contratos.

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O objectivo era transformar uma economia orientada para o lucro capitalista, numa que fosse orientada para o desenvolvimentosocial endógeno e sustentável, envolvendo aqueles que tinham sido marginalizados ou excluídos. O resultado foi a criaçãofenomenal de 262.904 cooperativas registadas até ao final de 2008, mas muitas delas nunca se tornaram activas ou colapsaram. Oinstituto de supervisão de cooperativas nacionais, SUNACOOP, reconheceu como cooperativas em funcionamento cerca de70.000 [8], número que ainda é o maior total para qualquer país depois da China.

A maioria das cooperativas têm poucos membros sem qualificação. Devido à alta taxa de fracasso entre as cooperativas registadas,em 2005, o presidente mudou a abordagem do governo, de cooperativas para empresas socialistas e aquisições de fábricas pelostrabalhadores. Desta forma, o governo paga os salários, mas mantém a propriedade. PROUT por outro lado, apoia a propriedadepelo trabalhador, bem como a gestão pelos trabalhadores.

O Instituto de Investigação de PROUT da Venezuela (PRIVEN – PROUT Research Institute of Venezuela) elaborou doisestudos, em 2007, e um acompanhamento em 2010, para entender os problemas e as necessidades das 40 cooperativas do distritorural de Barlovento, situado a duas horas de carro a leste de Caracas. Mais de 90 por cento da população são afro-venezuelanos,descendentes de ex-escravos, que historicamente sofreram o racismo e a discriminação. O distrito tem altos níveis de pobreza edesemprego, disparidade económica e emigração para as cidades.

O objectivo destes estudos foi diagnosticar os problemas e desafios que o trabalhador de empresas públicas enfrenta.Osresultados mostram que:

Três anos após o primeiro estudo, oitenta e cinco por cento das cooperativas ainda estão a funcionar, com pouco apoio dogoverno ou nenhum.Aquelas que fecharam, bem como algumas que sobreviveram foram roubadas por gestores de cooperativas corruptos.Sessenta por cento dos membros das cooperativas não tiveram formação em cooperativas.A maioria dos trabalhadores acreditam que recebem o mesmo salário ou menos do que se estivessem trabalhando paraempresas privadas.Há pouca intercooperação entre cooperativas, assim como pouco apoio da comunidade de Barlovento.As cooperativas mais estáveis são aquelas em que os membros providenciaram pelo menos parte do capital inicial.Claramente, as cooperativas da Venezuela precisam de formação prática e consultores sensíveis às necessidades gerais.

Directrizes para cooperativas bem sucedidas

Os sucessos das cooperativas Maleny foram alcançados através de grandes lutas ao longo das duas últimas décadas. Em Malenyos proutistas, em consenso com outros membros dos comités de gestão, elaboraram as directrizes que consideram importantes naconstrução de empresas cooperativas de sucesso:

Satisfazer a necessidade. As pessoas têm de se unir, a fim de atender a uma necessidade genuína na comunidade. Nãoimporta o quão boa é a ideia, pois se não houver uma necessidade da comunidade, a empresa não terá sucesso.Estabelecer um grupo de fundadores. Algumas pessoas dedicadas têm de assumir a responsabilidade de levar a ideia inicialaté à criação. No entanto, uma pessoa terá de fornecer a liderança.Comprometer-se com uma visão. Comprometer-se com os ideais e valores implícitos nas empresas cooperativas, e tentargarantir que tanto os membros como a gestão são honestos, dedicados e competentes.Realizar um estudo de viabilidade. Avaliar objectivamente a percepção da necessidade, e determinar se o empreendimentoproposto pode suprimir essa necessidade através da realização de um estudo de viabilidade.Estabelecer fins claros e objectivos. Os membros de cada empresa devem formular fins claros e objectivos através deconsensos. Estes fins e objectivos irão ajudar a dirigir tudo a partir do foco inicial do grupo fundador para estratégiaspromocionais e processos orçamentais nos próximos anos.Desenvolver um bom plano de negócios. A empresa vai necessitar de capital, terá de gerir as finanças de forma eficiente, eem algum momento irá ter que tomar decisões efectivas sobre empréstimos, pagamentos e alocação de lucro.Assegurar o apoio e o envolvimento dos membros. Os membros são proprietários da própria empresa – a cada passo, o seuapoio e envolvimento são essenciais.Estabelecer um local. Assegurar instalações operacionais adequadas para a empresa, na melhor localização possível nacomunidade.Obter gestão qualificada. De dentro da comunidade, trazer para a empresa as pessoas que têm as qualificações necessárias

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nas áreas de gestão, negócios finanças, sistema judicial e de contabilidade.Continuar a educação e formação. Idealmente, os membros terão capacidades necessárias, em particular, qualidades decomunicação e desenvolvimento interpessoal necessárias, para executar o empreendimento com sucesso. Caso isso nãoaconteça, vão ter de desenvolver tais capacidades ou trazer novos membros que as têm.

Regras de Ouro Estratégicas para uma Comunidade Económica

Comece em pequena escala, com as competências e os recursos disponíveis na comunidade.Faça uso de modelos de referência, sempre que possível, aqueles com experiência no desenvolvimento da comunidade.Verifique se a empresa envolve tantas pessoas quanto possível.

Benefícios à comunidade

Empresas cooperativas beneficiam uma comunidade de muitas maneiras. Juntam as pessoas, incentivam-nas a usar as suascapacidades e talentos, e proporcionam-lhes uma oportunidade de desenvolver novas capacidades. Fortalecem a comunidade,criando um sentimento de pertença, promovendo relações estreitas entre os diferentes tipos de pessoas, e capacitam-nas paratomar decisões para o desenvolvimento de sua comunidade.

Tudo isto fomenta o espírito de comunidade. Trabalhando em conjunto, a comunidade é capaz de realizar muito mais do quequando os indivíduos seguem caminhos separados.

A nível económico, as cooperativas promovem auto-suficiência económica regional e independência de controlo externo,capacitando as pessoas locais. Criam emprego, fazem circular o dinheiro dentro da comunidade, e oferecem uma ampla gama debens e serviços. Como as empresas cooperativas são de propriedade dos próprios membros, os lucros permanecem na regiãolocal. Deste modo, aumentam a riqueza e constroem a força da comunidade.

Em essência, empresas cooperativas de sucesso transformam uma comunidade através do estabelecimento de democraciaeconómica. Uma empresa cooperativa é o sistema sócio-económico do futuro. Com o capitalismo global terminalmente doente, odesenvolvimento de cooperativas como alternativas independentes faz todo o sentido. Em Mondragón, em Maleny, e naVenezuela, esse futuro está agora a ser revelado.

Notas

1 O artigo completo e a base de dados estão disponíveis em: http://priven.org/publications/2 Veja Jake Karlyle, “Maleny Cooperatives”. New Renaissance , Volume 12, No 2 (Winter, 2003-4), e o excelente documentáriode Alister Multimedia, “Creating Prosperous Communities: Small-Scale Cooperative Enterprises in Maleny”http://alistermultimedia.nhlf.org/creating-prosperous-communities/3 http://www.malenycu.com.au4 http://www.maplestreetco-op.com5 http://www.lets.org.au/qlets.html6 http://www.amriverschool.org.7 Carla Ferreira, “A cooperative where there are no positions, only tasks to be done: Cecosesola, Venezuela”.http://priven.org/262/8 Dario Azzellini, “Venezuela’s Solidarity Economy: Collective Ownership, Expropriation and Workers Self-Management.”WorkingUSA: The Journal of Labor and Society. Volume 12, Issue 2, junho de 2009, pp 171-191.

Extraído de: Após o Capitalismo: Democracia Económica em Acção por Dada Maheshvarananda (Puerto Rico: InnerWorldPublications, 2012): www.aftercapitalism.org

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