O que você precisa saber sobre obesidade · excesso de peso, estimulando o emagrecimento e manutenção do peso adequado. Apresento este trabalho como uma forma de homenagem a Drª

O que você precisa saber sobre obesidade

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O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE OBESIDADE

O presente manual foi idealizado pela médica clínica

geral e homeopata Selma Freire autora do manual: “O Que

Você Precisa Saber sobre Homeopatia” e tem como missão

divulgar informações básicas sobre o tema à população em

geral, conscientizar as pessoas sobre a pandemia da

obesidade e sobrepeso e suas consequências futura na saúde

física, social e emocional do indivíduo, bem como divulgar as

vantagens de aquisição de hábitos saudáveis para promoção

da saúde.

A iniciativa visa ainda à necessidade de promover

cada vez mais, a interação dos profissionais das diversas áreas

de saúde na avaliação, acompanhamento e controle do

excesso de peso, estimulando o emagrecimento e

manutenção do peso adequado.

Apresento este trabalho como uma forma de

homenagem a Drª Ana Dâmaso e toda sua equipe do Curso

da Pós-graduação de Obesidade e Emagrecimento em

Saúde da UNIFESP, aos alunos do curso de Pós-graduação

2012 e em especial a equipe interdisciplinar que participou da

elaboração do Manual.

“A Educação é um processo inovador, dinâmico, ordenador

de pensamento, transformador e deve ser contínuo”.

Selma Freire


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O QUE VOCÊ

PRECISA SABER

SOBRE

OBESIDADE


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Introdução

A obesidade, antes vista apenas como sinônimo de

gula ou falta de força de vontade, atualmente é definida

pela Organização Mundial de Saúde OMS, como uma

doença crônica inflamatória de causa multifatorial

associada ao aumento da ingestão alimentar e diminuição

do gasto energético, levando ao desenvolvimento de

várias doenças, prejudicando a qualidade de vida e

sobrevida das pessoas.

O excesso de peso vem aumentando cada vez

mais na maioria dos países do mundo em todas as faixas

etárias. De acordo com a OMS, atualmente 12% da

população mundial apresenta obesidade, e, 2,8 milhões

de pessoas morrem por ano devido à doença. Pode-se

dizer que cerca de 1,5 bilhões de pessoas com mais de 15

anos de idade apresentam excesso de peso e dessas, 400

milhões são consideradas obesas. No Brasil, segundo dados

do Ministério da Saúde, em 2006, eram 42,7% de obesos e,

e em 2011 este valor subiu para 48,5%.

No Brasil 6 milhões de crianças e adolescentes tem

sobrepeso ou são obesas. Portanto, o sobrepeso e a

obesidade se constituem um grave problema de saúde

pública sendo responsável por um grande aumento dos

gastos com a saúde.

O presente manual tem como principal objetivo

esclarecer às pessoas sobre uma nova visão da obesidade,

divulgar suas verdades e mitos, aconselhar para uma

alimentação saudável, prática de atividade física regular e

controle do estresse, bem como destacar a necessidade

de ações integradas interdisciplinares na prevenção e

tratamento do excesso de peso e promoção da saúde.


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Sumário

7. O que é obesidade?

12. Como sei que estou obeso?

14. Obesidade e inflamação

17. Como prevenir o excesso de peso

26. Aspectos psicológicos da obesidade

30. Como se trata a obesidade?

34. A importância da equipe interdisciplinar no

tratamento da obesidade

37. Como avaliar o estado nutricional?

39. Reeducação alimentar para as pessoas

obesas

46. A diferença entre atividade física e exercício

físico

48. Exercício físico, sistema imunológico e

obesidade

50. Terapias complementares e obesidade.

54. Adolescência e obesidade

57. Sono e obesidade


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Sumário

60. Quando deve ser indicado o tratamento

cirúrgico?

62. Abuso de drogas

64. Obesidade, tabagismo e gestação

68. A Influência da mídia

71. Mitos e verdades

79. Vantagens do emagrecimento para o obeso

82. Saiba que...

85. E mais...

88. Atenção!

90. Cuidado!

94. Finalmente...

96. Referências bibliográficas

101. Equipe interdisciplinar do curso de obesidade,

emagrecimento e saúde - UNIFESP

102. Agradecimentos


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O Que é Obesidade?

A obesidade é uma doença crônica, causada por

vários fatores, que podem ser exógenos (fatores

externos) ou endógenos (fatores internos).

Dentre os fatores exógenos, temos:

1- Alimentação Inadequada

2- Influências Pré-natais

3- Aleitamento materno (Falta de aleitamento

materno ou desmame precoce)

4- Fatores Comportamentais, como: Fracionamento

das Refeições e Estilo de Vida

5- Fatores Psicológicos

6- Interrupção do Tabagismo

7- Drogas


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Já os fatores endógenos, incluem:

1- Gravidez

2- Menopausa

3- Fatores Genéticos

4- Idade

5- Sono

6- Distúrbios neurológicos ou endócrinos

No decorrer dos capítulos será abordado cada um

dos temas de forma mais detalhada.

O indivíduo é considerado obeso quando a

quantidade de gordura relativa à massa corporal se

iguala ou excede a 30% em mulheres e a 25% em

homens. A obesidade grave é caracterizada por um

conteúdo de gordura corporal que exceda 40% em

mulheres e 35% em homens.

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo

excessivo de gordura corporal, que compromete a

saúde do indivíduo e está fortemente ligada ao

desequilíbrio energético prolongado, causado pelo alto

consumo de calorias e diminuição no gasto energético

ou por ambos, conforme ilustrações a seguir:


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Quando o consumo de alimentos é menor que o gasto de

energia, ou seja, a prática atividade física ou exercício

físico, o resultado é: PERDA DE PESO!

Quando o consumo de alimentos é igual ao gasto de

energia, ou seja, a prática atividade física ou exercício

físico, o resultado é: MANTER O PESO!

Quando o consumo de alimentos é maior que o gasto

de energia, ou seja, a prática atividade física ou

exercício físico, o resultado é: GANHO DE PESO!


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O Que é Obesidade?

O excesso de peso está associado ao

aparecimento das principais doenças que atingem a

população atualmente, como diabetes, hipertensão,

câncer, doenças cardiovasculares (infarto, trombose,

entre outras), problemas ortopédicos, dificuldades para

dormir, alteração no colesterol e distúrbios psicológicos.

Na obesidade a gordura pode se distribuir de

algumas formas, a distribuição do tipo Ginoide (ou tipo

pêra), onde a gordura acumula-se principalmente no

quadril e coxas, e que está associada ao aparecimento

de desgaste da articulação das pernas e de varizes. A

distribuição do tipo Androide (ou tipo maçã), onde a

gordura é depositada principalmente no abdome, está

relacionada a doenças cardiovasculares, distúrbios do

colesterol, diabetes e hipertensão. E, a do tipo mista, a

gordura está em grande quantidade distribuída por

todo corpo.


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“O indivíduo é considerado obeso quando a

quantidade de gordura relativa à massa corporal se

igual ou excede a 30% em mulheres e a 25% em

homens. A obesidade grave é caracterizada por um

conteúdo de gordura corporal que exceda 40% em

mulheres e 35% em homens.”

Gordura Androide (maçã) Gordura Ginoide (pêra)


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Como Sei Que Estou

Obeso?

A OMS utiliza uma técnica simples, chamada de

IMC (índice de massa corporal), para avaliar condições

de peso corporal. O método faz a relação entre o peso

e altura da seguinte forma:

IMC PESO (kg) = Kg/ m²

ALTURA x ALTURA(m)

A interpretação do resultado é realizada através

da utilização da tabela abaixo, onde classifica a

obesidade:

IMC CLASSIFICAÇÃO OMS

< 18,5 Baixo peso

18,5 – 24,9 Faixa normal

25 – 29,9 Sobrepeso

30 – 34,9 Obesidade Grau 1

35 – 39,9 Obesidade Grau 2

> 40,0 Obesidade Grau 3

Fonte: OMS, 1997


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Como Sei Que Estou

Obeso?

O sobrepeso é um alerta para obesidade, por isso

IMC a partir de 25kg/m², deve ser observado com

atenção.

O IMC é um método simples para verificar a

distribuição de peso para altura, possibilitando uma

avaliação preliminar, na identificação sobrepeso ou

obesidade. Porém, é fundamental que a pessoa

procure um profissional da saúde para o tratamento.


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Obesidade

e Inflamação

“A maior ameaça à saúde das pessoas que estão acima do

peso não é a gordura em si, mas o que a mesma provoca no

organismo”.

Hipócrates observou a 2.500 anos que as

pessoas obesas tinham menos sobrevida que os

magros.

O tecido adiposo antes visto apenas como um

órgão armazenador de energia, protetor contra choque

ou isolante térmico, atualmente se constitui o maior

órgão endócrino do corpo secretando várias

substâncias (hormônios, proteínas, citocinas) capazes de

influenciar o equilíbrio interno de células e tecidos de

todo o organismo (homeostasia) e participar do

desenvolvimento de várias doenças.

Desde 1993 pesquisadores descreveram um

estado pró-inflamatório em indivíduos obesos. O excesso

de peso leva ao aumento de massa adiposa. E a


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expansão do tecido adiposo comprimindo os vasos

sanguíneos, diminuindo a oxigenação dos tecidos e

pode ainda provocar várias desordens no organismo

envolvendo respostas imunológicas e inflamatórias.

O excesso de gordura corporal,

particularmente a gordura abdominal está

associado à secreção aumentada de ácidos

graxos livres (gordura) na circulação sanguínea que

contribui para o desenvolvimento de resistência à

insulina (pré-diabete), diabete melito tipo 2,

distúrbios dos níveis de gordura circulantes

(dislipidemia), aumento do LDL colesterol (colesterol

ruim), e redução do HDL colesterol (colesterol bom),

hipertensão arterial, aumento da coagulação

sanguínea, doenças cardiovasculares, doenças

articulares, asma, doença da vesícula

(colecistopatia) e algumas formas de câncer.

O controle interno da glicose (açúcar)

envolve vários sistemas do organismo, hormônios e

nutrientes incluindo vários órgãos como: estômago,

intestino, pâncreas, fígado e Sistema Nervoso


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Central. Todos os sistemas funcionam interligados e

regulados através de vários mecanismos

compensatórios. O estilo de vida sedentário, a

sobrecarga calórica ativam vias envolvidas na

inflamação, causando disfunção, facilitando o

processo de adoecimento das pessoas.

A obesidade é considerada na atualidade como

uma doença com um estado inflamatório sistêmico de

baixo grau e sua prevalência bem como o

sedentarismo em crianças e adolescentes em

quase todos os países do mundo (pandemia), é

preocupante por estar associada com maior risco

de doenças cardiovasculares. As manifestações

clínicas destas doenças são em geral observadas

na meia idade ou em idade avançada. No

entanto, estudo recente indica que o processo de

arteriosclerose começa a se desenvolver já na

infância, portanto a prevenção do excesso de

peso, desde a infância é a melhor maneira de se

evitar danos à saúde futura da população.


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Como Prevenir o

Excesso de Peso?

A prevenção é tudo! E começa a partir do

planejamento familiar, ou seja, se inicia quando uma

mulher deseja engravidar, pois o excesso de peso da

mãe antes de engravidar e durante a gestação tem

forte influência no peso e na saúde do bebê quando

nasce e durante toda sua vida.

Sabe-se que o desmame precoce, ou seja,

quando a mãe começa a oferecer alimentos ao bebê

antes da idade ou começa a dar

alimentos/preparações inadequadas à idade da

criança também é um fator que leva ao excesso de

peso em curto, médio ou longo prazo. Não foge do

cuidado a utilização de fórmulas lácteas, pois, se mal

preparadas pode favorecer o ganho de peso

inadequado da criança.

Se alimentar de forma inadequada é, sem

sombra de dúvida é o principal fator que leva ao


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excesso de peso (independente da faixa etária).

Seguem alguns exemplos abaixo sobre o que não deve

ser feito:

Não tomar o café da manhã: este hábito

faz com que você programe o seu

metabolismo para que ele funcione de

forma mais lenta, e fará com que você

coma mais na próxima refeição.

Períodos longos em jejum durante o dia e entre as

refeições: faz com que o organismo entenda que deve

“estocar” energia, ou seja, acumula gordura corporal

mais facilmente (principalmente na região abdominal).

Consumo de alimentos e preparações com baixo valor

nutricional: são aqueles que contêm altas

concentrações de calorias e/ou açúcar e/ou gordura,

ou seja, não fornecem fibras e vitaminas em

quantidades adequadas.

Ingestão de bebidas e alimentos com excesso de

açúcar: sabe-se que devemos evitar estes tipos de

alimentos, pois contêm um teor elevado de calorias e

baixo valor nutricional. Exemplos: refrigerantes, sucos

artificiais (caixinha ou pó), bebidas energéticas e


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alcoólicas em geral, doces cristalizados

(goiabada e marmelada), geleia, doce

de leite, bolo recheados, preparações

com leite condensado, chocolate, alguns

iogurtes, bala, pirulito, sorvete, chiclete...

Consumir alimentos com excesso de gordura e/ou

sódio: fique atento ao consumo de alimentos

industrializados (biscoito recheado, manteiga), como

congelados (hambúrguer, almôndega, lasanha, pizza,

sorvete, batata em palito, nuggets e salgados em geral),

embutidos (salsicha, salame, linguiça, presunto e

mortadela) enlatados (creme de leite, milho, seleta,

ervilha, picles, azeitona e alcaparra) e outros que são

previamente fritos (macarrão instantâneo, salgadinho

de pacote e batata palha)...

Consumo excessivo e/ou mistura na mesma refeição de

alimentos que são fontes de carboidrato: que é um

grupo de alimentos que é responsável por fornecer

energia ao organismo. Porém, se consumido de forma

excessiva, resultará em ganho de peso. Exemplos: arroz,

batata, macarrão, farinha, cuscuz, milho, mandioca,

mandioquinha, cará, purê, pão, torrada, biscoitos, bolo,

rosca...


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Substituir ingestão de água por sucos e refrigerantes: a

bebida responsável pela hidratação é

exclusivamente a água. Refrigerantes e

sucos não substituem, de forma nenhuma

a ingestão de água, além de levar ao

excesso de peso.

Lanches inadequados para serem consumidos na

escola: muitas vezes na praticidade acredita-se que

alguns alimentos/preparações são ideais, porém não

são, como: bisnaguinha, bolacha de água e sal, sucos

artificiais, bolinhos, biscoitos doces e recheados,

salgadinhos, lanches com presunto e queijo amarelo ou

qualquer outro embutido (salame, mortadela, salsicha,

linguiça..) ou ainda salgados, como croissant, pão de

queijo e mini pizza.

Alguns comportamentos também podem favorecer o

ganho de peso, como por exemplo:

Comer assistindo TV ou na frente do computador: faz

com que você coma sem perceber a quantidade. Por

tanto você ingere muito mais que necessita, lavando ao

aumento de peso.


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Achar que no final de semana pode comer de tudo:

ingerir alimentos muito calóricos no final de semana faz

com que você recupere os quilos perdidos durante a

semana, portanto sendo um esforço em vão.

Tirar carboidrato da alimentação: o carboidrato é a

base da alimentação por fornecer energia para as

atividades vitais e do dia-a-dia. Ao invés de tirar, escolha

carboidrato integral.

Fazer dietas da moda: geralmente retira um nutriente da

alimentação, o que causa um desequilíbrio no

organismo, deixando-o fraco, irritado, fisionomia abatida

e suscetível a doenças. Além, de promover o ganho

mais rápido ou até o dobro do peso após seu termino,

pois o organismo vai tentar recuperar o que foi perdido

de uma maneira inadequada.

Não ter horário para as refeições: o organismo precisa

de disciplina para ativar o metabolismo e fazer com que

você perca peso. Caso contrario, ele entende que

precisa fazer uma reserva a cada refeição, fazendo

com que você engorde.


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Não jantar: atrapalha o sono, leva um aumento do

consumo de alimentos calóricos no café da manha e

pode haver momentos de consumo noturno.

Ficar muitas horas assistindo TV ou no computador ou

vídeo game: favorece o consumo de alimentos

calóricos em grandes quantidades, e é uma atividade

aonde não exige esforço físico, favorecendo ao ganho

de peso.

Falta de atividade física e exercício físico regular:

diminui gasto calórico e intensifica excesso de peso,

favorecendo sedentarismo.

Fazer escolhas alimentares inadequadas em

restaurantes e lanchonetes: excesso de carboidratos

(pão, macarrão e batata frita, por exemplo), alimentos

fritos ou com excesso de gordura (empanados, porções,

queijos amarelos, batata palha), bebidas açucaradas

(refrigerante ou sucos industrializados), sobremesas

calóricas (bolo, gelatina, pudim e chocolates), carnes

gordas (contra filé, picanha, pele de frango, torresmo,

bacon e linguiça).


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Optar por alimentos e preparações inadequadas em

cantinas escolares: nem todos os alimentos assados são

bons, um exemplo disso é o croissant, que é rico em

gordura, ou ainda os salgados feitos com “massa podre”

(um tipo de massa que leva muita gordura), como tortas

e empadas. O pão de queijo também é considerado

um alimento muito gorduroso, que deve ser evitado. E

ainda: salgadinhos, sucos artificiais, balas, chicletes,

pirulitos, refrigerantes, são alimentos e bebidas que

contêm grande quantidade de açúcar, gordura e sódio.

Forçar a criança a comer determinados alimentos:

dependendo do modo que é realizado, pode causar

uma aversão da criança àquele alimento,

desestimulando seu consumo. Estratégias como

chantagear ou ofertar recompensas, como por

exemplo: “Se comer todos os legumes, ganha

sobremesa”, reforçando para a criança que os legumes

são ruins e que gostoso mesmo é o prêmio, a sobremesa.

“Beliscar” muito durante o dia: você ingere energia em

excesso, favorecendo o ganho de peso.


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Não dar o exemplo à criança referente a bons hábitos:

de nada adianta falar à criança: “Come a salada de

chuchu que faz bem”, se quem está falando (pais ou

responsáveis) não comem. É necessário que se dê o

exemplo, para incentivar a criança ou até mesmo o

adolescente a comer determinados alimentos. Não

basta apenas falar que faz bem, deve-

se mostrar que gosta daquele alimento

ou preparação, só assim a criança se

sentirá vontade de experimentar,

através da curiosidade.

Oferecer alimentos ricos em açúcar e gordura às

crianças: geralmente esses alimentos são fortemente

associados com “infância”. Muitas pessoas acham que

só porque é criança, ela pode comer balas, chicletes,

bombons, salgadinhos, doces, refrigerante, coxinha,

batata frita, etc. Esta relação é totalmente equivocada!

E está fazendo que as crianças apresentem excesso de

peso cada vez mais cedo.


25 25

Usar alimento como recompensa: este hábito irá

condicionar a pessoa a procurar suprir uma necessidade

emocional no alimento, como por exemplo, achar que

por ter realizado uma atividade bem feita merece um

chocolate ou, “Fiquei muito tempo fora de casa, levarei

um bolo para meu filho...”. Não se deve transferir a um

alimento sentimentos que só pessoas são capazes de

oferecer, pois isso pode resultar, futuramente, em

transtornos alimentares ou vínculos alimentares, além de

estar relacionado a uma alimentação desequilibrada

nutricionalmente.

Não amamentar: este ato faz com

que a mãe gaste calorias para

produção de leite e retorne mais

rapidamente ao seu peso e também

nutre o bebê de forma completa, devido sua

composição nutricional, o protegendo contra doenças,

principalmente a obesidade.


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Aspectos Psicológicos

da Obesidade

Desde início da civilização, a comida ocupa um

lugar de extrema importância na vida das pessoas.

Enquanto que para maioria comer é somente uma fonte

de preservação, para o obeso, a comida pode ser uma

maneira de obter prazer.

O ato de comer excessivamente pode ser uma

forma de lidar com seus medos e frustrações, ou seja,

diante de uma situação atribulada, o indivíduo recorre à

comida, para não entrar em contato com as angústias.

Pode-se observar em alguns pacientes, que a

comida é vista como a substituição de afeto, ou a

gratificação que eles tanto desejam. A alimentação

está associada ao afeto e à proteção, desde o

nascimento, quando o leite materno é oferecido ao

bebê.

O comportamento de comer para indivíduos

obesos em tratamento apresenta uma marcante

contradição, entre prazer e sofrimento.


27 27

Atualmente, está bem estabelecida na literatura

a relação entre a obesidade e doenças associadas que

afetam a duração e qualidade de vida dos indivíduos.

A obesidade, por ser uma doença de causa

multifatorial, seu tratamento envolve a necessidade de

mudanças no estilo de vida. O acompanhamento

psicológico é importante e visa o indivíduo como um

todo e não apenas a perda de peso.

A psicoterapia possibilita que pessoas comecem

a compreender melhor a si e ao outro, para poder olhar

para seus conflitos e descobrirem seus limites e

potencialidades.

Alguns pacientes descobrem que o peso que

carregam dos seus problemas é tão complexo, quanto o

próprio peso corporal (que, aliás, um reflete o outro). É

com este “peso” que o profissional da área da saúde

mental vai lidar. Deste modo, as pessoas acabam

aderindo ao tratamento, entendendo o que se passa

com elas e tendo mais força para chegar ao seu

objetivo de melhorar seu estilo de vida.

O movimento que se faz em direção ao equilíbrio

do corpo implica no abandono do hábito antigo, de

uma postura já estruturada e na aquisição de uma

responsabilidade grande sobre as suas próprias escolhas,


28

e este é o papel do profissional. E talvez seja por isso

que, as pessoas não suportem por muito tempo, um

programa de redução de peso.

As intervenções psicológicas têm como objetivo

principal a aquisição de hábitos de vida saudável, por

meio de avaliações dos sintomas de depressão,

ansiedade, compulsão alimentar e qualidade de vida.

Um estudo recente demonstrou a relação entre

obesidade, sobrepeso e depressão. Verificou-se que

indivíduos obesos apresentam maior possibilidade de

desenvolvimento de depressão, enquanto pessoas

deprimidas menores chances de se tornarem obesas.

Outro sintoma presente com frequência na

obesidade é a ansiedade. Muitas pessoas dizem que

quando estão ansiosas buscam se alimentar em

demasia, conseguindo desta forma, diminuir os sintomas

ansiosos, o que acaba resultando em alguns quilos a

mais.

Frequentemente atrelado à obesidade está à

distorção de imagem corporal. A imagem corporal

pode ser considerada como um retrato mental que um

indivíduo faz de sua aparência física e da relação deste

com o seu corpo. O obeso muitas vezes possui uma

imagem corporal distorcida e essa distorção é mais


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presente e intensa quanto mais antiga for sua

obesidade.

É de responsabilidade do psicólogo a criteriosa

seleção de técnicas e recursos específicos para análise

dos sintomas de depressão, ansiedade, distorção da

imagem corporal, compulsão alimentar e qualidade de

vida.

O tratamento comportamental aplicado a um

conjunto com técnicas cognitivas chamada terapia

cognitiva comportamental é uma das técnicas

terapêuticas auxiliares para o controle de peso. Baseia-

se na análise e modificação de comportamentos

disfuncionais associadas ao estilo de vida do paciente.

Fonte da Imagem: Google Imagens


30

Como se Trata a

Obesidade

O tratamento deve ser elaborado de forma

individualizada promovendo mudanças gradativas

visando o emagrecimento adequado e sua

manutenção. O apoio familiar e da escola, no caso de

crianças e adolescentes, é fundamental.

O que cada área da saúde pode proporcionar

ao indivíduo obeso:

Médico: O médico através de uma anamnese

detalhada, exames complementares avaliação do

estado geral de saúde de cada paciente; identificação

os fatores de risco modificáveis e não modificáveis, trata

as doenças e encaminha para avaliação e

acompanhamento de outros profissionais de saúde,

conforme necessário. O contato com a equipe de

saúde envolvida no tratamento sobre a evolução de

cada caso e o planejamento terapêutico é

fundamental para o sucesso do tratamento.


31 31

Nutrição: O tratamento nutricional consiste numa

alimentação de quantidades adequadas para satisfazer

as necessidades energéticas e manter as funções do

organismo. Deve ter qualidade, ou seja, deve ter

variedade principalmente de cores para fornecer todos

os nutrientes necessários para o bom funcionamento do

corpo. Os ciclos da vida (criança, adolescente, adulto,

gestante, mulheres que estão amamentando e idoso)

necessitam de cuidados nutricionais diferenciados.

Portanto a alimentação deve conter um equilíbrio entre

os nutrientes (carboidrato, proteína e gordura) em

quantidade, qualidade, harmonia e adequação de

acordo com a população específica. A imposição de

dietas rígidas e que reduzem muito as calorias ou

qualquer outro nutriente é prejudicial, pelo fato de não

considerar a individualidade do paciente, portanto,

devem ser evitadas.


32

Educação Física: O trabalho do profissional de

educação física no tratamento da obesidade tem

como objetivo aumentar o gasto energético diário do

indivíduo de forma divertida e gradual para que possa

se tornar um hábito e um prazer. Inicialmente é feita

uma avaliação das capacidades físicas (força,

flexibilidade, resistência, agilidade), e da composição

corporal do indivíduo (quantidade de gordura e

quantidade de massa muscular) a fim de tornar o

treinamento que será formulado, mais eficiente e de

acordo com as necessidades de cada pessoa. O

treinamento deve conter exercícios aeróbios, de força e

flexibilidade estruturados e distribuídos ao longo da

semana pelo profissional de educação física. É de

extrema importância que o aluno relate ao professor

qualquer desconforto excessivo ou problemas já

adquiridos como dores nos joelhos, nos pés, entre outros.

Para que os resultados sejam alcançados, deve-se haver

regularidade (evitar ao máximo faltas aos treinos). O

aluno deve sentir total liberdade em conversar com o

profissional sobre suas preferências (como musicais e

esportivas) para que adaptações possam ser feitas. É

essencial o “mover pelo prazer”.


33 33

Fisioterapia: O profissional fisioterapeuta assume um

papel importante no tratamento da obesidade, pois o

excesso de peso pode acentuar os desvios posturais e

alterações musculoesqueléticas sendo necessário o

diagnóstico já na Infância, possibilitando intervenção

precoce melhorando a qualidade de vida. Através da

avaliação física e exames complementares o profissional

definirá qual o tratamento adequado para cada

paciente com recursos fisioterápicos, medidas de

prevenção educativas, manutenção da força e

amplitude de movimentos, controle da dor, prevenção

da imobilidade favorecendo uma qualidade nas

atividades de vida diária.

Psicologia: As intervenções psicológicas são realizadas

semanalmente, com duração de 60 minutos e são

coordenados por psicólogas. Os objetivos são discutir e

intervir sobre os aspectos psicológicos comumente

associados à obesidade. As intervenções auxiliam os

indivíduos no desenvolvimento de estratégias de

enfrentamento, técnicas de relaxamento, consciência

corporal, autoconhecimento e mudanças

comportamentais.


34

A Importância da

Equipe Interdisciplinar

no Tratamento da

Obesidade

O tratamento adequado da obesidade necessita

de um constante acompanhamento clínico, que

possibilite o emagrecimento e mudança no estilo de

vida. Para isso, faz-se necessário um tratamento que

envolva diferentes áreas da saúde.

O termo interdisciplinaridade caracteriza-se pela

intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau

de interação real das disciplinas.

O tratamento interdisciplinar significa “entre

disciplinas”, ou seja, há interação entre vários

profissionais de áreas diferentes, que se comunicam e

agem de acordo com um objetivo, que no caso da

obesidade é: tratar a doença de forma completa e

individual.


35 35

Decidir buscar o apoio de vários profissionais

especializados em obesidade, apesar de não ser uma

tarefa fácil, é sem dúvida a alternativa que gera

melhores resultados para o paciente.

Na maior parte dos casos de tratamento

interdisciplinar para obesidade, a equipe é formada por

profissionais que atuam na área médica, de nutrição,

educação física, psicologia, e fisioterapia. Está provado

cientificamente que uma equipe interdisciplinar

consegue acelerar uma recuperação.

Muito se discute acerca das diferenças entre

multidisciplinaridade e interdisciplinaridade. De fato, um

dos maiores desafios do trabalho é o de superar a

simples união das disciplinas. Busca-se desenvolver um

trabalho em que haja cooperação, integração e a

formação de um novo conhecimento.


36

Cabe ressaltar que as particularidades de cada

área são preservadas, como já foi explorado acima.

Entretanto, os esforços são no sentido de exceder as

possibilidades de ação de cada profissional,

objetivando a integralidade no cuidado favorecendo o

paciente.

Dessa forma, a interdisciplinaridade agrega ao

tratamento da obesidade e esta deixa de ser um

paradigma a ser quebrado, e acompanha a evolução

da medicina cada vez mais minuciosa com o bem estar

físico e mental do paciente.


37 37

Como Avaliar o Estado

Nutricional

O estado nutricional está relacionado com o que

você come, em termos de quantidade, variedade e

frequência. O bom estado nutricional é o equilíbrio entre

a composição da alimentação de acordo com o ciclo

da vida (criança, adolescente, adulto, gestante,

mulheres que estão amamentando e idoso) e o gasto

de energia de acordo com prática de atividade física.

A avaliação nutricional identifica a ocorrência de

distúrbios nutricionais existentes, como obesidade ou

desnutrição. E também, as condições do indivíduo em

relação aos seus hábitos alimentares, histórico de

doenças, consumo de álcool, sua composição corporal

e seu gasto de energia.

Para avaliar o consumo alimentar, utiliza-se

questionários (anamnese alimentar) que identificam os

alimentos.


38

Na avaliação da composição corporal, o método

mais utilizado é a avaliação antropométrica (avaliação

de medidas corporais), consistem na avaliação do IMC,

com junção ou não de aferição de dobras cutâneas

(não utilizadas em obesos) e circunferências (cintura,

quadril e pescoço), a fim de avaliar reserva de gordura,

massa muscular e riscos cardiovasculares. Outro método

é a bioimpedância que avalia a composição corporal

através de uma corrente elétrica imperceptível, e é

possível avaliar massa gorda, massa magra e água

corporal.

Fonte das Imagens: Google Imagens


39 39

Reeducação

Alimentar Para

as Pessoas Obesas

O plano alimentar parte do princípio da

reeducação alimentar, ou seja, a conscientização e o

cuidado com alimentação para se obter uma vida mais

saudável.

Uma alimentação hipocalórica (baixa caloria)

balanceada é a cientificamente mais aceita e a mais

utilizada. Para perdas de 0,5 a 1kg de peso por semana,

uma redução de 500 a 1000 Kcal por dia é bem aceita e

eficaz.

Dietas com menos de 800 calorias não são

recomendadas por apresentam riscos metabólicos

graves, como acidose e arritmias cardíacas.

As necessidades calóricas são calculadas de

acordo com a rotina do paciente, sendo os alimentos

fracionados em 5 ou 6 refeições ao dia, de 3 em 3 horas,


40

para ativar o metabolismo, e gasto de energia. Para o

equilíbrio alimentar as refeições devem conter os

seguintes grupos:

Proteínas: escolher carnes magras, peixes, aves, ovos,

leite desnatado e seus derivados. As carnes gordas

(picanha), leite integral possuem alto teor calórico e

podem causar doenças cardiovasculares e ganho de

peso.

Carboidratos: preferir carboidratos integrais (arroz, pães,

macarrão), ao invés carboidratos simples, como o

açúcar, preparações feitas com farinha de trigo branca

(pães, macarrão), têm alto teor de calorias e baixa

quantidade de nutrientes, devem ser evitados.

Gorduras: optar por óleos de oliva e canola, abacate,

oleaginosas (castanha, nozes e amêndoas) que

possuem gordura monoinsaturada, ou outros óleos

vegetais como o de soja, milho, girassol, ricos em

gordura poli-insaturada, por ser gordura de origem

vegetal contém colesterol. A gordura saturada presente

em carnes gordas, óleo de palma, margarina, devem

ser utilizado com moderação por promover riscos à

saúde. Os gorduras trans também podem estar


41 41

presentes na composição de determinados tipos de

biscoitos recheados, massas industrializadas e sorvetes

de massa e de produtos com gordura vegetal

hidrogenada promovem elevação dos níveis de

colesterol.

Fibras: consumir diariamente, pois promove regulação

intestinal, diminuição do esvaziamento gástrico (diminui

a fome), aumenta metabolismo (gasto de energia),

reduz a glicemia, previne e melhora o quadro de

diabetes.

Sódio: consumir com moderação, pois ele está presente

em todos os alimentos, por tanto evitar, alimentos

embutidos (salsicha, linguiça, mortadela, entre outros) e

acrescentar mais sal a refeição já temperada. Preparar

as refeições utilizando temperos naturais, como: alho,

cebola, alecrim, tomilho, cebolinha e manjericão.

Água: ingerir no mínimo 2 litros d’ água por dia para que

o organismo desempenhe as funções fisiológicas de

digestão, absorção e excreção, e além de regular a

temperatura corporal.


42

A pirâmide alimentar é utilizada como ferramenta

na distribuição dos alimentos ao longo do dia a fim de

promover uma alimentação equilibrada. Abaixo segue

um exemplo da pirâmide:

Fonte: PHILIPP, S.T. et al. 1996.


43 43

A mudança de comportamento também faz parte

do plano alimentar:

Comer devagar, em pequenas porções e

mastigar bem os alimentos;

Não fazer compras em supermercado quando

estiver com fome;

Não fazer intervalo muito grande entre as

refeições;

Não comer em frente à televisão ou computador

ou jogando vídeo game;

Comer antes e após a atividade física.

Hoje, estão disponíveis na internet e livros uma

infinidade de dietas hipocalóricas (baixa concentração

de calorias), que diz levarem ao emagrecimento, mas

geralmente, são pobres em nutrientes e a maioria delas

ineficientes. Como por exemplo:


44

Dieta de baixíssimas calorias: dietas com menos de 800

Kcal/dia. A adesão é muito baixa e não há benefícios

em mantê-la por muito tempo.

Dietas populares: existem mais de 1200 livros tratando

sobre o assunto. Prometem resultados rápidos e

simplificam as orientações.

Dietas ricas em gorduras e proteínas e com baixo teor

de carboidratos: as mais famosas são “A nova dieta

revolucionária do Dr. Atkins” e “A dieta de South Beach”.

Os indivíduos não conseguem suportar por longo prazo

a restrição severa de carboidrato, retomando a

alimentação anterior ao tratamento.

Dietas ricas em proteínas e pobre em carboidratos:

podem levar náuseas, mau hálito, fadiga, desidratação,

enjoo, aumento do colesterol e dores de cabeça

náuseas, mau hálito, fadiga, desidratação, enjoo,

aumento do colesterol e dores de cabeça.

Dietas ricas em carboidratos e pobres em gordura: dieta

com somente 10% de gordura, proposta pelo Dr. Dean

Ornish.


45 45

Dietas que preconizam a combinação de alimentos: “A

dieta de Beverly Hills”, 35 dias com dieta exclusiva de

frutas. Após este período, os carboidratos não são

misturados com as proteínas.

Como o maior determinante da redução de peso

é o balanço calórico e não a composição dos

macronutrientes (carboidrato, proteína e gordura),

todas as dietas que reduzem ingestão calórica resultam

em perda de peso. A grande maioria delas, sem estudos

científicos que comprovem sua efetividade. Além dos

danos á saúde, com perda de músculo e desregularão

do organismo. O importante é a conscientização de

uma melhora na qualidade da alimentação, prática de

atividade física diária e acompanhamento de

psicólogos para manutenção da saúde.


46

A Diferença

Entre Atividade

Física e Exercício Físico

Atividade física é qualquer movimento corporal

que produza contração do músculo esquelético e

resulte em gasto de energia, como por exemplo,

atividades rotineiras de tomar banho e limpar a casa.

Exercício Físico envolve movimento corporal de

forma controlada, planejada, estruturada visando um

objetivo. Para o controle da obesidade e manutenção

do peso corporal ao longo da vida é necessário à

prática de exercícios físicos diariamente e atividades

físicas incorporadas ao dia a dia. A figura abaixo

exemplifica a distribuição e frequência ideal de diversas

atividades físicas para nossa rotina diária. Na base da

pirâmide encontram-se as atividades da vida diária que

deve conter bastante movimento e dinamismo, logo

acima as atividades aeróbias seguidas de flexibilidade e

força muscular (geralmente trabalhadas através dos


47 47

exercícios físicos com orientação de um

profissional de educação física) e no topo da pirâmide o

importante repouso que possibilita a reestruturação

corporal.

A prática regular de exercício físico tem se

mostrado surpreendente e sua ação anti-inflamatória

tem sido demonstrada na literatura.



48

Exercício Físico,

Sistema Imunológico

e Obesidade

O Sistema Imunológico no corpo humano atua

como defesa do organismo contra agentes estranhos

(vírus, bactérias, protozoários etc.), na regeneração

tecidual (lesões musculares, proliferação de novas

células, sinalização de células mortas), reconhecendo o

que é próprio ou não ao nosso organismo. Eventos

estressantes como falta de repouso (sono), falta de

alimentos e nutrientes, obesidade, diminuem a resposta

imunológica do organismo tornando-os imunosuprimidos

(com baixa defesa). A obesidade é caracterizada pelo

acúmulo excessivo de tecido adiposo (gordura), e este

por sua vez libera grande quantidade de substâncias

que acarretam em estado de inflamação para o

organismo, por este motivo, a obesidade é considerada

um agente estressor e prejudicador do sistema

imunológico. Os exercícios físicos também são

considerados agentes estressores para o corpo, pois


49 49

aumentam os níveis de cortisol ( hormônio inflamatório)

do organismo, porém, quando praticados de forma

moderada por no máximo duas horas diárias juntamente

com uma boa alimentação (principalmente de

carboidratos) antes e após os exercícios físicos possuem

ação anti-inflamatória e imunorreguladora (melhora a

defesa do organismo). As micro lesões que o sistema

muscular sofre na prática de exercícios moderados,

eliminam células mortas (auxiliando o trabalho do

sistema imunológico), além de tornar as fibras

musculares, após regeneradas, (com boa alimentação

e descanso) mais fortes para suportar o esforço.



50

Terapias

complementares

à Obesidade

Homeopatia

A homeopatia é uma especialidade médica

criada pelo médico alemão Samuel Hehnemann em

1797 e, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina

e Associação Médica Brasileira. Desde. 1980. Sua prática

consiste na aplicação da Lei dos Semelhantes “Similia

Similibus Curentur” já descrita por Hipócrates

(considerado o pai da medicina há 500AC. Por exemplo:

Sabe-se que o café (substância chamada Coffea

cruda, é capaz de causar insônia além de um quadro

de inquietação e pensamentos ativos em um grande

número de pessoas. Na homeopatia a substância

Coffea Cruda (café) é utilizada para tratar insônia. A

Homeopatia trata o doente levando em conta não

apenas suas queixas físicas, mas busca conhecer a

totalidade da pessoa, ou seja, suas qualidades


51 51

características. A escolha do medicamento adequado

é feita através do conhecimento da totalidade

característica de cada pessoa. O médico homeopata

busca os sintomas homeopáticos em diversos níveis:

mental, geral e específicos, levando em conta seus

hábitos, predisposições herdadas dos familiares e sua

maneira individual de reagir quando organismo sofre

algum tipo de agressão.

Os seres humanos são diferentes uns dos outros

por isso reagem de forma diferente. O medicamento

homeopático que atua de modo favorável em uma

pessoa, pode não atuar em outra pessoa.

Ao contrário da medicina convencional, onde

uma mesma doença em paciente diferente pode ser

combatida com a mesma medicação, na homeopatia

mesmo se tratando de um paciente comum a terapia

varia de acordo com as reações próprias de cada

indivíduo.

Outras práticas complementares têm sido

utilizadas nos cuidados com as pessoas com sobrepeso

e obesidade como Fitoterapia, acupunturas e PNL.


52

Programação Neurolinguística

Programação Neurolinguística - O Coaching de

Emagrecimento - tem como objetivo “treinar a mente

para emagrecer o corpo”. As últimas descobertas e

pesquisas em ciências da saúde nos mostram que o

emagrecimento saudável, e mantido em longo prazo

depende e muito de uma mudança no modo como

lidamos com nosso corpo e com a comida, com nossas

emoções, com o estresse, com nossa autoimagem e

com comportamentos alimentares aprendidos, como o

comer para aquietar sensações e emoções negativas

(estresse, cansaço, tédio etc.). Ou seja, para emagrecer

com saúde devemos cuidar do corpo e também da

mente, de maneira holística e integral. Esta é a proposta

do Coaching de Emagrecimento.

Um grande número de pessoas quer emagrecer e

conquistar saúde e boa forma, porém vive num circulo

vicioso de engordar, fazer dietas, emagrecer e engordar

novamente ainda mais do que da última vez, culpar-se,

recair na compulsão alimentar colocando-se em risco e

agravando doenças crônicas que diminuem a

expectativa de vida saudável, olhando-se no espelho e

sentindo-se insatisfeito, querendo muito mudar, sem


53 53

saber como. O Coaching de Emagrecimento é uma

opção para levá-lo a criar estas mudanças e atingir os

novos resultados desejados, pois possibilita o

emagrecimento saudável ao modificar padrões mentais

de relação com a comida, com as emoções e o próprio

corpo, ensina a gerenciar o estresse e controlar a

compulsão alimentar,

Coaching é uma palavra que vem do inglês, da

área do esporte e significa “treinamento”. O Coach é o

treinador de tempo, que busca obter de seus treinandos

o máximo de resultados, através do treinamento de

habilidades, capacidades ou recursos até então

desconhecidos ou adormecidos. Atualmente o

Coaching é uma profissão em crescimento, utilizada no

planejamento de carreira, da vida, e para a conquista

da saúde e qualidade de vida.

Porém, para que uma mudança efetiva ocorra

primeiramente à pessoa deve ter a consciência de

“onde está” que é o Estado Atual, e para “aonde quer

ir”, que é o Estado Desejado. O treinamento facilita a

mudança de hábitos (e crenças), através de

questionamentos que instigam a imaginação e abrem

possibilidades de vivências e técnicas.


54

Adolescência e

Obesidade

“É normal que o adolescente se comporte de maneira

inconsciente e imprevisível. Lutar contra os seus impulsos e

aceitá-los; amar os seus pais e odiá-los; ter vergonha de os

assumir perante outros e querer conversar com eles;

identificar-se e imitar os outros enquanto procura uma

identidade própria. O adolescente é idealista, artístico,

generoso e altruísta, como jamais o será novamente, mas

também é o oposto: egoísta, calculista, egocêntrico.”

ANNA FREUD

A adolescência é uma fase de

vida que ocorre mudanças importantes,

emocional, social e no crescimento e

maturação do organismo.

Nessa etapa, a personalidade

está sendo estruturada. O adolescente busca mais

autonomia e tem maior preocupação com sua forma

física.

A obesidade na adolescência é alvo de estudo

em todo mundo devido o alto índice de


55 55

comportamento de risco, pouca atividade física, maus

hábitos alimentares, instabilidade emocional e

transtornos psicológicos.

Outro fator importante é que obesidade infantil

tem como característica a tendência de prosseguir na

idade adulta e está relacionado ao desenvolvimento de

vários fatores de risco para à saúde como: hipertensão

arterial, alteração nos níveis de gordura circulantes

(dislipidemia), predisposição à diabete melito, gordura

no fígado, entre outros.

Além dos fatores herdados, cerca de 60- 80%, que

propicia o ganho de peso, o aumento epidêmico da

obesidade tem como fator decisivo as mudanças

ambientais.

As influências da mídia e do grupo bem como o

ambiente familiar são importantes fatores de risco para

desenvolvimento da obesidade e sobrepeso na

população infanto-juvenil. Os maus hábitos alimentares,

a falta da prática de exercícios físicos, assim como o

comportamento no seio familiar serve de modelagem

para os filhos seguir os mesmos hábitos.


56

É importante alertar que o objetivo do tratamento

da obesidade em crianças e adolescentes é conseguir

manter o peso adequado para a altura e ao mesmo

tempo garantir o crescimento e o desenvolvimento

normal, sendo necessária a adoção de um estilo de vida

saudável através do estímulo precoce de exercício físico

e uma alimentação balanceada que atenda suas

necessidades. Como por exemplo, a deficiência de

Vitamina D que compromete a estatura como também

o cálcio e fosforo são essenciais no metabolismo ósseo.

Também o zinco para o crescimento e maturação

sexual do adolescente e o ferro na formação de células

sanguínea. Enfim, deve-se promover uma alimentação

balanceada que atenda suas necessidades individuais.

Tratar obesidade nos dias de hoje na criança e

adolescente é um desafio que exige um maior

envolvimento dos profissionais da saúde, família, escola,

comunidade, bem como políticas públicas voltadas a

promoção de estilo de vida saudável.

“O artigo 71 do ECA assegura que “a criança e o adolescente

têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões,

espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua

condição peculiar de desenvolvimento”.


57 57

Sono e Obesidade

A sociedade moderna está sobrecarregada de

atividades e informações, alterando o padrão de sono,

ficando muito mais tempo acordado em suas atividades

diárias e reduzindo o período deste.

Pesquisas apontam que tanto o excesso (maior

que 9 horas por noite) quanto à falta (menor que 6 horas

por noite) apresentam riscos para obesidade, isso ocorre

devido alterações hormonais que estimulam o consumo

alimentar.

Estudos com adolescente mostrou que a cada

hora reduzida de sono aumenta em 80% as chances de

ser obeso.

Uma noite de sono bem dormida, renova

energias, melhora o sistema de proteção do organismo

e é o momento de armazenar as informações adquiridas

durante o dia, ou seja, revigorar o organismo em geral.

Uma noite mal dormida, pode ocasionar

irritabilidade, diminuição do desempenho físico e

atenção, aumenta o cansaço, altera o sistema


58

imunológico, provoca desajustes hormonais, depressão,

obesidade e diabetes.

A qualidade do sono está diretamente ligada ao

aumento de peso, uma noite de privação de sono

aumenta a fome e a preferência pelo consumo de

alimentos mais calóricos.

A obesidade é um fator de risco para o

desenvolvimento de apneia do sono, que é a

interrupção da passagem de ar pelas vias aéreas,

levando um sono inadequado devido a diversas

interrupções, além do risco de uma parada

cardiorrespiratória. É importante a redução do peso

para aliviar os sintomas da apneia, ficando mais disposto

para suas atividades diárias.

No período noturno a alimentação deve ser leve,

de preferência com baixo teor de carboidrato simples e

gorduras, para evitar que o corpo armazene na forma

de gordura. Optar por alimentos fontes de proteína

magra (leite ou iogurte desnatado ou um filé de frango

grelhado) e carboidrato complexo (pão ou arroz

integral).


59 59


Evitar comportamentos para uma adequada noite de

sono:

Ver televisão antes de dormir;

Ingerir bebidas e alimentos estimulantes como

café, chá verde, mate e preto, energéticos ou

chocolate;

Realizar atividade física intensa (corrida);

Evitar refeições e alimentos com alto teor de

gordura (hambúrguer, batata frita, salgados);

Evitar ouvir músicas agitadas;

Ambientes muito claros.

Um bom sono é essencial para manutenção da saúde.

A literatura científica internacional já demonstrava que

os trabalhadores noturnos têm mais tendência ao ganho

de peso, além de maior

risco de apresentar

doenças cardiovasculares

entre outros transtornos do

organismo.


60

Quando Deve

Ser Indicado o

Tratamento Cirúrgico?

A cirurgia deve ser realizada somente quando

necessário e em casos especiais, após uma fase de

preparação com conscientização e orientação dos

cuidados pré e pós-cirúrgicos, onde exige-se sacrifício,

disciplina na dieta, mudança comportamental, prática

regular de atividade física e acompanhamento médico

por toda aa vida.

Indicações do tratamento cirúrgico:

O IMC for maior ou igual a 40kg/m2;

O IMC for maior ou igual a 35kg/m2, associado à

doenças, como: hipertensão e/ou diabetes,

limitações ortopédicas, apneia do sono,

deposição de gordura nos órgãos, entre outros;

Insucesso em tratamentos conservadores

(reeducação alimentar, exercício físico,


61 61

psicoterapia e medicamentos) acompanhados

por profissionais de saúde;

Capacidade intelectual em compreender os

riscos e benefícios (tanto pré como pós-cirúrgico,

condição que exige comprometimento e

disciplina por parte do paciente).

Contraindicações:

Quando o paciente ainda não buscou outra

alternativa para tratar a doença, como por

exemplo acompanhamento clínico (médico,

nutricionista, educador físico, psicólogo, entre

outros).

Quando o paciente é dependente de álcool ou

drogas ilícitas;

Presença de doenças cardíacas graves, doenças

psiquiátrica de alta complexidade, insuficiência

renal ou hepática.

“O tratamento cirúrgico não é uma fórmula mágica. É uma

excelente ferramenta quando bem indicada e bem utilizada!”

Dr. Lian Tock


62

Abuso de Drogas

A utilização de medicamentos é um método

auxiliar no tratamento dos obesos e deve ser introduzido

pelo médico no processo de mudança de estilo de vida.

Existem substâncias como diuréticos, laxantes,

estimulantes, hormônios da tiroide, sedativos e uma série

de outras utilizadas em “fórmula de emagrecimento”,

sem comprovação científica de seus efeitos que podem

ser prejudiciais no processo de emagrecimento,

causando o ganho de peso após descontinuação da

utilização.

No entanto, o controle da obesidade nem

sempre é possível apenas com mudança de estilo de

vida. Nesses casos, o médico avalia e introduz o

tratamento medicamentoso.

Também as doenças relacionadas com a

obesidade como diabetes hipertensão arterial,

dislipidemia, síndrome do ovário policístico, depressão

entre outras, precisam de medicamentos contínuos para

seu controle. No Brasil, são poucos os medicamentos

autorizados para o tratamento da obesidade, alguns


63 63

aumentam a saciedade reduzindo a fome e outros

reduzem a digestão e a absorção de nutrientes, o uso

deve ser acompanhado por um médico e a

contraindicação deve ser respeitada. Entretanto, vale a

pena ressaltar que a maioria das drogas possuem efeitos

colaterais e não apenas os medicamentos anti-

obesidade. Anti-inflamatórios, antibióticos, até mesmo

aspirina pode provocar riscos para à saúde. Por isso

devem ser usadas apenas sob orientação médica.



64

Obesidade, Tabagismo

e Gestação

Muitos estudos têm apontado que mulheres que

iniciam a gravidez com o IMC acima do peso normal de

20 a 24,9, ou seja, com sobrepeso, têm risco mais

elevado para diversas complicações, levando a maiores

taxas de mortalidade materna e infantil em

comparação com mães não obesas.

O alto risco da gravidez na adolescência se

constitui na atualidade uma preocupação e foco de

atenção nas políticas de saúde. Cerca de 16 milhões de

adolescentes dão a luz todos os anos no mundo.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, é

recomendado que as grávidas se exercitem pelo menos

30 minutos diários, entretanto, se houver risco de aborto

o exercício físico não é aconselhável. As atividades

físicas devem ser indicadas conforme o

condicionamento da gestante. Dentre os vários

benefícios que o exercício físico pode trazer as gestantes


65 65

manter o humor e o sono mais estável, melhorar as dores

nas costas, prisão de ventre, fadiga e inchaço.

Uma dieta radical durante a gravidez pode ser

perigosa. A nutrição materna é fundamental nas

comunicações hormonais e metabólicas entre o feto, a

placenta e a mãe. As primeiras experiências nutricionais

na gestação tem efeito duradouro por toda a vida.

A ingestão excessiva de carboidratos (massas e

doces), durante a gestação está relacionada com o

baixo peso da criança ao nascer e aumenta a

preferência dos filhos por estes alimentos. Assim como, a

composição de ácidos graxos (gordura) na dieta

materna durante a gestação pode modificar o

desenvolvimento fetal e após o nascimento. Por outro

lado, a restrição de nutrientes da mãe gestante está

relacionada com recém-nascido com peso acima do

normal.

A criança que nasce com baixo peso tem mais

chance de desenvolver obesidade e diabete na vida

adulta. O aleitamento materno tem efeito protetor

contra obesidade, sendo fundamental para a saúde

física e emocional da criança.


66

Fumar durante a gravidez traz sérios riscos para a

saúde da mulher e do feto. Abortos espontâneos,

nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes

fetais e de recém-nascidos, complicações com a

placenta e episódios de hemorragia (sangramento)

ocorrem mais frequentemente quando a mulher grávida

fuma.

Um único cigarro fumado por uma gestante é

capaz de acelerar em poucos minutos, os batimentos

cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o

seu aparelho cardiovascular. Assim, é fácil imaginar a

extensão dos danos causados ao feto, com o uso

regular de cigarros pela gestante.

A mulher que deseja engravidar deve abandonar

o hábito de fumar antes do início da gravidez para que

seu organismo fique livre dos efeitos nocivos da nicotina,

que após a cessação do cigarro perdura por cerca de

dois meses no organismo. Mas em geral, não é isso que

acontece e muitas só param de fumar quando a

gravidez é confirmada, o que é necessário para

proteger a saúde bebê. Muitas mulheres ainda por falta

de informação continuam fumando durante a

gestação, o que é lamentável. O bebê de mãe fumante


67 67

pode nascer com baixo peso, ter dificuldade

respiratória, entre outros problemas durante o parto e

maior risco de doenças.

A decisão de parar de fumar é inteligente e traz

benefícios tanto para a mãe quanto para o bebê. Não

parar de fumar e ter um bebê doente gera mais estresse

e ansiedade.

Vale a pena ressaltar que o ganho de peso ao

parar de fumar é passageiro. O importante é fazer uma

dieta saudável e exercício físico regular.

Nenhum tipo de cigarro é saudável ou seguro para a

saúde.



68

A Influência da Mídia

Diariamente os veículos da publicidade e

propaganda invadem os nossos lares, influenciando

novos consumidores. O público infantil são os mais

vulneráveis a este apelo por não ter o senso crítico na

tomada de decisões.

As políticas públicas voltadas para saúde

orientam para melhoria das condições de vida da

população.

Com estudos baseados na obesidade infantil o

“Programa Saúde nas Escolas” promove monitoramento

das necessidades nutricionais dos alunos nas escolas.

A propaganda e publicidade tem promovido

comercial de alimentos com quantidades consideradas

elevadas de açúcar, gordura saturada, gordura trans,

sódio e bebidas de baixo teor nutricional. Toda e

qualquer campanha deveria ser acompanhada de

alertas sobre os perigos do consumo excessivo desses

nutrientes.


69 69

As crianças aprendem sobre os alimentos que

gostam ou não, por meio das variedades que são

expostas; e a mídia pode influenciar para o consumo e

escolhas de alimentos que trazem benefícios à saúde.

A preferência de alimentos como: hambúrgueres,

pães, refrigerantes, bolachas, chocolates e produtos

industrializados em geral tem sido uma preocupação

das políticas públicas que estabelecem normas para

atividades publicitárias destinadas ao público infantil,

com promoção de uma alimentação saudável para

reverter a epidemia de obesidade e prevenção das

doenças crônicas não transmissíveis. Muitas vezes as

crianças pedem ou adquirem o hábito de consumir ou

ingerir determinados alimentos por conta da influência

da mídia. Porém, não são apenas as crianças que são

influenciáveis, os adultos também são.

É fundamental reeducar para uma alimentação

saudável.

Cabe ao pediatra o aconselhamento alimentar

além de outros cuidados para garantir o crescimento e

desenvolvimento da criança (puericultura).


70

A participação do nutricionista é fundamental

para que este possa tirar todas as dúvidas referentes à

quais alimentos são mais indicados para cada idade.

Temperos industrializados, fast foods, refrigerantes,

embutidos, salgadinhos, biscoitos recheados, sorvetes,

sucos artificiais, macarrão instantâneo e iogurtes são

exemplos de alimentos que as pessoas têm o hábito de

consumir, porém que fazem muito mal à saúde, porém a

mídia não mostra isso nas propagandas.

Propagandas do tipo: leve 3

pague 2 ou pague um pouco mais

caro e leve um produto de tamanho

maior ou ainda associar um alimento com sentimentos

como: “feito com amor” (utilização de temperos

industrializados) são excelentes exemplos para mostrar

como o consumidor é persuadido a comprar

determinados alimentos sem perceber que está levando

para casa um produto com baixo valor nutricional.

Estudos demonstraram que as pessoas que liam os

rótulos dos alimentos antes de comprar tinham menos

peso do que as que não liam.


71 71

Mitos e Verdades

É saudável emagrecer muitos quilos em pouco tempo?

Mito. A perda de peso deve ser

gradual, para que o organismo

possa se adaptar a nova realidade

de ingestão e gasto de energia que

lhe foi imposto. O emagrecimento

rápido geralmente está associado à restrição alimentar

excessiva. a prática exagerada de exercícios físicos que

obtém como consequência a perda não só de gordura,

mas t de massa muscular, além de provocar o aumento

da probabilidade de desenvolver (acúmulo de gordura

no fígado (esteatose hepática não alcoólica) entre

outras complicações para a saúde. A obesidade é uma

doença que deve ser controlada ao longo de toda a

vida, desta forma, o emagrecimento deve acontecer

de forma que o indivíduo consiga sustentar a nova

rotina por tempo indeterminado. A perda de peso

saudável recomendada é entre 0,5Kg e 2,5kg/semana e

entre 2Kg e 10Kg mensal.


72

Exercício físico é capaz de resolver o problema da

obesidade?

Mito. O exercício físico é ferramenta essencial para o

controle da obesidade, porém isoladamente não

atingirá sua plena eficiência com relação à perda de

peso. Para que haja o emagrecimento é necessário

manter o balanço calórico negativo (gastar mais do que

se ingere) praticando exercícios com o controle de

intensidade, sem exageros, respeitando os descansos e

associado ao controle alimentar, cuidados médicos e

psicológicos.

Fazer refeições assistindo TV engorda?

Verdade. Quando você assiste televisão (ou joga

videogame, ou usa o computador) durante a refeição,

não presta atenção naquilo que está comendo e, com

isso, você pode comer mais do que necessita, o que

pode contribuir para o aumento do peso. Procure

pensar que sua refeição pode ser um momento

agradável de convivência com a família ou os amigos.


73 73

Exercícios localizados fazem perder gordura localizada?

Mito. A perda de gordura acontece quando o

organismo necessita utilizar a energia estocada (em

forma de gordura), para sustentação do exercício físico

ou para recuperação muscular após a prática desde

que esta energia não seja posteriormente reposta pela

alimentação exagerada. Esta utilização da gordura

acontece por todo o organismo e não apenas na

região que está sendo movimentada, porém exercícios

localizados auxiliam na melhora da força muscular

localizada o que gera maior firmeza e melhora do

aspecto da região trabalhada.

Chocolate provoca espinhas?

MITO. Ainda não existe nenhum estudo científico que

comprove a relação do consumo de chocolate com o

aparecimento de espinhas. Porém, muitas pessoas

relatam piora da acne após o consumo de chocolate,

ou seja, este sintoma varia de pessoa a pessoa. Os

alimentos que estimulam o aparecimento da acne são

os com alto índice glicêmico (doces), frituras e


74

refrigerantes, contribuindo para o aumento da

produção de sebo (gordura) na pele.

Correr com roupas de frio ajuda a emagrecer?

Mito. O emagrecimento é caracterizado pela perda de

gordura corporal que acontece através do balanço

calórico negativo. Correr com roupas de frio faz com

que o corpo produza mais suór (consequentemente

eliminando mais líquido-água e sais minerais) a fim de

tentar manter a temperatura corporal em níveis mais

baixos do que o aquecimento causado pelo exercício e

pelas roupas quentes. Por conta desta

perda de líquido é que se fica a falsa

impressão de emagrecimento, porém

esta perda não é de gordura e sim de

líquidos e estes devem ser repostos

através da hidratação.


75 75

Ficar sem jantar emagrece

Mito. No início pode até ajudar a emagrecer, já que

você estará ingerindo menos calorias do que o habitual,

mas com o tempo, seu metabolismo pode ficar mais

lento, provocando o aumento do peso. Além disso,

quando pulamos uma refeição, normalmente ficamos

com mais fome e acabamos comendo mais na refeição

seguinte. Por isso, o melhor para perder ou manter o

peso é reduzir a quantidade de cada refeição e

aumentar o fracionamento da dieta, fazendo de 4 a 6

refeições por dia.

Realizar atividade física em jejum acelera o

metabolismo e há uma perda maior de gordura

corporal?

Mito. Antes da atividade física, é necessário estar atento

se sua última refeição foi realizada há mais de 4 horas.

Caso contrário realize um lanche leve como, por

exemplo, uma fruta ou suco de frutas natural.


76

O ovo aumenta o colesterol?

Mito. A gema do ovo é rica em colesterol. A clara é

fonte de proteína. O alimento contém um mix de

vitaminas e minerais e não é muito calórico. Assim,

acredite, o ovo é saudável! Porém, em excesso, abrimos

espaços para as doenças cardiovasculares. O nosso

organismo precisa de colesterol para uma série de

funções. Pesquisas mostram que o ovo não aumenta o

colesterol, porém consumir o ovo todo dia não é a

melhor opção. Alterne o consumo com outros alimentos

protéicos, como as carnes magras.

Realizar atividade de força como a musculação ganha

peso?

Verdade. A musculatura corporal pesa mais quando

comparado com a gordura, portanto se você estiver

realizando um exercício de musculação e seu peso não

alterou, mas suas medidas ou circunferências reduziram,

significa que você perdeu gordura corporal e manteve

sua massa muscular.


77 77

Macarrão instantâneo é saudável?

Mito. Apesar de prático, coloca em risco a saúde se o

consumo for diário, pois para o macarrão ficar pronto

mais rapidamente ele é pré-frito, contendo grandes

quantidades de gorduras saturadas e trans. Além disso,

o tempero é riquíssimo em sal (sódio). Também

apresenta muitos conservantes cancerígenos. O ideal é

substituir a massa instantânea pelo macarrão tradicional,

levará apenas uns minutinhos a mais para ficar pronto e

combinado com opções de molhos com baixa gordura

(por exemplo, molhos vermelhos) ficará mais saudável.

Ter uma alimentação rica em fibras facilita o

emagrecimento?

Verdade. Esses alimentos estimulam a mastigação, que

exerce um efeito direto sobre o hipotálamo, produzindo

sensação de saciedade. Além disso, as fibras retardam o

esvaziamento gástrico, o que aumenta a sensação de

saciedade e diminui a ingestão de outros alimentos. As

fibras também auxiliam no funcionamento intestinal e

podem interferir na absorção de gorduras e açúcares.


78

Evitar açúcar branco e preferir o mascavo para não

engordar?

Mito. Os açúcares branco ou mascavo são um tipo de

carboidrato, portanto têm calorias. A diferença entre

eles é que o açúcar mascavo contém vitaminas e sais

minerais, já o açúcar branco como é refinado não tem

nada, além de calorias.

Suco de frutas não engorda?

Verdade. Sucos de frutas naturais possuem calorias, dê

preferência a consumir as frutas com bagaço e se

possível com casca. Assim você pode saborear mais o

alimento e a sensação de saciedade será maior do que

consumir um suco batido.

Bolacha de água e sal não engorda?

Mito. Este biscoito não é feito apenas de água e sal, e

sim, principalmente de farinha de trigo, gordura vegetal

e sal. O que, se consumida em exagero levará ao ganho

de peso.


79 79

Vantagens do

Emagrecimento

Para o Obeso

Sabe-se que o emagrecimento saudável, ou seja,

a reeducação alimentar, e as mudanças de estilo de

vida proporcionam inúmeros benefícios para a saúde da

pessoa, proporcionando mais qualidade de vida. Em se

tratando do obeso, a autoestima se torna o principal

fator, pois serve como estímulo para continuar na

mudança do estilo de vida.

Veja abaixo algumas vantagens:

Satisfação corporal;

Aprender a comer de tudo de uma maneira

equilibrada;

Reconhecimento do esforço, disciplina,

superação, dedicação e comprometimento;

Não passar mais por situações constrangedoras:

utilizar bancos preferenciais em meios de


80

transportes e áreas públicas (shopping, cinema e

lojas);

Realização mais facilmente das atividades diárias:

amarrar o sapato, agachar, sentar...

Possibilita uma higiene pessoal adequada;

Melhora o desempenho sexual;

Promove a satisfação de comprar roupas em

qualquer loja;

Voltar a usar roupas que antes não serviam;

Ficar a vontade em usar roupa de banho e

frequentar mais clubes e praias;

Usar salto alto sem sentir dor nas pernas;

Ter uma gravidez saudável quando chegar a

hora;

Maior segurança pessoal e profissional

Não sofrer bullying (estigmatização social);

Melhora a atenção, concentração, aprendizado

e consequentemente o desempenho escolar;

Poder usar cinto de segurança de forma

confortável;

Diminuir dores no corpo, principalmente joelho,

coluna, tornozelo e pés;

Reduzir utilização de medicamentos para

diabetes, hipertensão, colesterol, etc.


81 81

Inserir novos tipos de exercícios na academia e

novos esportes;

Aumentar a disposição e rendimento físico;

Regularizar função intestinal;

Melhorar a qualidade do sono, reduzindo

episódios de apneia (falta de ar);

Maior interação social;

Reduzir possíveis quadros de depressão,

ansiedade, estresse;

Diminuir oscilação de humor (alegria e tristeza);

Ter menos riscos de complicações durante a

gestação e o parto, e um bebê mais saudável;

Diminuir o risco de desenvolver doenças

associadas à saúde cardiovascular (derrame,

infarto, trombose, gordura nos órgãos);

Melhorar a saúde física, social e emocional;

Um paciente obeso que emagrece 10%, já

demonstra um impacto expressivo clinico no

controle das doenças associadas.


82

Saiba Que...

1. Existem vários sistemas naturais de defesa do

organismo para manutenção do seu equilíbrio

(homeostasia) e sobrevivência. Quando iniciamos

uma dieta hipocalórica balanceada, através de

mecanismos de compensação ou contra

reguladores ocorre uma diminuição de um hormônio

produzido pelo tecido gorduroso, chamado LEPTINA

e responsável pelo controle da fome e do gasto

energético. Isso faz com que a pessoa passe a ter

mais fome e não consiga manter a perda. Por

exemplo, a pessoa que emagrece 5%, diminui 10%

do gasto energético e isso dificulta a manutenção. É

preciso uma conscientização dos pacientes desse

processo para que continuem motivados para

emagrecer.

2. A genética é um importante fator desencadeante

da obesidade. Filhos de ambos os pais obesos tem

80% de chances de se tornarem obesos. Existem mais

de 250 genes associados à obesidade, a maioria

atua na saciedade e na fome agindo no cérebro.


83 83

Por isso, muitos medicamentos para emagrecer

também agem no cérebro visando o controle da

fome e promoção da saciedade.

3. Os medicamentos antidiabéticos ou para

hipotireoidismo são contra indicados para

tratamento da obesidade de rotina em pessoas que

não apresentam essas doenças;

4. O controle do excesso de peso traz muitos benefícios

à saúde. Um paciente obeso que emagrece 10%, já

demonstra um impacto expressivo clinico no controle

das doenças associadas. Isso sem contar com

melhoria da autoestima.

5. Existe um consenso que a dieta hipocalórica

balanceada ideal deve promover cerca de 4-5Kg de

peso ao mês, no primeiro mês e 2-3Kg nos meses

seguintes;

6. Uma perda de peso muito rápida se acompanha de

perda de massa magra (músculo) mesmo que o

paciente esteja fazendo exercícios;

7. A avaliação da composição corporal tem um papel

importante no entendimento da obesidade com

outras doenças associadas. (É importante considerar

a escolha do método utilizado).


84

8. 70% do nosso corpo é constituído por água,

responsável pelo transporte de nutrientes, meio que

ocorre todas as reações químicas do nosso

organismo. Além de regular a temperatura do corpo

sua falta pode causar desidratação, fadiga,

câimbras e fraqueza.

9. A poluição influencia o desenvolvimento de várias

doenças. O bisfenol está no alvo das pesquisas,

sendo apontado como vilão de problemas de saúde

graves, como câncer, e também um contribuinte

para obesidade.

10. Consultórios médicos e clínicas não estão habilitados

para vender medicamentos. Escolha a farmácia de

sua confiança ou peça orientação ao seu médico

para não comprar ”gato por lebre”.

11. Nem todos os alimentos ditos “naturais” são

realmente naturais.

12. Mesmo as fibras, vitaminas e minerais em excesso

podem fazer mal.


85 85

E Mais:

1. Existem projetos de lei para serem aprovados

referentes à propaganda infantil, à implantação de

centros de obesidade a nível municipal e também

voltados para inserção da matéria de educação

nutricional nas escolas;

2. A inclusão no currículo escolar de ações educativas

continuada em saúde com participação da família é

uma estratégia de grande valor;

3. O ambiente familiar pode ser um obstáculo para

mudança de estilo de vida das crianças e

adolescentes, portanto, a sensibilização e

conscientização da família é o primeiro passo para

que haja mudança e claro sempre devem servir de

exemplo a estes;

4. Estudos demonstraram que crianças amamentadas

ao seio por pelo menos 6 meses tem 35% de menos

probabilidade de serem obesos quando entram na

escola;


86

E Mais:

5. A alimentação equilibrada e saudável não é cara e

não é realizada apenas por pessoas ricas, uma dica

importante é comprar sempre alimentos frescos e da

época, pois, além de serem mais baratos

apresentam um valor nutricional maior;

6. Você pode e deve cobrar que a escola do seu filho

ofereça uma alimentação balanceada para e que o

cardápio seja elaborado por um profissional

habilitado, ou seja, por um nutricionista. Este é um

direito que todo cidadão tem e deve ser cobrado.

Pois, assim será possível evitar que haja consumo

alimentar inadequado no período escolar, o que

pode colaborar para o ganho de peso;

7. É de grande importância que cada

pai/mãe/responsável e aluno expressem sua opinião

em relação à necessidade de ter nas escolas aulas

de educação nutricional. Trata-se de uma matéria

importante na educação da criança, pois,

aprenderão, desde pequeno sobre a importância de

uma alimentação equilibrada e isso refletirá no seu

comportamento perante os alimentos. Só através da


87 87

E Mais:

manifestação feita pelos pais e responsáveis é que

este cenário poderá mudar e então será incluso esta

matéria na grade curricular dos alunos;

8. Se houvesse uma avaliação física das crianças e

adolescentes nas escolas, poderíamos reduzir muito o

índice de obesidade, pois poderíamos tratar este

indivíduo antes que a obesidade se instalasse, assim,

peça que esta avaliação seja feita nas escolas pelo

menos 1x no mês; este é um direito de todos! Faça a

sua parte;

9. Atualmente não só a circunferência da cintura, mas

também a circunferência do pescoço também deve

ser avaliada para relacionar riscos cardiovasculares;

10. O controle do excesso de peso traz muitos benefícios

à saúde. Um paciente obeso que emagrece 10 % já

melhora muito sua condição de saúde e qualidade

de vida em geral;


88

Atenção!

1. A mastigação estimula uma área de saciedade

no cérebro, bem como auxilia o processo de

digestão. As fibras encontradas em legumes

sementes cereais e farelos estimulam a

mastigação, controlam a glicemia, diminuem a

absorção de gorduras e melhora o

funcionamento intestinal.

2. Uma boa dieta não deve colocar sua saúde um

risco e sim estabilizar o seu peso adequado e não

deve ser encarada como sacrifício, mas como

chance de melhorar sua saúde.

3. Desconfie das propagandas de produtos

“milagrosos” que prometem emagrecimento

rápido sem comprovação científica. Podem

causar sérios danos à saúde. Além do fato de que

está comprovado o reganho de peso em pouco

tempo após emagrecimento rápido.

4. É muito importante sabes escolher e comprar os

alimentos Estudo tem demonstrado que as


89 89

pessoas que leem os rótulos dos alimentos tem

menos peso do que os que não leem.

5. Outra dica importante: escolher os alimentos de

acordo com as estações e sua origem.

6. Fique de olho nos fitoterápicos (medicamentos

feitos de plantas medicinais) que necessitam de

prescrição médica para sua venda.

7. Não faça nenhum tipo de dieta restritiva ou sem

orientação de um profissional.

8. Nunca aumente as doses dos medicamentos por

conta própria, mesmo fitoterápicos, por achar

que não estão fazendo o mesmo efeito inicial.

Consulte seu médico!

9. Uma perda de peso muito rápida se acompanha

de perda de massa magra (tecido muscular)

mesmo que o paciente esteja fazendo exercícios;

10. Alguns comportamentos comuns dos obesos

devem ser modificados:

Comer rápido e mastigar pouco;

Beliscar guloseimas durante todo o dia;

Não respeitar o horário das refeições;

Faltar frequentemente às atividades físicas.


90

Cuidado!

1. Não espere que apenas o tratamento

medicamentoso irá solucionar o problema da

obesidade. A mudança do estilo de vida (dieta,

atividade física e controle do estresse) é

fundamental.

2. Nunca aumente as doses dos medicamentos por

conta própria, mesmo fitoterápicos, por achar

que não estão fazendo o mesmo efeito inicial.

Consulte seu médico!

3. Nunca compre remédios para emagrecer mesmo

ditos naturais em academias de ginástica e

Internet. Nem sempre na fórmula desses

compostos constam todas as substâncias usadas.

E o tráfico e uso sem orientação médica do

hormônio de crescimento além de ilegal é

prejudicial à saúde.


91 91

Cuidado!

4. Existem no mercado fórmulas com várias

substâncias manipuladas que são proibidas pelo

Ministério da Saúde. Estudos científicos já

demonstraram inúmeros casos de intoxicação

que podem ser fatais em produtos vendidos

como “naturais”.

5. Cuidado ainda com os “suplementos dietéticos”

anti-obesidade e energéticos. Muitos contêm

substâncias como efedrina, entre outras, que

aumentam o risco de doenças cardiovasculares e

pulmonares.

6. Se uma pessoa conhecida teve bons resultados

com determinado tipo de dieta, não significa que

se fizer a mesma dieta terá os mesmos resultados.

Toda e qualquer dieta deve ser prescrita de

forma individualizada e personalizada, de acordo

com a necessidade e objetivos de cada um.


92

Cuidado!

7. Nem todos os alimentos ditos “emagrecedores”

ou “termogênicos” ou que aumentam a

“saciedade” podem ser indicados pra você.

8. O consumo de alguns alimentos podem fazer mal

se consumidos de forma errada, quantidade

errada ou em horários errados.

9. O cigarro além de ser um fator de risco para o

baixo peso ao nascer, descolamento prematuro

da placenta durante a gestação, para doenças

pulmonares, diminui a concentração sanguínea

do colesterol bom HDL, prejudicando sua função

primordial de remover o colesterol das células e

transportá-lo para o fígado para posterior

excreção.


93 93

Cuidado!

10. Cuidado com alimentos diet e light.

Diet: significa que aquele produto ou alimento

apresenta ausência total de um ingrediente, que

pode ser o carboidrato ou a gordura ou proteína

ou sódio. O alimento diet não é essencialmente

menos calórico que o tradicional. Exemplo disso

são os chocolates e os sorvetes, que são ausentes

de açúcar, porém tem mais gordura na

composição para não perder o sabor, tornando-

se mais calórico que o tradicional.

Light: significa que aquele produto ou alimento

apresenta redução de no mínimo 25% de algum

ingrediente (comparado com o produto normal),

como carboidratos, gordura totais, colesterol ou

sódio.

Para saber se é necessário substituir o consumo

de determinados produtos ou alimentos por diet

ou light um nutricionista poderá te ajudar.


94

Finalmente...

Atualmente observamos uma mudança no

estado nutricional da população brasileira em todas as

faixas etárias. Observa-se hoje uma queda na

prevalência da desnutrição, e um aumento significativo

do excesso de peso É possível associar essa transição

nutricional a vários fatores como melhoria das condições

de vida da população em geral, a influência da mídia

(TV, rádio. revista, internet), o estilo de vida com

diminuição de atividade física diária, falta de exercício

físico, a inadequação da ingestão alimentar, a

facilidade de aquisição de alimentos de alto valor

calórico e de baixo custo, e desinformação em saúde,

entre outras causas. O fato é que, tanto no Brasil como

na maioria dos países do mundo, a obesidade é um dos

mais importantes problemas de saúde pública cujas

consequências exigem medidas urgentes de

intervenção.


95 95

Finalmente...

É importante destacar à necessidade de maior

investimento e novas estratégias no campo das diversas

políticas públicas e programas voltados para diferentes

faixas etárias com destaque à prevenção do excesso de

peso e doenças associadas. Também se faz necessário

o fortalecimento do sistema de avaliação

acompanhamento e controle em saúde preventiva

através de uma rede informatizada integrada. Afinal,

estamos vivendo na era da informática!

Os gastos em atenção para saúde com hospitais,

ambulâncias, pronto atendimento, exames

complementares e medicamentos são desproporcionais

ao investimento em atenção básica o que nos leva a

pensar que promover saúde ainda é um desafio em

nosso país.


96

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http://www.abeso.org.br/pagina/14/artigos.shtml


101 101

Equipe Interdisciplinar do Curso de

Obesidade, Emagrecimento e Saúde - UNIFESP

Selma Freire: Médica e Coordenadora do Manual

Amanda dos Santos Moraes

Camila Marques Marçal

Giovana De Luca

Lilian Lasnaux Ariedi

Mariana Cristina de Oliveira Fuschillo

Rose Rodrigues da Silva

Suylan Sousa Guimarães

Viviany Karine Cipriano Gagliotti Candelaria


102

Agradecimentos

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará

ao seu tamanho original”

Albert Einstein

Agradecemos à Crista Web Lab e toda a sua

equipe pela dedicação, patrocínio e confecção do

manual.

Agradecemos também a colaboração do

médico e psicólogo Dr. Roberto Debski na elaboração

da matéria sobre Coaching.


103 103

2014 – Emagrecendo Consciente. – Drª Selma Freire –

Todos os Direitos Reservados.

Proibida a reprodução total ou parcial deste material

sem o expresso consentimento do autor.


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Documents

O que você precisa saber sobre obesidade · excesso de peso, estimulando o emagrecimento e manutenção do peso adequado. Apresento este trabalho como uma forma de homenagem a Drª