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O que você precisa saber sobre o uso correto e seguro de produtos à base de acefato
Cartilha informativa
Colega agricultor
Nós, que aplicamos agrotóxicos na lavoura, sabemos quanto cuidado,
atenção e responsabilidade esse trabalho exige. O agrotóxico utilizado de
forma errada põe em risco a nossa saúde e a saúde dos consumidores
dos nossos produtos agrícolas.
Foi pensando nisso que fizemos essa cartilha: para que você saiba tudo
sobre os riscos associados ao uso do Acefato e as formas de preveni-los.
O Acefato é um agrotóxico que apresenta
algumas restrições que devem ser
seguidas obrigatoriamente,
por exigência de lei.
Leia essas páginas
com muita atenção, porque
tanto a sua segurança como
a dos consumidores de
produtos agrícolas vem
em primeiro lugar!
O que é o Acefato
O acefato é um Inseticida sistêmico, deve ser comercializado obrigatoriamente em embalagens internas hidrossolúveis.
Riscos à saúde humana no uso do Acefato
Muita atenção em caso de suspeita de intoxicação!
Os sintomas de intoxicação aguda por Acefato podem aparecer em poucos
minutos ou em até 12 horas após a exposição.
A intensidade dos sintomas dependerá da quantidade de produto a que a
pessoa foi exposta, da via de exposição e do tempo que ela permaneceu
exposta.
As respostas a seguir são essenciais para a avaliação da gravidade de uma intoxicação!
• Houve exposição?
• O contato foi com o produto
concentrado?
• O contato foi com o
produto diluído?
• Houve ingestão?
• Houve inalação excessiva?
• Houve contato com os olhos?
• Houve contato com a pele?
O contato com o produto não diluído implicará no inicio dos sintomas mais
precoces e também mais sérios.
Habitualmente o contato com o produto concentrado se dá em 3
situações principais:
• Contato com os olhos por respingos no momento do preparo da calda
devido a não utilização de óculos de proteção
• Contato com a pele no momento do preparo da calda devido a não
utilização de roupas de proteção como luvas e macacão.
• Ingestão por acidente ou por tentativa de suicídio.
O contato com o produto já diluído ocorre mais comumente durante
a aplicação do produto e na ausência de equipamentos de proteção
individual.
• Inalação do produto aplicado contra o vento e sem máscara de
proteção
• Contato com a pele durante a aplicação sem a utilização de
equipamentos de proteção como macacão e luvas,
Contato com os olhos:
Sintomas: irritação, vermelhidão, lacrimejamento, sensação de areia nos
olhos
O que fazer: lavar os olhos com soro fisiológico ou água filtrada em
abundancia e encaminhar ao médico para avaliação oftalmológica.
Contato com a pele:
Sintomas: irritação da pele, vermelhidão do local, coceira. Pode ocorrer
absorção do produto pela pele levando a sintomas sistêmicos (ver abaixo)
O que fazer: tirar as roupas, lavar a pele com água e sabão em
abundancia. Para o contato com as mãos e os pés lavar entre os dedos e
as unhas com auxilio de uma escova de unhas.
Inalação:
Sintomas: irritação do nariz com coriza e algumas vezes sangramento
nasal. Pode ocorrer absorção do produto pela pele levando a sintomas
sistêmicos (ver abaixo)
O que fazer: interrompa imediatamente a utilização do produto levando o
paciente para um local distante do local da aplicação e arejado. Observe a
presença de sintomas sistêmicos e encaminhe ao médico para avaliação.
Ingestão:
A ingestão do produto por acidente ou intencional como na tentativa de
suicídio é SEMPRE uma emergência médica e deve ser tratada como tal
independentemente da presença de sinais ou sintomas.
SintomatologiaOs sinais e sintomas sistêmicos de uma intoxicação por Acefato serão mais
intensos quanto maior a dose absorvida.
Sintomas leves:
Pode ocorrer mal estar, dor de cabeça,
enjoo, tonturas, vômitos, diarreia e dor
na barriga. Como estes sintomas se
assemelham a muitas outras doenças
como viroses, SEMPRE comunique
ao médico se teve contato com o
produto, por qual via e como foi
essa exposição.
Sintomas moderados e graves:
Mais comuns nas ingestões como
acidentes e tentativa de suicídio.
Os sintomas incluem excesso de salivação, lacrimejamento, secreção
excessiva dos brônquios (catarro), transpiração excessiva, vômito, diarreia,
cólicas abdominais, dificuldade para respirar, redução do tamanho da
pupila dos olhos, visão borrada, diminuição dos batimentos cardíacos,
tremores, movimentos involuntários dos músculos e em casos mais graves
também convulsões e coma. Sintomas como ansiedade, agitação e
confusão mental podem estar presentes.
Embora bastante raras duas situações podem ocorrer após o tratamento
adequado e melhora do paciente.
Síndrome Intermediária: ocorre entre 1 a 4 dias após a melhora do
paciente e é caracterizada por paralisia dos músculos respiratórios e
debilidade muscular que acomete principalmente os músculos do pescoço
e tórax. A crise cede após 4-21 dias de assistência ventilatória adequada,
mas pode-se prolongar às vezes por meses.
Síndrome Neurotóxica Tardia: ocorre cerca de 3 semanas após
uma intoxicação grave, tratada corretamente e com melhora clinica do
paciente. Caracteriza-se por uma paralisia nas pernas progressiva e com
recuperação muito lenta.
TELEFONE DE EMERGÊNCIA:
0800-722-6001Ligue para o Disque-Intoxicação para notificar o caso e obter informações
sobre o diagnóstico e tratamento.
Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica
RENACIAT-ANVISA/MS.
Atendimento 24 horas
Para obter informações
do produto, ligue para o telefone de
emergência contido no rótulo/bula de
cada empresa.
O Acefato deve ser utilizado apenas
nas culturas de amendoim, algodão,
batata, citros, feijão, melão, soja
e tomate rasteiro para fins industriais.
O Acefato deve ser aplicado apenas
por equipamentos mecanizados.
Restrições ao uso do Acefato
IMPORTANTE:
o manuseio de agrotóxicos deve ser
realizado por pessoas adultas e bem
informadas sobre os riscos.
As melhores fontes de informação
são o RÓTULO e a BULA do produto.
LEMBRE-SE:
usar Acefato em
culturas não autorizadas é
ilegal, assim como aplicar
em doses acima das
recomendadas
em bula.
São proibidas as aplicações costal e
manual de Acefato, pois representam
risco à saúde do aplicador!
O Acefato é proibido para o uso
em estufas, doméstico e
em jardinagem.
Receituário Agronômico
Tem o intuito de orientar o uso racional de agrotóxicos, tendo o diagnóstico
da propriedade como pré-requisito e deve ser prescrito por um engenheiro
agrônomo ou profissional da área, sendo exigido por lei desde 1989.
O documento é importante, pois tem todo o exercício técnico feito pelo
profissional, que vai recomendar um produto que venha a beneficiar a
cultura, e com o mínimo possível de reflexos negativos ao meio ambiente.
O receituário
agronômico é
uma exigência legal
para a compra de
todo e qualquer
agrotóxico!
São proibidas as aplicações costal e
manual de Acefato, pois representam
risco à saúde do aplicador!
O Acefato é proibido para o uso
em estufas, doméstico e
em jardinagem.
Preparo da calda com embalagem hidrossolúvel
Segurança no preparo da calda:
• Caso ocorra contato acidental com o produto, siga as orientações
descritas em primeiros socorros na bula e procure rapidamente
um serviço médico de emergência.
• Ao abrir a embalagem externa,
utilize os sacos hidrossolúveis
sem abri-los ou cortá-los.
• Utilize os equipamentos de
proteção individual (EPI)
indicados na bula
do produto.
• Manuseie o produto em
local aberto e ventilado.
Os produtos à base
de ACEFATO vêm
em uma embalagem
HIDROSSOLÚVEL,
que está dentro de
outra embalagem externa.
EMBALAGEM
EXTERNA
EMBALAGEM INTERNA
HIDROSSOLÚVEL
O que é embalagem hidrossolúvel?
Neste tipo de embalagem não há risco de contato do agricultor com o
produto, já que a embalagem é colocada fechada dentro do equipamento
de aplicação e se dissolve totalmente durante a preparação da calda, não
havendo necessidade de abrir ou cortá-lo.
A embalagem hidrossolúvel deve ser despejada diretamente no tanque de
preparo da solução.
Para o uso de sacos hidrossolúveis:
1. Encher o tanque com água limpa
com ¼ do volume de calda
recomendado.
2. Iniciar agitação no tanque.
3. Colocar o saco hidrossolúvel
diretamente no tanque, sem
cortá-lo ou abri-lo, ao colocá-lo
na água ele se dissolverá
rapidamente.
4. Adicionar, um a um, tantos sacos
hidrossolúveis quanto necessário
para conseguir a dosagem
recomendada.
5. Aguardar a completa
dissolução do saco
hidrossolúvel na água.
A agitação contínua
é necessária para a
boa mistura, mesmo
durante a aplicação.
Atenção! Evite erros:
Agite bem a água de mistura do tanque! A não agitação do tanque pode
fazer com que a embalagem hidrossolúvel não se dissolva completamente,
formando material sólido e entupindo bicos.
Coloque apenas um saco hidrossolúvel
de cada vez! Se misturar mais de um
saco ao mesmo tempo, em contato
com a água, pode ocorrer que
os sacos grudem um ao outro,
formando material sólido.
IMPORTANTE:
A bula é a melhor
fonte de informação
sobre o produto. Leia com
atenção o que a bula diz
sobre o preparo
da calda.
Não corte ou abra os sacos
hidrossolúveis. Pode provocar
a exposição do agricultor
ao produto.
Precauções antes e durante a aplicação
• Faça revisão e manutenção periódica nos pulverizadores: bicos, filtros,
barra, manômetros, válvulas, mangueiras.
• Jamais utilize equipamentos com defeito ou vazamento. Evita
desperdícios de produtos, diminui a exposição do trabalhador, permite
aplicação do agrotóxico da maneira correta e na quantidade certa na
cultura.
• Um pulverizador desregulado pode afetar a qualidade do alimento, seja
por excesso de agrotóxico ou por não atingir o alvo desejado (praga).
Nos dois casos, poderá haver prejuízos, ou seja, alimentos com
resíduos acima do permitido ou danos à cultura, uma vez que a praga
não foi controlada.
IMPORTANTE:
Lave o pulverizador
e verifique o seu
funcionamento após
cada dia de
trabalho.
• Leia o manual de instruções
do fabricante do equipamento
pulverizador e saiba como calibrá-
lo corretamente.
• Pressão excessiva na
bomba causa deriva e perda da
calda de pulverização.
• Evite o máximo possível o contato
com a área tratada.
• Não aplique o produto na presença de
ventos fortes e nas horas mais quentes do dia.
• Verifique a direção do vento e aplique de
modo a não entrar na névoa do produto.
• Utilize os equipamentos de proteção
individual (EPI) indicados
na bula do produto.
• Aplique o produto somente nas doses
recomendadas e observe o intervalo de
segurança (intervalo de tempo entre a
última aplicação e a colheita).
O intervalo de segurança
pode variar dependo
da cultura.
Equipamento de proteção individual (EPI)
Os EPI são ferramentas de trabalho
obrigatórias, que tem a função de proteger
a saúde do trabalhador que utiliza
agrotóxicos, reduzindo os riscos de
intoxicação decorrentes da exposição.
É proibido manusear ou
aplicar agrotóxicos sem o uso dos
EPI, quem tem a sua recomendação
adequada na bula do produto.
IMPORTANTE:
todo empregador
é obrigado a fornecer
EPI e treinar o
empregado.
O empregado é
obrigado a usar
EPI ao trabalhar
com agrotóxicos
sob pena de
demissão por
justa causa.
Força Tarefa Acefato
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