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o Renascimento Comercial e Urbano

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Page 1: o Renascimento Comercial e Urbano

O RENASCIMENTO COMERCIAL

No início da retomada das atividades comerciais terrestres, as

dificuldades foram muitas: desde a cobrança de pedágios até as

péssimas condições das estradas; ou, ainda, para o comércio

marítimo, que carecia de instrumentos de navegação e de bons

navios.

A partir do século XI termina o domínio árabe sobre o

Mediterrâneo, que passa a ser controlado pelos comerciantes

italianos. Os comerciantes, antigos marginais, dirigiam-se das

cidades italianas de Gênova e Veneza para os entrepostos comerciais

do Mediterrâneo Oriental: Constantinopla, Alexandria, Cairo e

Antióquia, que formava a rota do Mediterrâneo.

De Flandres, seguindo o roteiro dos antigos vikings através da

Rússia, os comerciantes chegavam a Constantinopla, através da Rota

do Mar do Norte. O comércio no norte da Europa era controlado

pelos mercadores da Grande Hansa Germânica, criada em 1358, com

vistas a proteger o comércio contra os piratas e impor sua vontade

ao rei da Dinamarca que cobrava altos pedágios sobre os

mercadores.

Veneza e Gênova, através da França, atingiam Flandres, centro

manufatureiro de lã, promovendo o desenvolvimento das atividades

comerciais nas feiras de Champagne. Essa rota terrestre era

denominada Rota de Champagne, que ligava os três centros

dinâmicos do comércio: Constantinopla, cidades italianas e Flandres.

As atividades comerciais intensificaram-se mais ainda com o

surgimento das feiras, vinculadas ao capitalismo nascente e que

tinham um caráter internacional. Os locais onde elas se formavam

eram pontos estratégicos das correntes comerciais. Os comerciantes

priorizavam suas realizações nos chamados nós-de-trânsito

(cruzamentos de rotas). Dentro das feiras desenvolveram-se técnicas

de câmbio, como a troca de moedas e as letras de câmbio.

3. O RENASCIMENTO URBANO

No século XI, a crise feudal cedia espaço a um novo tipo de

organização da vida. Nesse tempo, a população européia crescia e as

cidades passaram a servir de pólos receptores a servos e vilões que

foram expulsos das propriedades senhoriais - pela escassez de terras

- ou que, em tempos de fome, partiam em busca de novas atividades,

Page 2: o Renascimento Comercial e Urbano

além de serem as cidades, por excelência, o local de desenvolvimento

das atividades mercantis.

Com a dinamização da vida mercantil, esses centros foram se

transformando e adquirindo importância cada vez maior. Se o

crescimento do comércio provocou a formação de novas cidades,

esta, por sua vez, provocou a intensificação do comércio. Uma coisa

influenciava a outra.

Os comerciantes procuravam locais estratégicos para se

estabelecer: burgos (castelos fortificados), sedes de bispados,

centros administrativos etc.

Entretanto, o crescimento natural e a falta de planejamento

das cidades acarretaram-lhes péssimas condições sanitárias, o que

facilitava as epidemias e fazia crescer a mortalidade e o fanatismo.

Nas cidades, uma nova camada social exercia o poder: a

burguesia, de origem humilde, que começava a rivalizar com a

nobreza, disputando-lhe o poder político. Os reis protegiam os

comerciantes, dando-Ihes autonomia nas cidades através das Cartas

de Comuna.

A produção artesanal dentro das cidades foi organizada em

torno das Corporações de Ofício, que regulamentavam a produção

dentro das comunas, fixando quantidade, qualidade, preços e

salários. Mestres, oficiais e aprendizes compunham a hierarquia das

oficinas medievais.

Dentro das cidades formaram-se, também, as guildas,

associações de comerciantes.

O poder era exercido por uma Assembléia local, composta por

membros das associações de comerciantes.