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Espiritiualidade Catequese Graça Alcançada Por uma mística cristã A vocação do catequista Testemunho de fé Pág. Pág. Pág. 04 05 12 Ano VI - nº 70 - Sábado - 7 de Fevereiro de 2015 MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA QUARESMA Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um “tempo favorável” de graça (cf. 2 Cor 6, 2). (Pág 02)

O Santuário em Suas Mãos - Ed 70

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Espiritiualidade Catequese Graça AlcançadaPor uma mística cristã A vocação do catequista Testemunho de fé

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04 05 12

Ano VI - nº 70 - Sábado - 7 de Fevereiro de 2015

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA QUARESMATempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um “tempo favorável” de graça (cf. 2 Cor 6, 2). (Pág 02)

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Ano VI - edição 70 • Sábado • 7 • Fevereiro • 2015O SANTUÁRIO

EM SUAS MÃOS

2 Editorial

Fortalecei os vossos corações (Tg 5, 8)Amados irmãos e irmãs,Tempo de renovação para a Igre-

ja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou pri-meiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Inte-ressa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferen-te perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comoda-mente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indife-rença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.

Quando o povo de Deus se con-verte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história conti-nuamente nos coloca. E um dos de-safios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.

Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma ten-tação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.

A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definiti-vamente a porta entre Deus e o ho-

mem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacra-mentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mun-do e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, es-magada e ferida.

Por isso, o povo de Deus tem ne-cessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renova-ção, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.

1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.

Com o seu ensinamento e sobre-tudo com o seu testemunho, a Igre-ja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo re-corda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo13, 8), podendo assim servir o homem.

A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eu-caristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequên-

cia, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o ou-tro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).

A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é co-munhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas san-tas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interli-gados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcan-çar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.

2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades

Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário ago-ra traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura ex-perimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simul-taneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus mem-bros mais frágeis, pobres e pequeni-nos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?

Para receber e fazer frutificar ple-namente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções.

Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quan-do a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferen-ça é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; an-tes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido defi-nitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte

e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregri-nos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na ter-ra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Ju-lho de 1897).

Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indife-rença e dureza de coração.

Em segundo lugar, cada comuni-dade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os po-bres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.

Esta missão é o paciente teste-munho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o ho-mem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da ter-ra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressus-citou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.

Amados irmãos e irmãs, como de-sejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!

3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis

Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens im-pressionantes que nos relatam o so-frimento humano, sentindo ao mes-mo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?

Em primeiro lugar, podemos re-zar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de

Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.

Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúme-ros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo ou-tro, através de um sinal – mesmo pe-queno, mas concreto – da nossa par-ticipação na humanidade que temos em comum.

E, em terceiro lugar, o sofrimen-to do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitar-mos os limites das nossas possibili-dades, então confiaremos nas possi-bilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resis-tir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.

Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para vive-rem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do cora-ção, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não sig-nifica ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um co-ração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.

Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar con-vosco a Cristo: «Fac cor nostrum se-cundum cor tuum – Fazei o nosso co-ração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um cora-ção forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.

Com estes votos, asseguro a mi-nha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que per-corram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Vaticano, Festa de São Francisco de Assis,

4 de Outubro de 2014.FRANCISCUS PP.

Texto original: Italiano

Mensagem do Santo Padre o Papa Francisco para Quaresma

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EM SUAS MÃOS

3Amizade com Deus

São BrásSão Brás nasceu por volta do

ano 264, na Armênia. Foi mé-dico e depois dedicou-se à vida religiosa. Mais tarde, tornou- se bispo da cidade de Sebaste. É venerado no Oriente e no Oci-dente com a mesma intensida-de ao longo de séculos. É santo protetor contra as doenças da garganta, e muitos que sofrem de enfermidades nesta parte do corpo procuram a sua benção, que é ministrada pela Igreja em todo o mundo cristão.

Segundo a tradição, certa vez, uma mãe aflita ao ver seu filho agonizando por estar engasga-do com uma espinha de pei-xe, jogando-se aos pés de São Brás pediu para que socorresse a criança. O santo rezou, fez o sinal da cruz sobre o menino, que levantou ileso como se nada lhe tivesse acontecido. Foi este o mais famoso milagre que as mãos de Deus operaram atra-vés de seu servo, São Brás, um homem que é santo não só por conta do milagre, mas sim por toda sua história, em que buscou viver em santidade. Fez de sua vida um testemunho da fé em Cristo Jesus e um exemplo para todos nós, cristãos.

A bondade, humildade e fé do bispo de Sebaste entravam em contraste com a tirania e per-

seguição aos cristãos daqueles tempos. O Império Romano ti-nha o paganismo como religião oficial do Estado e seus impera-dores, ao longo de séculos, de-vido ao enorme poderio militar e político de Roma, se autointi-tulavam deuses e obrigavam o povo a venerá-los como tal, em sinal de obediência total ao im-perador. Esta foi a expressão má-xima da arrogância dos Césares.

Os cristãos, embora leais ao governo, não dobravam seus joelhos a nenhum imperador e tão pouco aceitavam os costu-mes pagãos, pois mantinham sua fé no Deus Vivo, em Cristo Jesus, e, com tamanho amor ao Cristo, sentiam-se honrados em entregar sua vida por causa do testemunho de sua fé. Um dos mártires, pilar da Igreja por ter guardado com tanto amor a fé, foi São Brás. Seu exemplo de vida e de amor à causa do Senhor causou incômodo ao império e, ao mesmo tempo, suscitou cora-gem aos irmãos para confiarem em Cristo e perseverarem nas provações. São Brás foi conde-nado á morte. Seu crime: ser fiel ao Deus Único, ter negado sacri-ficar vítimas aos deuses pagãos e em honra ao imperador Licínio.

São Brás renunciou ao bispa-do e tentou refugiar-se em uma

caverna isolada da região, mas foi capturado e sua sentença foi cumprida sob as ordens do im-perador, mas o tempo todo ele nunca deixou de testemunhar sua fé. Foi primeiro flagelado e pendurado por horas em um andaime para morrer. Como isto não acontecia, seus algozes ten-taram duas vezes afogá-lo, mas frustrados por, depois de toda a tortura, o santo ainda estar vivo, decapitaram-no para ter certeza de sua morte.

Todos os anos, no dia três de fevereiro, a Igreja celebra a festa em sua homenagem, pelo gran-de testemunho de fé que deu, banhado em sangue, do qual é um exemplo de perseverança e fé para os cristãos de todos os tempos.

Muitas são as Igrejas (comu-nidades) a ele dedicadas e as paróquias das quais São Brás é padroeiro. Algumas de suas re-líquias estão em uma Basílica a ele dedicada em Potenza, na Itália. Segundo a tradição, cris-tãos armênios as traziam consi-go, quando estavam a caminho de Roma, por volta do ano 732. Mas, devido a uma tempestade, os fiéis desembarcam na cidade de Maratea, onde as relíquias fo-ram acolhidas em uma pequena igreja, sobre um monte que leva

seu nome e onde está a sua atual Basílica.

São Brás entregou sua vida totalmente a Nosso Senhor Jesus Cristo, e sua memó-ria viva na tradição da Igreja ajuda-nos a ter a coragem neces-sária para assumir o nosso compromisso para com Deus e os ir-mãos, o compromisso de ser Igreja, Corpo, tendo Cristo como Cabeça, Esposa fiel do seu Marido, o Cristo, compromisso de dar o testemunho do infi-nito amor de Deus que nós também temos a obrigação de viven-ciar; de ser a luz para o irmão, de ser o auxílio para quem está ago-nizando, de restituir a esperan-ça aos que se veem desiludidos por um mundo que, assim como nos tempos primitivos da Igreja, ainda hoje, de inúmeras formas menos expostas, para não di-zer camufladas, impõe valores contrários aos ensinamentos da Santa Igreja e paradigmas pa-gãos que destituem o homem de sua condição de Filho de Deus e o transformam em objeto do

hedonismo, em prisioneiro da imoralidade e em escravo do pe-cado.

Que, com a graça do Espírito Santo, possamos tomar o exem-plo de São Brás e, a cada dia, buscarmos vivenciar, junto ao irmão, o caminho de Jesus, ca-minho de amor e de santidade, para que o Reino do Pai seja edi-ficado na terra.

São Brás, rogai por nós!Magno Paulo de Morais

Endereço:Praça Pres. Vargas, 09Centro - Extrema/MG

Projeto GráficoPromídia Publicidade

Colaboradores:

Pe. Márcio Mota de OliveiraSamantha Peres CalderaroIrma CatelanJosé Arimatéia C. RibeiroMagno Paulo de Morais Mateus Naum Aparecido de LimaDaniela Aparecida Mariano de LimaFelipe José Faria do NascimentoMaria Luiza Silva RossiAntônio Soares de Araújo

DiagramaçãoAndré BeggiatoTelefone:

(35) 3435-1066e-mail:[email protected]

Revisão:Romilda de Oliveira Paula

Supervisão:Mons. José Dimas de Lima

Tiragem:3.000 exemplares

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EM SUAS MÃOS

4 Espiritualidade

Para a mística não basta apenas teorização ou aplicação, é necessá-ria uma busca incessante de Deus, um encontro, como “Tereza pôde perceber, que da experiência de uma exclusividade nasce uma experiência ainda mais intensa e correta: a expe-riência do encontro com Deus, com Jesus Cristo” (Goffi, 1992, p. 295).

Por mística entendemos, aqui, em sentido estrito, a unio mystica: o instante da realização, o êxtase da unificação, o mergulho da alma no ‘mar infinito da divindade’, tal como os místicos a descreviam. É um mo-mento obscuro, irreconhecível e in-descritível. Só pode ser vivido com a alma toda, ou então nada se vive. Portanto, não há ninguém que possa observá-lo e dele tomar consciência. Dele não se podendo falar, devemos calar. Mas para qualificar, através do silêncio, o silentium mysticum de uma presença não deformada de Deus, é preciso falar para eliminar o próprio falar (Goffi, 1992, p. 314).

Na perspectiva de uma mística cristã, “Romano Guardini, pouco antes de morrer, indicava como o maior perigo para o Cristianismo e o verdadeiro humanismo: a atmosfera de gnosticismo” (Goffi, 1992, p. 292). Já Rahner dizia que “o cristão do fu-turo será um místico, ou seja, alguém que experienciou alguma coisa, ou não será cristão” (Goffi, 1993, p. 30), o que Sanna também compreende e reafirma: A pessoa devota do futuro ou será um místico, ou seja, alguém que experimentou alguma coisa, ou deixará de ser devota, porque a devo-ção do futuro não será mais sustenta-da pela convicção transformada em experiência e decisão pessoal unâ-nime, natural e pública, nem pelos hábitos religiosos de todos; portanto, a educação religiosa, até agora habi-tual, poderá continuar a ser apenas uma iniciação muito secundária (...) (Sanna, 2004, p. 41- 42).

No mundo pluralista, sincretista, no qual muito da Igreja Católica se copia e distorce pelas mais possíveis e variadas motivações, a mística, que outrora visava a um certo compro-misso, agora tornou-se momento de

satisfação pessoal, sobretudo na vida dos cristãos católicos. A mística, an-tes visível, ofuscou-se com as inter-venções modernas e pós-modernas.

Rahner, portanto, entende a mís-tica como uma experiência de Deus, uma experiência do não-experimen-tável, mas também como uma deci-são existencial de se entregar a Deus, como ao fundamento da própria vida. Segundo Rahner, se alguém vi-ver com esse Deus incompreensível e silencioso e encontrar, continuamen-te, coragem de falar com Ele, de falar na escuridão, com Fé, confiança e calma, embora, aparentemente, não venha nenhuma resposta a não ser o eco vazio da própria voz; se alguém, continuamente, consegue desco-brir a saída da própria existência na incompreensibilidade de Deus, embora pareça que ela seja, continu-amente, obstruída pela realidade do mundo, na sua imediata experiência, dos seus problemas e necessidades que devem ser ativamente enfrenta-dos por nós mesmos, e da sua beleza e magnificência que continua a se ex-pandir; se, portanto, consegue fazer isso sem o apoio da ‘opinião pública’ e dos costumes, se aceita essa mis-são como uma responsabilidade da própria vida em uma obra sempre nova e não apenas como uma ação religiosa ocasional, então é hoje uma pessoa piedosa, um cristão (Sanna, 2004, p. 43-44).

A visibilidade da mística cristã se dá na pessoa que se abre à graça de Deus, que se deixa guiar pelo Espírito, seguindo o caminho do mestre Jesus Cristo. Essa experiência se dá no cotidiano de cada pessoa, à medida em que se deixa ser interpe-lada pela ação de Deus. Segundo as pesquisas de Ignazio Sanna, Rahner vê as coisas cotidianas, as mais sim-ples e insignificantes, como gotas de água nas quais se reflete o céu, como também a Teologia da graça, um dos aspectos que dão forma a toda a Te-ologia rahneriana e ainda afirma ser a teologia rahneriana uma biografia mística da experiência religiosa, uma biografia de uma existência vivida na presença mistérica de Deus (Sanna, 2004).

A Transcendência do Homem e a Autocomunicação de Deus

Como criatura, o homem está sempre em construção; no seu dia a dia, busca o sentido de sua existência e realização; aí se depara com Deus, autor da vida, cuja existência huma-na tende a voltar para ele. Caso isto não aconteça pela parte humana, a vida será sempre um vazio, resultan-te dessa contínua negação de Deus.

O mistério, é claro, é Deus em quem está nossa origem, dentro de quem vivemos e em cuja direção somos levados em um contínuo mo-vimento de autotranscêndencia. Em outras palavras, simplesmente sendo humanos somos orientados, funda-mentalmente, na direção do mistério de Deus. Em vez de começar com a ideia de Deus, Karl Rahner começa sua indagação teológica com nossa vivência humana compartilhada. Nesse sentido, ele representa uma resposta teológica à ênfase da Mo-dernidade sobre o indivíduo huma-no (Sheldrake, 2005, p. 89).

O ser humano, por natureza, é um ser comunicável, de relação frágil, mas muito hábil, inteligente, capaz de raciocinar; por isto, conse-gue contemplar, refletir a realidade, como nenhum outro ser; sem imagi-nar-se numa escola, é um poeta, um músico, um filósofo ou teólogo, tudo isto por pura graça e amor de Deus, sem contar que, quando já inserido no mundo gnosiológico, sua capaci-dade torna-se muito maior.

Existimos além do mundo e de suas causas e, nesse sentido, o transcendemos. As questões que surgem, por-tanto, dizem respeito a de onde viemos (se não unicamen-te do mundo) e aonde nossa transcendência está nos levan-do (se o mun-do não pode definir nossos limites). É a nossa questão definitiva, nos-

sa experiência transcendental, que nos confronta a cada passo. É esta questão que Karl Rahner reflete como ponto de partida para falar de Deus (Sheldrake, 2005, p. 90).

Deus é sempre o ponto de par-tida na Teologia rahneriana, pois a graça de Deus, a priori, nos en-volve por completo, de forma que nossa consciência, nosso intelecto e nossa vontade são iluminados e orientados para Deus. Assim, pode-se dizer que Deus é nosso início e fim. Deste modo, Rahner oferece ao homem uma Teologia encarnacional e espiritual equili-brada (Sheldrake, 2005).

O homem sempre dese-jou e deseja dar razões à sua Fé; por isto busca, na dimensão in-telectual, aprofundá-la conforme o evangelho, a Igreja, a doutrina, como também procura fazer a ex-periência de Deus através de sua abertura para Ele. A contribuição de Rahner “rejeita qualquer dico-tomia entre o sagrado e o secular, o privado e o público, a vivência religiosa extraordinária e ordiná-ria. Enfatiza, ao mesmo tempo, o mistério de Deus e uma visão encarnacional, unindo a Teologia negativa com a Teologia positi-va em sua linguagem teológica” (Sheldrake, 2005, p. 90).

O ser humano é um ser de trans-cendência (...), por isto Rahner diz que, “à medida que o homem se caracteriza por essa transcendên-cia, confronta-se consigo mesmo, é responsável por si e assim é pes-soa e sujeito” (1989, p. 49), um ser

capaz de transcender a realidade e fazer a experiência de Deus em sua vida.

Pe. Márcio Mota de OliveiraVigário Paroquial

Por uma mística cristã

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EM SUAS MÃOS

5Catequese

O Diretório Geral para a Catequese nos diz que: “A vocação do leigo à ca-tequese tem origem no Sa-cramento do Batismo e se fortalece pela  confirma-ção, sacramentos median-

te os quais ele participa do ministério sacerdotal, profético e real de Cristo”.

Além de vocação comum ao apostolado, alguns lei-gos sentem-se chamados interiormente por Deus,

a  assumirem a tarefa de catequistas. A igreja susci-ta e distingue esta vocação divina, e confere a missão de  catequizar. Dessa for-ma, o Senhor Jesus convi-da homens e mulheres, de

uma maneira especial, a segui-Lo, Mestre e Forma-dor dos discípulos. Este chamado pessoal de Jesus Cristo e a relação com ele são o verdadeiro motor da ação do catequista.

É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anun-ciá-Lo, de evangelizar, e de levar outros ao sim da fé em Jesus Cristo (DGC 231).

O Catequista deve, por-tanto, ser comprometido com Cristo e com a Igre-ja, fazendo da sua vida um testemunho diário de fé, esperança e caridade. Pes-soa que ama a palavra de Deus, que sente a presença de Deus na sua criação e reconhece Jesus Cristo no próximo.

O catequista é um ins-trumento pelo qual Deus se comunica com as pes-soas, a fim de que elas se convertam e creiam em

Cristo, não só através dos seus ensinamentos, mas também de uma vida ver-dadeiramente em Cristo, procurando levar-Lo aos homens e os homens a Ele.

“Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida pre-sente, na carne, eu a vivo na fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”(Gl2,20).

Devemos, portanto, como cristãos batizados e confirmados na fé, ser testemunhas do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo por toda a humanidade.

Louvado seja Nosso Se-nhor Jesus Cristo!

Antonio Soares de Araujo

Comunicamos aos pais e às crianças da Catequese que retomaremos as nossas atividades no dia 02 de fe-vereiro no Salão Paroquial e nas demais comunidades.

A vocação do catequista

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EM SUAS MÃOS

6 Psicologia

Diz uma pequena estória que um homem ficava em frente a sua janela reparando no quão sujo era o quintal de seu vizinho. Comentava, com muita crítica, isto com todos de sua família e amigos. Um certo dia, foi ele olhar e surpreeendeu-se com o que viu. Correu para comen-tar com sua esposa:_ Mulher, finalmente o vizinho tomou vergonha na cara e limpou o seu quintal! A esposa então lhe respondeu:_ Não, meu marido. Na verdade fui eu quem lavei os vidros de nossa janela. (Ou seja, neste tempo todo em que ele cri-ticava , o quintal do vizinho es-tava limpo e era sua janela que estava suja)

Esta parábola nos leva a fazer várias reflexões. A primeira é : como é difícil enxergar os pró-prios erros que muitas vezes ve-mos nos outros, as falhas que, na verdade, somos nós quem temos e que não conseguimos aceitar. A psicanálise explica isto como o mecanismo de defesa egóico chamado Projeção. Falamos, por exemplo, que o outro tem muita inveja, ou ambição, ou preguiça, ou falsidade, ou desonestida-de mas, na verdade, somos nós quem temos o defeito que vemos no outro.

O ser humano necessita sem-pre estar melhorando. Ninguem

é perfeito, nascemos imperfeitos e precisamos de humildade para saber o quanto precisamos de autoconhecimento, saber quem somos para daí tentar melho-rar. E veja que isto não é tarefa fácil não! Muitas vezes, levare-mos uma vida inteira para con-trolar nosso mau gênio. É vital que procuremos olhar para nós mesmos, este é o grande de-safio do ser humano. Será que conhecemos, realmente nossos mecanismos de disfarces pe-rante nós mesmos? Como diz o ditado: “Enquanto um dedo aponta para o outro, três dedos apontam para nós mesmos”, ou outro: “O cachorro senta sobre o próprio rabo para olhar o rabo dos outros cães”.

Mesmo nos nossos relaciona-mentos, quantas vezes queremos que o outro mude, porém somos nós que precisamos melhorar. Às vezes, o outro é agressivo ou grosseiro e reclamador, po-rem nós também temos estes defeitos e não percebemos. E neste ponto, esta é uma lei uni-versal: “Plante o que você dese-ja colher”, ou seja, se você quer receber carinho – dê carinho. Se você não quer ser agredido, então não fique retrucando as cutucadas dos outros. Se você não gosta de gente que reclama o tempo todo então dê o exemplo

da positividade e engrandeça os aspectos positivos da vida sem-pre. Isto vai lhe fazer um bem imenso!

Eticamente falando: Será que temos o direito de julgar as ou-tras pessoas? Isto é belo? Porém,

entenda que OBSERVAR as ou-tras pessoas com o objetivo de tentar se conhecer melhor é uma ferramenta muito interessante e positiva.

Por que olhar tanto o quintal do vizinho, se temos nossa pró-

pria casa, por sinal uma linda casa, que é nossa própria vida, nosso próprio EU, para zelarmos e amorosamente cuidarmos?

Maria Luiza Silva RossiPsicóloga

O quintal do vizinho

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EM SUAS MÃOS

7Geral

Ingredientes06 Colheres de sopa (bem

cheia) de farinha de trigo02 Colheres de sopa (rasa) de

fermento Royal01 Pires de queijo ralado 01 ou 02 ovos02 Colheres de sopa de açúcar 02 Colheres de sopa de man-

teiga

Meia xícara de leite (colocar aos poucos)

Modo de fazerMisturar os ingredientes se-

cos. Abrir um buraco no meio da mistura e colocar os ovos intei-ros, a manteiga e o leite.

Fazer os pãezinhos no formato desejado. Levar pra assar em uma

forma untada com manteiga e polvilhada com farinha, em for-no pré-aquecido, deixar até que fiquem dourados.

Obs.: Receita antiga de família, comprovada e aprovada, fácil de fazer. Uma delícia!!!

Maria Laura Bertoloti(Extrema - MG)

Receita culinária – Pão de minuto com queijo

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Ano VI - edição 70 • Sábado • 7 • Fevereiro • 2015O SANTUÁRIO

EM SUAS MÃOS

8 Juventude

A cada dia, nós vemos cada vez mais pessoas sem paz. Elas estão muito preocupadas em conseguirem o que o mun-do exige. Preocupam-se com tudo, mas o centro de suas preocupações repousa no sen-timento egoísta, voltado aos seus próprios umbigos. Nem sequer refletem sobre a paz que todos nós merecemos ter. Mas o que podemos entender sobre o que é paz?

O conceito de Paz é geral-mente definido como um es-tado de calma ou tranqüili-dade. No plano pessoal, paz significa um estado de espíri-to isento de ira, desconfiança e de um modo geral se todos os sentimentos negativos. As-

sim, ela é desejada por cada pessoa para si própria e, even-tualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida.

Mas, como podemos ter sempre paz em nossas vidas? O primeiro passo é ser pa-ciente! Lembre-se de que isso é desenvolvido com o tempo. Flutuações ocorrem todos os dias e devemos nos acostumar a superá-las. O segundo passo é assumir responsabilidades. Devemos retificar nossos er-ros, tanto com Deus, através da confissão, quanto com o nosso próximo, através do perdão, pois é perdoando que

se é perdoado. O terceiro pas-so é ser feliz. Aproveite a vida, arrume mais tempo para seus amigos, família e para fazer

o que o faz feliz de forma sa-dia. Já dizia Madre Teresa de Calcutá: ‘’ Se não temos paz, é porque nos esquecemos de

que pertencemos uns aos ou-tros”.

Felipe José Faria do Nascimento

PAZ

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EM SUAS MÃOS

9Calendário ParoquialCelebrações e Atendimento Paroquial

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Ano VI - edição 70 • Sábado • 7 • Fevereiro • 2015O SANTUÁRIO

EM SUAS MÃOS

10 Dizimista

Dízimo é algo que ofe-recemos com alegria.

É a consciência de que nenhuma comunidade pode existir

sem o nosso apoio, quer dizer, sem nosso serviço e nossa

contribuição.Dízimo é o reconheci-

mento de que Deus é o único e

verdadeiro Senhor de

tudo.Dízimo é devolver a

Deus um pouco do mui-to que ele nos

dá a todo instante.Dízimo é compreender

que Deus é tudo e que todo o resto

sem Deus é nada.O Dízimo destina-se

a todas as despesas nor-mais ou

ordinárias da Paró-

quia: salários de funcio-nários,

pagamentos de água, luz, telefones, velas, cur-sos,

folhetos de missas etc...

Para ser dizimista, não é necessário que a pes-soa

disponha da décima parte de seu rendimen-tos e sim

que contribua de acor-do com o seu coração.

José Arimatéia

Informamos que os car-nês do Dízimo de 2015 já estão sendo entregues, durante a semana no Es-critório Paroquial e, nos finais de semana, na sala de plantão do Dízimo, no Santuário

O que é Dízimo?

Deusdete Marque de OliveiraEudelton Pedro de LimaAna Paula da CunhaAbelar Rodriguês FerreiraAdilson Gomes RodriguêsAbelar Rodriguês FerreiraFrancisca M. de Souza Silva

Quitéria Maria Ramos de FreitasTereza Morbidelli BarbosaLourdes de Oliveira NascimentoHilda Santos Couto

Waldir de Moraes SilvaJosé Pedro de Oliveira

Antônio Moreira de Lima Geneura Maria Cefali PossoMaria Severina da SilvaMaria Cleuza Araújo

Maria Izabel Da Silva MoraesNelson E. Modesto da Silva

Gleice Jane Santos de FreitasJosé Edson da Cunha

Silvia Maria Barbosa Rosa AlmeidaPatrik Benedito Ferreira SouzaJosé Abel Gomes Marques

Maria Gomes de MoraisEmídio Antônio de AmorimMarieta Pereira de Brito SantosJandira Maria da SilvaMaria Célia do PradoMaria Aparecida Cesar

Catharina Bertão de Oliveira

Esmerinda Meira PereiraClaudinéia Mendes Ferreira AraujoMaria da Conceição BernalElizabete Aparecida de Morais SilvaJanaina da Silva GodoiAndria Gonçalves de Souza

Lourdes D. SuekuniFranciele de Moraes SilvaSonia Cristina Oliveira SilvaKarina Aparecida da SilvaPedro Ivo de Oliveira

Luzia Aparecida de Freitas PereiraAntonio José Oliveira

Cleusa Aparecida de OliveiraRafaela Jenifer daThais Cristina Nascimento

Andrea Lopes Gonçalves de PaulaMaria de Fátima Miranda Maria Vanda Olivoti

Ivani Ribeiro de Lima SiqueiraJosé Profírio FerreiraNeusa Maria Correa de Godoy

Lucienne Bueno de Andrade PintoJoão Kennedy José Vieira

Antonia Costa dos SantosMaria José PereiraLuzia Aparecida EvangelistaMaria Nicéia de Oliveira SouzaAmaraldo Lorenço de LimaJoão Batista Candido LopesMaria Aparecida Martineli

Giovana Cristina Oliveira Z. SouzaHenry Albert BaltarOrlando Donizetti Barbosa

Eugenia Oliveira AlmeidaMaria Dayane Fernandes de SouzaCristiane Morais de Santana HonórioVera Lucia Silva Olivotti

João Domingos das CostaLeonardo Munhoz DeóAparecida Pila Gaspar

Maria Aparecida Braga PintoJosé Mauro Alves CardosoRosangela de Cássia MachadoAlcides Soriano de BritoLuiz Carlos Pedroso PindoHelena Márcia Ferreira da Silva

Mauro Sergio de ToledoMaria Salete de OliveiraGenilda Dias da SilvaBenedito Candido RibeiroMaria Aparecida da Costa VieiraJuliana Cristina da Silva VieiraMaria Zélia Z. Marques de Oliveira

Maria Luiza da SilvaFagner Carvalho PereiraSonia Silveira Romano de Melo

Elvira Alves de Almeida MoraisLoudiseia Lima de FreitasMaria Custódia de Mira AlvesJosé Arimatéia C. RibeiroHenriqueta Pinto Ferreira

José Agostinho AparecidoRaquel Pereira Carvalho RosaMaria Aparecida da SilvaElaine Celeste de Freitas Teixeira

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EM SUAS MÃOS

11Proclamas de Casamento

COM FAVOR DE DEUS QUEREM-SE CASAR

Noivo: Antonio Ricardo do AmaralLugar e data de nascimento: Toledo-MG

20/01/1979Lugar do Batismo: Toledo-MGPai: José Fernandes do Amaral FilhoMãe: Maria Rosa do Amaral Noiva: Angélica Souza de JesusLugar e data de nascimento: Varzea Nova-BA

14/02/1991Lugar do Batismo: Jacobina-BAPai: Manoel Souza de JesusMãe: Maricelia Souza de Jesus

Lugar e data do casamento: Extrema-MG, 20 de Fevereiro de 2015, às 20:00h, na Igreja San-tíssima Trindade, bairro Pedacinho do Céu da Paróquia Santuário Santa Rita.

Noivo: Diego Rocha dos SantosLugar e data de nascimento: Dourados-MS

12/12/1992Lugar do Batismo: Extrema-MGPai: Deusdete Arcanjo dos SantosMãe: Ramona Bilar da Rocha Noiva: Jéssica Jeane dos SantosLugar e data de nascimento: Jundiaí-SP

16/09/1994Lugar do Batismo: Jundiaí-SPPai: José Nilton dos SantosMãe: Evanilde Jeane de Melo

Noivo: Will Petherson Moreira da silvaLugar e data de nascimento: Guarulhos-SP

17/09/1987 Lugar do Batismo: Guarulhos-SPPai: Florindo Moreira da SilvaMãe: Maria Aparecida da Silva Noiva: Gleicielen Mara de MirandaLugar e data de nascimento: Contagem-MG

31/10/1990Lugar do Batismo: Governador Valadares-MGMãe: Maria Aparecida de Miranda

Lugar e data do casamento: Extrema-MG, 21 de Fevereiro de 2015, às 17:00h, no Santuário Santa Rita.

Lugar e data do casamento: Extrema-MG, 28 de Fevereiro de 2015, às 17:00, no Santuário San-ta Rita.

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Ano VI - edição 70 • Sábado • 7 • Fevereiro • 2015O SANTUÁRIO

EM SUAS MÃOS

12 Graça Alcançada

Testemunho de FéDescobri que estava grávida

na metade do mês de fevereiro de 2014, foi uma alegria imen-sa pra mim e para minha fa-mília. Quando estava com 17 semanas, descobri que era um menino. Minha gravidez cor-ria normal, fazia as consultas de pré-natal e ultrassom todo mês.

Na consulta de julho, quan-do eu completaria sete meses, tivemos uma surpresa. Che-guei ao consultório médico, onde foi verificada minha pressão e a mesma estava 16x9. O médico pediu, então, que fôssemos à sala de ultras-som. Meu pesadelo começou ali. Ele começou a ficar nervo-so e afirmar que algo estava er-rado e que, se minha mãe não

corresse comigo, ela perderia nós dois, pois eu estava com a pressão alta e oligoidrâmnio (falta de líquido amniótico).

Então, fomos com urgência para Bragança. No hospital, fui examinada por vários mé-dicos e fiz vários exames. Fui internada na noite do dia 21 de julho e, na tarde do dia 23, meu neném nasceu com 1.130 kg e 38 cm.

Começou assim meu cal-vário... Lucas teve várias in-tercorrências: nasceu com uma infecção e depois de curada, teve conjuntivite, fez três transfusões, teve quatro apneias, foi entubado duas vezes e tinha dois sopros no coração. Quando achamos que ia sair, descobriram uma

infecção causada por uma bactéria muito forte e a médi-ca foi bem clara, dizendo que nunca tinha visto um bebê vencer aquela bactéria. Saí de lá desolada. Mais minha fé era grande e Santa Rita salvou meu pequeno, fechando os dois sopros. Foram 49 dias de UTI Neo Natal e três de cui-dados intermediários. Depois de muita oração, Santa Rita intercedeu por nós e colocou suas mãos em meu pequeno. Hoje, cinco meses após essa batalha, meu pequeno está ótimo, não ficou com nenhu-ma sequela da prematuridade.

Jessica Paula de Morais dos SantosJosé Darcio dos Santos Filho

Lucas Gabriel de Morais dos Santos

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Ano VI - edição 70 • Sábado • 7 • Fevereiro • 2015O SANTUÁRIO

EM SUAS MÃOS

13

O Santuário Santa Rita de Extrema acolhe a todos, pa-roquianos e devotos, para a Novena Perpétua de Santa Rita, no dia 22 DE FEVE-REIRO, às 19h30min, dia de lucrar Indulgência Plenária. Será abençoada, nessa Cele-bração Eucarística, a 11ª CA-PELINHA DE SANTA RITA.

As famílias já visitadas são convidadas para a Novena perpétua de Santa Rita de Cássia todo dia 22 de cada mês! Sejam bem-vindos!

Foram elaborados alguns passos para que o trabalho Missionário, em torno da CAPELINHA DE SANTA RITA junto às famílias, seja eficiente e produza muitos frutos para a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A 1ª Capelinha de Santa Rita tem como Zeladora a Sra. Irma Catelan, (membro da Comunidade Santíssima Trindade do Bairro Pedaci-nho do Céu, desta Paróquia) que assumiu a Coordenação Geral do Movimento Mis-sionário em Maio de 2014. A 11ª Capelinha tem como

Zeladora a Sra. Rosana Apa-recida Galvão Silva.

Abaixo, encontram-se os nomes dos membros das 22 casas que acolherão a 11ª CAPELINHA DE SANTA RITA. Confira!

01. Elita Oliveira Silva02. Tereza de Araujo Brito03. Jeane da Silva Oliveira04. Josefa Brijido05. Joaquim Egidio da Silva Neto06. Benedita Olivotti07. Conceição Lemes08. Rita Vicentina Lemes09. Maria das Dores Pessoa10. Maria de Paula11. Maria Vany de Oliveira12. Neusa Correia 13. Daniela Kazariam14. Zila Flores de Lima15. Maria Aparecida das Graças

Oliveira16. Terezinha Aparecida Lemes17. Rosa Maria da Costa18. Marlene Gonçalves Oliveira19. Niltom Paula Santos20. Claudia Horosinsteis21. Darcy Olivotti de Morais22. Rosana Aparecida Galvão SilvaAqueles e aquelas que de-

sejarem receber a CAPELI-NHA DE SANTA RITA em

suas casas deverão conversar com a Coordenadora Geral do Movimento Missionário pes-soalmente ou pelo tel.: 3435-1066 (Secretaria da Paróquia), em horário comercial, para dar início aos passos elabora-dos como meio facilitador e, então, poder aguardar as visi-tas da CAPELINHA DE SAN-TA RITA em suas casas.

O trabalho de Evangeliza-ção com as CAPELINHAS de Santa Rita tem um custo significativo para a Paróquia, sendo assim, a Coordenação e os Zeladores pensaram em ajudar, fazendo para os dias 22 o TRADICIONAL BOLO DE SANTA RITA, que será ven-dido em pedaços, após a no-vena, em frente à Barraca de Pastel de Santa Rita, ao lado do Santuário.

Foi agendada a terceira reu-nião com os Zeladores das Capelinhas de Santa Rita para o dia 28 de Fevereiro de 2015, às 14h, no Salão Paroquial de Extrema. Deus abençoe! Obri-gado!

Pe. Márcio Mota de Oliveira

Capelinha de Santa Rita

Benção da 11ª capelinha de Santa Rita – 22 de fevereiro

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Ano VI - edição 70 • Sábado • 7 • Fevereiro • 2015O SANTUÁRIO

EM SUAS MÃOS

14O nosso Santuário celebrou a Missa de sétimo dia de:

Que a dor da sua perda possa ser diminuída um pou-quinho a cada dia. E que o vazio que ficou jamais será pre-enchido, mas com a paz de Deus em seu coração será bem menos difícil. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida.

Aquele que crê em mim ainda que morto viverá....E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá....João 11:25-26..

Celebração Matrimonial de:Eliseu Fonseca e

Doroty Aparecida da Costa

Que o Senhor esteja para sempre entre vocês, abençoan-do essa união e fortalecendo a família. Que os frutos deste enlace sejam igualmente abençoados para as fu-turas gerações. Felicidades aos noivos!

A criança é o sonho de Deus acontecendo no mun-do! O batismo é o sonho da Igreja acolhendo a sua criança para a vida da fé! Cremos que vocês pais e padrinhos serão os seus educadores, testemunhas

Aconteceu

Informações sobre batizado

Este casal se uniu pelo vinculo Sagrado do Matrimônio.

Silvano Oliveira SilvaMaria de Lurdes AlmeidaOrlando PaneHelio LimaJosé Vaz PedrosoAntonio José de ToledoJosé Soares FariaMilton Nunes da RosaMathilde Carminatti GracianoJosé Claudio de OliveiraMaria Antonia da SilvaJosé Pereira de SousaFilomena PiavesanMaria Cardoso Simões

A criança é o sonho de Deus acontecendo no mundo! O batismo é o sonho da Igreja acolhendo a sua criança para a vida da fé! Cremos que vocês pais e padrinhos serão os seus educadores, testemunhas de fé para estas crianças viverem na comunidade de Jesus.

•Batizados todos os 2º e 4º domingo de cada mês.

•Inscrições para o batizado apenas na semana (segunda, terça, quarta e quinta) que antecede o domingo escolhido para o batizado.

•Apenas os pais podem fazer a inscrição para o batizado.

•Para a inscrição é necessário a ficha certifica-do de conclusão do curso, assinada pelos pais e agentes da pastoral do batismo.

•A taxa a ser paga é de R$37,00 reais.

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Ano VI - edição 70 • Sábado • 7 • Fevereiro • 2015O SANTUÁRIO

EM SUAS MÃOS

15Liderança

Esta é uma história sobre quatro pessoas: Todo Mun-do, Alguém, Qualquer Um e Ninguém.

Havia um importan-

te serviço paroquial a ser feito e Todo Mundo tinha certeza que Alguém o faria.

Qualquer Um poderia fa-zê-lo, mas Ninguém o fez.

Alguém zangou-se por-que era serviço de Todo Mundo.

Todo Mundo pensou que Qualquer Um poderia fa-

zê-lo, mas Ninguém ima-ginou que Todo Mundo deixasse de fazê-lo.

Afinal, Todo Mundo cul-pou Alguém, quando Nin-

guém fez o que Qualquer Um poderia ter feito.

Vamos assumir JUNTOS os nossos objetivos para esse ano.

HISTÓRIA: NÃO É COMIGO

Comunidade São Cristóvão e São Benedito

A Comunidade São Cristó-vão e São Benedito da Paró-quia Santa Rita de Extrema, é uma comunidade urbana com

possibilidades de vir a ser no futuro uma segunda Paróquia de Extrema (afirma o Pároco), pois a cidade cresce constante-

mente, o atendimento intensi-fica dia a dia e, com a descen-tralização, todos ganham.

A comunidade constituiu um novo Conselho Comuni-tário de Pastoral (CCP) que deve ser inovado a cada dois anos como pede o Estatuto Ar-quidiocesano. Veja a foto dos membros e seus nomes.

01. Arenita02. Sidnéia03. Marisa04. José Maria05. Rubens06. Raimundo

ATIVIDADES DO CCP• Integra e anima as

pastorais, os trabalhos de evangelização e a vida da co-munidade, isto é, assessora os trabalhos pastorais da comuni-dade.

• Promove o entrosa-mento entre as várias equipes

de pastorais que funcionam na comunidade;

• Convoca e coordena a assembleia comunitária.

• Administra os recur-sos financeiros da comunida-de, bem como os bens móveis e imóveis pertencentes a ela, por meio do Conselho Paro-quial para Assuntos Econô-micos (CPAE), conforme es-tabelece o Código de Direito Canônico nº 1280. O modo de administrar também deve ser evangelizador e as decisões sobre gastos e investimentos devem ser tomadas pelo con-selho pastoral, cabendo ao CPAE a execução das decisões administrativo-pastorais.

• Propõe e acompanha as festas religiosas da comuni-dade com a colaboração da li-derança e dos festeiros, quan-do houver.

• Representa a comuni-

dade no Conselho Paroquial de Pastoral (CPP), na Assem-bléia Paroquial de Pastoral e, quando solicitado, na Paró-quia.

• Aprova a prestação de contas apresentada pelo Con-selho Econômico em comu-nhão com a Pastoral do Dízi-mo.

• Atua em comunhão com as prioridades e ações pastorais da Paróquia e da Arquidiocese, a saber: CO-MUNIDADE E MISSÃO, FAMÍLIA E JUVENTUDE NAS SUAS DIVERSIDADES E COMPROMISSO SÓCIO-TRANSFORMADOR.

Fonte: ORIENTAÇÕES E ESTATUTOS DOS CONSE-LHOS PASTORAIS. Arqui-diocese de Pouso Alegre – MG, (2012).

Arenita Lopes da Silva

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EM SUAS MÃOS

16 Família

Conforme Salmo 128, “Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos.” Sabemos que, nos dias de hoje, muitas famílias não dão o devi-do valor para uma boa educação espiritual para os filhos e também não valorizam a necessidade de deixar-se evangelizar, porém, quem não abre os braços, buscando ajuda quando cai ou pede por socorro quando está em uma situação de emer-gência? Então, a felicida-de na família passa por tudo isso, onde os pais devem transmitir para os filhos esta necessidade de estar continuamente partilhando os dons re-cebidos gratuitamente, também da leitura e par-tilha da Palavra de Deus que por sua vez, quan-do refletida para os dias de hoje, gerará os frutos através das boas deci-sões, e o bom entendi-

mento desviará a família dos trilhos tenebrosos, mantendo a aliança com Deus.

Em poucas palavras, a felicidade consiste em vi-ver o presente na família e na comunidade, e de-pende da própria aliança com Deus, onde Jesus se faz presente através dos vários exemplos por Ele deixados, a citar: Jo 15, 1-6, que expressa a ne-cessidade da permanên-cia em seu amor, a liga-ção dos ramos na videira para justamente dar os frutos da vida em pleni-tude e abundância.

Portanto, fortaleçam suas famílias com a sa-bedoria de Cristo para discernir os momentos, pois, conforme Eclesias-tes 3, 1-15, há o tempo certo para cada coisa e tudo o que Ele faz é apro-priado para cada tem-po. Deus fez assim pela duração eterna e para

ser temido, desse modo, conserva-se a alegria no coração. Lembrem-se de que os bens acumulados, se não partilhados, são considerados fugazes e não haverá qualquer van-tagem; seria como uma corrida através do vento ou então, uma vida pas-sada como sombra. De que vale isso?

Cantemos pela feli-cidade nas famílias: Eu sou a videira, meu Pai é o agricultor, vós sois os ra-mos, permanecei no meu amor!

Que possamos deixar nos evangelizar, confiar na misericórdia de Deus e colocar em prática a sua Palavra, pois através do Sacramento do Matri-mônio, Deus realiza ma-ravilhas na vida do casal e nos dá a capacidade de vencer todas as dificulda-des! Amém.

Mateus e Daniela

Felicidade na Família