112
1

O Semeador de Joio no Campo de Trigo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Heresiologia na atulalidade

Citation preview

  • 1

  • 2

  • 3

    SANDRO ROGRIO

    x

    O Semeador De

    JJOOIIOO No Campo De Trigo

    Vem a noite sobre a seara de Deus!

    Segunda Edio - 2015

    BIBLIOTE

    CA

  • 4

  • 5

    Ao mestre Francisco Sales, sob cuja sombra cresci.

  • 6

  • 7

    Sumrio:

    Introduo........................................................................................ 9

    Captulo 1:

    Operao do Erro........................................................................ 21

    Captulo 2:

    Democracia ou Demonocracia?............................................ 35

    Captulo 3:

    Efeito Domin............................................................................... 49

    Captulo 4:

    Avivamento Nunca Mais.......................................................... 67

    Captulo 5:

    O Esprito do Anticristo........................................................... 85

    Captulo 6:

    Meia-noite..................................................................................... 97

  • 8

  • 9

    INTRODUO

    enhum cristo ignora que o grande inimigo de Deus h muito tem se infiltrado no seu povo. O que essas pessoas no desconfiam, entretanto, do tamanho

    e da gravidade da influncia que o maligno tem exercido no apenas no mbito geopoltico, mas tambm sobre a esfera espiritual qual costumamos chamar de cristianis-mo. E no h razo para estarmos admirados, porque do ponto de vista espiritual e objetivo, o cristianismo atual est muito prximo de se transformar em uma instituio falida. Mas isso no fruto de um acidente. Na verdade, tudo resulta de uma conspirao satnica real, trabalhada atravs dos sculos e projetada para se cumprir em nos-sos dias. Pregadores atuais, quase sempre politicamente cor-retos, querem negar essa realidade, mas bastante um olhar sobre o um dos maldosos versos de Diderot (... e com as tripas do ltimo papa enforquem o ltimo rei!) para termos a certeza de que a destruio das vrias formas do cristianismo deve seguir o mesmo rumo das monar-quias europias, ou seja, a extino. Mas antes de dar incio ao meu discurso, e devido quantidade de informaes pouco otimistas aqui aborda-das, devo antecipar que farei a devida distino entre as palavras Evangelho e evangelho, bem como entre Igreja e igreja. Portanto, uma vez que o leitor se deparar com a pala-vra Evangelho com inicial maiscula, deve entender que

    N

  • 10

    estou me referindo quele que depois de ter sido prega-do pelo Eterno Filho de Deus, foi confiado aos seus san-tos apstolos e tambm Igreja peregrina. Caso contr-rio, a aluso pode ser pejorativa, pois a idia de um evangelho segundo o natural conceito de religiosidade. Concernente palavra Igreja, com maiscula, a refe-rncia h de ser sempre positiva, posto que esteja a ela me dirigindo em sua condio de imaculada e espiritual noiva do Cordeiro. De outra sorte a acepo poder ser to somente de igreja como um ajuntamento de pessoas independente de nacionalidade, raa ou cultura. Dadas estas breves explicaes direi a respeito do que certo amigo me participou h cerca de dez anos:

    _ O cristianismo moderno est entrando em falncia.

    Se escrevermos a histria desta gerao de crentes em um papel e o espremermos sairo pus e sangue!

    No um tipo de declarao comumente feita por um cristo, mas aquele meu amigo estava deveras chateado e eu no estava disposto a compartilhar das su-as idias pessimistas. Mas ele no era pessimista, apenas ficara furioso com o seu prprio pastor, de quem, alis, passara a falar coisas desagradveis:

    _ Vocs esto enganados. Ele no um homem de Deus como as pessoas costumam dizer! vociferava irritado.

    Mas de volta nossa premissa inicial, eu j havia me informado por meio dos depoimentos do ex-padre Al-berto Rivera que existia uma organizao secreta, a qual, atuando a partir da igreja romana, e a corrompendo ini-maginavelmente, estava se aplicando tambm ao alicia-mento de pastores evanglicos e suas respectivas con-

  • 11

    gregaes. Teoricamente as atividades da referida orga-nizao secreta eram idnticas quelas imaginadas por Frank Peretti no primeiro volume do livro: Este Mundo Tenebroso.

    Na ocasio eu tinha lido: Ele Veio Para Libertar Os Cativos, da autoria de Rebecca Brown, que no o que podemos chamar de leitura recomendvel, mas tal ocu-pao me fez considerar se de fato no estava acon-tecendo uma silenciosa e revolucionria transformao na pregao do nosso evangelho.

    Aconteceu de um dia eu ir assistir a um culto na igreja daquele pastor a respeito do qual o meu amigo pronunciara palavras to depreciativas. Esse pastor ainda um pregador de renome em nosso pas, mas na oportu-nidade em que o ouvi pregar tive a certeza de que o meu j citado amigo no havia exagerado em nada do que so-bre ele havia declarado.

    Era um daqueles cultos de libertao e milagres, e o que presenciei foi uma sesso de cura por meio de hip-nose e regresso intra-uterina, mais ou menos moda dos personagens de Este Mundo Tenebroso! Sem precisar fazer esforo compreendi que uma febre de prticas mis-ticistas havia invadido o meio evanglico, influenciando uma gerao de jovens e incautos pregadores e compro-metendo a sade da igreja do futuro. Desde ento tenho me aplicado a desconfiar de qualquer pregador que anuncie outro que no seja o incorruptvel Evangelho da salvao em Cristo Jesus.

    A primeira atitude que tomei foi tentar rastrear as origens das novas doutrinas que a meu ver estavam apenas comeando a permear o nosso cristianismo, mas quanto mais eu avanava em minhas investigaes, tanto

  • 12

    mais compreendia que o problema j era crnico, e o que era pior: havia certo grau de conivncia por parte da-queles que fizeram profisso de proteger o trigal do Se-nhor da nefasta sombra de quem semeia a ciznia.

    Quis acreditar que os casos de heresias permi-tidas que constatei em nossas igrejas fossem fatos isso-lados, afinal muitos dos que as praticavam eram prega-dores renomados. Mas como avanassem as minhas pesquisas, acabei me deparando com a verdade que me provocou nsias de vmito. Aquela sombria afirmao: cristianismo de sangue e pus ultrapassava o mximo da minha infantil percepo do que chamvamos de guerra espiritual.

    Claro que o leitor conhece bastante sobre a esca-tologia na perspectiva divina; arrebatamento, ressur-reio, entrega de galardes, grande tribulao, Arma-gedom, juzo final, tudo isso figurinha repetida e sa-turada. Mas sejas sincero e me respondas: o que sabes sobre a escatologia segundo o plano de Satans? Nunca pensaste a respeito, no mesmo? Em todo o caso, no te esquentes, pois no s o nico a ignorar que o diabo tambm traou um plano econmico para a dominao dos mundos fsico e espiritual. Um projeto sinistro paci-entemente tramado atravs dos sculos e posto em exe-cuo em pocas que desconhecemos ao certo, mas que tem evoludo sobremaneira bem debaixo dos nossos narizes.

    O bendito apstolo Paulo se referiu a este maca-bro projeto, chamando-o de a operao do erro. A ex-presso, tal como ocorre na Bblia, no deixa duvidar que se trate de uma manobra militar habilmente estudada. O

  • 13

    Nosso Senhor tambm falou algo sobre as Portas do In-ferno tramando contra a sua Igreja.

    Mas no fiques a imaginar tolices, meu querido irmo, pois o nosso adversrio mais astuto e sagaz do que possamos deduzir; lembra-te to somente que ele conseguiu enganar e perverter mesmo aos santos anjos do Senhor. Portanto, ora com persistncia para que a tua alma esteja atenta e no venha cair na seduo que o maligno tem lanado sobre o mundo, a qual verdadeira-mente j est arraigada no seio de praticamente todas as denominaes crists que h no planeta.

    Conheces o j mencionado romance de Frank E. Peretti? , com efeito, uma das alegorias mais poderosas que a mente humana j produziu, e nela lemos um dia-logo ocorrente entre um jovem pastor e um esprito imundo que furioso lhe diz:

    _Esta cidade inteira me pertence, menos voc, homem de orao!

    A obra de Peretti um ensaio da mais crua rea-lidade sobre a influncia de Satans em todas as esferas da sociedade humana, e a trama maligna que visava do-minar uma pequenina e fictcia cidade no menos que a exposio de um projeto real cujo objetivo o domnio do mundo inteiro, e pasmem, pois assim como acontece em Este Mundo Tenebroso, Satans est contando com a ajuda de incontveis lderes religiosos entre os quais se incluem no poucos pastores evanglicos. E quanto mais se aproxima o Dia do Triunfo de Nosso Senhor Jesus Cris-to, tanto mais depressa evolui este projeto diablico.

    Agora preciso contar a maneira pela qual tomei conhecimento dos detalhes deste sinistro projeto de Satans; as provas so reais e esto ao alcance de todos,

  • 14

    mas do interesse de alguns que a cristandade se man-tenha em total ignorncia, e caso algum se mostre curioso de imediato orientado a esquecer essa boba-gem infundada.

    Foi durante as frias de Junho do ano de 1988. Eu era adolescente e havamos acabado de nos mudar para a Rua Padre Anchieta, na ento pacata cidade de Delmiro Gouveia, estado de Alagoas. Ao amanhecer do primeiro ou segundo dia em nossa nova residncia, encontramos uma carta que nos fora deixada por sob a porta. No havia remetente, mas a princpio julgamos ter sido tra-balho dos crentes, j que morvamos entre os templos da igreja Adventista e da Assemblia de Deus.

    O contedo da carta era assustador, mas na poca no lhe demos importncia alguma, pois pareceu haver-nos sido deixada por engano. O ltimo morador daquela casa era um evanglico bastante estimado por seus correligionrios e a mensagem da missiva tinha a ver com a sua igreja.

    A carta dizia de um plano sutil que o demnio estava arquitetando com o propsito de subjugar a raa humana durante o governo do seu Anticristo. Poltica, cultura, cincias, artes, educao, tecnologias, todos os tipos de imprensa, produtoras de entretenimentos, eco-nomia e religies estavam na mira do maligno, mas prin-cipalmente as igrejas evanglicas, cujas doutrinas de-veriam ser transformadas mui sorrateiramente a fim de servirem de instrumentos na tarefa de tornar os homens cada vez mais cegos e enganados.

    To logo se fez dia claro e samos rua, des-cobrimos que praticamente todas as casas haviam re-cebido uma carta igualzinha nossa. E esse aconteci-

  • 15

    mento ficaria retido no passado no fosse um fato ocorrido trs anos aps. Agora eu j era adulto e havia conhecido a salvao do Senhor. Era Domingo e est-vamos deixando a igreja depois de um maravilhoso culto. Comentvamos acerca de algo que o pastor tinha abor-dado em seu sermo, quando um veterano obreiro, li-gando coisa com coisa, contou-nos que certo tempo no bairro soteropolitano da Engomadeira algumas pessoas percorreram as ruas distribuindo umas cartas do in-ferno. Pelos detalhes que nos deu ficou bvio que se tratava da mesma carta que foi deixada sob a porta de nossa residncia.

    Eu no sabia como conseguir um exemplar daquela maldita carta, at que h cerca de um ano, en-quanto fazia pesquisas para arestar um livro que estava compondo, fui surpreendido por uma gratificante desco-berta: a existncia de um antigo documento conhecido como Os Protocolos dos Sbios de Sio, copiado e acres-centado atravs dos tempos por grandes lderes da po-ltica internacional, e por vez, membros de sociedades secretas cujos feitos foram e so as pedras fundamentais para a consolidao das civilizaes europias e ame-ricanas. A carta de que tanto tenho falado, era, portanto, uma verso resumida de Os Protocolos dos Sbios de Sio, a sociedade secreta mais poderosa que o mundo j conheceu, e me das revolues que transformaram as constituies dos homens.

    Agora eu s precisava consultar a histria para ter a certeza de que quase tudo do que aconteceu desde a Idade Mdia no foi por acaso ou sem motivos previa-mente determinados. Era bastante comparar os fatos para entender que por trs das personalidades que re-

  • 16

    volucionaram o mundo a partir daquela poca ficaram rastros que surgiam de uma nica e mesma direo: a maonaria, principal fantoche dos Sbios de Sio.

    Mas no era uma maonaria qualquer; ela estava travestida de catolicismo e de protestantismo! Ento recordei das revelaes feitas por Alberto Rivera, que se pudessem ser comprovadas apontariam para a verda-deira identidade da Grande Meretriz do Apocalipse, e ex-plicaria o motivo que fez pasmar o apstolo Joo quando a avistou.

    Ento o grande plano de Satans prostituir o cristianismo em suas diferentes formas? No. Na verdade isso apenas parte do seu intento, pois os seus planos, de acordo com Paulo, no podem prevalecer devido ao do Esprito Santo que atua por meio da Igreja; outrossim, o Filho de Deus se manifestou exatamente para isso: desfazer as obras do diabo. I Joo 3.8. De sorte que enquanto o Consolador estiver realizando as obras de Cristo por meio da sua Igreja, o maligno pode tramar seus projetos macabros, mas sem lev-los a cabo.

    Isso no quer dizer que tudo esteja perdido para o diabo. Ele sabe que existe um meio de afastar o Esprito Santo da igreja, e assim anular a fora que o detm. Sua ttica sempre eficiente antiga e foi revelada ao mundo atravs do famoso feiticeiro chamado Balao. Conduzir o povo de Deus ao adultrio religioso a chave do seu sucesso. Para tanto ele s precisa de duas coisas: infiltrar falsos profetas e perverter alguns lderes cristos, exata-mente como previa aquela carta que h mais de vinte anos foi deixada debaixo de nossa porta.

    Aqui no h contradio. O prprio Senhor Jesus Cristo nos revelou um futuro sombrio para a cristandade

  • 17

    nos tempos do fim, e o sabemos por meio da parbola do gro de mostarda. Ora, o gro da mostarda no a me-nor das sementes, assim como o que dela germina no a maior rvore do mundo! Ento o Mestre queria nos revelar um grande segredo atravs de uma hiprbole aparentemente to absurda.

    Atentem para isso: a proposta do Evangelho, sur-gindo de uma nao de escravos e tendo como seu fundador um caipira condenado morte de cruz, soava estpida demais razo dos homens. Portanto, e filo-soficamente falando, a semente da mostarda vinha a ser a menor das sementes do mundo. Mas vingando, cresceu sobremaneira e se tornou a maior religio do planeta. At que as aves vieram se aninhar em seus grandes ramos...

    Duas parbolas nos foram propostas pelo Se-nhor: um campo de trigo que produziu joio, e uma semen-te de mostarda que gerou monstruosa rvore, e ambas so emblemas do cristianismo. E ambas possuem equiva-lentes interpretaes: Na parbola do joio o inimigo cor-rompe a mensagem da igreja; na passagem do gro de mostarda a prpria igreja a ser corrompida.

    O que dizer de virem as aves se aninhar em seus grandes ramos (Marcos 4. 32)? Evidentemente que tais aves no podem ser interpretadas como sendo os cren-tes que vo se aderindo s denominaes crists, pois se a mostardeira representa a igreja de se esperar que os seus membros sejam simbolizados pela mostarda. Assim, as aves so inquilinos indesejveis, rapinas abominveis e repugnantes (Apocalipse 18.2) que parasitam a rvore e a contaminam com a sua presena. Espritos malignos? Sim! Falsos profetas?- Tambm.

  • 18

    Nos dois casos apresentados nas parbolas nota-se que tanto a atividade do semeador de joio quanto o in-comum crescimento da mostardeira esto relacionados displicncia dos lavradores. fato que era praticamente impossvel proteger um trigal da ao traioeira de um inimigo; mas convenhamos, os servos do Senhor da seara sabiam que Ele tinha um concorrente! J o cultivador de mostardas, bem poderia evitar que os seus ramos se espalhassem desproporcionalmente. Em ambos os casos, portanto, faltou um pouco mais de ateno e de zelo.

    Repararam que o texto no afirma que era noite quando os homens foram dormir? Isso deve ser signi-ficativo, e o Esprito Santo quer que enxerguemos alm destas palavras. O sono neste particular deve ser enten-dido de duas maneiras, ambas fiis em sua interpretao. Em primeiro lugar, significa que o semeador de heresias no podia prevalecer ante a laboriosa vigilncia dos aps-tolos enquanto vivessem, assim como no conseguiu es-palhar o seu veneno nas igrejas onde os fiis servos do Altssimo conservaram a genuna mensagem evanglica, at que foram levados para estar com o Cordeiro. Dormir, neste caso, significa encerrar os dias de labor.

    Em segundo lugar, o sono dos ceifeiros tem si-nnimo de indolncia. Neste caso, significa estar desin-teressado ou ignorante da atuao do maligno dentro da igreja local ou no cristianismo como num todo. Retrato fiel de uma poca em que pastores combatem as heresias alhures, enquanto que em sua prpria igreja vo se pro-liferando as mais sutis e perniciosas doutrinas engen-dradas por Satans. Tanto pior saber que a grande maioria dos que lidam com o ministrio da Palavra no sabe sequer identificar uma heresia, e no raro at as

  • 19

    divulgam como se fossem verdadeiras bnos de Deus. Estes esto igualmente dormindo, mas podem se des-pertar caso o queiram.

    No tenho certeza, mas soube que a sabotagem de um trigal por meio da semente do joio podia gerar uma de duas possveis conseqncias: 1- A semente da-nosa produziria espigas que no dariam gros; Assim o dono da seara teria prejuzo financeiro. 2- as espigas po-deriam dar gros, s que venenosos; Neste caso os danos seriam maiores.

    A concluso bvia: o evangelho secular no d verdadeiro sustento ao homem, e ter morte certa quem dele se alimenta. Ento sejamos sinceros ao responder esta indagao: verdadeiramente bblico o evangelho pregado em nossos dias?

    Tens ponderado alguma vez que o cristianismo seja uma religio falida nos Estados Unidos e na Europa, e que apenas no Brasil ainda tem nome de quem vive, mas que j est igualmente comprometido com o maligno? Ocorre que em nosso pas ainda existem crentes que sus-tentam a pureza da s doutrina, mas s um remanes-cente que vai se extinguindo, pois o Senhor aos poucos os est levando para junto de si.

    A nova gerao de obreiros no ter vnculos com aquele Evangelho de santidade, f, comunho, oraes, lgrimas, jejuns e espiritualidade que os nossos avs co-nheceram. Sem estes fundamentos eles se apegaro s suaves propostas do evangelho de Satans, o qual ofere-ce a felicidade aqui e agora, como se a vida na Terra fosse dura para sempre.

    No sou tolo, meu querido irmo; esse livro no vai mudar uma vrgula do que est acontecendo em

  • 20

    nossas igrejas. Na verdade eu s me entreguei ao labor de escrever estas pginas com o intento de transmitir um pouco alento ao remanescente de santos que assim co-mo eu esto avessos crtica situao da cristandade atual. para um grupo pequenino de crentes que estou me dirigindo: os que no se deixam iludir com a opulncia dos grandes templos nem com a soberba dos que os erguem, julgando que a obra de Deus seja uma cons-truo de tijolos. Ai deles! Lembrai-vos do to rico e ao mesmo tempo to miservel pastor de Laodicia, ver-dadeiro prottipo dos lderes da era final; enriquecido e orgulhoso, ele bateu a porta da sua igreja, deixando de fora o Salvador. Apocalipse 3 . 20

    Se a cristandade sonolenta de nossos dias ao menos puder concordar que estamos vivendo no tempo do fim, h de recordar que o apstolo Paulo profetizou que nesta poca ser muito difcil de pregar o verdadeiro Evangelho, uma vez que as pessoas se mostraro con-trrias s doutrina. Que assim seja, pois daqui a pouco acontecer a colheita do trigo e o campo ficar a merc do semeador de joio. A heresia tomar corpo e assumir de uma vez o seu lugar no mundo; enfim se concretizar a grande apostasia, enquanto as uvas amadurecem para a vndima...

  • 21

    Captulo

    1 A Operao do Erro

    Possivelmente na atualidade esteja havendo uma guerra nos cus e a presa desta guerra seja as mentes dos seres humanos (...). Em suma, a Terra o palco de uma gigantesca confrontao csmica entre as for-as do Bem e do Mal. Devemos saber como nos proteger, ficar cientes do que acontece no ambiente humano e a todo momento estar pre-venidos, material e espiritualmente. Esta a nossa melhor forma de proteo nestes dias difceis.

    Brinsley Poer Trench

    ssim como na obra de Peretti, atualmente existem muitas pessoas que acreditam piamente que o mun-do est sendo invadido por aliengenas que contro-

    lam as mentes dos homens. E isso no deve ser encarado como se fosse uma piada, pois se trata apenas de enxer-gar a mesma coisa de um ngulo diferente. Mas certo que se possussem um pouquinho s de f em Deus, em vez de aliengenas vindos do espao sideral, diriam que os demnios que esto se apoderando das mentes hu-manas.

    No que a isso concerne, tenho uma teoria que talvez esteja na rota de coliso com a opinio da comunidade teolgica. Eu realmente tenho suspeitado que a mente

    A

  • 22

    do ser humano est como que programada numa condi-o que possa ser dominada por uma fora ou influncia exterior. Neste caso, como ficaria a questo do livre-arbtrio? Lutero tinha ojeriza a esta palavra e de fato de-dicou bastante tempo e argumentos num esforo de refutar tal doutrina.

    A meu ver, no entanto, Deus no seria to perfeito e justo se no houvesse criado o homem com a capacidade de decidir por si mesmo se deveria obedec-lo ou no. Eu, todavia, no poderia negar que as refutaes do famoso reformador alemo suscitaram-me a compreenso de que o livre-arbtrio pode ser a coisa mais maravilhosa e ao mesmo tempo mais perigosa que o Criador concedeu sua criatura. Pois se o livre-arbtrio no existisse, Ado decerto no teria fracassado. Sob esse prisma o poder humano de decidir obedecer ou no ao Criador constitui-se um perigo.

    Contudo, se Deus tivesse criado a Ado e no lhe desse a liberdade de escolha, Ele seria injusto, e teria criado uma mquina, no um ser humano. Se olharmos deste ngulo, o livre-arbtrio ser uma ddiva to mara-vilhosa quanto a prpria vida. Seja como for, o diabo entendia que assim como os anjos aos quais conseguira enganar maldosamente, Ado estava susceptvel s su-gestes que podiam ou no ser acatadas.

    Parece-me, todavia, soar aos ouvidos a seguinte indagao: Como que Deus, sabendo de antemo da possibilidade de o homem fracassar, deixou-o merc do ardiloso tentador? uma colocao de algum que semelhana de Ado pretende transferir a responsabi-lidade e a prpria culpa para o Criador, como se Ele hou-

  • 23

    vera facilitado a queda do homem que criara. Mas no nos deixemos enganar: Deus no aceita a obedincia pela obedincia; para sermos-lhe agradveis essa sub-misso precisa ser espontnea e consciente, com devoo e amor sua pessoa.

    Que fique bem claro, portanto, que nenhum ser inteligente ficou ou ficar isento da tentao, e bas-tante recordar que o prprio Filho Jesus Cristo Foi pelo Esprito Santo conduzido ao deserto Para ser tentado pelo diabo. Logo, Ado no pecou ao ser tentado, mas o fez quando decidiu ignorar as advertncias do seu Cria-dor. E recorde-se ainda que na ocasio em que se deu a primeira sedio de Satans e seus anjos, outros tantos optaram em permanecer fiis a Deus. Assim, entendemos que a tentao apenas um artifcio, e que satisfaz-la uma deliberao pessoal.

    Se tenho compreendido bem o nosso drama existencial, posso concluir que h determinadas reaes que so prprias da natureza do homem, e outras que so conseqncias de sua condio humana. O que pre-tendo com isso dizer que o livre-arbtrio hoje j no to perfeito quanto era na ocasio da queda de nossos pais, porquanto as conseqncias daquela primeira incon-gruncia fez enfermar a nossa condio, e passamos a sentir prazer no necessariamente em desobedecer ao Criador, mas em no conhecer a sua vontade, e desta for-ma dar vida os rumos que bem entendermos, sem peso na conscincia e sem se importar se certo ou errado.

    Eis a causa pela qual Lutero deplorava a doutrina do livre-arbtrio; porque entendia que ele (o livre-arbtrio) no nos traz benefcio algum, antes nos torna ainda mais miserveis e escravos da nossa prpria vontade. E em

  • 24

    parte ele estava certo, mas no nos tornamos escravos espontaneamente; foi a desobedincia de Ado que nos colocou debaixo desta condio, de modo que por mais que fizssemos uso do livre-arbtrio para o bem, ainda assim no poderamos nos libertar desta escravido.

    Nascemos escravos, verdade, mas no da nossa vontade, nem contra a nossa vontade, e podemos at desejar a libertao, mas no podemos nos libertar por ns mesmos. Foi por esse motivo que o Bom Criador pro-videnciou a nossa redeno em Cristo Jesus. Mas Lutero, apesar de toda a sua eloqncia, trocou a causa pelo efeito, porque se for verdade que o homem escravo de sua prpria vontade, fica evidente que, por conseguinte ele tambm senhor de si mesmo, e o livre-arbtrio passa a ser um elemento neutro. O homem, porm, no escravo de si mesmo ou de sua vontade, mas do pecado, ou como dissemos a princpio: de uma fora exterior. Lembremo-nos do que o apstolo Joo afirmou que quem peca do diabo. Isso porque, por natureza (ou mesmo contra ela) os homens so escravos daquele a quem obedecem.

    Onde pretendemos chegar com toda essa charla, seno na possibilidade de haver sido o homem criado sob a condio de poder ser controlado por uma influncia exterior, podendo ela ser boa ou m? O homem tem atra-o pelo mal, mas possui a capacidade de praticar o bem, e, na concepo de Goethe, a sua alma se inclinar sem-pre ao que lhe parecer mais precioso.

    Seria ento o conceito inato do que desprezvel ou precioso que vem a reger a vontade humana? A mim parece que sim, e penso ser suficiente atentarmos para Eva, que, tendo por certo que a obedincia ao Criador

  • 25

    era-lhe proveitosa, ficou deslumbrada ante a possibili-dade de existir algo ainda melhor, pelo que se apegou de-liberadamente proposta feita pela serpente em sua ten-tao.

    Brinsley no estava completamente certo quan-do disse existir atualmente uma confrontao de dois poderes opostos que disputam o controle das mentes dos seres humanos. A confrontao existe, verdade, mas apenas as foras do Mal que se esforam por possuir a liberdade intelectual dos homens. O poder do bem, ao qual se referira, quer to somente que esse ser possua totais capacidades mentais de decidir por si mes-mo a quem deseja servir. Isso, no entanto, no significa que o Poder do Bem tenha se esforado menos nesta guerra pelas almas dos homens, mas que apenas respeita a sua liberdade de optar.

    Sabemos o quanto possvel manipular a mente humana por meio de insinuaes, sugestes e hipnose, mas do ponto de vista de maligno essa definitivamente no uma arma perfeita, porquanto a sua eficincia ainda est sujeita faculdade que o homem tem de aqui-escer ou no s sugestes apresentadas sua mente. Armas qumicas para a dominao da mente e do con-trole em massa, teoricamente existem, e h quem diga possuir provas de que o Servio de Inteligncia dos ame-ricanos e dos russos j as empregaram em combate.

    Estou completamente persuadido de que tais ar-mas existem, mas a sua utilizao tambm no garante total controle sobre as mentes afetadas por seus efeitos, j que em tal caso elas so transformadas em mquinas para matar ou para morrer; no sendo, portanto, teis aos reais propsitos de Satans. Mas especialistas no

  • 26

    assunto do testemunho de que o emprego destas armas qumicas pode e ser aperfeioado para a submisso e total controle dos homens num futuro prximo, e o ci-nema hollywoodiano, que na verdade laboratrio para os experimentos de Sat vem ensaiando maneiras de pr essa possibilidade em prtica.

    No h, entrementes, arma mais poderosa que a astcia do nosso inimigo, manipulador de um artifcio infalvel que se constitui em bloquear ou anular a capaci-dade que temos de tomar a determinadas decises. Na Bblia esse procedimento diablico chamado de ente-nebrecimento da mente, quando assim declara: Nos quais o deus desse sculo cegou os entendimentos dos incrdulos... II Corntios 4. 4.

    Dizia Loke, e me parece verdadeiro, que a alma do homem no possui princpios inatos, mas que pode assi-milar e refletir qualquer influncia que o mundo exterior lhe projetar. Em outras palavras, o homem ao nascer traz consigo as faculdades de pensar, sentir e desejar, mas so as impresses do mundo exterior que absorvidas no dia-dia e fixadas em sua alma, determinaro a maneira que elas devem reagir.

    A Escritura afirma que o homem no conseguir fazer o bem se for ensinado a praticar o mal, e o demo-nio, sabendo disso, antecipa-se em preparar o mundo para impingir no esprito humano a desobedincia ao seu Criador, e no apenas aps o seu nascimento, mas desde a sua concepo. H quem chame isso de pecado gene-tico, mas no momento esse autor no est preparado para tal discusso. Ocorre, porm, que nosso grande ini-migo maquinou uma silenciosa conspirao pela qual vem se apoderando das mentes dos homens, e o seu objetivo

    2

  • 27

    no se restringe apenas em condicionar a raa humana a um estado contnuo de desobedincia ao Criador, mas tambm em arrebanh-la para si, com o fim de organizar uma rebelio cujo clmax dever ser a hecatombe geral do planeta.

    Tenho lamentado que mesmo em sociedades al-ternativas como a dos hippies e dos rastafris exista a conscincia de que o sistema poltico, filosfico e cultural do nosso mundo vampiresco e usurpador, ao passo que as igrejas crists estejam cada vez mais simpticas e con-formadas a esse estado de letargia mental e espiritual ao qual temos sido submetidos. Os seguidores destas socie-dades alternativas ainda que estejam sob a mesma opres-so, ao menos se declaram contrrios ao sistema go-vernamental do sculo em que vivemos. Eles de fato compreenderam que existe um poder invisvel em cujas mos repousam os controles da sociedade humana, e que os governos trabalham sutilmente a lavagem cerebral de todos os seus sditos para uma finalidade que mesmo alguns dos mais intelectuais e esclarecidos dentre ns parecem no ter percebido.

    Observem os trechos de uma cano de reggae bastante popular na Bahia desde os primeiros anos da dcada de noventa, e perdoem-me se por esquecimento estiver trocando alguma palavra, pois no fim a idia cen-tral permanecer fiel original inteno do cantor Edson Gomes:

    Rastafri, se desligando desse sistema, A coisa imunda que nos envenena E que adultera a nossa sina (...) (...) Eles querendo mudar nossa sina

  • 28

    Nos injetando a inconscincia, Dizendo que a democracia; Grande piada, conto de fada... A filosofia rastafri tem protestado contra o pre-

    sente sistema governamental e educacional, anunciando a quem quiser ouvir que a democracia nada mais do que um veculo pelo qual os homens esto sendo indele-velmente agregados a uma opressora condio moral e espiritual qual com significante sentido chama de Ba-bilnia. Fato que os seus protestos so incuos, sendo eles mesmos refns do sistema ao qual desafiam. No fundo, essa gente despolitizada est tentando dizer a quem quer esteja por trs dessa mquina opressora: Nos no estamos cegos!.

    Que fazem os cristos, seno fingir que sabem de alguma coisa, quando na verdade a ignoram ou esto em definitivo conformadas a ela, sendo inclusive muitas ve-zes liderados por homens que esto ocupados demais com os seus negcios profanos enquanto os rebanhos se embriagam sorvendo do clice desta Grande Meretriz? Tanto pior -nos constatar que no mais das oportunida-des esse veneno satnico est sendo administrado nos plpitos sobre os quais deveria fazer-se apenas meno da Verdade Libertadora. Chega ento o momento em que irei dar demonstraes de como o maligno tem espa-lhado o seu joio no mundo, preparando a democracia e as religies, inclusive o cristianismo, para que por interm-dio destas seja nos homens injetado o veneno que adul-tera a mente e domina a sua vontade.

    A princpio no pretendemos nos prender a datas ou a revelaes detalhadas sobre nomes que possam ser

  • 29

    aqui mencionados, sendo-vos suficiente, ao menos por enquanto, saber que os chamados Protocolos dos s-bios de Sio nada mais so do que os mais antigos pila-res de uma pretenso diablica e poltica que estamos convencionados a nomear de a Nova Ordem Mundial. E se as sombras do tempo no nos permitem conhecer a verdadeira data de sua origem, deixa-nos ao menos saber que em 1773 um projeto humano para dominar o mundo e submet-lo vontade de Satans, foi apresentado por abastados representantes de doze famlias judias durante uma reunio de carter secreto em Frankfurt, quando o fabuloso Mayer Amschel, tambm judeu, e dono do Banco Rothschild, lanou a pedra fundamental para o estabelecimento do governo mundial do anticristo. No sem razo que esse projeto tenha recebido o ttulo de Os Protocolos dos Sbios de Sio. Algo que se ajusta perfeitamente nos parmetros da escatologia, e que pode nos ajudar a compreender certas declaraes da Bblia no tocante s relaes entre Israel e o Anticristo.

    Posterior a isso os Sbios de Sio passaram as diretrizes do projeto s mos de outro judeu: Adam Weishaupt, que se encarregou de dar pressa ao macabro plano, fazendo acrscimos e nomeando-o de O Novo Testamento de Sat. Estava mesmo disposto a execut-lo, e comeou as operaes de modo amplamente ambi-cioso, uma vez que o seu primeiro e impactante passo foi, acreditem, a liberao para que se concretizasse a De-clarao de Independncia dos estados Unidos da Am-rica no dia 1 de Maio de 1776!

    Com que poder e finalidade teria Weishaupt ini-ciado o seu projeto para dominao do mundo a partir da declarao da independncia norte-americana? Primeiro a

  • 30

    questo do poder. Basta recordar que Adam Weishaupt era o He-Man, ou seja, o homem forte a servio dos Illuminati, verdadeira entidade por trs dos Sbios de Sio, que sem precisar sair das sombras eram os preten-siosos dominadores da Europa.

    No que se refere finalidade. No ignoremos que a formao de uma Nova Ordem Mundial exigia o surgi-mento de um Novo Mundo onde ela pudesse ser ins-taurada e da se estender para o resto do planeta. Deste modo, os estados Unidos da Amrica foram projetados nica e exclusivamente para fins manicos. No , pois, de se estranhar que a ONU tenha se firmado como a entidade soberana das naes e guardi da paz mundial.

    Adam Weishaupt veio a ser celebrado em todo o mundo em nossa poca atravs de um desenho animado que o leitor reconhecer prontamente, pois se trata de He-Man e os Defensores do Universo. Atente bem para os detalhes que sero agora apresentados:

    1- O nome do He-Man Adam, aparentemente um homem frgil e sem importncia, sendo na ver-dade detentor do maior poder do universo;

    2- He-Man significa Ele - o homem. Weishaupt tambm era o homem (de Sat?);

    3- O ttulo do desenho em portugus He-Man e os defensores do Universo, mas em ingls se l He-Man e os Senhores do Universo, porque Wei-shaupt de fato representava aqueles que preten-dem ser os donos do mundo;

    4- O grito de guerra do He-Man bem conhecido de todos: Pelos poderes de Gray Skull, eu tenho a fora! Ento ele deixa escapar que existe uma fora por trs dos seus super poderes. No es-

  • 31

    tavam os Illuminati por trs das influncias de Weishaupt?

    5- Essa fora secreta do He-Man emana de Gray Skull: de fato duas palavras inglesas que signi-ficam Caveira Cinzenta. Mas, quem a Caveira Cinzenta que aparece no desenho, seno o Es-queleto, que curiosamente o vilo da histria? Ento o grande heri em todo o tempo possudo pela fora de um inimigo ao qual ele evoca combater! Ademais, h outro detalhe intrigante nas palavras Gray & Skull, pois estas tambm eram nomes de sociedades secretas que serviam aos Sbios de Sio;

    6- No desenho He-Man trs sobre o peito uma Cruz de Malta, a qual verdadeiramente smbolo do satanismo de Albert Pike, e o prprio Weishaupt fez dela um dos seus legados.

    Estes detalhes so suficientes, mas existem

    outros tantos que ligam os personagens de He-Man e os Defensores do Universo ao satanismo antigo, e o leitor os perceber se com ateno procur-los.

    A conspirao de Weishaupt foi acidentalmente (?) descoberta, mas providencialmente os Sbios de Sio haviam se preparado para semelhante eventualidade, de sorte que passando despercebidos, puderam continuar as suas atividades secretas sem maiores incmodos, e uma vez que no se podiam provar as origens daquela conspirao, o caso foi encerrado. Logo, o Novo Tes-tamento de Sat foi confiado ao famoso pensador poltico e satanista Albert Pike, que, alis, elevou a mal-dade do projeto ao extremo, aps haver ele mesmo

  • 32

    traado os ltimos passos para o estabelecimento do governo do Anticristo a partir da ecloso de trs grandes guerras mundiais que os Sbios de Sio se encarregariam de provocar usando a sua influncia poltica e econmica. Estas guerras tenderiam a reduzir a populao do planeta para dez ou vinte por cento, deixando os seus sobre-viventes esgotados e inseguros. Quando estas coisas acontecessem os homens desesperadamente iriam ape-lar para um mundo de um governo s: o do Anticristo.

    Agora irei expor-lhes alguns trechos do Novo Testamento de Sat, ou Os Protocolos dos Sbios de Sio, como igualmente conhecido, cuja finalidade preparar o mundo para o estabelecimento final da Nova Ordem Mundial. Recitarei apenas as partes que tocam corrupo da igreja crist e da moral dos homens em geral. Os demais aspectos desta conspirao silenciosa s sero expostos a seu tempo e se esse autor achar que mesmo necessrio. Vamos ento ao que diz:

    (...) preciso atiar as paixes do povo e criar uma literatura inspida, obscena e repugnante. O dever da im-prensa de mostrar a incapacidade dos no-iluminados em todos os domnios da vida religiosa e governamental. O se-gundo segredo exacerbar as fraquezas humanas, todos os maus hbitos, as paixes e os defeitos at o ponto em que reine total incompreenso entre os seres humanos (...). Quando a sociedade estiver depravada, os seres humanos perdero toda f em Deus (...).

    Habituar as pessoas idia de autodeterminar-se contribuir para destruir o sentido de famlia e de valores educativos. Uma educao baseada em uma doutrina enga-nadora e sobre ensinamentos errneos embrutecer os jovens, pervertendo-os e depravando-os (...).

  • 33

    Suprimiremos dos homens a sua verdadeira f. Modificaremos os princpios das leis espirituais (...). A au-sncia dessas leis enfraquecer a f dos homens, pois as religies no sero capazes de nenhuma explicao (...). As lacunas que ficarem sero preenchidas com os nossos pensamentos materialistas e com clculos matemticos.

    Considerem, querido irmo e amigo leitor, que estas metas foram trabalhadas por Adam Weishaupt h cerca de 240 anos. Naturalmente que desde ento elas tm sido reformadas no mais absoluto segredo e postas em execuo com maior xito em nossos dias devido aos constantes avanos cientficos, bem como o crescimento das influncias dos Sbios de Sio no cenrio da poltica mundial. Por isso imagino ser conveniente nos indagar sobre a natureza das palavras de Brinsley:

    Devemos saber como nos proteger, ficar cientes do que acontece no ambiente humano e a todo momento estar prevenidos, material e espiritualmente...

    A sua preocupao justificada, mas humana-mente falando no h como se proteger da seduo do maligno, pois por sua sutileza ele atinge a sociedade humana em suas principais colunas, que so: os funda-mentos da constituio familiar, a educao secular, a moral e a f em Deus. Mesmo o salmista bem antes havia percebido que:

    Quando os fundamentos forem corrompidos, que poder o justo fazer? Salmo 11. 3.

    H, porm, uma maneira de no ser afetado pela influncia de Satans e de sua operao de erros. O Se-nhor nos ordenou a estarmos em todo o tempo orando e vigiando se quisermos evitar todas as coisas que devem sobrevir ao mundo. Se for a respeito desta proteo que

  • 34

    Brinsley est se referindo, ento ele acertou. Mas darei maior nfase ao assunto num captulo adiante, porque agora preciso tratar de outro tema estritamente rela-cionado com a influncia de Satans nos sistemas de governo dos homens.

  • 35

    CAPTULO 2

    Democracia ou Demonocracia? Se houvesse um povo de deuses, seria governado democra-

    ticamente, mas aos homens no convm to perfeito governo (...). Rigorosamente nunca existiu verdadeira democracia, e nunca existir. contra a ordem natural que o grande nmero governe e seja o pequeno governado.

    Jean-Jaques Rousseau.

    sonho democrtico a mais perfeita mentira que j se contou aos homens; eles a crem porque insistem em no despertar do sono. E no se trata

    apenas de uma formidvel mentira, mas do golpe mais certeiro que algum j desferiu contra a inteligncia hu-mana, pois a poo que nos foi ministrada como sendo um remdio para todos os males, veio a ser o pio que nos mantm viciados, entorpecidos, dependentes. Deve-ria ser o mais perfeito sistema de governo entre os ho-mens, mas ao invs disso, submete-os a um nvel de per-mitida opresso to grande que chego a me perguntar se possvel entender os motivos pelos quais a democracia tornou-se o castigo que mais adoramos.

    Isso me faz lembrar uma estria sobre As Novas Rou-pas do Rei, que aprendi nos meus primeiros anos de escola. Todos os homens viam que ele estava nu, e no acreditavam, porque foi divulgado entre o povo que so-

    O

  • 36

    mente os homens sbios que podiam contemplar as magnficas vestes do monarca. Como no desejavam se passar por ignorantes, todos fingiam duvidar do que os seus olhos viam. Em relao democracia acontece o mesmo; a diferena que neste caso quem est nu o povo.

    Foi-nos dito que um sistema de governo onde a maioria dita as regras o melhor e mais perfeito de to-dos. Quem isso falou no considerava que jamais existiu unanimidade na vontade de um povo, uma vez que este costuma se dividir em categorias, classes, faces e partidos, de sorte que aquilo que agradvel a alguns, desvantajoso para outros. Tanto pior se entre esse povo existir uma mentalidade independente que saiba e possa fomentar-lhes as grandes divergncias de opinies rei-nantes em seu seio, provocando-lhe um turbilho de pro-blemas impossveis de ser solucionados; em tais circuns-tncias a democracia revelar o seu lado catico. Pois bem, essa mentalidade independente existe, e foi ela mesma quem nos suscitou desejo democrtico, sem nos declarar que a verdadeira razo de sua existn-cia servir de terreno e base para o estabelecimento de uma Nova Ordem Mundial. Aparentemente esse sonho de democracia teria surgido em algum momento da Idade Mdia, quando o poder das monarquias era abso-luto, e controlar a vontade de um rei era uma faanha herclea. Mas o maior obstculo que os mentores da de-mocracia tinham de enfrentar era o poder temporal da igreja romana, sobretudo, a influncia que o Papa man-tinha sobre os reis europeus.

  • 37

    Os democratas, sejam eles quem quer que tenham sido, j haviam conseguido provocar algumas rachaduras na fortaleza catlica, mas para faz-la ruir precisavam solapar a sua base mais forte, a qual era a f que o povo tinha na imagem do supremo lder da igreja, que alm de tudo, contava com os servios das devotas monarquias que protegiam os interesses do clero como se essa de fato fosse a mais cristalina vontade de Deus. Para tanto, urgia criar uma nova mentalidade, um conceito de liberdade, igualdade e fraternidade, que, sem se mostrar contrria vontade divina, fosse capaz de suscitar nos homens um sentimento de desamparo social e religioso por parte daqueles que faziam profisso de estar servindo a Deus. O procedimento era perigoso e o terreno escorregadio, pelo que tinha de ser lento e cau-teloso, mas como o primeiro passo tem de ser tambm o mais arrojado, os democratas iniciaram-no com a tenta-tiva de colocar o povo em contato direto com as Santas Escrituras. A sutileza desse feito permitia aos homens descobrir por si mesmos as gritantes diferenas existentes entre o modelo apostlico do Novo Testamento e o modus vi-vendi do clero romano. Tal procedimento est em res-sonncia com as regras de sabotagem de Sun-Tzu, quan-do sugere: dividir o inimigo e enfraquec-lo. Mas ao mes-mo tempo fez-se desabrochar um interesse cada vez maior pelas artes, pela poltica, pela filosofia e pela lite-ratura, o que resultava em movimentos tais como o Ilu-minismo e o humanismo, e dava cordas imaginao das pessoas, enquanto essa nova mentalidade ia se formando

  • 38

    sem que se dessem conta. Quando os crebros se reves-tiram de intelectualidade e comearam a questionar so-bre a natureza das coisas, os alicerces do poder papal fo-ram sacudidos. Porm, h uma corrente de pensadores que acre-ditam que as origens da maonaria so mais antigas do que se imagina. Teria surgido do misticismo egpcio ou sumeriano h cerca de quatro mil anos, e existe at quem d assentimento idia de que os adeptos dessa socie-dade secreta tiveram participao direta na edificao do primeiro templo de Salomo, sendo eles igualmente res-ponsveis pelo casamento deste rei com uma princesa egpcia, a mesma que, apesar de estar contrariando a vanguarda de nossa teologia, -nos apresentada pelo his-toriador judeu Flvio Josefo como sendo ningum mais ningum menos que a rainha de Sab. Verdade ou mentira, o que temos por certo atravs da Bblia que esse casamento de Salomo com uma princesa egpcia foi determinante para a sua degradao religiosa e declnio da era dourada da monarquia hebria. Portanto, para alguns pesquisadores da maonaria, a corrupo espiritual do reino salomnico teria acontecido por obra desta sociedade secreta. possvel que tudo no passe de mera especulao, mas algumas coisas fazem sentido principalmente quando se sabe que a fun-dao do Estado Judeu, ocorrido aps a segunda guerra, atendia acima de tudo aos propsitos da maonaria, de modo que no sendo por este motivo o renascimento da nao de Israel mui provavelmente no teria ocorrido naquela poca. Mas se algum duvida do que estou a

  • 39

    dizer, que me explique ento o motivo pelo qual a ban-deira de Israel traz estampada em si o smbolo mximo da maonaria, falsamente chamado de estrela de Davi. Alm disso, sabemos que sem se esforar muito possvel rastrear a histria manica e ver como ela se confunde com o templo de Salomo e a cidade de Jerusalm a partir do perodo das primeiras cruzadas. Talvez esse in-teresse dos maons pela nao dos judeus esteja preso a elos mais antigos. Prosseguimos, porm, com os fios da conspirao,

    tratando de algo que pretendo chamar de o mais duro

    golpe desferido contra o poder temporal do Papa, que

    foi, certamente, o cisma culminado na reforma de Lutero.

    Evidentemente que todo cristo protestante est acos-

    tumado a acreditar em um conceito distorcido a respeito

    das razes que levaram Lutero inusitada vitria perante

    o imprio papal, aceitando sem contestao que o esta-

    belecimento de sua reforma se deu acima de tudo por

    obra milagrosa da providncia divina. No foi bem assim.

    Voc no tem obrigao de acreditar no que irei dizer,

    mas ficou bastante claro que a derrocada da igreja cat-

    lica diante de Lutero aconteceu principalmente pelo fato

    de este estar em todo o tempo protegido e assistido por

    prncipes maons que viam no seu projeto uma oportu-

    nidade de ouro para fazer ruir de uma vez o domnio que

    a igreja mantinha sobre a liberdade ideolgica europia.

    Por essa razo que a Reforma Protestante tornou-se

    um marco na histria da civilizao ocidental. Eis tambm

  • 40

    o motivo que fez o reformador alemo se tornar re-

    conhecidamente a personalidade mais importante dos

    ltimos mil anos.

    Teria Lutero sido maom? Sinceramente no acredito, embora no haja como negar que durante a sua vida pblica ele esteve cercado e at influenciado por re-conhecidos vultos da maonaria, os quais invarivel-mente se aproveitaram de sua tmpera na luta contra o papado romano, e antes que me perguntem sobre os mo-tivos ou interesses que os maons pudessem ter na reforma luterana, direi que bastante recordar que ambos possuam um inimigo comum: o Papa, e, sobre-tudo, as lojas manicas sempre estiveram por trs das manifestaes populares que visavam promover a ordem por meio do caos, ainda que a frmula final por eles esperada fosse exatamente o contrrio. H muita coisa sinistra a ser pronunciada sobre a vida de Lutero, mas contra o interesse de muitos que se reescreva a histria. Seria verdade que o seu selo pessoal era um smbolo reconhecidamente maom? Teria ele ordenado o assassinato de cristos anabatistas? Havia de fato perseguido aos judeus e at determinado que fos-sem incendiadas as suas sinagogas? Por que ser que depois da sua morte a igreja por ele reformada ficou sob a liderana de um maom? No pretendo lanar lama sobre o nome deste grande homem, mas apenas lembrar que ele no foi o mocinho cndido que a histria muitas vezes tem tentado nos mostrar por meio de seus feitos. Para alguns, Lutero na verdade foi um monstro sagrado; um Papa evanglico.

  • 41

    Enfim, teriam os Sbios de Sio manipulado Lutero? De certa forma, sim. Na prtica eles manipularam quase todas as grandes manifestaes e revolues que sur-giram desde a Idade Mdia. E se te desagrada saber, tan-to a traduo alem da Bblia de Lutero quanto a verso da King James, foram cortesias dos maons, e postas nas mos dos homens com o intuito de enfraquecer o cetro da igreja romana. Parece-te muito? Isso no nada! J dissemos que foram os maons que colonizaram os Estados Unidos da Amrica, aparentemente em nome do cristianismo pro-testante? Ento procure em vo um, entre os grandes vultos da antiga histria deste pas, que no tenha sido cristo e maom ao mesmo tempo. Quanto ao Brasil, enganosamente nos dizem que o maior pas cristo do mundo! Mas no existe pas cristo; a maonaria est por trs de toda a sua formao poltica, cultural e religiosa. Para comear, a nossa ptria foi descoberta, colonizada e governada pelos maons. A Famlia Real portuguesa, Pedro lvares Cabral, Tiradentes, Marechal Deodoro da Fonseca, Duque de Caxias, so apenas alguns nomes da imensa lista que inclui ainda poetas, pensadores, advo-gados, mdicos, editores de jornais, escritores, roman-cistas, lderes abolicionistas etc. Desta maneira, tanto os Estados Unidos quanto o Brasil, foram colonizados por maons, com a diferena de que l eles eram evanglicos, enquanto que por aqui se travestiam de catlicos. Outra notvel diferena que a maonaria governante na Amrica denominada de Ne-

  • 42

    gra, ao passo de que no Brasil e em pases como a Frana e a Inglaterra, seja falsamente chamada de Branca. No fundo, porm, no passa de teatro. O que ocorre que desde que a igreja catlica se disps a exterminar as ordens dos templrios, pases como Inglaterra, Portugal e Esccia ofereceram-lhes refgio. Da que passados alguns anos seus remanescentes iniciaram uma vingana contra o papado romano e contra os governantes invisveis aos quais chamamos de Sbios de Sio. Essa maonaria branca reagiria a todas as preten-ses dos Sbios de Sio, democratizando as naes e lutando por todos os tipos de liberdade entre os homens. Eis a razo pela qual a maonaria em suas diversas formas invariavelmente esteve por trs das manifestaes popu-lares que caracterizaram as grandes revolues sociais do Ocidente. Deste modo, podemos afirmar sem medo que no existe uma nica conquista poltica, social ou reli-giosa no mundo que no tenha sido patrocinada pelos maons. Os direitos humanos em todos os seus aspectos s se tornaram possveis porque sempre houve uma mente inteligente trabalhando para que assim aconte-cesse. Logo benfica a maonaria? Tolice. Na verdade essa a maneira mais eficiente que Satans encontrou de adulterar a nossa sina, injetando em ns o seu veneno de forma inconsciente. Assim, a cortesia que os maons nos fizeram ao instituir a democracia tem efeito anestsico, j que o que pretendem nos operar sem dor. A verdade que por trs da democracia e da gran-diosa conquista dos direitos humanos h uma ao

  • 43

    paralela, ou o que chamamos de efeito colateral. Mas por enquanto pense to somente que as lutas fomentadas pelos maons, geralmente em oposio direta aos governos estabelecidos e geralmente opressores, davam-lhes crditos, pois os seus idealizadores, sendo membros de alguma loja manica, vieram a ter o reconhecimento e o prestgio perante as massas litigantes, muito embora tudo no passasse de refinada encenao. Para se ter uma plida idia do que estou a dizer, considere que os maons favorveis abolio da escravido dos negros na verdade lutavam contra uma injustia que eles mes-mos haviam criado. Quanto a Joaquim Jos, o nosso Tira-dentes, era um maom gritando pela liberdade no Brasil, e foi trado por seus semelhantes durante a famosa In-confidncia Mineira. Sendo assim, para que nos serve a democracia? Serve para nos lembrar que as leis espirituais so superiores s materiais e que a vontade humana inconseqente. Mas acima de tudo, a democracia serve para nos provar que o homem incapaz de autodirigir-se, pois se o seu mais perfeito sistema de governo acarreta-lhe o maior dos males, como poder ele conhecer a liberdade que deveria resultar de todas as suas buscas, esforos e lutas? Lembremo-nos que o Anticristo, o grande destruidor da vida no planeta, h de ser eleito democraticamente e isso no acontecer por fatalidade; tudo est sendo prepa-rado para que assim acontea. Isso, porque, a democracia, sendo o grande sonho e orgulho dos povos, tambm a grande tentao de Lcifer, que faz com que os homens se submetam espon-

  • 44

    taneamente sua vontade, sem imaginar que esse sis-tema governamental (alis, como todos os demais) a forma mais segura de conformar a humanidade demo-nocracia, ou governo do Anticristo. Atente bem para as observaes que Rousseau fez sobre a verdadeira funo da democracia: Duvidoso , pois, segundo Grcio, se o gnero humano pertence a cem homens, ou se estes pertencem ao gnero humano; em todo o seu livro ele parece inclinar-se pri-meira opinio, seguido tambm por Hobbes. Eis a espcie humana dividida em rebanhos, cada um com o seu pastor que o guarda a fim de o devorar. Se pudermos ler nas entrelinhas, entenderemos o

    que nos quis dizer Rousseau ao sugerir que por trs da

    democracia existe o interesse pessoal de um pequeno

    grupo de homens que dividem a humanidade em reba-

    nhos, reservados para o abate. Estes cem homens que

    pretendem se apoderar de cada um dos habitantes da

    Terra tiveram tempo e malcia para estudar uma maneira

    de conduzir a raa humana auto-subverso por meio de

    trs guerras mundiais que estariam interligadas, sendo

    que cada uma delas teria uma finalidade especfica.

    A Primeira Guerra Mundial, por exemplo, j tinha dia

    e hora programadas para iniciar e terminar; o que chama-

    mos de risco calculado. O objetivo era fazer com que a

    Rssia e seus satlites despontassem como ameaas para

    o resto do mundo, levando as noes a conviver com o

  • 45

    medo de que a qualquer momento a guerra louca viesse a

    levar a vida na terra extino. Isso justificaria uma cor-

    rida armamentista entre as potncias, ao mesmo tempo

    em que os pases emergentes se empenhariam com afin-

    co na aquisio de armas produzidas pelos mesmos pa-

    trocinadores dos confrontos que eles, pensando estar

    evitando-os, corriam a passos largos para inici-los.

    A fim de que tal no acontecesse, as mentes bri-

    lhantes da poltica internacional, todas elas previamente

    instrudas pelos Sbios de Sio, se encarregariam de

    convencer os povos de que a soluo mais eficiente seria

    a criao de organizaes internacionais (Por exemplos a

    ONU e a OTAN) que encabeassem uma resistncia e

    promovessem a paz mundial. No fim das contas eles

    apenas ensaiavam uma forma de fazer valer a ascenso

    do Anticristo no cenrio global quando um aconte-

    cimento sem par (o arrebatamento da Igreja?) causar

    uma onda de pnico em todo o mundo. O que funcionou,

    pois estas duas entidades reconhecidamente manicas

    constituram-se as duas maiores foras internacionais

    depois da segunda Guerra. De sorte que o Anticristo, para

    governar o mundo, ter de assumir o controle total de

    ambas.

    Semelhante tratamento foi dispensado quando es-

    tourou a Segunda Guerra Mundial. Lembra-te de que

    Hitler ao perseguir e exterminar a seis milhes de judeus

    justificava o seu ato afirmando que estes, ao trair a Ale-

  • 46

    manha durante a Primeira Guerra, vieram a ser a causa de

    sua derrota? O fato que existia algo de verdadeiro em

    suas palavras, pois os judeus realmente tinham trado a

    Alemanha de Hitler, mas no necessariamente aqueles

    seis milhes de inocentes arrastados aos campos de

    concentrao e por fim s cmaras de gs! Os verda-

    deiros traidores da Alemanha foram os judeus da socie-

    dade secreta dos Sbios de Sio, os mesmos que ora

    patrocinavam a mquina destruidora de Hitler, provocan-

    do a morte de milhes de seres humanos e espalhando o

    terror no mundo.

    Com que finalidade? Ainda no dissemos que os grandes favores da maonaria custam caro. Neste caso parece que o preo se antecipou conquista. Estes Senhores do Mundo pensaram em tudo, pois enten-diam perfeitamente que se os judeus fossem perseguidos e cruelmente massacrados na Europa, o resto do mundo seria comovido pela desumanidade dos tratamentos a eles aplicados. Logo, qual seria a conseqncia mais pro-vvel, seno uma disposio geral em favor da criao de um Estado Judeu na Palestina? Foi exatamente o que aconteceu depois que a Segunda Guerra acabou. Mas, feito isso, o palco para a exploso do Armagedom come-ou a ser preparado. Estudiosos da escatologia concordam em que a criao e reconhecimento do Estado Judeu foi o primeiro e grande passo para a ecloso da terceira e ltima guerra mundial, posto que a inteno de haver-se estabelecido

  • 47

    uma nao que abrigasse os judeus espalhados pelo mun-do estava condicionada expectativa de que ela viesse a se tornar um barril de plvora em pleno Oriente Mdio. Ou seja, o estabelecimento dos judeus em sua prpria terra, agora possuda por muulmanos, naturalmente resultaria em um confronto que seria o estopim da ter-ceira Guerra Mundial, o que, segundo os planos sa-tanistas, deveria ter ocorrido na primeira metade dos anos noventa, tendo como piv a pessoa de Saddan Hus-sein. No consideraram os Sbios de Sio que os planos de Deus esto acima dos clculos diablicos, de modo que seus sinistros projetos tiveram de ser adiados para um instante ainda por vir, mas que se aproxima apressa-damente. Portanto, aquela suspeita que as pessoas ti-nham de que o mundo se acabaria antes do ano dois mil no era de todo infundada. Todavia, a hora de Satans h de chegar, e o mundo ser entregue em suas mos por pelo menos trs anos e meio, at que a apostasia cubra o mundo de escurido e o Filho de Deus aqui retorne para cumprir a vingana e estabelecer o seu Reino.

  • 48

  • 49

    CAPTULO 3

    Efeito Domin

    Quanto obra que este homem da rebelio e do inferno (o Anticristo) far quando vier, ela j est em marcha, porm ele mesmo no vir enquanto aquele que o est retendo no se afastar do caminho.

    A Bblia Viva: II Tessalonicenses. 2.7

    discurso de Paulo no captulo dois de sua segunda carta aos cristos de Tessalnica expe quatro re-velaes estritamente relacionadas entre si. A sa-

    ber: 1- Que nos ltimos dias os cristos abandonaro a verdadeira f; 2- Essa apostasia ser fundamental para que o Anticristo entre em cena; 3- A referida apostasia resultado do trabalho de uma organizao criminosa qual chama de Mistrio da Injustia; 4- Essa organizao sinistra j estava em atividade desde os primeiros anos do cristianismo. Aconteceu que com a maravilhosa encarnao do Verbo de Deus e o conseqente advento do Evangelho, o Esprito Santo foi enviado aos nossos coraes; um poder at ento desconhecido foi-nos delegado gratuitamente, surpreendendo o Inferno e alterando os planos de Sata-ns.

    O

  • 50

    Deste modo, as foras avassaladoras do mal foram confrontadas e descobriu-se que a graa do Evangelho do Filho de Deus no tinha concorrncia; logo, as palavras de Paulo quando nos faz saber que Cristo em sua ressur-reio despojou o Inferno e o exps publicamente do-nos a mais concreta demonstrao do vergonhoso e de-sesperador estado em que ficaram o Tentador e seus la-caios.

    Pelo que se quisesse prosseguir com a sua ne-fasta tarefa de fazer oposio aos eternos propsitos do Todo-poderoso, estes inimigos da verdade teriam de ajuntar os cacos e traar mais eficientes tticas com as quais pudessem resistir obra do Esprito Santo por meio do genuno Evangelho.

    E se no conhecemos ao certo qual foi o prin-cpio da reao do grande adversrio do Senhor, ao me-nos pelas palavras de Paulo podemos entender que o maligno ps em execuo metas que visam solapar as bases da Santa Igreja, a mesma contra a qual o Mestre anunciara que as portas do Inferno jamais prevalecero. E efetivamente o leitor no deve confundir Igreja com cris-tianismo, pois apesar de estas duas palavras no exis-tirem separadamente, h evidentes diferenas entre am-bas. O Senhor no disse que as portas do Inferno no prevalecem contras os crentes, e sim contra a Igreja espi-ritual, composta por santos de todas as eras e lugares.

    Fato que a fria de Satans segue avassaladora contra o cristianismo, principalmente porque na atuali-dade todas as suas pretenses so materialistas, e ele emprega a sua astcia por entender que a igreja fsica, que devia ser a coluna e firmeza da verdade, tem se tor-nado um terreno baldio, mas frtil para todos os tipos de

  • 51

    sementes da mentira e do engano. Pelo que da maior importncia que atentemos para uma das principais reco-mendaes profticas que o Mestre fez sua Igreja: Acautelai-vos para que ningum vos engane.

    Certamente que os vendedores de religio dese-jaro me crucificar por causa da declarao que hei de agora fazer, mas muito bvio que quando o Mestre assi-nalou: ningum vos engane, ele estava se referindo aos pastores da igreja da era final, aos quais igualmente deno-mina de lobos devoradores. Mas para que os nossos olhos ficassem bem abertos o Senhor nos deu indcios bastante claros ao afirmar que esses lobos vestidos de ovelhas possuem caractersticas bem peculiares ao nosso tempo: eles profetizam, expulsam demnios e fazem mi-lagres estupendos em nome de Jesus! Mateus 7.15-23.

    Mas qu! Praticamente todos os pregadores pentecostais de nossa poca procedem assim! Verdade, e praticamente todos eles esto prestando servios a Satans. Ou de outra sorte a divina revelao no nos anuncia que nos tempos do fim aparecero pregadores de milagres que por meio de seus prodgios resistiro verdade e desviaro a muitos do caminho? O bendito Paulo compara-os aos feiticeiros do Egito, os quais usan-do de mgicas e encantamentos confundiam queles para quem eram dirigidas as pregaes de Moiss.

    Foroso me recordar uma conversa que tive com o pastor de uma de nossas igrejas. Ele desejou saber o motivo pelo qual eu no participava dos famosos cultos de libertao e milagres, to comuns na atualidade. Minha resposta curta e seca foi: Esses cultos so portas abertas a todos os tipos de heresias e enganos do de-

  • 52

    mnio. Ao que para minha surpresa ele replicou: Eu sei, mas disso que a igreja gosta!

    O que maior preocupao me causa perceber que os lderes espirituais de nossos dias pensam exata-mente desta maneira, pois embora sabendo quo dano-sas sejam tais inovaes, deixam que os cristos com elas se embriaguem, uma vez que para eles o mais importante que estes se sintam bem com o que ouvem e ensinam. Isso explica tambm a dinmica de Lcifer ao oferecer aos homens um evangelho de mentiras, conquanto te-nham por elas afeio. Mas eis a o perigo, pois na pro-fecia de Paulo lemos que Deus enviar ao mundo uma operao de erros a fim de que os crentes da apostasia final, havendo rejeitado a luz da verdade, creiam em to-das as mentiras do falso profeta que os conduzir aos braos do Anticristo. Portanto, vs que ainda temeis ao Senhor, atentai bem para a advertncia que Ele nos faz por meio do profeta Jeremias em 5. 30,31:

    Est acontecendo uma coisa horrvel, impossvel de acreditar, nesta terra: os sacerdotes enganam o povo com as palavras mentirosas dos falsos profetas, e o meu povo fica feliz com isso! Mas o que vocs vo fazer quando o castigo de todos esses pecados chegar?

    Agora, se pretendes saber a razo pela qual o diabo to eficiente em todas as suas manobras, basta aceitar que as revelaes do Mestre em Mateus 7.13-23 e compreenders que o maligno usa meios e pessoas que esto acima de quaisquer suspeitas. Ou quem, superficial-mente falando, ousaria desconfiar que um poderoso pregador pentecostal se daria ao labor de desvirtuar a Palavra de Deus e corromper a sua Igreja? Mas para a nossa surpresa justamente assim que est aconte-

  • 53

    cendo. Paulo ainda nos diz que a iniciativa de Satans para a corrupo do cristianismo um mistrio de in-justias, o que nos faz supor que a sua natureza seja desconhecida, enigmtica e obscura, conquanto a palavra mistrio, tal como mencionada no texto, tem parti-cular significado e alude a uma doutrina at ento des-conhecida entre os homens.

    Temos, porm, o Esprito Santo a nos orientar em toda a verdade e justia, se Dele no desviarmos os ouvidos.

    E a despeito de todas as advertncias que os aps-tolos faziam dia e noite enquanto aqui peregrinavam, veio uma gerao de novos obreiros que j no estavam interessados no mago do bom combate da f, os quais se adequaram sem dissimulaes ao curso do sculo que os envolvia, sendo enfim subjugados quando a suposta converso do Imperador Constantino conduziu a cristan-dade perda da viso do Reino de Deus.

    E considere-se que o fato de haverem os apstolos recebido o conhecimento dos mais astutos projetos de Satans para o controle das mentes dos homens isso no veio a se traduzir em total proteo s igrejas e suas mais puras doutrinas, e a prova disso temos nos escritos que eles nos legaram. Mesmo assim, munidos de tais ori-entaes, vitais e insuspeitas os santos podiam resistir com discernimento espiritual aos ataques do maligno e manter a pureza da f que uma vez lhes fora revelada.

    Temos, todavia, demonstrado por meio dos Pro-tocolos dos Sbios de Sio que o objetivo maior de Sa-tans no est circunscrito em extinguir dos homens a f em Deus. Atentem, igualmente, que o demnio no pre-tende roubar a f dos homens, uma vez que lhe bas-

  • 54

    tante proveitoso que as pessoas continuem acreditando que possuem f em Deus. O que esse tentador realmente deseja, e est conseguindo, substituir a autntica f salvadora. Ou de outra maneira como explicaramos que em nossos dias exista um nmero cada vez mais cres-cente de pessoas que se declaram crentes em Deus e na Sua Palavra? Surpreende, entretanto, que o nosso Sal-vador tenha afirmado que no encontrar verdadeira f na Terra quando retornar em sua glria. Lucas. 18.8.

    Acodem-nos a duas molstias que receio jamais sero curadas. Primeiro temos o problema da hipocrisia natural dos pseudopentecostais. O segundo problema a falta de discernimento espiritual vigente em todos os nveis do cristianismo. Em se tratando da hipocrisia, ofende-me saber que as pessoas fingem estar preocupa-das com a avassaladora onda de heresias que nos tem assaltado, quando na verdade sentem-se fascinadas por elas e at as ensinam em suas igrejas.

    Quanto ausncia de discernimento espiritual, alarmante que tantos ministros no consigam mais dis-tinguir a verdade da mentira, chegando ao cmulo de co-gitar que um pregador, embora corrupto, mentiroso e desonesto, possa s vezes ser usado pelo Esprito Santo de Deus!

    E isso no tudo. Nosso conformismo tamanho que at temos desprezado os verdadeiros valores espi-rituais, admitindo em nossas reunies toda sorte de en-ganos, misticismo, truques baratos, charlatanismos e at feitiarias. Oh! Como me corta a alma ter de admitir que o ofcio da pregao, outrora to sagrado e honroso, tem se tornando uma profisso de gente srdida e imunda!

  • 55

    Fica-me ainda o lastimar que j no existam limites para se mentir quando se um pregador moderno. Acaso tem o meu leitor notado que na prtica no existe mais a exposio profunda da Bblia? Que os pregadores falam de mil coisas pueris e que devaneiam entre vises, pro-fecias, promessas, curas, carismatismos, estrias, anedo-tas e um sem nmero de discusses ocas que conduzem as pessoas ao pio? Explicao devocional e exegtica da Bblia um tesouro que a nossa gerao quase no conhece mais. E isso acontece por duas razes principais: estes pregadores no conhecem a Deus nem temem Sua palavra.

    A propsito, tenho acompanhado os passos de alguns dos pregadores mais destacados em nossa gera-o, e tenho percebido que diferente do que podamos esperar, os tais so vidas secas, desprovidos de espiritua-lidade, fazendo sucesso mais pela enganosa eloqncia do que pelo conhecimento e manejo da Palavra da Ver-dade. Alm do mais, tenho atentado para a ndole destes, mas principalmente no que se refere condio daqueles para os quais pregam. Um deles inclusive comentou durante um almoo entre obreiros de minha igreja:

    - Conheo todos os segredos para a manipulao das massas. Se quero faz-las chorar, eu as fao; se quero faz-las sorrir, pular, gritar, rolar pelo cho, eu as fao.

    Outro pregador de mesma ndole (ora, como esta raa est proliferando!) confessou a um amigo meu que por diversas vezes chegou a pregar sob os efeitos do conhaque, e pasmem, pois atestou que quanto mais em-briagado estivesse, tanto mais a igreja correspondia com aleluia e glria a Deus! E at mesmo aquele a quem eu havia considerado como o mais fecundo pregador que a

  • 56

    nossa nao j conheceu, teve a pachorra de admitir que se para ganhar a completa ateno da igreja ele tiver que mentir, contando vises e profecias enganosas, ele o far, pois que em nossos dias as pessoas no esto mais interessadas na pregao da genuna Palavra de Deus.

    Isso me faz recordar a desoladora condio do profeta Jeremias frente os sacerdotes de sua poca. Estes tinham conscincia da existncia dos falsos pro-fetas que enganavam ao povo, mas no reagiam porque se tratavam de mentiras que os abenoavam; a men-sagem era de prosperidade, paz e segurana. Enfim, tudo o que as pessoas gostavam de ouvir. Mas para onde fo-ram os tais profetas quando a desgraa predita por Jere-mias desabou sobre a cidade e o povo?

    A mentira pode fascinar a igreja e enriquecer aos profetas da prosperidade, ao passo que a verdade quase no traz empolgao. Sei que se neste momento houver algum pregador transcorrendo estas linhas h de reagir dizendo que estou difamando a categoria; de minha par-te e com muita segurana ratifico que se este pregador possuir verdadeiro temor de Deus dever rever os seus conceitos, pois tal como nos dias de Jeremias, em nossa poca a mentira um engodo constante at mesmo na vida dos mais santos anunciadores do genuno Evange-lho, e a experincia h de demonstrar que em no raros casos para ser bem sucedido neste ofcio imprescindvel recorrer arte de enganar.

    Falar sobre o assunto tolice, haja visto que o ben-dito Paulo nos alertou que os homens tero comicho nos ouvidos para evitar a verdade. Eu, porm, tenho me esforado para em todas as oportunidades declarar as mentiras mais constantes de alguns pregadores de reno-

  • 57

    me; e sabem como as pessoas a isso reagem? Fingem que esto espantadas; clamam o sangue de Jesus; exclamam um: Misericrdia! Mas no dia seguinte correm para uma loja a comprar o novo DVD de um destes pregadores.

    Que no sejamos, porm, irresponsveis ou le-vianos ao sugerir que todos os pregadores sejam figos podres. Longe disso. A verdade que o nmero de fiis anunciadores do Evangelho infinitamente maior do que aquela gama de pseudoprofetas que enlouquecem ao rebanho de Deus. E eu mesmo conheo muitos que so pessoas adorveis, altamente decentes e dignas de ser imitadas; o que as descaracteriza, todavia, que no obstante sejam homens do bem, eles pregam uma ver-dade passiva e inoperante, que no faz a menor oposio s foras usurpadoras dos que do testemunho da mentira. Pelo que vemos campear o engano e a perver-sidade sobre os plpitos de nossas igrejas, o que vem a gerar paradoxal dilema, conquanto seja inconcebvel que um pastor que prima pela verdade venha ceder a sua tribuna aos que compem as linhas deste exrcito parla-pato. Deste modo, a omisso de tais pastores maior gravidade traz nossa condio.

    Mas dizamos que o ambiente da cristandade tem se tornado terreno frtil (e em alguns casos at baldio) para toda a sorte de sementes danosas. O mais agravante que assim como aconteceu nos dias de Jeremias, aqui os falsos profetas tambm desfrutam da proteo dos sacerdotes e das simpatias do povo. Esse profeta choro com nsias anunciava a Verdadeira Profecia, mas as pessoas o chamavam de traidor pessimista, pois como podiam cogitar que todos aqueles falsos profetas estives-sem errados e apenas Jeremias estivesse certo?

  • 58

    Nesse particular conveniente que indaguemos: o que a verdadeira profecia em nossos dias? tudo aquilo que os profetas anunciam e os sacerdotes con-firmam. Ento qualquer sermo que desagrada aos ou-vintes no pode ser considerado como genuna palavra proftica. Por esta razo abundam vagabundos pregado-res em toda parte, vendendo suas pregaes surradas a preo de ouro.

    Por tudo isso que est por acontecer aquilo que podemos chamar de crnica de uma morte anunciada, ou seja: a gente assiste, sofre e torce para que o per-sonagem resista, mesmo ciente de que ele deve morrer no final da histria. E de acordo com as profecias que no mentem jamais, no haver cura para as chagas do cristianismo nos dias que se descortinam, porquanto uma apostasia terrvel tem sido arquitetada e posta em andamento para fazer seduzir as igrejas, as famlias e o mundo, levando-o completa incompreenso e entene-brecimento de alma, a fim de que no possa discernir o caos para o qual concorrem todas as coisas.

    Mas, qual logo o princpio ativo desta seduo avassaladora que vem envolvendo o mundo sem permitir que praticamente ningum consiga dela escapar? Sin-ceramente outra coisa no seno o falso senso de liberdade que cada ser humano tem adquirido graas filosofia manica sutilmente impregnada em sua alma atravs da educao que h muito tem sido administrada quer em forma de arte, cincia e at por expresso reli-giosa.

    No se duvide, portanto, que a busca constante e egocntrica rumo liberdade em todos os seus sentidos um engano que alucina, e que h de ser a causa final de

  • 59

    seu colapso. Destarte, de onde advm que desde o incio o demnio tenha se esforado para impingir no crebro humano que somos seres livres e que o segredo para a felicidade e para a realizao pessoal consiste primei-ramente em se obter a liberdade?

    A troco de qu o demnio se importaria em que os homens buscassem o mximo da liberdade? Por uma questo bastante bvia: o sentimento de liberdade pode e faz bloquear o conceito de responsabilidade, que o grande gerenciador do equilbrio, imprescindvel para o perfeito funcionamento das sociedades humanas. No se questione, entretanto, que o sonho de liberdade seja uma das maiores conquistas do ser humano; pergun-tamos, porm, se essa liberdade objetivamente existe de fato, ou se, como diria Scrates, esto apenas desejando que sintamo-nos livres? Nossa relutncia se justifica pelo conhecimento de que o conceito de liberdade, tal como est delineado em nossas mentes, foi projetado pelos monitores aos quais chamamos de Sbios de Sio, que se esforam no sentido de que os homens, inebriados pelo sentimento de liberdade, sorvam a dose final do seu veneno cujo rtulo em tom de brincadeira diz: proibido proibir!

    E est funcionando. Um grito que h muito esteve sufocado e at parecia no existir, est sendo agora ouvido por todas as partes do mundo e em todos os segmentos. Os homens no querem mais ter de respon-der por suas escolhas, atos e procedimentos. Filhos no obedecem aos pais; alunos desconsideram os profess-sores; policiais no respeitam seus limites; polticos burlam suas prprias leis; e o que pode ser mais agra-vante no contexto do presente tratado: os crentes esto

  • 60

    aprendendo que podem contornar os ditames da Santa Palavra de Deus! Agora em todas as denominaes crists do globo gritos esto ecoando sem voz: No precisamos mais obedecer Bblia! Da minha vida cuido eu! Deus s quer o meu corao!

    Um sintoma do estgio deveras avanado da apos-tasia at certo ponto fantasma, mas que logo se defla-grar abertamente. suficiente que recordemos que em muitos pases europeus o cristianismo est estagnado e que catlicos em manifestaes pblicas declararam apostasia coletiva em Portugal e Espanha; ensaios de uma dana que em breve se repetir em todo o mundo cristo. No meio evanglico no muito diferente, ao contrrio, as revolues so ainda mais freqentes e expressivas, conquanto, mesmo nas denominaes ou-trora mais conservadoras, j estejam pululando brotos de uma independncia ideolgica e permissiva que faria corar as faces de crentes de outras pocas. A eterna sal-vao deixa de ser o propsito imanente das igrejas e a busca diria pela santidade substituda por realizaes pessoais e sentimentais, concorrendo para uma inter-pretao mais amena e aceitvel do conceito do pecado e das suas conseqncias.

    E, com efeito, se tm viabilizado maneiras de ser cristo sem que para tanto se precise abster dos vcios que envenenam a alma e a fazem condenvel. Embri-agus, jogos de azar, sensualidade, poligamia, adultrios, divrcios, vaidades excessivas, uso de drogas, homos-sexualidade, porfias, avarezas, mgicas, bruxarias, ludi-briaes, mentiras, idolatrias, maonaria, hipnose, for-nicaes e at associao com trfico de drogas j podem

  • 61

    ser contadas entre as faltas cometidas e at toleradas nos crculos evanglicos de nossa poca.

    Ho de confrontar-me, dizendo que estou deli-rando em todas estas cogitaes, mas posso sustentar com muita firmeza cada uma das afirmaes supraci-tadas, pois tenho presenciado a todas, e o que pior: no se tratam de casos isolados, e ainda que a grande maioria dos pastores seja contrria a todas estas prticas, no conseguem evitar que elas proliferem em suas igrejas. E isso por duas razes bem lgicas: h os que querem reagir e no podem; h os que podem reagir e no querem.

    Fcil de ser identificada, essa apostasia consiste primeiramente em abandonar a Palavra de Deus. Notem que no estamos falando em abandonar a Bblia, um livro que as pessoas aprenderam a ler com muita freqncia e que o tm usado como manual de auto-ajuda para alcanar realizaes profissionais ou pessoais, j que nes-se sentido os crentes de nossa gerao no conseguem se apartar das Santas escrituras.

    Abandonar a Palavra de Deus no sentido proftico em que foi anunciado significa pr de lado o verdadeiro propsito para o qual ela nos foi outorgado, que , acima de tudo, preparar o ser humano para o encontro com o Grandioso e Santssimo Deus, pois nenhum outro objetivo justificaria a encarnao, morte e ressurreio do Verbo Divino. Nesse contexto se incluem a busca contnua por uma vida santa, o jejum, a prtica constante da orao e no apenas o espordico, a renncia diria do pecado, o amor real ao prximo, o cultuar ao Senhor em plena re-verncia e sinceridade; servi-lo fielmente ainda que seja na dor, na fome, no frio, no desamparo, na perseguio,

  • 62

    na angstia e at na morte trgica, e viver a cada dia esperando o iminente retorno de Jesus Cristo. Mas nesse sentido as igrejas tm abandonado a Bblia. Assim, e efe-tivamente, qualquer evangelho que no apresente se-melhante proposta deve ser descartado por todos quantos fizeram a feliz profisso de seguir e servir ao Se-nhor da Seara, que em solene recomendao nos alertou: Melhor te ser entrares coxo na vida, do que, tendo dois ps, seres lanado no inferno, no fogo que nunca se apaga. Marcos. 9.43.

    A astcia de Satans, todavia, fascina e avassala at a lderes cristos que noutras ocasies foram impvidos defensores da Palavra de Deus. que o tentador aos poucos f-los entender que o evangelho caduco no arrebanha muitas ovelhas nem cativa a simpatia da comu-nidade, ao passo que a nova proposta enche os templos, engorda os dzimos e enriquece aos sacerdotes. E quem pode negar que atiar a cobia entre os lderes evang-licos seja um mtodo eficiente empregado pelo maligno para fazer ruir a moral crist e conduzi-la ao descrdito? Acaso no foi esse o propsito explicitamente traado nos Protocolos dos Sbios de Sio?

    de propsito que os nossos pastores estejam bem vontade diante de nossa decadncia moral e es-piritual, pois no pode ser malfica a causa que nos enriquece. Esto como Eli, que testemunhava a degra-dao de seus filhos, mas incapaz de tomar uma provi-dncia. Mesmo os senhores do mundo trabalharam para que assim acontecesse, por isso que os nossos lderes esto amordaados.

    Pelo que quanto mais se aproxima a noite, tanto mais entenebrecidos se tornam os homens, deixando-se

  • 63

    inclusive aliciar pelo prmio de Balao pela conivncia com o mal. E j querem nos silenciar ou conformar a essa onda de corrupo, fazendo-nos acreditar, por meio de mil insinuaes, que est tudo bem e que os antigos eram estpidos demais ao interpretar as doutrinas bblicas de devoo e santidade.

    Tragdia maior est por se desfechar sobre o resto do cristianismo que ainda resiste. Pastores esto assu-mindo, como que por uma ordem superior, que os cren-tes devem tolerar aos mais nefandos costumes e impo-sies de nossa sociedade sob o pretexto de preconceito ou restrio s escolhas e usos de outrem. Ou seja: os pecados e vcios mil no devem mais ser confrontados ou denunciados pela Igreja sob a pena de incorrer no judicial. Mas pareo vislumbrar um Joo Batista tremendo de me-dinho de ser processado...

    A imposio recente, mas j suficiente para demonstrar a falta de verdadeira autoridade espiritual de alguns lderes, os quais j esto ensinando as suas con-gregaes a adaptarem-se s novas regras. Ento ser o fim e nada poder conter o mpeto da iniqidade que vem se instaurar no cristianismo alienado. No que nos deixa entender por meio de seus escritos, Paulo com-preende que assim deva acontecer: os homens no se importaro mais se a Palavra de Deus estiver sendo ba-nalizada; eles no sofrem as ofensas praticadas contra o Santo Evangelho ou a s doutrina. Da criam uma nova verso do pensamento cristo ao qual o apstolo chama de fabuloso, o que, no entendimento dos Sbios de Sio, outra coisa no alm de uma substituio dos legtimos valores espirituais divinamente ordenados. Por-tanto, e na concepo dos mais seletos servos do prprio

  • 64

    Sat, as pessoas que aderirem a esta nova forma de cristianismo no experimentaro da insuspeita f em Deus, pelo que continuaro perdidas em seus pecados e delitos.

    Mas no seria tudo isso imaginao deste escritor pessimista? Depende do real ponto de vista de quem est lendo essas linhas. Se s um legtimo cristo, fiel voz de Deus, crendo em sua Palavra e aceitando que j estamos vivendo nos tempos do fim , ento sers obri-gado a admitir que tudo o que tenho escrito acima no nem sobejo de nossa terrvel realidade. Mas se em contrapartida, no crs na Bblia como infalvel Palavra de Deus nem aceitas que estejamos vivendo a etapa final de nossa peregrinao como Igreja, ento podes passar para a lista dos que determinam que este escritor seja apenas mais um parlapato desinformado.

    Ou no conspiraram os Sbios de Sio para que a verdadeira f fosse substituda por uma filosofia mate-rialista e interesseira? No seria essa uma maneira eficaz de semear o joio no meio do trigo? Se assim , ento que espcie de fruto devemos esperar do cristianismo em um futuro prximo? Mas o amado Paulo bem nos alerta que essa atitude tomada pelas igrejas ocasionar a apostasia final que h de ser preponderante para a manifestao do Anticristo. De modo que todos os que se deixarem enlaar por essa nova mentalidade crist ho de cair no indolente sono e no atentaro para os mais lcidos si-nais do retorno majestoso de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

    H, porm, quem prefira imaginar que no estou sendo muito claro ao associar essa maquiada frieza espiritual de nossos dias a uma apostasia sem prece-

  • 65

    dentes e h muito gerenciada pelos Sbios de Sio com o objetivo de cegar os crentes e submet-los escravido. uma manobra de efeito domin, e quem for entendido o bastante entender o teor de minhas palavras. Mas para que outros no andem s apalpadelas, quero lem-brar que os nossos inimigos espirituais entendem per-feitamente que a diferena entre o remdio e o veneno est justamente na dose; o que eles sabem administrar com toda a pacincia do mundo. Por outro lado, com-preensvel que seja muito mais fcil detectar e corrigir uma grande falta do que abandonar uma dezena de pequenos defeitos.

  • 66

  • 67

    CAPTULO

    4 Avivamento Nunca Mais!

    No posso revelar-te, posso apenas dizer-te que mais srio do

    que possas imaginar. A conspirao que aqui se desenvolveu foi to perfeitamente imaginada que no h possibilidade de a monarquia e a igreja escaparem.

    Conde de Virieu: Abril de 1782

    omo foi planejado meticulosamente durante a conspirao dos Sbios de Sio h mais de duzentos anos, as monarquias europias desmoronaram. A

    derrocada das igrejas crists, por sua vez, pode ser uma mera questo de tempo. A mim, porm, foi dito que no devemos ser saudosistas, mas recordo que at o incio dos anos noventa o nosso cristianismo foi forte e a origem do seu vigor emanava unicamente da certeza do iminente regresso do Senhor Jesus para arrebatar a sua Igreja.

    Tnhamos uma viso celestial e compreendamos bem que a razo de nossa existncia como Igreja neste mundo estava vinculada apenas evangelizao das naes, j que era imperativo que todos os homens to-massem conhecimento do retorno do Cristo de Deus a fim de que se preparassem para o ditoso encontro.

    Nossas almas anelavam profundamente por esse dia e tal expectativa gerava em cada ser o desejo e a conscincia da santificao, condio sem a qual ningum

    C

  • 68

    pode se regozijar ante a apario do Rei. Os coraes palpitavam anelantes e em cada culto ou reunio que fizssemos era firme a convico de que a qualquer mo-mento a ltima trombeta seria ouvida em toda a Terra a recolher os escolhidos do Cordeiro. Para isso tnhamos um lema que qual bssola nos dava o Norte: Precisva-mos viver o dia de hoje como se Cristo voltasse ama-nh. Era muito srio e os pastores tinham o hbito de encerrar o culto com a seguinte observao:

    Se amanh no nos encontrarmos aqui neste mesmo horrio porque estaremos alm do Jordo!

    No se tratava de pueril imaginao. Ns realmente acreditvamos nisso. Acreditvamos, e aquela f to sin-gela e pura nos levava a viver uma vida de santificao e vigilncia, j que a iminncia do Seu regresso exigia que estivssemos de prontido, evitando qualquer laivo de culpa que pudesse macular as nossas vestimentas espi-rituais. As misses tambm estavam em alta. Alis, nunca houve um movimento missionrio to intenso e abran-gente quanto aquele que foi deflagrado no incio da d-cada de noventa, encabeado principalmente pelas As-semblias de Deus mentoras de um projeto que ficou co-nhecido como A dcada da colheita, e que teve como objetivo mximo a evangelizao de t