209
OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA VOLUME I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL Preparado para: Preparado por: TOTAL Moçambique, SARL Consultec – Consultores Associados, Lda. Dezembro 2016

O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE

COMBUSTÍVEL DA BEIRA

VOLUME I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Preparado para: Preparado por:

TOTAL Moçambique, SARL Consultec – Consultores Associados, Lda.

Dezembro 2016

Page 2: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental ii

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL

DA BEIRA

VOLUME I - PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

TOTAL Moçambique SARL

Av. Sociedade de Geografia

Edifício Maryah, 5º andar único

Baixa – Maputo, Moçambique

Telefone: (+258) 21 307 230/33

Consultec - Consultores Associados, Lda.

Rua Tenente General Oswaldo Tazama, n.º 169

Maputo, Moçambique

Telefone: +258-21-491-555

Fax: +258-21-491-578

Dezembro 2016

Page 3: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental iii

ÍNDICE GERAL

1  INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1 

1.1  ÂMBITO E OBJECTIVOS ........................................................................................................... 1 

1.2  IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE ........................................................................................... 3 

1.3  IDENTIFICAÇÃO DO CONSULTOR AMBIENTAL ............................................................................ 3 

1.4  EQUIPA TÉCNICA ................................................................................................................... 4 

1.5  ABORDAGEM E METODOLOGIA DE AIA .................................................................................... 4 

1.6  ESTRUTURA DO RELATÓRIO ................................................................................................... 6 

2  ENQUADRAMENTO LEGAL ....................................................................................................... 8 

2.1  ENQUADRAMENTO LEGAL DO SECTOR DE PRODUTOS PETROLÍFEROS ...................................... 8 

2.2  ENQUADRAMENTO LEGAL AMBIENTAL ..................................................................................... 9 

2.3  ACORDOS INTERNACIONAIS RELEVANTES ............................................................................. 14 

2.4  PLANOS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL ............................................................................. 17 

3  JUSTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DO PROJECTO .................................................................... 18 

3.1  ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE ........................................................................................ 18 

3.2  DEFINIÇÃO DA ACTIVIDADE ................................................................................................... 18 

3.3  JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO ............................................................................................... 19 

3.4  LOCALIZAÇÃO DO TERMINAL ................................................................................................. 19 

3.5  INFRA-ESTRUTURAS EXISTENTES .......................................................................................... 20 

3.6  ENERGIA E PRODUTOS ......................................................................................................... 22 

3.7  REQUISITOS DE MÃO-DE-OBRA ............................................................................................. 23 

3.8  DESCRIÇÃO DAS OPERAÇÕES E PROCEDIMENTOS ................................................................. 23 

3.9  DIREITO DO USO E APROVEITAMENTO DE TERRA (DUAT) ...................................................... 29 

3.10  VALOR DE INVESTIMENTO/PATRIMONIAL ................................................................................ 29 

4  CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE REFERÊNCIA ......................................................... 30 

4.1  DEFINIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ..................................................................................... 30 

4.2  CLIMA ................................................................................................................................. 31 

4.3  GEOLOGIA ........................................................................................................................... 34 

4.4  SOLOS ................................................................................................................................ 36 

4.5  HIDROLOGIA SUPERFICIAL .................................................................................................... 38 

4.6  CAMPANHA DE MONITORIZAÇÃO ........................................................................................... 41 

Page 4: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental iv

4.7  HIDROGEOLOGIA .................................................................................................................. 41 

4.8  QUALIDADE DO AR ............................................................................................................... 43 

4.9  AMBIENTE SONORO ............................................................................................................. 48 

4.10  AMBIENTE BIÓTICO ............................................................................................................... 50 

4.11  AMBIENTE SOCIOECONÓMICO ............................................................................................... 55 

5  IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS ......................... 66 

5.1  METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS ......................................................................... 66 

5.2  POTENCIAIS IMPACTOS NA GEOLOGIA ................................................................................... 69 

5.3  POTENCIAIS IMPACTOS NOS SOLOS ...................................................................................... 69 

5.4  POTENCIAIS IMPACTOS NA HIDROLOGIA ................................................................................ 70 

5.5  POTENCIAIS IMPACTOS NA QUALIDADE DO AR ........................................................................ 74 

5.6  POTENCIAIS IMPACTOS NO AMBIENTE SONORO ..................................................................... 76 

5.7  POTENCIAIS IMPACTOS NO AMBIENTE BIÓTICO ...................................................................... 77 

5.8  POTENCIAIS IMPACTOS NO MEIO SÓCIO-ECONÓMICO ............................................................ 81 

6  AUDITORIA AMBIENTAL .......................................................................................................... 89 

7  IMPLEMENTAÇÃO DO PGA ..................................................................................................... 90 

7.1  OBJECTIVOS DE GESTÃO AMBIENTAL .................................................................................... 90 

7.2  ESTRUTURAS DE GESTÃO .................................................................................................... 90 

7.3  FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES ........................................................................................ 91 

7.4  PROCEDIMENTOS DE IMPLEMENTAÇÃO E MONITORIZAÇÃO .................................................... 92 

7.5  REGISTOS E RELATÓRIOS AMBIENTAIS ................................................................................. 94 

8  MEDIDAS DE GESTÃO AMBIENTAL ....................................................................................... 95 

9  PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL .............................................................................103 

9.1  PROGRAMA DE GESTÃO DE EFLUENTES ..............................................................................103 

9.2  PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS ................................................................................107 

9.3  PROGRAMA DE GESTÃO DO MANUSEAMENTO E ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL ..............113 

9.4  PROGRAMA DE SENSIBILIZAÇÃO E TREINAMENTO EM AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA ........117 

9.5  PLANO DE EMERGÊNCIA .....................................................................................................118 

10  CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ..................................................................................120 

11  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................122 

Page 5: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental v

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Segmentos de actividade do sector petrolífero ............................................................... 18 

Figura 2 - Localização Geral do Terminal da Total na Beira ............................................................ 20 

Figura 3 - Planta de Implantação do Terminal da Total .................................................................... 21 

Figura 4 – Pluviosidade e temperatura média mensal na cidade da Beira (INAM, Adaptado) ........ 31 

Figura 5 – Distribuição da Velocidade do vento anual na região da Beira(INAM, Adaptado). ......... 32 

Figura 6 – Distribuição da direcção do vento entre 2010-2015, na região da Beira (NOAA,2016) . 32 

Figura 7 – Zonas de Risco de Ciclone: Número de Ciclones Tropicais entre 1970 e 2000 ............. 33 

Figura 8 – Hipsometria da região enquadrante ................................................................................. 34 

Figura 9 – Enquadramento Geológico .............................................................................................. 35 

Figura 10 – Tipologia de Solos .......................................................................................................... 36 

Figura 11 – Principais bacias hidrográficas enquadrantes da área em estudo ................................ 39 

Figura 12 – Hidrologia Superficial na área de inserção do projecto. ................................................ 40 

Figura 13 - Excerto da Carta Hidrogeológica de Moçambique (escala original: 1:1000000).

Sistemas Aquíferos ........................................................................................................................... 42 

Figura 14 – Localização dos pontos de amostragem ....................................................................... 45 

Figura 15 – Localização dos Pontos de medição de Ruido exterior ................................................. 49 

Figura 16 – Habitats na envolvente da área do projecto, numa envolvente de 500 m. .................... 51 

Figura 17 – Usos de solo existentes na área em estudo .................................................................. 65 

Figura 18 – Transporte de contaminantes nos poros do solos com diminuição das ........................ 71 

Figura 19 – Perfil da contaminação no solo e na água subterrânea por contaminantes do tipo

LNAPL ............................................................................................................................................... 73 

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Contactos do Proponente .................................................................................................. 3 

Tabela 2 - Contactos da Consultec ..................................................................................................... 3 

Tabela 3 – Equipa Técnica Responsável pelo PGA ........................................................................... 4 

Tabela 4 - Estrutura do Relatório do PGA .......................................................................................... 7 

Tabela 5 – Legislação Nacional Ambiental Chave ............................................................................ 10 

Tabela 6 – Acordos Internacionais Relevantes ................................................................................. 14 

Tabela 7 – Características dos tanques ............................................................................................ 20 

Page 6: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental vi

Tabela 8 – Procedimentos de Segurança ......................................................................................... 23 

Tabela 9 – Procedimentos Recepção de Produtos ........................................................................... 25 

Tabela 10 – Procedimentos de Armazenamento .............................................................................. 25 

Tabela 11 – Procedimentos de Armazenamento .............................................................................. 26 

Tabela 12 – Sistemas de Protecção ................................................................................................. 27 

Tabela 13 – Manutenção e Inspecção dos Equipamentos ............................................................... 28 

Tabela 14 – Parâmetros a monitorizar .............................................................................................. 41 

Tabela 14 - Principais características do Sistema aquífero existente na área em estudo ............... 42 

Tabela 15 – Locais de monitorização no perímetro da instalação .................................................... 44 

Tabela 16 – Resultados referentes a Compostos Orgânicos BTEX ................................................. 45 

Tabela 17 – Resultados referentes a Compostos orgânicos não-halogenados ............................... 46 

Tabela 18 – Resultados referentes a Compostos orgânicos aromáticos. ........................................ 46 

Tabela 19 – Resultados referentes aos Compostos Orgânicos de hidrocarbonetos de Petróleo. ... 46 

Tabela 20 – Localização dos pontos de medição de ruído ambiental .............................................. 48 

Tabela 21 – Sonometrias de ruido no exterior do Terminal de combustível. ................................... 49 

Tabela 22 - Espécies de plantas com interesse especial de conservação na província de Sofala . 53 

Tabela 23 – Projecção da população para 2016 por géneros .......................................................... 56 

Tabela 24 – Crescimento populacional ............................................................................................. 57 

Tabela 25 - Situação do sector de saúde na cidade da Beira no período 2011 ............................... 58 

Tabela 26 – Estabelecimentos de ensino na Cidade da Beira (INE, 2012) ...................................... 59 

Tabela 27 – Origem da água na cidade da Beira em 2007 .............................................................. 61 

Tabela 28 – Principais fontes de energia na cidade da Beira em 2007 ........................................... 61 

Tabela 29 – Saneamento na Cidade da Beira .................................................................................. 61 

Tabela 30 - Critérios usados na determinação da consequência do impacto .................................. 66 

Tabela 31 - Método empregue para determinar a pontuação da consequência .............................. 66 

Tabela 32 - Classificação da probabilidade ...................................................................................... 67 

Tabela 33 - Classificação da significância do impacto...................................................................... 67 

Tabela 34 - Natureza do impacto e classificação da confiança ........................................................ 67 

Tabela 35 - Tipos de impacto ............................................................................................................ 67 

Tabela 36 - Definição da significância dos impactos ........................................................................ 69 

Page 7: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental vii

Tabela 37 – Resumo do potenciais impactos ................................................................................... 83 

Tabela 38 - Responsabilidades na Operação do Terminal da Total da Matola ................................ 90 

Tabela 39 - Medidas de Gestão Ambiental ....................................................................................... 96 

Tabela 40 – Medidas de Controle e Mitigação Ambiental, Descrição e a Calendarização da

Implementação – Programa de Gestão de Efluentes .....................................................................103 

Tabela 41 – Medidas de Acompanhamento e Monitorização, Descrição e calendarização da

implementação – Programa de Gestão de Efluentes .....................................................................104 

Tabela 42– Medidas Correctivas Ambientais, Descrição e Calendarização da Implementação –

Programa de Gestão de Efluentes ..................................................................................................106 

Tabela 43 – Registo Documental ....................................................................................................107 

Tabela 44 – Categorização e classificação dos diferentes tipos de resíduos. Tipo de resíduos ...108 

Tabela 45 – Acções de Controlo e Mitigação Ambiental, descrição e cronograma de

implementação do Programa de Gestão de Resíduos ...................................................................108 

Tabela 46 - Acções Correctivas, descrição e plano de implementação – Programa de Gestão de

Resíduos. ........................................................................................................................................111 

Tabela 47 – Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou periódica, descrição e

cronograma de implementação .......................................................................................................112 

Tabela 48 – Acções de Controlo Ambiental, descrição e cronograma de implementação –

Programa de Gestão do Manuseamento e Abastecimento de Combustível. .................................114 

Tabela 49 – Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou periódica, descrição e

cronograma de implementação – Programa de Gestão do Abastecimento de Combustível .........115 

Tabela 50 – Acções correctivas, descrição e cronograma de implementação do Programa de

Gestão do Abastecimento de Combustível .....................................................................................116 

Tabela 51 – Documentos Programa de Gestão do Abastecimento de Combustível. ....................117 

Tabela 52 – Acções de sensibilização, descrição e cronograma de implementação .....................117 

Tabela 53 – Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou periódica, descrição e

cronograma de implementação .......................................................................................................118 

Tabela 54 – Documentos Programa de Gestão do Abastecimento de Combustível. ....................118 

ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 1 – Exemplos de fauna na área do Terminal. .................................................................. 54 

Page 8: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental viii

ÍNDICE DE ANEXOS

ANEXO I – Cópia do Registo da Consultec como Consultor de AIA

ANEXO II – Processo de Categorização das Actividades do Projecto

ANEXO III – Plano de Emergência Interno

ANEXO IV – Plano de Monitorização e Controlo de Efluentes (Interno)

LISTA DE ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS

AIA Avaliação de Impacto Ambiental

DNAB Direcção Nacional do Ambiental

DPTADER Direcção Provincial da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural

MITADER Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural

MPDC Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo

EDM Electricidade de Moçambique

EAS Estudo Ambiental Simplificado

EIA Estudo de Impacto Ambiental

FIPAG Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água

GPL Gases de Petróleo Liquefeitos

PGA Plano de Gestão Ambiental

Page 9: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 1

1 Introdução

1.1 Âmbito e Objectivos

A Total Moçambique SARL (TOTAL) encontra-se em Moçambique desde 1991 e opera, na Beira,

Província de Sofala, desde essa data um Terminal de Armazenamento, Manuseamento e

Distribuição de Combustível (Terminal da Total). O Terminal da Total possui 8 tanques de

armazenamento, sendo o mais antigo construído em 1952 e o mais recente foi construído em

2015. As operações no Terminal da Beira operadas pela Total tiveram início antes da entrada em

vigor do Regulamento do Processo de Avaliação de Impacto Ambiental (Decreto nº. 45/2004, de

29 de Setembro), entretanto revogado pelo decreto 54/2015 de 31 de Dezembro.

Em conformidade com o solicitado pelo Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural

(MITADER), a TOTAL pretende licenciar a operação do Terminal de Armazenamento,

Manuseamento e Distribuição de Combustível da Beira. Neste âmbito, a Consultec - Consultores

Associados, Lda (Consultec), foi contratada pela TOTAL para desenvolver o processo de

Avaliação de Impacto Ambiental deste Terminal. A Consultec é um consultor ambiental

independente registado no Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER)

(ver registo no Anexo I).

De acordo com o Regulamento de AIA, o primeiro passo no processo de AIA de qualquer projecto

é a Fase de Instrução do Processo. Esta fase já teve lugar, tendo a Total submetido um relatório

contendo as informações básicas sobre o projecto à DPTADER da Beira para apreciação e

definição do tipo de avaliação ambiental necessária. Como resultado desta fase, o projecto foi

classificado como de Categoria C (Ref. 1002/MITADER/DINAB/GDN/183/16) uma vez que o

Terminal já se encontra em operação há bastante tempo e os seus impactos são conhecidos.

Deste modo, foi solicitado a realização de uma Auditoria Ambiental Privada, para avaliar o

desempenho ambiental das actividades, bem como a elaboração do respectivo Plano de Gestão

Ambiental, para atribuir responsabilidades relativamente à implementação das medidas de

mitigação propostas e para assegurar a sua implementação. Foi ainda deliberado que para avaliar

o sentimento/satisfação das comunidades e outros sectores abrangidos pelo empreendimento

deveria ser realizada uma reunião de consulta pública nos termos da respectiva legislação.

O presente documento diz assim respeito ao Plano de Gestão Ambiental (PGA) para a Operação

do Terminal de Armazenamento, Manuseamento e Distribuição de Combustível (Terminal da

Total), Volume I, encontrando-se os relatórios de monitorização no Volume II que constituem parte

integrante do presente processo de licenciamento ambiental.

O PGA corresponde a um documento de compromisso do proponente, perante as partes

interessadas e afectadas (PI&As), que define as boas práticas, os padrões de qualidade, e as

medidas e cuidados ambientais que serão observados para uma gestão ambientalmente

responsável e sustentável. Deste modo, o PGA assegura o cumprimento de todos os requisitos

aplicáveis e padrões estabelecidos na legislação em vigor na República de Moçambique, em

matéria de Ambiente, em particular o Decreto nº 54/2015, de 31 de Dezembro (Regulamento

Page 10: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 2

sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental), que recentemente revogou o anterior

regulamento do Decreto nº 45/2004. Acresce que, na ausência de padrões e procedimentos na

legislação nacional, no PGA são indicadas as melhores práticas internacionais.

Pretende-se que as acções/medidas apresentadas no presente PGA sejam práticas, de simples

implementação e adequadas à tipologia das actividades envolvidas no Terminal da Total. Estas

medidas têm por objectivo evitar ou minimizar os impactos negativos decorrentes da actividade e

optimizar os impactos positivos.

O principal objectivo do presente PGA é definir as acções ambientais a serem implementadas para

uma gestão ambientalmente responsável e sustentável da operação do Terminal, de modo a:

Gerir e minimizar efeitos ambientais e sociais potencialmente adversos;

Maximizar ou potenciar benefícios ambientais e sociais;

Garantir eficiente alocação de responsabilidades e recursos apropriados para a

implementação do plano.

Para o prosseguimento deste objectivo principal, o presente relatório foi desenvolvido de modo a

cumprir os seguintes objectivos secundários:

Interpretar e descrever as soluções de engenharia do Terminal;

Identificar e avaliar os impactos das actividades previstas no âmbito da operação do

Terminal;

Desenvolver os diferentes programas de gestão ambiental a serem implementados;

Desenvolver o Plano de Resposta à Emergências para a operação do Terminal.

O presente PGA inclui, para o enquadramento da actividade, a descrição das actividades

desenvolvidas, a caracterização da situação de referência e a avaliação dos potenciais impactos

ambientais. Com base nesta informação, são descritas as acções/medidas consideradas

adequadas e definidas as estratégias para a sua implementação. Estas foram estruturadas nos

seguintes programas temáticos:

Programa de Gestão de Afluentes;

Programa de Gestão da Qualidade do Ar;

Plano de Limpeza e Manutenção;

Programa de Gestão do Meio Socioeconómico - Comunicação Social

Programa de Sensibilização e Treinamento em Ambiente, Saúde e Segurança

Plano de Emergências

Este PGA foi definido com base na experiência que a Equipa Técnica tem acumulado na execução

de trabalhos semelhantes e o conhecimento que os seus elementos detêm do país e da região.

Salienta-se que no âmbito da elaboração do presente PGA, foi efectuada uma visita técnica ao

Terminal em avaliação a 18 de Abril de 2016 tendo como objectivo, fundamentalmente, validar a

informação bibliográfica recolhida, bem como obter um conhecimento mais detalhado do local,

tendo em vista a máxima adequação possível das medidas a propor no PGA.

Page 11: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 3

1.2 Identificação do Proponente

O Proponente deste Terminal é a TOTAL, Moçambique SARL (TOTAL) cujos contactos são

fornecidos na Tabela 1. A TOTAL S.A. é uma empresa multinacional francesa, criada em 1924, no

sector do petróleo e gás. É a 5ª maior empresa a nível global neste sector, com áreas de negócio

em toda a cadeia do petróleo desde a exploração à geração de energia, transporte, refinaria e

comercialização de produtos. A Total está sediada em Paris e opera em mais de 130 países,

empregando mais de 100 mil trabalhadores.

Em Moçambique, a TOTAL está presente desde 1991, com 40 Postos de Abastecimento e

empregando mais de 90 pessoas. A TOTAL Moçambique, SARL, é uma sociedade de direito

moçambicano que opera como operador de comércio externo (importador) de combustíveis e

óleos lubrificantes nos termos do Regulamento de Licenciamento da Actividade Comercial,

aprovado pelo Decreta n° 34/2013, de 02 de Agosto. Comercializa serviços de distribuição e

revenda de combustíveis e lubrificantes.

Tabela 1 - Contactos do Proponente

Proponente do Projecto Total Moçambique SARL

Endereço Av. Sociedade de Geografia

Edifício Maryah, 5º (andar único)

Baixa Maputo

NUIT

Pessoa de Contacto

400007292

Moustapha Diouf

E-mail

Contacto

[email protected]

+258 21307230/33

1.3 Identificação do Consultor Ambiental

A Consultec – Consultores Associados, Lda. (Consultec) é uma empresa moçambicana de

consultoria, privada, profissional, independente, constituída em 1990. A Consultec tem por objecto

social a prestação de serviços de consultoria diversa, nos vários domínios da engenharia e da

área ambiental, estando registada no Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural,

desde 2002, bem como Auditor Ambiental.

A CONSULTEC possui um Sistema de Gestão de Qualidade certificado pelo INNOQ (Instituto

Nacional de Normalização e Qualidade), de acordo com NM ISO 9001:2008.

Tabela 2 - Contactos da Consultec

Consultor do Projecto CONSULTEC - Consultores Associados, Lda

Endereço Rua Tenente General Oswaldo Tazama, 169

Maputo, Moçambique

Pessoa de Contacto Tiago Dray

Número de Contacto + 258 21 491 555

E-mail [email protected]

Page 12: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 4

1.4 Equipa Técnica

A Consultec é um Consultor de Avaliação de Impacto Ambiental registado no MITADER (ver

Anexo I). A equipa técnica da Consultec responsável pela elaboração do presente PGA é

apresentada na Tabela abaixo.

Tabela 3 – Equipa Técnica Responsável pelo PGA

Nome Função

Tiago Dray Director do Projecto

Susana Paisana Coordenação do Plano de Gestão Ambiental

Especialista em Geologia e Geomorfologia, Solos e hidrologia

Marta Henriques Assistente de Coordenação

Especialista em Ecologia, Análise de Risco e Resíduos

Miguel Barra Especialista em Clima e Meteorologia, Qualidade do Ar e Ruído

Rafael Noronha Especialista em Socioeconomia

Abel Sousa Dias Técnico de Campo

Julieta Jetimane Especialista em SIG

1.5 Abordagem e Metodologia de AIA

A AIA é uma obrigação legal estabelecida na Lei do Ambiente de Moçambique (Lei nº. 20/97, de 1

de Outubro). O processo geral de AIA é regulado pelo Regulamento de AIA- Decreto nº. 54/2015

de 31 de Dezembro.

Os regulamentos de AIA demonstram a importância dada à participação pública como parte do

processo de AIA. A participação pública encontra-se detalhada nas directrizes do processo de

participação pública (PPP) no Decreto nº. 130/2006, de 19 de Julho.

Este item descreve sucintamente o processo de AIA do presente projecto e cumpre com os

requisitos da legislação de Moçambique aplicáveis ao ambiente e orienta-se pelas directrizes

internacionais relevantes, conforme descrito em capítulo próprio.

Os passos seguidos em cada uma das fases são abordados com detalhe nos pontos seguintes.

1.5.1 Fase de pré-avaliação e/ou pré-selecção

O primeiro passo do processo de AIA é a fase de pré avaliação. Durante esta fase, é submetido ao

MITADER um relatório de Instrução de Processo, com o objectivo de definir o nível de avaliação

ambiental requerido. O relatório de Instrução de Processo contém informações sobre o projecto

proposto e uma descrição do contexto biofísico e sócio-económico da região. Ao relatório de

Instrução de Processo é anexado um Formulário de Informação Ambiental Preliminar.

O relatório de Instrução de Processo e o Formulário de Informação Ambiental Preliminar foram

submetidos à DPTADER Beira. Nesta fase foi já realizada uma 1ª visita ao local com os técnicos

da DPTADR da Beira a 15 de Abril de 2016 tendo-se abordado temas relacionados com as

actividades do Projecto.

Page 13: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 5

Posteriormente a 15 de Abril de 2016 as operações do projecto formalmente classificadas como

de Categoria A (Ref. 361 / DGA.

No seguimento desta categorização a Consultec solicitou à DINAB uma revisão da categorização

do processo tendo em conta que o Terminal já se encontra em operação há bastante tempo e os

seus impactos são conhecidos, não havendo necessidade de se realizar um EAS uma vez que o

seu objectivo é precisamente antever e avaliar os principais impactos (biofísicos e sócio-

económicos) negativos e positivos que possam ocorrer na implantação ou operação da actividade.

A DINAB reviu o Processo (Ref. 1002 / MITADER / DINAB /GDN /183/16) e solicitou a realização

de uma Auditoria Ambiental Privada, para avaliar o desempenho ambiental das actividades, bem

como a elaboração do respectivo Plano de Gestão Ambiental, para atribuir responsabilidades

relativamente à implementação das medidas de mitigação proposta e para assegurar a sua

implementação.

Foi ainda deliberado avaliar o sentimento/satisfação das comunidades e outros sectores

abrangidos pelo empreendimento através da realização de uma reunião de consulta pública nos

termos da respectiva legislação.

Toda a documentação relativa à categorização e revisão da Instrução do Processo encontra-se no

Anexo II.

1.5.2 Auditoria Ambiental

Conforme referido, o MITADER solicitou que realizasse uma Auditoria Ambiental ao Terminal da

Beira com o intuito de determinar se existe impacto das operações em curso no meio ambiente,

sendo o resultado desta auditoria fonte de informação para a elaboração do Plano de Gestão

Ambiental, adaptado à realidade do terreno e aos métodos de trabalho hoje existentes. Para o

efeito, foram obtidos dados primários através da realização de campanhas de amostragem para

posterior análise laboratorial no que respeita à Qualidade do Ar e Ruído em Ambiente de Trabalho.

A nível das águas subterrâneas foram considerados os dados que a monitorização periódica

realizada pela Toral nos piezómetros existentes.

1.5.3 Elaboração do Plano de Gestão Ambiental

O PGA visa assegurar a conformidade do projecto com os requisitos legais nacionais aplicáveis

em matéria ambiental e social, bem como com as políticas ambientais e sociais do Banco Mundial

(OP 4.01 Anexo C). O PGA também ajuda a descrever as medidas de mitigação e compensação,

os programas de acompanhamento e a consulta e requisitos institucionais, de modo a prevenir,

minimizar, atenuar ou compensar os impactos ambientais e sociais negativos, ou aumentar os

impactos positivos do projecto. O PGA apresenta também as necessidades de fortalecimento

institucional para melhorar as capacidades de gestão ambiental e social, se e quando necessário.

As Partes Interessadas e Afectadas (PI&As), autoridades e instituições relevantes, líderes

comunitários e ONGs serão consultados e as suas preocupações serão incorporadas no PGA.

O presente PGA inclui os seguintes componentes:

Page 14: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 6

Identificação e avaliação dos impactos ambientais e sociais.

Descrição das actividades do projecto e as principais componentes ambientais e sociais que

podem ser afectadas positiva ou negativamente pelas operações do projecto. Normalmente as

informações são resumidas a partir do relatório do EIA ou EAS que cobre estas questões em

detalhe. No presente projecto por ausência de estudos de detalhe associados, foi elaborada uma

avaliação dos impactos ambientais e sócio-económicos das operações efectuadas e foram

integradas as conclusões provenientes do processo de auditoria conduzido.

Medidas de mitigação

Foram igualmente identificadas as medidas de gestão (prevenção, mitigação, compensação e

desenvolvimento) para garantir que as operações do projecto se realizem (ou continuem a

realizar-se) de uma forma sustentável a nível social. Da mesma forma que a avaliação de

impactos, as medidas de gestão serão discutidas com as partes interessadas. Todas as medidas

propostas irão cobrir considerações de longo, curto e médio prazo. Estas serão resumidas numa

tabela para ilustrar as questões do projecto, bem como os impactos residuais.

Programa de Gestão Ambiental

Irá assegurar que as medidas de mitigação e de desenvolvimento são implementadas na actual

fase de operação. Irá também ajudar a verificar e a reportar a eficácia dessas medidas e se estas

foram modificadas, interrompidas ou substituídas, caso os resultados esperados não sejam

satisfatórios, bem como detectar e lidar com as consequências imprevisíveis.

Serão propostas medidas para apoiar as autoridades, cujas capacidades são insuficientes para

satisfazer as suas obrigações. Este apoio virá na forma de vários mecanismos, tais como suporte

técnico, treinamento e / ou aquisição de material.

Plano de Resposta à Emergência.

Este plano irá abranger todos os componentes do projecto tendo em conta os riscos ambientais

associados com a sua presença e operação (derrames de petróleo, risco de incêndio, etc.).

Cronograma de implementação.

O PGA irá incluir uma programação que terá em conta as actividades necessárias para

implementar as medidas de desenvolvimento e de mitigação propostas, o programa de

acompanhamento, as consultas e o fortalecimento institucional.

1.6 Estrutura do Relatório

O presente PGA é estruturado nos seguintes capítulos descritos na Tabela 4.

Page 15: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 7

Tabela 4 - Estrutura do Relatório do PGA

Capítulo Descrição

Capítulo 1 Introdução

Apresenta o âmbito e os objectivos do PGA e descreve o contexto e estrutura do PGA.

Capítulo 2 Enquadramento Legal

Enumera e descreve brevemente a aplicabilidade dos requisitos da legislação nacional relevante, dos acordos e convenções internacionais.

Capítulo 3 Justificação e Descrição do Projecto

Neste ponto serão apresentados os principais elementos do Terminal, a justificativa e enquadramento do Terminal, a sua localização e principais actividades.

Capítulo 4 Caracterização da Situação de Referência

A caracterização da situação de referência constitui um aspecto indispensável por proporcionar uma base para a avaliação dos impactos. Prevê-se que seja necessária uma monitorização das condições ambientais e avaliação de algumas especialidades através de recolha de dados de campo, sendo ainda complementada através de pesquisa de gabinete.

Capítulo 5 Identificação e Avaliação de Impactos

Com base na experiência da equipa técnica envolvida na elaboração dos PGAs, na descrição da situação ambiental de referência da área e das actividades a serem realizadas, serão identificados, descritos e avaliados os principais impactos ambientais expectáveis.

Capitulo 6 Resultados da Auditoria Ambiental

Síntese dos resultados obtidos na amostragem realizada. Indicação das principais medidas e recomendações.

Capítulo 7

Implementação do PGA

Indica a estrutura de gestão para a implementação do PGA, enumera os papéis e responsabilidades dos principais actores e descreve os procedimentos para a implementação e monitorização dos requisitos de gestão ambiental.

Capítulo 8 Medidas de Gestão Ambiental

Apresenta as medidas de gestão que devem, no mínimo, ser implementadas durante a operação do Terminal.

Capítulo 9 Programas de Gestão Ambiental

Apresenta os programas de gestão ambiental propostos, através da actualização dos programas integrados no PGA geral do Terminal e a proposta de programas adicionais

Capítulo 10 Conclusões e Recomendações

Apresenta as conclusões do estudo e as principais recomendações a ter em conta.

Capítulo 11 Referências

Lista de referência bibliográficas utilizadas na preparação do plano.

Page 16: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 8

2 Enquadramento Legal

No presente capítulo apresenta-se uma breve descrição do enquadramento legal e administrativo

com relevância para a análise do Terminal em estudo. O presente capítulo divide-se assim nos

seguintes subcapítulos:

Enquadramento Legal do Sector de Produtos Petrolíferos – onde se referem as

instituições governamentais com competências sobre o Terminal e a principal legislação

relacionada;

Enquadramento Legal Ambiental – onde se descrevem sumariamente os principais

diplomas legais com relevância para a análise ambiental do Terminal;

Acordos Internacionais Relevantes – onde se descrevem sumariamente as convenções

internacionais ratificadas por Moçambique com relevância para o Terminal;

Directrizes Internacionais de AIA – onde se referem as directrizes e normas

internacionais de boa prática de AIA, que serão consideradas no desenvolvimento do

processo de AIA.

2.1 Enquadramento Legal do Sector de Produtos Petrolíferos

O Conselho de Ministros aprovou, através do Decreto n.º 45/2012, 28 de Dezembro, o regime a

que ficam sujeitas as actividades de produção, importação, recepção, armazenamento,

manuseamento, distribuição, comercialização, transporte, exportação e reexportação de produtos

petrolíferos.

Embora, em larga medida, se reproduza o anterior regime de licenciamento das actividades,

cumpre destacar a introdução de alterações de bastante relevo, especialmente em matéria de: i)

transferência de instalações petrolíferas, ii) preservação de reservas permanentes de produtos

petrolíferos no país, iii) abastecimento das plataformas, navios e demais equipamentos de

prospecção, pesquisa e produção de recursos naturais em actividade no território nacional e, iv)

obrigações de reporte em situações diversas susceptíveis de ameaçar a segurança de

abastecimento e/ou o funcionamento das instalações. Foi assim revogado o regime até aqui

vigente, aprovado pelo Decreto n.º 63/2006, de 26 de Dezembro.

Continuam em vigor o Regulamento de Segurança das Instalações de Armazenagem e

Tratamento Industrial de Petróleos Brutos, Seus Derivados e Resíduos, nos termos da Portaria

18.262 de 11 de Fevereiro de 1961 e as Normas para a Construção e Instalação de Postos de

Abastecimento de Combustíveis Junto das Estradas, aprovadas pela Portaria n.° 12.672 de 19 de

Setembro de 1958 (existindo já uma nova proposta para actualização deste regulamento).

Importa referir que o enquadramento legal deste sector tem como principais objectivos:

A problemática de Segurança em volta das Instalações Petrolíferas, incluindo oleodutos de

recepção e expedição de produtos petrolíferos existentes no País;

Page 17: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 9

Perdas que resultantes de furtos, roubos e violação de equipamentos e tanques adstritos

as operações petrolíferas;

Elevado risco que representa a violação ilícita dos equipamentos da qual poderão resultar

danos de grandes proporções como é o caso das contaminações aos solos, incêndios e

explosões.

Deste modo existe todo um quadro legal sobre a transferência de produtos petrolíferos entre

quaisquer instalações petrolíferas, incluindo veículos cisterna e o enchimento de qualquer

recipiente, que deve ser executada com estrita observância das normas técnicas e de segurança,

devendo ser imediatamente suspensa caso se considere ou se detecte a iminência de ocorrência

de uma situação que perigue a segurança das pessoas, do meio ambiente ou dos próprios

equipamentos, ou a contaminação do próprio produto (Artº19, nº4, DL 45/2012). Igualmente, a

armazenagem de produtos petrolíferos em trânsito, com especificações diferentes das que

vigoram no país, deve ser efectuada em instalações que permitam a segregação em relação aos

produtos para o mercado nacional, e não deve prejudicar a disponibilidade de armazenagem para

atender às necessidades do mercado local (Artº19, nº5, DL 45/2012).

2.2 Enquadramento Legal Ambiental

O processo de AIA deve ter em conta os requisitos da legislação de Moçambique, não só no que

diz respeito à regulamentação própria do processo de AIA, mas também toda a legislação

aplicável às várias componentes ambientais (biofísicas e socioeconómicas) que possam ser

interferidas pelo Terminal ao longo do seu ciclo de vida (construção, operação e desactivação).

Este capítulo proporciona uma breve visão geral da legislação aplicável ao Terminal em avaliação.

A Constituição da República de Moçambique define o direito de todos os cidadãos a um meio

ambiente equilibrado e o dever de protegê-lo (Art.º 72). Além disso, exige-se que o Estado

garanta: (i) a promoção de iniciativas para garantir o equilíbrio e conservação ambientais, e (ii) a

implementação de políticas para prevenir e controlar a poluição e integrar as preocupações

ambientais em todas as políticas sectoriais, de modo a garantir aos cidadãos o direito a viver num

ambiente equilibrado, apoiado pelo desenvolvimento sustentável (Art.º 117).

O Processo de AIA é enquadrado e gerido pelos seguintes instrumentos e regulamentos:

A Política Nacional do Ambiente, Resolução n.º 5/95, de 6 de Dezembro, e a Lei Quadro

do Ambiente, Lei n.º 20/97, de 1 de Outubro;

O Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental, n.º 54/2015, de 31

de Dezembro;

Directiva Geral para a Elaboração de Estudos do Impacto Ambiental, Diploma Ministerial

n.º 129/2006, de 19 de Julho;

Directiva Geral para o Processo de Participação Pública no processo de Avaliação do

Impacto Ambiental, Diploma Ministerial n.º130/2006, de 19 de Julho;

Regulamento sobre o Processo de Auditoria Ambiental, Decreto n.º 25/2011, de 15 de

Junho;

Page 18: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 10

Regulamento sobre a Inspecção Ambiental, Decreto nº. 11/2006, de 15 de Junho.

Para além da legislação específica de AIA, considerando as características do Terminal em

análise e o seu local de implantação, podem ser também relevantes os seguintes diplomas e

regulamentos:

A Política Nacional de Águas, Resolução n.º 46/2007, de 30 de Outubro, e a Lei das

Águas, Lei n.º 16/91, de 3 de Agosto;

Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes, Decreto

nº. 18/2004, de 2 de Junho (com a redacção que lhe é dada pelo Decreto nº. 67/2010, de

31 de Dezembro);

Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, Decreto n.º 94/2014, de 31

de Dezembro e Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Perigosos, Decreto n.º

83/2014, de 31 de Dezembro;

Lei de Terras, Lei n.º 19/1997, de 1 de Outubro, e seu Regulamento, Decreto n.º 66/98, de

8 de Dezembro;

Lei de Ordenamento do Território, Lei n.° 19/2007, de 18 de Julho, e seu Regulamento,

Decreto n.º 23/2008, de 1 de Julho.

Regulamento para Prevenção da Poluição e Protecção do Ambiente Marinho e Costeiro,

Decreto-Lei 45/2006 de 30 de Novembro.

Estes diplomas são examinados com brevidade na tabela seguinte, no que concerne à sua

relevância e aplicabilidade ao projecto. Ao se consultar a legislação, a sua conectividade precisa

de ser considerada. O mesmo decreto pode ser relevante quando se analisam questões

diferentes, por exemplo, a Lei do Ambiente deve ser considerada tanto na conservação da

biodiversidade como na gestão de resíduos.

Tabela 5 – Legislação Nacional Ambiental Chave

Legislação  Descrição  Relevância para o Terminal ou Processo de AIA 

AVALIAÇÃO AMBIENTAL 

Resolução n.º 5/95 – Política Nacional do Ambiente 

Estabelece a base de toda a legislação ambiental. De acordo com o Artigo 2.1, o objectivo principal desta política é garantir o desenvolvimento sustentável a fim de manter um equilíbrio aceitável entre o desenvolvimento socioeconómico e a protecção ambiental. Para alcançar o objectivo acima mencionado, esta política deve garantir, entre outras exigências, a gestão dos recursos naturais do país, e do meio ambiente em geral, a fim de preservar a sua capacidade funcional e produtiva para as gerações presentes e futuras. 

O Operador deve levar em consideração na operação do terminal o princípio geral de desenvolvimento sustentável defendido na Política Nacional do Ambiente. 

Lei n.º 20/97 – Lei do Ambiente 

Define a base jurídica para a boa utilização e gestão do ambiente para o desenvolvimento sustentável do país. O Direito Ambiental aplica-se a todas as actividades públicas e privadas que, directa ou indirectamente, afectam o meio ambiente. O Art.º 9 recomenda que o Governo estabeleça padrões de qualidade ambiental. 

n/a – a Lei do Ambiente é uma lei quadro que define as bases a serem seguidas pelas leis regulamentadoras, que se descrevem abaixo. 

Decreto n.º 54/2015 - Estabelece que um dos instrumentos fundamentais para O Processo de AIA deve ser

Page 19: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 11

Legislação  Descrição  Relevância para o Terminal ou Processo de AIA 

Regulamento sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental 

a gestão ambiental é o processo de AIA, a qual visa mitigar os impactos negativos que determinados projectos dos sectores público e privado possam causar ao ambiente natural e socioeconómico, através da realização de estudos ambientais antes do início do projecto. Define o processo de AIA, os estudos ambientais necessários, processo de participação pública, processo dos estudos de revisão, processo do projecto de decisão de viabilidade ambiental e emissão de licença ambiental. Aplica-se a todas as actividades públicas ou privadas com influência directa ou indirecta nos componentes ambientais. 

desenvolvido em conformidade com os requisitos estabelecidos neste regulamento. O Proponente é obrigado a solicitar uma licença ambiental e realizar o processo de AIA em apoio do pedido, de acordo com este regulamento. 

Diploma Ministerial n.º 129/2006 - Directiva Geral para a Elaboração de Estudos do Impacto Ambiental 

Fornece detalhes sobre os procedimentos para obtenção de licença ambiental, assim como o formato, estrutura geral e o conteúdo do relatório de avaliação de impacto ambiental. O objectivo desta directiva é de padronizar os procedimentos seguidos no processo de AIA. 

O relatório de EIA deve ser desenvolvido de acordo com as especificações descritas neste Diploma Ministerial.  

Diploma Ministerial n.º 130/2006 - Directiva Geral para o Processo de Participação Pública no processo de AIA 

Define os princípios básicos relacionados com a participação pública, metodologias e procedimentos. Considera a participação pública um processo interactivo que se inicia na fase de concepção e continua durante o tempo de vida do projecto. 

O Processo de Participação Pública (PPP) do processo de AIA deverá ser promovido de acordo com as especificações descritas neste Diploma Ministerial. 

Decreto n.º 25/2011 – Regulamento para o Processo de Auditoria Ambiental 

Revoga o Decreto n º 32/2003. Define uma auditoria ambiental como um instrumento objectivo e documentado para a gestão e avaliação sistemática do sistema de gestão e documentação relevante implementado para assegurar a protecção do ambiente. O seu objectivo é avaliar o cumprimento dos processos operacionais e de trabalho com o plano de gestão ambiental, incluindo os requisitos ambientais legais em vigor, aprovados para um determinado projecto. 

Uma vez iniciadas as operações, a entidade gestora terá de organizar a realização de auditorias ambientais independentes a serem realizadas pelo menos uma vez por ano, sem prejuízo de eventuais auditorias ambiental públicas, que possam ser solicitadas, ao abrigo do presente decreto. 

Decreto n.º 11/2006 – Regulamento para as Inspecções Ambientais 

Tem a finalidade de regular a supervisão, controlo e verificação da conformidade com as normas de protecção do meio ambiente a nível nacional. 

Durante operação, o terminal estará sujeito a inspecções por parte do MITADER, a fim de verificar o cumprimento da legislação ambiental. A entidade gestora deverá colaborar com estas inspecções. 

QUALIDADE DO AR 

Decreto n.º 18/2004 alterado pelo Decreto nº 67/2010 – Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes

Define os padrões de emissão de poluentes para fontes fixas e móveis. Este regulamento estabelece os valores-limite nacionais de qualidade do ar, parâmetros fundamentais que devem caracterizar a qualidade do ar.

O Terminal deve respeitar a qualidade do ar e padrões de emissões de efluentes, considerando as emissões admissíveis por lei, de modo a não prejudicar o meio ambiente. 

RECURSOS HÍDRICOS E QUALIDADE DA ÁGUA 

Resolução n.º 46/2007 – Política das Águas  

Revoga a Política Nacional de Águas aprovada pela Resolução nº. 75/95. Esta nova Política abrange assuntos importantes não abrangidos na política anterior, como é o caso da melhoria do saneamento nas zonas urbanas, periurbanas e rurais, as redes hidrológicas, o desenvolvimento de novas infra-estruturas hidráulicas e, a gestão integrada de recursos hídricos com a participação das partes interessadas. 

O Terminal dever ser desenvolvido de acordo com os princípios da política da água, nomeadamente o princípio de que a utilização dos recursos hídricos deve promover o desenvolvimento económico, a criação de empregos e a melhoria das condições sociais. 

Lei n.º 16/91 – Lei das Águas 

Esta lei é baseada no princípio do uso da água pública, a gestão da água com base em bacias hidrográficas, o princípio do utilizador-pagador e poluidor-pagador.

O Proponente tem a responsabilidade de implementar medidas para evitar a poluição de quaisquer recursos de água

Page 20: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 12

Legislação  Descrição  Relevância para o Terminal ou Processo de AIA 

Pretende assegurar o equilíbrio ecológico e ambiental. O Artigo 54 desta Lei, estipula que qualquer actividade com o potencial de contaminar ou degradar as águas públicas, em particular a descarga de efluentes, está sujeita a uma autorização especial que deverá ser emitida pela ARA, e ao pagamento de uma taxa. 

durante e após a implementação do Terminal. Se houver descarga de efluentes para qualquer massa de água superficial, será necessária uma autorização da Administração Regional das Águas (ARA). Esta autorização está sujeita a uma taxa. 

Decreto n.º 18/2004 – Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes 

Determina que quando os efluentes industriais são descarregados no meio ambiente, os efluentes finais descarregados têm que cumprir com as normas para a descarga conforme vêm estabelecidos no Anexo III do decreto. As descargas de efluentes domésticos têm que cumprir com as normas para a descarga conforme vêm estabelecidos no Anexo IV. O Anexo III estabelece as normas para a descarga dos efluentes, para várias indústrias. 

O Terminal deve respeitar a qualidade da água e padrões de emissões de efluentes, considerando as emissões admissíveis por lei, de modo a não prejudicar o meio ambiente. Qualquer acção de Terminal deve considerar os níveis admissíveis nos termos do presente decreto. A violação implica uma penalidade. 

POLUIÇÃO E GESTÃO DE RESÍDUOS 

Decreto n.º 94/2014 - Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos 

Estabelece a classificação dos resíduos sólidos de acordo com a Norma Moçambicana NM339 – Resíduos Sólidos – Classificação, as formas de segregação, identificação e acondicionamento, colecta, transporte, tratamento e deposição final. O Art. 11 Estabelece as obrigações dos produtores, transportadores e operadores e o Art. 14 especifica os modos de segregação e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos. 

O proponente tem a responsabilidade de implementar boas práticas de gestão de resíduos durante a operação. O Terminal deve estar de acordo com as exigências descritas neste regulamento. 

Decreto n.º 83/2014 - Regulamento sobre a Gestão de Resíduos Perigosos

Estabelece regras relativas à produção, emissão ou deposição de qualquer substância tóxica ou poluidora de modo a prevenir ou minimizar os seus impactos negativos sobre a saúde e o ambiente. Este regulamento estabelece a classificação dos resíduos perigosos, as formas de segregação, identificação e acondicionamento, colecta, transporte, tratamento e deposição final. Os resíduos perigosos são classificados e subdivididos nas categorias estabelecidas no Anexo IX deste regulamento.

O proponente tem a responsabilidade de implementar boas práticas de gestão de resíduos perigosos durante a operação. O Terminal deve estar de acordo com as exigências descritas neste regulamento.

Decreto 8/2003 – Regulamento sobre lixo biomédico

Estabelece as regras relativas à gestão dos resíduos biomédicos, com vista à salvaguarda da saúde e segurança dos trabalhadores das unidades santarias, dos trabalhadores auxiliares e do público em geral e forma a minimizar os impactos destes resíduos sobre o ambiente. O decreto aplica-se às unidades sanitárias, instituições de investigação e a empresas que produzam, manuseiem, transportem ou eliminem lixo biomédico; ou particulares que sejam trabalhadores ou doentes dessas empresas ou unidades sanitárias. Este documento define os diferentes tipos de lixo biomédico existente e apresentas as regras para a sua gestão ao nível da prodição, armazenamento, deposição e transporte. Define ainda as multas aplicáveis aos casos de incumprimento.

O proponente tem a responsabilidade de implementar boas práticas de gestão de resíduos biomédicos durante a operação. O Terminal deve estar de acordo com as exigências descritas neste regulamento.

Lei Nº 20/97 – Lei do Ambiente 

Limita a "produção e/ou deposição no solo ou subsolo e deposição para a água ou atmosfera de quaisquer substâncias tóxicas ou poluentes, bem como a prática de actividades que acelerem a erosão, a

O Proponente tem a responsabilidade de implementar medidas para evitar a poluição durante e após a implementação do Terminal. O Terminal

Page 21: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 13

Legislação  Descrição  Relevância para o Terminal ou Processo de AIA 

desflorestação, a desertificação ou qualquer outra forma de degradação ambiental" para os limites estabelecidos pela lei (Artigo 9). Quanto à poluição ambiental, o Artigo 9 proíbe a produção e deposição de quaisquer substâncias tóxicas ou poluentes em solos, sub-solos, água ou atmosfera, assim como proíbe quaisquer actividades que possam acelerar qualquer forma de degradação ambiental além dos limites estabelecidos por lei. 

deve estar em conformidade com as exigências descritas neste regulamento. 

USO DA TERRA 

Resolução Nº 10/95 – Política Nacional da Terra 

Estabelece que o Estado deve providenciar terra para que cada família construa ou possua a sua habitação, e que o Estado é responsável pelo planeamento do uso e ocupação física da terra, embora o sector privado possa participar na elaboração de planos. 

O Proponente deve garantir que o Terminal está de acordo com os princípios dessa política, conforme os regulamentos definidos nas leis que implementam esta política.

 

ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO 

Lei n.º 19/2007 – Lei de Ordenamento do

Território 

Visa assegurar a organização do espaço nacional e a utilização sustentável dos seus recursos naturais, observando as condições legais, administrativas, culturais e materiais favoráveis ao desenvolvimento social e económico do país, à promoção da qualidade de vida das pessoas, à protecção e conservação do meio ambiente  

O proponente deve assegurar que as actividades do Terminal estejam em conformidade com os princípios desta lei de modo que não interfiram com os planos de ordenamento territorial dessa área e que se promova a melhoria da qualidade de vida das pessoas assim como a conservação do meio ambiente através do uso sustentável dos recursos lá existentes 

Decreto n.º 23/2008 – Regulamento de Ordenamento Territorial 

Estabelece medidas e procedimentos regulamentares que assegurem a ocupação e utilização racional e sustentável dos recursos naturais, a valorização dos diversos potenciais de cada região, das infra-estruturas, dos sistemas urbanos e a promoção da coesão nacional e segurança das populações 

O proponente deve garantir que as actividades do Terminal estejam de acordo com o plano de ocupação territorial da área do Terminal de modo a preservar os recursos naturais e promover a segurança das populações 

SAÚDE E SEGURANÇA

Lei n.º 23/2007- Lei do Trabalho 

Esta lei aplica-se ás relações jurídicas de trabalho subordinado estabelecidas entre empregadores e trabalhadores nacionais e estrangeiros, de todas as indústrias, em actividade no país. O capítulo VI fornece os princípios de segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. 

O proponente deve fornecer aos seus trabalhadores, boas condições físicas, o trabalho ambiental e moral, informá-los sobre os riscos do seu trabalho e instruí-los sobre o cumprimento adequado das normas de higiene e segurança no trabalho. O proponente também deve providenciar primeiros socorros aos trabalhadores em caso de acidente, doença súbita, envenamento ou indisposição. O proponente em cooperação com o sindicato, deve informar o órgão competente da administração do trabalho sobre a natureza dos acidentes de trabalho ou doenças profissionais, suas causas e consequências, depois de fazer suas consultas e de registo. 

Page 22: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 14

Legislação  Descrição  Relevância para o Terminal ou Processo de AIA 

Lei n.° 5/2002 - Lei de Protecção dos Trabalhadores com HIV/SIDA 

Esta lei estabelece os princípios gerais que visam assegurar que todos os empregados e candidatos a emprego não sejam discriminados no local de trabalho ou quando se candidatam a empregos, por estes serem suspeitos ou por terem HIV/SIDA. O artigo 8 estabelece que o trabalhador que se infecta com HIV/SIDA no local de trabalho, em conexão com a sua ocupação profissional, além da compensação a que tem direito, têm garantia de assistência médica adequada para aliviar seu estado de saúde, de acordo com a Lei do trabalho e demais legislação aplicável, custeados pelo empregador. 

É proibida a testagem de HIV/SIDA aos trabalhadores, candidatos a emprego, candidatos para avaliar o treinamento ou candidatos a promoção, a pedido dos empregadores, sem o consentimento do trabalhador ou candidato a emprego. O proponente deverá treinar e reorientar todos os trabalhadores infectados com HIV/SIDA, que sejam capazes de cumprir os seus deveres no trabalho, levando-a para um emprego compatível com as suas capacidades residuais. 

Decreto n.º 45/2009 – Regulamento sobre Inspecção Geral do Trabalho 

O presente regulamento estabelece as regras relativas às actividades de inspecção, no âmbito do controle da legalidade do trabalho. O ponto 2 do Artigo 4 prevê responsabilidades do empregador em matéria de prevenção de riscos de saúde e segurança profissional para o empregado. 

O proponente deve cumprir coma s exigências. No caso de uma inspecção, o proponente deve ajudar a fornecer todas as informações necessárias para os inspectores. 

2.3 Acordos Internacionais Relevantes

Nos termos do Artigo 18º da Constituição da República de Moçambique de 2004, quaisquer

convenções e tratados internacionais assinados ou ratificados por Moçambique são considerados

normas e regulamentos adicionais. No contexto do Terminal de Armazenamento, Manuseamento

e Distribuição de Combustível da Beira, são relevantes as Convenções e Tratados internacionais

que se apresentam na Tabela seguinte.

Tabela 6 – Acordos Internacionais Relevantes

Acordo/Convenção  Descrição  Relevância  Estatuto 

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS / QUALIDADE DO AR 

Convenção Quadro das Nações Unidas Sobre a Mudança Climática (UNFCC), 1994 

Controlo das emissões dos gases de estufa. 

A sustentabilidade do Terminal deve ser considerada, e.g, as suas actividades não devem contribuir para as alterações climáticas 

Ratificada por Moçambique em 1994. 

Convenção de Viena para a Protecção da Camada de Ozono (PNUMA), 1985 

O objectivo global é que os países membros assumam a obrigação de adoptar medidas que previnam ou reduzam os efeitos negativos na modificação da camada de ozono provocada por actividades humanas.

O Terminal deve evitar contribuir para a destruição da camada de ozono, através da emissão de gases em quantidades que possam danificar a camada de ozono, impactando assim a saúde humana e o ambiente. 

Ratificada por Moçambique em 1993. 

Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Esgotam a Camada de Ozono (PNUMA), 1987. 

Controlar a produção de substâncias que esgotam a camada de ozono e proibição do uso de clorofluorcarbonetos (CFC) 

O Terminal deve evitar o uso de equipamentos com CFC e outras substâncias que possam danificar a camada de ozono. 

Ratificado por Moçambique em 1993. 

Protocolo de Kyoto, 1997.  Estabelece as metas para as emissões dos gases de estufa. 

Deverão ser adoptadas medidas para reduzir a emissão de gases com efeitos de estufa. 

Ratificado por Moçambique em 2005. 

PREVENÇÃO DE POLUIÇÃO 

Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes (POP), 2001. 

Acção e controlo a nível mundial das substâncias químicas que persistem no meio ambiente, são

O Terminal deve evitar o uso de poluentes orgânicos persistentes, cujo uso é proibido. 

Ratificado por Moçambique

Page 23: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 15

Acordo/Convenção  Descrição  Relevância  Estatuto bioacumuláveis na cadeia alimentar e, constituem um risco à saúde humana e ao meio ambiente. Estas substâncias são listadas no Anexo I. 

em 2005.

Convenção para a Protecção, Gestão e Desenvolvimento da Região Marinha e Costeira da África Oriental, 26 de Junho de 1985 e seus Protocolos: Protocolo de Áreas Protegidas, da fauna e flora da região do Leste Africano e do Protocolo relativo à cooperação em combate à poluição marinha em casos de emergência na região da África Oriental 

Através desta Convenção, as Partes Contratantes comprometem-se a tomar as medidas adequadas e assegurar a implementação eficaz de aplicáveis regras e normas internacionais para prevenir, reduzir e combater a poluição na zona da Convenção causada por: descargas de navios, eliminação de resíduos e outros materiais no mar, na costa eliminação ou por descargas provenientes de rios e estuários, assentamentos costeiros, esgotos ou outras fontes existentes em seus territórios; exploração dos fundos marinhos e subsolo, resultantes das descargas na atmosfera. As Partes Contratantes comprometem-se ainda a dar atenção especial às áreas com ecossistemas raros ou frágeis e espécies de flora e fauna raras, espécies ameaçadas ou ameaçadas e seus habitats. 

As actividades do Terminal devem considerar este instrumento. Eventuais descargas para o mar devem cumprir com esta convenção e com a legislação local aplicável. 

Ratificada por Moçambique em 1996. 

MEIO MARINHO E COSTEIRO

Convenção para a Prevenção da Poluição Marinha a partir de Fontes Terrestres (Convenção de Paris), 1974 

Esta Convenção refere-se à poluição das águas costeiras a partir de fontes situadas em terra. 

Considerando a localização do Terminal na faixa costeira, há que se tomar precauções para que as actividades não causem poluição das águas na linha da costa. 

Convenção para a Protecção, Gestão e Desenvolvimento do Ambiente Marinho e Costeiro da Região da África Oriental (Convenção de Náirobi). 

Esta convenção visa ajudar o estabelecimento de mecanismos para a cooperação internacional, para prevenção de ameaças ao ambiente marinho e costeiro e ao seu equilíbrio ecológico, resultantes da poluição marinha, qualquer que seja a sua origem. Os Artigos 5 a 10 da Convenção descrevem os mecanismos que têm que ser implementados para a prevenção da poluição proveniente dos navios; da poluição causada pela eliminação de lixo; da poluição a partir de origens situadas em terra; das actividades no leito do mar, na atmosfera e, nas zonas especialmente protegidas.  

Considerando a localização do Terminal na faixa costeira, há que se tomar precauções para que as actividades não causem poluição das águas na linha da costa. 

Ratificada por Moçambique em 1996. 

BIODIVERSIDADE / ÁREAS PROTEJIDAS

Convenção sobre Zonas Húmidas de Importância Internacional, Especialmente como Habitat de Aves Aquáticas (Convenção de Ramsar), 1971

Conservação sustentável e utilização de zonas húmidas.

O Terminal deve respeitar os princípios enunciados por esta convenção durante todas as fases do projecto nas áreas de influência do projecto que incluam áreas ecologicamente sensíveis.

Ratificado por Moçambique em 2003. 

Convenção sobre Comércio Garante que o comércio O Terminal deve incluir medidas Ratificado

Page 24: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 16

Acordo/Convenção  Descrição  Relevância  Estatuto Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES), 1973

internacional de espécies de animais e plantas selvagens não ameaça a sua sobrevivência.

de protecção para as espécies da fauna identificadas na área de influência do projecto e listadas na CITES.

por Moçambique em 1981 

Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias Pertencentes à Fauna Selvagem (Convenção de Bona/CMS), 1979

Pretende fomentar medidas de protecção às espécies migradoras da fauna selvagem ao longo da sua área de distribuição natural, numa estratégia de conservação da vida selvagem e dos habitats numa escala global.

O Terminal incluir medidas de protecção para as espécies da fauna identificadas na área de influência do projecto e listadas na CMS.

Ratificado por Moçambique em 2008 

Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica, 1992

Promove o desenvolvimento de estratégias nacionais para a conservação e uso sustentável da diversidade biológica.

O Terminal deve evitar a degradação ambiental.

Ratificado por Moçambique em 1994 

Convenção Africana para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, 1968

Adopção de medidas para assegurar a utilização, conservação e desenvolvimento dos recursos do solo, água, flora e fauna.

O Terminal deve respeitar os princípios da presente Convenção, especialmente em relação ao uso sustentável do solo, água, flora e outros recursos naturais.

Ratificado por Moçambique em 1981

Protocolo da SADC sobre Conservação da Vida Selvagem e a Aplicação da Lei, 1999

Assegurar a conservação e uso sustentável dos recursos faunísticos.

As actividades do projecto não devem afectar ou ferir a fauna.

Ratificado por Moçambique em 2002 

PATRIMÓNIO CULTURAL

Convenção da UNESCO para a Protecção do Património Mundial, Cultural e Natural, 1972 (Convenção do Património Mundial)

Promove a cooperação entre as nações para proteger o património mundial universal que é de valor excepcional pelo que a sua conservação é importante para as gerações actuais e futuras.

O Terminal deve usar recursos de forma sustentável.

Ratificado por Moçambique em 1982

Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (UNESCO), 2003

Salvaguardar o património cultural imaterial e assegurar o respeito pelo património cultural imaterial das comunidades, grupos e indivíduos.

O Terminal deve considerar esses requisitos

Ratificado por Moçambique em 2007 

Convenção sobre a Protecção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (UNESCO), 2005

Proteger e promover a diversidade das expressões culturais, incentivar o diálogo entre as culturas e promover o respeito pela diversidade cultural.

O Terminal deve garantir a conformidade com a presente Convenção, durante a vida do Terminal (por exemplo, promover a aceitação cultural e compreensão).

Ratificado por Moçambique em 2007 

RESÍDUOS PERIGOSOS E NÃO PERIGOSOS 

Convenção sobre o Movimento Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e sua Eliminação (Convenção de Basileia) (UNEP), 1989

Controlo dos movimentos transfronteiriços e eliminação de resíduos perigosos (incluindo radioativo).

Se for planeado o movimento de resíduos perigosos, os requisitos previstos na presente convenção devem ser seguidos (por exemplo, a autorização do país de recepção).

Ratificada por Moçambique em 1996. 

Convenção de Bamaco relativa a Interdição da importação de Lixos Perigosos e ao controlo de Movimentação Transfronteiras desses Lixos em África, União Africana, 1991

Proíbe a importação de resíduos perigosos, incluindo resíduos radioactivos. Também proíbe a eliminação de resíduos perigosos no mar, linhas de água e águas interiores.

O Terminal não pode incluir a eliminação de resíduos perigosos em nenhum ambiente aquático.

Ratificada por Moçambique em 1996. 

Page 25: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 17

2.4 Planos de Ordenamento Territorial A lei de Ordenamento do Território (Lei no. 19/2007), e seu regulamento (Decreto no. 23/2008),

definem que o ordenamento do território é realizado através dos instrumentos de ordenamento

territorial aplicáveis aos vários níveis de divisão administrativa, que correspondem:

Nível Nacional - Plano Nacional de Desenvolvimento Territorial e aos planos Especiais de

Ordenamento do Território;

Nível Provincial - Planos Provinciais de Desenvolvimento Territorial;

Nível Distrital - Plano Distrital de Uso da Terra; e

Nível Municipal - Plano de Estrutura Urbana, ao Plano Geral de Urbanização, Plano

Parcial de Urbanização e Plano Pormenor.

Nesta fase ainda não se encontra disponíveis os planos de ordenamento a nível distrital.

Page 26: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 18

3 Justificação e Descrição do Projecto

3.1 Enquadramento da Actividade

O sector energético do petróleo e seus derivados compreende várias fases desde a sua extracção

até à sua disponibilização em postos de abastecimento. De forma genérica, a exploração do

petróleo tem início, como se vê na Figura 1, na extracção do crude, à qual se segue o seu

transporte até às refinarias, onde é transformado nos seus derivados (gasolinas, gasóleos,

Gases de Petróleo Liquefeitos (GPL) – propano e butano, betumes e emulsões betuminosas,

produtos químicos, etc.). Destas, por transporte diverso (rodoviário, ferroviário, marítimo e

oleoduto), é feita a sua distribuição para os parques de armazenagem, estações de serviço ou o

consumidor final (URS, 2011).

As actividades desenvolvidas no Terminal da Total inserem-se na fase de armazenamento e

distribuição de serviços.

Fonte: adaptado de Total at a Glance, 2013

Figura 1 – Segmentos de actividade do sector petrolífero

3.2 Definição da Actividade

O presente documento diz respeito à Operação do Terminal de Armazenamento, Manuseamento e

Distribuição de Combustível da Total localizado na Beira.

1

2

3

Extracção

Refinação

Distribuição e Serviços

Page 27: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 19

As primeiras instalações petrolíferas em Moçambique remontam ao ano de 1958, ano em que se

aprovaram os termos para construção da refinaria da SONAREP (Sociedade Nacional de

Refinação de Petróleos) em Maputo.

Em 1961, foi oficialmente inaugurada a primeira Refinaria de Petróleos em Moçambique, tendo

sido igualmente posto em funcionamento os tanques de armazenagem de combustíveis no

terminal oceânico de Língamo – Beira. Posteriormente foi desenvolvida a restante logística de

combustíveis ao longo do país (terminais oceânicos e depósitos).

O Terminal da Total possui alguns tanques construídos em 1952, sendo o tanque mais recente

construído em 2015.

Todas as infra-estruturas presentes têm por objectivo assegurar a logística dos produtos

petrolíferos aí armazenados, isto é, a gestão das quantidades armazenadas e expedidas de forma

a garantir e optimizar o fornecimento em função das zonas a abastecer, distâncias a percorrer,

tipos e quantidade de produto a expedir e transportes mais adequados até ao cliente (estações de

serviço, clientes finais, etc.).

3.3 Justificação do Projecto

A Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) é um instrumento preventivo da política de ambiente e de

ordenamento do território que permite, entre outros aspectos, que os impactos ambientais dos

projectos sujeitos a este regime legal sejam considerados na decisão sobre a sua implementação.

Contudo, o presente projecto encontra-se já em operação, tendo a construção de muitas das infra-

estruturas existentes (tanques) ocorrido em 1952. Neste sentido, o Terminal da Total que utiliza

algumas destas infra-estruturas não foi sujeito a um processo de AIA para a sua implantação.

A TOTAL Moçambique no âmbito da sua Política de Gestão Ambiental, ciente da sua

responsabilidade social e ambiental no contínuo propósito de contribuir para o desenvolvimento do

País, assume o compromisso de contribuir para a gestão sustentável do meio ambiente em que se

inserem todos os domínios da sua actividade, promovendo a realização de um processo de AIA

para as actividade de operação no Terminal da Beira de modo a obter o respectivo Licenciamento

Ambiental de acordo com os critério e política ambiental do MITADER.

3.4 Localização do Terminal

O Terminal de Armazenamento, Manuseamento e Distribuição de Combustível da Total (Terminal

da Total) integra o Terminal do porto da Beira, localizado na cidade da Beira, Província de Sofala.

O Porto da Beira está localizado na margem esquerda do estuário do Púngue, compreende 12

cais e a sua profundidade ao longo dos mesmos varia entre 8 a 10 metros, com modernos

terminais de contentores e petróleos e com ligação ferroviária a Beira-Machipanda (Figura 2).

Page 28: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 20

Fonte: Consultec (imagens Google Earth)

Figura 2 - Localização Geral do Terminal da Total na Beira

O acesso ao Porto é feito através do canal de Macuti, o qual, em condições normais, está

devidamente dragado e convenientemente balizado, permitindo uma navegabilidade durante 24

horas. Tem uma largura mínima de 60 metros e máxima de 200 metros, um comprimento de

31.487 km.

3.5 Infra-estruturas Existentes

No Terminal da Total existem actualmente 8 tanques de armazenamento de combustível, todos

em Aço Carbono, rebitados e soldados. As suas dimensões são variáveis, possuindo o maior

cerca 35 m de diâmetro.

A tabela seguinte apresenta os tanques existentes no Terminal da Total, as suas características,

capacidade de armazenamento e tipo de produto armazenado.

Tabela 7 – Características dos tanques

ID Tanque

Diâmetro Altura Capacidade Ano

Construção

Última inspecção e calibração

Produto Funcionamento

TK 223 27,44 m 14,24 m 8 243 m3 1994 2008 Gasóleo Em uso

TK 232 18,29 m 15,07 m 3 755m3 1952 2008 Gasóleo Em uso

TK 233 18,29 m 15,07 m 3 822m3 1952 2008 Gasóleo Em uso

TK 234 24,38 m 16,33 m 6 645 m3 1952 2013 Gasolina Em uso

TK 235 10,50 m 12,93 m 4 183m3 2014 2014 Gasolina Manutenção

TK 236 18,32 m 16,64 m 3 975m3 2015 2015 Gasolina Manutenção

TK 237 34,77 m 16,48 m 15 911m3 2013 2013 Gasóleo Em uso

TK 540 21,34 m 9,26 m 3 349m3 1960 2001 Gasolina Manutenção

É de salientar que todos os reservatórios são operados à pressão atmosférica, à temperatura

ambiente. Actualmente, 3 dos 8 tanques estão em manutenção. Prevê-se que no final de Março de

2016 mais dois tanques estejam em serviço, nomeadamente o tanque T235 e T-236 (Figura 3).

Page 29: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 21

Existe uma bacia secundária que sustenta três tanques metálicos do sistema de combate contra

incêndio com a capacidade de 1200 m3/cada. Existe mais um tanque de betão para sistema de

combate contra incêndio com a capacidade de 1200 m3.

O Produto é recebido pela linha de Jetty pertencente aos CFM. Atravessa o Terminal em direcção

ao Manifold de recepção. Posteriormente é feita a distribuição para o respectivo tanque em função

da qualidade de produto. O grupo de bombagem faz sucção do produto nos tanques para

expedição na grua de camiões e para distribuição no pipeline pertencente à CPMZ.

O Terminal dispõe de equipamento de segurança para prevenção de derrames, sobre enchimento,

dispositivo de isolamento dos tanques em caso de incêndio nas linhas conectadas aos tanques

(válvulas anti-retorno, check valves, dispositivos de medição e controlo do nível de produto

aquando recepção), detectores de hidrocarbonetos líquidos e gases na rede de drenagem e

bacias de retenção.

Fonte: Total

Figura 3 - Planta de Implantação do Terminal da Total

Page 30: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 22

O Terminal dispõe de 6 grupos de Bombagem com capacidade de 1500l/min cada

aproximadamente. Dois grupos para cada qualidade de produto, nomeadamente 500ppm

(Gasóleo), ULP93 (Gasolina).

O terminal dispõe apenas de três casas de bombas, nomeadamente:

AA. Buster Pump: conectadas às linhas de bombagem da CPMZ com objectivo

fundamental de elevar a pressão durante a bombagem do produto para o Zimbabwe, para

o buster pump temos duas bombas, para cada tipo de produto usa-se uma bomba.

BB. Pump House: conectadas a todas linhas de saída dos tanques para carregamento

por camiões. No pump house temos 4 bombas, duas para gasóleo, uma para gasolina e a

ultima é bomba mista, podendo ser operada para os dois tipos de produto.

CC. Fire Figth System: conectadas a todas linhas do combate contra incêndio para os

tanques, hidrates e loading gantry. No sistema de combate contra incêndio temos três

bombas a diesel.

A nível do sistema de drenagem, as bacias de retenção não se encontravam inicialmente

impermeabilizadas, no entanto, em 2011 e 2012 todas foram impermeabilizadas com bentonite.

Existe um separador de hidrocarbonetos central, para onde são encaminhadas as águas, incluindo

da zona de enchimento de Camiões e Vagões.

Como medidas de segurança ambiental a Total no Terminal da Beira efectua regularmente a

análise e limpeza dos separadores de hidrocarbonetos; análise a solos e análise às águas nos

piezómetros instalados. Possui ainda um Plano de Gestão de Resíduos e um Plano de Resposta à

Emergência.

3.6 Energia e Produtos

3.6.1 Requisitos de Energia

A electricidade é fornecida pela EDM. O Terminal da Total inclui um gerador como fonte alternativa

de energia.

3.6.2 Requisitos de Água

A água necessária para o funcionamento do Terminal é fornecida pela rede do FIPAG. Os maiores

volumes consumidos destinam-se para reserva em caso de incêndio.

3.6.3 Requisitos de Combustíveis e Lubrificantes

O Terminal usa combustível (diesel) para alimentar o gerador e os equipamentos de transportes

para escoamento de combustível.

Produtos Volume de combustíveis manuseados em 2015 (m3)

Gasoleo 144,700

Sem Chumbo 29,751

Total 174,451

Produtos Volume de lubrificantes importados em 2015 (ton)

Page 31: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 23

Lubrificantes 608

Os combustíveis são oriundos de: Dubai, Africa do Sul e outros países do médio Oriente. Os

lubrificantes são oriundos de : Dubai, Africa do Sul e França.

3.7 Requisitos de Mão-de-obra

Para a operação do Terminal da Total estão afectos 19 trabalhadores, existindo ainda contractos

com fornecedores locais: Manutenção preventiva - 2 pessoas; Operadores de grua de enchimento:

6 pessoas; Limpeza Externa: Pessoas; 7 Pessoas; Limpeza dos edifícios; 3 Pessoas; Cantina 1

Pessoa.

3.8 Descrição das Operações e Procedimentos

Para as actividades desenvolvidas no Terminal da Beira, a Total tem um conjunto de

procedimentos que regem todas as operações executadas e que são de cumprimentos obrigatório

e visam:

Regras Gerais

Segurança

Recepção de Produtos

Armazenamento

Carga

Entrega de Produtos

Medições

Medidas de Protecção

Manutenção e Inspecção de Equipamentos

Inventário

Nos pontos seguintes descrevem-se brevemente as actividades desenvolvidas de acordo com os

procedimentos vigentes. Os Procedimentos Operacionais do Terminal da Total são distribuídos

por todos os intervenientes nas operações/actividades levadas a cabo no Terminal, pelo Gestor do

Terminal.

3.8.1 Procedimentos de Segurança

Os procedimentos de segurança visam fundamentalmente assegurar os seguintes aspectos:

I. Segurança individual

II. Protecção contra incêndios

III. Testes periódicos ao Sistema de Incêndio

IV. Limpeza do Terminal

V. Registos

VI. Licenças de Trabalho

VII. Limpeza Industrial

VIII. Contaminação do Produto

IX. Válvulas do sistema de contenção dos tanques

X. Controlos de preenchimento dos camiões tanque

Tabela 8 – Procedimentos de Segurança

I. Segurança Individual

Todos os trabalhadores do Terminal usam Equipamento de Protecção Individual, como

capacete; botas; luvas; máscaras; cintos de segurança; aventais; óculos; máscaras de

soldar; colectes reflectores sempre que as actividades assim o justifiquem.

Todos os trabalhadores estão cientes da necessidade de evitar a permanência em

locais onde existam vapores do petróleo.

II. Protecção contra incêndios O Terminal possui um conjunto de orientações que visam a existência de mecanismos e

equipamentos eficazes disponíveis de combate a incêndios, em particular um Plano de

Page 32: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 24

Resposta à Emergência.

De entre as várias medidas de segurança destaca-se: testes diários à bomba de

combate a incêndios; testes mensais aos sistemas de alarme; exercícios mensais de

simulação com registo de todos os incidentes; definição e marcações de locais de

encontro e percursos de fuga (os visitantes recém formação neste procedimento).

III. Testes periódicos ao sistema

de combate ao incêndio

A Total tem definido um conjunto de operações que devem ser realizadas de acordo

com uma dada periocidade de modo a garantir que todos os equipamentos estão em

perfeitas condições de uso, caso necessários.

Todos os testes e inspecções são acompanhados de registos e devem ser mantidos os

certificados actualizados dos fornecedores externos.

IV. Limpeza do Terminal

A Total exige um estado de permanente limpeza de toda a área do Terminal, incluindo

uma zona livre de vegetação em cerca de 3m, ao redor da vedação do Terminal. Todos

os derrames de combustível, por diminutos que sejam, têm de ser reportados ao Gestor

do Terminal e imediatamente limpos.

V. Registos

Todos os incidentes registados (ou a sua ausência) são mensalmente enviados ao

Coordenador de Segurança e Higiene do Trabalho. A nível diário, todos os incidentes

têm de ser comunicados aos gestores de departamento ou ao gestor do Terminal até

uma hora após a sua ocorrência. Esta comunicação inicial pode ser telefónica mas

posteriormente tem de ser entregue um relatório escrito, no geral até 24/48h após a

ocorrência do incidente.

VI. Licenças de Trabalho

Todos os trabalhos de construção ou manutenção no Terminal têm de ser devidamente

autorizados. No final da execução dos trabalhos todas as licenças têm de ser

canceladas.

VII. Limpeza Industrial

Para a limpeza dos equipamentos industriais a Total tem definido um conjunto de

procedimentos de modo a assegurar que esta é realizada em condições de segurança

para o trabalhador, como por exemplo, a existência de birutas para indicar a direcção

do vento de modo a que o trabalhador não se coloque na direcção de dispersão de

eventuais vapores de petróleo; indicações para a lavagem das roupas ou corpo no caso

de entrarem em contacto com o produto, exigência da autorização do Gestor do

Terminal para iniciar alguns trabalhos de limpeza em tanques.

VIII. Contaminação do Produto

De modo a assegurar a qualidade do produto a ser distribuído a Total tem um conjunto

de procedimentos definidos caso seja detectado a presença de um produto

contaminado (geralmente com enxofre; vanádio; ferro e zinco).

IX. Válvulas do sistema de

contenção dos tanques

Por indicação da Total todas as válvulas do sistema de contenção dos tanques devem

estar permanentemente fechadas. Só podem ser abertas para escoamento das águas

pluviais ou para limpeza das infra-estruturas. As chaves para a abertura das válvulas

Page 33: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 25

estão na posse do encarregado de logística e do Gestor do Terminal. Todos os usos

das chaves têm de ser registados.

X. Controlos de preenchimento

dos camiões tanque

Antes do abastecimento de um camião tanque a Total exige um conjunto de

verificações para que esta operação ocorra em segurança, desde a verificação da

documentação do veículo; lista de contactos de emergência no interior da cabine,

verificação da calibragem do camião à exigência da presença de extintores; luzes

verificadas; pinos a delimitar a área de trabalho e a presença de cabos de ligação à

terra em cada um dos lados.

3.8.2 Recepção de Produtos

As actividades de recepção de produtos exigem que sejam realizados as seguintes operações de

acordo com o tipo de proveniência do produto:

I. Recepção por pipeline de outros operadores II. Recepção por pipeline de navios

Tabela 9 – Procedimentos Recepção de Produtos

I. Recepção por pipeline de

outros operadores

Por vezes outros operadores como a BP, Petromoc, Engen ou Impetro solicitam que o

Terminal da Total possa recepcionar os seus produtos. Sempre que tal acontece, a

Total tem um conjunto de procedimentos definidos para garantir que todas as

operações sejam seguras e não permitam equívocos que mais tarde possam gerar

conflitos entre os operadores.

II. Recepção por pipeline de

navios atracados no porto

Existem um conjunto de procedimentos e formulários previstos para a recepção do

produto e coordenação entre as duas entidades. Destaca-se que todos os navios têm

de ter conhecimento dos procedimentos de emergência e um sistema de comunicação

devidamente testados. Os intervenientes têm de ter conhecimento de acções a tomar

caso haja uma emergência no navio ou em terra.

3.8.3 Actividades de Armazenamento

As actividades de armazenamento incluem as seguintes operações:

I. Armazenamento nos Tanques

II. Remoção de água dos Tanques

III. Armazenamento de lubrificantes

IV. Armazenamento – operação com empilhadoras

Tabela 10 – Procedimentos de Armazenamento

I. Tanques

A Total definiu um conjunto de informações que os tanques têm de ter disponíveis,

como o número; tipo de produto; capacidade; dimensões; altura; última data de limpeza,

etc. Quando o produto é gasolina, informações adicionais têm de estar presentes como:

inflamável ou evitar respirar vapores. Existem igualmente um conjunto de regras para

quando é que os trabalhadores podem ou não subir aos tanques ou entrar neles..

II. Remoção da Água dos Sempre que os tanques recebem ou fornecem produtos são medidos e registados os

Page 34: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 26

Tanques níveis de água. Pelo menos uma vez por mês esta água é retirada e o volume

registado. A Total tem definido um procedimento para a separação da água do

combustível.

III. Armazenamento de

Lubrificantes

Estão definidos os métodos pelo quais os bidons podem ser armazenados (vertical ou

horizontal) e o modo como se processa este armazenamento ou retirada de um dos

bidons

IV. Armazenamento – Operações

com empilhadoras

Tendo em conta as características do equipamento a Total definiu um conjunto de

regras que o operador terá de cumpri para garantir a sua própria segurança, a de

terceiros e a de outros bens, como por exemplo, não estacionar em planos inclinados;

assinalar sonoramente as curvas de modo a não surpreender outros; não operar os

braços da empilhadora enquanto esta estiver em movimentos, etc.

3.8.4 Actividades de Enchimento

As operações de enchimento, em particular de vagões, são consideradas actividades perigosas. A

Total tem definido procedimentos para que estas operações sejam efectuadas em segurança.

I. Enchimento de Vagões II. Instruções para os condutores

Tabela 11 – Procedimentos de Armazenamento

I. Enchimento de vagões

Todos os passos para que os vagões possam ser carregados estão detalhados (31

passos definidos pela Total), desde a necessidade de inspecção e autorização prévia

do vagão antes de entrar na zona de carregamento, até assegurar que qualquer

electricidade estática já foi dispersa no final do enchimento

II. Instruções para os condutores

Todo o parqueamento e manobras efectuadas pelos camiões no Terminal são

orientadas pelo pessoal da Total e apenas podem circular até 8 km/h. O arranque dos

camiões é testado antes de estes entrarem no Terminal e as baterias devem estar

devidamente seguras e no local apropriado e cobertas de modo a evitar acidentalmente

descargas eléctricas.

3.8.5 Sistemas de protecção e segurança

As actividades que visam a segurança do terminal incluem as seguintes operações:

I. Perímetro da Vedação e Portões

II. Iluminação

III. Controlo de Acesso – Pessoal

IV. Controlo de Acesso - Veículos

V. Especificações para os Guardas

VI. Regras Gerais para os Guardas

VII. Deveres dos Guardas

VIII. Segurança dos Produtos

IX. Controlo da Numeração da Selagem

X. Controlo das Chaves

Page 35: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 27

Tabela 12 – Sistemas de Protecção

I. Perímetro da Vedação e

Portões

A Total inspecciona semanalmente as vedações e elabora um registo das observações.

Existe uma zona de segurança que deve estar desimpedidas de qualquer obstrução

(incluindo vegetação) com 3m para cada lado da vedação (interior e exterior).

II. Iluminação

Toda a área do Terminal tem de estar devidamente iluminada. A zona da vedação

(interior e exterior) também tem de estar devidamente iluminada.

III. Controlo de Acesso - Pessoal

Todas as pessoas não afectas à Total têm de ser devidamente identificadas e

acompanhadas por pessoal da Total. Outros trabalhadores têm de ter o cartão de

empresa e a Licença para a realização de trabalhos no Terminal.

Não são permitidos equipamentos eléctricos e estes devem ficar sob custódia da

segurança à entrada.

IV. Controlo de Acesso - Veículos

Todos os veículos são identificados à entrada e saída do Terminal. Os camiões são

inspeccionados antes de entrarem e deve ser realizada uma inspecção completa.

Veículos que não incidem a ignição à primeira tentativa não são autorizados a entrar.

Todas as cargas são inspeccionadas e registadas.

V. Especificações para os

Seguranças

A Total definiu um conjunto de regras não só para a possível contratação de guardas

como definiu um código de conduta.

VI. Regras Gerais de Segurança

O Terminal tem segurança 24 horas por dias e existe um guarda sénior que reporta ao

Gestor do Terminal, os restantes guardas reportam a ele. Todos os seguranças

recebem formação em combate a incêndios e estão familiarizados com o Plano de

Resposta à Emergência.

VII. Deveres dos Seguranças

Todos os deveres dos seguranças encontram-se devidamente detalhados, desde as

actividades ao portão às inspecções e rondas no perímetro do Terminal.

VIII. Segurança dos Produtos

A Total tem definido um conjunto de regras e inspecções a realizar às válvulas,

selagens, etc que devem ser cumpridas e reportadas quaisquer anomalias ao Gestor do

Terminal.

IX. Controlo da Numeração da

Selagem

Todas as selagens são numeradas e registadas. O Gestor do Terminal, adicionalmente

aos guardas, tem de inspeccionar pelo menos uma vez por mês todos os cadeados e

selagens.

X. Controlo de Chaves

Todas as chaves têm um duplicado guardado em cofre ao que o Gestor do Terminal

tem acesso. O uso e requerimento de chaves é registado e inspeccionado uma vez por

mês.

Page 36: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 28

3.8.6 Manutenção e Inspecção dos Equipamentos

Todos os equipamentos devem ser inspeccionados e mantidos em perfeitas condições de

funcionamento, encontrando-se definidos um conjunto de procedimentos que visam:

I. Tanques

II. Pipelines, Válvulas e Acessórios

III. Bombas e Filtros

IV. Contadores e Equipamentos de Enchimentos

Tabela 13 – Manutenção e Inspecção dos Equipamentos

I. Tanques

A Total tem definido uma check list dos aspectos a verificar nos tanques, exigindo uma

inspecção anual e a definição de um programa de manutenção se necessário.

II. Pipelines, Válvulas e

Acessórios

Inspecção anual, registo e plano de manutenção se necessário respeitante ao estado

de pintura, corrosão, fugas, condições das válvulas e acessórios.

A nível quadrimestral as válvulas de não retorno devem ser inspeccionadas e elaborado

o respectivo registo e todas as válvulas devem ser lubrificadas.

Existe ainda definido um conjunto de procedimentos para assegurar que todos os

produtos estão devidamente identificados, que não existem fugas ou folgas nas

válvulas.

III. Bombas e Filtros

A Total tem definido um conjunto de procedimentos de modo a assegurar que estes

equipamentos funcionam de acordo com as especificações do fabricante.

IV. Contadores e Equipamentos

de Enchimento

Todos estes equipamentos devem ser verificados antes de usados.

3.8.7 Outras Operações

A Total tem ainda definido um conjunto de acções respeitantes às operações de entrega de

produto; medidas de controlo do produto e inventário que se encontram listados na tabela

seguinte.

Entrega de Produto Monitorização do Produto Inventário

Entrega em localização exterior Profundidade e temperatura Contabilização de Stocks

Entrega em Depósitos Recolha de amostras Empréstimos

Calibração de contadores Movimentos de Stock

Alturas e profundidades referenciadas nos tanques

Documentos entrega manual

Documentos de revisão mensal

Relatórios de Stock

Relatórios relativos aos Lubrificantes

Page 37: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 29

3.9 Direito do Uso e Aproveitamento de Terra (DUAT)

Na República de Moçambique a terra é propriedade do Estado e não pode ser vendida, ou por

qualquer outra forma, alienada, hipotecada ou penhorada. Como meio universal de criação da

riqueza e do bem-estar social, o uso e aproveitamento da terra é direito de todo povo

moçambicano.

As condições de uso e aproveitamento da terra são determinadas pelo Estado. O direito de uso e

aproveitamento da terra é conferido às pessoas singulares ou colectivas tendo em conta o seu fim

social.

Na titularização do direito de uso e aproveitamento da terra o Estado reconhece e protege os

direitos adquiridos por herança ou ocupação, salvo havendo reserva legal ou se a terra tiver sido

legalmente atribuída a outra pessoa ou entidade.

A Total Moçambique, SARL possui um Contrato de Cedência de Espaço com os Portos e

Caminhos-de-ferro de Moçambique, E.P. (CFM) onde, em regime de arrendamento a CFM cede

direitos de exploração do terreno localizado no recinto do Porto da Beira, com uma área de 77

058,83 m2 destinado à construção e operação de infra-estruturas destinadas ao manuseamento,

armazenagem e comercialização de produtos petrolíferos por um prazo de 30 anos renovando-se

automaticamente por igual período se ambas as partes não se manifestarem em sentido oposto.

Este contrato foi assinado em 2009, vigorando até ao ano de 2039.

3.10 Valor de Investimento/Patrimonial

O valor patrimonial dos bens da Total no Terminal da Beira é estimado em 801.513.444 de

meticais.

Page 38: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 30

4 Caracterização da Situação de Referência

De acordo com a decisão da DINAB o Terminal da Total requer a elaboração de um Plano de

Gestão Ambiental conforme Decreto 54/2015 de 31 de Dezembro, facilitando assim a

monitorização ambiental do mesmo pelas entidades que superintendem a área e também por este

já se encontrar em operação.

No entanto, a Consultec mesmo no âmbito do PGA apresenta uma pequena caracterização da

situação de referência do local onde se encontra o Terminal da Total. A descrição da situação de

referência é considerada essencial para a realização da avaliação dos impactos ambientais que o

projecto poderá induzir e a determinação de quais a medidas que os podem minimizar (caso de

impactos negativos) ou potenciar (caso de impactos positivos). Deste modo, foram desenvolvidos

vários subcapítulos (que correspondem a descritores técnicos que a experiência e legislação

identifica) que agrupam diferentes categorias: o meio natural, que engloba factores físico-químicos

e biológicos e o antropogénico, que engloba os recursos culturais e questões sócio-económicas.

Deste modo, procede-se a uma descrição de uma lista de factores geoambientais que proporciona

um resumo da informação técnica disponível completada e afinada com os dados resultantes das

visitas de campo pela equipa técnica, apresentada em forma de texto, mapas, gráficos, figuras e

ilustrada com fotografias (sempre que possível) e que visa principalmente:

Resumir os dados ambientais existentes;

Comunicar e disponibilizar informação sobre a qualidade do meio afectado;

Avaliar a vulnerabilidade e susceptibilidade à contaminação de uma determinada variável

ambiental;

Seleccionar e centrar a avaliação de impactos nos factores ambientais chave;

Proporcionar uma base de conhecimentos dos diversos factores geo-ambientais para

equacionar os impactos ao permitir a comparação ou extrapolação das variáveis

ambientais com ou sem a concretização do projecto.

A descrição da situação de referência permite assim uma visão global e integradora das diversas

variáveis ambientais e o equacionamento do seu peso relativo de acordo com as características

do projecto. A informação apresentada neste capítulo baseia-se numa revisão de gabinete com

base em bibliografia disponível; no reconhecimento de campo (realizado Abril de 2016) e no

conhecimento da equipa de AIA sobre a área de estudo.

4.1 Definição da Área de Influência

A área de influência (AI) teve em conta os espaços geográficos que podem ser directa ou

indirectamente afectados pelos potenciais impactos ambientais da actividade. A AI considerada

para este projecto inclui a área tampão do Terminal, onde as actividades de operação estão

implementadas. A área de influência directa (AID) no meio biofísico inclui 500 m ao redor do

Terminal.

Page 39: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 31

Salienta-se, contudo, que alguns descritores para contextualizarem e avaliarem os possíveis

impactos na AI necessitam de expandir a caracterização efectuada na situação de referência,

como é por vezes o exemplo da caracterização sócio-económica da província e distrito da área de

um projecto, ou a caracterização da bacia hidrográfica na hidrologia ou as formações e/ou

complexos geológicos na caracterização da geologia de uma determinada AI.

4.2 Clima Moçambique conta com duas estações principais, uma estação quente e húmida e uma estação

fria e seca, dividindo estas o ano climático. A estação fresca e seca estende-se desde Abril a

Setembro e a estação quente e húmida desenvolve-se entre Outubro e Março. Neste tipo de clima

as chuvas são mais intensas no período compreendido entre Dezembro a Março.

4.2.1 Precipitação e temperatura

Na região em análise, a estação quente e húmida apresenta temperaturas médias mensais entre

os 26° C e os 28 °C. A estação seca decorre entre Abril até Setembro, tendo os meses de Junho e

Julho as temperaturas médias mais reduzidas e que se situam em redor dos 21°C. A pluviosidade

total anual média na região da Beira é de cerca de 1550 mm. Estes valores médios mensais

variam desde um máximo mensal de 276 mm (valor registado no mês de Março em plena estação

chuvosa) até um mínimo de 22 mm, valor registado em Setembro (estação seca). Os eventos mais

intensos de precipitação ocorrem entre Dezembro a Março como se pode verificar pelo gráfico de

barras representado na figura abaixo.

Temperatura (ºC)

Plu

vios

idad

e (m

mH

2O)

0

50

100

150

200

250

300

20

21

22

23

24

25

26

27

28

MêsJAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Gráfico Termo-pluviométrico

Figura 4 – Pluviosidade e temperatura média mensal na cidade da Beira (INAM, Adaptado)

4.2.2 Ventos

O regime de ventos na região da Beira é caracterizado por ventos provenientes maioritariamente

do quadrante Este e de Sudeste, direcções que ao longo de todo o ano apresentam uma

frequência de ocorrência combinada de aproximadamente 39% na direcção 129º. Os ventos nesta

região variam em termos anuais entre um mínimo de 10,6 a 15,6 Km/h.

Page 40: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 32

A circulação atmosférica nesta região é claramente caracterizada por zonas de influência de

baixas pressões equatoriais movimentando, horizontalmente, massas de ar quente e húmido que

provocam grandes regimes de precipitações, com maior frequência ao longo da costa e que

incidem sobre as regiões do centro e norte do país. (INAM, 2007). Os ventos de monção são

provenientes sobretudo do quadrante de Sudeste. As figuras seguintes ilustram a distribuição da

velocidade média mensal com base na consulta de dados provenientes da série temporal entre

1961-2010. As direcções do vento são expressas na Figura 5 em termos anuais com base em

registos provenientes da estação meteorológica da Beira/Aeroporto e a partir de dados horários

referentes ao período compreendido entre 2010 a 2015, dados disponibilizados pela NOAA.

Figura 5 – Distribuição da Velocidade do vento anual na região da Beira(INAM, Adaptado).

Figura 6 – Distribuição da direcção do vento entre 2010-2015, na região da Beira (NOAA,2016)

Page 41: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 33

4.2.3 Ciclones

Normalmente o período de ciclones em Moçambique começa em Novembro, podendo o mesmo

continuar até Abril. Por média, três a cinco ciclones formam-se em cada ano no Canal de

Moçambique (Tinley, 1971). A ocorrência de ciclones no Canal de Moçambique é rara no sul do

país, devido à protecção da ilha de Madagáscar. Na região da Beira ocorrem em média cerca de 6

a sete ciclones por ano (INAM, 2005). A Figura 7 apresenta as zonas de riscos de ciclones em

Moçambique.

Fonte: INAM (2005).

Figura 7 – Zonas de Risco de Ciclone: Número de Ciclones Tropicais entre 1970 e 2000

Page 42: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 34

4.3 Geologia

A área em estudo localiza-se na cidade da Beira que se estende sobre uma planície costeira

formada por acumulação aluvionar e marinha durante o último evento de regressão marinha,

ocorrido no início do Quaternário (Pleistoceno). Este fenómeno aconteceu em toda costa africana

oriental e permitiu que os rios Pungué e Buzi depositassem sedimentos continentais originários de

afloramentos localizados a montante da cidade da Beira.

A geologia da região da Grande Beira é caracterizada por uma vasta aplanação com cotas que

variam de 52 m na zona do Dondo, a NW, e 0 m no litoral (Figura 8). Com excepção da arriba

entre o Dondo e a Beira de direcção NW-SE, o relevo é praticamente plano, com suave inclinação

para SE.

Figura 8 – Hipsometria da região enquadrante

Page 43: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 35

Toda a área, quer a nível geomorfológico quer a nível geológico é fortemente influenciada pelo

estuário que apresenta uma forma de funil (a sua largura e profundidade decresce quase

exponencialmente em direcção a montante), o que significa que o fornecimento de sedimentos

pelo rio é insuficiente para manter a quantidade de sedimentos que é removida pelas ondas de

maré e correntes de maré (Nzualo et al, 2013).

Na zona industrial onde se encontra o Terminal da Total ocorrem depósitos aluvionares recentes

(Qa), compostos por areias, silte e cascalho depositados pelas águas correntes ou material de

inundação em ambiente fluvial ou deltaico (Figura 9).

Figura 9 – Enquadramento Geológico

Page 44: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 36

A camada superficial aluvial é principalmente composta de material arenoso, mas geralmente

cobre um aluvião argiloso que provem de um velho solo orgânico que se desenvolveu nas zonas

pantanosas. Este estrato impermeável subjacente explica a baixa capacidade de autodrenagem

dos solos.

4.4 Solos

4.4.1 Caracterização

Os solos estão na directa dependência do substrato geológico e dos processos recentes de

sedimentação Fúlvio-eólica, pelo que são essencialmente fluviossolos, de origem aluvial ou

planície de inundação.

Figura 10 – Tipologia de Solos

Page 45: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 37

De acordo com os critérios de classificação utilizados na Legenda da Carta Nacional de Solos, os

solos presentes na área do Terminal da Beira são solos associados a zonas aluviais e Fúlvio-

marinhas, constituídos solos aluvionais resultantes da deposição de sedimentos marinhos em

áreas submersas por água salgada ou atingidas pelas marés pertencentes ao agrupamento de

Solos Aluvionais Marinhos (Fe) que abarcam uma vasta variedade de solos, normalmente salinos,

com a toalha freática, em geral, a menos de 1 m de profundidade. De acordo com a natureza dos

sedimentos, a textura pode ir de fina a grosseira, verificando-se, normalmente, um aumento do

teor de argila com a profundidade.

4.4.2 Dados de Monitorização

Em 2015 foi efectuado um estudo de contaminação de solos no Terminal da Total da Beira

(Gondwana, 2015). Foram recolhidas 12 amostras de solo (entre 0,3 e 3,0 m de profundidade) e 7

amostras de água (entre 0,3 e 5,0 m de profundidade) e efectuadas análises laboratoriais para a

determinação da concentração de compostos do petróleo, nomeadamente GRO (Gasoline Range

Organics), componentes de poliaromáticos (Acenaftileno, Fluoreno, Fenantreno, Antraceno,

Fluoranteno, Pireno) e DRG (Disel Range Organics).

Adicionalmente, foi efectuada uma pesquisa de gases no solo (Soil Vapour Survey - SVS) usando

um detector de gases (Photo Ionization Detector - PID), para determinar a possível extensão

lateral de compostos orgânicos voláteis (Volatile Organic Compounds - VOC) associados à

contaminação sub-superficial.

A pesquisa SVS revelou concentrações baixas (< 1ppm) a muito elevadas (500 – 4000 ppm). O

valor máximo registado foi de 1954 ppm, junto ao abastecimento de veículos. 18 locais (num total

de 133) apresentaram valores superiores a 50 ppm (indicador de potencial contaminação

significativa do solo sub-superficial).

Foram determinadas concentrações baixas a muito elevadas de VOC nos poços de amostragem.

O valor máximo registado foi de 1959 ppm, junto aos depósitos de combustível. Neste local as

análise de solos revelaram valores elevados GRO (concentrações de Tolueno de 2300 mg/Kg) e

concentrações residuais de DRG (20 mg/Kg).

Foi, também, detectada a presença de DRG em 7 locais monitorizados, em concentrações

residuais, inferiores a 20 mg/kg.

Foi detectada a presença de GRO ou DRG nas águas subterrâneas em 4 dos locais monitorizados

em concentrações inferiores a 15 μg/L. A concentração de Benzeno no local junto aos depósitos

de combustível, de 4 μg/L, é considerada como apresentando riscos para a saúde humana.

Com base nas concentrações determinadas foi efectuada a análise de risco para a saúde humana.

Foram considerados como principais receptores os trabalhadores da TOTAL e das instalações

circundantes. As áreas residenciais mais próximas localizam-se a cerca de 400 m da instalação.

Foi identificado um poço de capação de água subterrânea a cerca de 300 m da instalação.

Actualmente, este não é utilizado por apresentar água salobra.

Page 46: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 38

A análise de risco efectuada concluiu que existem alguns riscos para a saúde humana associados

à actual contaminação de solos junto aos depósitos de combustível. No entanto, não sendo um

local onde estejam permanentemente trabalhadores e tendo em consideração a natureza industrial

da instalação em estudo considera-se que este risco não é relevante.

Para mais detalhes e recomendações efectuadas conferir Volume II – Campanha de

Monitorizações.

4.5 Hidrologia Superficial

A cidade da Beira localiza-se na margem Norte da foz do Rio Pungué (Figura 11) que desagua no

Oceano Índico, desenvolvendo uma planície aluvial que termina num delta submarino (Dias et al,

2012). O rio Pungué tem um comprimento total de aproximadamente 400 km nascendo nas

encostas ocidentais das Montanhas Inyangani a uma altitude de 2.500 m.

O rio Pungué tem uma direcção de escoamento sudeste, atravessando o Parque Nacional da

Gorongosa (PNG), onde entra na planície de inundação culminando no estuário (zona intertidal no

Oceano Índico na zona do Porto da Beira onde se localiza o Terminal da Total.

Os principais afluentes do Rio Pungué são o Nhazónia, o Txatora, o Vunduzi e os rios Urema

afluentes da margem norte e o Honde, Metuchira e o Muda afluentes na margem sul.

Lago Urema, de grande importância biogeográfica, varia consideravelmente em área, desde um

mínimo de cerca de 10 km2 durante a estação seca para 120 km2 durante os períodos de maior

caudal do rio.

Na zona jusante da bacia do Rio Pungué, com excepção da arriba entre o Dondo e a Beira de

direcção NW-SE, o relevo é praticamente plano. A arriba é resultante do encaixe do antigo leito do

rio Pungué e faz a separação da rede de drenagem. Para Oeste da arriba, a rede de drenagem é

dendrítica, tem direcção aproximadamente NE-SW, corta a arriba e o terraço antigo do rio Pungué,

onde desagua. Para Este da arriba, a rede de drenagem secundária é anastomosada, composta

por um conjunto intrincado de riachos com cursos irregulares, efémeros, em cujas cabeceiras se

formam pequenos charcos e desaguam em linhas de água com cursos orientados

aproximadamente de NW para SE, grande parte dos quais se junta numa vasta área húmida

(wetland) com grande acumulação de aluviões.

Page 47: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 39

Figura 11 – Principais bacias hidrográficas enquadrantes da área em estudo

A figura seguinte evidência as linhas de escoamento superficial calculadas a partir do modelo

digital do terreno.

Page 48: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 40

Figura 12 – Hidrologia Superficial na área de inserção do projecto.

Na zona litoral, onde se localiza o Terminal da Beira, a escorrência faz-se por pequenas linhas de

água que drenam directamente para o rio Pungué cujos limites são difíceis de delimitar devido às

características fortemente urbanas da região em estudo, com a cidade da Beira, zona portuária e

Page 49: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 41

industrial. As linhas de água encontram-se fortemente alteradas pelas obras de drenagem urbanas

e pela consequente alteração das características do solo (impermeabilizações) e declives (por

terraplenagens) que condicionam o escoamento superficial.

4.6 Campanha de Monitorização

Em Outubro de 2016 foram caracterizados os parâmetros resumidos na seguinte Tabela.

Tabela 14 – Parâmetros a monitorizar

Parâmetro

Demanda Bioquímica de Oxigénio (DBO5)

Demanda Química de Oxigénio (DQO)

Óleos e Gorduras

Crómio

Zinco

Foi efectuado a monitorização do efluente à saída do sistema de tratamento SAO em

funcionamento (junto do posto de abastecimento).

4.6.1 Interpretação dos Resultados

Dos resultados obtidos conclui-se que a qualidade do efluente à saída do SAO excede os limites

definidos no Decreto nº 18/2004, de 2 de Junho, para Oficinas e Estações de Serviço, para os

parâmetros DBO, DQO e Óleos e Gorduras. Os valores de DQO determinados são muito

superiores aos definidos na legislação, de 622 mg/L (a legislação define um máximo de 80 mg/L).

Para mais detalhe e recomendações efectuadas conferir Volume II – Relatório de Monitorização.

4.7 Hidrogeologia

4.7.1 Caracterização

A zona da Beira tem uma cobertura aluvionar arenosa, que pode conter água subterrânea a

pequena profundidade, ao longo dos vales principais e na faixa costeira. Numerosos lagos e

lagoas temporários ocupam leitos argilosos locais, o que revela que o lençol freático encontra-se

muito próximo da superfície do terreno.

O lençol freático situa-se entre os estratos aluviais argilosos e arenosos. As condições da recarga

natural são pouco favoráveis e a produtividade dos furos é muito limitada, mesmo quando o nível

hidrostático é superficial (3 a 5m). O Terminal da Beira localiza-se na zona portuária, no estuário

do rio Pungué onde a proximidade com o mar faz que a água salgada se possa introduzir

facilmente no subsolo e como consequência, o lençol freático mais profundo é muitas vezes

salobre e impróprio para uso doméstico ou agrícola (Figura 13).

Page 50: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 42

Classe produtividade Tipo de aquífero

1. Produtividade elevada

2. Produtividade moderada

3. Produtividade em geral reduzida

(localmente moderada)

4. Produtividade reduzida

A – Aquíferos intergranulares não consolidados A1 A2 A3 x

B – Aquíferos fracturados B1 B2 B3 x C – Formações de baixa

permeabilidade x C1 C2 C3

Figura 13 - Excerto da Carta Hidrogeológica de Moçambique (escala original: 1:1000000). Sistemas Aquíferos

A tabela seguinte resume as principais características do sistema aquífero existente na área em

estudo.

Tabela 15 - Principais características do Sistema aquífero existente na área em estudo

CLASSE Tipos de aquíferos (de maior representação)

C1

Áreas com aquíferos locais (intergranulares ou fissurados) de produtividade limitada ou áreas sem água subterrânea significativa

Aquíferos em zonas de depósitos argilosos, por vezes arenosos, de produtividade limitada (Q = < 5 m3/h).

Permeabilidade fraca a muito fraca.

A nível da hidrologia subterrânea a região em estudo tem uma alguma potencialidade em termos

de recursos hídricos subterrâneos, com a presença de aquíferos associados a extensa cobertura

sedimentar. Os aquíferos estão associados aos depósitos quaternários, constituídos por areias e

argilas, representando áreas com aquíferos locais de produtividade limitada ou até mesmo áreas

sem água subterrânea significativa.

Constata-se a existência de pouca informação sobre a real qualidade das águas subterrâneas na

região. Verifica-se, contudo, que os aquíferos existentes são vulneráveis a poluição, havendo a

registar a ocorrência de pressões pontuais e difusas geradoras de contaminação das águas

subterrâneas, bem como de situações de salinização de aquíferos.

Page 51: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 43

4.7.2 Qualidade das Águas Subterrâneas

Em 2015 e 2016 foi efectuada a monitorização da qualidade da água subterrânea (SGS, 2016),

com o objectivo de identificar possíveis contaminações de solos e águas subterrâneas por

hidrocarbonetos. Para tal, foram recolhidas amostras de água em 3 piezometros existentes no

Terminal da Total e efectuadas análises laboratoriais para a determinação da concentração de

compostos do petróleo, nomeadamente BTEX (BTEX é um acrónimo que dá nome ao grupo de

compostos formado pelos hidrocarbonetos: benzeno, tolueno, etil-benzeno e os xilenos. Estes

compostos são alguns dos compostos orgânicos voláteis encontrados nos derivados de petróleo

tais como a gasolina e o gasóleo) e TPH (Total Petroleum Hydrocarbons, Total de

Hidrocarbonetos. É um termo usado para qualquer mistura de hidrocarbonetos que são

encontrados no petróleo bruto).

Na campanha de 2016 não foi identificada contaminação da água por hidrocarbonetos.

4.8 Qualidade do Ar

A área de inserção do projecto localiza-se no interior do porto marítimo da Beira, local em que se

desenvolvem um conjunto de actividades industriais que contribuem para a alteração da qualidade

do ar e também do ambiente sonoro.

As operações de carga e descarga de veículos rodoviários, de composições ferroviários

carregadas de carvão provenientes da região de Moatize e as operações de estiva com recurso a

meios mecânicos dão origem à libertação de poluentes atmosféricos como é o caso de material

particulado e gases poluentes como o dióxido de enxofre, dióxido de azoto e compostos orgânicos

voláteis. A libertação destes poluentes atmosféricos é resultado directo da libertação de gases de

escape proveniente dos motores de combustão interna de equipamento e veículos utilizados nas

operações acima referidas.

Em relação à qualidade do ar São múltiplas as fontes responsáveis pela libertação de poluentes

atmosféricos existentes na cidade da Beira. Destas fontes destacam-se as emissões atmosféricas

geradas pela actividade diária de pequenas indústrias localizadas na cidade e nos seus arredores;

as emissões de material particulado associado às actividades desenvolvidas no interior do porto

Marítimo da Beira sendo importante referenciar ainda as as emissões de gases de combustão

gerados pela circulação de veículos ligeiros e pesados que circulam no interior da Cidade. Deste

particular destaque para o tráfego de camiões e de outros veículos de e para o porto da Beira os

quais representam um fluxo diário de cerca de 800 veículos; o consumo de carvão e de lenha para

fins domésticos pela maioria da população que habita nesta cidade e a queima diária de resíduos

domésticos numa lixeira localizada junto ao porto marítimo da Beira são outras importantes fontes

de poluentes atmosféricos presentes na cidade.

4.8.1 Campanhas de monitorização de 2014

Em 2014 foi realizado pela Consultec uma campanha de monitorização da qualidade do ar em

diferentes pontos da Cidade da Beira que revelou que esta cidade apresenta elevadas

concentrações de partículas em suspensão as quais excedem os valores limite definidos pelas

Page 52: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 44

autoridades de Moçambique para o total de partículas em suspensão (PTS) 150 µg/m3 conforme o

Decreto n° 18/2004. É excedido também o valor guia definido para a fracção de material

particulado inferior a 10 µm as PM10 cujo valor guia em termos de média diária é de 50 µg/m3

conforme as orientações da Organização Mundial de Saúde.

No âmbito dessa campanha de monitorização foi também analisado o total de Compostos

Orgânicos Voláteis em diferentes pontos da cidade da Beira, tendo-se verificado que as emissões

de compostos orgânicos voláteis são reduzidas e com pouca significância sobre impactos na

qualidade do ar. As concentrações de Hidrocarbonetos de petróleo, de BTEX (Benzeno, Tolueno)

e compostos orgânicos voláteis halogenados revelaram-se como sendo ligeiramente superiores

aos limites de quantificação dos métodos analíticos mas ficando muito aquém dos valores limite

estipulados por legislação internacional tal como a definida pela UE e pela Africa do Sul que

estipula um valor limite de 5 µg/m3.

4.8.2 Campanhas de monitorização de 2016

Mais recentemente e com o intuito de caracterizar os níveis de Compostos Orgânicos Voláteis

junto do Terminal de Combustível da Beira foi realizada em Outubro de 2016 uma campanha de

monitorização da qualidade do ar na qual foram seleccionados cincos locais distintos nas

imediações deste Terminal de Combustível. Os locais foram seleccionados de modo a

abrangerem a área de influência do terminal. O processo de amostragem foi realizado de modo a

garantir que as amostras obtidas sejam representativas da área de influência do terminal pelo que

se decidiu colocar as amostras na vizinhança imediata deste terminal. A Tabela 16 apresenta a

localização dos pontos de monitorização, datas de instalação e duração das amostragens

realizadas.

Tabela 16 – Locais de monitorização no perímetro da instalação

IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA E DO LOCAL DE AMOSTRAGEM INSTALAÇÃO DESINSTALAÇÃO

ID amostra Coordenadas GPS Data Hora Data Hora

M P

B1 19°48'27.30"S 34°50'40.40"E 13/10/2016 12:25 20/10/2016 12:20

B2 19°48'25.30"S 34°50'34.20"E 13/10/2016 12:12 20/10/2016 12:16

B3 19°48'19.00"S 34°50'38.80"E 13/10/2016 11:30 20/10/2016 12:06

B4 19°48'21.90"S 34°50'44.10"E 13/10/2016 10:25 20/10/2016 11:58

B5 19°48'25.90"S 34°50'51.90"E 13/10/2016 13:25 20/10/2016 13:35

Page 53: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 45

Fonte: Imagem Google earth

Figura 14 – Localização dos pontos de amostragem

A campanha de monitorização foi iniciada no dia 13 de Outubro de 2016 tendo terminado no dia

20 de Outubro de 2016. As Tabela 17 a Tabela 20 sintetizam as concentrações dos diferentes

grupos de COV’s analisadas nos diferentes locais de monitorização na envolvente do Terminal de

Combustível da Beira. Os resultados apresentados referem-se aos elementos que apresentaram

concentrações acima dos limites de detecção dos métodos analíticos utilizados.

Tabela 17 – Resultados referentes a Compostos Orgânicos BTEX

#

Concentrações de Compostos Orgânicos Voláteis

Compostos Orgânicos BTEX Compostos Orgânicos Halogenados

Benzeno

(µg/m3)

Tolueno

(µg/m3) Etil-Benzeno

(µg/m3) Xilenos

(µg/m3)

∑ TOTAL BTEX

(µg/m3)

1.4-Diclorobenzeno

(µg/m3)

Tetraclorometano

(µg/m3)

∑ TOTAL VOC’s halogenados

(µg/m3)

B1 4,83 23 4,79 19,3 51,92 0,544 0,325 0,87

B2 2,70 10,2 2,77 11,3 26,97 0,580 <0,300 0,88

B3 3,94 15,0 4,7 19,0 42,64 0,788 <0,300 1,09

B4 2,77 12,2 4,35 17,1 36,42 0,881 <0,300 1,18

B5 0,915 2,9 1,02 3,97 8,81 0,562 <0,300 0,86

Page 54: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 46

Tabela 18 – Resultados referentes a Compostos orgânicos não-halogenados

#

Concentrações de Compostos Orgânicos Voláteis

∑ Compostos Orgânicos não-Halogenados ∑ TOTAL VOC’s não-Halogenados

(µg/m3) 2-Metilhexano

(µg/m3)

Metilciclohexano

(µg/m3) Ciclohexano

(µg/m3) Isooctano

(µg/m3)

MTBE

(µg/m3)

Metilciclopentano

(µg/m3)

B1 10,27 9,16 5,83 3,02 <0,310 6,48 35,1

B2 4,70 5,51 3,63 0,645 0,379 2,94 17,8

B3 7,32 8,69 6,75 0,766 0,437 5,17 29,1

B4 5,76 6,88 4,66 0,672 <0,310 3,30 21,6

B5 1,33 2,37 1,81 <0,360 <0,310 0,947 7,1

Tabela 19 – Resultados referentes a Compostos orgânicos aromáticos.

# Concentrações de Compostos Orgânicos Voláteis

∑ Compostos Orgânicos Voláteis Aromáticos (g/m3)

Parâmetro / Local medição B1 B2 B3 B4 B5

1,2,3-Trimetilbenzeno 5,71 3,28 7,34 6,78 1,47

1,2,4-Trimetilbenzeno 1,25 0,729 1,74 1,64 <0,40

1,3,5-Trimetilbenzeno 1,89 1,08 2,82 2,46 <0,60

2-Etiiltolueno 2,26 1,42 3,47 3,27 0,67

3-Etiltolueno 3,96 2,29 5,33 4,85 0,92

4-Etiltolueno 1,98 1,155 2,9425 2,64 <0,55

Isopropilbenzeno 0,529 0,357 0,862 0,775 <0,340

n-Propilbenzeno 1,13 0,692 1,62 1,44 <0,350

∑ TOTAL VOC’s Aromáticos

(µg/m3) 18,71 11,00 26,12 23,86 5,30

Tabela 20 – Resultados referentes aos Compostos Orgânicos de hidrocarbonetos de Petróleo.

# Concentrações de Compostos Orgânicos Voláteis

Compostos Orgânicos Voláteis – Hidrocarbonetos de Petróleo (g/m3)

Parâmetro / Local medição B1 B2 B3 B4 B5

Fracção Hidrocarb. C10 - C11 7,6 6,42 18,2 17 <4,60

Fracção Hidrocarb. C11 - C12 <8,30 <8,30 14,7 12,5 <8,30

Fracção Hidrocarb. C12 - C13 27,0 33,0 59,0 36,0 70,0

Fracção Hidrocarb. C6-C7 33,6 13,7 23,3 18,9 4,8

Fracção Hidrocarb. C7-C8 39,1 24,8 41,9 40,1 10,4

Page 55: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 47

# Concentrações de Compostos Orgânicos Voláteis

Compostos Orgânicos Voláteis – Hidrocarbonetos de Petróleo (g/m3)

Parâmetro / Local medição B1 B2 B3 B4 B5

Fracção Hidrocarb. C8-C9 35,7 29,8 68,6 64,6 14,9

Fracção Hidrocarb. C9-C10 19,2 16,8 45,9 42,4 8,65

n-Decano 5,57 4,42 13,6 <0,460 2,12

n-Dodecano 12,9 15,4 21 18,6 11

n-Heptano 9,29 5,1 10,5 9,74 2,37

n-Hexano 14,9 6,09 13,5 8,56 2,16

n-Nonano 10,2 8,87 23,1 21,8 4,31

n-Octano 10,6 7,62 19,4 17,9 3,96

n-Pentano 26 12 24,6 9,31 2,54

n-Undecano 3,14 2,42 6,82 6,24 1,24

∑ TOTAL Hidrocarbonetos de Petróleo (µg/m3) 254,8 186,4 404,1 323,7 138,5

4.8.3 Interpretação de resultados

Das inúmeras espécies de COV’s que foram alvo de avaliação em cada um dos 5 locais de

amostragem instalados nas imediações deste Terminal de combustíveis, detectou-se a presença

de compostos orgânicos voláteis pertencentes ao grupo dos BTEX, ao grupo dos compostos

orgânicos halogenados e não-halogenados assim como a presença de compostos orgânicos

aromáticos e também de Hidrocarbonetos de Petróleo. Todos estes grupos de compostos

orgânicos voláteis apresentaram concentrações que se apresentaram acima dos limites de

detecção dos métodos analíticos aplicados o que permite concluir pela presença efectiva destes

elementos nos pontos de amostragem pré-estabelecidos.

Importa também referir que no âmbito desta campanha de amostragem, as 5 amostras analisadas

foram também alvo de determinações analíticas para o despiste de outros grupos de compostos

orgânicos voláteis tais como os pertencentes ao grupo dos álcoois, ao grupo dos aldeídos/cetonas

e ao grupo dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAH). No entanto não foi detectada a

presença de elementos pertencentes a estes grupos. Os resultados obtidos apresentaram

concentrações sistematicamente inferiores aos limites inferiores de detecção dos métodos

analíticos aplicados conforme patente no Anexo I - Boletins Analíticos o qual descrimina as

concentrações de todos os parâmetros analisados incluindo os que se apresentam com resultados

inferiores aos limites de detecção.

Em termos gerais, e com base na análise dos resultados obtidos e apresentados nas Tabela 17 a

Tabela 20 verifica-se que os elementos presentes sugerem algum grau de volatização de

hidrocarbonetos de petróleo devido ao facto de as amostras analisadas se localizarem no interior

de um Parque Industrial onde entre outras actividades ocorre o armazenamento de combustíveis

Page 56: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 48

fósseis e operações de transferência e distribuição dos mesmos. Pode-se, portanto, concluir que a

especiação dos elementos detectados é típica de locais situados na vizinhança imediata de áreas

de armazenamento e transferência de Combustíveis, no entanto face às concentrações obtidas

pode-se também verificar que o grau de volatização de combustível será apenas marginal ou

mesmo negligenciável.

Em todas as amostras analisadas não se verificou qualquer violação dos valores limite estipulados

pela legislação nacional nomeadamente a estipulada através do Decreto n.º 18/2004 de 2 de

Junho (Regulamento sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes) alterado

pelo Decreto nº 67/2010 ou de qualquer outro padrão internacional. As concentrações dos

diferentes compostos orgânicos voláteis apresentam também valores substancialmente inferiores

aos valores máximos recomendados pela NIOSH o que pressupõe o cumprimento dos padrões

estabelecidos no âmbito da exposição dos trabalhadores a este tipo de compostos orgânicos.

4.9 Ambiente Sonoro

Na área de inserção do projecto o ambiente sonoro encontra-se actualmente afectado pela

operação quotidiana e generalizada de máquinas e equipamentos e também pela circulação de

veículos rodoviários ligeiros e pesados assim como pela circulação e operação das composições

ferroviárias que vêem descarregar carvão no terminal ferroviário existente no Porto da Beira. Na

envolvente exterior ao Porto da Beira um particular destaque para as emissões de ruído geradas

pela circulação do tráfego automóvel existente nas vias de comunicação limítrofes a esta área

industrial.

4.9.1 Campanha de Monitorização

Em Outubro de 2016, no âmbito de uma avaliação de ruído realizada nas instalações da Total

foram também realizadas medições de ruído ambiental ao longo do perímetro desta instalação

com o objectivo de se conhecer os níveis de ruído existentes nos limites do Terminal

eventualmente influenciado por fontes sonoras exteriores ao Terminal. A localização destas

medições, os parâmetros avaliados e a duração das amostragens encontram-se patentes na

tabela e figura seguinte.

Tabela 21 – Localização dos pontos de medição de ruído ambiental

Ponto de Amostragem

Coordenadas (WGS84)

Parametros Equipmento Duração da Amostragm

B1 19º48’27.3’’ S LAeq dB(A)

L10, L50, L90 dB(A) 1/3 Octave Spectrum

Black Solo Sonometro 3 Medições

independentes de 15 minutos cada 34º50’40.8’’ E

B2 19º48’25.4’’ S LAeq dB(A)

L10, L50, L90 dB(A) 1/3 Octave Spectrum

Black Solo Sonometro 3 Medições

independentes de 15 minutos cada 34º50’34.3’’ E

B3 19º48’18.8’’ S LAeq dB(A)

L10, L50, L90 dB(A) 1/3 Octave Spectrum

Black Solo Sonometro 3 Medições

independentes de 15 minutos cada 34º50’39.0’’ E

B4 19º48’21.7’’ S LAeq dB(A) Black Solo Sonometro 3 Medições

Page 57: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 49

Ponto de Amostragem

Coordenadas (WGS84)

Parametros Equipmento Duração da Amostragm

34º50’44.2’’ E L10, L50, L90 dB(A) 1/3 Octave Spectrum

independentes de 15 minutos cada

Fonte: Imagem Google earth

Figura 15 – Localização dos Pontos de medição de Ruido exterior

A Tabela 22 apresenta os resultados das sonometrias realizadas nos quatro pontos de medição

anteriormente referidos.

Tabela 22 – Sonometrias de ruido no exterior do Terminal de combustível.

Ponto Amostra Inicio

Amostragem Final Amostragem LAeq (A) LAeq min LAeq Max L90 L50 L10

R1

Total024 13/10/2016 11:25 13/10/2016 11:32 58,5 55,7 62,7 56,4 57,4 60,7

Total025 13/10/2016 11:33 13/10/2016 11:40 56,6 55,2 63,3 55,8 56,3 57,1

Total026 13/10/2016 11:42 13/10/2016 11:49 57,4 55,3 61,9 56,1 57 58,5

Média 57,6 55,4 62,7 56,1 56,9 59,0

R2

Total021 13/10/2016 10:52 13/10/2016 10:59 59,1 51,8 67,5 53,6 57,7 62,00

Total022 13/10/2016 11:03 13/10/2016 11:10 59,8 51,4 68,9 54,4 58,3 62,7

Total023 13/10/2016 11:12 13/10/2016 11:19 60,3 50,3 68,2 53,6 57,5 63,8

Média 59,8 51,2 68,2 53,9 57,8 62,9

R3 Total018 13/10/2016 10:24 13/10/2016 10:31 55,5 48,5 63,5 50,2 53,2 58,4

Page 58: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 50

Ponto Amostra Inicio

Amostragem Final Amostragem LAeq (A) LAeq min LAeq Max L90 L50 L10

Total019 13/10/2016 10:32 13/10/2016 10:39 58,9 50,1 72,2 51,1 53,1 60,9

Total020 13/10/2016 10:40 13/10/2016 10:47 59,5 50,6 72,8 52,3 55,8 61,4

Média 58,3 49,8 71,0 51,3 54,2 60,4

R4

Total027 13/10/2016 11:53 13/10/2016 11:56 60,4 51,1 73,4 53,4 57,7 62,5

Total028 13/10/2016 11:57 13/10/2016 12:04 65,6 49,3 83,5 52,8 61,1 68,00

Total012 13/10/2016 09:45 13/10/2016 09:52 59,7 51,4 73,9 54,9 56,9 60,8

Média 62,8 50,7 79,5 53,8 59,0 64,9

4.9.2 Interpretação dos Resultados

Com base nos resultados das sonometrias efectuadas pode-se verificar que na periferia do

Terminal de Combustível os níveis de ruído existentes são globalmente reduzidos tendo em conta

que a área de implantação do terminal apresenta um uso industrial. As sonometrias realizadas

apresentaram uma variação entre um mínimo de LAeq = 55,5 dB(A) e um valor máximo de LAeq=

65,6 dB(A).

Em termos de valores médios, os níveis de ruído apercebidos em nestes quatro pontos de

amostragem variaram entre os 57,6 dB(A) e os 62,8 dB(A).

Com base nos critérios de avaliação para o ruido ambiental em que se estabelece um valor limite

de 70 dB(A) para zonas com utilização industrial conforme os critérios da Organização Mundial de

Saúde pode-se concluir que os níveis medidos cumprem integralmente o critério máximo definido

para o ruído proveniente de áreas industriais e comerciais

4.10 Ambiente biótico

4.10.1 Flora e Habitats

Na província de Sofala, a vegetação é composta por dois principais tipos de vegetação: mosaicos

costeiros e vegetação indiferenciada (Barbosa, 1967 e White, 1983). Os mosaicos são dominados

por florestas de dunas costeiras, pradarias com florestas indiferenciadas, vegetação dunar e

mangais.

A vegetação natural da área do Terminal foi substituída por vegetação antrópica, devido à intensa

influência humana.

Os habitats existentes na área envolvente ao Terminal consistem principalmente áreas

artificializadas/industriais, vegetação antropizada, área inundáveis, áreas agrícolas e mangal,

como se pode observar na figura seguinte. Sendo de referir que a área de influência do terminal,

num raio de 500 m, abrange apenas área industrial artificializada.

Page 59: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 51

Figura 16 – Habitats na envolvente da área do projecto, numa envolvente de 500 m.

Page 60: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 52

Conforme foi mencionado anteriormente, a área de influência directa do Terminal corresponde a

áreas artificializadas. Esses terrenos incluem a área industrial do Porto da Beira, que se

caracteriza pelo desenvolvimento de várias actividades antropogénicas que ao longo do tempo

levaram à destruição da vegetação natural, que em determinada zonas não ocupadas foi

substituída por vegetação ruderal e espécies invasoras.

Nestas áreas, a vegetação natural está completamente ausente, e apenas algumas espécies

ruderais ocupam as pequenas áreas do solo restante. Devido ao elevado grau de antropização

estas áreas não têm valor ecológico para as plantas ou animais terrestres.

Os mosaicos costeiros surgem ao longo da costa e incluem vários tipos de vegetação costeira e

sub-costeira. Os mosaicos costeiros na área de estudo incluem áreas de pântano, planícies

alagadas, nas margens de rios e lagos onde há acumulação de água devido a má drenagem.

Também ocorrem florestas indiferenciadas de folha perene que formam um tipo de vegetação

aberta, onde são comuns árvores tais como Ficus verruculosa (nome vernacular chimpanana),

Uapaca nitida (nome vernacular mutongoso), Sygizium guineensis (nome vernacular musso) e

palmeiras, tal como Phoenix reclinata (nome vernacular candjiza) (Marzoli, 2007).

Ao longo da orla marítima da cidade da Beira existe uma cadeia de dunas baixas localizadas a

150-200 m da faixa costeira. A vegetação predominante nas cristas destas dunas é a Casuarina

equisetifolia. A Casuarina equisetifolia é uma espécie que foi introduzida, com o objectivo de

promover a fixação dunar, e não parece haver qualquer regeneração natural da mesma. Mais

baixo nas dunas há capim e ervas. Muitas das dunas estáveis tem na parte frontal plantas

rasteiras e ervas tais como Canavalia maritima, Cucumis sp., Ipoamea pescapre, Sporobolus

virginicus e Cyperus spp (Sereuca e DNA, 2005).

Na área de implementação do terminal a flora que se destaca nas zonas adjacentes ao estuário do

rio Pungue são as árvores de mangal que requerem de grande quantidade de água, ao nível

radicular, para o seu desenvolvimento. Devido ao elevado nível de turbidez natural da água que

caracteriza o estuário, não há vegetação aquática.

Estas formações arbóreas e/ou arbustivas estão localizadas nas margens de água salgada no

estuário do rio Púngoè.

Em termos gerais há cinco espécies de árvores de mangal registadas na região da Beira,

Avicennia marina, Sonneratia alba, Hieritiera littoralis, Rhizophora mucronata e Lumnitzera

racemosa. A espécie de mangal que é de longe a mais abundante é Avicennia marina. Espécies

de árvores tais como Hibiscus tiliaceus e o Peltophorum pterocapum são comuns, juntamente com

arbustos tais como o Pluchea sp.

As áreas de vegetação antropizada localizam-se nas áreas perto dos assentamentos humanos, a

vegetação é profundamente afectada principalmente pelas actividades de agricultura e pecuária. A

vegetação nativa é totalmente modificada, principalmente nas florestas de miombo, devido à

agricultura e á recolha de madeira e lenha pela população local, bem como pela exploração

madeireira.

Page 61: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 53

Na periferia da cidade da Beira os terrenos foram ocupados por áreas agrícolas (machambas),

onde se destaca a produção de arroz, uma vez que se trata de zonas sujeitas a inundação.

As espécies de plantas que ocorrem potencialmente na província de Sofala e o seu estatuto de

conservação da IUCN são indicadas na Tabela abaixo.

Tabela 23 - Espécies de plantas com interesse especial de conservação na província de Sofala

Nome Cientifico Nome Comum Estatuto IUCN / Endemismo

Warburgia salutaris - Vulnerável (VU)

Blepharis swaziensis - Vulnerável (VU) – Quase Endémico

Duvernoia aconitiflora - Vulnerável (VU)

Dolichandrone alba - Vulnerável (VU) - Endémico

Sarcocornia natalensis - Vulnerável (VU)

Fonte: Lista Vermelha de Plantas da IUCN para Moçambique.

Estas espécies são de ocorrência muito improvável na área do Terminal. As espécies lenhosas

com valor comercial referidas no Regulamento de Florestas e Fauna Bravia (RFFB, Decreto n. º

12/2002, de 6 de Junho) são também pouco prováveis na área do Terminal.

4.10.2 Fauna

Na província de Sofala, as principais áreas com grande número de animais selvagens nas duas

províncias são o Parque Nacional da Gorongosa, a Reserva de Búfalos de Marromeu e as

coutadas oficiais adjacentes.

Estas áreas foram reconhecidas internacionalmente como áreas exclusivas para a diversidade da

vida selvagem e da biomassa. Contudo estas áreas, em particular a Gorongosa, estiveram no

centro da guerra civil durou desde 1977, até que o acordo de paz foi assinado em 1992. Estima-se

que a guerra tenha causado uma diminuição de entre 70% e 90% da maioria das espécies de

ungulados na Gorongosa e na região.

As demais áreas da província incluem espécies de mamíferos geralmente comuns com ampla

distribuição e de menor importância para a conservação. A província mostra uma intensa pressão

humana, devido à expansão das áreas de habitação, agricultura e recolha de recursos naturais.

Na área do terminal, a intensiva influência humana tem afectado várias espécies da fauna, que

agora estão limitadas às espécies habituadas à presença de seres humanos. Junto às zonas

húmidas, podem surgir diferentes espécies de anfíbios e aves.

A fauna terrestre, envolvente da área do projecto, está associada ao mangal e as áreas dunares.

Devido à caça, as espécies de grandes mamíferos não são comuns nesta área. Segundo Sereuca

e DNA (2005), dentro do perímetro urbano, a diversidade de pássaros reduz-se ao pardal

doméstico (Passer motitensis) e ao corvo malhado (Corvus albus). Os numerosos pântanos que

circundam a cidade, mangais e as zonas influenciadas pelas marés proporcionam no entanto um

habitat adequado para uma diversidade de pássaros incluindo aves pernaltas e as andorinhas do

Page 62: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 54

mar. As espécies mais comuns são o Euplectes orix (bispo vermelho), a Egretta garzeta (garça

pequena branca) e a Chilodonas hybrida (gavinha dos pauis).

As florestas de mangal albergam também répteis, anfíbios e várias espécies de invertebrados

(insectos, gastrópodes) associados à vegetação e à componente aérea das árvores de mangal.

As áreas húmidas planas do delta do rio Púngoè são habitat de espécies de avifauna aquática tais

como a garça-branca-pequena (Egretta garzetta), carraceira (Bubulcus ibis), garça-branca média

(Egretta intermedia), garça branca grande (Egretta alba), corvo-marinho-africano (Phalacrocorax

africanus), cegonha-de-bico amarelo (Mycteria íbis), cegonha-episcopal (Ciconia episcopus), Grus

carunculata, águia-pesqueira-africana (Haliaetus vocier), águia-cobreira (Circaetus gallicus),

Numenius phaeopus, Charadrius marginatus, jacana africana (Actophilornis africanus),

Streptopelia semitorquata, entre outras espécies (Sweco, 2004).

Na bacia do rio Púngoè são comuns répteis como o crocodilo-do-nilo, lagartos varanos e pitões,

ocorrendo espécies endémicas, como a cobra serpente do Púngoè, endémica da bacia do rio

Púngoè e três espécies de cobras, a cobra de água (Lycodonomorphus obscuriventris), a cobra

lobo anã (Lycophidion nanus) e a víbora (Proatheris superciliaris) quase endémica da planície de

inundação deste rio (Sweco, 2004).

Em relação à fauna aquática merece destaque a amêijoa, pelo seu valor comercial. De acordo

com o estudo de Bata (2006), a espécie mais importante, Meretrix meretrix, ocorre junto aos

bancos de areia da foz do Pungue em frente ao Porto Comercial.

Na zona em frente do centro de pesca do Régulo Luís há ocorrência de várias espécies de

camarões assim como nas restantes partes do estuário do Pungue e áreas adjacentes. Porém,

uma particularidade de destaque para aquela área é a ocorrência de habitat específico para o

camarão P. monodon; ao nível do estuário do rio Pungue e arredores não existe outro local onde

ela assim se concentra.

As espécies Fenneropenaeus indicus e Metapenaeus monoceros constituem 99% em número de

camarões no estuário do Pungue. Normalmente, estes camarões têm uma fase adulta marinha e

uma fase juvenil estuarina ou costeira e o ciclo completa-se em um ano.

Garça branca grande (Egretta alba)

Jacana africana (Actophilornis africanus)

Fotografia 1 – Exemplos de fauna na área do Terminal.

Page 63: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 55

4.10.3 Zonas Ecologicamente Sensíveis

Os habitats de mangal são particularmente vulneráveis, devido à sua acessibilidade, utilidade

como recurso e às pressões no sentido do desenvolvimento pela costa, incluindo

desenvolvimentos portuários.

As espécies (faunísticas) mais sensíveis são aquelas que, ao longo do seu ciclo de vida, e numa

fase inicial da vida, migram entre mangais e habitats marinhos (áreas para o crescimento juvenil),

p. ex. camarões penaeídeos.

Na área de influência do terminal não se registou a existência de mangais.

4.11 Ambiente Socioeconómico

4.11.1.1 Divisão Administrativa

Em termos administrativos, o projecto localiza-se na cidade da Beira, província de Sofala. A

província de Sofala situa-se na região centro do país. É limitada a este pelo Oceano Índico, faz

fronteira com as províncias de Tete e Zambézia a Norte e Nordeste, onde é limitada pelo rio

Zambeze, faz fronteira com a província de Inhambane a Sul, onde é limitada pelo Rio Save, a

Oeste faz fronteira com a província de Manica.

A província de Sofala é subdividida em treze (13) distritos, nomeadamente: Cidade da Beira, que é

a capital da província, Buzi, Caia, Cheringoma, Chibabava, Dondo, Gorongosa, Machanga,

Muanza Maringué, Marromeu, Nhamatanda e Chemba. O terminal de combustível em análise

situa-se na Cidade da Beira.

A cidade da Beira inclui a área da cidade-cimento e a área suburbana. A cidade possui 26 bairros,

nomeadamente: Macuti, Palmeiras, Ponta-Gêa, Chaimite, Pioneiros, Esturro, Matacuane,

Munhava-Central, Mananga, Vaz, Maraza, Chota, Alto da Manga, Nhaconjo, Chingussura, Vila

Massane, Inhamizua, Matadouro, Mungassa, Ndunda, Manga Mascarenha, Muave, Nhangau,

Nhangoma e Chonja (CHAIMITE, 2010).

Cidade da Beira

A Cidade da Beira é limitada a norte pelo distrito do Dondo, a Sul pelo Oceano Índico, a este pelo

Oceano Índico e distrito do Dondo e a Oeste pelo distrito de Búzi.

A cidade da Beira possui uma história influenciada, marcadamente, pela sua localização e

aspectos geográficos (físico-naturais) – a localização favorável junto ao estuário dos rios Buzi e

Pungué (vias de acesso ao Império de Muenemutapa) atribuiu a Baia de Sofala uma importância

comercial para a região desde os tempos pré-coloniais. A importância desta Cidade-Porto

alcançou uma posição considerável a nível regional através da criação do Corredor da Beira, em

1975, e a consequente modernização do Porto, bem como o desenvolvimento da linha do Sena.

A cidade da Beira é a segunda maior cidade de Moçambique e está dividida em 26 bairros. É o

centro urbano mais importante da região centro do país, dada a sua importância logística. O

chamado corredor da Beira integra uma infra-estrutura portuária principal com corredores

Page 64: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 56

ferroviários e rodoviários: a linha férrea de Sena, a estrada nacional N6, que liga Zimbábue,

Zâmbia e Malawi, e do oleoduto que liga Zimbabwe ao Oceano Índico. O desenvolvimento sócio-

económico da cidade, dada a sua localização estratégica nas bocas dos rios Búzi e Pungué, está

fortemente relacionada do Porto e do Corredor da Beira (Consultec, 2010). Sendo que o terminal

de combustíveis da Total se localiza no Porto da Beira.

O Porto da Beira está localizado na zona sul da cidade, na margem norte do estuário do Pungué,

dentro do bairro dos Pioneiros, sendo limitado pelos bairros Esturro, Matope e Ponta-Gêa, na foz

do rio Chiveve. É uma área de topografia baixa e em um terreno inundável com características

pantanosas nas zonas mais afastadas da foz.

Relativamente à actividade portuária, sendo responsável pelo movimento de diversos produtos, o

Porto da Beira constitui um polo dinamizador para o Corredor da Beira que é a espinha dorsal da

região centro do País. O Porto sempre esteve ligado ao desenvolvimento da cidade desde a sua

fundação.

Na área do estuário do Rio Pungué são desenvolvidas várias actividades económicas, com

destaque para a pesca e o transporte marítimo, notando-se nas praias centros de desembarque

de barcos tanto de transporte como de pesca.

A exploração dos recursos pesqueiros envolve tanto a pesca industrial quanto a artesanal. O

estuário é palco de uma intensa pescaria artesanal que captura várias espécies de peixe,

cefalópodes e crustáceos, incluindo camarões peneídeos de grande valor comercial.

4.11.2 Demografia

A província de Sofala abrange uma área de 67 753 km² e de acordo com o Instituto Nacional de

Estatística (INE, 2012) a população projectada para 2016 é de 2 099 152 habitantes, resultando

em uma densidade populacional de 30,98 hab/km². A Tabela abaixo ilustra a população projectada

dos para a província de Sofala e para a Cidade da Beira em 2016.

Tabela 24 – Projecção da população para 2016 por géneros

PROVINCIAL / DISTRITO TOTAL % HOMENS % MULHERES % PROVÍNCIA

Sofala 2 099 152 48.5% 51.5% 100%

Cidade da Beira 462 236 50.2% 49.8% 22%

Os números populacionais apresentados na tabela acima representam a população projetada

estimado para 2016, tendo em conta os resultados do último censo nacional de 2007 e a taxa

esperada de crescimento da população. Deve notar-se que o censo Nacional é realizada a cada

10 anos. A Tabela seguinte, mostra os números da população registradas no último censo oficial

(2007), a percentagem de crescimento populacional 1997-2007 e a percentagem de crescimento

da população estimada para o período 2007-2016.

Como pode ser observado na Tabela seguinte a província de Sofala cresceu 30,7% entre 1997 e

2007, e de acordo com a projeção de população para 2016 para a província de Sofala é esperado

que esta tendência continue nos próximos anos.

Page 65: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 57

Tabela 25 – Crescimento populacional

PROVÍNCIA / DISTRITO 2007 % CRESCIMENTO

DESDE 1997 2016

% CRESCIMENTO

DESDE 2007

Sofala 1 685 663 30.7% 2 099 152 24,5%

Cidade da Beira 443 369 11.6% 462 236 4,3%

4.11.3 Cultura, Religião e Língua

4.11.3.1 Língua

A província de Sofala é o lar de diferentes grupos etno-linguísticos, as principais línguas faladas

são Sena e Ndau. Refira-se que um número considerável de pessoas (49,6%) falam Português

(INE, 2007).

Em relação à cidade da Beira, 42,5% da população falam Português como língua principal, 13,6%

Sena e o resto fala outras línguas (INE, 2007).

4.11.3.2 Religião

As religiões predominantes na província de Sofala são o sionismo e o islamismo, praticadas por

33,2% e 21,2% da população, respectivamente. Na cidade da Beira o catolicismo é a religião

predominante, com 31,9% da população, seguido pelo Evangélicos com 22,7% da população

(INE, 2012).

4.11.3.3 Cultura

A província de Sofala é maioritariamente composta por dois grupos étnicos: Sena e Ndau. Ndau é

o grupo prevalente nos distritos de Buzi e Machanga, enquanto os restantes distritos, incluindo a

cidade da Beira, são na sua maioria Sena com um total de 39%. As principais danças tradicionais

desta província são Utse e marimba que predominam no distrito de Dondo.

Algumas das cerimónias tradicionais incluem: nsembe - o reconhecimento dos mortos, Mazuade -

uma cerimónia de pós-nascimento, Pitacufa - uma cerimónia pós-morte visando a purificação da

viúva, Fungula-Mulomo - uma cerimónia relacionada com o casamento onde a noiva tem o

primeiro contato oficial com o noivo, Semba - o pagamento de lobolo (pagamento de dote) e

Massesseto, que é a cerimónia de casamento propriamente dita (MAE, 2005). Outras cerimónias

incluem a invocação dos espíritos ancestrais para pedir chuva, boa sorte e boa colheita.

4.11.4 Aspectos Político-Institucionais

A Beira tem o estatuto de cidade desde 20 de Agosto de 1907 e, do ponto de vista administrativo,

é um município com um governo eleito localmente.

4.11.5 Saúde

Na cidade existem 15 unidades sanitárias sendo um hospital central, 11 centros de saúde, dois

postos de saúde e uma enfermaria de epidemias.

Page 66: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 58

A malária continua sendo a doença com mais casos notificados, seguida pela diarreia e disenteria.

Durante o primeiro semestre de 2011 notificou-se uma queda de 7.6% de casos de malária,

comparado com o mesmo período em 2010. Os casos de diarreia, durante o primeiro semestre de

2011, representaram um aumento de 14.5% comparado com o mesmo período em 2010 (Governo

da Cidade da Beira, 2011).

Segundo o Governo da Cidade da Beira (2011) Os números de consulta pré-natal, partos

institucionais e consultas pós partos sofreram uma queda de 1.6%, 6.3% e 8.6% respectivamente

no primeiro semestre de 2011 comparado com o mesmo período em 2010 (Governo da Cidade da

Beira, 2011).

Durante o primeiro semestre de 2011, o número de pessoas foram vacinadas sofreu um aumento

de 17.6%. comparado com o mesmo período em 2010 (Governo da Cidade da Beira, 2011).

A Tabela 26 apresenta a situação do sector de saúde na cidade da Beira no período 2011.

Tabela 26 - Situação do sector de saúde na cidade da Beira no período 2011

Infra-estrutura de Saúde Quantidade

Centros de saúde 11

Postos de saúde 2

Camas hospitalares -

Camas de maternidade -

Atendimento de saúde materno-infantil

Consultas pré-natais 9760

Partos institucionais 2686

Consultas pós-parto 5821

Consultas de crianças no 1º ano de vida consultas 0-11 meses

6969

Vacinação

Vacinações com BCG (vacina contra tuberculose Bacilo de Calmette e Guérin – BCG)

7074

Vacinações com DTP (vacina trivalente contra difteria, tétano e tosse convulsa) 1ª dose

6473

Vacinações com DTP (vacina trivalente contra difteria, tétano e tosse convulsa) 3ª dose

7454

Total de vacinações 40780 Fonte: Governo da Cidade da Beira, 2011.

4.11.6 Educação

De acordo com dados do INE (2012), a província de Sofala tem um total de 1 083 escolas

primárias do primeiro e segundo nível, das quais 1.047 são públicas e 36 privadas, 138 escolas

secundárias do primeiro e segundo nível, das quais 70 são públicas e 68 privadas e 6

universidades, das quais 3 são públicas e 3 privadas.

Page 67: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 59

De acordo com o INE (2012), Beira tem um total de 64 escolas primárias do primeiro nível (EP1),

das quais 53 são públicas e 11 privadas, 61 escolas primárias do segundo nível (EP2), das quais

48 são públicas e 13 privadas, 42 escolas secundárias de primeiro nível (ESG1), das quais 13 são

públicas e 29 privadas, 26 escolas secundárias de segundo nível (ESG2), das quais 6 são

públicas e 20 privadas e seis universidades. A Tabela abaixo mostra o número de estabelecimento

de ensino na cidade da Beira.

Tabela 27 – Estabelecimentos de ensino na Cidade da Beira (INE, 2012)

DISTRITO EP 1 EP 2 ESG 1 ESG 2 ETP UNIVERSIDADES

Cidade da Beira 64 61 42 26 1 6

No ano de 2011, o sector de educação iniciou com o efectivo de 143.307 alunos em todos os

subsistemas de ensino, sendo que em 2008 havia cerca de 129.269 alunos, o que mostra um

crescimento de cerca de 9.80 % no efectivo de alunos nos três anos anteriores (Governo da

Cidade da Beira, 2011).

Taxa de iliteracia e mulheres matriculadas em estabelecimentos de ensino

A maioria das escolas na província são escolas primárias. De acordo com o censo nacional de

2007 a taxa de iliteracia na província era de 43,4%, com 23% para Homens e 61,9% para

mulheres, já na cidade da Beira esta taxa tinha um total de 16,3 % e atingia 6,3% dos homens e

27% das mulheres da cidade da Beira.

Em 2011, de acordo com o INE, 46,5% de todos os alunos matriculados nas escolas primárias, da

província de Sofala, eram mulheres. Esta percentagem diminui substancialmente ao nível da

escola secundária, onde apenas 43,5% dos estudantes eram do sexo feminino.

Os dados mostram que, globalmente, mais homens estão matriculados nas escolas,

especialmente no nível secundário. Esta tendência decorre da estrutura familiar tradicional da

região, onde os homens são os que geralmente procuram emprego formal, enquanto as mulheres

são normalmente responsáveis por tarefas domésticas. Esta diferenciação do papel de cada

género significa que os homens são encorajados a permanecer na escola, para aprender a ler e

escrever, enquanto as mulheres são encorajadas a deixar a escola para atender às tarefas

domésticas, tais como buscar água, apanhar lenha e culinária, entre outras tarefas domésticas e

também se casar.

Apesar disso, na cidade da Beira há uma progressão positiva no número de matrículas de

mulheres no ensino. No entanto, nas mulheres as taxas de evasão do ensino primário para o

ensino secundário são ainda aparentemente elevadas.

4.11.7 Infra-estruturas e serviços sociais

4.11.7.1 Transportes

A Província de Sofala é servida por quatro meios de transporte diferentes, aéreo, rodoviário,

ferroviário e marítimo (MAE, 2005). A província é atravessada pela estrada nacional N1, vital para

a economia moçambicana, uma vez que liga o Sul e Centro do país, e a estrada nacional que liga

Page 68: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 60

N6 a Beira ao Zimbabwe. Actualmente, a província tem uma rede de estradas de 2,833 km, 584

km dos quais são primários (estrada asfaltada), 553 km são estradas secundárias (estradas de

terra), 848 km são estradas terciárias (pistas de terra) e 848 km são estradas locais. Considera-se

que a maioria das estradas estão em condições razoáveis (INE, 2012).

A cidade da Beira tem quatro meios de transporte: rodoviário, aéreo, marítimo e ferroviário. Tem

um aeroporto internacional que liga a província para o resto do país e também para os países

vizinhos (África do Sul, Quénia e outros). O transporte marítimo geralmente é feito entre o

continente e ilhas mais próximas de Sofala e o mundo em geral. O terceiro maior porto do país

está localizado na cidade de Beira. O transporte ferroviário e rodoviário é usado principalmente

para a comunicação inter-provincial e com os países do interior (Zimbabwe, Zâmbia) (Consultec,

2010).

A Beira também disponibiliza do serviço da via-férrea que tem como principal ligação Moatize e

Zimbabué. Beira também tem acesso a transporte colectivo com ligação para outras cidades do

país e também para outros bairros e distritos da província de Sofala.

4.11.7.2 Comunicação

Em termos de comunicações na província é servida por rede fixa e móvel telefone, rádio, TV,

Internet e serviços postais.

Os serviços de correio nesta província cobrem apenas as áreas urbanas. Os serviços fixos de

telecomunicações cobrem todos os distritos da província de Sofala (100% de cobertura).

As comunicações móveis têm experimentado um crescimento rápido nos últimos anos. De acordo

com o Plano Económico e Social Provincial (PESOP) desde de 2008, todos os distritos são

cobertos por uma rede móvel. Em relação à rede móvel das três empresas que operam são Mcel,

Vodacom e Movitel. Movitel cobre todos os postos administrativos e localidades.

No que respeita à ligação à Internet para a província, o serviço é prestado quer por redes móveis e

pela rede fixa de telecomunicações.

A cidade da Beira tem boa infra-estrutura de telecomunicações, inclui uma rede de telefonia fixa

(telecomunicações de Moçambique), serviços das duas operadoras de telefonia móvel (Mcel e

Vodacom); a cidade também tem acesso a Internet móvel e fixa. A cidade recebe sinal das

principais redes de televisão, rádio e tem acesso aos principais jornais impressos de Moçambique

(Governo da Cidade da Beira, 2011).

Em relação à rádio, todos os distritos da província são cobertos pela do sinal da Rádio

Moçambique.

De acordo com o INE (2008) 69.3% e 34.9% da população tem rádio e televisão respectivamente.

4.11.7.3 Água

A distribuição de água na província de Sofala não é regular, portanto, grande número de famílias

não têm acesso à água potável para o consumo. De acordo com o INE, apenas a cidade da Beira

tem a maioria da população abastecida com água encanada, enquanto nos outros distritos a

Page 69: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 61

maioria da água da fonte população de poços abertos. A tabela abaixo mostra a origem da água

utilizada pela população.

Tabela 28 – Origem da água na cidade da Beira em 2007

DISTRITO ÁGUA

CANALIZADA

ÁGUA

CANALIZADA

NO QUINTAL FONTES

POÇOS COM

PROTECÇÃO POÇOS SEM

PROTECÇÃO RIO/LAGO OUTROS

Cidade da Beira 11.7% 41.6% 24.2% 4.3% 16.8% 0.4% 1.0% Fonte: INE, 2012

4.11.7.4 Electricidade

A Província de Sofala é abastecida de electricidade a partir da barragem de Cahora Bassa (HCB).

O número total de domicílios com acesso a electricidade na província de Sofala é muito baixo -

apenas cerca de 12,6% dos domicílios têm acesso à electricidade. Todas as capitais de distrito

são servidos por electricidade. Nos últimos anos tem havido uma expansão da rede eléctrica na

província, mas este serviço está principalmente disponível em áreas mais povoadas.

A cidade da Beira é também abastecida por electricidade a partir da barragem de Cahora Bassa

(HCB). Como o resto da província, a rede de electricidade tem aumentado e, em 2007, cerca de

37,4% da população estava abastecida de electricidade (Censo de 2007). A Tabela abaixo mostra

as principais fonte de energia na Cidade.

Tabela 29 – Principais fontes de energia na cidade da Beira em 2007

DISTRITO ELECTRICIDADE GERADOR GÁS PETRÓLEO/

PARAFINA VELAS MADEIRA OUTRA

Cidade da Beira 37,4% 0,2% 0,1% 58,6% 3,1% 0,4% 0,2%

Fonte: INE, 2007.

4.11.7.5 Habitação

Os tipos de habitações modais da cidade da Beira são casas feitas de bloco de cimento ou tijolo.

De acordo com Censo de 2007 55.6% das casas são feitas desse material e 33.4 % são feitas de

paus maticados. A maioria das casas tem tecto de chapa de zinco ou telhas.

4.11.7.6 Saneamento

Os alojamentos na província de Sofala tem condições de saneamento muito pobres. De acordo

com o INE, em 2012, mais da metade das famílias (64,3%) não tinha latrina. Em relação ao

saneamento, a Cidade da Beira apresenta um cenário diferente do que o resto da província, a

maior parte das habitações tem uma latrina, como apresentado na Tabela abaixo.

Tabela 30 – Saneamento na Cidade da Beira

DISTRITO / PROVÍNCIA LATRINA LIGADA A

FOSSA SÉPTICA LATRINA

IMPROVISADA LATRINA

TRADICIONAL SEM

SANEAMENTO

Sofala 5.7% 10.8% 19.2% 64.3%

Cidade da Beira 17.3% 32.8% 20.4% 29.5%

Page 70: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 62

4.11.8 Actividades Económicas

A província de Sofala tem um grande potencial para a agricultura, pesca e silvicultura, sendo a

agricultura e as pescas as actividades económicas predominantes. A agricultura é praticada

manualmente em pequenas explorações, com base em variedades locais, tais como milho, sorgo,

milho, mandioca, feijão boer, amendoim, batata-doce e arroz. A produção agrícola é

complementada pelo pastoreio de alguns animais, como bovinos, suínos, caprinos e aves.

Normalmente a actividade agrícola é do tipo de subsistência, o que significa que o produto é

principalmente para consumo directo e apenas o que é produzido em excesso é vendido, portanto,

resultando em muito pouco rendimento financeiro. O algodão e cana-de-açúcar são as principais

culturas comerciais na região.

Algumas famílias também praticam a pesca, esta actividade é geralmente é aquela que traz

alguma renda financeira, através da venda das capturas. Outra fonte de renda da população é a

venda de lenha, madeira e carvão.

Em termos de indústria e comércio, o foco está no distrito de Dondo, que é considerado um

importante centro industrial da província de Sofala. Quase todos os distritos têm conexões

comerciais para outros centros de comercialização no país. O distrito de Buzi tem ligações

comerciais fortes com a capital da província, que é o maior mercado de negociação.

Cidade da Beira

Dada a sua localização geo-estrarégica na foz dos rios Buzi e Pungué e as políticas de

desenvolvimento seguidas já desde o período colonial, o desenvolvimento socioeconómico da

cidade da Beira está fortemente relacionado ao desenvolvimento do Porto e do Corredor da Beira.

Segundo o Ministério da Administração Estatal, além do consolidado sistema ferroportuário, a

Cidade da Beira possui o segundo maior parque industrial do país e unidades de pesca. O

potencial para a exploração profissional dos recursos pesqueiros pela indústria é um forte

elemento de atracção de mão-de-obra para a região.

A agricultura de subsistência, a pesca artesanal e o comércio informal, além da exploração dos

recursos naturais locais, notadamente madeira e carvão, ainda representam a maioria da

População Economicamente Activa (PEA) tanto das zonas rurais quanto das zonas urbanas.

É importante observar que cerca de 39 % da população que vive nas zonas urbanas da província

de Sofala está envolvida na agricultura, floresta e pesca. Na maior parte dos casos, trata-se de

pessoas que vivem nas cidades, cuja ocupação principal é a agricultura praticada em terras

existentes nas áreas verdes das cidades e dos distritos situados no corredor da Beira e da Bacia

do Rio Pungué. Por outro lado, existe também um grupo de agregados familiares residentes na

Cidade da Beira que possuem machambas nas áreas rurais mais afastadas.

As culturas mais praticadas no Distrito de Beira são: arroz, batata-doce e algumas hortícolas. A

actividade agrícola é praticada nas faixas mais férteis localizadas nas zonas baixas (produção de

arroz) ou nas zonas mais altas consideradas férteis, próximas dos morros onde existiam núcleos

de florestas.

Page 71: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 63

A agricultura é basicamente de subsistência e auto-consumo. A renda familiar que gera um

mínimo de excedente provém geralmente da venda de outros tipos de produtos tais como: lenha,

carvão, produção de bebida, estacas, caniço e na zona costeira a renda vem também da pesca.

As árvores frutíferas constituem importante fonte de renda familiar. Ao redor das casas e das

machambas existem pequenos pomares, mangueiras, cajueiros, bananeiras, coqueiros, árvores

dos citrinos herdados dos ancestrais constituindo-se fonte de receita.

A criação de animais de pequeno porte (aves de capoeiras e caprinos) são também contributos

como meios de sobrevivência das comunidades locais. É comum encontrar actividades de pesca,

culturas de mapira, mandioca, frutíferas, feijão e batata-doce desenvolvidas pelo conjunto dos

agregados familiares de forma combinada (CVRD, 2006).

Na área do estuário do Rio Pungué (onde se localiza o porto) são desenvolvidas várias

actividades, com destaque para a pesca e o transporte marítimo, notando-se nas praias centros de

desembarque de barcos tanto de transporte como de pesca.

A exploração dos recursos pesqueiros envolve tanto a pesca industrial quanto a artesanal. Apesar

da pesca comercial contribuir grandemente para a economia do país, a pesca de pequena escala,

composta pela pesca semi-industrial e artesanal, também contribui significativamente para as

exportações, na economia informal, especialmente a nível local, é a maior fonte de proteínas das

populações costeiras.

4.11.8.1 Actividades Portuárias

O Porto da Beira está localizado na zona sul da cidade, na margem norte do estuário do Pungué,

dentro do bairro dos Pioneiros, sendo limitado pelos bairros Esturro, Matope e Ponta-Gêa, na foz

do rio Chiveve. É uma área de topografia baixa e em um terreno inundável com características

pantanosas nas zonas mais afastadas da foz.

O Porto actual foi criado pouco depois da Primeira Guerra Mundial juntamente com o progresso

industrial da cidade, e tem sofrido ampliações ao longo das décadas.

Sendo responsável pelo movimento de diversos produtos, o Porto da Beira constitui um polo

dinamizador para o Corredor da Beira que é a espinha dorsal da região centro do País. Além do

porto, o Corredor da Beira é constituído por uma estrada, um oleoduto e duas linhas férreas que

ligam o Porto ao Zimbabué e Malawi. Ele representa o eixo de importações/exportações na região

central do país e os países vizinhos como o Zimbabué, Malawi, Zâmbia, Botswana e Zaire.

A Linha de Machipanda que liga directamente o Porto ao Zimbabué possui cerca de 317 km de

comprimentos, enquanto a Linha de Sena, com 331 km, liga o Porto da Beira, via Dondo, ao

Malawi (CFM, 1999a), passando por Moatize. A Linha de Machipanda encontra-se actualmente

operacional, precisando contudo de melhorias, enquanto a Linha de Sena encontra-se

inoperacional desde 1984, como resultado da guerra civil que assolou o país, estando actualmente

a ser reabilitada pela concessionária Companhia de Caminhos de Ferro da Beira (CCFB), num

investimento que inclui capitais indianos. Actualmente, os produtos recebidos pelo porto são

escoados principalmente por via rodoviária tanto para o Malawi como para o Zimbabué.

Page 72: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 64

O Porto pode ser actualmente considerado, essencialmente, um porto de trânsito – embarque e

desembarque – de mercadorias, tanto para os países vizinhos como para o comércio nacional.

Dentre os produtos manuseados no Porto, incluem-se produtos como cereais, algodão, citrinos,

chá e café, camarão, óleos vegetais, tabaco, além de cimento, pedras ornamentais como o

granito, madeira, metais (cobre, ligas de ferro, crómio), diversos tipos de contentores e alguns

veículos (CFM, 2006).

4.11.9 Uso da Terra

O projecto está inserido numa zona industrial onde a área é de uso exclusivamente industrial. A

área enquadrante apresenta outros tipos de uso da terra, onde se observam padrões de uso

urbano, agrícola e natural.

O uso do solo é fortemente dependente das características geomorfológicas da área, na

dependência das condições geodinâmicas do rio Pungué e Oceano.

Ocorrem vastas áreas húmidas (wetlands) com grande acumulação de aluviões. Nas zonas mais

baixas ocorre vegetação rasteira, localmente alterada para uso agrícola. Para jusante faz-se sentir

o efeito das marés, originando condições para a ocorrência de vegetação típica de sapal e/ou

mangal. No rio Pungué desenvolvem-se mouchões que correspondem a barras de areias

capeadas por sedimentos finos, alongadas no sentido do curso do rio, que foram colonizados por

mangais.

Page 73: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 65

Figura 17 – Usos de solo existentes na área em estudo

Page 74: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 66

5 Identificação e Avaliação de Impactos Ambientais e Sociais

5.1 Metodologia de Avaliação de Impactos

A presente secção apresenta a metodologia detalhada usada para a avaliação da significância dos

potenciais impactos ambientais do Terminal. Esta metodologia permite a análise de impactos de

forma sistemática, resultando na classificação da sua significância (que varia de ‘insignificante’ até

‘significância muito elevada’).

A significância de um determinado impacto é definida como uma combinação da consequência da

ocorrência do impacto e da probabilidade do impacto vir a ocorrer. Os critérios usados na

determinação da consequência do impacto incluem a abrangência, intensidade e duração do

impacto, e encontram-se apresentados na Tabela 31 abaixo.

Tabela 31 - Critérios usados na determinação da consequência do impacto

Classificação Definição da classificação Pontuação

A. Abrangência – a área na qual o impacto será sentido

Local Limitada à área do projecto ou de estudo, ou a uma parte desta (p. ex. o local de implantação)

1

Regional A região, a qual pode ser definida de várias formas, p. ex., administrativa, bacia hidrográfica, topográfica

2

(Inter)nacional A nível nacional ou para além dele 3

B. Intensidade – a magnitude ou dimensão do impacto

Baixa As funções e processos naturais e/ou sociais específicos ao local e mais abrangentes, são alterados de forma insignificante

1

Média As funções e processos naturais e/ou sociais específicos ao local e mais abrangentes continuam, se bem que duma forma modificada

2

Elevada As funções e processos naturais e/ou sociais específicos ao local e mais abrangentes, são severamente alterados

3

C. Duração – o quadro temporal durante o qual o impacto será sentido

A curto prazo Pelo tempo inteiro das actividades do projecto/até dois anos 1

A médio prazo Dois a 15 anos 2

A longo prazo Mais de 15 anos 3

A pontuação destes três critérios corresponde a uma classificação da consequência, conforme

exposta na Tabela 32 abaixo (note-se que a pontuação mais baixa possível da consequência

totaliza o valor de 3).

Tabela 32 - Método empregue para determinar a pontuação da consequência

Pontuação combinada (A+B+C) 3 – 4 5 6 7 8 – 9

Classificação da consequência Muito reduzida Reduzida Média Elevada Muito elevada

Uma vez determinada a consequência, considera-se a probabilidade da ocorrência do impacto,

com uso das classificações de probabilidade apresentadas na Tabela 33 a seguir.

Page 75: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 67

Tabela 33 - Classificação da probabilidade

Probabilidade do impacto – probabilidade do impacto vir a ocorrer

Improvável < 40% de probabilidade de ocorrência

Possível 40% a 70% de probabilidade de ocorrência

Provável > 70% até 90% de probabilidade de ocorrência

Definitiva > 90% de probabilidade de ocorrência

A significância global dos impactos é averiguada pela consideração da consequência e da

probabilidade, fazendo uso do sistema de classificação preconizado na Tabela 34 a seguir.

Tabela 34 - Classificação da significância do impacto

Probabilidade

Improvável Possível Provável Definitiva

Con

sequ

ênci

a

Muito reduzida INSIGNIFICANTE INSIGNIFICANTE MUITO REDUZIDA MUITO REDUZIDA

Reduzida MUITO REDUZIDA MUITO REDUZIDA REDUZIDA REDUZIDA

Média REDUZIDA REDUZIDA MÉDIA MÉDIA

Elevada MÉDIA MÉDIA ELEVADA ELEVADA

Muito elevada ELEVADA ELEVADA MUITO ELEVADA MUITO ELEVADA

Os impactos são considerados em termos da sua natureza (positivo ou negativo), registando-se

também a confiança na classificação atribuída de significância do impacto. A classificação da

natureza dos impactos e a confiança na avaliação estão dispostas na Tabela 35.

Tabela 35 - Natureza do impacto e classificação da confiança

Natureza do impacto

Indicação de um impacto adverso (negativo) ou benéfico (positivo).

+ vo (positivo – um “benefício”)

– vo (negativo – um “custo”)

Neutro

Confiança da avaliação

O grau de confiança nas previsões, baseado nas informações disponíveis, na experiência do consultor e/ou nos seus conhecimentos especialistas.

Baixa

Média

Elevada

Diferentes tipos de impactos são igualmente tidos em conta na classificação do impacto, conforme

ilustrado na tabela seguinte

Tabela 36 - Tipos de impacto

Directos – impactos que resultam da interacção directa entre uma determinada actividade do projecto e o ambiente receptor (p. ex.

geração de poeira que afecta a qualidade do ar).

Indirectos – impactos que resultam de outras actividades (que não sejam do projecto) mas que ocorram como resultado do projecto

(p. ex., a imigração de pessoas à procura de emprego, resultando numa maior pressão sobre os recursos naturais) ou, impactos que

ocorrem como resultado da interacção subsequente dos impactos directos do projecto no ambiente (p. ex., uma redução na

disponibilidade de água que afecta a produção de culturas e, por consequência tem impacto nos meios de subsistência locais).

Page 76: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 68

Cumulativos – impactos que actuam em conjunto com potenciais impactos actuais ou futuros de outras actividades existentes ou

propostas na área/região, que afectam os mesmos recursos e/ou receptores (p. ex. os efeitos das descargas de águas residuais de

mais de um projecto para o mesmo recurso hídrico, o que pode eventualmente ser aceitável isoladamente, mas que

cumulativamente resulta na redução da qualidade da água e da produtividade da pesca).

Perceptivos – impactos ou mudanças que podem não estar relacionadas com o projecto mas que lhe são atribuídas. Estes impactos

são identificados e avaliados através do contacto directo com a população/comunidade e pela consulta das partes interessadas e

afectadas.

Não existe nenhuma definição estatutária de “significância”, sendo portanto a sua determinação,

em parte, subjectiva. Os critérios para a avaliação da significância dos impactos, surgem a partir

dos seguintes elementos chave:

Conformidade com a legislação, políticas e planos de relevância a nível local, bem como

políticas, normas ou directrizes ambientais relevantes ou industriais e, com as melhores

práticas internacionalmente aceites;

A consequência das mudanças sentidas no ambiente biofísico ou socioeconómico (p. ex.,

perda de habitats, diminuição da qualidade da água) é expressa, sempre que prático, em

termos quantitativos. Para os impactos socioeconómicos, a consequência deverá ser vista

da perspectiva dos afectados, levando em conta a provável importância do impacto e a

capacidade das pessoas de gerirem e adaptarem-se à mudança;

A natureza do receptor do impacto (físico, biológico ou humano). No caso do receptor ser

físico (ex., um recurso hídrico), deverão que ser considerados aspectos como a sua

qualidade, sensibilidade à mudança e importância. No caso do receptor ser biológico,

deverão ser consideradas a sua importância (ex., a sua importância regional, nacional ou

internacional) e a sua sensibilidade ao impacto. Para um receptor humano, deverão ser

consideradas a sensibilidade do agregado familiar, comunidade ou grupo mais amplo a

nível da sociedade, juntamente com a sua capacidade de se adaptar e gerir os efeitos do

impacto; e

A probabilidade do impacto identificado vir a ocorrer. Isto estima-se com base na

experiência e/ou evidência de tal resultado ter ocorrido previamente.

A classificação da significância do impacto, no que concerne aos impactos negativos, indica

igualmente a necessidade de implementação de medidas de mitigação. A definição de medidas

deve ser feita de forma proporcional à significância dos impactos, ou seja, impactos negativos de

reduzida significância podem não necessitar de medidas de mitigação específicas, enquanto

impactos negativos de significância elevada devem ser adequadamente minimizados, de modo a

diminuir a significância residual (significância do impacto após a mitigação), conforme se descreve

na Tabela 37 a seguir.

Page 77: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 69

Tabela 37 - Definição da significância dos impactos

Classificação de Significância

Descrição

Insignificante O impacto potencial é negligenciável, não necessitando de qualquer medida de mitigação ou gestão ambiental.

Muito Reduzida Não requer nenhuma medida de mitigação específica, para além da aplicação de boas práticas ambientais normais.

Reduzida

Média Deverão ser definidas medidas de mitigação específicas, de modo a reduzir a significância do impacto a níveis aceitáveis. Caso a mitigação não seja possível, devem ser consideradas medidas de compensação. Elevada

Muito Elevada Deverão ser definidas e implementadas medidas de mitigação específicas, de modo a reduzir a significância do impacto a níveis aceitáveis. Se tal não for possível, a ocorrência de impactos negativos de muito elevada significância deve influenciar o processo de autorização do projecto.

Note-se que a significância dos impactos será classificada na forma preconizada, tanto sem como

com a implementação eficaz das medidas de mitigação recomendadas.

5.2 Potenciais Impactos na Geologia

As actividades decorrentes da Operação no Terminal de Armazenamento, Manuseamento e

Distribuição de Combustível da Beira não causam qualquer impacto nas condições e

características geológicas existentes, quer sob o terminal propriamente dito quer na sua área

envolvente.

5.3 Potenciais Impactos nos Solos

O solo é considerado um recurso finito e limitado. Actualmente e face ao aumento das taxas de

degradação aceleradas nas últimas décadas relativamente às de formação extremamente lentas,

é necessário ter em atenção este grave problema que atinge já proporções globais. A concepção

do solo depende do conhecimento adquirido a seu respeito de acordo com o papel que representa

nas diferentes actividades humanas. Apesar de sua resiliência inerente, a gestão inadequada

pode levar à degradação do solo ou mesmo a redução da qualidade.

Além de ser um meio insubstituível para a produção agrícola, o solo é um componente vital dos

processos nos ciclos ecológicos; é também melhorador da qualidade da água, meio de

recuperação biológica e meio de suporte de infra-estruturas.

A identificação e avaliação dos impactos das actividades no Terminal da Total nos solos foi

baseada nas acções possíveis de alterar as características físicas e químicas do solo. Em termos

gerais os impactos nesta componente na fase de operação, são reduzidos e cingem-se a eventos

não programados, ou seja, a eventuais acidentes dos quais resulte um derrame de substâncias

nocivas para o solo.

Page 78: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 70

Impacto S1: Potencial contaminação dos solos por grandes derrames acidentais

A contaminação de solo e das águas subterrâneas com hidrocarbonetos tem sido objecto de

grande preocupação nas três últimas décadas em países industrializados e em desenvolvimento.

As indústrias petrolíferas são consideradas como uma das maiores ameaças ao meio ambiente,

pois em toda a sua cadeia produtiva existe a possibilidade de contaminação do oceano, solo,

águas superficiais, águas subterrâneas e ar. A contaminação de solos pode ter várias fontes, quer

por derrames provenientes dos próprios depósitos, quer das operações decorrentes no terminal de

abastecimento. Podem ainda ocorrer em resultado da infiltração de águas contaminadas

provenientes de acidentes, em particular de águas usadas para combate a incêndios.

Na área em estudo, a contaminação do solo, mesmo que em níveis superficiais, não é susceptível

de causar impactos negativos significativos, uma vez que toda a área de influência (directa e

indirecta) tem um uso de solo industrial, não havendo actividades económicas dependentes deste

recurso, nem habitats cuja degradação da qualidade do solo levasse a uma diminuição da sua

sustentabilidade. Destaca-se contudo a existência de uma área pantanosa a Este, junto à foz do

rio Xibunhana, mas sem que não possui elevada biodiversidade ou interesse conservacionista.

A ocorrência de um acidente que envolva o derrame de grandes volumes de hidrocarbonetos,

acompanhado de incêndio ou não, pode causar um impacto negativo de significância muito

elevada pois compromete o equilíbrio do ecossistema costeiro muito dependente das condições

hidrológicas e da qualidade do substrato. No entanto, uma vez que a probabilidade de ocorrência

de um grande derrame é improvável (dadas as tecnologia e medidas de controlo) a significância

do impacto é classificada como média antes da aplicação de medidas de mitigação e como muito

reduzida com a aplicação das medidas propostas.

5.4 Potenciais Impactos na Hidrologia

As principais actividades com impactos potenciais nos recursos hídricos incluem as operações de

transferência de Combustível (pipelines, vagões, tanques; camiões) que acidentalmente produzam

pequenos derrames.

Impacto S3: Potencial contaminação dos solos por grandes derrames acidentais

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Elevada Longo Prazo

Elevada Improvável Média

Medidas de Mitigação:

Actualizar anualmente, como previsto, o Plano de Emergência Interno no que respeita a derrames acidentais Actualizar, tal como previsto, o Plano de Combate a Incêndios que preveja a contenção das água contaminadas e que envolva os restantes operadores

Com Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Média Médio Prazo

Reduzida Possível Muito

Reduzida

Page 79: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 71

Durante a fase de Operação podem ainda ocorrer eventos não planeados (acidentes), como

grandes derrames a partir dos tanques/oleodutos ou resultantes de águas contaminadas usadas

no combate a incêndios

Impacto H1: Contaminação de recursos hídricos devido a escoamentos pluviais

contaminados provenientes da área do Terminal

O principal impacto potencial sobre a qualidade da água na fase de operação está associado aos

pequenos derrames acidentais de hidrocarbonetos e óleos e gorduras. Estes contaminantes

acumulam-se na plataforma do terminal e poderão ser mobilizados pelos escoamentos pluviais

chegando aos sistemas de drenagem natural ou infiltrarem-se nos solos podendo atingir o aquífero

superficial.

Tendo em conta que os principais tipos de contaminantes envolvidos são hidrocarbonetos, óleos e

gorduras convém realçar que os processos de transporte de contaminantes em águas incluem

advecção, difusão e dispersão, responsáveis pela disseminação longitudinal e transversal destes

produtos, de acordo com a direcção de fluxo (Figura 18).

Fonte: (Atmadja & Bagtzoglou, 2001).

Figura 18 – Transporte de contaminantes nos poros do solos com diminuição das

concentrações ao longo da trajectória de fluxo

Importa ainda realçar que em pequenos volumes de contaminantes, os processos de atenuação

natural podem ser significativos uma vez que levam à redução de concentrações, toxicidade ou

mobilidade de contaminantes em solos ou águas subterrâneas. A eficácia da atenuação natural

depende do tipo e concentração do contaminante e das características físicas, químicas e

biológicas do meio físico. A atenuação pode reduzir os riscos impostos pelos contaminantes de

três formas:

Transformação dos contaminantes para formas menos tóxicas, através de processos de

biodegradação ou bioconversão;

Page 80: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 72

Redução da mobilidade dos contaminantes pela sorção no solo;

Redução das concentrações dos contaminantes e, em consequência, dos níveis de

exposição.

A biodegradação colabora com a aceleração dos processos de degradação, uma vez que parcelas

de hidrocarbonetos são transformadas em ácidos orgânicos ou mesmo totalmente oxidadas.

Em ambientes aeróbicos e com maior disponibilidade de oxigénio, a atenuação é mais efectiva,

sendo possível degradar completamente os PAHs para produtos não tóxicos como CO2 e H2O

(mineralização) ou assimilar estes à biomassa microbiológica.

Em condições anaeróbicas, a disponibilidade de oxigénio fica condicionada ao fluxo das águas

subterrâneas e à renovação destas no ambiente. Nesta situação, a demanda de oxigénio é muitas

vezes inferior que em condições aeróbicas, tornando, assim, mais lenta a degradação dos

contaminantes. Quando a actividade microbiológica é suficientemente rápida, plumas de PAHs

podem estabilizar, ou seja, não expandir espacialmente.

A sorção de contaminantes é comumente chamada de particionamento, constituindo um processo

no qual o contaminante, originalmente em solução, passa a incorporar-se às fases sólidas, ficando

retido em partículas do solo, principalmente em argilominerais, matéria orgânica e óxidos de Fe e

Mn.

Nas actividades desenvolvidas no Terminal da Beira pela Total, para evitar os pequenos derrames

acidentais na distribuição de combustível estão definidos e operacionais uma série de dispositivos

de controlo ambiental, tais como bacias de contenção, separadores óleo/água, válvulas de

segurança, impermeabilização de pavimentos e sistemas de drenagem de águas contaminadas.

Impacto H2: Contaminação de recursos hídricos devido a derrames acidentais de

hidrocarbonetos ou resultantes de águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a

incêndios

Impacto H1: Contaminação de recursos hídricos devido a escoamentos pluviais contaminados provenientes da área do Terminal

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Média Longo Prazo

Média Possível Reduzida

Medidas de Mitigação:

Manter e Actualizar o Programa de Manutenção dos sistemas de drenagem de separação das águas pluviais das águas contaminadas, de acordo com as melhores práticas aplicáveis Impermeabilizar as bacias de contenção

Com mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Longo Prazo

Reduzida Improvável Muito

Reduzida

Page 81: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 73

No caso de um derrame acidental de combustível de grandes dimensões, por ruptura dos tanques,

vazamento do oleoduto, acidente com os camiões/vagões de transporte, entre outros possíveis, é

expectável que parte do volume envolvido entre em contacto com o solo.

Quando em contacto com o meio físico, a trajectória de transporte de contaminantes orgânicos

pode ser modelada segundo dois estágios. O primeiro compreende todos aqueles processos que

ocorrem inteiramente acima do nível freático, ou seja, na zona vadosa e são avaliados na

componente relativa aos solos. O segundo considera os processos de transporte dentro do

aquífero freático em pequenas profundidades.

Uma vez inserido no subsolo, o produto do petróleo passa a compor quatro diferentes fases

(Figura 19): dissolvida (dissolvidos na água); residual (sorvidos na matriz do solo); vapor

(volatilizados na fracção gasosa do solo); e fase LNAPL (acúmulo acima do nível do lençol

freático).

A fase líquida imiscível na água subterrânea é chamada de fase líquida não-aquosa, NAPL - non-

aqueous phase liquids. A NAPL é em geral dividida em duas classes, uma mais leve que a água

(LNAPL - light non-aqueous phase liquids) e, outra, com densidade maior que a da água (DNAPL -

dense non-aqueous phase liquids). Hidrocarbonetos de petróleo presentes em combustíveis como

gasolina, querosene e diesel são do tipo LNAPL.

Fonte: adaptado de Domenico e Schwartz, 1990

Figura 19 – Perfil da contaminação no solo e na água subterrânea por contaminantes do tipo LNAPL

O grande problema encontrado em casos de contaminação de solo e água subterrânea por este

tipo de contaminantes, especialmente os hidrocarbonetos, reside no facto de serem poluentes

hidrofóbicos, com tendência a ficar fortemente retidos na matriz do solo, além de serem imiscíveis

em água. Isso implica maiores dificuldades de remediação devido à permanência de uma fase

residual, além de que a fase não solúvel comporta-se como uma fonte contínua de contaminação,

dissolvendo-se lentamente na água ou volatilizando-se para a atmosfera.

Page 82: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 74

Gasolina e óleo diesel são misturas complexas de mais de 200 hidrocarbonetos, obtidos da

destilação e craqueamento do petróleo. A gasolina é constituída por hidrocarbonetos mais leves

(cadeias com 5 a 12 átomos de carbono) enquanto o óleo diesel contém uma proporção maior de

hidrocarbonetos um pouco mais pesados (6 a 22 átomos de carbono). Dessa maneira, a gasolina

apresenta maior solubilidade, maior volatilidade e menor viscosidade do que o óleo diesel, factores

esses que, somados, conferem à gasolina uma maior mobilidade no solo e, consequentemente,

um maior potencial de impacto ambiental.

Dos hidrocarbonetos constituintes da gasolina e do óleo diesel os que causam maior preocupação

são os compostos aromáticos, principalmente o benzeno, o tolueno, o etilbenzeno e os xilenos

(orto, meta e pára), por serem eles os mais solúveis e os mais tóxicos entre os demais. Esses

compostos (comumente denominados BTEX) são poderosos depressores do sistema nervoso

central, apresentando toxicidade crónica, mesmo em pequenas concentrações (da ordem de ppb –

parte por bilhão). O benzeno é reconhecidamente o mais tóxico deles.

Na área em estudo, um acidente com derrame de hidrocarbonetos (gasolina, diesel) que atinja o

aquífero tem o potencial de contaminar a curto/médio prazo águas utilizadas para consumo

humano, não só pela existência de diversos fontanários que captam no aquífero superficial como

pela direcção de fluxo ser na direcção destas infra-estruturas.

A contaminação de aquíferos por hidrocarbonetos pode inviabilizar a utilização futura desses

recursos naturais. O número elevado de indústrias com elevadas quantidades de hidrocarbonetos

armazenados existentes na região justificam a preocupação quanto ao impacto negativo que as

águas subterrâneas possam vir a sofrer em caso de acidente.

5.5 Potenciais Impactos na Qualidade do ar

Impacto QA1: Emissões geradas pela libertação de compostos orgânicos

Impacto H6: Contaminação de recursos hídricos devido a derrames acidentais de hidrocarbonetos ou resultantes de águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a incêndios

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Regional Elevada Longo Muito

Elevada Improvável Média

Medidas de Mitigação:

Actualizar anualmente, como previsto, o Plano de Contingências de Derrames com o objectivo de identificar os danos que possam ocasionar o derrame; de optimizar o uso dos recursos materiais e humanos comprometidos no controle de derrame; e neutralizar os efeitos da contaminação. Actualizar anualmente, como previsto, de preferência com os outros operadores na área para criar condições de prevenção a eventuais contaminações resultantes de águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a incêndios

Com Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Regional Média Longo Elevada Improvável Reduzida

Page 83: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 75

Os locais de armazenamento de combustíveis são responsáveis pela emissão de vapores

orgânicos. Destes compostos orgânicos destacam-se compostos poluentes como o Benzeno,

Tolueno, Xileno n- Hexano e Ciclo-hexano e outros Compostos Orgânicos Voláteis.

De acordo com National Pollutant Inventory a taxa de libertação destes gases é função de factores

como a geometria dos sistemas de armazenamento, a frequência de enchimento dos depósitos de

combustível, a existência ou não de sistemas automatizados de libertação de vapores em excesso

assim como das condições climatéricas dos locais onde se realiza o armazenamento. A

temperatura desempenha um papel preponderante já que temperaturas elevadas promovem a

volatização de hidrocarbonetos.

Na área de inserção do projecto é então expectável que ocorra a libertação de vapores orgânicos

provenientes do combustível armazenado e do seu manuseamento. A dispersão destes poluentes

orgânicos será no entanto globalmente reduzida e limitada em termos geográficos, cingindo-se

basicamente à área de implantação do terminal combustível. Não se prevê a ocorrência de

concentrações significativas de compostos orgânicos fora dos limites da área de implantação do

Terminal de Armazenamento/Manuseamento e Distribuição de Combustível em avaliação.

Outro potencial impacto ambiental relaciona-se com as emissões de gases de combustão geradas

pela circulação de veículos pesados associado aos camiões-cisterna que se dirigem ao terminal

de combustível para se abastecerem de combustíveis. Os impactos gerados sobre a qualidade do

ar associados ao aumento de tráfego na área de implantação do projecto terão uma baixa

intensidade e uma significância muito reduzida.

Pelo exposto, pode-se então concluir que o projecto do Terminal de Armazenamento e

Manuseamento de Combustível da Beira apresentará um impacto negativo na qualidade do ar

durante a sua fase de operação. No entanto é expectável que a magnitude/intensidade dos

impactos previstos seja reduzida e apenas limitada à área de implantação do terminal de

combustível proposto. O impacto sobre a qualidade do ar apresenta assim uma significância

ambiental globalmente reduzida.

Impacto QA1: Emissões geradas pela libertação de compostos orgânicos

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Longo Prazo

Reduzida Provável Reduzida

Medidas de Mitigação:

- Coordenar os processos de enchimento e de esvaziamento dos tanques de combustível por forma a manter o balanço de vapor dentro do tanque, ou seja, permitir que durante o processo de enchimento de um tanque se realiza a passagem de vapores para o compartimento dedicado à recuperação de vapores evitando a sua emissão para a atmosfera.

- Todos os equipamentos deverão ser alvo de inspecção regular de modo a verificar as suas condições de funcionamento (manutenção periódica), pretende-se desta forma a minimizar as emissões de compostos orgânicos fugitivos decorrentes da sua operação;

- Com base nos procedimentos internos em vigor realizar inspecções periódicas ao interior dos tanques de combustível com o objectivo de verificar a sua integridade e estanquicidade. A periodicidade deverá ser estabelecida com base e em função, dos resultados obtidos na inspecção anterior realizada sendo esta tipicamente de 10 anos ou menos.

- Verificar periodicamente a existência de possíveis fugas de compostos orgânicos voláteis (COV’s) provenientes de tubagens, válvulas, juntas, tanques ou outros equipamentos por intermédio de um equipamento portátil de detecção de COV’s (como por exemplo um detector PID).

Page 84: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 76

5.6 Potenciais Impactos no Ambiente Sonoro

ImpactoAS1: Aumento local dos níveis sonoros

Na fase de operação do projecto será expectável que a principal fonte de ruído associada ao

funcionamento do terminal de armazenamento/manuseamento e distribuição de combustível de

Nacala seja originado pela utilização de equipamento mecanizado e também devido ao tráfego de

veículos rodoviários pesados (camiões cisterna) que estão associados ao abastecimento de

combustível e a sua deslocação de e para o local de abastecimento.

O funcionamento das gruas de manuseamento dedicadas à transferência de combustível para os

camiões-cisterna e o funcionamento das bombas de transferência de combustível de/e/para os

tanques de armazenamento são também fontes de ruído. O funcionamento destes equipamentos

origina emissões sonoras, no entanto estas serão apenas apercebidas no interior do recinto do

terminal de abastecimento de combustíveis. Uma vez que não existem receptores sensíveis junto

do terminal de combustível uma vez que este se encontra implantado no interior das instalações

do Porto da Beira, pode-se concluir que o impacto gerado sobre o ambiente acústico seja

negativo, provável e apresente uma baixa intensidade e uma significância reduzida ou mesmo

insignificante.

Mesmo considerando a reduzida significância dos impactos produzidos sobre o ambiente sonoro

propõem-se algumas medidas de boas práticas ambientais, de caracter opcional, que contribuirão

para limitar/minimizar os níveis sonoros gerados ao longo da vida útil do projecto.

- Determinar velocidades reduzidas de 30 a 40 km/h para a circulação de veículos na via de aceso ao Terminal de combustível.

Com Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Longo Prazo

Reduzida Provável Reduzida

Impacto QA1: Emissões geradas pela libertação de compostos orgânicos

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Longo Prazo

Reduzida Provável Reduzida

Medidas de Mitigação:

- Garantir que os camiões cisterna circulam a velocidades reduzidas de modo a minimizar as emissões acústicas produzidas ao longo do trajecto percorrido por estes veículos sobretudo junto aos trechos próximos de áreas habitadas;

- Garantir a manutenção periódica dos equipamentos alocados ao abastecimento das viaturas-cisterna (gruas e motores associados, bombas de transferência de combustível, e outros equipamentos mecânicos) de modo a garantir que os níveis de ruido produzidos por estes equipamentos se mantêm tão reduzidos quanto possível.

Com Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Longo Prazo

Reduzida Provável Reduzida

Page 85: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 77

5.7 Potenciais Impactos no Ambiente Biótico

Na fase de operação não se antecipam quaisquer impactos relevantes sobre o ambiente biótico,

decorrentes das actividades planeadas, uma vez que o terminal se localiza dentro de uma área

industrial bastante antropizada. No entanto, alguns eventos não planeados (situações de acidente)

podem gerar impactos indirectos relevantes, nomeadamente:

Contaminação pelo derrame acidental de óleos ou combustível;

Grandes derrames acidentais no armazenamento;

Escorrência de águas/espumas resultantes do combate a incêndios.

Esta potencial contaminação dos ecossistemas na fase de operação pode ter origem em acidentes

ocorrentes durante as diferentes actividades de operação, como o armazenamento e distribuição

de combustível, o manuseamento inadequado dos combustíveis, perdas no oleoduto/condutas,

derrames dos reservatórios, ou ainda de escorrência de águas pluviais contaminadas. Incidentes

como as perdas de combustíveis dos reservatórios e/ou das condutas geralmente resultam de

uma má instalação ou de uma manutenção fraca ou inexistente.

Impacto indirecto AB1: Contaminação pelo derrame acidental de óleos ou combustível

Durante a fase de operação do Terminal, haverá a possibilidade de ocorrerem pequenos derrames

ou perdas acidentais de combustível, associados ao sistema de distribuição, nomeadamente em

válvulas de junção, mangueiras ou camiões cisterna.

Para evitar os pequenos derrames acidentais na distribuição de combustível existem dispositivos

de controlo ambiental, tais como bacias de contenção, separadores óleo/água, válvulas de

segurança, impermeabilização de pavimentos e sistemas de drenagem de águas contaminadas.

Estão ainda implementados um conjunto de procedimentos de segurança que vão ao encontro das

boas práticas internacionais nesta matéria.

Assim, mesmo que se verifique um pequeno derrame acidental deste tipo durante a fase de

operação, considera-se que os controlos ambientais instalados serão suficientes para evitar a

contaminação dos meios hídricos envolventes (Baía de Maputo). Este impacto é assim avaliado

como de abrangência local, baixa intensidade e curta duração, resultando em consequência e

significância muito reduzidas.

Impacto AB1: Contaminação pelo derrame acidental de óleos ou combustível

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Curta Muito

Reduzida Provável

Muito Reduzida

Medidas de Mitigação:

- Os procedimentos implementados devem incluir todos os aspectos da operação de entrega ou de carregamento à chegada à saída, incluindo bloqueio de rodas para evitar o movimento do veículo, ligação de terra, verificação da conexão e desconexão adequada da mangueira, proibição de fumar, foguear e de luzes desprotegidas para visitantes;

- Deverá se cumprido o Plano de Resposta à Emergência no que respeita a derrames acidentais, estipulado no PGA

- Os sistemas de transporte de materiais deverão ser regularmente inspeccionados de modo a prevenir derrames de óleos;

- Os tanques e componentes de armazenamento (por exemplo, telhados e vedações) devem ser submetidos a inspecção periódica de

Page 86: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 78

Impacto indirecto AB2: Grandes derrames acidentais durante o armazenamento de

combustíveis

Para além dos pequenos derrames acima descritos, durante a fase de operação existe ainda o

risco da ocorrência de um grande derrame, em caso de um evento não planeado grave (acidente)

que provoque o derrame de grandes quantidades de combustíveis armazenados no terminal.

No caso de um derrame acidental de combustível de grandes dimensões, devido à proximidade da

área de implementação do Terminal à linha de costa (cerca de 750 m) existe a possibilidade de

ocorrer escorrência destes materiais para o mar.

Do ponto de vista toxicológico, quando são derramados hidrocarbonetos na água do mar, a

princípio, somente os componentes solúveis afectam os organismos que vivem sob a superfície.

Porém, quando ventos, ondas e correntes agem sobre a mancha de óleo, misturando-a a água,

outros componentes não solúveis, passam também a afectar os organismos ali presentes.

Os efeitos dependem não apenas da quantidade de óleo, mas também da composição específica

e da toxicidade do óleo, do tempo de permanência do óleo no ambiente e de seu comportamento

perante a acção de factores físicos, químicos, meteorológicos e oceanográficos do ambiente. Os

efeitos se apresentam de duas formas:

Efeitos agudos ou a curto prazo (1 a 4 semanas) são notoriamente tóxicos e colocam

directamente em risco as populações e as comunidades costeiras que estão em contacto

directo com o óleo e seus constituintes;

Efeitos crónicos ou a longo prazo (1 mês a 10 anos), como a bioacumulação de

substâncias tóxicas na cadeia alimentar, não são ainda bem conhecidos, mas devem

merecer atenção.

Os efeitos dos hidrocarbonetos nos organismos aquáticos podem ser classificados como:

corrosão e integridade estrutural e estar sujeitos a manutenção e substituição regular de equipamentos (por exemplo, tubos, vedações, conectores e válvulas);

- Deverá ser realizada uma manutenção preventiva dos veículos e máquinas de modo regular para evitar derrames durante o seu funcionamento no local da obra. A manutenção deve ser feita unicamente em oficinas designadas para o efeito. A manutenção pode ser permitida no local, devendo seguir-se as seguintes recomendações:

1. Utilização de técnicas de limpeza e contenção de derrames (p.e. a colocação de uma lona por baixo da viatura ou tabuleiros de contenção).

2. Caso o solo seja contaminado deverá ser imediatamente recolhido para tratamento.

3. Limpar e reabilitar as áreas afectadas e/ou contaminadas por óleos, combustíveis, etc.

4. O óleo usado deve ser guardado em tambores selados e não deve ser misturado com outras substâncias, como gasolina, solventes e anticongelantes. O óleo usado pode ser devolvido à empresa fornecedora, para posterior reciclagem.

- Os trabalhadores deverão receber instruções sobre cuidados a ter durante o transporte e descarga de materiais perigosos.

- As atividades de carga/descarga devem ser realizadas por pessoal devidamente formado de acordo com procedimentos formais pré-estabelecidos para evitar descargas acidentais e reduzir os riscos de incêndio explosão.

Com Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Curta Muito

Reduzida Possível Insignificante

Page 87: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 79

Letais, quando há a morte dos organismos causada pela toxicidade ou por efeitos físicos

do produto;

Sub-Letais, quando apesar de não ocorrer a morte do organismo se manifestam outros

efeitos biológicos crónicos como alterações de comportamento, crescimento, reprodução,

colonização e distribuição das espécies.

No que se refere aos sistemas costeiros, as respostas a um derrame acidental de combustível de

podem variar, em cada caso, dentro de limites relativamente amplos, devido ao número de

factores que operam intermitentemente sobre ele.

Estes ecossistemas são especialmente susceptíveis à contaminação por hidrocarbonetos. Tal

vulnerabilidade é baseada na proximidade das fontes poluidoras, na posição dos ecossistemas em

relação ao corpo d’água principal, na geomorfologia das áreas do nível das marés, na interacção

da costa com processos físicos relacionados com a deposição do óleo e na extensão do dano

ambiental.

Os sistemas de baixa energia, como os mangais, são locais onde os hidrocarbonetos, ao ser

transportados por ondas e correntes para a área costeira, se acumulam após um derrame. O

acesso à maioria desses ecossistemas dificulta a remoção do óleo.

Além disso, a decomposição microbiana do óleo é reduzida uma vez que o sedimento é

anaeróbico e possui baixa granulometria.

Esses factores, além das actividades escavadoras dos crustáceos característicos dos mangais,

podem induzir a altos e persistentes níveis de contaminação por hidrocarbonetos, não apenas na

superfície do sedimento, como também nas camadas mais profundas do mesmo (Lewis, 1993).

De um modo geral, quando o filme de óleo atinge os mangais forma-se uma barreira mecânica,

cobrindo as regiões entre marés, que impede a ventilação adequada do sistema radicular. Além da

barreira física à ainda que considerar os efeitos químicos da exposição aos hidrocarbonetos e da

acção dos agentes atmosféricos sobre as raízes e as populações microbianas do solo.

O efeito mais imediato causado pelo recobrimento mecânico das raízes é o elevado

desfolhamento seguido de morte, principalmente, dos indivíduos mais jovens, além da

consequente perda no vigor.

Impacto E9: Grandes derrames acidentais durante o armazenamento de combustíveis

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Regional Média Longo Elevada Improvável Média

Medidas de Mitigação:

- Execução de trabalhos de manutenção preventiva do equipamento;

- Execução de verificações de possíveis perdas de combustível em redor dos reservatórios, condutas de transporte e nos pontos de transferência;

- Manutenção regular dos sistemas de drenagem, não deixando que estes ultrapassem a sua capacidade para o fazer;

- Optimização dos separadores de óleo/água em todos os sistemas de drenagem;

- Assegurar que qualquer válvula de controlo existente nos mecanismos de separação de óleo/água é mantida sempre fechada para impedir a passagem de água e potenciais poluentes aquando de um grande derrame;

Page 88: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 80

Impacto AB3: Escorrência de águas/espumas resultantes do combate a incêndios

O Terminal de Armazenamento, Manuseamento e Distribuição de Combustível dispõe de um

sistema de combate a incêndios.

Em caso de um incêndio de grandes dimensões será activado o Plano de Resposta à Emergência

e utilizado o sistema de combate a incêndios instalado no Terminal, assim a água/espuma

utilizada no combate ao incêndio vai misturar-se com o combustível e dar origem a um efluente

contaminado.

De acordo com as boas práticas internacionais esta água/espuma contaminada não deverá ser

libertada no meio ambiente e a instalação deverá estar preparada a conter. No entanto, no caso

de grandes incêndios é habitual a utilização de meios de combate externo em complemento dos

meios internos. Assim, não é possível prever com exactidão as quantidades de materiais de

extinção utilizados, pelo que é possível que ocorram escorrências de misturas contaminadas com

hidrocarbonetos para o ambiente e no caso do Terminal em estudo para os ecossistemas

costeiros, com a consequente contaminação dos organismos marinhos por hidrocarbonetos à

semelhança do já descrito para o derrame acidental de combustíveis, no entanto a uma escala

diferente uma vez que neste caso as quantidades de hidrocarbonetos envolvidas serão

previsivelmente menores.

- Em caso de acidente implementar o Plano de Resposta à Emergência preconizado no PGA.

- Represar o produto derramado ou conter o produto de forma que este não escoe para um curso de água.

- Colocar o produto derramado num recipiente adequado para eliminação.

- Minimizar o contacto do produto derramado com o solo, de modo a evitar o seu escoamento para os cursos de água de superfície.

- A eliminação deve ser efectuada por pessoal autorizado/entidades autorizadas para eliminar resíduos de acordo com os regulamentos locais.

Com Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Média Médio Reduzida Improvável Muito

Reduzida

Impacto E10: Escorrência de águas/espumas resultantes do combate a incêndios

Sem Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local a

Regional Baixa Média Reduzida Improvável

Muito Reduzida

Medidas de Mitigação:

- A parte superior dos tanques deve ser sempre considerada como sendo potencialmente inflamável e deve-se tomar todo o cuidado para evitar descargas de electricidade estática e todas as fontes de ignição, durante as operações de enchimento, medição e colheita de amostras efectuadas nos tanques de armazenamento.

- Quando o poduto está a ser bombeado (por exemplo, enquanto se enche o depósito, se efectua o esvaziamento ou atestagem) ou se recolhem amostras, existe o risco de uma descarga estática. Garantir que o equipamento que está a ser utilizado está devidamente ligado à terra ou ligado à estrutura do depósito.

- Evitar o contacto do combustível com superfícies quentes, ou se houver fugas provenientes de tubos de combustível pressurizados, os vapores ou névoas que se formam criam uma situação de risco de inflamabilidade ou de explosão.

- Panos de limpeza, papéis ou materiais contaminados com o produto e usados para absorver derrame representam risco de incêndio e não devem ser guardados. Descarte com segurança, imediatamente após o uso.

- Para evitar fogo ou explosão, dissipar a electricidade estática durante a transferência, ligando os recipientes e equipamentos à terra

Page 89: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 81

5.8 Potenciais Impactos no Meio Sócio-Económico

Os benefícios directos da operação do Terminal de Combustível são sentidos pela população

local, de forma directa, através da criação de oportunidades de emprego. Outros benefícios serão

indirectos como a dinamização da economia local.

Impacto SE1: Crescimento económico local, regional e nacional

A operação do Terminal de combustível impulsiona o desenvolvimento económico do Porto da

Beira, tanto através da criação de postos de trabalho permanentes durante fase de operação, bem

como através da contratação de empresas de prestação de serviços, do aumento do volume da

carga e do número de navios que atracam no Porto, contribuindo para o crescimento económico

do Porto, da região e do país através do aumento esperado de receitas. A operação de um

terminal de combustível contribui para o melhoramento da eficiência na distribuição de

combustíveis aos consumidores a nível local e regional.

antes de transferir o produto. Usar equipamento eléctrico (ventilação, iluminação e manuseamento de produto) à prova de explosão.

- Prever a instalação de sistemas de contenção e retenção de água/espuma de incêndio, tais como:

1. Medidas estruturais automáticas

a) bacia de retenção

b) sistemas de drenagem subsuperficiais

c) barreiras accionadas por detectores de incêndio

2. Medidas estruturais manuais

a) Vigas/comportas

3. Sistemas móveis

a) mangas,

b) tampas para esgoto,

c) saco de vedação

- Deverá se cumprido o Plano de Resposta à Emergência no que respeita a incêndios, estipulado no PGA.

Com

Mitigação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Negativo Média Local Baixa Média Muito

Reduzida Improvável Insignificante

Impacto SE1: Crescimento económico local, regional e nacional

Sem Potenciação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Positivo Média Regional Elevada Longo Prazo

Muito Elevada Provável Muito Elevada

Medidas de Potenciação:

- Adopção de medidas transparentes e abrangentes na contratação da mão-de-obra, nomeadamente no que diz respeito à igualdade de géneros

- Dar prioridade à população local nas oportunidades de emprego, desde que os candidatos possuam as competências necessárias;

- Publicitar adequadamente as oportunidades de emprego, de modo a não limitar as oportunidades de candidatura.

Com Potenciação

Natureza Confiança Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Positivo Média Regional Elevada Longo Prazo

Muito Elevada Definitiva Muito Elevada

Page 90: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 82

Impacto SE2: Estímulo das actividades económicas e aumento da receita pública

A Operação do Terminal vai aumentar o poder de compra dos trabalhadores e a aquisição de

serviços como operadores de resíduos, serviços de limpeza, de segurança ou de manutenção,

terá um efeito estimulante sobre a economia local e regional.

Os impostos e taxas pagos durante a operação vão aumentar a receita do Estado, o que poderá

reflectir-se no investimento público, em áreas prioritárias, tais como saúde e educação, tendo

assim um impacto socioeconómico positivo indirecto.

Assim, este impacto positivo é considerado como sendo de extensão regional, de baixa

intensidade (considerando o impacto relativo do mercado na economia regional) e de duração de

longo prazo. A sua significância é assim avaliada como média.

Este impacto positivo não requer de medidas de potenciação. Recomenda-se apenas o recurso a

mão-de-obra e serviços nacionais, ao longo de toda a operação do Terminal.

Impacto: Aumento da actividade económica e da receita pública

Sem Mitigação

Natureza Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Positiva Regional Baixa Longo Prazo Média Possível Reduzida

Medidas de Mitigação:

Dar prioridade à contratação de trabalhadores moçambicanos, estimulando assim a economia local e regional;

Dar prioridade à aquisição de produtos e serviços nacionais, estimulando assim a economia local e regional.

Com Mitigação

Natureza Abrangência Intensidade Duração Consequência Probabilidade Significância

Positiva Regional Baixa Longo Prazo

Média Provável Média

Page 91: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 83

Tabela 38 – Resumo do potenciais impactos

Impacto Potencial Significância

Sem Mitigação Duração Medida de Mitigação

Significância

com Mitigação Responsabilidade Localização Cronograma

SOLOS

Potencial contaminação dos solos por grandes derrames acidentais

Média Longo Prazo

Actualizar anualmente, como previsto, o Plano de Emergência Interno no que respeita a derrames acidentais

Muito Reduzida Total

Terminal Anual

Actualizar, tal como previsto, o Plano de Combate a Incêndios que preveja a contenção das água contaminadas e que envolva os

restantes operadores Terminal Anual

HIDROLOGIA

Contaminação de recursos hídricos

devido a escoamentos pluviais contaminados provenientes da área

do Terminal

Reduzida Longo Prazo

Manter e Actualizar o Programa de Manutenção dos sistemas de drenagem de separação das águas pluviais das águas

contaminadas, de acordo com as melhores práticas aplicáveis

Muito Reduzida Total

Sistema de drenagem

Anual

Impermeabilizar as bacias de contenção Bacias de contenção

Assim que possível e em

novas construções

Contaminação de recursos hídricos

devido a derrames acidentais de

hidrocarbonetos ou resultantes de

águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a incêndios

Média Longo Prazo

Actualizar anualmente, como previsto, o Plano de Contingências de Derrames com o objectivo de identificar os danos que possam

ocasionar o derrame; de optimizar o uso dos recursos materiais e humanos comprometidos no controle de derrame; e neutralizar os

efeitos da contaminação. Reduzida Total

Terminal Anual

Actualizar anualmente, como previsto, de preferência com os outros operadores na área para criar condições de prevenção a

eventuais contaminações resultantes de águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a incêndios

Terminal Anual

QUALIDADE DO AR

Emissões geradas pela libertação de

compostos orgânicos Reduzida

Longo

Prazo

Coordenar os processos de enchimento e de esvaziamento dos tanques de combustível por forma a manter o balanço de vapor dentro do tanque, ou seja, permitir que durante o processo de

enchimento de um tanque se realiza a passagem de vapores para o compartimento dedicado à recuperação de vapores evitando a

sua emissão para a atmosfera.

Reduzida Total Tanques No enchimento

e no esvaziamento

Page 92: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 84

Impacto Potencial Significância

Sem Mitigação Duração Medida de Mitigação

Significância

com Mitigação Responsabilidade Localização Cronograma

Todos os equipamentos deverão ser alvo de inspecção regular de modo a verificar as suas condições de funcionamento (manutenção

periódica), pretende-se desta forma a minimizar as emissões de compostos orgânicos fugitivos decorrentes da sua operação;

Equipamentos

Semestral

Com base nos procedimentos internos em vigor realizar inspecções periódicas ao interior dos tanques de combustível com o objectivo de verificar a sua integridade e estanquicidade. A periodicidade deverá ser estabelecida com base e em função, dos resultados

obtidos na inspecção anterior realizada sendo esta tipicamente de 10 anos ou menos.

Tanques 10 em 10 anos

Verificar periodicamente a existência de possíveis fugas de compostos orgânicos voláteis (COV’s) provenientes de tubagens,

válvulas, juntas, tanques ou outros equipamentos por intermédio de um equipamento portátil de detecção de COV’s (como por exemplo

um detector PID).

Tubagens, válvulas, juntas

e tanques Diário

Determinar velocidades reduzidas 30 a 40 km/h para a circulação de veículos na via de aceso ao Terminal de combustível.

Terminal Diário

AMBIENTE SONORO

Aumento local dos níveis sonoros

Reduzida Longo Prazo

Garantir que os camiões cisterna circulam a velocidades reduzidas de modo a minimizar as emissões acústicas produzidas ao longo do trajecto percorrido por estes veículos sobretudo junto a trechos

próximos de áreas habitadas Reduzida Total

Na envolvente do Terminal

Diário

Garantir a manutenção periódica dos equipamentos de modo a garantir que os níveis de ruido produzidos por estes equipamentos

se mantêm tão reduzidos quanto possível Terminal

De acordo com o manual dos equipamentos

AMBIENTE BIÓTICO

Contaminação pelo derrame acidental de óleos ou combustível

Muito Reduzida Curto Prazo

Os procedimentos implementados devem incluir todos os aspectos da operação de entrega ou de carregamento à chegada à saída, incluindo bloqueio de rodas para evitar o movimento do veículo,

ligação de terra, verificação da conexão e desconexão adequada da mangueira, proibição de fumar, foguear e de luzes

desprotegidas para visitantes;

Insignificante Total Terminal Diário

Page 93: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 85

Impacto Potencial Significância

Sem Mitigação Duração Medida de Mitigação

Significância

com Mitigação Responsabilidade Localização Cronograma

Deverá se cumprido o Plano de Resposta à Emergência no que respeita a derrames acidentais, estipulado no PGA

Terminal Diário

Os sistemas de transporte de materiais deverão ser regularmente inspeccionados de modo a prevenir derrames de óleos;

sistemas de transporte de

materiais Diário

Os tanques e componentes de armazenamento (por exemplo, telhados e vedações) devem ser submetidos a inspecção periódica de corrosão e integridade estrutural e estar sujeitos a manutenção

e substituição regular de equipamentos (por exemplo, tubos, vedações, conectores e válvulas);

Tanques Semestral

Deverá ser realizada uma manutenção preventiva dos veículos e máquinas de modo regular para evitar derrames durante o seu funcionamento no local da obra. A manutenção deve ser feita

unicamente em oficinas designadas para o efeito. A manutenção pode ser permitida no local, devendo seguir-se as seguintes

recomendações:

Utilização de técnicas de limpeza e contenção de derrames (p.e. a colocação de uma lona por baixo da viatura ou tabuleiros de

contenção).

Caso o solo seja contaminado deverá ser imediatamente recolhido para tratamento.

Limpar e reabilitar as áreas afectadas e/ou contaminadas por óleos, combustíveis, etc.

O óleo usado deve ser guardado em tambores selados e não deve ser misturado com outras substâncias, como gasolina,

solventes e anticongelantes. O óleo usado pode ser devolvido à empresa fornecedora, para posterior reciclagem.

Terminal De acordo com o manual dos equipamentos

Os trabalhadores deverão receber instruções sobre cuidados a ter durante o transporte e descarga de materiais perigosos.

Terminal Na contratação,

anual

As actividades de carga/descarga devem ser realizadas por pessoal devidamente formado de acordo com procedimentos formais pré-estabelecidos para evitar descargas acidentais e

Terminal Na contratação,

anual

Page 94: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 86

Impacto Potencial Significância

Sem Mitigação Duração Medida de Mitigação

Significância

com Mitigação Responsabilidade Localização Cronograma

reduzir os riscos de incêndio explosão.

Grandes derrames acidentais durante o armazenamento de

combustíveis

Média Longo Prazo

Execução de trabalhos de manutenção preventiva do equipamento;

Muito Reduzida Total

Terminal De acordo com o manual dos equipamentos

Execução de verificações de possíveis perdas de combustível em redor dos reservatórios, condutas de transporte e nos pontos de

transferência; Terminal Semestral

Manutenção regular dos sistemas de drenagem, não deixando que estes ultrapassem a sua capacidade para o fazer;

Sistemas de drenagem

Semestral

Optimização dos separadores de óleo/água em todos os sistemas de drenagem;

Separadores Óleo/água

Semestral

Assegurar que qualquer válvula de controlo existente nos mecanismos de separação de óleo/água é mantida sempre fechada para impedir a passagem de água e potenciais poluentes aquando

de um grande derrame;

Separadores Óleo/água

Semestral

Em caso de acidente implementar o Plano de Resposta à Emergência preconizado no PGA.

Terminal Diário

Represar o produto derramado ou conter o produto de forma que este não escoe para um curso de água.

Terminal Sempre que necessário

Colocar o produto derramado num recipiente adequado para eliminação.

Terminal Sempre que necessário

Minimizar o contacto do produto derramado com o solo, de modo a evitar o seu escoamento para os cursos de água de superfície.

Terminal Sempre que necessário

A eliminação deve ser efectuada por pessoal autorizado/entidades autorizadas para eliminar resíduos de acordo com os regulamentos

locais. Terminal

Sempre que necessário

Escorrência de águas/espumas

resultantes do combate Muito Reduzida

Médio Prazo

A parte superior dos tanques deve ser sempre considerada como sendo potencialmente inflamável e deve-se tomar todo o cuidado

para evitar descargas de electricidade estática e todas as fontes de ignição, durante as operações de enchimento, medição e colheita

Insignificante Total Tanques Diário

Page 95: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 87

Impacto Potencial Significância

Sem Mitigação Duração Medida de Mitigação

Significância

com Mitigação Responsabilidade Localização Cronograma

a incêndios de amostras efectuadas nos tanques de armazenamento.

Quando o produto está a ser bombeado (por exemplo, enquanto se enche o depósito, se efectua o esvaziamento ou atestagem) ou se

recolhem amostras, existe o risco de uma descarga estática. Garantir que o equipamento que está a ser utilizado está

devidamente ligado à terra ou ligado à estrutura do depósito.

Terminal Diário

Evitar o contacto do combustível com superfícies quentes, ou se houver fugas provenientes de tubos de combustível pressurizados, os vapores ou névoas que se formam criam uma situação de risco

de inflamabilidade ou de explosão.

Terminal Diário

Panos de limpeza, papéis ou materiais contaminados com o produto e usados para absorver derrame representam risco de incêndio e não devem ser guardados. Descarte com segurança,

imediatamente após o uso.

Terminal Quando

necessário

Para evitar fogo ou explosão, dissipar a electricidade estática durante a transferência, ligando os recipientes e equipamentos à

terra antes de transferir o produto. Usar equipamento eléctrico (ventilação, iluminação e manuseamento de produto) à prova de

explosão.

Terminal Diário

Prever a instalação de sistemas de contenção e retenção de água/espuma de incêndio, tais como:

1.Medidas estruturais automáticas

a)bacia de retenção

b)sistemas de drenagem subsuperficiais

c)barreiras accionadas por detectores de incêndio

2.Medidas estruturais manuais

a)Vigas/comportas

3.Sistemas móveis

a)mangas,

b)tampas para esgoto,

c)saco de vedação

Terminal Quando

necessário

Page 96: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 88

Impacto Potencial Significância

Sem Mitigação Duração Medida de Mitigação

Significância

com Mitigação Responsabilidade Localização Cronograma

Deverá se cumprido o Plano de Resposta à Emergência no que respeita a incêndios, estipulado no PGA.

Terminal Diário

AMBIENTE SOCIOECONOMICO

Crescimento económico local, regional e

nacional Muito Elevada

Longo Prazo

Adopção de medidas transparentes e abrangentes na contratação da mão-de-obra, nomeadamente no que diz respeito à igualdade

de géneros

Muito Elevada Total Terminal Sempre que necessário

Dar prioridade à população local nas oportunidades de emprego, desde que os candidatos possuam as competências necessárias;

Publicitar adequadamente as oportunidades de emprego, de modo a não limitar as oportunidades de candidatura.

Estímulo das actividades económicas

e aumento da receita pública

Reduzida Longo Prazo

Dar prioridade à contratação de trabalhadores moçambicanos, estimulando assim a economia local e regional;

Média Total Terminal Sempre que necessário Dar prioridade à aquisição de produtos e serviços nacionais,

estimulando assim a economia local e regional.

Page 97: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 89

6 Auditoria Ambiental

Entre os dias 7 e 18 de Outubro de 2016 foi realizada uma Auditoria Ambiental privada ao terminal

da Total conforme o Decreto n.º 25/2011, de 15 de Junho. Com o objectivo de verificar o

funcionamento e organização do sistema de gestão e dos processos de controlo e protecção

ambiental implementados no terminal.

A realização de uma auditoria ambiental, mais do que uma opção voluntária, constitui uma

precaução e uma medida pró-activa. A auditoria ambiental desempenha um papel importante,

incentivando a incorporação sistemática das preocupações ambientais em muitos aspectos do

funcionamento global de uma empresa, ajudando a desencadear nova consciência e novas

prioridades nas políticas e práticas ambientais.

Desta auditoria resultou um conjunto de constatações e recomendações que foram incluídas no

presente Programa de Gestão Ambiental, nos diferentes Programas de Gestão apresentados.

Page 98: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 90

7 Implementação do PGA

O presente capítulo apresenta detalhes dos procedimentos que visam garantir a implementação

das medidas de gestão ambiental durante a Operação do Terminal.

7.1 Objectivos de Gestão Ambiental

Os objectivos da gestão ambiental do terminal incluem os seguintes:

Garantir a documentação e percepção clara das medidas de gestão ambiental

relevantes (de curto e longo prazo) por todas as partes relevantes;

Garantir que todas as actividades sejam realizadas de forma a minimizar os potenciais

efeitos negativos sobre o ambiente envolvente e maximizar os benefícios;

Garantir a existência de estruturas organizacionais, de manutenção de registo e

relatório adequadas de modo a permitir que a execução das medidas de gestão

ambiental tenha acompanhamento no longo prazo; e

Garantir a definição clara dos papéis e responsabilidades para a gestão de vários

componentes.

7.2 Estruturas de Gestão

É necessário que a Total, seus trabalhadores e fornecedores cumpram a legislação local e

nacional relevante. O proponente deverá conhecer todos os requisitos legislados bem como as

condições de licenciamento e acordos, e ser capaz de disseminá-los às partes relevantes e

monitorar a sua aplicação. A falha de cumprimento dos requisitos legais ambientais teria como

consequência o cancelamento da licença do Terminal e, consequentemente, a interrupção das

operações até que a situação em causa seja resolvida.

Embora a Total, na qualidade de proponente, tenha de assumir em última instância a

responsabilidade final para a execução das medidas de gestão ambiental durante a operação do

Terminal, existem vários actores-chave que assumirão a responsabilidade pela execução do PGA

durante a Fase de Operação do terminal.

A seguinte Tabela apresenta a distribuição de responsabilidades na Operação do Terminal da

Total da Matola (à presente data).

Tabela 39 - Responsabilidades na Operação do Terminal da Total da Matola

Cargo Nome

Sede

Director de Logística Frederik De-Vos

Coordenador de HSEQ (Health, Safety, Environment and Quality – Saúde, Segurança, Ambiente e Qualidade)

Sandra Mahoque

Terminal

Page 99: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 91

Cargo Nome

Chefe do Terminal Adriaan Briel

Chefe Adjunto do Terminal Filipe Mocambique

Oficial de HSEQ Filipe Mocambique

7.3 Funções e Responsabilidades

7.3.1 Total

A Total, como responsável geral por todas as questões de Segurança, Saúde e Ambiente e

Qualidade (HSEQ), irá garantir que todas as actividades do Terminal são realizadas de forma

segura, de acordo com a Política de HSEQ e com o PGA1.

Durante operação do terminal, a Total irá gerir de modo adequado as questões médicas e de

saúde, bem como garantir a prestação de cuidados adequados. A Total irá assegurar que existem

planos e recursos suficientes no local para garantir a saúde dos trabalhadores e planos de

contingência para responder aos acidentes de trabalho, tais como um Plano de Emergência que

se apresenta, em anexo, ao presente PGA.

Como parte dos seus procedimentos operacionais e de HSEQ, a Total irá realizar regularmente

inspecções ambientais, sociais, de segurança e saúde e fornecer relatórios que permitem

monitorizar e avaliar o desempenho das medidas e objectivos estabelecidos no PGA.

Deve ser realizada uma indução de arranque conduzida pela Total com os fornecedores, antes do

início das actividades.

7.3.2 Fornecedores/Subcontratados

A Total irá garantir, através de uma selecção diligente e de uma gestão directa dos contratados

que todos os fornecedores cumprem os requisitos do PGA.

Será tida uma especial atenção na fase de selecção com as qualificações, acreditações,

experiência e registos de SSA dos fornecedores.

Como parte do processo de selecção, os Empreiteiros terão de demonstrar à Total como irão

garantir o cumprimento dos requisitos do PGA.

Será igualmente esperado que os fornecedores demonstrem um comprometimento com o PGA a

todos os níveis, da sua própria estrutura e do seu sistema de gestão. Será requerido a todos os

fornecedores que identifiquem os indivíduos responsáveis pelas questões de SSA durante a

implementação das actividades.

Os fornecedores serão responsáveis pela formação do seu pessoal relevante e terão de garantir

que estes estão completamente qualificados, que têm experiência suficiente e que estão

1 Note-se que nos termos do Regulamento sobre o Processo de AIA (Decreto n º 54/2015), o proponente deverá pagar uma multa por falha na implementação das medidas de mitigação recomendadas e pelo não cumprimento dos termos e condições da licença ambiental.

Page 100: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 92

certificados, conforme os requisitos contratuais da Total, para as tarefas que foram contratados

para desempenhar.

O fornecedor deverá monitorizar o cumprimento com os requisitos de SSA definidos no PGA e

submeter um relatório à Total com os principais aspectos, desafios e perspectivas futuras

relacionadas com a execução das actividades no local.

O fornecedor deverá nomear um Oficial de HSEQ cujo papel é de garantir o cumprimento dos

requisitos do PGA. O fornecedor deverá submeter o nome e CV do Oficial de HSEQ, bem como

um Plano Ambiental que apresenta detalhes sobre os papéis e responsabilidades à Total.

O fornecedor tem a obrigação de demonstrar respeito e diligência para com o meio ambiente. O

fornecedor será responsável pelos custos de reabilitação de quaisquer danos causados ao

ambiente que poderão decorrer da falta de cumprimento do PGA, dos regulamentos ambientais e

legislação relevante, em consequência da sua presença no local.

7.3.3 Papéis e Responsabilidades do Oficial de HSEQ

A responsabilidade do Oficial de HSEQ será garantir que todo o trabalho seja realizado em

conformidade com os requisitos do PGA.

O Oficial de HSEQ deverá:

Realizar inspecções diárias, semanais ou mensais da(s) área(s) de trabalho;

Monitorar o cumprimento do PGA;

Conduzir a formação contínua de consciencialização ambiental do pessoal do fornecedor

no local;

Reportar e registar todos os incidentes ambientais causados pelo fornecedor ou

decorrentes das suas actividades;

Tomar medidas correctivas necessárias dentro de prazos especificados e encerrar

incidentes ambientais;

Participar em todas as reuniões de Segurança, Saúde e meio ambiente, palestras e

programas de indução;

Ser responsável pela gestão de resíduos;

Submeter listas de verificação semanais e mensais ao Gestor Ambiental da Total

designado para a actividade.

7.4 Procedimentos de Implementação e Monitorização

O PGA será implementado durante a execução das actividades propostas para o Terminal. Foram

desenvolvidos e identificados os detalhes das acções necessárias para a implementação das

medidas de mitigação, sob a forma de um plano de acção. O plano irá indicar a entidade

responsável por uma acção específica e estabelecer os parâmetros para a monitorização da sua

implementação. O PGA será fornecido pela Total e sua execução será de verificada pela Total e

pelas Autoridades Reguladoras, como o MITADER.

Page 101: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 93

Os procedimentos-chave para a execução e monitoria dos requisitos do PGA na Fase de

Operação encontram-se abaixo descritos:

O Coordenador HSEQ da Total deverá facilitar uma série de seminários de capacitação

em conhecimentos ambientais com todo o pessoal do local, em relação à importância do

PGA, antes do início das operações;

A Equipa da Total no local, nomeará um Oficial de HSEQ que fará o acompanhamento do

desempenho diário do pessoal em relação aos compromissos do PGA, usando técnicas

tais como:

o Entrevistas com o pessoal (incluindo trabalhadores da Total ou sub-contratados,

Empreiteiros, Sub-Empreiteiros e fornecedores);

o Análise/verificação documental;

o Observações visuais;

o Monitoria; e

o Medição e verificação.

O Oficial de HSEQ da Total elaborará relatórios de cumprimento mensal, detalhando todas

as questões ambientais, não conformidades e medidas a executar, a ser submetidos ao

Gestor Ambiental da Total e

O Oficial de HSEQ elaborará relatórios de monitoria de desempenho numa base trimestral

para fins de auditoria interna.

7.4.1 Formação em Sensibilização Ambiental

Deverão ser ministrados cursos de formação de sensibilização ambientais a todo o pessoal no

local. É responsabilidade do Coordenador HSEQ da Total garantir o conhecimento dos objectivos

e disposições específicas do PGA por todo o pessoal. Os cursos de capacitação ambiental

incluirão, dentre outros aspectos, os seguintes:

Questões ambientais no local;

Papéis e responsabilidades;

Medidas de gestão ambiental;

Consciência ambiental; e

Consciência do HIV/SIDA.

Os cursos deverão ser ministrados durante horas normais de expediente no local adequado.

Todos os participantes deverão permanecer no local durante o decurso do curso e, no fim, assinar

uma ficha de registo de participação que mostra com clareza no nome do participante, cuja cópia

deverá ser entregue ao Coordenador HSEQ da Total.

7.4.2 Não conformidades e Medidas correctivas

Na eventualidade de ser detectada uma não conformidade com o PGA, o Coordenador HSEQ da

Total deverá ser notificado. A notificação incluirá:

A natureza da não conformidade/danos ambientais;

Page 102: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 94

As medidas ou resultados necessários para a correcção da situação; e

O prazo no qual cada medida correctiva deverá ser concluída.

Na recepção da notificação, deve ser elaborado um Plano de Acção que detalhará a forma como a

medida necessária será executada. O Plano de Acção deverá ser submetido ao Coordenador

HSEQ da Total para aprovação antes de executado. Logo que tiver sido aprovado, a medida

correctiva deverá ser realizada dentro dos prazos estipulados. À posterior, será exigido que o

Coordenador HSEQ da Total confirme o êxito ou fracasso da medida correctiva.

7.4.3 Monitorização

A monitorização dos impactos ambientais e sociais das actividades será realizada por

especialistas ambientais e/ou socio-economistas qualificados, que irão realizar a monitorização em

colaboração com as instituições locais. A Total vai ter em conta quaisquer recomendações que

surjam durante as actividades de monitorização.

7.5 Registos e Relatórios Ambientais

A frequência e natureza do relatório de desempenho da gestão ambiental dependerão da natureza

da actividade e do aspecto a ser gerido. O relatório pode tomar várias formas:

Relatórios semanais de verificação do cumprimento;

Relatórios mensais sobre o desempenho e cumprimento ambiental;

Relatórios de desempenho trimestral sobre indicadores-chave;

Relatórios de monitorização ambiental para verificar se os resultados de monitoria

ambiental estão dentro dos limites especificados; e

Relatórios resumo para intervenientes externos.

Page 103: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 95

8 Medidas de Gestão Ambiental

O presente capítulo do PGA apresenta detalhadamente as medidas de gestão ambiental a serem

implementadas durante a Operação do Terminal. Estas medidas de gestão compreendem

medidas de mitigação definidas em conformidade com o PGA.

As tabelas apresentadas foram estruturadas de modo a identificar o aspecto (ou o impacto a ser

abordado), as medidas de gestão ambiental a serem implementadas, incluindo as respectivas

entidades responsáveis, bem como a monitoria e a avaliação de desempenho para a

implementação das medidas de mitigação.

A lista de requisitos que se encontra incluída nesta secção compreende algumas medidas que já

são implementadas no terminal, optou-se, no entanto, por as listar aqui, de modo a que não sejam

excluídas mais tarde, se consideradas essenciais para a gestão dos potenciais impactos

ambientais. Esta lista deve ser actualizada de modo a incluir todos os padrões adicionais

identificados nas autorizações emitidas pelas autoridades relevantes.

Page 104: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 96

Tabela 40 - Medidas de Gestão Ambiental

Aspecto Classificação da significância

No. Acções de Gestão Responsável

Monitorização e Avaliação de Desempenho Sem

mitigação/ potenciação

Com mitigação/ potenciação

Monitorização Indicadores de Desempenho

Frequência

SOLOS

Potencial contaminação dos solos por grandes derrames acidentais

MÉDIA MUITO

REDUZIDA

1. Actualizar anualmente, como previsto, o Plano de Emergência no que respeita a derrames acidentais

Total

Plano de Emergência

Incidentes de derrames Registos de

procedimentos durante o derrame

Anual

2. Actualizar, tal como previsto, o Plano Emergência que preveja a contenção das água contaminadas e que envolva os restantes operadores

Sempre que se aplique

HIDROLOGIA

Contaminação de recursos

hídricos devido a escoamentos

pluviais contaminados

provenientes da área do Terminal

REDUZIDA MUITO

REDUZIDA

3. Manter e Actualizar o Procedimento de Manutenção dos sistemas de drenagem de separação das águas pluviais das águas contaminadas, de acordo com as melhores práticas aplicáveis

Total

Procedimentos de Manutenção Auditorias

Registo de incidentes Registo de não

conformidades Registos de

manutenção

Sempre que se aplique

4.

Impermeabilizar as bacias de contenção

Contaminação de recursos

hídricos devido a derrames

acidentais de hidrocarbonetos ou resultantes

de águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a incêndios

MÉDIA REDUZIDA

5. Actualizar anualmente, como previsto, o Plano de Emergência com o objectivo de identificar os danos que possam ocasionar o derrame; de optimizar o uso dos recursos materiais e humanos comprometidos no controle de derrame; e neutralizar os efeitos da contaminação.

Total

Plano de Emergência

Incidentes de derrames Registos de

procedimentos durante o derrame

Anual

6.

Actualizar anualmente, como previsto, de preferência com os outros operadores na área para criar condições de prevenção a eventuais contaminações resultantes de águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a incêndios

Page 105: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 97

Aspecto Classificação da significância

No. Acções de Gestão Responsável

Monitorização e Avaliação de Desempenho Sem

mitigação/ potenciação

Com mitigação/ potenciação

Monitorização Indicadores de Desempenho

Frequência

QUALIDADE DO AR

Emissões geradas pela libertação de compostos orgânicos

REDUZIDA REDUZIDA

7. Coordenar os processos de enchimento e de esvaziamento dos tanques de combustível por forma a manter o balanço de vapor dentro do tanque, ou seja, permitir que durante o processo de enchimento de um tanque se realiza a passagem de vapores para o compartimento dedicado à recuperação de vapores evitando a sua emissão para a atmosfera.

Total Procedimentos

internos de operação

Cumprimento dos procedimentos internos nas operações de enchimento e esvaziamento dos tanques

Sempre que aplicável

8.Todos os equipamentos deverão ser alvo de inspecção regular de modo a verificar as suas condições de funcionamento (manutenção periódica), pretende-se desta forma a minimizar as emissões de compostos orgânicos fugitivos decorrentes da sua operação;

Total

Procedimentos de manutenção aos equipamentos Registos de

manutenção

As acções de manutenção são realizadas de acordo como plano de manutenção

Sempre que se aplique de acordo com as especificações técnicas

9. Com base nos procedimentos internos em vigor realizar inspecções periódicas ao interior dos tanques de combustível com o objectivo de verificar a sua integridade e estanquicidade. A periodicidade deverá ser estabelecida com base e em função, dos resultados obtidos na inspecção anterior realizada sendo esta tipicamente de 10 anos ou menos.

Total

Procedimentos de manutenção aos equipamentos Registos de

manutenção

As acções de manutenção são realizadas de acordo como plano de manutenção

Sempre que se aplique de acordo com as especificações técnicas

10. Verificar periodicamente a existência de possíveis fugas de compostos orgânicos voláteis (COV’s) através tubagens, válvulas, juntas, tanques por intermédio de um equipamento portátil de detecção de COV’s (como por exemplo um detector PID).

Total

Procedimentos de manutenção aos equipamentos Registos de

manutenção

As acções de manutenção são realizadas de acordo como plano de manutenção

Sempre que aplicável

11.Determinar velocidades reduzidas 30 a 40 km/h para a circulação de veículos na via de aceso ao Terminal de combustível.

Total Auditorias Registos de

incumprimento

Cumprimento dos limites de velocidade de circulação estabelecidos.

Ao longo da fase de operação

RUÍDO

Page 106: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 98

Aspecto Classificação da significância

No. Acções de Gestão Responsável

Monitorização e Avaliação de Desempenho Sem

mitigação/ potenciação

Com mitigação/ potenciação

Monitorização Indicadores de Desempenho

Frequência

Aumento local dos níveis sonoros

REDUZIDA REDUZIDA

12.Garantir que os camiões cisterna circulam a velocidades reduzidas de modo a minimizar as emissões acústicas produzidas ao longo do trajecto percorrido por estes veículos sobretudo junto a trechos próximos de áreas habitadas;

Total Auditorias Registos de

incumprimento

Cumprimento dos limites de velocidade de circulação estabelecidos.

Ao longo da fase de operação

13. Garantir a manutenção periódica dos equipamentos alocados ao abastecimento das viaturas-cisterna (gruas e motores associados, bombas de transferência de combustível, e outros equipamentos mecânicos) de modo a garantir que os níveis de ruido produzidos por estes equipamentos se mantêm tão reduzidos quanto possível.

Total

Procedimentos de manutenção aos equipamentos Registos de

manutenção

As acções de manutenção são realizadas de acordo com os procedimentos de manutenção

Sempre que se aplique de acordo com as especificações técnicas

AMBIENTE BIÓTICO

Contaminação acidental por óleos ou combustível

MUITO REDUZIDA

INSIGNIFICANTE

14. Os procedimentos implementados devem incluir todos os aspectos da operação de entrega ou de carregamento à chegada à saída, incluindo bloqueio de rodas para evitar o movimento do veículo, ligação de terra, verificação da conexão e desconexão adequada da mangueira, proibição de fumar, foguear e de luzes desprotegidas para visitantes;

Total Auditoria Registos de Inspecção Registos de

incumprimento

Mensal

15. Deverá se cumprido o Plano de Emergência no que respeita a derrames acidentais

Total Auditoria Registos de Acidentes

Mensal

16. Os sistemas de transporte de materiais deverão ser regularmente inspeccionados de modo a prevenir derrames de óleos;

Total Auditoria Registos de Inspecção Registos de

incumprimento

Mensal

17. Os tanques e componentes de armazenamento (por exemplo, telhados e vedações) devem ser submetidos a inspecção periódica de corrosão e integridade estrutural e estar sujeitos a manutenção e substituição regular de equipamentos (por exemplo, tubos, vedações, conectores e válvulas)

Total

18. Deverá ser realizada uma manutenção preventiva dos veículos e máquinas de modo regular para evitar derrames durante o seu funcionamento no local da obra.

Total Procedimentos de manutenção aos equipamentos

As acções de manutenção são realizadas de acordo com os

Sempre que se aplique de acordo com as

Page 107: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 99

Aspecto Classificação da significância

No. Acções de Gestão Responsável

Monitorização e Avaliação de Desempenho Sem

mitigação/ potenciação

Com mitigação/ potenciação

Monitorização Indicadores de Desempenho

Frequência

Registos de manutenção

procedimentos de manutenção

especificações técnicas

19. A manutenção deve ser feita unicamente em oficinas designadas para o efeito. A manutenção pode ser permitida no local, devendo seguir-se as seguintes recomendações:

- Utilização de técnicas de limpeza e contenção de derrames (p.e. a colocação de uma lona por baixo da viatura ou tabuleiros de contenção).

- Caso o solo seja contaminado deverá ser imediatamente recolhido para tratamento.

- Limpar e reabilitar as áreas afectadas e/ou contaminadas por óleos, combustíveis, etc.

- O óleo usado deve ser guardado em tambores selados e não deve ser misturado com outras substâncias, como gasolina, solventes e anticongelantes. O óleo usado pode ser devolvido à empresa fornecedora, para posterior reciclagem.

Total Auditoria Registos de Manutenção Registos de

incumprimento

Mensal

20. Os trabalhadores deverão receber instruções sobre cuidados a ter durante o transporte e descarga de materiais perigosos.

Total Auditoria Número de palestras realizadas para os trabalhadores

Na contratação ou sempre que necessário

21. As actividades de carga/descarga devem ser realizadas por pessoal devidamente formado de acordo com procedimentos formais pré-estabelecidos para evitar descargas acidentais e reduzir os riscos de incêndio explosão.

Total

Grandes derrames acidentais durante o armazenamento de combustíveis

MÉDIA MUITO

REDUZIDA

22. Execução de trabalhos de manutenção preventiva do equipamento;

Total Procedimentos de manutenção aos equipamentos Registos de

manutenção

As acções de manutenção são realizadas de acordo como plano de manutenção

Sempre que se aplique de acordo com as especificações técnicas

23. Execução de verificações de possíveis perdas de combustível em redor dos reservatórios, condutas de transporte e nos pontos de transferência;

Total Inspecções/Auditorias

Registos de acidentes, incidentes ou não

Mensal

Page 108: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 100

Aspecto Classificação da significância

No. Acções de Gestão Responsável

Monitorização e Avaliação de Desempenho Sem

mitigação/ potenciação

Com mitigação/ potenciação

Monitorização Indicadores de Desempenho

Frequência

conformidades

24. Manutenção regular dos sistemas de drenagem, não deixando que estes ultrapassem a sua capacidade para o fazer;

Total Procedimentos de manutenção dos sistemas Registos de

manutenção

As acções de manutenção são realizadas de acordo como plano de manutenção

Sempre que se aplique de acordo com as especificações técnicas

25. Optimização dos separadores de óleo/água em todos os sistemas de drenagem;

Total

26. Assegurar que qualquer válvula de controlo existente nos mecanismos de separação de óleo/água é mantida sempre fechada para impedir a passagem de água e potenciais poluentes aquando de um grande derrame

Total Inspecções/Auditorias

Registos de acidentes, incidentes ou não conformidades

Mensal

27. Em caso de acidente implementar o Plano de Emergência Total Auditoria Registos de acidentes, incidentes ou não conformidades

Mensal

28. Represar o produto derramado ou conter o produto de forma que este não escoe para um curso de água.

Total Auditoria Cumprimento do Programa de Gestão de Resíduos

Mensal

29. Colocar o produto derramado num recipiente adequado para eliminação.

Total

30. Minimizar o contacto do produto derramado com o solo, de modo a evitar o seu escoamento para os cursos de água de superfície.

Total

31. A eliminação deve ser efectuada por pessoal autorizado/entidades autorizadas para eliminar resíduos de acordo com os regulamentos locais.

Total

Escorrência de águas/espumas resultantes do combate a incêndios

MUITO REDUZIDA

INSIGNIFICANTE

32. A parte superior dos tanques deve ser sempre considerada como sendo potencialmente inflamável e deve-se tomar todo o cuidado para evitar descargas de electricidade estática e todas as fontes de ignição, durante as operações de enchimento, medição e colheita de amostras efectuadas nos tanques de armazenamento.

Total Plano de Emergência Plano de

Emergência

Incidentes de derrames Registos de

procedimentos durante o derrame Cumprimento do

Sempre que se aplique

Page 109: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 101

Aspecto Classificação da significância

No. Acções de Gestão Responsável

Monitorização e Avaliação de Desempenho Sem

mitigação/ potenciação

Com mitigação/ potenciação

Monitorização Indicadores de Desempenho

Frequência

33. Quando o produto está a ser bombeado (por exemplo, enquanto se enche o depósito, se efectua o esvaziamento ou atestagem) ou se recolhem amostras, existe o risco de uma descarga estática. Garantir que o equipamento que está a ser utilizado está devidamente ligado à terra ou ligado à estrutura do depósito.

Plano

34. Evitar o contacto do combustível com superfícies quentes, ou se houver fugas provenientes de tubos de combustíveis pressurizados, os vapores ou névoas que se formam criam uma situação de risco de inflamabilidade ou de explosão.

Total

35. Panos de limpeza, papéis ou materiais contaminados com o produto e usados para absorver derrame representam risco de incêndio e não devem ser guardados. Descarte com segurança, imediatamente após o uso.

Total

36. Para evitar fogo ou explosão, dissipar a electricidade estática durante a transferência, ligando os recipientes e equipamentos à terra antes de transferir o produto. Usar equipamento eléctrico (ventilação, iluminação e manuseamento de produto) à prova de explosão.

Total

37. Prever a instalação de sistemas de contenção e retenção de água/espuma de incêndio, tais como:

1. Medidas estruturais automáticas

a) bacia de retenção

b) sistemas de drenagem subsuperficiais

c) barreiras accionadas por detectores de incêndio

2. Medidas estruturais manuais

a) Vigas/comportas

3. Sistemas móveis

a) mangas,

b) tampas para esgoto,

Total

Page 110: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 102

Aspecto Classificação da significância

No. Acções de Gestão Responsável

Monitorização e Avaliação de Desempenho Sem

mitigação/ potenciação

Com mitigação/ potenciação

Monitorização Indicadores de Desempenho

Frequência

c) saco de vedação

38. Deverá se cumprido o Plano de Emergência no que respeita a incêndios

Total

SÓCIO-ECONOMIA

Crescimento económico local, regional e nacional MUITO

ELEVADA MUITO

ELEVADA

39. Adopção de medidas transparentes e abrangentes na contratação da mão-de-obra, nomeadamente no que diz respeito à igualdade de géneros

Total Auditoria % da mão de obra local contratada % de mulheres

contratadas

Decurso da Operação

40. Dar prioridade à população local nas oportunidades de emprego, desde que os candidatos possuam as competências necessárias;

41. Publicitar adequadamente as oportunidades de emprego, de modo a não limitar as oportunidades de candidatura.

Estímulo das actividades económicas e aumento da receita pública

REDUZIDA MÉDIA

42. Dar prioridade à contratação de trabalhadores moçambicanos, estimulando assim a economia local e regional;

Total Auditoria % da mão de obra local contratada % de mulheres

contratadas

Decurso da Operação

43. Dar prioridade à aquisição de produtos e serviços nacionais, estimulando assim a economia local e regional.

Page 111: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 103

9 Programas de Gestão Ambiental

9.1 Programa de Gestão de Efluentes

O objectivo do Programa de Gestão de Efluentes é garantir a conservação dos recursos hídricos

na área de influência do Projecto. O plano inclui medidas de controlo e mitigação para a protecção

das águas, nomeadamente medidas para prevenir o seu assoreamento e a contaminação por

efluentes gerados pelas actividades propostas.

Este plano considera a legislação moçambicana, no que diz respeito aos recursos hídricos, o que

inclui a utilização das águas, leis referentes ao terreno, e directrizes para a qualidade da água e a

emissão de efluentes. É igualmente levado em consideração o Procedimento do SAO

(INTERCEPTOR / SEPARATOR USE) da Total (Plano de Monitorização e Controlo de Efluentes

interno) que se encontra no Anexo IV.

9.1.1 Medidas Propostas e a Calendarização da Implementação

A Tabela 41 lista as medidas de controlo e mitigação a serem aplicadas durante a fase de

operação, para minimizar os impactos nos recursos hidrológicos superficiais e subterrâneos.

Tabela 41 – Medidas de Controle e Mitigação Ambiental, Descrição e a Calendarização da Implementação – Programa de Gestão de Efluentes

Medidas de Controlo e Mitigação

Descrição Calendarização

da Implementação

Responsável pela

Implementação Supervisão

Prevenir a contaminação

das Águas

‐ Manter e Actualizar os Procedimentos de Manutenção dos sistemas de drenagem de separação das águas pluviais das águas contaminadas, de acordo com as melhores práticas aplicáveis

‐ Actualizar anualmente, como previsto, o Plano de Emergência com o objectivo de identificar os danos que possam ocasionar o derrame; de optimizar o uso dos recursos materiais e humanos comprometidos no controle de derrame; e neutralizar os efeitos da contaminação.

‐ Actualizar anualmente, como previsto, de preferência com os outros operadores na área para criar condições de prevenção a eventuais contaminações resultantes de águas/espumas contaminadas aplicadas no combate a incêndios

‐ Não se deve fazer descarga de efluentes e águas residuais para o solo, para os recursos de água ou para o mar, que não estejam tratadas. Todas as águas residuais e efluentes que são produzidas (instalações sanitárias, cozinhas, cantinas, balneários, etc.) devem ser recolhidas e tratadas.

‐ As descargas líquidas devem ser controladas, para garantir que os recursos hídricos locais, à superfície e subterrâneos, não fiquem contaminados. As águas que contêm poluentes como cimento, betão, cal, produtos químicos e fuel terão de ser descarregados para um tanque, para que, mais tarde, se proceda à sua remoção e tratamento fora do local, numa unidade de tratamento própria mais próxima;

Durante a vida útil do projecto

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Page 112: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 104

Medidas de Controlo e Mitigação

Descrição Calendarização

da Implementação

Responsável pela

Implementação Supervisão

‐ Os efluentes tratados devem cumprir com as directrizes de qualidade, definidos pela legislação nacional, nomeadamente com o Decreto N.º 18/2004 (com as alterações incluídas no Decreto Nº. 67/2010), que regulam a Qualidade Ambiental e as Normas para a Emissão de Efluentes;

‐ Os locais de descarga das águas residuais devem ser autorizadas pelas autoridades regionais e outras entidades como o Ministério do Ambiente;

‐ Armazenar, de forma segura, óleos e outros materiais perigosos, e potencialmente poluentes, para prevenir derramamentos no solo e/ou em percursos de água. O armazenamento destes materiais deve ser feito em áreas impermeáveis, com cobertura e estruturas de confinamento;

‐ Fornecer uma área designada para a manutenção de equipamento e veículos, com uma superfície impermeável e estruturas de confinamento. Estas instalações devem ser colocadas em áreas afastadas dos percursos das águas;

‐ Definir lugares de estacionamento para a maquinaria e veículos. Fazer uma inspecção periódica destas áreas, para verificar a ocorrência de derrames, e proceder à limpeza destas, se tal for necessário;

‐ Realizar a manutenção e revisão periódica de toda a maquinaria e veículos utilizados no trabalho, para manter as condições normais de trabalho, e minimizar o derrame de óleos e fueis;

‐ Desenvolver um plano de prevenção e confinamento de derrames. Verificar que todos os funcionários e trabalhadores no local têm formação em medidas de prevenção de derrames. Deve proceder-se à limpeza imediata dos derrames, através do confinamento e remoção dos mesmos

‐ Efectuar o esvaziamento periódico das fossas por

empresa especializada ‐ Efectuar o registo dos esvaziamentos

Anual Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

9.1.2 Acompanhamento e Medidas de Monitorização

A Erro! A origem da referência não foi encontrada. resume as medidas de acompanhamento

e/ou sistemáticas e/ou de verificação periódica, e a calendarização da implementação.

Tabela 42 – Medidas de Acompanhamento e Monitorização, Descrição e calendarização da implementação – Programa de Gestão de Efluentes

Medidas de Acompanhamento ou Monitorização

Descrição Calendarização

da Implementação

Responsável pela

Implementação Supervisão

Monitorização da ocorrência de

derrames

‐ Realizar a inspecção periódica dos espaços de estacionamento de veículos, áreas de abastecimento de combustível, , áreas de armazenamento de lubrificantes,para verificar a ocorrência de derrames, e proceder à limpeza dos mesmos;

‐ Registar todas as rotinas de inspecção e procedimentos de limpeza;

Semanalmente Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Page 113: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 105

Medidas de Acompanhamento ou Monitorização

Descrição Calendarização

da Implementação

Responsável pela

Implementação Supervisão

‐ Registar todos os derrames acidentais que ocorrem. Registar as datas, locais e volumes aproximados de cada derrame e as medidas correctivas implementadas.

Quando aplicável. Apresenta rum relatório mensal de ocorrências

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Inspecção das valas de drenagem

‐ Inspecção visual das valas de drenagem para verificação da existência de obstruções

‐ Efectuar o registo de inspecções Semanal Oficial HSEQ

Coordenador HSEQ

Inspecção das valas de drenagem

‐ Inspecção visual das valas de drenagem para verificação do estado de conservação

‐ Efectuar o registo de inspecções Anual Oficial HSEQ

Coordenador HSEQ

Manutenção SAO ‐ Proceder à manutenção periódica do SÃO

para remoção do sobrenadante. ‐ Efectuar registo de manutenções

Uma vez a cada 2 semanas

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Limpeza SAO

‐ Proceder à limpeza periódica do SÃO por uma empresa especializada. Remoção e eliminação do efluente e lamas acumuladas. Estes resíduos (sólidos e líquidos) deverão ser considerados resíduos perigosos e eliminados de acordo com o definido no Programa de Gestão de Resíduos. Limpeza das paredes com jactos de água.

‐ Efectuar registo de limpezas

A cada 6 meses Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Inspecção local de descarga do SAO

‐ Inspecção visual do local de descarga do SAO, para verificação de contaminações.

‐ Registo de Inspecção Mensal Oficial HSEQ

Coordenador HSEQ

Monitorização do efluente à saída SAO

‐ Monitorização do efluente à saída SAO para controlo dos padrões de qualidade do efluente tratado, incluindo a monitorização dos parâmetros: DBO5 (Demanda Bioquímica de Oxigénio, ao fim de 5 dias), DQO (Demanda Química de Oxigénio), Óleos e Gorduras, Crómio, Zinco e Temperatura, de acordo com o definido no Anexo III do Decreto nº 18/2004, de 2 de Junho, para Oficinas e Estações de Serviço

Mensal Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Monitorização da qualidade das águas subterrâneas

‐ Monitorização das águas subterrâneas nos 5 piezómetros existentes do Terminal da Matola para verificação de possíveis contaminações, incluindo os parâmetros TPH e BTEX

‐ Comparar os resultados da presente Campanha com os da Campanha anterior;

‐ Compara os resultados com os limites estipulados pela TOTAL para as suas operações em Moçambique.

Semestral (uma campanha na época seca e

outra na época húmida)

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

9.1.3 Medidas Correctivas

Se forem detectados incumprimentos, através de medidas de acompanhamento e monitorização,

devem implementar-se medidas correctivas. A natureza das medidas correctivas ou medidas

adicionais de mitigação devem ser definidas caso-a-caso, dependendo da avaliação das

situaçãoes específicas. A Tabela 43 apresenta as principais medidas correctivas que são

propostas.

Page 114: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 106

Tabela 43– Medidas Correctivas Ambientais, Descrição e Calendarização da Implementação – Programa de Gestão de Efluentes

Medidas Correctivas

Descrição Calendarização

da Implementação

Responsável pela

Implementação Supervisão

Resposta no caso de reclamações e reivindicações da população local

Se forem registadas reclamações da população local, no que diz respeito ao uso das águas, deve agir-se em conformidade, com o conselho das autoridades locais.

Quando necessário

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Resposta no caso de incumprimento, relativamente às directrizes de qualidade da emissão de resíduos

No caso de haver incumprimento dos valores limite referentes às directrizes de qualidade de água durante a monitorização da emissão de resíduos, deve aplicar-se medidas correctivas. Estas podem incluir um aumento da capacidade da unidade de tratamento.

Quando necessário

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Resposta no caso de derrames acidentais

Se for detectado um derrame acidental, deve agir-se imediatamente em conformidade, com a limpeza da zona afectada (o que inclui a remoção da terra contaminada);

Investigar as causas do derrame, e implementar medidas preventivas, para evitar futuras ocorrências.

Quando necessário

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

Aumentar a periodicidade da monitorização da qualidade da água

Se forem detectados nas águas valores de hidrocarbonetos superiores aos estipulados legalmente, deve ser investigada a causa da contaminação para garantir que não se produza um passivo ou dano ambiental. Em resultado das acções tomadas de acordo com a gravidade da situação, o programa de monitorização deverá ser reforçado de modo a acompanhar de perto o evoluir das concentrações dos poluentes, voltando à periocidade anual assim que o processo estiver estabilizado.

Quando justificável

Oficial HSEQ Coordenador

HSEQ

9.1.4 Desempenho e Comunicação

9.1.4.1 Indicadores de Desempenho

Os seguintes indicadores de desempenho devem ser monitorizados para o Programa de Gestão

de Efluentes:

O número de incumprimentos das directrizes de emissão de resíduos, durante o período

de monitorização;

O número de reclamações da comunidade local, no que diz respeito aos conflitos na

utilização das águas, e medidas de mitigação, como resposta às reclamações;

O número e magnitude dos derrames acidentais detectados, e as medidas correctivas

implementadas.

Número e causas de concentrações de hidrocarbonetos anómalas acima dos valores

legais

O resultado dos indicadores de desempenho devem ser determinados e compilados em relatórios

trimestrais, como indicado na secção seguinte.

Page 115: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 107

9.1.4.2 Relatórios

A Tabela 44 resume os registos documentais que devem ser mantidos para controlar a execução

deste programa de gestão ambiental. Estes documentos devem ser preparados, arquivados e

mantidos pelo ECO, com o intuito de documentar os resultados do programa de implementação. O

registo de ocorrências relevantes deve ser feito imediatamente após a ocorrência, e deve

preparar-se e submeter-se, ao OCAC, um relatório trimestral de desempenho, relatando as

ocorrências registadas e os indicadores de desempenho.

Tabela 44 – Registo Documental

Título do Documento Tipo de Documento Frequência do Registo ou Relatório

Registo da monitorização periódica da qualidade dos efluentes e resíduos

Registo Mensalmente

Registo das reclamações das comunidades locais, relativamente ao uso das águas

Registo Quando necessário

Registo das inspecções periódicas de derrames Registo Semanalmente

Relatório de desempenho Relatório Trimestralmente

9.2 Programa de Gestão de Resíduos

9.2.1 Justificação do Programa

O Programa de Gestão de Resíduos tem por objectivo estabelecer as acções necessárias para a

identificação do tipo de resíduos produzidos no âmbito do Projecto e promover a segregação dos

resíduos perigosos e não perigosos de forma adequada.

São várias as actividades propostas que podem produzir resíduos, os quais, se não forem geridos

adequadamente, poderão conduzir à ocorrência de impactos. A gestão de resíduos engloba as

operações de recolha, acondicionamento, armazenamento temporário, transporte e deposição em

destino final apropriado.

A gestão adequada de resíduos é fundamental para prevenir a contaminação de solos e recursos

hídricos (superficiais e subterrâneos). Esta é também importante para não comprometer a saúde

pública das comunidades locais e dos trabalhadores e para evitar a proliferação de pragas.

O presente programa tem em consideração a legislação Moçambicana referente à gestão de

resíduos.

9.2.2 Resíduos Potencialmente Produzidos

Além dos resíduos sólidos urbanos (RSU) ou resíduos a estes equiparados, produzidos pelas

actividades diárias dos trabalhadores nas diferentes áreas do terminal como: escritórios, sanitários

ou cantina, no terminal são também produzidos resíduos perigosos tais como os resíduos das

operações de limpeza dos tanques, separadores de óleos ou bacias de retenção que incluem o

lodo de fundo dos tanques, que deve ser removido periodicamente para manter a qualidade do

produto ou a capacidade de armazenamento do tanque, ou materiais de limpeza de derrames e

solos contaminados com óleo. Estes resíduos perigosos devem ser geridos através de re-

processamento para a recuperação do produto ou conduzidos a destino final adequado através de

Page 116: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 108

um operador licenciado para lidar com este tipo de material em uma forma ambientalmente

correcta.

A Tabela seguinte apresenta os resíduos potencialmente produzidos durante as actividades de

operação do Terminal.

Tabela 45 – Categorização e classificação dos diferentes tipos de resíduos. Tipo de resíduos

Classificação Categorização Tipo de Resíduos Origem

Resíduos Sólidos Urbanos ou equiparados

Decreto 94/2014

a) Matéria Orgânica - resíduos biodegradáveis como restos de comida

Actividades dos trabalhadores

b) Papel ou Cartão - restos de papel, jornais, revistas, caixas, cartões, envelopes, blocos de notas, fotocópias, prospectos, de uma forma geral material impresso e papel de embrulho

Actividades dos trabalhadores.

d) Plásticos - garrafas de água mineral e gasosas, embalagens de produtos de limpeza e higiene, sacos de plástico, outras embalagens

Actividades dos trabalhadores

e) Vidro - garrafas e frascos Actividades dos trabalhadores

f) Metal - latas Actividades dos trabalhadores

Resíduos Perigosos

De acordo com a lista de características do Anexo III do Decreto

nº83/2014

Líquidos – restos de combustível, efluente do SAO, etc.

Manutenção de veículos e equipamento, derramamentos acidentais

Sólidos – filtros de óleo, baterias, solo, areia ou outros materiais contaminados, embalagens contaminadas ou embalagens de produtos químicos., Lamas de limpeza do SAO e dos tanques de armazenamento

Manutenção de veículos e equipamento, embalagens de produtos

Materiais de risco ou perigosos

De acordo com a lista de características do Anexo III do Decreto

nº83/2014

Óleos lubrificantes Para veículos e equipamento

Combustíveis (diesel, gasolina, etc.) Para veículos e equipamento

Actividades de operação

Produtos químicos Actividades de construção

9.2.3 Acções propostas e cronograma de implementação

A Tabela seguinte resume as acções de controlo e mitigação ambiental e o cronograma para a

sua implementação.

Tabela 46 – Acções de Controlo e Mitigação Ambiental, descrição e cronograma de implementação do Programa de Gestão de Resíduos

ACÇÃO DE CONTROLO E

MITIGAÇÃO DESCRIÇÃO CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO

Efectuar inventário de resíduos

Efectuar o inventário de resíduos perigosos e não perigosos. o Deverá ser actualizado mensalmente.

Efectuar a sua classificação de acordo com Decreto nº 13/2006.

Page 117: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 109

ACÇÃO DE CONTROLO E

MITIGAÇÃO DESCRIÇÃO CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO

Definir volumes, origem e indicar armazenamento e destino final apropriado para cada tipo de resíduo, tendo em consideração as especificidades da região em causa no que concerne existência ou não de infra-estruturas r de eliminação e tratamento de resíduos.

Reduzir a produção de resíduos

Identificar e implementar alternativas de redução da produção de resíduos.

o Na implementação do Programa

Manter uma boa organização do espaço nas áreas de trabalho, incluindo as áreas de armazenamento de material.

o Fases operação

O local deve ser mantido limpo, asseado e arrumado. Implementar rotinas diárias de limpeza.

o Fases de e operação

Assegurar que as quantidades de material de construção no local são tão exactas quanto possível, para evitar excedentes que possam resultar em desperdícios de construção, em particular o material de vedação.

o Quando ocorram obras de construçaõ

Identificar resíduos que possam ser re-utilizar ou re-processados. o Fases de operação

Correcto acondicionamento de

resíduos não-perigosos

Providenciar contentores de tamanho apropriado (100 ou 200L, de acordo com a quantidade de resíduos esperada) para a colocação dos resíduos nas diferentes zonas de trabalho. O acondicionamento deve ser realizado o mais perto possível do local de produção. Estes devem assegurar condições de higiene e estanquidade adequados.

o Na implementação do Programa

Fornecer diferentes contentores para cada tipo de resíduos. Os contentores devem estar devidamente identificados de acordo com a sua categorização e classificação, permitindo identificar claramente o seu conteúdo.

o Na implementação do Programa

O acondicionamento dos resíduos deve ser efectuado convenientemente, não devendo estes ultrapassar as bordas dos contentores.

o Durante a fase de operação

Todos os resíduos produzidos devem ser separados de acordo com o seu tipo. A separação dos resíduos será primeiramente feita pelos trabalhadores.

o Diariamente

Os contentores devem ser diariamente despejados e os resíduos produzidos direccionados para a área de armazenamento temporário, sendo posteriormente conduzido para destino final.

o Diariamente

Correcto acondicionamento de resíduos perigosos

Providenciar contentores para o acondicionamento de resíduos perigosos. Estes têm de ser hermeticamente selados (de modo a que o seu conteúdo não possa sair do seu interior sem que intencionalmente para tal se proceda) e ter dimensão apropriada. Os recipientes deverão ser em material apropriado de modo a não serem danificados pelo seu conteúdo e não se formarem substâncias prejudiciais ou perigosas. Estes devem assegurar condições de higiene e estanquidade adequados.

o Na implementação do Programa

Todos os resíduos produzidos deverão ser segregados de acordo como seu tipo (definido na lista de características do Anexo III do Decreto nº13/2006) e no correspondente recipiente.

o Diariamente

Manter os contentores fechados. o Diariamente

Os resíduos perigosos não podem ser misturados com os outros tipos de resíduos produzidos.

o No decorrer das actividades de operação

Page 118: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 110

ACÇÃO DE CONTROLO E

MITIGAÇÃO DESCRIÇÃO CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO

A limpeza e remoção de resíduos dos tanques de armazenamento e separadores de óleo, deve ser executada por um operador autorizado, garantindo a condução dos resíduos perigosos recolhidos a destino final adequado

Sempre que aplicável

Correcto armazenamento temporário de resíduos

Os resíduos não perigosos devem ser temporariamente armazenados, antes do destino final, numa única área a designar. Esta área deve estar delimitada e sinalizada (“Área de Armazenamento de Resíduos”). A área deve ter cobertura e chão impermeável (betão).

o Durante a fase de operação

Os resíduos inertes podem ser armazenados a céu aberto sem necessidade de impermeabilização do pavimento, numa área designada e delimitada.

o Durante a fase de operação

Os resíduos perigosos devem ser temporariamente armazenados numa única área a designar. Esta área deve estar delimitada e sinalizada (“Área de Armazenamento de Resíduos Perigosos”) e deve ter acesso restrito. Nesta área não poderão ser armazenados outros tipos de resíduos. A sua localização deve estar indicada. A área deve ter cobertura e pavimento impermeável (betão) e incluir contenções secundárias.

o Durante a fase de operação

Manter uma boa organização do espaço e limpeza das áreas de armazenamento dos resíduos.

o Durante a fase de operação

Manter registo da quantidade de resíduos produzidos. o Durante a fase de operação

Correcto destino final de resíduos não perigosos

O destino final e transporte dos resíduos são da responsabilidade da entidade produtora.

o Durante a fase de operação

Os resíduos não perigosos, sem possibilidade de valorização, deverão ter como destino final um aterro sanitário

o Durante a fase de operação

Os resíduos recicláveis deverão ser encaminhados para valorização.

o Durante a fase de operação

Não é permitido enterrar ou despejar qualquer resíduo (incluindo restos de vegetação) conforme estabelecido no Artigo 3 do Decreto 13/2006.

o Durante a fase de operação

Não é permitido queimar resíduos o Durante a fase de operação

O transporte de resíduos não perigosos deve ser efectuado em veículo apropriado e em boas condições de operação.

o Durante a fase de operação

As operações de transferência de contentores de resíduos devem ser feitas de forma segura: sem comprometer a sua segregação, não danificar os contentores, não ocorrerem vazamentos ou derramamentos e não originarem poeiras.

o Durante a fase de operação

Os resíduos não perigosos devem ser removidos semanalmente da instalação

o Durante a fase de operação

Correcto destino final de Resíduos Perigosos

O transporte de resíduos perigosos no exterior das instalações da entidade produtora apenas poderá ser efectuado por uma entidade licenciada pelo MITADER e deve obedecer às regras e procedimentos básicos estipulados no Decreto n.º 83/2014.

o Durante a fase de operação

No acto da recolha dos resíduos perigosos, deverá ser preenchido um manifesto, em quadruplicado, mencionando as quantidades, qualidade e destino dos resíduos recolhidos (de acordo com Anexo VII do Decreto nº13/2006), dos quais uma cópia deverá ser mantida pela entidade geradora de resíduos,

o Durante a fase de operação

Page 119: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 111

ACÇÃO DE CONTROLO E

MITIGAÇÃO DESCRIÇÃO CRONOGRAMA DE IMPLEMENTAÇÃO

outra cópia pela entidade transportadora de resíduos, a terceira cópia a ser mantida pelo destinatário do produto e a quarta enviada ao MITADER.

A deposição final dos resíduos perigosos deverá ser efectuada em infra-estrutura licenciada ou autorizada pelo MITADER para a armazenagem, tratamento ou disposição final de resíduos perigosos.

o Durante a fase de operação

Qualquer detentor de resíduos perigosos, que não realize a título pessoal as operações de eliminação, confiará obrigatoriamente, a sua realização a um serviço de recolha privado que efectue as operações, desde que devidamente licenciado pelo MITADER para o exercício das actividades.

o Durante a fase de operação

Correcto manuseamento de resíduos perigosos

No manuseamento, separação, armazenamento e transporte interno de resíduos perigosos deve ser utilizado equipamento de segurança apropriado.

o Na implementação do Programa

Fornecer equipamento de segurança para os trabalhadores responsáveis pelo manuseamento de resíduos perigosos(fatos de trabalho, luvas, botas e máscaras faciais).

o Na implementação do Programa

Treinamento dos trabalhadores responsáveis pelo manuseamento de resíduos perigosos para a correcta segregação, manuseamento e transporte de resíduos perigosos. Sensibilização para o uso do equipamento de protecção individual.

o Na implementação do Programa

Formação dos trabalhadores

Sensibilização de todos os trabalhadores para a necessidade de reduzir ao máximo a produção de resíduos, devendo ser limitada, sempre que possível, a utilização de produtos descartáveis (como pratos ou copos de papel ou plásticos, produtos com material de embalagem em excesso), devendo antes ser promovida a utilização de produtos reutilizáveis.

o Na contratação de trabalhadores e sempre que justificável

Capacitação de todos os trabalhadores para a correcta classificação, segregação e manuseamento de resíduos, incluindo resíduos recicláveis e reutilizáveis e resíduos perigosos.

o Na contratação de trabalhadores e sempre que justificável

Sensibilizar os trabalhadores para o uso do equipamento de protecção individual necessário para o manuseamento de resíduos perigosos.

o Na contratação de trabalhadores e sempre que justificável

9.2.4 Acções Correctivas

A Tabela abaixo sumariza as acções correctivas e o seu plano de implementação.

Tabela 47 - Acções Correctivas, descrição e plano de implementação – Programa de Gestão de Resíduos.

Acções correctivas Descrição Plano de

implementação

Acções de mitigação dos derramamentos

Remoção de substâncias acumuladas nas bacias ou tinhas de contenção de derrames

Reparar ou trocar o recipiente que tem fuga

Quando aplicável

Acção correctiva para o armazenamento impróprio de

resíduos

Fornecer ou aumentar a quantidade de contentores nas áreas de armazenamento em que o aumento de produção de resíduos é evidente.

Aumentar a frequência de recolha de resíduos

Quando aplicável

Page 120: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 112

9.2.5 Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou Periódica

A seguinte Tabela resume as acções de acompanhamento e/ou verificação sistemática e/ou

periódica e o cronograma para a sua implementação.

Tabela 48 – Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou periódica, descrição e cronograma de implementação

ACÇÃO DE ACOMPANHAMENTO

E/OU VERIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

CRONOGRAMA DE

IMPLEMENTAÇÃO

Inspecção dos locais de armazenamento de resíduos

Proceder a uma inspecção visual periódica dos locais dos recipientes de recolha de resíduos perigosos e não perigosos, para verificar a adequação dos recipientes existentes ao volume de resíduos produzidos, a correcta segregação e acondicionamento dos resíduos, a inexistência de derrames e contaminação e verificação se os resíduos estão a ser adequadamente removidos.

Mensal

Verificar a integridade dos recipientes e outros sistemas/equipamentos de controlo ambiental, incluindo kits de controlo de derrames.

Mensal

Inspecção das áreas de trabalho Proceder a inspecções visuais periódicas às áreas de trabalho para verificar a organização e a limpeza do local

Semanalmente

Inspecção dos materiais ou resíduos perigosos

Proceder a uma inspecção periódica visual:

Tabuleiros ou bacias colectoras de derramamentos

Integridade dos recipientes de armazenamento

Semanalmente

9.2.6 Indicadores de Desempenho

Deve ser levado em consideração os seguintes indicadores de performance na gestão de

resíduos:

Tipo e quantidade de resíduos produzidos

Recipientes adequados e intactos para a colecta dos resíduos.

Tratamento correcto dos resíduos.

Separação correcta dos resíduos.

Ocorrência de incidentes de derramamento dos resíduos em contentores.

Organização e limpeza das áreas de trabalho e das áreas de armazenamento dos

resíduos.

Formação adequada dos trabalhadores.

Sinalização adequada das áreas de armazenamento de resíduos e contentores.

Eficácia das medidas correctivas aplicadas.

Os indicadores de desempenho deverão ser determinados mensalmente e compilados num

relatório trimestral.

Page 121: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 113

9.3 Programa de Gestão do Manuseamento e Abastecimento de Combustível

9.3.1 Objectivos

O presente Programa tem por objectivo estabelecer critérios e acções para a execução da tarefa

de manuseamento abastecimento de combustível, visando evitar/minimizar impactos ambientais e

riscos ocupacionais, atendendo para isso aos requisitos legais/normativos.

9.3.2 Definições

Abastecimento – fornecimento, provimento ou provisão é o acto de prover do necessário

ou útil, por exemplo, abastecimento de combustível. Ato ou intenção de realizar transbordo

de algum líquido de um recipiente para outro mudando o local de seu armazenamento;

Acidente ambiental – qualquer ocorrência que venha a trazer perigo ou risco ao meio

ambiente;

Anormalidade – ocorrência de ato ou actividade que não está prevista dentro de um

procedimento operacional;

Armazenamento – é o ato ou efeito de armazenar, guardar, juntar qualquer coisa em

algum lugar de forma que seja possível resgatá-la, consultá-la, usá-la ou consumi-la

posteriormente;

Bandeja de contenção – equipamento utilizado para conter vazamentos ou

derramamentos inesperados em actividades de abastecimento e/ou manutenção de

máquinas e equipamentos;

Combustível – qualquer substância que reage com o oxigênio (ou outro comburente)

liberando energia, usualmente de modo vigoroso, na forma de calor, chamas e gases.

Supõe a liberação da energia nele contida em forma de energia potencial a uma forma

utilizável;

Contentor ou conteiner – é um equipamento utilizado para transportar carga. Trata-se de

um recipiente de metal, plástico ou madeira, geralmente de grandes ou médias

dimensões, destinado ao acondicionamento e transporte de carga.

Derramamento – acto ou efeito de derramar;

Electricidade Estática - é aquela que se encontra em repouso, formada por cargas

elétricas opostas que se mantêm separadas por materiais isolantes. Tais cargas podem

residir em corpos não condutores, produzindo-se o acúmulo de cargas. Tais cargas

resultam da transferência de elétrons de substâncias distintas, mediante atrito e

movimento. Quando ocorre a separação de tais substâncias, há a formação de uma

diferença de potencial, em virtude de uma matéria estar carregada de elétrons, e a outra,

por sua vez, estar com falta do mesmo componente. Desta forma, massas com cargas

opostas se atraem, e sendo elevada essa diferença de potencial, os elétrons podem saltar

dessa região onde estão em excesso, para a região onde estão em falta, criando então

faíscas, que dependendo das condições causam incêndios;

Page 122: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 114

E.P.I. – Equipamento de Protecção Individual, tais como: máscaras para gases, luvas,

protetores oculares e outros mais que possam ser necessários para a realização segura

de uma actividade;

Ficha de Emergência – conhecida por MSDS (material safety data sheet) ou FISPQ (ficha

de informações de segurança de produtos químicos) é um formulário contendo dados

relativos às propriedades de uma determinada substância. Um importante componente de

meio ambiente e segurança do trabalho que se destina a fornecer a trabalhadores e

pessoal de emergência os procedimentos para a manipulação de substâncias de maneira

segura, e inclui informações como dados físicos (ponto de fusão, ponto de ebulição, etc),

toxicidade, efeitos sobre a saúde, efeitos sobre o meio ambiente, primeiros socorros,

reactividade, armazenamento, eliminação, equipamento de proteção, manipulação e

descarte.

Fio terra - É o condutor elétrico (fio) cuja função é conectar à Terra - ou seja, ao Terra

Elétrico – utilizado para retirar a carga de electricidade estática de um referido material ou

equipamento;

Inspecionar – ato ou efeito de realizar inspeção. Averiguar a conformidade segundo

algum procedimento operacional definido para a actividade;

Kit de emergência – conjunto de materiais e equipamentos capazes de apoiar a

contenção de um acidente ambiental;

Retificação – acto ou efeito de corrigir, adequar ou solucionar problema/anormalidade;

Sinalização – ato ou efeito de sinalizar. Emprego de sinais e placas para transmissão de

informação a distância ou prevenção a transeuntes e condutores de veículos;

Tambor - designação comum a muitos objetos de forma cilíndrica. Espécie de tonel, em

geral metálico, para acondicionar líquidos.

Vazamento – acto ou efeito de vazar, deixar correr um líquido.

9.3.3 Acções propostas e cronograma de implementação

9.3.3.1 Acções de Controlo e Mitigação Ambiental

A Tabela seguinte resume as acções de controlo ambiental e o cronograma para a sua

implementação.

Tabela 49 – Acções de Controlo Ambiental, descrição e cronograma de implementação – Programa de Gestão do Manuseamento e Abastecimento de Combustível.

ACÇÃO DE

CONTROLO E

MITIGAÇÃO DESCRIÇÃO

CRONOGRAMA

IMPLEMENTAÇÃO

Acções no transporte e abastecimento de equipamentos

Providenciar o seguinte equipamento aos operadores de abastecimento:

o Equipamentos de protecção Individual (Luvas PVC; Botas de borracha; colete reflectivo;

o Farda (calças e camisa); óculos de protecção química; capacete; máscara semi-facial;

o Avental PVC; protector auricular tipo plug;

o Extintores de incêndio do tipo pó químico;

Antes do início do abastecimento

Page 123: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 115

ACÇÃO DE

CONTROLO E

MITIGAÇÃO DESCRIÇÃO

CRONOGRAMA

IMPLEMENTAÇÃO

o Placas de sinalização “PERIGO” e “NÃO FUME”;

o Sinalizações para transferência de combustível;

o Ficha de emergência do produto a ser manuseado;

o Pó absorvente ou pó de serragem para absorção de um eventual vazamento;

o Kits de derrames para absorção de um eventual vazamento, junto aos locais de provável ocorrência;

o Pás e enxadas para remoção de solo contaminado em eventuais acidentes (de fibra ante-faiscante);

o Tambor para armazenamento dos resíduos contaminados;

o Bandejas de contenção

o 4 calços para rodas com dimensões ideais (por ex: 150X200X150mm);

o 01 lanterna anti-explosão com pilha/bateria;

o 01 martelo não-metálico;

Reduzir a velocidade;

No abastecimento de combustível

Não permitir que outras pessoas manobrem o veículo;

Quando estiver efectuando o abastecimento, não permitir a presença de pessoas não envolvidas com a operação junto ao camião, seguindo como parâmetro um raio de 10metros de distância;

Não estacionar próximo a locais com risco de incêndio (fagulhas);

Fica terminantemente proibido parar o camião próximo a incêndio florestais, para auxiliar no mesmo;

Devido a electricidade estática do veículo, fica estritamente proibido abastecer as máquinas sem aterrar o camião tanque no campo;

Fase de operação O condutor do veículo que realizará as actividades de reabastecimento deve possuir treinamento do Plano de Emergência.

9.3.3.2 Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou Periódica

A Tabela seguinte resume as acções de acompanhamento e/ou verificação sistemática e/ou

periódica e o cronograma para a sua implementação.

Tabela 50 – Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou periódica, descrição e cronograma de implementação – Programa de Gestão do Abastecimento de

Combustível

ACÇÃO

ACOMPANHAMENTO E/OU

VERIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

CRONOGRAMA

IMPLEMENTAÇÃO

Inspecção do camião

Verificar se no camião) há algum compartimento que pode gerar vazamento de combustível;

Antes do transporte de combustível

Verificar se o tanque do camião está devidamente fechado e não há combustível a vazar;

Antes do transporte de combustível

Inspeccionar a mangueira usada para encher o combustível e os pontos de ligação/conexões, e verificar se não estão a deixar vazar combustível;

Antes do abastecimento

Se o camião tiver vários tambores, verificar que nenhum tambor está com vestígios de vazamento de combustível.

Antes do transporte de combustível

Page 124: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 116

ACÇÃO

ACOMPANHAMENTO E/OU

VERIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

CRONOGRAMA

IMPLEMENTAÇÃO

As inspecções devem ser efectuadas no veículo mensalmente pelo funcionário responsável pelo camião-tanque;

Antes do transporte e abastecimento

9.3.3.3 Acções correctivas

A Tabela seguinte apresenta as principais acções correctivas.

Tabela 51 – Acções correctivas, descrição e cronograma de implementação do Programa de Gestão do Abastecimento de Combustível

ACÇÕES CORECTIVAS DESCRIÇÃO CRONOGRAMA

IMPLEMENTAÇÃO

Contenção de derrames acidentais

Em caso de eventuais acidentes, levando ao derrame de combustível durante o abastecimento em campo, devem-se seguir as seguintes etapas de contenção:

o Estabelecer barreiras de contenção utilizando estopa, pó de serragem e espuma absorvente;

o Abrir valas e canais com pás e enxadas, quando for necessário isolar a área;

o Não utilizar água em qualquer circunstância para não aumentar o volume do efluente.

Após derrame acidental

Remoção de efluentes contaminados

o Após a realização das medidas de contenção, deve-se seguir a remoção dos efluentes contaminados:

o Deitar pó de serragem sobre os efluentes que estiverem acumulados sobre o solo para a sua absorção;

o Em casos de grandes volumes de efluentes providenciar uma bomba de sucção;

o Verificar se o compartimento que gerou o vazamento (camião-tanque, tambor ou contentor) ainda possui combustível que possa vazar e providenciar sua remoção.

Após derrame acidental

Recolha, armazenamento e destinação de resíduos perigosos

Após a realização das medidas de remoção dos efluentes contaminados deve-se proceder à recolha, armazenamento e destinação de resíduos perigosos:

o Recolher, com auxílio de pás anti-chama e enxadas, todo o material contaminado utilizado na contenção (estopas, espumas absorventes e pó de serragem);

o Recolher, com auxílio de pás anti-chama e enxadas, todo o material resultante da absorção dos efluentes líquidos (pó de serragem);

o Acondicionar todos os resíduos contaminados e identificá-los de acordo com o Palno de Gestão de Resíduos;

o Destinar todos os resíduos contaminados e identificá-los de acordo com o Plano de Gestão de Resíduos.

Após derrame acidental

9.3.4 Indicadores de Desempenho

Devem ser tidos em consideração os seguintes indicadores de desempenho:

Número de derrames acidentais nas operações de abastecimento de combustível;

Número de incidentes e não-conformidades;

Eficiência das medidas correctivas aplicadas.

Os indicadores de desempenho deverão ser determinados mensalmente e compilados num

relatório trimestral.

Page 125: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 117

9.3.5 Registos

Os documentos necessários encontram-se resumidos na Tabela seguinte. Estes deverão ser

preparados, arquivados e mantidos como parte deste Programa.

Tabela 52 – Documentos Programa de Gestão do Abastecimento de Combustível.

Título do Documento Tipo de Documento Frequência de Reportar

Lista de verificação (Checklist) Inspecção Trimestralmente

Registo de não conformidades Registo Trimestralmente

9.4 Programa de Sensibilização e Treinamento em Ambiente, Saúde e Segurança

9.4.1 Objectivos

O presente Programa tem por objectivo estabelecer critérios e acções para a sensibilização dos

trabalhadores em matérias de ambiente, saúde e segurança.

9.4.2 Acções propostas e cronograma de implementação

9.4.2.1 Acções de Sensibilização

A Tabela seguinte resume as acções propostas e o cronograma para a sua implementação.

Tabela 53 – Acções de sensibilização, descrição e cronograma de implementação

Acção de Sensibilização

Descrição Cronograma

implementação

Ambiente

Implementar um programa de educação ambiental dirigido aos trabalhadores. Esta deverá incluir o treinamento definido nos anteriores Programas de Gestão.

Treinamento deverá abranger todos os trabalhadores do Terminal. Deverá ser incluído um Treinamento inicial de integração, quando da contratação do trabalhador e anualmente um treinamento de reforço

Fase de operação

Formação específica

Treinamento de todos os trabalhadores para os Procedimentos de Segurança Pessoal

Registo dos treinamentos

Sensibilizar os condutores de veículos para os procedimentos de condução defensiva.

Treinamento específico para os responsáveis de Abastecimento de Vagões nos procedimentos de abastecimento, segurança, controlo de derrames e resposta à emergência

Treinamento específico para os responsáveis de Abastecimento de Camiões nos procedimentos de abastecimento, segurança, controlo de derrames e resposta à emergência

9.4.2.2 Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou Periódica

A Tabela seguinte resume as acções de acompanhamento e/ou verificação sistemática e/ou

periódica e o cronograma para a sua implementação.

Page 126: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 118

Tabela 54 – Acções de Acompanhamento e/ou Verificação Sistemática e/ou periódica, descrição e cronograma de implementação

Acção acompanhamento e/ou

verificação Descrição

Cronograma implementação

Recepção dos trabalhadores

Acção de sensibilização dos trabalhadores em matérias de ambiente saúde e segurança Na contratação ou

sempre que necessário Fornecimentos dos Equipamentos de protecção individual adequados ao

serviço a desempenhar

9.4.3 Indicadores de Desempenho

Devem ser tidos em consideração os seguintes indicadores de desempenho:

Número de acções de sensibilização realizadas;

Número de formandos por acção de sensibilização

Número de incidentes e não-conformidades

Os indicadores de desempenho deverão ser determinados mensalmente e compilados num

relatório trimestral.

9.4.4 Registos

Os documentos necessários encontram-se resumidos na Tabela seguinte. Estes deverão ser

preparados, arquivados e mantidos como parte deste Programa.

Tabela 55 – Documentos Programa de Gestão do Abastecimento de Combustível.

Título do Documento Tipo de Documento Frequência de Reportar

Programa da acção de sensibilização Inspecção Trimestralmente

Registo de presenças Registo Trimestralmente

9.5 Plano de Emergência

O Terminal de Armazenamento, Manuseamento e Distribuição de Combustível da Matola dispõe

de um Plano de Emergência Interno que pretende dar resposta às potenciais situações de

emergência e cenários de risco. Este plano encontra-se no Anexo III do presente PGA.

Este plano é revisto e actualizado anualmente e contem, de modo sumário, as seguintes

informações e procedimentos:

Descrição do sistema de combate a incêndios e requisitos dos seus componentes;

Lista de contactos;

Plano de evacuação;

Procedimento de evacuação de emergência e fim de emergência;

Procedimento de notificação da emergência;

Cenários de emergência;

Procedimento de fim de emergência e retorno ao local de trabalho;

Funções e responsabilidades.

Page 127: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 119

O Plano de Emergência Interna considera vários cenários de emergência nomeadamente:

Incêndio em cada um dos tanques;

Incêndio na área de abastecimento;

Derrame na área de abastecimento;

Derrame na bacia de retenção do armazenamento (tanques);

Incêndio nos escritórios;

Incêndio na cantina;

Incêndio na oficina;

Incêndio nos armazéns;

Incêndio na bacia de retenção do armazenamento (tanques);

Incêndio na área de espera para abastecimentos dos camiões cisterna;

Incêndio no parque de estacionamento;

Incêndio na casa das bombas;

Incêndio no interceptor de óleo;

Lesões corporais;

Ameaça de bomba;

Desastres naturais (cheias, ciclones e sismos).

Page 128: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 120

10 Conclusões e Recomendações

O Plano de Gestão Ambiental do Terminal de Armazenamento e Distribuição de Combustível da

Beira descreveu o projecto, caracterizou o ambiente potencialmente afectado e identificou e

avaliou os impactos – positivos e negativos – e os riscos associados ao projecto e definiu medidas

que possam prevenir, reduzir ou compensar os impactos negativos. Foi realizada uma auditoria

ambiental interna e realizado um Processo de Consulta Pública cujas conclusões e recomendação

foram integradas no PGA elaborado.

O projecto apresenta um conjunto de impactos positivos significativos:

Benefícios macroeconómicos para Moçambique, pela presença e operação de um grupo

empresarial internacional como a Total, que pagará impostos ao Governo de Moçambique

pelas suas actividades;

Benefícios económicos locais pela disponibilidade de combustíveis na província de Sofala;

Benefícios sociais do projecto, pela criação de emprego contribuindo para a melhoria da

qualidade de vida.

O Terminal de Armazenamento e Distribuição de Combustível apresenta impactos ambientais

adversos inevitáveis, embora a natureza relativamente perturbada do local (área industrial activa),

limita a significância destes impactos. Consequentemente, e também porque o terminal está

localizado numa área que não é considerada particularmente sensível ou vulnerável, nenhum

destes impactos adversos é considerado inadmissivelmente significativo e todos podem ser

geridos a níveis aceitáveis através da implementação eficaz das medidas de mitigação

recomendadas. Acresce ainda que os impactos negativos mais significativos identificados estão

associados ao risco de acidentes, de grandes derrames ou de situações de incêndios, para os

quais a Total dispõe de Planos de Contingência e de Resposta à Emergência, resultado da sua

vasta experiência internacional, que permitam optimizar a capacidade de prevenção destes

acidentes e conter eventuais impactos negativos que possam ocorrer através de uma eficaz

optimização de recursos (técnicos e humanos).

O terminal apresenta ainda um benefício modesto à economia local que resulta de numa melhoria

de diversas actividades económicas dependentes dos combustíveis fósseis. Tem ainda igualmente

um impacto indirecto nas empresas prestadoras de serviços ao Terminal.

O balanço conclusivo dos impactos do Terminal de Armazenamento e Distribuição de Combustível

é claramente positivo, sendo necessário adoptar um conjunto de medidas de mitigação dos

impactos negativos, incluídas no Plano de Gestão Ambiental (PGA), a maioria das quais são já

implementadas pela Total em virtude das obrigações legais e das melhores prática internacionais

adoptadas a nível do ambiente e da saúde e segurança.

Sendo que a Total está comprometida em assegurar que a operação do Terminal da Beira seja

conduzida por altos padrões, alcançados através da implementação das medidas de mitigação

recomendadas e da monitorização contínua do desempenho, a Consultec acredita que através da

Page 129: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 121

implementação eficaz de medidas de mitigação estipuladas, os impactos adversos podem ser

reduzidos a níveis que estejam em conformidade com os padrões nacionais e internacionais.

Page 130: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 122

11 Referências Bibliográficas

Balidy, H.J. (2003). Variação da cobertura das comunidades de ervas marinhas, causas desta

variação e seu valor ecológicoeconómico na Baía de Maputo. Tese de Licenciatura, Universidade

Eduardo Mondlane. Maputo, 63 pp.

Bandeira & Izidine, (2002). Red List of Vascular Plants of Mozambique. Maputo

Barata, A., Teles, M.,e Silva, R.P., (2001). Sistemas de modelos matemáticos para a gestão

integrada da Baía de Maputo. I8 Congresso sobre Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras

dos Países de Expressão Portuguesa. 12 pp.

Boer, W., (2000). Biomass dynamic of seagrass and the role of mangrove and seagrass vegetation

as different nutrient sources of an interdial ecosystem. Aquatic Botany.

Boer, W., (2000). Biomass dynamic of seagrass and the role of mangrove and seagrass vegetation

as different nutrient sources of an interdial ecosystem. Aquatic Botany.

Consultec, (2015). Projecto do Terminal de Armazenamento/Manuseamento e Distribuição de

Combustível - Nacala

De Boer, W.F. (2002). The rise and fall of the mangrove forests in Maputo Bay, Mozambique.

Wetlands Ecology and Management, 10: 313 322.

De Boer, W.F., Rydberg, L., and Saide, V., (2000). Tides, tidal currents and their effects on the

intertidal ecosystem of the Southern bay, Inhaca Island, Mozambique. Hydrobiologia 428, 187–

196.

Governo da Provincia de Maputo, 2011 “Economic and Social Plano f Maputo Province 2011”.

Governo da Provincia de Maputo, 2011 “Plano Económico e Social da Província do Maputo 2011”.

Ministerio de Saude “Planning and Cooperation Directorate”

GOVERNO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE (2011). Plano de Acção para a Redução da

Pobreza (PARP) 2011-2014. Aprovado na 15ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, 3 de

Maio de 2011. Maputo

GOVERNO DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE (2011). Plano Económico e Social para 2012.

Aprovado pela Assembleia da República, 15 de Dezembro de 2011. Maputo Maclean, G., (1993).

Robert’s Birds of Southern Africa. The Trustees of the John Voelcker Bird Book Fund, Cape Town.

INAM (2013). Dados meteorológicos de Moçambique. Beira/Aeroporto. Iinstituto Nacional de

Meteorologia. Maputo, Moçambique.

Instituto Nacional de Estatistica, 2007 “Censo Nacional”

Maclean, G. (1993). Robert’s Birds of Southern Africa. The Trustees of the John Voelcker Bird

Book Fund, Cape Town

MICOA, Estratégia Nacional de Mudanças Climáticas 2013-2025.

Page 131: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 123

MICOA, 2007. Programa de Acção Nacional para a Adaptação às Mudanças Climáticas (NAPA).

MISAU (2005). Moçambique. Inquérito Demográfico e de Saúde 2003. Maputo: Ministério da

Saúde.

Penha-Lopes, G., Torres, P., Narciso, L., Cannicci, S. and Paula, J., (2009). Comparison of

fecundity, embryo loss and fatty acid composition of mangrove crab species in sewage

contaminated and pristine mangrove habitats in Mozambique. Journal of Experimental Marine

Biology and Ecology, 381: 2532.

PUMPSEA (2008). Periurban mangrove forests as filters and potential phytoremediators of

domestic sewage in East Africa. Final Report. INCOCT2004510863, 6th FrameWork of the

European Commission.

Sinclair I. & Ryan, P., (2003). Birds of Africa South of the Sahara. Struik, Cidade do Cabo.

The US Global Health Initiative; 2011 – “Mozambique Strategy 2011-2015”

White, F., (1983). The Vegetation of Africa. Natural Resources Research 20, UNESCO, Paris.

Wild & Barbosa, (1967). Mapa de Vegetação da Flora da Área Zambeziana, escala 1:2 500 000

Page 132: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 124

Anexo I – Cópia do Registo da Consultec como Consultor de AIA

Page 133: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 125

Page 134: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 126

Page 135: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 127

Anexo II – Processo de Categorização das Actividades do Projecto.

Doc 1 – Categorização do Projecto (DPTADER Beira)

Doc 2 – Re-categorização do Projecto (DINAB)

Page 136: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 128

Doc 1 – Categorização do Projecto (DPTADER Beira)

Page 137: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 129

Page 138: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 130

Doc 2 – Re-categorização do Projecto (DINAB)

Page 139: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 131

Page 140: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 132

Anexo III – Plano de Emergência Interno

Page 141: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 1/61

INTERNAL OPERATIONS PLAN

Page 142: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 2/61

TOTAL Beira

Address: Kruss Gomes Road

Telephone: 258 – 23 353216

Emergency telephone

Fax: 258 – 23 353232

Activity: Reception, storage and oil product distribution – ULP & Diesel

Validation:

Preparado: Jordão Felix M. Luis (Beira Terminal)

Verificado: Sandra Mahoque (Security Coordinator – HSE)

Aprovado: G Silva (Director Logístico – DL)

Page 143: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 3/61

TABLE OF CONTENTS

TOTAL CONSUMPTION FIGURES AND REQUIREMENT Page 4

PHONE LIST Page 5

CODIFICATION AND ABBREVATION FOR EQUIPMENT Page 6

EVACUATION PLAN Page 7

EMERGENCY EVACUATION AND ALL CLEAR SIGNAL PROCEDURE Page 8

EMERGENCY NOTIFICATION PROCEDURE Page 9

REQUIREMENT ON FIRE FIGHTING EQUIPMENT Page 10

SCENARIO Nº1 – FIRE ON TANK 223 Page 11

SCENARIO Nº2 – FIRE ON TANK 232 Page 14

SCENARIO Nº3 – FIRE ON TANK 233 Page 17

SCENARIO Nº4 – FIRE ON TANK 234 Page 20

SCENARIO Nº5 – FIRE ON TANK 237 Page 23

SCENARIO Nº6 – FIRE ON TANK 236 Page 26

SCENARIO Nº7 – FIRE ON TANK 540 Page 29

SCENARIO Nº8 – FIRE AT LOADING AREA Page 32

SCENARIO Nº9 – FUEL SPILLAGE – LOADING AREA Page 34

SCENARIO Nº10 – FUEL SPILLAGE AT THE TANK FARM Page 36

SCENARIO Nº11 – FIRE ON OFFICE BUIDLDING Page 38

SCENARIO Nº12 – FIRE ON CANTINE Page 40

SCENARIO Nº13 – FIRE IN WORKSHOP Page 42

SCENARIO Nº14 – FIRE ON LUBE WAREHOUSE Page 44

SCENARIO Nº15 – FIRE IN TANK FARM BUND Page 46

SCENARIO Nº16 – FIRE ON TRUCKS OUTSIDE LOADING BAY Page 48

SCENARIO Nº17 – FIRE ON CARS ON PARKING AREA Page 50

SCENARIO Nº18 – FIRE ON PUMP HOUSE PRODUCT Page 52

SCENARIO Nº19 – FIRE ON OIL INTERCEPTOR Page 54

SCENARIO Nº20 – PERSONNEL INJURY Page 56

SCENARIO Nº21 – BOMB THREAT Page 57

SCENARIO Nº22 – NATURAL DISASTER (FLOODING, CYCLONE…) Page 58

INTERNAL EMERGENCY PLAN INDIVIDUAL ROLES Page 59

Page 144: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 4/61

TOTAL CONSUMPTION FIGURES AND REQUIREMENT

LIQUID HYDROCARBONS TANKS : FIRE FIGHTING results

REMINDS EXTINCTION COOLING

TANK

H D Capacity

Cat

Application rate Total flow rate Number of Unitary foam boxes Flow rate

in m in m in m3 in l/m2/min in m3/h foam boxes flow rate in m3/h in m3/h

223 14.25 27.46 8441 A 2.5 89 4 22.2 77.6

232 15.06 18.29 3957 A 2.5 39 2 19.7 51.7

233 14.61 18.29 3836 A 2.5 39 2 19.7 51.7

234 14.51 24.38 6769 B 5 140 4 35 68.9

235 11.94 21.06 4138 C 2.5 39 2 19.7 51.7

236 Maintenance Tank

237 16.82 34.48 15705 D 5 140 3 40 62

540 9.26 21.34 3312 B 5 107 2 53.7 60.3

LIQUID HYDROCARBONS TANKS : BASIC DATA

Tank Retention

Product Cat

Type

Height or length Diameter Capacity-m3 Interface-m2 Surface-m2 vertical

Bund Horizontal

223 A AGO A vertical 14.25 27.46 8441 592.2 592.2

232 A AGO A vertical 15.06 18.29 3957 262.7 262.7

233 A AGO A vertical 14.61 18.29 3836 262.7 262.7

234 B PETROL B vertical 14.51 24.38 6769 466.8 466.8

235 C AGO C vertical 11.94 21.06 4138 346.6 346.6

236 C AGO C vertical Maintenance Tank

237 D AGO D vertical 16.82 34.48 15705 933.7 933.7

540 B PETROL B vertical 9.26 21.34 3312 357.7 357.7

Page 145: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 5/61

PHONE LIST LOCAL CONTACTS

ORGANIZATION CONTACT PHISYCAL ADRESS PNONE NUMBER STATUS

Police Picket/ commander Beira Munhava 23 36 28 61 OK

BP Mozambique Terminal Manager Beira Munhava 23 35 20 24 / 91 OK

Asamoc Transporters Beira Manager Beira Munhava 82 30 86 950 /23 30 20

91/2 OK

Petromoc Mozambique Terminal Manager Beira Munhava 23 35 33 62 OK

Galp Mozambique Terminal Manager Beira Munhava 23 35 44 18 / 23 35

101/2 OK

Oil Jetty Terminal Terminal Manager Beira Munhava 23 32 91 93 OK

Engen-Mocambique Terminal Manager Beira Munhava 23 35 70 59 OK

Inpetro Terminal Manager Beira Munhava 258 84 31 36 550 OK

Petrobeira Terminal manager Beira Munhava 23 35 50 48 OK

Pipeline Terminal manager Beira Munhava 23 35 33 95 OK

Municipal Fire Brigade Fire Marshal Beira Maquinino 23 32 22 22 OK

Port Fire Brigade Fire Marshal Beira Munhava 23 32 75 88 OK

Airport Fire Brigade Fire Marshal Beira Manga 23 30 10 71/2 OK

TOTAL CONTACTS

ORGANIZATION CONTACT PHISYCAL ADRESS PHONE NUMBER STATUS

Terminal Manager Jordao Felix Luis Beira Munhava 258 84 33 59 550 OK

Superintendent Operations/ HSE Elidio Manhiça Beira Munhava 258 82 68 03 960 OK

Superintendente de BackOffice Leoparcilio Hulumene Beira Munhava 258 84 30 54 098 OK

Logistics Supervisor Mohamed Aligy Beira Munhava 258 84 32 47 440 OK

Director Geral Joseph Kouame Maputo Central–Sede 258 82 30 16 120 OK

Logistics Director Gualdino Silva Maputo Central–Sede 258 82 30 52 380 OK

Coordinator de HSEQ Sandra Mahoque Maputo Central–Sede 258 82 32 48 320 OK

Cellular Emergencies Total Sandra Mahoque Maputo Central–Sede 258 82 30 16 000 OK

EVACUATION AGENTS

ORGANIZATION CONTACT PHISYCAL ADRESS PHONE NUMBER STATUS

Red Cross Picket Ponta Gea – Beira 23 32 77 99 OK

Ambulance Picket 258 82 30 40 040 OK

HOSPITALS

ORGANIZATION CONTACT PHISYCAL ADRESS PHONE NUMBER STATUS

Beira Central Hospital Picket Macuti - Beira 23 31 20 71 / 3 OK

Avicena Clinic Picket Maquinino – Beira 258 82 50 21 820 OK

OTHER CONTACTS

ORGANIZATION CONTACT PHISYCAL ADRESS PHONE NUMBER STATUS

EDM Picket Maquinino – Beira 23 32 61 74 OK

AGUAS DE MOÇAMBIQUE Picket Maquinino – Beira 258 82 50 99 780 OK

Page 146: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 6/61

CODIFICATION AND ABBREVATION FOR EQUIPMENT DCI

[TX]: Number of the tank (T232)

WDP-003 : Water Pump (Centrifugal)

FDP-001/002 : Foam Displacement Pump

OCV: Open / Close Valve

BF: Bund Foam

TC : Tank Cooling

TF: Tank Foam

PRV: Pressure reducing Valve

T: Tank

BFB A, B & C: Bund Foam Bund

WT 001/002/003/004: Water Tank

TPS: Top Pourer Sets

Page 147: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 7/61

EVACUATION PLAN

Page 148: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 8/61

EMERGENCY EVACUATION AND ALL CLEAR SIGNAL PROCEDURE

All

employees

Evacuation

plan

ALL emergency switches can also be used as alarm trigger points. The alarm

can be raised by anyone who notices the emergency.

Upon hearing the siren or the sound of the GONG, all employees should

quickly move from their work locations to the Assembly Point located near the

security gate as identified by the signage.

Where the above assembly point is deemed not safe the Terminal Manager or

his designate will identify a safer place to assemble.

Whilst at the assembly point the Terminal Manager will do a headcount to

determine who is still in the terminal (May delegate this function to Security)

by checking the following records against the people at the assembly point:

Staff entry register

Contractors record book

Visitors record book

Where the emergency switches have failed to trigger the siren, use the manual

GONG located at the front of the Administrative office of the Terminal.

The Depot Operators are responsible for closing product valves.

Superintendent OPS & HSE is responsible for shutting down electricity once

the siren has been sounded. The Maintenance Electrician may also assist in the

shutting down of electricity.

The Terminal Manager is responsible for the evacuation of people from the

terminal with the assistance of the Superintendent OPS&HSE and the Logistics

Supervisor.

WALK AND DO NOT RUN EVEN IN REAL EMERGENCY.

Do not stop to remove personal belongings from lockers, drawers or cabinets.

Do Not return to your work area until an all clear signal is issued by the Terminal

Manager.

Close all doors behind you to help slow any fires from spreading.

Take instructions from one person only, the Terminal Manager or his designate and

not from several well meaning people.

Page 149: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 9/61

All Clear

Signal

The Terminal Manager or his designate are responsible for issuing the all clear

signal.

After putting off the fire and full assessment of the situation, and a thorough

inspection of the facility, the Terminal Manager or his designate will conduct another

headcount at the Assembly point and expressly issue an all clear signal authorising

employees to go back to their work stations and resume work.

Provide quick and competent care for any sick or injured persons.

Return the facility to productive operation as quickly as possible once the emergency

has been eliminated.

NOTE : The first 20 minutes of fire fighting is very important, get organized quickly and fight the fire before it becomes uncontrollable.

EMERGENCY NOTIFICATION PROCEDURE

Terminal

Manager

Notifies Total Management on the emergency situation. The following to be

contacted:

Total Mozambique Director Geral - 82 3016 120

Coordenador de HSEQ - 84 3246 020

Director da Logistica - 82 3052 380

As soon as the Coordenador de HSEQ receives the communication on the

emergency situations, He/ she must immediately:

Activate the Crisis Management Team (CMT)

Maintain constant communication with the Terminal Manager.

Offer feedback and assistance to the Terminal Manager.

Superintendente

BO

Notify the Brigada Municipal de Bombeiros and the Brigada dos Bombeiros

de Porto, whose roles will include:

Once they arrive they will take charge of the fire fighting since they are the experts in fire fighting.

May come with additional water in their trucks.

Total Personnel to assist the team with manpower and to show the team the location of hydrant points.

Total Personnel to avail foam and other fighting equipment to the team.

Total Personnel to help with operating equipment like fire and foam pumps and opening of specific fire fighting valves.

Superintendente

BO

Contacts neighbouring Fuel Companies, who will assist with the following:

Offer mutual aid in the form of manpower assistance and other assistance on things like foam and water.

Superintendente

BO

Contacts the Ambulance, Hospital and Police to:

Ambulance to take the injured to the Hospital

The Hospital to expect injured persons from the facility

Police to maintain order

Refer to the Terminal emergency contact list for all the contact details

Page 150: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 10/61

REQUIREMENT ON FIRE FIGHTING EQUIPMENT

1. Water supply (4 tanks @5,446 m3)

WT 001 – 1,200 m3

WT 002 – 1,200 m3

WT 003 – 1,200 m3

WT 004 – 1,200 m3

2. One fire pumps numbered as follows :

WDP –003

The water pump set provide water and two foam pumps provide foam concentrate for the fire fighting systems.

3. Two positive displacement foam pump set are numbered as follows :

FPD – 001

FPD – 002

The foam concentrate pumps are each coupled to a fire pump engine by direct belt drive.

4. Bund Foam System

5. Tank Cooling System

6. Tank Foam System

7. Sprinkler System – Loading Gantry

8. Hydrant System

9. Fire main ring

10. Water cannon, hose and branch pipe

11. Tank Foam / 23 m3

12. Foam drums

Page 151: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 11/61

SCENARIO Nº1 : FIRE ON TANK 223

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

1. Start fire pump WDP-003 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Superintendent/ Terminal Manager/ Maintenance Technician

2. Open the relevant Valve V51 Bund Foam Bund A2BF T- 223 on the bund foam manifold and adjust the

pressure reducing valve PRV-03 to 700KPa. This can only be set while flow is occurring. Leave open until the

Page 152: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 12/61

bund fire has been extinguished - Terminal Superintendent OPS & HSE/Terminal Manager/ Maintenance

Technician

3. Observe fire water level by observing level indicator.

When the fire has been extinguished:

4. Close the relevant V51 For Bund A2BF - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Terminal Manager/

Maintenance Technician

5. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Terminal Manager/

Maintenance Technician

6. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel

for the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System:

7. Ensure that all valves are in their operating position - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/

Maintenance Technician

8. Start fire pump WDP-003 via the start button on the local panel to activate Tank Cooling System - Terminal

Superintendent OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

9. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T232 V43,T233 V44,T234 V42,T540

V40,T237V59,T236 V39 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent to the fire

.Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of water. Or

valve V36 to cool with premix - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

10. Ensure that the fire water reaches tank T-223 – Terminal Manager/ Terminal Superintendent OPS&HSE

When the fire has been extinguished:

1. Close the valves opened above V43,V44,V42,V40,V39,V59 for tanks or V36 T-223- Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

2. Check the level of diesel for the pump engine, and refuel as required

III. Tank Foam System: ***** important this valve to be opened during real fire inside the tank and during tests

of top foam boxes by a competent person – Risk of product contamination

3. Start fire pump WDP-003 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Foam System - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

4. First open valve V30 near the pumps, then open the relevant Valve V 53 for TF- 223 in the tank foam

manifold to admit foam to the aspirating top foam box - Terminal Superintendent OPS&HSE / Terminal

Manager/ Maintenance Technician

Page 153: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 13/61

When the fire has been extinguished:

5. Close the manifold valve V 53 for TF- 223 and V30 which was used to fight the fire - Terminal Superintendent

HSE&OPS/Terminal Manager/ Maintenance Technician

6. Stop the fire pump only when certain that all fires are extinguished - Terminal Superintendent HSE&OPS/

Terminal Manager/ Maintenance Technician

7. Check the levels of the foam concentrate tank, as well as the level of diesel for the pump motor, and adjust as

required.

IV. Hydrant System and Loading Gantry

8. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

9. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

10. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

11. Team Members: Connect hoses to water cannon nº 4 and connect hoses to hydrants points.

12. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

Team members : - Foam cannon nº 4 connected to Hydrant for foam application and on other points as

may be necessary.

Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc, Impetro,

CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 154: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 14/61

SCENARIO Nº2 : FIRE ON TANK 232

10. Raise alarm – All Staff

11. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

12. Assembly at meeting point – All Staff

13. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

14. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

15. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

16. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

17. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

18. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

11. Start fire pump WDP-003 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Superintendent/ Terminal Manager/ Maintenance Technician

12. Open the relevant Valve V49 Bund Foam Bund C1 T- 232 on the bund foam manifold and adjust the

pressure reducing valve PRV-03 to 700KPa. This can only be set while flow is occurring. Leave open until the

Page 155: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 15/61

bund fire has been extinguished - Terminal Superintendent OPS & HSE/Terminal Manager/ Maintenance

Technician

13. Observe fire water level by observing level indicator.

When the fire has been extinguished:

14. Close the relevant V49 For Bund C1 - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Terminal Manager/

Maintenance Technician

15. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Terminal Manager/

Maintenance Technician

16. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel

for the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System:

17. Ensure that all valves are in their operating position - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/

Maintenance Technician

18. Start fire pump WDP-003 via the start button on the local panel to activate Tank Cooling System - Terminal

Superintendent OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

19. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T223 V41,T233 V44,T234 V42,T540

V40,T237V59,T236 V39 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent to the fire

.Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of water. Or

valve V34 to cool with premix - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

20. Ensure that the fire water reaches tank T-232 – Terminal Manager/ Terminal Superintendent OPS&HSE

When the fire has been extinguished:

13. Close the valves opened above V41,V44,V42,V40,V39,V59 for tanks or V34 T-232- Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

14. Check the level of diesel for the pump engine, and refuel as required

III. Tank Foam System: ***** important this valve to be opened during real fire inside the tank and during tests

of top foam boxes by a competent person – Risk of product contamination

15. Start fire pump WDP-003 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Foam System - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

Page 156: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 16/61

16. First open valve V30 near the pumps, then open the relevant Valve V 54 for TF- 232 in the tank foam

manifold to admit foam to the aspirating top foam box - Terminal Superintendent OPS&HSE / Terminal

Manager/ Maintenance Technician

When the fire has been extinguished:

17. Close the manifold valve V 54 for TF- 232 and V30 which was used to fight the fire - Terminal Superintendent

HSE&OPS/Terminal Manager/ Maintenance Technician

18. Stop the fire pump only when certain that all fires are extinguished - Terminal Superintendent HSE&OPS/

Terminal Manager/ Maintenance Technician

19. Check the levels of the foam concentrate tank, as well as the level of diesel for the pump motor, and adjust as

required.

IV. Hydrant System and Loading Gantry

20. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

21. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

22. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

23. Team Members: Connect hoses to hydrants points.

24. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

Team members : - Connect fire hoses to hydrant points as necessary

Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc, Impetro,

CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 157: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 17/61

SCENARIO Nº3 : FIRE ON TANK 233

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

1. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE / Maintenance Technician

2. Open the relevant Valve V48 Bund Foam Bund BFC2 T- 233 on the bund foam manifold and leave open until the

bund fire has been extinguished - - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE / Maintenance Technician

3. Observe fire water level by observing level indicator.

Page 158: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 18/61

When the fire has been extinguished:

4. Close the relevant valve V51 Bund Foam Bund C2 T- 232 - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE /

Maintenance Technician

5. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Manager / Superintendent Ops & / Maintenance Technician

6. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel for

the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System :

7. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Cooling System - Terminal Manager / Superintendent Ops & / Maintenance Technician

8. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T223 V41,T232 V43,T234 V42,T540

V40,T237V59,T236 V39 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent to the fire

.Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of water. Or valve

V34 to cool with premix - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance Technician

9. For cooling with foam, should be required to open the relevant valve V33 T- 233 on pre mix

When the fire has been extinguished:

10. Close the valves opened above V41,V43,V42,V40,V39,V59 for tanks or V33 T-233- Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

11. Check the level of diesel for the pump engine, and refuel as required

III. Tank Foam System: ***** important this valve to be opened during real fire inside the tank and

during tests of top foam boxes by a competent person – Risk of product contamination

12. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Foam System - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance Technician

13. First open valve V30 near the pumps, then open the relevant Valve V55 TF233 in the tank foam manifold to admit

foam to the aspirating top foam box - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

When the fire has been extinguished:

14. Close the manifold valve V55 TF 233 and V30 which was used to fight the fire - Terminal Superintendent

OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance Technician

15. Stop the fire pump only when certain that all fires are extinguished - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal

Manager/ Maintenance Technician

16. Check the levels of the foam concentrate tank, as well as the level of diesel for the pump motor, and adjust as

required.

Page 159: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 19/61

IV. Hydrant System and Loading Gantry

1. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

2. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

3. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

4. Team Members: Connect hoses to hydrants points.

5. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

Team members : - Connect fire hoses to hydrant points as necessary

Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc, Impetro,

CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 160: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 20/61

SCENARIO Nº4 : FIRE ON TANK 234

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

1. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE / Maintenance Technician

Open the relevant Valve V47 Bund Foam Bund BFB2 T- 234 on the bund foam manifold and leave open until

the bund fire has been extinguished - Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE / Maintenance

Page 161: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 21/61

Technician

2. Observe fire water level by observing level indicator.

When the fire has been extinguished:

3. Close the relevant valve V47 Bund Foam Bund BFB2 T- 234 - Terminal Manager/ Terminal Superintendent

HSE / Maintenance Technician

4. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE / Maintenance

Technician

5. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel

for the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System :

6. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Cooling System - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

7. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T223 V41,T232 V43,T233 V44,T540

V40,T237V59,T236 V39 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent to the fire

.Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of water. Or

valve V35 to cool with premix - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

8. For cooling with foam, should be required to open the relevant valve V35 T- 234 on pre mix

When the fire has been extinguished:

9. Close the valves opened above V41,V43,V44,V40,V39,V59 for tanks or V35 T-233- Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

10. Check the level of diesel for the pump engine, and refuel as required

III. Tank Foam System: ***** important this valve to be opened during real fire inside the tank and during tests

of top foam boxes by a competent person – Risk of product contamination

11. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Foam System - Terminal Superintendent OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance

Technician

12. First open valve V30 near the pumps, then open the relevant Valve V56 TF234 in the tank foam manifold to

admit foam to the aspirating top foam box - Terminal Superintendent OPS&HSE/Terminal Manager/

Maintenance Technician

When the fire has been extinguished:

Page 162: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 22/61

13. Close the manifold valve V56 TF234 and V30 which was used to fight the fire - Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

14. Stop the fire pump only when certain that all fires are extinguished - Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

15. Check the levels of the foam concentrate tank, as well as the level of diesel for the pump motor, and adjust as

required.

IV. Hydrant System and Loading Gantry

1. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

2. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

3. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

4. Team Members: Connect hoses to hydrants points.

5. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

Team members : - Connect fire hoses to hydrant points as necessary

Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc,

Impetro, CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 163: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 23/61

SCENARIO Nº5 : FIRE ON TANK 237

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

1. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE / Maintenance Technician

Open the relevant Valve V* Bund Foam Bund * T- 237( Number the valves and clearly identify the

namifold) on the bund foam manifold and leave open until the bund fire has been extinguished - Terminal

Page 164: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 24/61

Manager/ Terminal Superintendent HSE / Maintenance Technician

2. Observe fire water level by observing level indicator.

When the fire has been extinguished:

1. Close the relevant valve V* Bund Foam Bund * T- 237 - Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

2. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE / Maintenance

Technician

3. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel

for the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System :

1. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Cooling System - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

2. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T223 V41,T232 V43,T233 V44,T540

V40,T234V42,T236 V39 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent to the fire

.Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of water. Or

valve V20 to cool with premix - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

3. For cooling with foam, should be required to open the relevant valve V20 T- 237 on pre mix

III. Tank Foam System: ***** important this valve to be opened during real fire inside the tank and during tests

of top foam boxes by a competent person – Risk of product contamination

1. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Foam System - Terminal Superintendent OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance

Technician

2. First open valve V30 near the pumps, then open the relevant Valve V* TF237(urgently put identification

number on valve) in the tank foam manifold to admit foam to the aspirating top foam box - Terminal

Superintendent OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

When the fire has been extinguished:

1. Close the manifold valve V* TF237 and V30 which was used to fight the fire - Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

2. Stop the fire pump only when certain that all fires are extinguished - Terminal Superintendent

OPS&HSE/Terminal Manager/ Maintenance Technician

Page 165: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 25/61

3. Check the levels of the foam concentrate tank, as well as the level of diesel for the pump motor, and adjust as

required.

IV. Hydrant System and Loading Gantry

1. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

2. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

3. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

4. Team Members: Connect hoses to hydrants points and use fire extinguishers as necessary.

5. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

Team members : - Connect fire hoses to hydrant points as necessary

Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc,

Impetro, CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 166: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 26/61

SCENARIO Nº6 : FIRE ON TANK 236

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

1. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE / Maintenance Technician

2. Open the relevant Valve V50 Bund Foam Bund B1 T236 on the bund foam manifold and leave open until the

bund fire has been extinguished - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE / Maintenance Technician

Page 167: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 27/61

3. Observe fire water level by observing level indicator.

When the fire has been extinguished:

4. Close the relevant valve V50 Bund Foam Bund A2 T236 - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE /

Maintenance Technician

5. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE / Maintenance

Technician

6. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel

for the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System:

7. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Cooling System - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE / Maintenance Technician

8. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T223 V41,T232 V43,T233 V44,T540

V40,T234V42,T237 V59 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent to the fire

.Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of water. Or

valve V38 to cool with premix - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

9. For cooling with foam, should be required to open the relevant valve V38 Tank T236 on pre – mix

III. Tank Foam System: ***** important this valve to be opened during real fire inside the tank and during tests

of top foam boxes by a competent person – Risk of product contamination

10. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Foam System - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager / Maintenance

Technician

11. First open valve V30 near the pumps , then open the relevant Valve V52 TF236 in the tank foam manifold

to admit foam to the aspirating top foam box- Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager /

Maintenance Technician

When the fire has been extinguished :

12. Close the manifold valve V52 TF236 and V30 which was used to fight the fire - Terminal Superintendent

OPS&HSE/ Terminal Manager / Maintenance Technician

13. Stop the fire pump only when certain that all fires are extinguished - Terminal Superintendent OPS&HSE/

Terminal Manager / Maintenance Technician

14. Check the levels of the foam concentrate tank, as well as the level of diesel for the pump motor, and adjust as

required.

Page 168: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 28/61

IV. Hydrant System and Loading Gantry

1. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

2. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

3. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

4. Team Members: Connect hoses to hydrants points and use fire extinguishers as necessary.

5. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

a. Team members : - Connect fire hoses to hydrant points as necessary

b. Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc,

Impetro, CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

c. Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 169: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 29/61

SCENARIO Nº7 : FIRE ON TANK 540

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

1. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Manager/ Terminal Superintendent / Maintenance Technician

2. Open the relevant Valve V46 Bund Foam Bund A3 T540 on the bund foam manifold and leave open until the

Page 170: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 30/61

bund fire has been extinguished - Terminal Manager/ Terminal Superintendent / Maintenance Technician

3. Observe fire water level by observing level indicator.

When the fire has been extinguished:

4. Close the relevant valve V46 Bund Foam Bund A3 T540 - Terminal Manager/ Terminal Superintendent /

Maintenance Technician

5. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Manager/ Terminal Superintendent / Maintenance

Technician

6. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel

for the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System :

7. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Cooling System - Terminal Superintendent/ Deputy Terminal Manager/ Maintenance

Technician

8. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T223 V41,T232 V43,T233 V44,T236

V39,T234V42,T237 V59 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent to the fire

.Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of water. Or

valve V37 to cool with premix - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance

Technician

9. For cooling with foam, should be required to open the relevant valve V37 Tank T540 on pre – mix

III. Tank Foam System: ***** important this valve to be opened during real fire inside the tank and during tests

of top foam boxes by a competent person – Risk of product contamination

10. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Foam System - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager / Maintenance

Technician

11. First open valve V30 near the pumps, then open the relevant Valve V57 TF540 in the tank foam manifold

to admit foam to the aspirating top foam box - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager /

Maintenance Technician

When the fire has been extinguished:

12. Close the manifold valve V57 TF540 and V30 which was used to fight the fire - Terminal Superintendent

OPS&HSE/ Terminal Manager / Maintenance Technician

13. Stop the fire pump only when certain that all fires are extinguished - Terminal Superintendent OPS&HSE/

Terminal Manager / Maintenance Technician

Page 171: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 31/61

14. Check the levels of the foam concentrate tank, as well as the level of diesel for the pump motor, and adjust as

required.

IV. Hydrant System and Loading Gantry

1. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

2. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

3. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

4. Team Members: Connect hoses to hydrants points and use fire extinguishers as necessary.

5. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

a. Team members : - Connect fire hoses to hydrant points as necessary

b. Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc,

Impetro, CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

c. Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 172: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 32/61

SCENARIO Nº8 : FIRE AT LOADING AREA

10. Raise alarm – All Staff

11. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

12. Assembly at meeting point – All Staff

13. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

14. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

15. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

16. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

17. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

18. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Road gantry Deluge system

1. Press the pushbutton switch which is located near the panel for the foam pump

Page 173: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 33/61

2. First open valve V30 near the pumps, then open premix valve V32. Terminal Superintendent OPS&HSE/

Terminal Manager / Maintenance Technician

3. Start the fire and foam pumps- Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager / Maintenance

Technician

4. If for some reason the OCV01 does not open automatically, it can be opend locally by manually

switching the local 3-way control cock on the OCVto the open position

When the fire has been extinguished:

5. Stop the fire pumpset WDP-001 or WDP-002 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal

Manager / Maintenance Technician

6. Close valves V30 andV32 - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager / Maintenance

Technician

7. Check the diesel fuel level for the pump engine - Terminal Superintendent/ Deputy Terminal Manager/

Maintenance Technician

8. For activate only water sprinkler , will be required to open valve V32 and close valve V45.

II. Hydrant system

9. Ensure that all valves are in their normal operating positions - Terminal Superintendent OPS&HSE

10. Open valve V19 to introduce premix foam into the hydrant line - Terminal Superintendent/ Deputy Terminal

Manager/ Maintenance Technician

11. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent/ Deputy Terminal Manager/ Maintenance

Technician

12. Connect fire hoses to the hydrant lines and fight the fire – Fire Team Members

REQUIREMENTS

Personnel

In some cases – another team should apply dry powder on the surface of burning structures from

a mobile DP unit. – Fire team members

Connect fire hoses to the hydrant lines and fight the fire – Fire Team Members

Incident commander to give direction as necessary without endangering personnel

One (1) personnel to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Airport), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ and Petrogal), Head Office( if working hours) – Terminal Sup B.O

Page 174: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 34/61

SCENARIO Nº9 : FUEL SPILLAGE - LOADING AREA

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of spill location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of

rescue team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Make sure the outlet valve for the separator pit located near the fire pumps id closed (Log Supervisor)

10. Find out whether part of spilled product could be salvaged without endangering lives of personnel. If class B

(diesel, Paraffin) scoop into drums; If class A (Petrol) - apply foam concentrate to reduce evaporation which could

lead to explosive situation - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE and Fire Team Members

11. Contain spillage immediately using the spill kit stored in the plastic drum at the loading gantry and dry sand -

Team Members

Page 175: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 35/61

12. Have dcp fire extinguishers on standby - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

13. Clean off the sand and dispose it to the approved disposal area. - Team members

14. Trucks at the loading gantry must not be allowed to be started before the clean up of the spill. - Terminal Manager

/ Superintendent Ops & HSE and Drivers

15. One (1) personnel to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Airport), Oil companies (BP, Petromoc, Inpetro,

CPMZ and Petrogal), Head Office( if working hours) – Terminal Sup B.O

16. Resume normal operations after clean up - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE T Manager

17. Depot Manager compiles a spillage report and submits to Logistics Director

Page 176: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 36/61

SCENARIO Nº10 : FUEL SPILLAGE AT THE TANK FARM

1. Raise alarm – All Staff

2. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities –

All Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

3. Assembly at meeting point – All Staff

4. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of spill location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of

rescue team members, equipment and trucks– Security Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Make sure the tank farm bund valve is closed to facilitate the containment of fuel inside the bund.

10. Make sure the outlet valve for the separator pit located near the fire pumps is closed (Log Supervisor)

11. Find out whether part of spilled product could be salvaged without endangering lives of personnel. If class

A (Petrol) - apply foam concentrate to reduce evaporation which could lead to explosive by opening the

respective valves . Starting with valve V30, then bund foam pour valves for the particular bund only – A2BF

V51, C1 V49, BFC2 V48, BFB2 V47, T237 V*, B1 V50,A3 V46

Page 177: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 37/61

12. Transfer the recovered product into another storage – Terminal Manager

13. Clean off the sand and dispose it to the approved disposal area., - Team members

14. One (1) personnel to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Airport), Oil companies (BP, Petromoc,

Inpetro, CPMZ and Petrogal), Head Office( if working hours) – Terminal Sup B.O

15. Resume normal operations after clean up - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

16. Depot Manager compiles a spillage report and submits to Logistics Director

Page 178: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 38/61

SCENARIO Nº11 : FIRE AT THE OFFICE

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down loading activities

3. Switch off all electrical equipment if safe to do so – Superintendent BO

4. Lock away all important documents – Stocks Controller

5. Assembly at meeting point – all

6. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

7. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

8. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

9. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

10. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

11. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

Page 179: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 39/61

12. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Carbon Dioxide Extinguisher, Dry

Powder Extinguisher ( Team 1) or water hoses from any nearest and accessible

hydrant point – HP nº 1, 2, 3, e 4 -Team 2.

13. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Technician

14. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the

switch located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent

Ops & HSE/ Maintenance Technician

15. Cool tanks mainly Gasoline tanks by opening cooling rings for water – T234 V42 AND

T540 V40.- Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

16. Do not enter building until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Carbon Dioxide Extinguisher, Dry Powder Extinguisher / Hoses and Fire Water Hydrant/Fire pump

/loading gantry sprinklers/ tank cooling rings

Page 180: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 40/61

SCENARIO Nº12 : FIRE AT THE CANTINA

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down loading activities

3. Switch off all electrical equipment if safe to do so – Cook

4. Assembly at meeting point – all

5. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

6. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

7. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

8. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

9. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

10. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

11. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Carbon Dioxide Extinguisher, Dry

Powder Extinguisher ( Team 1) or water hoses from any nearest and accessible

Page 181: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 41/61

hydrant point – HP nº 1, 2, 3, e 4 -Team 2.

12. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Technician

13. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the switch

located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

14. Cool tanks mainly Gasoline tanks by opening cooling rings for water – T234 V42 AND

T540 V40.- Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

15. Do not enter building until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Carbon Dioxide Extinguisher, Dry Powder Extinguisher / Hoses and Fire Water Hydrant/Fire pump

/loading gantry sprinklers/ tank cooling rings

Page 182: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 42/61

SCENARIO Nº13 : FIRE ON WORKSHOP

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down loading activities

3. Switch off all electrical equipment if safe to do so – Superintendent Ops & HSE

4. Assembly at meeting point – all

5. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

6. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

7. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

8. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

9. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

10. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

11. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Carbon Dioxide Extinguisher, Dry

Powder Extinguisher ( Team 1) or water hoses from any nearest and accessible

Page 183: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 43/61

hydrant point – HP nº 1, 2, 3, e 4 -Team 2.

12. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Technician

13. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the switch

located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

14. Cool tanks mainly Gasoline tanks by opening cooling rings for water – T234 V42 AND

T540 V40.- Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

15. Do not enter building until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Carbon Dioxide Extinguisher, Dry Powder Extinguisher / Hoses and Fire Water Hydrant/Fire pump

/loading gantry sprinklers/ tank cooling rings

.

Page 184: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 44/61

SCENARIO Nº14 : FIRE ON LUBES WAREHOUSE

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down loading activities

3. Switch off all electrical equipment if safe to do so – Warehouse Keeper

4. Assembly at meeting point – all

5. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

6. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

7. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

8. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

9. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

10. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

11. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Carbon Dioxide Extinguisher, Dry

Powder Extinguisher ( Team 1) or water hoses from any nearest and accessible

Page 185: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 45/61

hydrant point

12. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Technician

13. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the switch

located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

14. Cool tanks mainly Gasoline tanks by opening cooling rings for water – T234 V42 AND

T540 V40.- Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

15. Do not enter building until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Carbon Dioxide Extinguisher, Dry Powder Extinguisher / Hoses and Fire Water Hydrant/Fire pump

/loading gantry sprinklers/ tank cooling rings

.

Page 186: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 46/61

SCENARIO Nº15 : FIRE ON TANK FARM BUNDWALL

19. Raise alarm – All Staff

20. Press emergency button near to the office or loading gantry or pump house to shut down loading activities – All

Staff / Terminal Manager / Terminal superintendent

21. Assembly at meeting point – All Staff

22. Conduct staff count – Security as designated by the Terminal Manager

23. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

24. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics Supervisor

25. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and allow the entrance of rescue

team members, equipment and trucks– Security Supervisor

26. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

27. Attack fire with appropriate fire fighting equipment: - Team Members

I. Bund Foam System

15. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Bund Foam System - Terminal Manager/ Terminal Superintendent / Maintenance Technician

16. First open V30 located near the foam pump, then open the relevant Valve for the specific bund that is on fire

i.eBund Foam A2BF V51,CA V49, BFC2 V48,BFB2 V47,T237 V*, B1 V50,A3 V46 on the bund foam

manifold and leave open until the bund fire has been extinguished - Terminal Manager/ Terminal

Superintendent / Maintenance Technician

Page 187: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 47/61

17. Observe fire water level by observing level indicator.

When the fire has been extinguished:

18. Close valve V30 and the relevant bund valve opened - Terminal Manager/ Terminal Superintendent /

Maintenance Technician

19. Stop the fire pump and foam concentrate - Terminal Manager/ Terminal Superintendent / Maintenance

Technician

20. Check the level of the foam concentrate in the foam concentrate tank, water level, as well as the level of diesel

for the pump engine, and replenish as required.

II. Tank Cooling System :

21. Start fire pump WDP-001 and foam concentrate pump FDP – 001 via the pushbutton on the local panel to

activate Tank Cooling System - Terminal Superintendent/ Deputy Terminal Manager/ Maintenance

Technician

22. Open the relevant Valves to cool adjacent tanks with water T223 V41,T232 V43,T233 V44,T236

V39,T234V42,T237 V59, T540 V40 on the tank cooling manifold WATER to cool tanks with water adjacent

to the fire .Terminal Manager to use his discretion on which tanks must be cooled to maintain the pressure of

water. - Terminal Superintendent OPS&HSE/ Terminal Manager/ Maintenance Technician

23. Cool with foam, the relevant tank or tanks on which the bund on fire is located open the relevant premix

cooling ring valve ie Tank T540 V37, T234 V35, T233 V33, T232 V34, T223 V36, T 236 V 38, T237 V20

IV. Hydrant System and Loading Gantry

1. Ensure that all valves are in their normal operating positions – Terminal Superintendent HSE&OPS

2. Start pumpset WDP-003 locally - Terminal Superintendent OPS&HSE /Terminal Manager / Maintenance

Technician

3. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4 – Chefe Terminal

4. Team Members: Connect hoses to hydrants points and use fire extinguishers as necessary.

5. LOADING GANTRY – Cool loading gantry with water only – Open V45 and switch on switch near the pump.

REQUIREMENTS

1. Personnel

a. Team members : - Connect fire hoses to hydrant points as necessary

b. Person to contact Fire Brigade (CFM, Municipality & Air Port), Oil companies (BP, Petromoc,

Impetro, CPMZ & Petrogal), Head Office( if working hours) – Superintendente BO

c. Start fire pump and command the operation –Terminal Manager/ Terminal Superintendent HSE /

Maintenance Technician

Page 188: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 48/61

SCENARIO Nº16 : FIRE ON TRUCKS OUTSIDE LOADING BAY

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down electricity activities – Depot

Operators

3. Assembly at meeting point – all

4. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

10. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Carbon Dioxide Extinguisher, Dry

Page 189: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 49/61

Powder Extinguisher or water hoses from any nearest and accessible hydrant point

11. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Technician

12. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the switch

located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

13. Cool tanks mainly Gasoline tanks by opening cooling rings for water – T234 V42 AND

T540 V40.- Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

14. Do not enter building until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Carbon Dioxide Extinguisher, Dry Powder Extinguisher / Hoses and Fire Water Hydrant/Fire pump

/loading gantry sprinklers/ tank cooling rings

Page 190: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 50/61

SCENARIO Nº17 : FIRE ON CARS ON PARKING

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down electricity activities – Depot

Operators

3. Assembly at meeting point – all

4. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

10. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Carbon Dioxide Extinguisher, Dry

Powder Extinguisher or water hoses from any nearest and accessible hydrant point

11. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Page 191: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 51/61

Technician

12. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the switch

located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

13. Cool tanks mainly Gasoline tanks by opening cooling rings for water – T234 V42 AND

T540 V40.- Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

14. Do not enter building until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Carbon Dioxide Extinguisher, Dry Powder Extinguisher / Hoses and Fire Water Hydrant/Fire pump

/loading gantry sprinklers/ tank cooling rings

Page 192: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 52/61

SCENARIO Nº18 : FIRE ON PRODUCT PUMP HOUSE

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down electricity activities – Depot

Operators

3. Assembly at meeting point – all

4. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

10. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Carbon Dioxide Extinguisher, Dry

Powder Extinguisher or water hoses from any nearest and accessible hydrant point

Page 193: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 53/61

11. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Technician

12. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the switch

located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

13. Cool tanks mainly Gasoline tanks and nearby diesel tanks by opening cooling rings

for water – T234 V42 AND T540 V40, T237 V*, 232 V43, T233 V44.- Terminal Manager

/ Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

14. Do not enter the terminal until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Carbon Dioxide Extinguisher, Dry Powder Extinguisher / Hoses and Fire Water Hydrant/Fire pump

/loading gantry sprinklers/ tank cooling rings

Page 194: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 54/61

SCENARIO Nº19 : FIRE ON OIL INTERCEPTOR

1. Raise alarm – all

2. Press emergency button near to the office to shut down electricity activities – Depot

Operators

3. Assembly at meeting point – all

4. Conduct staff count- Security as designated by the Terminal Manager

5. Inform personnel of fire location - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE

6. Evacuate vehicles within the Depot - Terminal Superintendent OPS & HSE/ Logistics

Supervisor

7. Open entry/exit gate, wait for all vehicles to move out of the depot and record exit and

allow the entrance of rescue team members, equipment and trucks– Security

Supervisor

8. Close all critical valves to stop the flow of product – Depot Operators

9. Call Total Head Office, Fire Brigade (CFM, Municipality & Port), Oil companies (BP,

Petromoc, Inpetro, CPMZ & Petrogal) – Superintendent BO

10. Attack fire with appropriate fire fighting equipment – Dry Powder Extinguisher or Foam

hoses from any nearest and accessible hydrant point – Fire Team Members

Page 195: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 55/61

11. Start the fire pump - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/ Maintenance

Technician

12. Assign team members to fire fighting point: Hydrants and foam cannon nº 4, Cannon #4

is applicable to the Tank Bund Separator pit and not to the Loading Gantry Separator

pit. – Chefe Terminal

13. Inject foam into the Hydrant line, first open valve V30 near the pumps and then

open Hydrant valve with foam valve V19. Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

14. Cool the loading bay with water only by opening valve V45 and switching on the switch

located near the foam pump control panel. -Terminal Manager / Superintendent Ops &

HSE/ Maintenance Technician

15. Cool tanks mainly Gasoline tanks and nearby diesel tanks by opening cooling rings

for water – T234 V42 AND T540 V40, T237 V*, 232 V43, T233 V44.- Terminal Manager

/ Superintendent Ops & HSE/ Maintenance Technician

16. Do not re-enter the terminal until declared safe by Terminal Manager

REQUIREMENTS

Personnel: Attack the fire using fire extinguishers and water as appropriate

Equipment: Dry Powder Extinguisher / Hoses and Foam Hydrant/Fire pump /loading gantry sprinklers/ tank cooling

rings/ foam cannon #4

Page 196: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 56/61

SCENARIO Nº20 : PERSONNEL INJURY

Personal injury may take different forms and may involve depot staff, customers, visitors and contractors. It can

involve the public in case of major catastrophe.

To minimize small scale injuries depot staff are trained and made fully aware of safety regulations and safe

working procedures.

But in the event of personal injury an alarm is raised and staff are immediately advised to rush to the scene.

First aid is given to the victim .If the condition is bad the person is rushed to the Avicena Clinic or Any other Nearby

Clinic or Hospital. In addition, the Terminal Manager or his second in command checks the contents of the first aid

box regularly and records, in a note book persons who received first aid plus nature of treatment.

Whenever there is personal injury the following steps are followed :

a. The person who notices this injury pushes emergency button to raise an alarm

b. Close valves and switch off motors - Depot Operators

c. Rush to location of the injury - Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/First aiders

d. One person collects first aid box and first aid is given – First Aider

e. Another person informs head office and company clinic of the incident, it may be necessary to

ask for an ambulance from the clinic – Superintendent BO

f. Injured person is taken to Avicena Clinic/ any nearby hospital or clinic after receiving first aid –

Terminal Manager / Superintendent Ops & HSE/First aiders

g. Resume normal operations on the Incident Controller’s instruction – Terminal Manager

Page 197: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 57/61

SCENARIO Nº21 : BOMB THREAT

Action Responsible Team

Member (Office Hours) Sequence

1 Report threat to closest Senior Staff Member All staff 1

2 Raise alarm Staff member reporting above 2

3 Press emergency button to stop electricity All Staff 3

4 Remove all possible bulk vehicles from depot

premises

Superintendent OPS&HSE/

Terminal Manager/ Log

Supervisor

4

5

Open Entry / Exit Gate, wait for all vehicles to

move out of the depot and record exit, then and

report to Emergency Meeting point with all

registers

Security

5

6 Prevent any vehicle except emergency vehicles

from entering depot Security 6

7 Report to Emergency Point All staff 7

8 Inform Total Management Superintendent BO 8

9

Phone relevant emergency services listed in

Emergency Plan( neighbours, police,

ambulance)

Superintendent BO 9

10 Inform staff of further evacuation procedures Terminal Manager 10

11 Await arrival of Police All 11

16 Report to Emergency Point All staff 16

17 Inform Total Management Superintendent BO/ Terminal

Manager

REQUIREMENTS

Fire fighting equipment must be put on standby

Page 198: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 58/61

SCENARIO Nº 22 : NATURAL DISASTER (FLOODING, CYCLONE & EARTHQUAKE)

Action Responsible Team

Member (Office Hours) Sequence

1 Assign team members functions Terminal Manager 1

2

In event of flooding:

1. Move all vehicles ground

2. Remove loose

equipment/items

3. Remove all critical documents

4. Disconnect Terminal

electricity

5. Maintain contact with

Emergency Services

6. Maintain safety of staff and

attempt to evacuate

Terminal Superintendent

OPS& HSE

Stocks Account

Depot Operators

Maintenance Technician

Superintendent BO/ Terminal

Manager

Terminal Manager

2

3

In the event of high wind speeds

(Cyclone):

1. Remove loose

equipment/items

2. Maintain contact with

Emergency Services

Terminal Superintendent

OPS& HSE

Superintendent BO/ Terminal

Manager

3

4

In the event of earthquake:

1. Maintain contact with

Emergency Services

2. Maintain safety of staff and

attempt to evacuate

Superintendent BO/ Terminal

Manager

Superintendent BO/ Terminal

Manager

4

REQUIREMENTS

Special Instructions :

Action to be taken will largely depend on the type of natural disaster. Above point are merely a

Page 199: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 59/61

guide to possible actions to be taken to secure company assets and secure safety of staff.

ALL CLEAR AND RE-ENTRY PROCESS

Action Responsible Team

Member (Office Hours) Sequence

1 Team leader to access situation and give

the All-Clear

Terminal Manager 1

2 Team leader to do the Re-entry after

debriefing the staff of the emergency drill

Terminal Manager 2

3 All staff to return to work All staff 3

INTERNAL EMERGENCY PLAN INDIVIDUAL ROLES

Terminal Manager

Assess the initial situation and activate the emergency response team.

Coordinate the activities of the emergency response team.

Keep Total management informed.

Give the all clear and re-entry instructions. The all clear and re entry instruction to be issued after the inspection of the facility. The Instruction to be formally communicated to the facility personnel.

Responsible for the evacuation of people from the terminal.

Responsible for operating the valves at the fire fighting manifold ( Tank Foam, Bund Foam, Tank cooling by water, Tank cooling by premix, Loading gantry sprinklers cooling and premix injection) , Hydrant valves foam and water injection as per the respective scenarios.

Conduct Head count at the assembly point. May delegate this function to security.

Responsible for the start up and shut down of the foam and fire pumps.

Responsible for commanding the whole exercise.

Ensure all team members are adhering to their roles.

Sup OPS/HSE

Assist the Terminal Manager in the evacuation of the facility .All people to initially evacuate to the assembly point located near the main gate after the sounding of the alarm or gong.

Responsible for the shutting electricity with the assistance of Maintenance Electrician.

Assist Terminal Manager in operating the valves at the fire fighting manifold ( Tank Foam, Bund Foam, Tank cooling by water, Tank cooling by premix, Loading gantry sprinklers cooling and premix injection) , Hydrant valves foam and water injection as per the respective scenarios.

Participate in the start up and shut down of the foam and fire pumps.

Supervise all on scene response operations

Determine response needs and request any additional resources from mutual aid companies, local agencies and other available resources.

Participate in the fire fighting.

Page 200: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 60/61

Sup BO

Set up a command centre

Operate telephones at the command centre

Inform emergency services stated below and document all activities:

Beira Central Hospital 23 31 20 71/3

Brigada Municipal de Bombeiros 23 32 22 22

Brigada dos Bombeiros de Porto 23 32 75 88

Brigada dos Bombeiros dos Aeroport 23 30 10 71/2

Avicena Clinic 82 50 21 820/ 23 32 87/8/9

Police 23 36 28 61

BP Beira Terminal 23 35 20 24/91

Petromoc Beira Terminal 23 35 33 62

Galp Moçambique 23 35 44 18/ 35101/2

Oil Jetty Terminal (CFM) 23 32 91 93

Asamoc Transporters 82 30 86 950/ 23 30 20 91/2

Red Cross 23 32 77 99

Inform Total Management ; Managing Director, HSEQ Coordinator & Director Logistics

LOADING OPERATOR & PROTECNER – SHUT DOWN OF MAJOR UTILITIES

As soon as you hear the emergency siren, 1. Stop all loading, 2. Close all product valves at the loading offloading gantry 3. Close all storage tank inlet and outlet valves 4. Assist in the shutting down of electricity in the terminal( Protecner Electrician)

Please note that your own safety is very important, In a real emergency only do the shut down when it is safe to do so, do not endanger yourself.

Assist in the operation of the fire and foam pumps. (Protecner Electrician)

Join others and participate in the fire fighting.

Fight the fire using fire extinguishers and or fire hoses as advised by the Terminal Manager or his designate.

Logistics Supervisor

Assist the Terminal Manager in the evacuation of the facility .All people to initially evacuate to the assembly point located near the main gate after the sounding of the siren. Make sure all trucks in the terminal have gone out of the terminal.

Identify a safe parking place for trucks evacuated from the terminal.

Participate in the fire fighting.

First Aiders

Make sure that the first aid box contains items that have not expired and also that it contain all the required items.

Attend to injured personnel

Record all the details of people attended to and the intervention given.

The first aid box must be readily available all the time and during emergencies.

Page 201: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

GUIDELINE - BEIRA DEPOT -

EMERGENCY PLAN

SCENARIO REVIEW

Reference : T5-1 scenarios.doc

Revision : 09/03/2016

Page : 61/61

Security Guards

Once the siren is sounded, open the main gate to allow for the evacuation of trucks from the terminal.

Allow emergency services and mutual aid vehicles and personnel to enter the terminal to assist in the emergency. Do not delay the entry of emergency services vehicles by asking them to register at the main gate. Registration of entry may be done later.

Do not allow any other vehicles or visitors to enter terminal.

Liase with the Logistics Supervisor to look after the trucks that have been evacuated from the terminal.

In case of emergency during non working hours or weekends, use the emergency contact list that is posted in the guard room to contact the following: Terminal Manager, Superintendent OPS&HSE, HSEQ Cordinator, Director Logistics, Municipal Fire Brigade, Port Fire Brigade, Police, Hospital and Ambulance. Also allow the entry of emergency services and mutual aid agencies into the terminal for them to assist in the emergency.

Page 202: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

OPERAÇÃO DO TERMINAL DE ARMAZENAMENTO, MANUSEAMENTO E

DISTRIBUIÇÃO DE COMBUSTÍVEL DA BEIRA

Plano de Gestão Ambiental 133

Anexo IV – Plano de Monitorização e Controlo de Efluentes (Interno)

Page 203: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

TOTAL Moçambique

Departamento

Log. & Manut. INTERCEPTOR / SEPARATOR USE

DLM PG MZ 516

Révisão : 03

Pagína : 1/7

DLM PG MZ 516 Rev.03 - Interceptor separator use - 1/7

0 – SUMMARY:

1- OBJECT 7- MAINTENANCE OF AN INTERCEPTOR

2- APPLICATION DOMAIN 8 – WASTES CONTROL

3- OWNERS 9 – SAMPLING PROCEDURE

4- REFERENCE I3SRS 10 - PRECAUTIONS

5- DATE OF APPLICATION 11 – MANAGEMENT NON CONFORMITIES

6- DESCRIPTION AND OPERATION 12 - ARCHIVING

1 - OBJECT:

This general procedure sets the main rules to be applied for the use of an interceptor – its operation,

controls and maintenance.

2 - APPLICATION DOMAIN:

This work instruction is applied to monitoring activities and control of clean and contaminated storm

water, containment of spillages at Total Depots.

3 – OWNERS:

- Logistic & Maintenance Director

- Logistic Manager

- Depots managers

- HSEQ Coordinator

- Water Analysis Service provider

4 – REFERENCE I3SRS :

- Element 4

5 – DATE OF APPLICATION:

- 07/12/2009

R

E

V

I.

Date

14/01/2011

05/11/2010

30/11/2009

Revision

02

01

00

OBJECT OF REVISION

Parameters updated in accordance with mozambican´s

law

Modification in accordance with Chapter 9 : Remove

Temperature, Oil and Grease. Analyse . every 3 months

Issue of the document

A NOME FUNÇÃO DATA ASSINATURA

P

R

O

Elaborado por :

F.FOUILLOT

Coord. HSEQ

V

A

Ç

Endossado por :

R.BARLE Director L&M

Ã

O Approvado por : A,d´HAUTEFEUILLE Director Geral

7 – DESCRIPTION AND OPERATION

Page 204: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

TOTAL Moçambique

Departamento

Log. & Manut. INTERCEPTOR / SEPARATOR USE

DLM PG MZ 516

Révisão : 03

Pagína : 2/7

DLM PG MZ 516 Rev.03 - Interceptor separator use - 2/7

The interceptor is designed to treat all water likely to be polluted by hydrocarbons.

7.1 Description and operation of an interceptor

7.1.1 Functioning of an interceptor

The interceptor has always to be filled with water up to its operating height.

Polluted oil water arrives in the first compartment of the interceptor (setting compartment).

This compartment recovers most of the material in suspension and allows the liquid to stabilize

and pass slowly to the separation compartment. This compartment is the most important part of

the process where the water and hydrocarbons separate due to their different densities. The

hydrocarbons are recovered from the surface of this compartment (different methods are used

e.g. skimming) and placed in a storage tank. The clean water passes subsequently thought a

siphon at the base of the compartment to end up in the final compartment before exiting the

interceptor as treated water.

In the depot, this is water coming from the loading gantry, tank farm product pump house...

7.1.2 Principles of usage

* It is necessary to perform the following to ensure the correct functioning of the interceptor:

Page 205: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

TOTAL Moçambique

Departamento

Log. & Manut. INTERCEPTOR / SEPARATOR USE

DLM PG MZ 516

Révisão : 03

Pagína : 3/7

DLM PG MZ 516 Rev.03 - Interceptor separator use - 3/7

- The interceptor must no receive additional water from areas which were not included

in the original design.

- Respect the required frequency of cleaning and skimming the interceptor.

* Every interceptor must be fitted with:

- Hydrocarbon detector located at the end of the skimming compartment

- A safety valve at the water exit of the interceptor, which can be manually closed.

8 – DESCRIPTION AND OPERATION

8.1. Visual observations

The depot staff should verify the correct operations of the interceptor during the daily inspection

of the depot, and check in particular:

* The presence of a hydrocarbon layer or dirt after the separation compartment of the

interceptor.

* The presence of a filament cover or abnormal foam

* The rising of the water height

The presence of hydrocarbons on the surface of the water indicating that skimming is

required

8.2. Skimming

* Skimming should be done as often as necessary and at least once every 2 weeks in

order to have the layer of hydrocarbons as thin as possible (not do wait until the alarm

sounds)

* The skimming procedure for the interceptors is as follows:

- Open the valve of skimming tank

- Direct the spout in such a way that the hydrocarbons on the water surface can flow

into the waste tank

- Wait until most of the hydrocarbons have been recovered. It is not necessary to

recover all the hydrocarbons and one should not try to force the recovery using a

water jet for instance. The object is to recover most of the hydrocarbons and as little

water as possible.

- Close the valve of the skimming compartment.

8.3. Draining of the skimming compartment

* The mixture of water and hydrocarbons recovered from the skimming process is stored

in:

- a tank

- Or a concrete tank, rainproof, where it is essential to check the level of the waste

before and after every skimming.

. In all cases it is necessary to plan the draining in advance in order to be operational at

any time.

8.4. Cleaning of the interceptor

* The interceptor must be cleaned as often as necessary and at least once every 6 months

by an approved service provider. The interceptor should be emptied and cleaned of all

solid waste after which it must be washed using high-pressure water jets, before refilling

with clean water.

* The solid material recovered should be destroyed as required by local regulations and

internal procedures.

* The water recovered must also be destroyed and it is strongly advised not to store this

water for re-use in the interceptor as this raise the levels of the CDO to unacceptable

levels.

Page 206: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

TOTAL Moçambique Departamento Log. & Manut.

INTERCEPTOR / SEPARATOR USE DLM PG MZ 516Révisão : 03 Pagína : 4/7

DLM PG MZ 516 Rev.03 - Interceptor separator use - 4/7

8.5. Detection of hydrocarbons *The hydrocarbon detection device installed in every interceptor should always be operational and be tested every month. These tests will be registered in the depot records. * In the event of a failure of the detector, it should be repaired immediately and this must be registered in the depot records. 9 – WASTES CONTROL 9.1. Parameters to analyze – frequency of this analysis The parameters to be analyzed every 3 months are:

Parameter Mozambican

Law Method / Standard Maximum level

Total Petroleum Hydrocarbon (TPH)

USEPA 8015 500 mg/l

Free hydrocarbon NFT 90.302 10 mg/l

Chemical demand for oxygen (CDO)

Decreto nº 18/2004 de 2

de Junho

NFT.90.101 / APHA 5220C

80 mg/l

Biological demand for oxygen (BDO)

Decreto nº 18/2004 de 2

de Junho

NFT.90.103 / APHA5210B

20 mg/l

Mineral oil & grease Decreto nº

18/2004 de 2 de Junho

APHA 5520F / USEPA 1664A

10 mg/l

Material in suspension (MIS) NFT.90.105 30 mg/l

Chromium Decreto nº

18/2004 de 2 de Junho

- 10 mg/l

Phosphorus Decreto nº

18/2004 de 2 de Junho

- 2 mg/l

Ph NFT.90.008 /

APHA 4500-H+ B Between 6 and 9

* All those parameters exceeding the required limit should be analyzed and corrected. * The analysis results must be recorded and stored at the depot according to local requirements. 10 – SAMPLING PROCEDURE The procedure below should be followed by the service provider. 10.1. Equipment to be used * A stainless steel or a one-use sampler which allows entry through the bottom (1 liter) if available. * Four new screw top glass jars of 0,5 liter each. Each with a label specifying date, origin, number of the sample and tests to perform. * A double sided, rigid carton container to send the samples to a laboratory. * A small jar with acid resistant dropper to fill with sulfuric acid.

Page 207: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

TOTAL Moçambique

Departamento

Log. & Manut. INTERCEPTOR / SEPARATOR USE

DLM PG MZ 516

Révisão : 03

Pagína : 5/7

DLM PG MZ 516 Rev.03 - Interceptor separator use - 5/7

* Gloves resistant to acid

*Protective glasses

10.2. Acid handling

Sulfuric acid is a dangerous substance and must be handled with precaution. Never put water in

the acid. In case of contact with the skin or eyes, wash thoroughly with water and consult a doctor. * The sulfuric acid bottle must be kept in its original packaging and stored in an airy environment.

The small jar must be filled using the protective gloves and glasses. * If a funnel is to be used to fill the small jar this should be clearly labeled ‘’ACID” and not used

for any other purpose. The small jars must be labeled likewise.

* Wear the protective gloves and glasses. Put a single drop in the sample using the dropper. Then

close the jar and shake it.

10.3 Operation instructions:

The samples should be taken in the last compartment of the interceptor or at the clean water

exit.

The sampler must be thoroughly rinsed in water without using any detergent and dried before the

sampling. Disposable samplers can be used where available.

* Submerge the sampler to mid-depth, without touching the sides or bottom of the compartment and take a 1 liter sample. * Completely fill the first sample jar so as to have no air at the top of the jar to prevent the formation of microorganisms. Mark the jar BDO (Biological demand for oxygen) * Fill the second jar to ¾ level and mark the jar TPH (Total Petroleum Hydrocarbon) * Take another sample following the same process. * Completely fill the 3rd jar and mark it pH, Phosphorus and Chromium, * Completely fill the 4th jar. Put on the protective gloves. Using the dropper, add a drop of acid in the jar to ensure the conservation of the sample. Mark the jar CDO (chemical demand for oxygen) * Fill in the labels as described above. * Rinse the sampler thoroughly in clean water after the last operation. * Place the samples in the packing carton and send it to the laboratory within 24 hours.

(Note: Do not take samples on a Friday, as this does not allow enough time for the testing in

the 24-hour period.).

The laboratory should be notified of t h e presence o f seawa te r i n th e samples ( if

applicable) as this may affect the result of some of the tests.

10.4. Laboratory analysis.

The laboratory/s to be used may be stipulated by local regulations in which case this

laboratory should follow the rules and procedures stipulated by this regulations.

11 – PRECAUTIONS

11.1 Use of detergents.

The use of detergents must be limited to an absolute minimum as they may break up the

hydrocarbon molecules, which will then dissolve in the water. Detergents with strong

separating properties in cold medium are to be preferred as they do not result in stable chemical

emulsions, which are difficult to treat. 11.2 Recommendations for the f ire dri l l tests. * Test without foam compound. A fire drill at the loading rack for instance may generate more

runoff water than the interceptor's capacity. It is thus suggested that the interceptor should be

cleaned just before the fire drill to prevent excessive buildup of hydrocarbons during this

period.

Page 208: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

TOTAL Moçambique

Departamento

Log. & Manut. INTERCEPTOR / SEPARATOR USE

DLM PG MZ 516

Révisão : 03

Pagína : 6/7

DLM PG MZ 516 Rev.03 - Interceptor separator use - 6/7

* Test with foam compound. The foams create a DCO of several thousands of mg/liter

and they must be prevented from entering the environment directly. The foam and water

must be recovered for treatment or handled as required by local regulations. * Tests with foam should be limited as far as possible at the loading gantry where foam is

ejected directly. In the event that such a drill has to be done it should be kept as short as possible (less than 40 seconds).

*For fire drills at the tanks, the foam should be kept inside the bund area and put into the

waste system little by little to get the maximum dilution and keep the DCO level (below

200 mg/l).

* It is advised that fire drill using foam should be done inside the retaining areas after which the

waste can be treated as above.

12 – MANAGEMENT OF NON-CONFORMITIES

12.1 Operational incident

In the event of big volumes of hydrocarbons arriving in the interceptor, skimming must start

as soon as possible.

12.2 Analysis out of limits

In the event that the analysis results show an anomaly, the appropriate action should be

taken: * Establish the cause of the anomaly and correct it if possible * Register it the non-conformity in the depot records, specifying the elements analyzed, the

immediate actions taken and the corrective action. Join a copy of the analysis

result for record purposes.

The table below serves as a guide for diagnosing the anomalies and choosing the

corrective action to be taken. In case of doubt contact a knowledgeable source. Further

samples should be tested after corrective action to determine its effeteness.

13 – ARCHIVING

Certain documents should be kept at the depot.

- Laboratory analysis certicates of samples : 5 (five) years - Notes on follow up of the waste : FOREVER KEEP

Paramétrer non- conforming

Possible cause Corrective action

TPH, CDO, BDO Accidental spillage. Skimming, limit spillage.

CDO, BDO Use of detergents or soaps. Limit their use. Choose products more suitable.

CDO, BDO Use of foam. Limit their use. (see 11.2).

CDO Use of bactericides.. Limit their use, recover at source and treat or destroy

directly. Never put directly into the waste system.

CDO Presence of sea water. Analyse for chlorines. Ask laboratory to neutralise using

Mercury sulfate.

Ph Use of acid or basic products. Limit their use, dilute or neutralise.

TPH Heavy rain. Check the draining system is suitable for the interceptor.

Check that water from the retaining areas is treated separately.

TPH, CDO, BDO Tanks draining, moreover for unleaded

product. Recover the water at source and destroy or dilute it

before the waste system.

CDO, Works. Limit the pollution generated by works (mud, chemical products).

Page 209: O TERMINAL DE ARMAZENAMENTO MANUSEAMENTO E … · operaÇÃo do terminal de armazenamento, manuseamento e distribuiÇÃo de combustÍvel da beira plano de gestão ambiental ii operaÇÃo

TOTAL Moçambique

Departamento

Log. & Manut. INTERCEPTOR / SEPARATOR USE

DLM PG MZ 516

Révisão : 03

Pagína : 7/7

DLM PG MZ 516 Rev.03 - Interceptor separator use - 7/7

TPH, CDO, DCO Mechanical foam due the pumping by

centrifugal pumps.

Emulsions mécaniques dues au relevage des eaux par des pompes centrifuges.

Replace the pump causing the problem. Use volumetric pumps if possible.

Changer la ou les pompes responsables. Etudier la possibilité

d’utiliser des pompes volumétriques limitant les émulsions.

All parameter Problem in the interceptor. Clean the interceptor.

All parameters Sampling method not respected. Revise and explain the method and procedure to be

followed.