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Edição 05 OTROMBONE JORNALDO SINTUFEPE-UFRPE MAIO/2013 PublicaçãoOficialdoSindicatodosTrabalhadores dasUniversidadesFederaisdePernambuco SeçãoUFRPE-FiliadoàFASUBRA UFRPE diz NÃO a privatização dos Hospitais Universitários SINTUFEPE EXIGE DA REITORA UMA POSIÇÃO SOBRE O CUMPRIMENTO DO ACORDO DE GREVE p. 03 Pág. 02 Marcha a Brasília 24 de abril #EuVou Acompanhe os Informes Jurídicos Pág. 09 Direções do Movimento Sindical se reúnem na UFRPE Pág. 04 p. 03 Estamos diante de um momento singular. Na Europa a crise não acabou, a Primavera Árabe continua derrubando as ditaduras e no Brasil a inflação continua crescendo. Por outro lado, os movimentos vão às ruas dizer não a Pastor Feliciano. Além disso, organizam uma Marcha à Brasília fortalecendo as lutas pela anulação da previdência, contra o ACE e o fator previdenciário. Nós, do SINTUFPE/UFRPE, fazemos nossa parte. Contribuímos com uma intervenção na reunião da ANDIFES, na vigília na reitoria da UFRPE, no plebiscito da EBSERH, na realização do II Encontro de Mulheres do SINTUFEPE e participando da caravana no dia 24 de abril. Achamos que todas essas ações só sejam possíveis porque temos um sindicato centralizado pela base. Esse é nosso maior patrimônio, a unidade da categoria em torno da entidade. Acreditamos que esse seja o caminho, por isso, convocamos todos e todas a fazerem parte deste instrumento de luta, o seu sindicato. Filie-se e junte-se a nós A Direção Colegiada Editorial

O TROMBONE - Jornal Oficial do SINTUFEPE/UFRPE

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Confira agora mesmo a edição maio/2013 do jornal O Trombone.

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Edição

05

O�TROMBONEJORNAL�DO SINTUFEPE�-�UFRPE

MAIO/2013

Publicação�Oficial�do�Sindicato�dos�Trabalhadores�das�Universidades�Federais�de�Pernambuco

Seção�UFRPE�-�Filiado�à�FASUBRA

UFRPE diz NÃO a privatização dos Hospitais Universitários

SINTUFEPE EXIGE DA REITORAUMA POSIÇÃO SOBRE O CUMPRIMENTO

DO ACORDO DE GREVEp. 03

Pág. 02

Marcha a Brasília24 de abril #EuVou

Acompanhe os Informes Jurídicos

Pág. 09

Direções do Movimento Sindical se reúnem na UFRPE

Pág. 04

p. 03Estamos diante de um momento singular. Na

Europa a crise não acabou, a Primavera Árabe

continua derrubando as ditaduras e no Brasil a

inflação continua crescendo. Por outro lado, os

movimentos vão às ruas dizer não a Pastor

Feliciano. Além disso, organizam uma Marcha à

Brasília fortalecendo as lutas pela anulação da

previdência, contra o ACE e o fator

previdenciário.

Nós, do SINTUFPE/UFRPE, fazemos nossa

parte. Contribuímos com uma intervenção na

reunião da ANDIFES, na vigília na reitoria da

UFRPE, no plebiscito da EBSERH, na realização

do II Encontro de Mulheres do SINTUFEPE e

participando da caravana no dia 24 de abril.

Achamos que todas essas ações só sejam

possíveis porque temos um sindicato centralizado

pela base. Esse é nosso maior patrimônio, a

unidade da categoria em torno da entidade.

Acreditamos que esse seja o caminho, por isso,

convocamos todos e todas a fazerem parte deste

instrumento de luta, o seu sindicato. Filie-se e

junte-se a nós

A Direção Colegiada

Editorial

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Destaque

O SINTUFEPE/UFRPE realizou em conjunto com a

ADUFERPE e o DCE Odijas Carvalho, um plebiscito sobre a

Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) nos

dias 15 e 16 de abril na UFRPE. Essa foi uma ação nacional

convocada por várias entidades. O resultado não poderia ser

outro.

A comunidade da UFRPE disse Não ao projeto do Governo

Dilma Rousseff (PT) de privatizar os Hospitais

Universitários (HUs) e Hospitais das Clínicas (HCs).

Foram depositados 1.065 votos nas urnas, desse total, 34 votos

foram a favor da EBSERH, já o NÃO obteve 1.031votos.

A EBSERH é uma empresa dirigida pelo setor privado com

dinheiro público. Esse ataque do governo petista é mais uma ação

para sucatear ainda mais o Sistema Único de Saúde (SUS). Essa

empresa é também uma tentativa de legalização de uma Parceria

Pública e Privada (PPP) que fortalece na prática a ideia neoliberal

de colocar na lógica do mercado todos os serviços de necessidade

básica imprescindíveis para a população trabalhadora, como

saúde, educação, transporte etc.

Apesar dessa proposta – ainda – não atingir o Hospital

Veterinário (HV), isso já é um grande passo para privatização do

HV, principalmente se for modificado o papel social dele que

hoje é de Hospital Escola. É preciso resistir.

O dia 24 de abril foi de muita luta para os mais de 20 mil trabalhadores e trabalhadoras de todo o país que se uniram para lutar contra os ataques do governo aos direitos trabalhistas. Foram cinco quilômetros de percurso e a manifestação se encerrou no Congresso Nacional. Entidades de todo o Brasil participaram do ato. Como uma entidade combativa, o SINTUFEPE/UFRPE também foi representado neste dia histórico. Entre as reivindicações do ato, os manifestantes pediam a anulação da reforma da previdência de 2003 aprovada com o dinheiro do mensalão, reforma agrária,

mais verba para a saúde e educação e contra o Acordo Coletivo Especial (ACE). Ganhou destaque também o beijaço coletivo realizado por estudantes ligados à ANEL em protesto ao deputado Marcos Feliciano.“Estamos em mais uma marcha contra a política econômica do governo do PT, que massacra os trabalhadores. É uma política feita para banqueiros, latifundiários, enquanto para nós só resta o arrocho salarial. Estamos aqui, unidos aos movimentos dos sem terra, sem teto, donas de casa, estudantes, servidores públicos federais”, afirmou Luciano Francisco, coordenador administrativo e financeiro do sindicato. E acrescentou: “É um governo que trabalha apenas para o capital. A luta não para, pois enquanto houver capitalismo devemos partir pra cima desse sistema”. Luciano aproveitou o momento para falar a respeito do Plebiscito Nacional sobre a EBSERH, onde mais de 60 mil pessoas disseram NÃO à privatização dos hospitais universitários.Entidades de todo o Brasil, seja do campo e da cidade, servidores públicos, professores, estudantes, aposentados, homoafetivos e vários outros grupos realizaram um dia de muita luta na cidade de Brasília. O objetivo era mostrar para o governo Dilma (PT) que a sociedade não está satisfeita com os abusos cometidos contra ela e que não vai ficar parada diante disso, esperando acontecer.

Comunidade da UFRPE dizem NÃO à privatização dos Hospitais Universitários

SINTUFEPE/UFRPE vai a Brasília lutar contra a política adotada pelo governo Dilma (PT)

Jornal Nº 05 - Maio/2013 - www.sintufepeufrpe.org.br

No dia 01 de maio de 1886, milhares de trabalhadores e trabalhadoras protestavam em Chicago (EUA) contra as condições desumanas de trabalho e pela redução da jornada de trabalho de treze para oito horas. Nesse dia iniciou-se uma greve geral no país. Infelizmente, durante os dias de protesto, muitos morreram nos confrontos. E foi a partir desta data de luta e de luto, que a Segunda Internacional Socialista proclamou o 1º de Maio como o Dia do Trabalho. No Brasil, a data veio se consolidar no ano de 1924, no governo de Artur Bernardes. O SINTUFEPE/UFRPE não poderia deixar de lembrar esse momento tão importante para o trabalhador e trabalhadora que ajudam a construir um país melhor. Parabéns, guerreiros e guerreiras!

1º de Maio – Um Dia de Luta, um Dia do Trabalhador

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Sintufepe em ação

O

dia 19 de março foi mais um dia de luta para os técnico-administrativos em educação das IFES de todo o Brasi l . O SINTUFEPE/UFRPE fez a sua parte realizando uma vigília durante toda a manhã no hall da reitoria da universidade. O Dia Nacional de Luta em Defesa e pela Valorização da Carreira foi convocado pela Fasubra com o objetivo de realizar atos nos estados e mobilizar a categoria em ações nas reitorias para cobrar do governo o cumprimento integral do acordo de greve de 2012 para os servidores aposentados. De acordo com Luciano Francisco, coordenador administrativo e financeiro do sindicato, é necessário reagir contra mais este ataque. “Mesmo depois de toda luta que travamos no ano passado, ainda precisamos ir às ruas protestar e participar de caravanas, pois o governo do PT não tem compromisso com os trabalhadores do Brasil”, disse. Luciano também convocou os servidores para a Marcha Nacional a Brasília, no dia 24 de Abril. O ato contou com a presença da Chapa 2, Mais Vale o que Será, eleita nova diretoria do DCE da UFRPE.

Aproveitando a ocasião, Sérgio Fidelis, técnico-administrativo da instituição, falou sobre a importância da participação dos estudantes nesta luta. “Essa é uma batalha de toda comunidade acadêmica. E enquanto servidores, convidamos os estudantes a se juntarem com a gente nesta mobilização”, afirma. E acrescentou: “O objetivo do governo quando nega o cumprimento do acordo é desestabilizar a categoria e enfraquecer os sindicatos. A nossa carreira está sendo destruída com a supressão de direitos e isso não pode acontecer”. O momento também foi de solidariedade. Os participantes da vigília aproveitaram para fazer um minuto de silêncio para o companheiro da base de Pernambuco, Marcos Ribeiro, da UFPE. Marcos faleceu na manhã do dia 07, vítima de um infarto fulminante horas depois de ter participado da Marcha Lilás, quando já se encontrava no hotel. A homenagem também foi prestada a Maria Alves da Silva, outra vítima de infarto. Maria era moradora de Goiânia e integrante da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST). Logo após o ato, Fernando Revoredo, coordenador de Comunicação e Imprensa, fez a entrega de um documento para a reitora Maria José, solicitando o apoio na luta pelo cumprimento do acordo.

SINTUFEPE/UFRPE Cobra da Reitora Apoio na luta pelo cumprimento do Acordo de Greve

Reunião com o Ministro da Educação (Fonte: FASUBRA) A Fasubra Sindical foi recebida no dia 20 de março, em reunião na sede do Ministério da Educação (MEC), pelo ministro Aloizio Mercadante, com o qual tratou do cumprimento integral do acordo de greve, atividades dos grupos de trabalho e perseguição a sindicalistas da base da federação. A reunião discutiu sobre a situação dos aposentados e a diferença de compreensão entre governo e FASUBRA na aplicação do acordo de greve. A federação expôs a resistência ao reconhecimento e implantação plena dos pontos referentes à capacitação e qualificação dos aposentados, referentes a cursos feitos quando estes estavam na ativa, e a recusa em receber protocolarmente os processos dos aposentados, fazendo-se necessário o encaminhamento para as IFES dos processos pelos Correios com AR, para documentação jurídica de recebimento dos mesmos.Governo alegou dificuldade para efetivar por receio de caracterizar direito que possa ser reivindicado por trabalhadores de outros órgãos/carreiras, bem como desconhecimento do impacto financeiro, mas a Fasubra salientou que tal procedimento já é adotado em outras negociações, como dos servidores da Cultura; que não é sustentável a visão de que aposentado não é servidor; e que o impacto financeiro é mínimo, mas que o central da discussão é a credibilidade do processo negocial. O ministro da Educação assegurou que todas as IFES serão orientadas a receberem os processos, para configurar a data de entrada dos pedidos e o possível início da vigência dos impactos financeiros, mas que isso não significa acordo do MEC e MPOG com o pleito. O Governo estabeleceu prazo de 30 dias para que eles possam fazer o levantamento do quantitativo de pedidos e do impacto financeiro da medida em todas as IFES, sem, no entanto, empenhar garantias no atendimento do pleito. Mais uma vez a Fasubra reforçou a necessidade de empenhar credibilidade ao processo negocial e ao acordo de greve estabelecido, e ficou acordada uma reunião para tratar sobre esta temática no prazo de 30 dias.

O SINTUFEPE/UFRPE participou de uma vigília na reitoria durante toda manhã do dia 19 de março.

Jornal Nº 05 - Maio/2013 - www.sintufepeufrpe.org.br

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Sintufepe em ação

Governo se recusa a implementar os anexos III e IV no que se refere aos aposentados e pensionistas

A direção colegiada do Sindicato dos Técnico-Administrativos da UFRPE aproveitou sua intervenção na reunião ordinária especial da Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), realizada na instituição, para fazer a entrega de um documento que solicita o apoio da entidade na luta pelo cumprimento do acordo de greve. O ofício que foi entregue ao presidente da Andifes, Reitor Carlos Edilson (UFPA), pede a colaboração da Associação na luta para o cumprimento integral do acordo resultante do processo negocial, que ocorreu durante a greve de 2012. O documento esclarece que o governo se recusa a implementar os anexos III (Progressão por Capacitação Profissional) e IV (Incentivo à Qualificação), no que se refere aos aposentados e pensionistas. Fernando Revoredo, coordenador de Comunicação e Imprensa do SINTUFEPE/UFRPE, aproveitou o momento para agradecer a oportunidade cedida ao sindicato e salientou a importância da participação dos reitores nesta batalha. “Convidamos a todos e todas, não só como reitores, mas como parte integrante de nossa comunidade acadêmica a engrossar essas fileiras e exigir que Dilma e Mercadante cumpram com sua palavra implantando na integralidade o acordo de greve de 2012”, disse.“É uma lástima termos que reivindicar algo que já foi acordado e não cumprindo. É dessa forma que encaramos a nossa luta pela implementação da lei de greve no nosso PCCTAE. Mais absurdo ainda é o ataque que o governo Dilma do PT faz aos aposentados quando lhes nega a implementação de seus títulos no plano de cargo e carreira”, complementou Revoredo. O sindicato também chamou a atenção para a perigosa intenção do governo petista de querer jogar nossos aposentados na folha do INSS.O documento ressalta que o referido acordo de greve passou a vigorar para os Técnico-administrativos em atividade a partir de janeiro de 2013, o que acaba causando uma quebra de paridade entre ativos e aposentados, uma conquista mantida com muita luta pela Federação e Sindicatos.

SINTUFEPE/UFRPE entrega documento para Andifes solicitando apoio na luta pelo cumprimento do acordo de greve

Primeira reunião do Conselho Fiscal

Aconteceu na manhã da última terça-feira (16) na sede do Sindicato a primeira reunião do Conselho Fiscal (CF). Este é o órgão responsável pela fiscalização do patrimônio do Sindicato. Cabe ao conselho dá o parecer sobre a prestação de contas da entidade. Os conselheiros foram eleitos pelo voto direto da categoria.Essa primeira reunião do CF foi para dar início aos tramites legais que regem o conselho e a entidade. Primeiro foi eleito o Presidente, Mozart Siqueira, e o Relator, Sérgio Fidelis. Na sequencia os presentes prepararam os documentos oficiais que solicita a prestação de contas do SINTUFEPE para analise.

Ainda foram debatidas questões como a Marcha à Brasília e o Seminário de Diretoria do sindicato.Para Mozart a importância do funcionamento do conselho é fundamental para democracia na entidade “o conselho fiscal é mais uma ferramenta que nosso sindicato usa para manter a maior transparência e democracia na organização da nossa categoria”.Já o Relator, Sérgio, fez uma avaliação da reunião “para uma primeira reunião até que foi muito produtiva, pois além de eleger o presidente e o relator, conseguimos organizar toda a papelada necessária para começarmos a trabalhar e ainda discutimos temas importantes com a marcha e o seminário de diretoria”.

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Sintufepe em ação

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Entrevista

JT – Como você tem v i s t o a política do g o v e r n o P e t i s t a c o m

relação à reforma agrária?SF – Para começar vejamos os n ú m e r o s d e d e c r e t o s desapropriatórios. Em oito anos do Governo de FHC nós tivemos aproximadamente 3.500 decretos, com um total de área desapropriada de 10 milhões de hectares. Já no Governo Lula foram 1.800 decretos com uma área de 4 milhões. E o governo Dilma, nesses dois anos, tem apenas 76 decretos, ficando acima apenas do Governo Collor. Tudo isso de acordo com o site da Associação Brasileira Reforma Agrária. Esses números já falam bastante.

JT -Por que você acha que houve essa redução nos números?SF - Isso é uma opção política, pois reforma agrária ou a gente faz ou não faz, e o governo do PT decidiu não fazer. Ele (PT) escolheu um lado e não foi o dos sem terra, vejamos a Medida Provisória 422/2008, ela aumenta de 10 para 15 módulos fiscais a quantidade de terras públicas que podem ser vendidas sem licitação. O que vai contra ao artigo 188 da constituição, que determina que as t e r r a s p ú b l i c a s d e v e m s e r compatibilizadas com a reforma agrária. Essa medida só facilita a legalização das terras griladas dos latifundiários, ou seja, essa MP não favorece aos trabalhadores rurais. E isso é uma investida contra a reforma agrária.

JT – Como é possível um governo fazer isso e não haver reação dos movimentos?SF - Dois fatores ajudam muito. O primeiro é o apoio da grande imprensa, principalmente a Globo. A grande propaganda da mídia foi transformar os assentados nos grandes culpados pelos desmatamentos. O segundo fator, e de grande peso, foi a cooptação das lideranças dos movimentos sociais e do campo para o MDA (Ministério da Agricultura) e o INCRA. Para se ter uma ideia, a principal bandeira dos companheiros do INCRA e do MDA foi pela abertura de um concurso público para contratação de mais de três mil trabalhadores, porque apenas 28% do quadro de funcionários é concursado, o restante é cargo comissionado e, grande maioria, vem dos movimentos. Isso enfraquece a luta.

JT – O Bolsa Família exerce alguma influência nesse quadro?SF - Sim, sem dúvida. Eu defendo um Bolsa Famíl ia como medida emergencial para matar a fome de quem tem fome, mas o PT nesses 10 “aninhos” institucionalizou a compra de voto e a cooptação das lideranças com o Bolsa família. E esse foi um programa que serviu também para estagnar a reforma.

JT – Como você explica essa c o n t r a d i ç ã o : g o v e r n o d o s trabalhadores sem reforma agrária para os trabalhadores?SF - Na verdade não há contradição, porque não temos um governo dos trabalhadores. O que temos é um governo de composição com vários partidos de direita que sempre estiveram no poder, inclusive na ditadura militar. Mas não podemos deixar de dizer que o PNA (Política Nacional de Abastecimento) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) , são projetos muito interessantes, porém não tem investimentos a sua altura.

JT – Diante desse contexto qual a importância do debate?SF - A importância do debate sobre a reforma agrária passa pelo resgate das bandeiras históricas do movimento

social. E os companheiros e companheiras que estão no governo precisam engrossar as fileiras dos movimentos que ainda continuam lutando ou assumir logo que é do governo e parar de fazer esse meia culpa e dizer que é contra a reforma

agrária. O que não dá é ficar realizando o abril vermelho sem nenhuma reivindicação, acho justo lembrar os companheiros mortos em El Dourado dos Carajás. Mas eu acho que é a hora de vir à tona uma luta contra o governo do PT, que não fez nada pela reforma agrária, assim como muitas outras bandeiras dos trabalhadores.

A equipe do Jornal O Trombone entrevistou nessa edição Sérgio Targino Fidelis, agrônomo – formado pela UFRPE - e atualmente trabalhador da casa e membro do Conselho Fiscal do SINTUFEPE/UFRPE. Sérgio conhece bem sobre reforma agrária, pois vem do Assentamento Nova Vida de Pitimbu, na Paraíba. Então, o assunto não podia ser outro: reforma agrária e os 10 anos do PT à frente do Governo Brasileiro. As declarações são claras. Pouquíssimo avançou na reforma agrária nesses 10 anos.

“O PT nesses 10 “aninhos”

institucionalizou a compra de voto e a

cooptação das lideranças com o Bolsa família”

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Sintufepe em ação

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CulturaArtes Plásticas

Dica

Nossos PoetasJeims Duarte e o Caos do Grande Recife

A g r a n d e i n s p i r a ç ã o para o artista p l á s t i c o Jeims é o caos d a R e g i ã o Metropolitana do Recife ( R M R ) . Apesar de ser na tu r a l de J o ã o Pessoa/PB, é m a i s conhecido como artista recifense, exatamente pela influência que a cidade exerce sobre suas obras. A nova exposição de Jeims vai fundo na reflexão sobre a condição urbana, a ideia de metrópole e os embates do dia a dia que existem nos grandes centros urbanos. O título “RMR – Região Metropolitana Randômica” é baseado na sigla RMR referente à região do grande Recife.A exposição acontece na Casa do Cachorro Preto, no Sítio Histórico de Olinda e vai até o dia 26 de maio deste ano, com visitações de quinta a domingo, das 16h às 21h. Com 30 quadros e cinco instalações, Duarte propõe a sua imagem mental do Recife que envolve diversas técnicas.

Valmir JordãoNascido em Recife, Pernambuco, é escritor e performer. Participou de vários movimentos literários em Recife, desde 1979, na época do casarão 7, Livro 7, nos tempos áureos do Beco da Fome e do DCE-UFPE na Rua do Hospício.

É integrante do grupo de poetas boêmios; Erickson Luna, Chico Espinhara (in memorian), Jorge Lopes, Hector Pellize, Heloísa Bandeira, Luiz Carlos Monteiro, Lara, Fred Caminha, Celso Mesquita, Wilson Vieira, Joca de Oliveira, Marcelo Mário Melo, Xico Sá, etc. Seus trabalhos circulam no meio sindical, estudantil e popular.

Na década de 90, fez recitais no Espaço Antropófago com Ivan Maia, Carlos Carlos, Marta Braga, Miró, Sílvio Romero, Humberto Felipe, Ivan Marinho, Samuca e Jomard Muniz de Brito. É formado em sociologia pelo ITER-PE, participou de oficinas de Hai Kai com Alice Ruiz, de contos com Marcelino Freire.

Livros Publicados: Sobre Vivência - Ed. Pirata – 1982; A Sinfonia dos Dois Mundos (cordel) ITER/FAFIRE – 1984; Anartistas in Nuliverso – Festinverno UNICAP – 1988; Antípoda – Ed. Escalafobética – DCE/UFPE – 1990; Conselho Tutelar, Um Instrumento de Cidadania – COMDCA-1995; POE MAS - Ed. Escalafobética – Espaço Pasárgada – 1999; POE MAS – Ed. Escalafobética – SINDSEP/PE – 2002; Sempre Una pelo Rio Una – FASE/OXFAM - 2004; Haikais, Poemínimos e Senryus (textos da oficina - org. Alice Ruiz – FCCR -2007; Hai Kaindo na Real & Outros Poemas – SINTTEL/PE – 2008.

Fonte: Banco Cultural

Ah, Recife

Valmir Jordão

Dizem os bardos que uma cidadeé feitade homens,com várias mãoseo sentimento do mundo.Assim Recife nasceu no caisde um azul marinho e celestial,onde suas artérias evocam:Aurora, Saudade, Concórdia,Soledade,União, Prazeres, Alegria e Glória.Mas nos deixa no chão,atolados na lamade sua indiferença aluviônica:a ver navios com suas hordasinvasorase o Atlântico como possibilidade de saída...

“METAFÍSICO

Na saída dum chato,é que percebe-se

a presença de espírito”.

O Museu de Armas Castelo São João foi criado pelo colecionador pernambucano Ricardo Brennand, que há mais de cinqüenta anos vem adquirindo obras de arte das mais diferentes procedências e épocas, cobrindo um espaço de tempo entre os séculos XV e XXI, com peças provenientes da Europa, Ásia, América e África. Essas obras de arte estão reunidas em coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário. Essas obras de arte estão reunidas em Coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, com destaque para a maior coleção privada do pintor holandês Frans Post, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário.

InformaçõesHorário: terça a Domingo, das 13h às 17h.Entrada: R$ 15,00 (inteira)R$ 5,00 (Estudantes, Professores e Idosos acima de 60 anos com documentação comprobatória). Obs. Crianças até 7 anos gratuito.Telefones: [81] 2121.0352/0365

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7Jornal Nº 05 - Maio/2013 - www.sintufepeufrpe.org.br

Nacional e Internacional

Inflação consome o bolso do trabalhador

Definitivamente o tomate é o ator principal do novo capítulo da novela do governo do PT. Com um reajuste acima de 300%, em algumas cidades, o quilo tomate chega a ser mais caro que o quilo do frango. Apesar deste item ter uma alta muito grande, ele não foi o único que mexeu no bolso do trabalhador. A classe trabalhadora

está vendo que ir ao mercado está cada vez mais caro. O salário acaba e não dá pra comprar tudo que precisa. Com uma inflação acumulada em um ano, o tomate aumentou, em média, 122% e a farinha de mandioca 151%. Só no mês passado o preço da cebola aumentou 21%, do açaí 18%, da cenoura 14% e do feijão 9%.

A grande contradição é que essa inflação veio acompanhada do fato do Brasil registrar a maior colheita com a produção de 184 milhões de toneladas de produtos agrícolas, 10% maior que o ano passado. O problema é que ela é produzida em larga escala para exportação, aumentado o lucro do Latifúndio e a Grande Agronegócio. A consequência é o sufocamento do pequeno produtor rural. Esses sim, estão felizes com a atual alta na inflação.

#Fora Pastor Marcos Feliciano!!!

Nos últimos dias vimos várias manifestações, protestos e atos que tomaram as ruas e as redes sociais contra o Pastor Marcos Feliciano assumir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM). Foram várias capitais como: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Natal, Porto Alegre e Salvador que se levantaram. Feliciano é um deputado conhecido por frases machistas, homofóbicas e racistas.

Entre algumas pérolas temos, “nem todos os africanos são amaldiçoados, porque também tem brancos lá”, ou “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição” e que “a união homossexual não é normal”. Com essa contradição o fato obteve repercussão por todo o mundo. Comunidades de brasileiros fora do país, como Argentina, França, Inglaterra e Suécia realizaram protestos que tinham como ponto final as embaixadas brasileiras.

Todo esse cenário só foi possível porque o Governo Dilma (PT) faz um jogo duplo. Nesse jogo duplo só quem perde é o Movimento LGBT. Para o movimento mostra um discurso bonito, um verdadeiro canto da sereia, que não passa de promessas sem desdobramentos reais. Por outro lado, pressionada pela bancada homofóbica, o governo titubeia e recua na implementação da

nossa pauta dos LGBTs só para não contrariar a base aliada no Congresso Nacional, pois ela garante sua "governabilidade" e a implementação de suas principais medidas econômicas.

O SINTUFEPE defende a liberdade religiosa e a liberdade de expressão, mas não pode permitir nenhum tipo de opressão, por compreender que o ser humano tem direito sobre sua existência e que essa mesma opressão só favorece os opressores e exploradores. Por isso, o sindicato se soma às várias vozes que gritam pelo país: #PASTOR MARCOS FELICIANO NÃO ME REPRESENTA.

Morre a “Dama de Ferro”No último dia 8 de abril, faleceu a ex-primeira ministra britânica Margaret Hilda Thatcher. A “Dama de Ferro” ficou conhecida por ser a primeira mulher (até agora) a ser eleita primeira-ministra do Reino Unido, governando entre os anos 1979 e 1990.

Contudo, para os trabalhadores ingleses a lembrança que fica é da mulher que implantou o neoliberalismo e legalizou a c r i m i n a l i z a ç ã o d o s m o v i m e n t o s . A l é m d a s privatizações, Thatcher liderou a guerra das Malvinas, colônia que a Inglaterra mantém até hoje na ilha da Argentina.

Entre os anos 80 e 90, a política do neoliberalismo tornou-se hegemônica. Esse modelo influenciou os governos na América Latina, como Augusto Pinochet, ditador do Chile e no Brasil, por Fernando Henrique Cardoso, responsável pelas grandes privatizações – até o momento – no país.

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Movimentos

No dia 04 de abril a chapa “Mais Vale O Que Será” tomou , posse no Diretório Central dos Estudantes da UFRPE. O evento aconteceu no auditório audiovisual do CEGOE, às 19h, contando com a presença de várias entidades como ADUFEREPE, Sindicato dos Professores do Recife, ANEL, SINTUFEPE, CSP-CONLUTAS, PSTU e PCB.O SINTUFEPE/UFRPE foi representado por Sérgio Targino, membro do Conselho Fiscal do sindicato. Em sua intervenção ele fez questão de ressaltar a importância da

juventude na luta dos trabalhadores da instituição, “vários foram os momentos que essa juventude aqui presente ajudou a construir as lutas dentro de nossa universidade, haja vista a última greve em 2012, por isso é muito importante estarmos aqui para saudar essa nova diretoria do DCE”.O presidente da ADUFERPE, José Nunes, foi representando o sindicato e na ocasião declarou apoio político à nova gestão que assume a direção do DCE, “assim como os professores da Rural, os estudantes viram na greve de 2012 quem eram os verdadeiros lutadores e lutadoras da UFRPE, somos resultados de uma mesma política e nada mais justo que declarar apoio a essa gestão”.Claudia Ribeiro, diretora de comunicação do SIMPERE, aproveitou a ocasião para ressaltar a importância da nova gestão na direção do DCE. “Para nós, professores do Recife e filiados à CSP-CONLUTAS, sabemos a importância de entidades como o DCE da UFRPE passar para o lado das lutas, isso se soma a lutadores e lutadoras que sonham com um mundo melhor”.Para o sindicato é uma grande oportunidade participar de eventos como esse, pois além de estreitar os relacionamentos com entidades combativas e de luta, é possível exercer a solidariedade de classe.

Na tarde da terça-feira (09), o Sindicato dos Docentes, dos técnico-administrativos e o Diretório Central dos Estudantes da UFRPE se reuniram em torno do Plebiscito sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Os presentes discutiram realizar uma atividade unificada contra a EBSERH. Para Feliciano Espinhara, coordenador geral do SINTUFEPE/UFRPE, é preciso unificar as categorias diante dos ataques do Governo Dilma (PT), “nós, como direção, temos o dever de unificar as categorias aqui na Rural. Precisamos juntar as forças para combater esses ataques do governo petista e a bola da vez é a luta contra EBSERH”.

O diretor de formação política da ADUFERPE, Argus Almeida, ressaltou a possibilidade da privatização chegar à UFRPE: “Temos que lutar, mesmo que a nossa universidade não seja atingida pela EBSERH no momento. Primeiro porque nossa luta é nacional pela valorização do SUS e dos HUs, mas também porque a implantação da EBSERH abre precedentes”. O representante dos estudantes, André Pajeú, declarou total apoio à luta contra a privatização dos Hospitais públicos. “Nós estudantes sabemos da importância da luta pela saúde pública em todos os âmbitos, a EBSERH é definitivamente uma política privatista que vem para prejudicar o SUS”, afirmou.Apesar de a reunião girar em torno do plebiscito sobre a EBSERH, outros temas estiveram presentes como: uma comissão da verdade na UFRPE e Marcha à Brasília, do dia 24 de abril.Essa reunião marca o início de uma nova época no movimento sindical dentro da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

Direções do Movimento Sindical se reúnem na UFRPE

SINTUFEPE/UFRPE marca presença na posse do DCE da Rural

Jornal Nº 05 - Maio/2013 - www.sintufepeufrpe.org.br

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Espaço Jurídico

No último dia 15 de março, a gestão Sindicato é Pra Lutar teve uma importante vitória que tem reflexo direto nas finanças da entidade. Através do Departamento Jurídico, o sindicato entrou com um procedimento administrativo junto à Secretaria da Fazenda do Estado (SEFAZ) para assegurar a imunidade tributária estabelecida pela constituição Federal, ou seja, isenção do Imposto sobre Propriedade Veículos Automotores (IPVA), junto ao DETRAN, referente aos carros do sindicato.

O reflexo dessa vitória poderá ser sentido nas finanças, pois agora o sindicato poderá utilizar os aproximadamente R$ 3.500,00 – pagamento referente ao IPVA da Splint e da Dublô – na luta dos trabalhadores.

Para Amil Edardna, diretor jurídico, essa vitória se estende até o SINTUFEPE da UFPE, “com o resultado desse procedimento, a isenção do IPVA será estendida para os companheiros da Federal, uma vez que o beneficio é pelo CNPJ, e no nosso caso é o mesmo CNPJ. Ficamos felizes duas vezes, primeiro porque vamos economizar em nosso sindicato e de tabela podemos ajudar os nossos camaradas da UFPE”. E concluiu ressaltando a importância dos objetivos alcançados: “É preciso tratar as coisas do sindicato com muito zelo, pois é um bem coletivo de todos os trabalhadores e trabalhadoras da Rural. E a nossa gestão, Sindicato é Pra Lutar, tem consciência disso.”

A diretoria do Sintufepe Seção Sindical UFRPE mostra mais uma vez que é importante perseguir os direitos da classe trabalhadora, principalmente os direitos conquistados. Esse é mais um exemplo de que quando se tem uma gestão compromissada com sua categoria e sua base confia em sua direção as conquistas sempre são positivas.

INFORME Nº01A coordenação Jurídica convoca os técnico-administrativos que possuem processos jurídicos advogados pelo sindicato. Esse pedido é mais uma ação de atualizar principalmente os endereços e os telefones dos autores para que sejam facilmente localizados no momento de informar o andamento de sua ação.

Por isso, o SINTUFEPE convoca a todos e todas a irem até o sindicato para atualizarem seus dados importantes para você e para entidade.

INFORME Nº 02 O SINTUFEPE Seção Sindical UFRPE irá criar uma lista de devedores no departamento Jurídico que será chamada de Cadastro de Devedores do Sintufepe (CDS). Estarão nesse cadastro os filiados ou não filiados que não pagaram os valores referentes ao percentual do sindicato e ao advogado, conforme os percentuais aprovados em assembleia convocada para este tema.

Caso os pendentes não acertem seus débitos com o Sindicato não poderão ser representados pela entidade, não só pela questão financeira como jurídica, pois os juízes não acatam representação do sindicato em caso de dividas jurídicas.

Mais uma Vitória do SINTUFEPE/UFRPE

Informe Jurídico

Jornal Nº 05 - Maio/2013 - www.sintufepeufrpe.org.br

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Formação

Do Camarada Espinhara

Ganhei um livro de José Maria de Almeida, que versa sobre a burocratização dos sindicatos, lembra derrocada do Sindicalismo burocráticos no período 1978 a 1984 e a ascensão do novo sindicalismo que deu origem ao surgimento da CUT, uma central na época combativa e com viés socialista e internacional, por ter uma concepção de que todos trabalhadores do mundo sofrem da mesma exploração do patrão, combatendo políticas neoliberais de governos que retiravam os direitos dos trabalhadores. Hoje o que prima a maioria das diretorias dos sindicatos é o processo de burocratização, diretorias de sindicatos que não são controladas pela base, e com a eleição de um governo "dito dos trabalhadores" que calou a maior Central Sindical da America Latina ( CUT ) e muitos sindicatos, muitas outras instituições burocráticas e pelegas foram sendo criadas como CTB, FORÇA, para d iv id i r e der ro tar os trabalhadores, exemplo cito a foi parte de nossa federação que se rende aos caprichos do governo traindo os trabalhadores, e junto com o Proifes dos professores detonam o fórum dos SPFs (servidores públicos f e d e r a i s ) . Tivemos muitas lutas importantes nesse país, como a campanha das diretas que derrotou o regime militar, o Fora Collor onde derrubamos na rua um governo eleito pelo povo, após todos os ataques neoliberais e o esquema de corrupção conseguimos nos reagrupar mesmo assim foi eleito um governo corrupto e neoliberal do PSDB, e agora infelizmente temos que enfrentar ex-dirigentes sindicais que foram cooptados pelo estado tendo a frente o PT, partido que se atrelou os trabalhadores a burguesia, banqueiro e a planos de arrocho salarial, retiradas de direitos e privatizações como o EBSERH e o fim da integralidade na aposentadoria do servidor público . Nessa contradição das lutas pós- ditadura militar é que nasceu o SINTUFEPE ESTADUAL, que foi fundamental para organização dos técnicos administrativos das Universidades Rural e Federal de Pernambuco, no entanto também no seio do sindicalismo combativo na época, surgiram vários vícios, a partir do que o dirigente sindical adquire na administração e no trato com o patrimônio da entidade. Ao longo do tempo e no meio das lutas, vimos tentando através de estudos seminários cursos, seja para Direção ou base eliminar esses vícios burocráticos, mas é uma luta permanente.

No seio do movimento sindical esse processo hoje tem se agravado, no SINTUFEPE existe uma luta contra a burocratização do sindicato, queremos agora eleger os delegados de base e avançar na formação sindical, negar aumento de ajuda de custo como complemento salarial, tirar os privilégios de alguns e começar a fazer os trabalhos por Organização por Local de Trabalho (OLT).

Muitos sindicatos têm dirigentes liberados e isso é uma conquista da categoria, pois precisamos de liberação do trabalho para realizar encontros, administrarmos o sindicato, organizar assembleias, escrevermos para os boletins, reuniões nacionais e atos convocados pela FASUBRA etc. No entanto, essa liberação pode virar um privilégio quando é utilizado não para a categoria e sim para suas atividades pessoais, por isso esses dirigentes sindicais devem ter a consciência que tal privilégio a base não tem , acho que deve-se usar essa liberação em prol da educação sindical da base com formação de novos quadros do movimento, de visita a base nos locais de trabalho,

escutar suas reivindicações, informá-la etc. A base, portanto tem que ter o controle das atividades desses dirigentes e do sindicatos, para isso é fundamental

que a categoria participe de todos os fóruns do sindicato.assembleias,

seminários, encontros etc. com isso temos que dá o bom combate indo até a base fazendo reuniões setoriais, cursos sobre vários temas sejam de política sindical, financeira, crise mundial do capitalismo. O respeito as organizações partidárias que atuam na classe trabalhadora, mas garantindo a autonomia do sindicato em relação aos partidos. Devemos sim discutir e intervir na política do país, da universidade entre outros, pois a política pode ser contra ou a favor dos trabalhadores. E quando essas políticas estão voltadas para o patrão sofremos até quando nos aposentamos, pois são os primeiros a serem excluídos das políticas dos governos, como a recente medidas do governo Dilma, além dos aposentados as mulheres, os homossexuais, os negros são os mais afetados. Por isso defendemos que a liberação sindical tem que está para a luta diária e nunca para privilégio dos diretores liberados, tem que aproveitar essa liberação para se qualificar politicamente para varrer de dentro das fileiras sindicais, toda ou qualquer burocracia.Vamos lutar juntos para fazer das liberações uma luta constante contra nós mesmos e combater toda forma de burocratismo dentro do Sindicato, com uma política voltada para captação dos novos valores políticos que estão entrando na nossa instituição com formação de quadros e com unidade na luta com outras entidades.

Sobre Liberação do trabalho de Diretores do Sindicato

JORNAL O TROMBONE - Informativo do Sindicato dos Trabalhadores das Universidade Federais de Pernambuco seção UFRPE,Rua Dom Manoel de Medeiros, S/N, Dois Irmãos - Recife, CEP.:52.171-030. Telefone 3302-1949/1945. Site: www.sintufepeufrpe.org.br - E-mail:[email protected]. Gestão Sindicato é pra Lutar, Coordenadores Gerais Feliciano Espinhara e Fernando Luiz; Coordenador Assuntos Jurídico Amil Edardna; Coordenação de Políticas para Mulheres Alessandra Primo; Coordenação de assuntos de Aposentados e Pensionistas Durval Batista; Coordenador de Formação Política e Sindical Inaldo Nogueira; Coordenadores de Política Sociais, Esportiva e Saúde Erivania Cavalcanti e Heitor Barros; Coordenadores Administrativo e Financeiro Luciano Francisco e Roberval Ferreira; Coordenador de Comunicação e Imprensa Fernando Revoredo. Suplentes: Suely Ferreira, Rosália Ferreira, Amadeu Bezerra, Antônio Pedro, Arnaldo Almeida. Piquete Assessoria de Comunicação Sindical, Jornalista Cris Sobral, Projeto Gráfico Janaina Oliveira, Fotografo Filipe Godin e assessor de comunicação Sérgio Gaspar.

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