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 1. INTRODUÇÃO O fe nômen o da con ver gência mid iática pro por ciona à int ernet o tulo de  plataforma-base para o armazenamento e distribuição de informação. Na world wide web (rede de alcance global), o conteúdo informativo é produzido, formatado, publicado e divulgado em diversos formatos - textos, vídeos, arquivos de som, imagem, entre outros. Vo lt ado s par a púb li cos di fer ent es, e com obj et iv os di ver sos , os ni chos de comunicação vivem em contínua evolução e re-invenção. Seguindo esse princípio, foi apresentado ao internauta , na última década, um modo simples e breve de se comunicar: o microblogging. Segundo Gabriela da Silva Zago, jornalista e profissiona l do direito, a utilização dos microbloggins com o fer ramentas jor nal ísticas te m se co nso li dad o, gra ças à versatilidade do sistema de publicação. A troca de mensagens se dá ao mesmo tempo em que os fatos acontecem, configurando algo próximo às práticas de jornalismo em ambientes móveis. (ZAGO, 2008) O Twitter - um exemplo da ferramenta microblogging e também o pioneiro do gênero - é o foco de análises desta pesquisa, por sua popularidade entre o público geral, e entre os profissionais da área de comunicação, principalmente os jornalistas. Esses que, de acordo com os princípios da Web 2.0, propõem a utilização do Twitter como uma ferramenta de difusão de informações. 1.1. Microblogging  Microblogging é uma ferramenta online de publicação livre (RECUERO, 2009, p. 12). É considerado uma versão simplificada do 'blog' , seu percursor, ao qual o nome faz referência. Para utilização do blog, o usuário conta com uma  plataforma conversora na qual transcreve textos e codifica imagens. Vídeos, arquivos de som, links e outros tipos de complementação à notícia podem ser  p ub licados at ra s de sites de ho sped ag em - ge ra dores de códigos qu e  possibilitam 'embutir' o conteúdo na postagem do blog . A diferença entre o blog e o microblogging é a liberdade de espaço e a mob il ida de . En qua nt o o blog co mp orta postagens de ta ma nho livre, os microbloggings delimita m as entradas a 140 caracteres (pode variar até 200). 4

O Twitter como ferramenta jornalística

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Projeto desenvolvido para o PIBIC - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

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1. INTRODUÇÃO

O fenômeno da convergência midiática proporciona à internet o título de

 plataforma-base para o armazenamento e distribuição de informação. Na world wideweb (rede de alcance global), o conteúdo informativo é produzido, formatado, publicado

e divulgado em diversos formatos - textos, vídeos, arquivos de som, imagem, entre

outros.

Voltados para públicos diferentes, e com objetivos diversos, os nichos de

comunicação vivem em contínua evolução e re-invenção. Seguindo esse princípio, foi

apresentado ao internauta, na última década, um modo simples e breve de se comunicar:

o microblogging.

Segundo Gabriela da Silva Zago, jornalista e profissional do direito, a utilização

dos microbloggins como ferramentas jornalísticas tem se consolidado, graças à

versatilidade do sistema de publicação. A troca de mensagens se dá ao mesmo tempo

em que os fatos acontecem, configurando algo próximo às práticas de jornalismo em

ambientes móveis. (ZAGO, 2008)

O Twitter  - um exemplo da ferramenta microblogging  e também o pioneiro do

gênero - é o foco de análises desta pesquisa, por sua popularidade entre o público geral,

e entre os profissionais da área de comunicação, principalmente os jornalistas. Esses

que, de acordo com os princípios da Web 2.0, propõem a utilização do Twitter  como

uma ferramenta de difusão de informações.

1.1. Microblogging

  Microblogging  é uma ferramenta online de publicação livre (RECUERO,

2009, p. 12). É considerado uma versão simplificada do 'blog' , seu percursor, ao

qual o nome faz referência. Para utilização do blog, o usuário conta com uma

 plataforma conversora na qual transcreve textos e codifica imagens. Vídeos,

arquivos de som, links e outros tipos de complementação à notícia podem ser 

  publicados através de sites de hospedagem - geradores de códigos que

 possibilitam 'embutir' o conteúdo na postagem do blog .

A diferença entre o blog  e o microblogging  é a liberdade de espaço e a

mobilidade. Enquanto o blog  comporta postagens de tamanho livre, os

microbloggings delimitam as entradas a 140 caracteres (pode variar até 200).

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As atualizações curtas e em tempo real permitem a maior portabilidade das

informações postadas. Devido à versatilidade da ferramenta, os microbblogins

em geral podem ser atualizados a partir de diversas entradas de rede, tais como o

celular (via SMS - short message service, ou web móvel), IM (instant message),

aplicativos derivados criados com API (Aplicativo de Programação de Interface)

e web comum.

 

1.2. Twitter

Criada em 2006 pela empresa Obvious Corp, o Twitter é uma rede social de

microbloggings que permite aos usuários o envio e o recebimento de

atualizações de outros contatos, a partir de entradas de 140 caracteres.

A proposta inicial do Twitter  era responder à pergunta "O que você está

fazendo?". Porém, acompanhando a real utilização da ferramenta, o slogan

 passou a ser "O que está acontecendo?", abrindo espaço para o parâmetro global

de acontecimentos.

As atualizações são exibidas no perfil de um usuário em tempo real e

também enviadas a outros usuários seguidores que tenham assinado para recebê-

las. As atualizações de um perfil ocorrem através por meio de site do Twitter,

 por RSS, por SMS ou programa especializado para gerenciamento. O serviço é

gratuito pela internet.

De acordo com uma entrevista concedida por Ross Dawson, profissional

de estratégia tecnológica empresarial, a uma rede americana de TV (ABC,

2009), a capacidade de cobertura em tempo real dá ao Twitter  a função de

 plantão noticioso instantâneo.

[...] O Twitter está se tornando a principal maneira pela qual as pessoas

acessam os meios de comunicação. Em contrapartida, o microblogging  se

constrói como fonte de ‘breaking news’ , bem como a dinâmica e o sentimento

social, com potenciais histórias para os meios de comunicação (SIMAS, 2010)

A empresa não divulga o número exato de usuários do Twitter, porém, na

 pesquisa realizada em maio de 2009, por Jeremiah Owyang, estimava-se a

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movimentação de 4 a 5 milhões de contas. Entre eles, estão jornalistas renomados como

William Bonner, Alec Duarte, Julia Antunes, Lillian Pacce, além de figuras locais,

como o repórter Evaldo Novelini, Khadidja Campos e Douglas Pires.

1.3. Webjornalismo

O jornalismo online, ou webjornalismo, dá-se pela prática em rede da

divulgação de notícias. (PINHO, 2003, p. 50) Diferente dos outros meios de

comunicação, o webjornalismo é baseado em três princípios gerais: a

interatividade, a instantaneidade e a perenidade. Essas características são

 possíveis pela possibilidade de participação no debate sobre a informação

  postada, pela rapidez com que é divulgada a notícia e pela capacidade de

armazenamento de conteúdo antigo.

O jornalismo online permite o senso de 'democratização da imprensa'

(RECUERO, 2009, p. 2), visto que existe a liberdade de publicação, que pode

ocorrer por sites independentes, ou mesmo usuários individuais, por meio de

blogs, ou microbloggins - é o caso do Twitter.

Outras características do webjornalismo são a multimidialidade - todos os

tipos de mídia podem ser convertidos e postados na rede, junto à notícia escrita;

a personalização de conteúdo - os espaços online são geralmente temáticos; e

hipertextualidade - texto em blocos (VERNEY, 2010).

2. METODOLOGIA

O objetivo deste projeto é analisar e classificar as formas e padrões da utilização

do Twitter pelo jornalismo, e vice-e-versa. Ou seja, analisar o Twitter como uma

ferramenta jornalística. Para isso, o trabalho depende de dados quantitativos e

qualitativos, visto que o fluxo e o conteúdo das publicações são o material principal de

estudo. A análise também contempla a busca por modificações no padrão do texto

 jornalístico para adaptação a esta ferramenta.

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Segundo o dicionário Michaelis (MICHAELIS, 2009), ferramenta é “qualquer 

instrumento ou utensílio empregado nas artes ou ofício”. Dessa forma, entende-se por 

ferramenta jornalística, qualquer instrumento, online ou não, que possa ser utilizado na

  prática do jornalismo, para facilitá-lo ou complementá-lo, seja ele impresso,

webjornalismo, telejornalismo, radiojornalismo, entre outros.

 Na primeira etapa do trabalho, foram selecionados 100 profissionais atuantes em

diversas áreas do jornalismo, como jornais impressos, revistas, programas de TV e

rádio, nos seguimentos de cultura, política, notícias gerais, cultura pop, entre outros. A

escolha baseou-se ligação do profissional com empresas renomadas de comunicação,

como a Editora Abril, Rede Globo de Televisão e TV Cultura.

Além dos profissionais do jornalismo, também foi criado um banco de dados

com 13 perfis de empresas jornalísticas, como os jornais O Estado, Folha de São Paulo,

Veja e Mogi News. O objetivo é apontar as diferenças entre utilização institucional e

 pessoal da ferramenta.

Os perfis foram acompanhados por 90 dias, nos quais foram coletados tweets

(postagens no perfil do Twitter ) com relevância jornalística (que levassem tema, links,

comentários e/ou informações pertinentes a assuntos amplamente divulgados e

veiculados no período de publicação do tweet ). Aproximadamente seis tweets foram

coletados a cada dia e armazenados em arquivos JPEG. O banco conta com um total de

400 tweets.

Com o conteúdo de amostra fechado, a etapa seguinte deu-se pela divisão do

material por características comuns, tais como multimodalidade, expressão de opinião,

 postagens com prévias de publicações oficiais, que garantem “furos de reportagem”,

 postagens com convites para que os leitores opinem sobre um assunto “em alta”, além

de postagens puramente informativas.

Essa primeira seleção apontou as seguintes modalidades de utilização do Twitter 

como ferramenta jornalística:   Breaking News (postagens geralmente feitas pelas

empresas de comunicação, que garantem que o veículo “deu a notícia primeiro”,

Chamada (postagens convidando os seguidores a visitar a postagem de um site, de um

 blog, ou outro veículo que hospede a notícia),  Newsmaking (utilização de declarações

feitas em perfis do Twitter como declarações ou indícios para especulação) e  Hoaxes

(quando um assunto é amplamente comentado no Twitter, mas, após investigação e

 publicação na mídia, é descoberto como falso, e esse próprio fato se torna noticia). O

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  banco foi dividido, respectivamente, em 113   Breaking News, 154 Chamadas, 75

 Newsmaking e 58 Hoaxes.

A primeira classificação foi apresentada aos profissionais: Rafael Sbarai,

 jornalista e analista de mídias sociais da Editora Abril; Tagil Oliveira Ramos, jornalista

e autor do livro Twitter, Chiclete e Camisinha (RAMOS, 2010); Fábio Inoue,

  professor universitário da área de Web e coordenador de mídia da agência de

comunicação EUMEMO; Sersi Bardari, professor universitário da área de escrita e

comunicação, escritor e jornalista; e Ana Erthal, professora universitária e pesquisadora

nas áreas de conteúdo digital e sensorialidades.

Após apresentação e debate junto aos profissionais, foi necessária a assimilação

de mais três “modalidades” de utilização do Twitter  à lista: Pesquisa de Fonte,

Conteúdo e Tendências; assinaladas pelos entrevistados. Elas não são realizadas por 

meio de criação de conteúdo de web, mas da análise do conteúdo criado por terceiros.

O  Hoax foi eliminado da lista, pois, apesar de tornar-se notícia por sua

repercussão, não parte de um fato real, e sim de uma “farsa”, como diz seu nome, não

tendo ligação com o jornalismo. O fenômeno, porém, é apontado como uma tendência

interessante da utilização da ferramenta.

As denominações para cada modalidade foram retiradas, principalmente, do

vídeo depoimentos de Ross Dawson à ABC Tv News da Austrália (NETWORK NEWS,

2009), no qual o profissional discute a importância das redes propagadoras da

informação no processo de comunicação. A denominação “ Hoax”, porém, foi retirada

do texto de Tim O’Reilly, What Is Web 2.0, O Que é a Web 2.0, em tradução livre

(O’REILLY, 2005).

3. RESULTADOS PARCIAIS/DISCUSSÃO

É praticamente impossível desvincular, nos dias de hoje, o jornalismo da

internet. Todos os veículos de comunicação de relevância ou grande alcance trabalham

em sintonia com o público internauta. E para fazê-lo, ter apenas um site com  feed  de

notícias não é mais suficiente – isso porque, com a grande quantidade de conteúdos

sendo criados a cada instante em diferentes formatos, e por diferentes mídias, osveículos sofrem concorrência, e têm a necessidade de levar a informação até o “meio

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social” dos consumidores. Eis o trunfo das redes sociais como ferramentas para o

 jornalismo. “Como o Twitter tem um enorme poder de síntese, acredito que ele funciona

 bem para dar reputação para os jornalistas e fazer o vínculo entre os interessados sobre

aquele tema ou conteúdo específico”, comenta Ana Erthal, em entrevista informal.

Ainda sobre a relação veículo-consumidor, o Twitter  também contribuiu para a

evolução do processo de interatividade do conteúdo jornalístico, já que passou a atuar 

em um ambiente aberto, no qual divide espaço com perfis pessoais, que podem

facilmente criar diálogos diretos com a empresa. Além disso, a ferramenta é responsável

 pelo surgimento de uma tendência: a produção jornalística colaborativa em tempo real.

“As pessoas adquiriram o hábito de fotografar ou filmar acidentes, congestionamento,

 problemas de infraestrutura nas cidades, flagras, entre outros. E graças à imagem de

 proximidade que a rede social proporciona, passaram a mandar o material para os perfis

de veículos de comunicação. Os veículos viram, então, a oportunidade de ter conteúdo

exclusivo em primeira mão, e encorajaram a prática”, explica o professor Fábio Inoue,

em entrevista.

Pela praticidade e mobilidade da plataforma, com possibilidade de acesso via

celular e update via SMS, o Twitter  se tornou rapidamente uma ferramenta para a

cobertura de eventos, tais como o Oscar, as eleições, partidas decisivas na área do

esporte, e até mesmo exposições, inaugurações e shows. “É interessante para um

veículo de comunicação poder dar a informação ‘antes’. E a atualização em tempo real

  proporciona isso. Tendo apenas um celular em mãos, o jornalista que está

acompanhando um evento importante pode atualizar os leitores sobre o que está

acontecendo, dar informações exclusivas, em primeira mão, ao invés de esperar até a

 produção do texto na íntegra”, esclarece Inoue.

Além disso, o Twitter  também é utilizado como banco de dados para pesquisas.

“Antes de escrever uma matéria, é normal que o jornalista faça uma pesquisa na internet

sobre o assunto, para enriquecer o conteúdo. De um tempo para cá, o Twitter se tornou

um dos sites consultados”, explica em entrevista o jornalista Tagil Ramos. “A

 plataforma é aberta para múltiplos formatos, portanto o material encontrado é amplo.

Além de comentários, detalhes e informações que não estariam em uma publicação

oficial. Com uma procura simples, o jornalista encontra possíveis fontes, associando

 perfis a assuntos comentados; saber quais os temas mais comentados, por meio dos

Trending Topics (uma barra lateral que mostra as palavras mais usadas em cadalocalidade); e também o clima de um assunto – que tipo de crítica ele está recebendo,

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que tipo de pessoas estão comentando, se o assunto será repercutido por muito tempo,

entre outros”.

Vale aprofundar o olhar sobre as peculiaridades do uso ativo da ferramenta, em

relação à criação de conteúdo. De acordo com a base de dados reunida durante a

 pesquisa, são: Breaking News, Chamada e Newsmaking .

3.1. Breaking News

  De acordo com Mark Scott, diretor administrativo da ABC, Breaking News

  – ou, em português, Plantão de Notícias ou Notícia de Última Hora - dá-se

quando a relevância e exclusividade de um fato leva a empresa jornalística, ou o

 jornalista, a lançar a informação ao público fora da grade de programação de

uma emissora de TV, por exemplo. Isso também acontece em veículos

impressos, são as chamadas edições especiais (ABC, 2009).

 No webjornalismo, porém, o  Breaking News acontece de forma muito

mais instantânea. O jornalista recebe as informações, redige a matéria – que,

seguindo o estilo “web”, é caracterizado por textos mais breves – e lança-o na

rede, utilizando uma plataforma de divulgação. Como, por exemplo, o site de

um jornal. A publicação é imediata, não há a necessidade de aguardar o envio à

gráfica, a impressão ou a distribuição.

Ainda segundo Scott (ABC, 2009), o Twitter  desempenha o papel de

“acelerador” da   Breaking News. Pelas mãos de um jornalista ou não, a

informação pode “vazar” na internet em questão de segundos após uma

“tuitada”, de acordo com a influência e alcance do perfil do usuário.

Um exemplo é um tweet publicado pelo jornalista Douglas Pires, da rede

de televisão Mogi News. No dia 01 de dezembro de 2010, durante a apuração de

uma matéria sobre um buraco em uma das vias principais do município de

Suzano, que prejudicava significativamente o trânsito em toda a região, o

repórter tuitou algumas das informações, como local, proporção do buraco e

 pessoas afetadas. O boletim foi ao ar mais tarde, após apuração completa e em

momento oportuno para inserção. O repórter possui 300 seguidores (no dia 25 de

  janeiro de 2011), supondo que mais de 50% dos seguidores receberam a

mensagem e retwitaram para os seus próprios seguidores e interessados, parta da população já tinha as informações básicas da notícia antes que ela fosse ao ar.

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Durante sua palestra na Semana Estado de Jornalismo, edição 2010, o

 jornalista e analista de mídias sociais da Editora Abril, Rafael Sbarai, explicou a

importância do Twitter  no  Breaking News da revista Veja. Segundo ele, a

ferramenta é a diferença entre o veículo que tem o “furo jornalístico” e o que

não tem. Quando o “furo” chega à redação, as informações básicas são postadas

 primeiramente no microblogging , com a chamada para mais informações em

alguns instantes. Após a redação da matéria e publicação no site, é divulgado no

 perfil do Twitter o link para a matéria, com as supracitadas “mais informações”

(informação verbal).

Em análise ao material coletado, pode-se dizer que a modalidade

 Breaking News é utilizada, principalmente, em  posts realizados via celular,

quando o repórter, profissional ou simplesmente cidadão está na rua, em contato

com acontecimentos diversos. Foram registrados 113 tweets marcando

“  Breaking News”, tendo destaque para cobertura e avaliação de eventos, nos

quais os usuários tuitavam sobre o que estava acontecendo, quem estava

 presente, o clima do evento, a qualidade da organização, entre outros. A SWU,

realizada em outubro de 2010, em Itu, foi um dos eventos que marcaram a

“timeline” (a linha do tempo, que fica na página inicial do Twitter , mostrando as

atualizações mais recentes) durante os vários dias de realização. Os usuários

fizeram atualizações constantes, registrando passo a passo do evento, tanto para

mostrar sua presença, quanto para informar os demais seguidores sobre os

acontecimentos.

A tendência dessa modalidade de tweet  segue por uma linha de

imediatismo, no qual o Twitter funciona como um diário de bordo do jornalista,

ao qual os usuários recorrem para “estar presente” em um acontecimento, de

forma virtual.

Além de eventos, também foram registradas ocorrências de tweets sobre

  problemas de trânsito, crimes, apagões, manifestações e acontecimentos

inusitados. Em alguns dos casos, o usuário fez uso do API complementar 

“Twitpic” (que hospeda e publica fotos no Twitter) para ilustrar o

acontecimento.

A modalidade colabora para a potencialização do jornalismo

  participativo, além da interação entre jornalismo e população, ampliando oalcance da cobertura da notícia.

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"O Twitter, em alguns momentos, funciona como uma fonte primária de

informação. Um exemplo é o ataque terrorista em Mumbai (2009), no qual o

Twitter foi utilizado pelas testemunhas oculares para mandar informações

vitais para a polícia e a mídia. Muitas vezes essa cobertura informal, pelo

Twitter, é mais detalhada do que as demais" (ABC, 2009).

Alguns exemplos

• @piressdoug (Douglas Pires) ATENÇÃO MOTORISTAS. Obras nos

dois sentidos da Avenida Major Pinheiro Froes, perto da #Emibra

#Suzano

• @moginewsnatv (TV Mogi News) De acordo com a assessoria de

imprensa bombeiros, expectativa é que grupo só deixe mata na manhã de

segunda. Equipes devem acampar na Serra do Mar 

3.2. Chamada

Nem toda matéria jornalística é material para uma Breaking News. Algumas

informações, apesar de relevantes, podem esperar a conclusão do processo

tradicional de publicação de matérias. Para essas notícias, o Twitter tem o papel

de divulgador e circulador.

São três casos, realizados a partir de linkagem: O jornalista tuita uma

retranca, explicando brevemente do que se trata a matéria, e segue a frase com o

link para a página onde se encontra a notícia na íntegra; o jornalista posta um

comentário que “amplia” a matéria, seguido do link para a mesma, na íntegra.

O terceiro caso é o institucional. A empresa jornalística, após abastecer o site

com a matéria, lança o link no Twitter , convidando o usuário para ler, comentar 

e repassar a informação.

Com base na comparação com o banco de tweets coletado, esta é a

modalidade mais utilizada pelos jornalistas e veículos de comunicação - entre os

400 tweets arquivados, 154 correspondiam a essa descrição. E não se restringe

apenas à divulgação e circulação de uma matéria redigida pelo próprio

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  profissional ou empresa, haja vista ser comum nos perfis dos jornalistas, a

 publicação de links com chamadas para matérias de diversos autores e veículos.

Já nos perfis institucionais, ocorre a “retuitagem” de notícias de outros veículos,

quando o mesmo contém uma informação não divulgada pela empresa usuária.

A prática, porém, não é tão comum quanto nos perfis pessoais.

Essa modalidade colabora com a circulação de informação relevante, já

que funciona como a divulgação de um material já publicado. É, talvez, mais

utilizado que o  Breaking News pela sua praticidade. Nessa modalidade, o

usuário não precisa estar em campo para registrar o ocorrido, ele apenas

compartilha e comenta uma notícia. O comentário, porém, é um dos pontos

 positivos da modalidade, pois promove a discussão, apreciação e extensão do

estudo de um tema, que de outra forma não teria tal exposição.

Alguns exemplos:

• @veramartins (Vera Martins) Garibaldi Alves assume a Previdência e

descarta mudanças por enquanto: (link) via Correio Braziliense

• @SoninhaFrancine (Sonia Francine) Artistas e intelectuais declaram

apoio a quem diz q exilado é "covarde" (link)

• @rafaelsbarai (Rafael Sbarai) MySpace fecha parceria com o Facebook 

 – e sai no lucro (link)

3.3. Newsmaking

Não apenas jornalistas utilizam o serviço de microblogging . O Twitter  é

também popular entre escritores, atletas, atores e outras celebridades nacionais e

internacionais, e é das novidades, escândalos, declarações e controversas nas

 postagens de 140 caracteres que se fazem pequenas notícias.

Nessa modalidade, o fluxo reverso acontece. Não é a imprensa que alimenta

o microblogging , mas o microblogging  que alimenta a imprensa. A empresa

norte americana Cision e a Universidade George Washington, em pesquisa

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realizada em setembro de 2009, apontam que nove em cada 10 jornalistas

utilizam redes sociais como fonte para a redação de uma matéria. Isso acontece

 pela facilidade de extração de declarações e outros anúncios de personalidades

de destaque (CASTILHO, 2010).

Mas não é apenas a imprensa marrom1 que utiliza essa modalidade.

Exemplo disso é o caso da reunião sobre o PEC 300, realizado no dia 25 de maio

de 2010 (EXAME, 2010). No encontro, o deputado Capitão Assumção, que é

familiar com a rede social de microbloggings, utilizou a tecnologia de seu

aparelho celular para divulgar, em seu perfil, o conteúdo discutido na reunião.

Outros participantes da reunião não foram de acordo com a atitude, e o assunto

rendeu além da rede social. O assunto repercutiu para o jornal impresso, para a

TV e para o rádio, além da internet. As postagens, mais tarde, foram utilizadas

como declarações e informação para a redação das matérias.

A análise ao banco de dados mostra que a modalidade explora aspectos

do ambiente social de forma a bater de frente com os princípios do jornalismo – 

como utilizar declarações não oficiais para fundamentar matérias, especulação

de significados em frases aleatórias e acompanhamento de conduta do usuário

“famoso” para ilustrar suas reações na “vida real”. Embora a modalidade tenha

seu valor, como citado no exemplo do Capitão Assumção, ela é, por vezes,

utilizada de forma a não refletir a realidade dos fatos, ou mesmo não refletir fato

algum.

Alguns exemplos:

•  No Portal Terra: “Elano desabada no Twitter e declara seu amor por 

 Nívea Stelmann”

•  No Globo.com: “Em seu Twitter Monique Alfradique declara: ‘Amo

Suzana Vieira’”

1 1 Imprensa marrom: o termo é utilizado na França, para jornais sensacionalistas, e foi largamenteempregado no Brasil também (ANGRIMANI, 1995, p. )

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3.7 Hoaxes

Apesar de prático e instantâneo, o Twitter tem seus contrapontos. Além da

limitação aos 140 caracteres, os profissionais da comunicação ainda apresentam

outro problema na rede social: a publicação constante de hoaxes. Embora essa

não seja uma modalidade jornalística, ela transita no meio da notícia e, portanto,

é relevante para o profissional da área, e também para os consumidores.

Principalmente para o refinamento do senso crítico quanto às publicações da

web, sabendo diferenciar as fontes de confiança, das que poderão trazer ruídos

 para a comunicação.

   Hoxes são “brincadeiras” publicadas como se fossem verdadeiras. Um

exemplo é o conhecido caso da copa do mundo, com a frase “Cala a Boca,

Galvão”. Para os brasileiros, a frase era clara e óbvia, mas para os estrangeiros,

que assistiam ao jogo, não era simples. Com a grande repercussão nacional, o

assunto virou Trending Topic (tópico mais comentado) no Twitter , e os usuários

internacionais começaram a questionar o significado da frase. Foi assim que o

hoax foi plantado: com uma busca no Google, um usuário americano relacionou

a palavra “Galvao” (Galvão, sem acento) com uma raça de pássaros ameaçados

de extinção.

A brincadeira, ou hoax, dos brasileiros, foi fingir que essa era a tradução

correta. E que a frase completa era parte de uma campanha para a defesa do

 pássaro. A hoax esteve em destaque por várias semanas, e deixou milhares de

estrangeiros confusos. Outras versões da história ainda foram criadas antes do

fim da brincadeira, mas já era claro que a situação não passava de um hoax.

No jornalismo, esse tipo de brincadeira pode ser perigoso. O hoax

convencional é feito para parecer real, e lançar uma notícia falsa, é o caso de

Trending Topics anunciando a morte de celebridades.

Em um veículo sério, existe a apuração dos fatos para a divulgação de uma

matéria, mas nem todos os canais passam pelo menos processo jornalístico e,

inevitavelmente, hoaxes como o “Cala Boca Galvão” ganham grande

divulgação. Nos Estados Unidos, a hoax chegou a ser divulgada como notícia

real, antes de ser desmentida.

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[...] Uma característica desta "nova era" é a inexistência de irrelevância de

conteúdo, tudo pode se tornar notícia, tudo pode render matérias

(colaborativas ou não) e receber a publicidade necessária em seus

respectivos nichos. Enquanto a mídia tradicional se limita a passar aos

consumidores apenas aquilo que interessa a si e a seus investidores, ainternet propicia a disseminação de todo e qualquer tipo de informação.

(RECUERO, 2009. p. 4)

O problema, porém, não nasce na produção jornalística e independe de sua

vontade. Segundo a pesquisa feita pela Cision e Universidade George

Washington, 84% dos jornalistas desconfiam das informações obtidas via

internet, e preferem checar a procedência dos fatos em outras fontes mais

fidedignas (CASTILHO, 2010), o que, teoricamente, evita a publicação do hoax

como informação verídica.

Exemplo:

• @andre_conti (André Conti) Galvão is a very rare bird in Brazil. Cala

Boca means SAVE, the brazilians are very sad because lots of Galvãos

die everyday

4. CONCLUSÃO

O Twitter  é a ferramenta do jornalismo que se adequa ao século XXI, pois

transmite informações e ideias de forma a refletir o perfil do consumidor de notícias da

era digital: ágil, objetivo, multimidiático e instantâneo. Ou seja, o Twitter  é uma

ferramenta que auxilia as empresas e profissionais de jornalismo a alcançar com mais

facilidade o público alvo, a entender como ele pensa e a produzir de acordo. Essa

constatação reforça a ideia de que, assim como esta ferramenta obteve status e

expressão, do mesmo modo outras podem surgir para acompanhar as mudanças da

sociedade e a evolução da tecnologia. É o que defende Rafael Sbarai, porque se em2005, só falava-se em blogs e Orkut , hoje os olhares e as atenções estão voltadas para o

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 Facebook e o Twitter . “Mudam-se as plataformas, mas não seu objetivo – aproximar as

 pessoas” enfatiza Sbarai.

O levantamento para esta iniciação científica teve início em fevereiro de 2010.

 Na época, o Twitter vivia o seu período de boom. Os veículos que ainda não tinham um

 perfil na plataforma começaram a criar a produzir conteúdo, bem como manter controle

sobre postagens de terceiros, associadas ao veículo em si. Ao passar de um ano, os

veículos puderam se adaptar, em termos de ritmo de postagem, respostas ao público e

formatos, aos recursos oferecidos pelo Twitter . Os leitores, por sua vez, adaptaram-se a

receber notícias via Twitter – seguindo perfis específicos, como por exemplo a editoria

de Cultura do Estadão, o usuário estaria atualizado sobre as notícias culturais, sem a

necessidade de procurar por toda a web pelas informações.

O padrão de postagem, também, teve seu período de adaptação ao longo dos

anos de 2009, 2010 e 2011. Em análise ao banco de dados, que exprime apenas 90, dos

mais de mil dias nos três anos recorrentes, já é possível notar parte dessa evolução.

Quando a coleta de dados teve início, em setembro de 2010, o  Breaking News, por 

exemplo, não era tão comum entre os perfis corporativos e os pessoais. Ao longo dos

três meses, porém, notou-se o crescimento da utilização do Twitter na atualização em

tempo real do jornalismo – pode-se apontar como um dos responsáveis por essa

mudança a popularização da internet 3G, dos dispositivos móveis e da criação do

aplicativo do Twitter , voltado exclusivamente para atualização em celular. Durante o

 período de análise, o jornalista acostumou-se com a presença constante da internet e,

 portanto, a possibilidade de comunicar-se instantaneamente.

Já na modalidade Chamada, a evolução caracterizou-se pela quantidade. Os

heavy-users (usuários que utilizam o serviço em peso), que ao começar a utilizar a

  plataforma sentiam a necessidade de compartilhar absolutamente tudo o que

encontravam pela internet, passaram a selecionar os melhores e/ou mais interessantes

conteúdos para publicação. Os veículos de comunicação, como por exemplo o Estadão,

abriram diversas contas, uma para cada editoria do jornal, para filtrar o conteúdo, e

 proporcionar uma navegação mais amena ao leitor.

Ao contrário da Chamada, o  Hoax e o Newsmaking  aumentaram, ao longo do

  período de análise, sua frequência de presença em rede. Enquanto nota-se uma

tendência de utilização do  Newsmaking   para preencher, complementar ou mesmo

fundamentar um assunto, tenha ele força ou não, o Hoax aparece principalmente durantegrandes acontecimentos, no qual as informações podem ser mal interpretadas, tornando-

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se uma grande piada. O estabelecimento do Twitter com uma das maiores redes sociais

da atualidade e, portanto, a adesão de usuários em massa, é um dos responsáveis pela

ampla utilização de ambas as modalidades.

A utilização do Twitter  como ferramenta jornalística ainda não atingiu o seu

ápice e, com a evolução da utilização da plataforma, novas modalidades poderão ser 

utilizadas por jornalistas e veículos, talvez para aproximar ainda mais o leitor da

experiência de vivenciar a notícia. Porém, é também previsto que, ao seu tempo, outras

ferramentas surjam para brigar pelo espaço do Twitter. “Ferramentas e plataformas são

 passageiras. Olhe para o mundo em seus últimos 50 anos e veja quantos ciclos de

mídias surgiram e passaram. Existem novas tecnologias se aprimorando nesse

momento, tecnologias que podem filtrar ainda mais as informações de acordo com as

identidades e interesses cada vez mais fragmentados na nossa cultura. A força estará em

ferramentas móveis, sim, de todos os tipos. No entanto, talvez elas sejam cada vez mais

diversificadas em seus usos no futuro”, comenta Ana Erthal.

 Não há como prever qual será a próxima grande ferramenta para o jornalismo,

ou se o Twitter , a partir de aplicativos e adaptações, continuará exercendo essa função,

mas pode-se afirmar que essa etapa ainda será explorada de diversas formas – 

novidades, como a busca aliada a imagens, estão sendo implantadas no Twitter e o site

ganhou novo layout , que permite visualização de diálogos completos na barra lateral da

tela, visualização de número de retweets, entre outras que facilitam a navegação. “A

relação inaugurada pelo Twitter  vai se tornar mais complexa e mais operacional,

independentemente se vai migrar para outra plataforma ou não. O jornalista que não

souber fazer essa leitura, vai se tornar defasado. As redes de comunicação também

 precisam se cuidar, a tendência é a mudança constante”.

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