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FACULDADE DE ODONTOLOGIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Paula Juliene Teles Alves O USO DA DESCOMPRESSÃO CÍSTICA NO TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO Belo Horizonte - MG 2015

O USO DA DESCOMPRESSÃO CÍSTICA NO TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA … · 2018. 10. 30. · Ameloblastoma Mandibular Unicístico tratado com descompressão cística que é um dos tratamentos

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FACULDADE DE ODONTOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Paula Juliene Teles Alves

O USO DA DESCOMPRESSÃO CÍSTICA NO TRATAMENTO DE AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO

Belo Horizonte - MG 2015

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Paula Juliene Teles Alves

O USO DA DESCOMPRESSÃO CÍSTICA NO TRATAMENTO

DE AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO

Belo Horizonte - MG

2015

Monografia apresentada à disciplina de

Trabalho de Conclusão do Curso III, como

requisito para conclusão do curso de

Odontologia da UFMG.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Drummond Naves

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Ao meu querido pai, Pedro, que sempre esteve ao meu lado

fazendo-me acreditar em mim mesma a cada instante de

incerteza.

Aos meus irmãos Ivis e Helias que sempre foram meu porto seguro.

Aos pacientes que me deram motivos para me esforçar a procurar

uma resposta para alcançar a vida.

Amo Vocês!

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“A MENOS QUE MODIFIQUEMOS A NOSSA MANEIRA DE

PENSAR, NÃO SEREMOS CAPAZES DE RESOLVER OS

PROBLEMAS CAUSADOS PELA FORMA COMO NOS ACOSTUMAMOS

A VER O MUNDO”.

(ALBERT EINSTEIN)

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RESUMO

Ainda hoje, o Ameloblastoma é uma lesão odontogênica de extrema complexidade e

pouca compreensão fazendo com que os profissionais que lidam com ele tenham

poucas opções de conduta e expectativa de prognóstico incertas. Especificamente o

Ameloblastoma Unicístico, lesão tipicamente cística e associada a dente incluso pela

junção cemento-esmalte, tem suas variantes histopatológicas Luminal, Intraluminal e

Mural e o tratamento proposto depende do diagnóstico específico do subtipo

histológico, o que nem sempre é possível por demandar um tempo que o paciente

possa não ter. Este trabalho tem como objetivo reportar um caso clínico de

Ameloblastoma Mandibular Unicístico tratado com descompressão cística que é um

dos tratamentos conservadores. São apresentados ainda a revisão bibliográfica

sobre os aspectos gerais do Ameloblastoma, sua classificação e os tratamentos

preconizados Além do caso clínico específico citado anteriormente. Concluiu-se no

presente estudo que não existe na literatura científica senso comum quanto a

técnica cirúrgica mais satisfatória para o tratamento do Ameloblastoma. Todas as

técnicas apresentam índice de recidiva significantes. Foi verificada ainda uma

recente tendência dos autores a proceder com técnicas mais conservadoras para

não agredir de forma desnecessária o paciente.

Palavras- Chave: Ameloblastoma, Ameloblastoma Unicistico, Tratamento de

Ameloblastoma, Descompressão Cística,Tipos de Tratamento do Ameloblastoma.

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ABSTRACT

Even today, the Ameloblastoma is an odontogenic lesion extremely complex and little

understanding causing the professionals who deal with him, have few options of

conduct and expectations of uncertain prognosis. Specifically the Ameloblastoma

Unicystic typically cystic and associated with tooth included the cementoenamel

junction injury, has its histopathology of Luminal, Intraluminal and Wall and the

proposed treatment depends on the specific diagnosis of histological subtype, which

is not always possible as it demands time the patient may not have. This study aims

to report a case of Ameloblastoma Mandibular Unicystic treated with cystic

decompression which is a conservative treatments. Still presents the literature review

on the general aspects of ameloblastoma, their classification and the recommended

treatments Besides the specific clinical case cited above. It was concluded in this

study that there is common sense in the scientific literature as the most suitable

technique for the surgical treatment of ameloblastoma. All techniques have

significant recurrence rate. It was also verified a recent trend to proceed with the

more conservative techniques to not unnecessarily harm the patient.

Key-words: ameloblastoma, ameloblastoma unicystic, ameloblastoma treatment,

Cystic Decompression Treatment Types of ameloblastoma.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Padrões Histológicos do Ameloblastoma Unicístico...................... 10

Figura 2: Imagem de tomografia computadorizada evidenciando massa

delimitada em mandíbula esquerda associada a dente incluso.................. 14

Figura 3: Transcirúrgico para alojamento de cânula da descompressão

Cística após diagnóstico de Ameloblastoma Uniicístico................................. 15

Figura 4: Transcirúrgico de enucleação do Ameloblastoma....................... 16

Figura 5: Registro das dimensões do Ameloblastoma e da sua associação

com os dentes37 e 38 também removidos...................................................... 16

Figura 6: Imagem radiografica do ameloblastoma unicístico quando

Diagnosticado (a) e sua reincidência após 3 anos (b)..................................... 17

Figura 7: Transoperatório da recidiva, dimensões do tumor e uso da

solução de Carnoy, respectivamente............................................................. 18

Figura 8: Imagem radiográfica da paciente após 4 anos do diagnóstico.... 18

Figura 9: Imagem radiográfica da paciente após 5 anos do diagnóstico.... 19

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Subtipos histológicos do Ameloblastoma Unicístico ................................. 9

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AU: Ameloblastoma Unicístico

OMS: Organização Mundial da Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................

2 OBJETIVO..........................................................................................

5

6

3 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................... 7

3.1 Aspectos Gerais .................................................................................. 7

3.2 Classificação..........................................................................................

3.3 Técnicas Cirúrgicas...............................................................................

8

11

4 RELATO DE CASO...................................................................................... 14

5 DISCUSSÃO.................................................................................................

6 CONCLUSÃO................................................................................................

20

24

REFERÊNCIAS .............................................................................................

25

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1 INTRODUÇÃO

Segundo MARTINS et al (2006), a primeira descrição do Ameloblastoma foi

feita por Malassez em 1885, denominando-a como Epitelioma Adamantino já

evidenciando sua provável etiologia odontogênica. Segundo a Organização Mundial

da Saúde (OMS, 2005), o termo atualmente difundido é Ameloblastoma.

O Ameloblastoma é um tumor raro de origem odontogênica, localmente

agressivo e de crescimento paulatino. (VAYVADA et al, 2006).

Existem várias abordagens no tratamento do Ameloblastoma como

descompressão cística, curetagem geralmente associada a tratamento de leito,

enucleação, ressecção em bloco e ressecção segmentar. No caso do

Ameloblastoma Unicístico (AU), existe uma maior tendência a técnicas mais

conservadoras e a preocupação de tratar cada paciente de forma individual.

Dada a complexidade do Ameloblastoma mesmo com a recente tendência ao

conservadorismo cirúrgico, não existe senso comum no que se refere ao melhor

tratamento.

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2 OBJETIVO

Discutir o uso da técnica de descompressão cística no tratamento do Ameloblastoma

Unicístico através de revisão de literatura.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Aspectos Gerais

Segundo FARIAS (2012), Os tumores odontogênicos são derivados de

fragmentos epiteliais, mesenquimais ou de ambos que tem origem da histogênese

dental como a papila dentária, a bainha epitelial de Hertwig, a lâmina dentária e

epitélio do órgão do esmalte dando variável comportamento biológico apresentando

lesões benignas e tumores malignos. Ainda segundo FARIAS, o Ameloblastoma é

classificado histologicamente, de acordo com sua origem como: tumores epiteliais,

tumores mesenquimais ou tumores mistos. O Ameloblastoma é tumor odontogênico

de origem epitelial sem proliferação de componente mesenquimal e é considerado

benigno mesmo com comportamento localmente invasivo e elevadas taxas de

recorrência.

Existentes os sintomas, os portadores se queixam de parestesia, dor e

maloclusão que podem ter associação com dente impactado relacionado

intimamente com a lesão, edema gengival, abaulamento de cortical óssea

mandibular, mobilidade dentária, perda de dentes, alterações da oclusão e

deslocamento ou reabsorção de raízes dentais (GOMES et al, 2002).

Representando aproximadamente 1% dos cistos e tumores da região

maxilofacial (SHAKYA et al, 2013) e 11% de todos os tumores odontogênicos

(GOMES et al, 2002),o Ameloblastoma apresenta manifestações clínicas em torno

da terceira década de vida e frequência equivalente em ambos os sexos

(CATHERINE et al, 2013). Segundo Neville (2009), as lesões são frequentemente

diagnosticadas tardiamente por tumefação e expansão dos ossos gnáticos ou por

exames radiográficos de rotina para procedimentos odontológicos, por se tratar de

uma doença de início silencioso.

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3.2 Classificação

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) são considerados quatro

os subtipos clinicoradiográficos referentes ao Ameloblastoma: Sólido ou Multicístico,

Extra-ósseo ou Periférico, Desmoplásico e Unicístico. O Ameloblastoma Sólido ou

Multicístico é um tumor odontogênico epitelial, de crescimento lento, localmente

invasivo, com alta taxa de recidiva e pouca tendência à metástase. Não tem

predileção por sexo e ocorre em uma ampla faixa etária. Radiograficamente pode se

apresentar semelhante a cistos uni ou multiloculados e estar associados a dentes

inclusos assim como com reabsorção de raízes dos dentes adjacentes. Podem se

infiltrar nos espaços medulares e atingir a cortical óssea. Eventualmente pode

reabsorver cortical invadindo os tecidos adjacentes ou obliterar o seio maxilar. O

Ameloblastoma Extra-ósseo ou Periférico equivale ao Ameblastoma Sólido com

ocorrência em tecidos moles representando 10% de todos os Ameloblastomas.

Ocorre mais entre a quinta e sétima década de vida e tem predileção pelo sexo

masculino.Acomete gengiva ou mucosa alveolar edêntula. Não apresentam um

comportamento invasivo e sua taxa de recidiva é baixa. Ameloblastoma

Desmoplásico é uma variante com características clínicas, de imagem e histológicas

específicas. Apresentam relação de faixa etária e predileção por sexo semelhante ao

Ameloblastoma Sólido. Acomete a mais região anterior de mandíbula e maxila e

pode estar relacionado com reabsorção de raízes dentárias e neoformação óssea

local com limites imprecisos (OMS,2005).

Ainda segundo a OMS (2005), o Ameloblastoma Unicístico (AU), objetivo de

estudo do presente trabalho, tem associação com dente incluso, acomete os

indivíduos entre a segunda e terceira década de vida e não tem prevalência entre os

sexos. Mais de 90% dos casos de AU envolvem região posterior da mandíbula e se

correlacionam com terceiros molares impactados. São geralmente assintomáticos e

apresentam tumefação local. Macroscopicamente,a lesão é tipicamente cística e

associada a um dente pela junção cemento-esmalte.suas variantes histopatológicas

existentes são a Luminal e a Mural. O AU Luminal apresenta lesão cística revestida

por epitélio ameloblástico com extensões intraluminais que por sua vez apresentam

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padrão epitelial plexiforme não ocorrendo qualquer infiltração do tumor no osso

circundante. Já o AU Mural pode ser facilmente confundido com folículo dental ou

cisto dentígero por conter uma quantidade considerável de restos epiteliais

odontogênicos, entretanto, a parede do cisto é infiltrada pelo epitélio ameloblástico

tanto no padrão folicular, quanto no padrão plexiforme sendo possível ocorrer ambas

na mesma lesão descartando, assim, os outros diagnósticos.

Em 2013,NAGALAXMI et al na apresentação de um caso de AU descreve três

subtipos histológicos: Luminal, Intraluminal e Mural (Tabela 1).

Tabela 1: Subtipos histológicos do Ameloblastoma Unicístico

AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO

subtipos histológicos

Descrição

GRUPO I

AU Luminal: tumor confinado na superfície do

lúmen do cisto

GRUPO II

AU Intraluminal/plexiforme: proliferação

nodular no lúmen sem infiltração de celulas

tumorais para a parede do tecido conjuntivo

GRUPO III

AU Mural: ilhas invasivas do Ameloblastoma

na parede do tecido conjuntivo que não

envolve todo o epitélio.

(Tabela própria adaptada de NAGALAXMI 2013)

Na Figura 1, é representado esquematicamente os três padrões histológicos

do AU classificados por NAGALAXMI EM 2013. É representado o AU com suas três

vertentes cada uma apresentando uma cânula de irrigação utilizada na

descompressão cística (Figura 1).

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Figura 1: Padrões Histológicos do Ameloblastoma Unicístico

Fonte: A autora

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3.3 Técnicas Cirúrgicas

A seguir, são listadas, em ordem alfabética, as técnicas cirúrgicas mais utilizadas no

tratamento do Ameloblastoma encontradas na literatura:

Crioterapia

Técnica que é um tratamento auxiliar aplicada localmente após feita a

curetagem ou enucleação da lesão óssea faz-se ciclos de aplicação do nitrogênio

líquido a -196ºC na loja cirúrgica promovendo necrose e assim, eliminando os

remanescentes tumorais das trabéculas ósseas aparementemente não afetadas.

(SILVA et al,2004)

Curetagem

É a raspagem cirúrgica da parede da cavidade em tecido duro ou mole para

remover o conteúdo, preservando a continuidade óssea. (GOMES et al,2002)

Enucleação

É a separação da estrutura patológica com preservação da continuidade

óssea, em virtude da restrição da lesão dentro de um envoltório de tecido conjuntivo

de origem da própria lesão ou estar circunscrita pelo osso circunjacente.(GOMES et

al,2002).É importante removê-la sem lesar sua capsula.(SILVA et al, 2004)

Hemissecção

É a remoção cirúrgica de um dos lados da maxila ou mandíbula

afetados(GOMES et al, 2002).

Descompressão Cística

É a descompressão do tumor, consiste na excisão de parte do teto da lesão

seguida da drenagem do conteúdo da cavidade patológica. Espera-se assim a

diminuição da lesão em decorrência da eliminação da pressão hidrostática,

viabilizando a execução de técnica conservadora que permita preservar maior área

do osso envolvido (GOMES et al,2002).

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Marsupialização

Realização da comunicação da membrana da lesão com a cavidade oral, seio

maxilar ou cavidade nasal para sua descompressão (SILVA et al,2004).

Radioterapia

Pode ser indicada para os casos em que os pacientes já foram operados mais

de uma vez, para casos inoperáveis ou para idosos que não suportariam a cirurgia

convencional (GOMES et al, 2002). A diminuição do tumor é consequência da

combinação da morte celular e a mudança na distribuição do ciclo celular, já que a

radiação danifica diretamente o DNA quebrando seus filamentos, e alterações na

vascularização tumoral. Danos ao parênquima, redução do fluxo sanguíneo e

trombose progressiva são também resultados desse tratamento. As células tumorais

são heterogêneas e, sendo assim, cada uma apresenta diferentes níveis de

sensibilidade ao dano radiológico. As células normais também são afetadas,

entretanto existe evidências que estas possuem uma capacidade de reparação ao

dano maior que as células tumorais de origem tecidual similar (SILVA et al,2004).

Sabe-se que essa lesão possui radiorresistência; no entanto, também há outros

fatores que condenam o uso da radioterapia: possibilidade do desenvolvimento de

osteorradionecrose e risco de transformação maligna (REZENDE et al, 2014).

Ressecção Marginal

A ressecção marginal é a remoção cirúrgica de um tumor intacto com uma

margem de osso sadio, deixando estrutura de sustentação para o remanescente

ósseo (GOMES et al, 2002). A classificação das ressecções na mandíbula

preconizada por Peterson (2005), classifica como Segmentar as lesões com defeito

de continuidade ou extensão para a ATM e em Marginal as lesões sem defeito de

continuidade ou extensão para a ATM.

Ressecção Segmentar

A ressecção segmentar da mandíbula ou maxila é a remoção cirúrgica de um

segmento desses ossos sem manter a continuidade óssea. A classificação das

ressecções na maxila, preconizada por Peterson (2005) é feita de duas formas:

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Parcial, onde a extensão da excisão é subtotal e Maxilectomia, onde a extensão da

excisão é total.

Solução de Carnoy

Utilizada como fixadora de lâminas em patologia laboratorial,vem sendo

amplamente aplicada e divulgada no tratamento complementar de lesões

intraósseas do complexo maxilomandibular desde a década de 1980. Tal substância

é aplicada sobre a cavidade óssea com o intuito de eliminar remanescentes

teciduais do tumor, promovendo uma necrose química superficial de até 1,5 mm2.

Sua composição é dada por 3 mL de clorofórmio, 6 mL de álcool absoluto, 1 mL de

ácido glacial acético e 1g de clorito férrico (REZENDE et al,2014). Ainda segundo

REZENDE (2014) o protocolo utilizado realiza a aplicação da solução de Carnoy por

meio de gazes ligeiramente embebidas pela substância. São feitas três aplicações

de três minutos nas paredes da loja cirúrgica, seguidas de irrigação abundante de

soro fisiológico em cada intervalo. Durante cada aplicação, realiza-se proteção dos

tecidos moles adjacentes e aspiração constante.

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4 RELATO DE CASO

Paciente M.L.G.S., 27 anos, gênero feminino, feoderma,originada do norte de

Minas Gerais, foi encaminhada ao serviço de Cirurgia e Traumatologia

Bucomaxilofacial do Hospital Municipal Odilon Behrens com queixa de tumefação

em terço inferior de face, à esquerda. A Figura 2 mostra o exame imaginológico,

onde foi detectada lesão expansiva em corpo e ramo mandibular, à esquerda,

ampla, unilocular, de aproximadamente 10 centímetros em seu maior diâmetro,

homogênea, hipodensa, apresentando integridade basilar mandibular, abaulamento

cortical e envolvimento do elemento 37 e 38 (figura 2). Inicialmente foi realizada

punção aspiratória, seguida de biópsia incisional e canulização, seguindo protocolo

do serviço hospitalar. A paciente foi orientada a seguir com terapia de irrigação

intralesional com soro fisiológico a 0,9%, até o retorno.

Figura 2: imagem de tomografia computadorizada evidenciando massa

delimitada em mandíbula esquerda associada a dente incluso.

O resultado da biopsia incisional revelou tratar-se de cisto de natureza

odontogênica. A paciente não retornou para controle e não foi possível contactá-la,

durante um período de aproximadamente sete meses. Após esse período a mesma

retornou ao serviço, com suspeita de gestação, confirmada em seguida pela equipe

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de obstetrícia. Foi realizada nova biopsia incisional, para investigação de diagnóstico

e troca de cânula. A paciente foi orientada a seguir com terapia de irrigação

intralesional com soro fisiológico a 0,9%, até o retorno. O resultado histopatológico

do fragmento revelou tratar-se de Ameloblastoma Unicístico. Discutindo o caso com

as equipes da clínica médica e obstetrícia optou-se pela realização de

procedimento de descompressão cística com a colocação de uma cânula (Figura 3).

Figura 3: Transcirúrgico para alojamento de cânula da descompressão

cística após diagnóstico de Ameloblastoma Unicístico

A paciente foi orientada a seguir com terapia de irrigação intralesional com

soro fisiológico a 0,9%, até o retorno. Durante a gestação e período de puerpério,

seguiu-se controle clínico e radiográfico, com irrigações intralesionais que resultaram

em diminuição parcial de volume, e subseqüentemente foi realizada curetagem da

neoplasia. Após o período de lactação, uma nova biópsia incisional foi realizada

definindo o diagnóstico de AU. Desta forma a paciente foi submetida à cirurgia sob

anestesia geral para enucleação da neoplasia (Figura 4 e 5).

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Figura 4: Transcirúrgico de enucleação do Ameloblastoma.

Figura 5: Registro das dimensões do Ameloblastoma e da sua associação

com os dentes 37 e 38 também removidos.

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Figura 6: Imagem radiografica do Ameloblastoma Unicístico quando diagnosticado (a)

e sua reincidência após 3 anos(b).

A paciente seguiu com controle clínico e radiográfico durante 3 anos

apresentando recidiva da lesão após esse período, diagnosticado em consulta de

retorno. Ao exame clínico extraoral e intraoral não foi observado nenhuma alteração

de nota. Ao exame imaginológico (Figura 6-b), foi detectada lesão ramo mandibular,

à esquerda, circusncrita, bem delimitada, de aproximadamente 2centímetros em seu

maior diâmetro, unilocular, radiolúcida, apresentando integridade basilar mandibular

e ausência de abaulamento, sendo realizado procedimento conservador de

enucleação.

A Figura 7 mostra o procedimento cirúrgico de enucleação seguida de

curetagem e aplicação de solução de Carnoy que foi realizado com objetivo de

remover toda a lesão (Figura 7).

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Figura 7: Transoperatório da recidiva, dimensões do tumor e uso da solução de Carnoy,

respectivamente.

Atualmente a paciente segue em acompanhamento no norte de Minas

Gerais, sem sinais de recidiva (Figura 8 e 9).

Figura 8: Imagem radiográfica da paciente após 4 anos do diagnóstico.

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Figura 9: Imagem radiográfica da paciente após 5 anos do diagnóstico

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5 DISCUSSÃO

Com singular comportamento biológico, é de se esperar que haja embates

ideológicos no que diz respeito ao melhor tratamento para o Ameloblastoma. A única

convergência encontrada se faz sobre a Cirurgia ser a palavra-chave na literatura

em relação a abordagem ante o Ameloblastoma. Todas as técnicas sejam elas

combinadas ou não, apresentam índices de recidiva significantes. Em relação ao

AU, existe uma maior preocupação em aplicar técnicas conservadoras que não

agridam ainda mais o paciente de forma desnecessária.

GOMES et al (2002) relata que a grande questão no tratamento do

Ameloblastoma é dada pela incerteza da remoção total do tumor e põe em questão

o uso de técnicas conservadoras e radicais. GOMES afirma que a marsupialização

foi avaliada como efetiva, o que corrobora com a técnica conservadora utilizada no

relato clínico do presente estudo. Por fim, ele conclui que a marsupialização tem

caráter preliminar no tratamento do Ameloblastoma , como também acreditamos ser

uma técnica pré enucleativa, e ficaria reservada no tratamento de AU e de casos de

pacientes jovens.

SADDY et al (2005) pesquisando sobre os aspectos clínicos, radiograficos e

terapêuticos do Ameloblastoma, descreve que a escolha de um modo de tratamento

adequado, em virtude do potencial agressivo e recidivante dos ameloblastomas, é

muito complexa. Ele verificou que 94,4% dos AU foram tratados com técnicas

conservadoras. Quando em casos de envolvimento da cortical óssea, estes eram

tratados com ressecção enquanto casos com não envolvimento da cortical óssea

eram preservados.

MARTINS et al (2006) em uma revisão de literatura afirma que a decisão do

tratamento entre o conservador e radical depende da extensão da lesão e da

experiência do profissional.

POGREL et al (2009) relata o que já observamos por experiência clínica

hospitalar, que na maior parte das vezes não é possível fazer o diagnóstico antes da

intervenção cirúrgica e mesmo quando um AU é diagnosticado por biópsia inicial, o

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subtipo não pode ser identificado no pré-operatório o que inviabiliza o tratamento

tendo como base a classificação dos subtipos luminal, intraluminal e mural. Ainda

segundo POGREL, O tratamento recomendado para o AU conhecido pode ser

enucleação, curetagem e tratamento físico-químico com nitrogênio líquido ou

solução de Carnoy como realizado no caso estudado neste trabalho. Se o

tratamento químico for inviabilizado, se fará necessário ressecção em bloco com

margem de segurança em torno de 0,5 a 1 cm.

FREGNANI et al (2010) em estudo avaliando 121 casos de tratamento de

Ameloblastoma que apesar de controverso, considera-se que o AU Mural requer

tratamento semelhante ao Ameloblastomas Sólidos. Segundo FREGNANI, dentro

de uma revisão sistemática do tratamento de AU foi revelado que o tratamento por

ressecção apresentaram a menor incidência de recidivas (4%), seguido por

enucleação com a aplicação da solução de Carnoy (16%) e enucleação simples

(31%). Ainda segundo FREGNANI, dois dos sete casos de AU apresentaram

recidivas (29%), ambos tiveram infiltração mural; um foi tratado com curetagem

seguido de crioterapia e o outro com curetagem simples.

SINGH em 2013 conclui que os Ameloblastomas são neoplasias

odontogênicas benignas incomuns, que raramente tornam-se malignas e que na

maioria dos casos, ele afirma que a cirurgia radical é o tratamento de escolha,

lembrando da importância de um exame clínico cuidadoso e investigação por

imagem no planejamento do tratamento. Ainda segundo SINGH, a análise

histopatologia permite melhor seleção das abordagens terapêuticas individuais,

aumentando a eficácia do tratamento em paciente portadores do Ameloblastoma. As

várias técnicas preconizadas assim como suas combinações, devem sempre partir

do pressuposto que cada indivíduo é único e, sendo assim, a lesão que o acomete

(SINGH et al, 2013).

NAGALAXMI et al (2013) descreveu que o AU tem seu tratamento guiado

pelas classificações que o subdividem em luminal, intraluminal ou mural. Para cada

subtipo tem-se um grupo de técnicas cirúrgicas preconizadas. Quanto mais restrito o

desenvolvimento da lesão, mais conservadora será a abordagem. Ainda segundo

NAAGALAXMI, seja qual for a técnica cirúrgica que o cirurgião decide tomar,o

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acompanhamento a longo prazo é obrigatório pois a recorrência de AU pode ser

demorada.

GEORGIOS et al (2014) em revisão de literatura sobre abordagens

conservadoras e invasivas, relata que as evidências disponíveis pode sugerir que as

lesões menores poderiam ser abordados com o tratamento conservador, embora

uma abordagem radical é preferível. Ainda segundo GEORGIOS, é importante o

acompanhamento a longo prazo dos casos cirúrgicos operados.

REZENDE et al (2014) afirma que existem diversas formas de tratamento,

cada qual com sua finalidade específica, porém, em alguns casos, o tumor pode

reincidir e insiste que é imprescindível, portanto, escolher a técnica mais adequada a

cada caso, para que, assim, sejam reduzidos os índices de reincidência das lesões.

Ainda segundo REZENDE, as lesões unicísticas, especialmente as menores, exigem

somente enucleação, sem a necessidade de remoção com margem de segurança.

Por fim, REZENDE reafirma a necessidade de preservar os pacientes seja qual for o

método de tratamento.

Com base nos dados recolhidos dos artigos pesquisados para o presente

estudo não existe hoje em literatura científica senso comum quanto a técnica

cirúrgica satisfatória para o tratamento do Ameloblastoma.

Outro fato observado foi a carência de clareza sobre a definição das técnicas

marsupialização e descompressão cística. Alguns autores consideram as duas

técnicas como uma única classificando com Marsupialização. Outros já entendem

como técnicas distintas e as classificam separadamente,mas sem precisão nos

dados.

De uma maneira geral, há uma tendência recente da comunidade científica

em defender procedimentos terapêuticos menos invasivos para os Ameloblastomas,

inclusive para os tipos Multicísticos ou Sólidos convencionais.

O paciente deve ser o centro do planejamento e não somente a lesão que o

acomete. O planejamento deve tentar prever o impacto do mesmo no paciente a

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curto e longo prazo. A região acometida, as condições sistêmicas e psicológicas do

paciente, assim como o papel do indivíduo portador em seu círculo social são

potencialmente relevantes ao resultado esperado do tratamento. A partir disso surge

os questionamentos sobre o que seria mais adequado, portanto, é imprescindível

escolher a técnica partindo do pressuposto que cada caso é único assim como o

indivíduo acometido.

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6 CONCLUSÃO

Com base no presente estudo, ainda hoje existe controvérsias em literatura

científica sobre a descompressão cística como tratamento auxiliar no tratamento do

Ameloblastoma Unicistico.

Não foram encontradas, até o presente momento de realização deste

trabalho, a classificação detalhada das técnicas cirúrgicas de descompressão e

marsupialização o que deixa em dúvida de qual técnica realmente foi aplicada nos

casos descritos, nos artigos referenciados neste trabalho, e qual pode ser sua real

taxa de sucesso cirúrgico.

Conservador ou radical, o tratamento do AU como em todo e qualquer outro

subtipo de Ameloblastoma irá depender:

Tipo de Ameloblastoma

Idade do paciente

Condições e particularidades sistêmicas

Tumor primário ou recidivante

Dimensão e extensão do tumor

Localização

Tempo de evolução

Perfuração da cortical óssea com ou não envolvimento de tecido mole

Previsão do pós operatório a curto e longo prazo

Previsão de acompanhamento pós-cirúrgico

É imperativo que os pacientes sejam preservados física e psicologicamente,

seja qual for o método de tratamento escolhido.

Novos estudos direcionados ao tratamento do Ameloblastoma se fazem

necessários para elucidação de várias questões relacionadas à lesão assim como

descobrir novas técnicas que sejam mais simples, efetivas e preservativas.

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