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Universidade do Minho Instituto de Educação setembro de 2016 O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua Estrangeira Rosa Maria Fidalgo de Sousa Antunes O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua Estrangeira UMinho|2016 Rosa Maria Fidalgo de Sousa Antunes

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Universidade do MinhoInstituto de Educação

setembro de 2016

O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua Estrangeira

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Rosa Maria Fidalgo de Sousa Antunes

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Rosa Maria Fidalgo de Sousa Antunes

setembro de 2016

O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua Estrangeira

Universidade do MinhoInstituto de Educação

Trabalho realizado sob a orientação daDoutora Ana María Cea Álvarez

Relatório de Estágio Mestrado em Ensino de Inglês e Espanhol no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário

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iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu núcleo familiar mais próximo, em especial à minha mãe e à minha

filha pelo apoio, incentivo, compreensão e companheirismo.

Agradeço à minha orientadora Susana Santos o apoio demonstrado.

Agradeço à minha supervisora Ana María Cea Álvarez pelos questionamentos,

encorajamentos e ensinamentos ao longo deste processo.

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O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão na interação oral em Língua

Estrangeira

RESUMO

Este relatório insere-se no âmbito da realização do Estágio Profissional do

Mestrado em Ensino de Inglês e Espanhol no 3º ciclo do ensino básico e no ensino

secundário e tem como finalidade apresentar o trabalho desenvolvido ao longo da

intervenção pedagógica supervisionada. Durante esta intervenção foi dinamizado um

projeto de investigação-ação que visa explorar as potencialidades do uso do diário de

aprendizagem como instrumento de reflexão na expressão oral em língua estrangeira. A

seleção desta temática surgiu após a observação inicial de aulas na turma onde iria ser

realizada a intervenção pedagógica supervisionada. Nesta observação percebi que os

alunos apesar de compreenderem e de se expressarem na forma escrita, como é

expectável para os objetivos de aprendizagem do nível B1, segundo o Quadro Comum

Europeu de Referência (20011), mostravam receio e alguma relutância de se expressar

oralmente em Espanhol. Após análise de resultados do questionário inicial foi possível

confirmar as minhas perceções o que levou ao desenvolvimento deste projeto,

recorrendo a uma metodologia de investigação centrada no processo e nos alunos.

Algumas das questões que foram tratadas neste projeto de intervenção

prendiam-se com a importância que os alunos atribuem à expressão oral na sala de

aula, com o grau de consciência que eles possuem sobre o processo de participação

numa interação oral ou das suas necessidades na área da oralidade.

Seguiu-se uma fase de elaboração de estratégias de intervenção para responder

às questões investigadoras que pautaram a elaboração do Projeto de Intervenção. O

desenho das estratégias apoiou-se na análise dos documentos reguladores do processo

de ensino aprendizagem das línguas estrangeiras, tais como o QECR e o Programa de

Espanhol do Ministério da Educação (2009), e de literatura relevante como o Plano

Curricular do Instituto Cervantes2 (2006).

A par do desenho das estratégias, criaram-se instrumentos para analisar a

evolução do processo, facilitando a autorregulação da aprendizagem, tanto na ótica do

aluno, como na perspetiva do desenvolvimento profissional da docente estagiária. O

diário de aprendizagem do aluno e o diário do professor foram o eixo central de

reflexão deste projeto de investigação-ação.

O presente estudo conclui que o diário de aprendizagem constitui um

instrumento de autorregulação que permite aos alunos um maior grau de consciência

relativamente à forma como aprendem e ao professor uma reflexão estruturada sobre a

forma como põe em práticas as suas planificações. É uma ferramenta educativa pouco

utilizada mas eficaz para um maior sucesso na vida académica. O uso consciente de

estratégias de aprendizagem possibilita a monitorização da forma como se aprende e

tem implicações que ultrapassam a disciplina de língua estrangeira e se estendem a

todo o processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: estratégias de aprendizagem, diário de aprendizagem, autonomia,

autorregulação.

1 Em diante QECR. 2 Em diante PCIC.

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v

The use of the learning journal as a tool for reflection in oral interaction in foreign

language

ABSTRACT

This report is part of the context of the completion of the Master of Professional

Training in English and Spanish Teaching in the 3rd cycle of basic education and in

secondary education and aims to present the work done during the supervised teaching

intervention. During this pedagogical intervention it was spurred a project of research-

action that aims to explore the potential application of the learning journal as an

instrument of reflection in oral expression in a foreign language. The selection of this

theme arose after the initial observation of lessons in the classroom where the

supervised pedagogical intervention would be performed. Through this observation I

realized that although students understand and express themselves well in the written

form of the language, as is it expected in B1 level, according to Common European

Framework of Reference for Languages3, (2001), they showed fear and reluctance to

express themselves orally in Spanish. After analyzing the results of the initial

questionnaire my perceptions were confirmed, which led to the development of this

project, using a research methodology focused on research-action centered on the

process and on the students.

Some of the issues that were addressed in this intervention project were related to

the importance that students attach to oral expression in the classroom, with the degree

of awareness they have about the process of participation in oral interaction or their

needs in the area of oral language.

The next step in this process was the preparation of intervention strategies to

respond to the investigating issues that guided the drafting of the Intervention Project.

The design of strategies relied on the analysis of regulatory documents of the

teaching/learning process of foreign languages, such as the reference to the CEFR

(2001) and the Program of the Discipline of the Ministry of Education (2009), and

relevant literature as the Curricular Plan of the Cervantes' Institute.

In addition to the design of strategies some investigation documents were

developed in order to analyze the evolution of the process, facilitating self-regulation of

learning, both from the viewpoint of the student, as the perspective of the professional

development of the trainee teacher. The students’ learning journal and the teacher’s

journal were the central axis of reflection of this research-action project.

This study concludes that the learning journal is a self-regulatory instrument that

allows students a greater degree of awareness of the way they learn. It is an educational

tool underused but effective for greater success in academic life. The conscious use of

learning strategies enables the monitoring of how one learns and has implications that

go beyond the discipline of foreign language and extend the whole teaching-learning

process.

Keywords: learning strategies, learning journal, autonomy, self-regulation.

3 From now on CEFR (2001).

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vi

ÍNDICE

AGRADECIMENTOS .................................................................................................... iii

RESUMO ........................................................................................................................ iv

ABSTRACT ..................................................................................................................... v

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ..................................................................... ix

INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CONTEXTUAL ....................................... 12

1.1 Enquadramento teórico ........................................................................................ 12

1.1.1 A competência comunicativa............................................................................... 12

1.1.2 A interação oral e o desenvolvimento da competência comunicativa na LE ...... 13

1.1.3 O diário de aprendizagem: instrumento de reflexão e promotor de autonomia .. 14

1.1.4 Diário do professor .............................................................................................. 16

1.1.5 Estratégias de Aprendizagem – definição e tipologias ........................................ 17

1.1.6 O contributo das estratégias de aprendizagem para a autonomia do aluno ......... 18

2. O CONTEXTO DE INTERVENÇÃO ................................................................ 20

2.1 Caracterização da escola ...................................................................................... 20

2.2 Caracterização da turma ...................................................................................... 20

2.3 Objetivos e linhas do Plano de Intervenção......................................................... 21

3. CONCEÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ... 24

3.1 Metodologia e instrumentos de investigação....................................................... 24

3.1.1 Fase de Pré-Intervenção: avaliação diagnóstica e definição de estratégias ......... 25

3.1.2 Descrição do 1º Ciclo de investigação-ação e resultados .................................... 25

3.1.3 Descrição de resultados objetivos a partir do questionário inicial no 1º ciclo de

investigação-ação............................................................................................................ 27

3.1.4 Conclusões e planos de ação depois de analisado o questionário inicial ............ 43

3.1.5 Descrição do 2º ciclo de Investigação-ação: Fase de Intervenção ...................... 44

3.1.6 Monitorização do processo a partir da análise dos diários de aprendizagem ...... 45

3.1.7 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1 ................................................ 47

3.1.8 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2 ................................................ 48

3.1.9 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3 ................................................ 49

3.1.10 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4 ................................................ 50

3.2 Resultados obtidos a partir da grelha de observação da oralidade ...................... 53

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3.3 Descrição das estratégias pedagógicas e atividades utilizadas para o

desenvolvimento da interação oral ................................................................................. 55

3.4 Fase de Pós-Intervenção: descrição de instrumentos utilizados e resultados da

investigação .................................................................................................................... 57

4. SÍNTESE AVALIATIVA DO PROJETO .......................................................... 70

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 72

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 74

Anexo 1: Grelha de observação focalizada das aulas da orientadora ............................. 79

Anexo 2: Questionário inicial ......................................................................................... 81

Anexo 3: Parrilla de Oralidad ......................................................................................... 88

Anexo 4: Ficha de avaliação do trabalho de grupo ........................................................ 89

Anexo 5: Questionário final ........................................................................................... 91

Anexo 6: Entrada 1 do diário de Aprendizagem ............................................................ 98

Anexo 6.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 1 .................................... 99

Anexo 7: Entrada 2 do diário de Aprendizagem .......................................................... 103

Anexo 7.1: Amostras do diário de aprendizagem 2 ..................................................... 104

Anexo 8: Entrada 3 do diário de Aprendizagem .......................................................... 107

Anexo 8.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 3 .................................. 108

Anexo 9: Entrada 4 do diário de aprendizagem ........................................................... 113

Anexo 9.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 4 .................................. 115

Anexo 10: Diário do professor: reflexão pós aula ........................................................ 122

Anexo 10.1: Diário do professor: após análise dos diários de aprendizagem .............. 145

Anexo 11: Planificação do 1º ciclo de investigação-ação ............................................ 148

Anexo 12: Planificação do 2º ciclo de investigação-ação ............................................ 149

Anexo 13: Planificação do 3º ciclo de investigação-ação ............................................ 150

Anexo 14: Plano de aula 4 e materiais ......................................................................... 151

Anexo 14.1: Informações e estratégias de aprendizagem para a unidade 5 ................. 157

Anexo 14.2: Plano de aula 6 e materiais ...................................................................... 164

Anexo 14.3: Plano de aula 10 e materiais .................................................................... 174

Anexo 14.3.1: Estratégias para realização e apresentação do trabalho ........................ 180

Anexo 15: Respostas dos alunos à última pergunta do questionário final ................... 185

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: motivação para aprender espanhol ............................................................................................ 29

Gráfico 2: atividades preferidas para aprender espanhol ............................................................................ 28

Gráfico 3: atividades preferidas para aprender espanhol ............................................................................ 29

Gráfico 4: avaliação das competências de comunicação e EO em língua espanhola ................................. 32

Gráfico 5: circunstâncias em que o aluno fala espanhol na aula ................................................................ 33

Gráfico 6: atividades preferidas para trabalhar a compreensão e interação oral ......................................... 34

Gráfico 7: motivos que condicionam a participação do aluno na aula ....................................................... 35

Gráfico 8: estratégias utilizadas para superar dificuldades de compreensão oral ....................................... 36

Gráfico 9: estratégias utilizadas pelo aluno para superar dificuldades de expressão oral ........................... 37

Gráfico 10: estratégias que o aluno utiliza para interagir oralmente na aula .............................................. 38

Gráfico 11: utilização de algum instrumento para reflexão ........................................................................ 40

Gráfico 12: trabalho com diário de aprendizagem...................................................................................... 41

Gráfico 13: vantagens de um diário de aprendizagem ................................................................................ 42

Gráfico 14: formas possíveis de analisar um diário de aprendizagem ........................................................ 43

Gráfico 15: preferências para aprender espanhol ....................................................................................... 43

Gráfico 16: atividades preferidas para aprender espanhol .......................................................................... 44

Gráfico 17: competências da língua em que o aluno sente mais dificuldade.............................................. 60

Gráfico 18: avaliação das competências de comunicação oral em língua espanhola ................................. 61

Gráfico 19: circunstâncias em que o aluno fala espanhol ........................................................................... 62

Gráfico 20: atividades de interação oral preferidas .................................................................................... 63

Gráfico 21: objetivos alcançados com as atividades de interação oral ....................................................... 63

Gráfico 22: condicionantes a participação do aluno em atividades de oralidade na sala de aula ............... 64

Gráfico 23: estratégias para superar dificuldades de compreensão ............................................................ 64

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ix

Gráfico 24: estratégias utilizadas para superar dificuldades de expressão oral .......................................... 65

Gráfico 25: estratégias utilizadas para superar dificuldades na interação oral ........................................... 65

Gráfico 26: vantagens na utilização do diário de aprendizagem ................................................................ 66

Gráfico 27: eficácia do feedback dado aos diários de aprendizagem ......................................................... 67

Gráfico 28: vantagens na utilização do diário de aprendizagem………………...………………………..68

Gráfico 29: eficácia do feedback dado aos diários de aprendizagem…..………………………………...69

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EXPRESSÃO ORAL - EO

COMPREENSÃO ORAL - CO

INTERAÇÃO ORAL - IO

INVESTIGAÇÃO-AÇÃO – I-A

LÍNGUA MATERNA- LM

LÍNGUA ESTRANGEIRA- LE

PLANO CURRICULAR DO INSTITUTO CERVANTES - PCIC

QUADRO EUROPEU COMUM DE REFERÊNCIA PARA AS LÍNGUAS - QECR

COMMON EUROPEAN FRAMEWORK OF REFERENCE FOR LANGUAGES - CEFR

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INTRODUÇÃO

O presente relatório foi escrito no âmbito do Estágio Profissional inserido no

Mestrado em Ensino de Inglês e Espanhol no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino

Secundário, produto do projeto de intervenção pedagógica desenvolvido no ano letivo

2013/2014 na Escola Secundária Vieira de Araújo, em Vieira do Minho. Teve como

professora supervisora a Doutora Ana María Cea Álvarez e como orientadora

cooperante a Dr.ª Susana Santos.

A escolha da temática para o meu Projeto de Intervenção partiu das necessidades

educativas que percebi durante o ciclo de pré-intervenção, através da observação de

aulas, segundo uma metodologia de investigação-ação, a qual procuro refletir no

presente relatório através de uma compilação das atividades e investigações realizadas

ao longo do ano letivo. Reunidos todos os dados, o diagnóstico foi que a expressão oral

se apresentava como a competência que mais necessitava de ser trabalhada.

Aprendemos uma língua para comunicar oralmente e por escrito. Esse é também

o conceito que está na base da configuração do QECR (2001:19), que enuncia como um

dos seu principais objetivos “descrever exaustivamente aquilo que os aprendentes de

uma língua têm de aprender para serem capazes de comunicar nessa língua e quais os

conhecimentos e capacidades que têm de desenvolver para serem eficazes na sua

atuação”. No que diz respeito à metodologia de ensino, para proporcionar

oportunidades de comunicação e interação oral mais diversificadas recorri ao enfoque

por tarefas, criando atividades finais preferentemente centradas no desenvolvimento da

oralidade e que fossem de encontro às necessidades do mundo real.

Acredito que é na interação oral que se aprende a comunicar e se ultrapassam

limitações ou dificuldades de comunicação. Tal como Rebecca Oxford (1990:7) refere a

comunicação pode ser definida como “a mutual exchange between two or more

individuals which enhances cooperation and establishes commonality”. Claro que o

enfoque dado à interação oral não deixou de lado as outras destrezas linguísticas, já que

estas foram trabalhadas de forma integrada refletindo o que acontece na comunicação

real, onde todas elas estão interligadas.

Procurei ao longo da minha intervenção refletir com os alunos sobre a dimensão

afetiva na aprendizagem de uma L2, concretamente na importância de arriscar e não ter

medo de errar na comunicação oral. Esta reflexão foi feita oralmente e por escrito

através do diário de aprendizagem. Através desta ferramenta pude perceber o que os

alunos iam sentindo relativamente às atividades propostas e às estratégias trabalhadas

com eles. Esta dimensão reflexiva é pouco explorada no ensino e no entanto é

fundamental para que os discentes se conheçam melhor a si próprios enquanto

aprendentes e pessoas. Refletir sobre a aprendizagem implica desenvolver uma série de

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estratégias, como a cognição, a metacognição, a reflexão sobre as próprias emoções ou

o comportamento social no contexto de aprendizagem.

Oxford (1990:8) apresenta uma definição do que são estratégias de

aprendizagem: “learning strategies are specific actions taken by the learner to make

learning easier, faster, more enjoyable, more self-directed, more effective, and more

transferrable to new situations”. Esta capacidade de utilizar estratégias que se adaptam

ou se transferem para novas situações de aprendizagem é bastante útil para um maior

sucesso educativo. Ainda de acordo com Oxford podemos referir que todas as

estratégias de aprendizagem apropriadas são orientadas para a competências

comunicativa. “Development of communicative competence requires realistic

interaction among learners using meaningful, contextualized Language. Learning

strategies help learners participate actively in such authentic communication. Such

strategies operate in both general and specific ways to encourage the development of

communicative competence.”

O diário de aprendizagem enquanto instrumento de autorregulação sobre as

estratégias de aprendizagem usadas foi uma novidade para os alunos que inicialmente

se mostraram reticentes quanto à sua utilidade e muito inseguros quanto à forma de o

desenvolver. É pouco habitual que haja este registo escrito sobre a aprendizagem de

uma língua estrangeira. A dimensão metacognitiva que nos permite pensar sobre a

forma como aprendemos é muito pouco explorada. O uso do diário de aprendizagem

permite monitorizar o progresso do aluno e a relação afetiva com a língua estrangeira.

Permite ao professor um conhecimento mais individualizado de cada aluno e ao

discente um maior autoconhecimento. Oxford (1990:198) refere que “keeping a diary

or a journal is a very useful learning strategy in itself, and this strategy can be used to

help learners become aware of their whole range of strategies.”

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CONTEXTUAL

1.1 Enquadramento teórico

O principal propósito da aprendizagem de uma língua é ser capaz de comunicar-

se nessa língua de forma eficaz. Para isso é preciso ter em conta os saberes que os

alunos possuem do mundo e que influenciam a sua aprendizagem. O QECR (2001:147)

descreve as dimensões que devem ser desenvolvidas pelo estudante para alcançar uma

competência geral na aprendizagem: em primeiro lugar, faz referência ao conhecimento

declarativo, ou o saber. O conhecimento composto por competências e habilidades, ou

saber fazer, que lhe permitem agir em congruência com a situação em que se encontra.

A competência existencial, ou o saber ser, que pretende desenvolver atitudes,

motivações, valores, crenças e estilos de aprendizagem positivos perante a língua alvo.

Igualmente importante é também a capacidade de aprender, ou saber aprender, que se

prende com a capacidade de observar e participar em novas experiencias incorporando

conhecimentos novos aos já existentes, modificando estes quando seja necessário.

1.1.1 A competência comunicativa

Chomsky (1965) definia a competência comunicativa como capacidade

linguística inata pertencente a todos os indivíduos. Segundo este autor a criança nasce

com uma “habilidade para a compreensão” responsável pelo entendimento de signos

linguísticos que, posteriormente faz com que esta esteja apta a falar qualquer língua,

dependendo do contexto linguístico em que se encontra. Uma vez introduzida dentro

desse contexto específico de fala, esse dispositivo responsável pela aquisição da

linguagem inclui mecanismos que permitem que a criança desenvolva um código

linguístico específico em detrimento dos demais.

A partir desta noção de competência vários estudiosos, tais como Hymes (1972,

1979) ou Canale e Swain (1980) têm ampliado este conceito.

Hymes (1972: 7) cria o termo competência comunicativa e define-o como “o uso

real da língua em situações concretas” dentro de um contexto regido por normas

socioculturais. Segundo este autor a competência comunicativa abarca duas

subcompetências fundamentais. A primeira é a linguística, que se refere ao

conhecimento e uso das normas gramaticais da língua. A segunda é a sociocultural, que

se refere ao ato de fala propriamente dito tendo em conta os diversos contextos.

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13

Mais tarde Canale e Swain (1980:30) alargaram ainda mais esta definição de

competência comunicativa ao acrescentar a subcompetência estratégica que definem

como um “componente constituído por estratégias de comunicação verbal e não-verbal

que podem ser usadas para compensar falhas na comunicação devido a uma

competência não muito bem desenvolvida ou a problemas cognitivos.”

O uso estratégico das competências de aprendizagem é uma ferramenta ao serviço

dos alunos que lhes possibilita, de uma forma mais consciente, atingir a competência

comunicativa. Uma das dimensões atribuída à subcompetência metacognitiva permite

que os alunos regulem a sua cognição e possam planear e avaliar o seu processo

enquanto evoluem na sua competência comunicativa. Por sua vez, as estratégias

afetivas desenvolvem a autoconfiança e a perseverança necessária para o envolvimento

ativo na aprendizagem de uma língua, fator fundamental para atingir a competência

comunicativa. Também as estratégias compensatórias são importantes na medida em

que ajudam os alunos a ultrapassar limitações recorrendo a técnicas que habitualmente

utilizamos numa comunicação autêntica.

A competência comunicativa é um conceito que tem vindo a sofrer alterações ao

longo dos tempos dada a sua complexidade. Esta competência é a soma de um conjunto

de capacidades e não uma capacidade indivisível e que abrange as competências de

compreensão e produção, tal e como especifica Oxford (1990:7): “Communicative

competence is, of course, competence or ability to communicate. It concerns both

spoken or written language and all four language skills”.

1.1.2 A interação oral e o desenvolvimento da competência comunicativa na

LE

A interação oral na teoria da comunicação aparece definida no Dicionário de

termos chave de Espanhol Língua Estrangeira da seguinte forma:

En la teoría de la comunicación se entiende por interacción un tipo de actividad

comunicativa realizada por dos o más participantes que se influyen mutuamente,

en un intercambio de acciones y reacciones verbales y no verbales.

No QECR (2001: 36) aparece descrito de forma contundente a importância da

interação numa aprendizagem que se quer significativa do ponto de vista comunicativo,

na qual:

participam oralmente e/ou por escrito pelo menos dois indivíduos, cuja produção

e receção alternam, podendo até, na comunicação oral, sobrepor-se. Os dois

interlocutores podem falar ao mesmo tempo e, simultaneamente, ouvir-se um ao

outro. Mesmo quando as tomadas de palavra são rigorosamente respeitadas, o

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ouvinte já está geralmente a prever o fim da mensagem do emissor e a preparar a

sua resposta. Aprender a interagir assim inclui mais do que aprender a receber e

a produzir enunciados. De modo geral, atribui-se, portanto, grande importância

à interação no uso e na aprendizagem da língua, considerando o seu papel

central na comunicação.

Neste documento refere-se ainda a importância de preparar o aprendente de

línguas para interagir em vários contextos sociais, “o domínio público, privado,

educativo e profissional”.

Tendo em conta as orientações dadas no QECR (2001), um professor de línguas

deve preparar os seus alunos para situações comunicativas diversas não negligenciando

e dando especial importância às atividades de interação oral que são as que mais se

assemelham ao uso diário que fazemos da língua, pois um interlocutor é

simultaneamente falante e ouvinte no processo de interação oral.

No QECR (2001: 112) são elencados exemplos de atividades de interação:

Transações

Conversa informal

Discussão informal

Discussão formal

Debate

Entrevista

Negociação

Planeamento conjunto

Cooperação prática com vista a um fim específico

Estas atividades vão sendo gradualmente aplicadas aos diferentes níveis de

proficiência linguística.

1.1.3 O diário de aprendizagem: instrumento de reflexão e promotor de

autonomia

Oxford (1990:198) refere que manter um diário é uma estratégia muito útil que

pode ajudar os alunos a tornarem-se conscientes de todas as estratégias que possuem.

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15

As estratégias de aprendizagem favorecem a autonomia nos alunos, pois ao

possibilitar uma autorregulação da própria aprendizagem, que consiste em tomar

consciência daquilo que sabemos, daquilo que desejamos saber e da forma como

podemos ultrapassar as nossas limitações, aponta o caminho para uma aprendizagem

mais autónoma e consciente. Este ato de reflexão é um ato isolado que exige análise e

capacidade de pensar sobre o sucedido com vista a uma ação que permita melhorias.

Quanto maior for o conhecimento do sujeito sobre si mesmo enquanto estudante maior

será o seu grau de autonomia na sua vida académica. Num sistema de ensino em que

cada vez mais temos turmas numerosas é fundamental para o sucesso dos alunos que

estes sejam autónomos no seu estudo. Esta autonomia é conseguida através da reflexão

que precisa de ser exercitada e inicialmente guiada através de linhas orientadoras para a

reflexão pretendida. Se pedirmos aos alunos que se foquem especificamente nas

estratégias de aprendizagem poderemos ter que lhes dar sugestões ou notas sobre as

estratégias por eles experimentadas4. Mais à frente no ponto 1.1.6 irei desenvolver este

aspeto.

Os diários de aprendizagem funcionam como ferramentas de autoavaliação que

ajudam os alunos a avaliar os seus progressos ao mesmo tempo que os ajuda a entender

os seus sentimentos, atitudes e perceções acerca do processo de aprendizagem de uma

língua.

Na aprendizagem de uma língua é importante ter em consideração a dimensão

afetiva. Utilizar um diário de aprendizagem permite que os alunos se conheçam melhor

de forma a evitar que as emoções negativas bloqueiem a aprendizagem e no sentido

oposto permite que cada aluno tire partido das emoções positivas que os ajudam a ser

bem-sucedidos.

Os alunos podem beneficiar quando partilham o diário com o docente, pois o

feedback pode trazer transformações que permitam, por exemplo, diminuir a ansiedade,

aumentar a autoconfiança ou ultrapassar inibições.5

Escrever um diário de aprendizagem e discutir os sentimentos com outra pessoa

são estratégias afetivas que permitem um maior conhecimento da “temperatura

emocional” de cada aprendente.

4 Nos anexos 6 a 9.1, é possível ver um conjunto de amostras dos diários de aprendizagem dos alunos (coloquei três amostras de diferentes alunos por cada entrada no diário de aprendizagem) e perceber como ao longo da intervenção pedagógica (verificar a data de cada diário) as suas reflexões foram ficando mais estruturadas. 5 Foi com esse intuito que fiz os comentários a cada aluno individualmente após análise das suas reflexões.

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1.1.4 Diário do professor

O diário do professor foi desenvolvido por mim após cada aula assistida e após

cada análise dos diários de aprendizagem dos alunos com o intuito de criar um registo

escrito que me permitisse aferir a evolução dos alunos ao longo da minha intervenção

pedagógica. Cada entrada no diário do professor tem uma data que permite através da

análise cronológica desses diários ver as impressões que o trabalho com as estratégias

de aprendizagem realizado com os alunos foi surtindo. Apresento em anexo6 o corpus

dos diários do professor com o intuito de ser visível o trabalho desenvolvido pelos

alunos e o seu envolvimento no uso das estratégias de aprendizagem trabalhadas em

cada unidade.

Foram feitas dois tipos de reflexões: uma reflexão após cada aula dada, e outra

reflexão após a análise dos diários de aprendizagem dos alunos. Na reflexão pós aula

procurei apontar todos os aspetos relacionados com o projeto de intervenção e com as

estratégias trabalhadas. Na reflexão após análise de cada diário de aprendizagem dos

alunos procurei registar as reações dos alunos a cada diário de aprendizagem. Os alunos

realizaram uma entrada por unidade, totalizando quatro entradas. O número é reduzido,

mas aceitável para alunos com uma carga letiva de espanhol de apenas 90 minutos por

semana.

Efetuar uma reflexão escrita sobre a minha prática enquanto docente obrigou-me

a rever o que fiz e o que poderia melhorar em futuras intervenções. O diário do

professor funcionou como um espelho no qual procurava refletir todos os aspetos

relacionados com a atividade pedagógica com o maior detalhe possível, tendo em vista

uma reconstrução da minha ação enquanto docente. Esta perspetiva é defendida por

Maria Alfredo Moreira (2006:73), que refere:

O diário como estratégia de desenvolvimento profissional de professores

tem vindo a ser amplamente defendido no estudo do pensamento do

professor, enquanto instrumento facilitador do processo de construção de

conhecimento pela reflexão sobre/ indagação das práticas. O registo escrito

da experiência e o distanciamento que cria face a ação promove a

consciencialização crítica, ao oferecer um “espelho” que permite ao

professor ver-se e rever-se na sua prática educativa, compreender (-se)

melhor e à sua profissão, tendo em vista a reconstrução da sua ação

profissional.

6 Anexo 10.

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1.1.5 Estratégias de Aprendizagem – definição e tipologias

Segundo o QECR (2001: 90):

As estratégias são um meio que o utilizador da língua explora para mobilizar e

equilibrar os seus recursos, para ativar capacidades e procedimentos, de modo a estar

à altura das exigências de comunicação em contexto e a completar com êxito a tarefa

em causa, da forma mais exaustiva ou mais económica segundo os objetivos pessoais.

O uso de estratégias é importante na aprendizagem de uma língua uma vez que

estas visam rentabilizar a eficácia comunicativa do aprendente. O desenvolvimento da

competência comunicativa requer a capacidade de interação real entre os aprendentes

através do uso de linguagem significativa e contextualizada.

Segundo Oxford (1990: 8) o conceito de estratégias de aprendizagem é um

conceito rico que visa melhorar a experiência do aprendente e que não se esgota na

disciplina em que é “treinado”:

As estratégias de aprendizagem são ferramentas que são usadas porque há um

problema para resolver ou um objetivo para atingir.

Ao longo da minha intervenção pedagógica procurei trabalhar com os alunos,

primeiro de forma explícita e depois de forma implícita, um conjunto de estratégias de

aprendizagem, das quais apresento em seguida a definição, de acordo com a obra de

Oxford (1990).

Ao longo da obra são abordadas seis estratégias de aprendizagem que são

divididas em estratégias diretas, aquelas que são usadas para lidar com aprendizagem

da nova língua; e estratégias indiretas, que têm a ver com a gestão da aprendizagem.

Estas estratégias estão interligadas e suportam-se mutuamente.

Dentro das estratégias diretas estão estratégias de memória, estratégias cognitivas

e estratégias compensatórias.

As estratégias de memória, por vezes chamadas mnemónicas, têm sido usadas

há milhares de anos. Permitem memorizar novos conceitos através da criação de

ligações mentais, através da aplicação de imagens ou sons, através da revisão do que se

está a aprender, ou através da ação (seja resposta física ou técnicas mecânicas).

Algumas estratégias cognitivas, tais como a análise e algumas estratégias de

memorização, como a técnica da palavra-chave, são extremamente úteis para

compreender e recordar nova informação.

As estratégias compensatórias, que permitem inferir um significado quando este

é desconhecido, ou usar sinónimos ou gestos para expressar o significado de uma

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palavra ou expressão desconhecida, são muito úteis para o desenvolvimento da

competência comunicativa.

As estratégias indiretas englobam estratégias metacognitivas, estratégias afetivas

e estratégias sociais.

As estratégias metacognitivas ajudam os aprendentes a regular a sua própria

cognição e a organizar, planear e avaliar o seu progresso na sua evolução em relação à

competência comunicativa.

As estratégias afetivas desenvolvem a autoconfiança e a perseverança necessária

aos alunos para se envolverem ativamente na aprendizagem da língua, requisito

necessário para alcançar a competência comunicativa.

As estratégias sociais proporcionam o aumento da interação e um conhecimento

mais empático, duas características necessárias para alcançar a competência

comunicativa.

Segundo Oxford (1990:13) muitos fatores influenciam a escolha das estratégias a

trabalhar com os alunos: o grau de consciência, o nível de aprendizagem, as

características da atividade, as expectativas do professor, a idade, o sexo, a

nacionalidade/etnia, o estilo geral de aprendizagem, os traços de personalidade, o grau

de motivação, e o propósito com que se aprende a língua estrangeira.

1.1.6 O contributo das estratégias de aprendizagem para a autonomia

do aluno

O papel do professor tem vindo a mudar. A visão de uma figura autoritária que

tem como missão “curar” a ignorância dos alunos está ultrapassada. O que se espera do

professor atualmente é algo muito mais desafiante. Uma vez que o foco de atenção

recai agora sobre o papel do aluno, parte-se da hipótese de que este identifica as

estratégias de aprendizagem que costuma utilizar e aquelas que necessita para se tornar

mais autónomo. O papel do docente é atualmente mais variado e necessariamente mais

criativo, pois deve ajudar a desvendar essa informação para que o estudante se torne

mais eficaz.

A propósito da mudança no papel do professor Oxford (1990:10) refere: “Their

status is no longer based on hierarchical authority, but on the quality and importance of

their relationship with learners. When learners take more responsibility, more learning

occurs, and both teachers and learners feel more successful.”

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As estratégias de aprendizagem, pelo facto de darem ao aluno ferramentas para

ultrapassar limitações, permitem que o aluno melhore a sua proficiência linguística e

aumente a sua autoconfiança7.

Oxford (1990: 1) explica a importância das estratégias de aprendizagem de uma

língua:

Learning strategies are steps taken by students to enhance their own learning.

Strategies are especially important for language learning because they are tools for

active, self-directed involvement, which is essential for developing communicative

competence. Appropriate language learning strategies result in improved proficiency

and greater self-confidence.

Segundo Oxford (1990: IX) as estratégias de aprendizagem aumentam a

autonomia do aluno “Learning strategies are keys to greater autonomy and more

meaningful learning. Although learning strategies are used by students themselves,

teachers play an important role in helping students develop and use strategies in more

effective ways.”

Para qua haja a conquista da autonomia é aconselhável um treino explícito e

implícito de modo a orientar os alunos na aprendizagem de estratégias que lhe

permitam maior independência no seu estudo.

Quando os alunos assumem mais responsabilidade no processo de ensino a sua

aprendizagem é mais significativa e tanto professor como alunos sentem-se bem-

sucedidos.

A autonomia é um processo que exige trabalho sério e contínuo, quer por parte

dos alunos, quer por parte do professor. É necessária reflexão sobre a forma como se

aprende para se identificar o que está menos bem e solucionar o “problema” de forma a

alcançar o sucesso pretendido.

Um maior conhecimento das estratégias de aprendizagem está diretamente

relacionado com uma maior autonomia dos alunos. É necessário um treino contínuo que

permita aos aprendentes a aquisição de ferramentas de aprendizagem que os tornem

mais autónomos na construção do seu conhecimento. Este treino requer formação

contínua da parte dos professores, para que estes se sintam aptos a ajudar os seus alunos

num território ainda pouco explorado, como é este do treino em estratégias de

aprendizagem.

7 Em cada unidade didática criei uma ficha com orientações para a tarefa final onde elencava algumas das estratégias de aprendizagem que os alunos poderiam utilizar para realizar a atividade pedida. Ver anexos 14.1.1 e 14.3.1. Na planificação de aula apresentada no anexo 14.3 também é possível verificar o tipo de estratégias eleitas para essa aula.

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2. O CONTEXTO DE INTERVENÇÃO

2.1 Caracterização da escola

A escola onde foi desenvolvido o meu estágio profissional foi a EB 2,3/S Vieira

de Araújo em Vieira do Minho.

O Agrupamento de Escolas de Vieira de Araújo situa-se no concelho de Vieira do

Minho e abrange todas as freguesias do concelho. É composto por cinco

estabelecimentos de educação e ensino: as escolas básicas de Rossas e de Guilhofrei, os

centros escolares de Domingos Abreu e de Cávado e a Escola Básica e Secundária

Vieira de Araújo.

O agrupamento tem como missão promover o envolvimento de todos os alunos e

da comunidade educativa no processo de ensino/aprendizagem, ao nível de todos os

graus de ensino, com o intuito de combater a indisciplina e o insucesso escolar e

promover a cidadania e a sustentabilidade.

O contexto socioeconómico do Agrupamento é desfavorável uma vez que é

maioritariamente rural e há muito desemprego. No ano letivo 2013/2014 estiveram

inscritos no agrupamento 1783 alunos.

2.2 Caracterização da turma

As aulas foram postas em prática na turma da minha orientadora, a Dra. Susana

Santos, numa turma de 9º ano, de Espanhol nível B1 (segundo os níveis estipulados no

QECR, 2001). São 19 alunos, 13 raparigas e 6 rapazes, que vêm de turmas diferentes e

têm níveis de proficiência diferentes em Espanhol. A média de idades ronda os 14 anos

e há 3 alunos repetentes. Não demonstram problemas de indisciplina e têm uma postura

adequada. Ao nível do saber, revelam dificuldades na expressão e interação oral em

Espanhol. Essas dificuldades e o desconhecimento de estratégias de aprendizagem que

os ajudem a ultrapassá-las traduzem-se em insegurança em estabelecer interação oral na

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língua estrangeira. A carga letiva desta turma é de apenas 90 minutos de Espanhol por

semana.

Esta turma iniciou o estudo da língua espanhola no 7º ano de escolaridade. É o

terceiro ano que tem a disciplina de Espanhol. O manual adotado foi “Club Prisma”

correspondente ao nível A2/B1, nível intermédio (conforme o QCER 2001). Na minha

intervenção pedagógica procurei usar maioritariamente o livro dos alunos de forma a

satisfazer um pedido dos representantes dos encarregados de educação que, na reunião

de início de ano, pediu que os alunos utilizassem os manuais adquiridos de forma a

rentabilizar o investimento feito pelos encarregados de educação. Contudo, tendo em

conta as orientações do Programa de Espanhol (2009) – Nível de Continuação 7.º, 8.º e

9.º anos de escolaridade, criei para todas as aulas materiais audiovisuais e outros

recursos adicionais que considerei uteis para estimular os alunos de forma a despertar a

sua curiosidade e interesse pela língua estrangeira em estudo. As tarefas finais pedidas

em cada unidade tiveram sempre em conta o caráter comunicativo da língua e embora

abrangessem todas a destrezas tiveram especial enfoque na expressão/interação oral.

Procurei que as atividades seguissem os requisitos previstos no programa que refere que

“As atividades têm de ser atraentes, referidas a temas que estejam relacionados com os

seus interesses e idades” (Programa de Espanhol, 2009: 14).

2.3 Objetivos e linhas do Plano de Intervenção

Neste ponto vou elencar os objetivos e linhas principais do plano de intervenção

que apresento numa tabela por considerar que essa forma de organização da informação

permite uma compreensão mais clara quer dos objetivos quer das estratégias e

instrumentos de investigação correspondentes a cada objetivo.

Numa fase inicial da intervenção procedeu-se à identificação de necessidades do

grupo alvo, através da observação de aulas e da leitura dos dados socioeconómicos da

turma, que se encontravam disponíveis para consulta na escola. Partindo daí, foram

criados alguns instrumentos de recolha de informação, como questionários, para aferir

as representações que os alunos têm da interação oral, das suas dificuldades e

estratégias para as ultrapassar.

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Durante a intervenção foram recurso indispensável outros instrumentos de

autorregulação como reflexões escritas e pautadas no diário de aprendizagem com

respetivo feedback da docente estagiária e/ou questionários e atividades várias de

produção oral, que foram analisados em vários momentos do processo de

aprendizagem.

Na fase de pós-intervenção houve o recurso ao questionário com o intuito de

avaliar o impacto das estratégias utilizadas e as perceções dos alunos sobre as mesmas.

Dentro de uma metodologia de ensino comunicativa foi favorecido o trabalho

colaborativo, tendo o aluno como centro do processo de ensino-aprendizagem e

adotando um enfoque por tarefas que permita aos alunos trabalhar situações

comunicativas reais. O aluno é o centro do processo de ensino/aprendizagem e o

objetivo é que seja autónomo, para tal, numa pedagogia para a autonomia, é essencial a

reflexão como estratégia de autoconhecimento. Nesse sentido foi desenvolvido com os

alunos um diário de aprendizagem, que funcionou sempre em suporte digital. Ao longo

das aulas foram trabalhadas estratégias de aprendizagem de forma explícita que depois

eram objeto de reflexão por parte dos alunos. No final de cada unidade os alunos

recebiam no correio eletrónico da turma uma ficha guia, com tópicos e/ou questões,

para refletir sobre as estratégias usadas ao longo da unidade e para avaliarem o impacto

que estas tiveram na sua aprendizagem. Individualmente, cada aluno respondia a partir

do seu correio eletrónico e a docente estagiária dava o feedback em particular a cada

aluno, porque essa foi a forma como os alunos se sentiram mais à vontade para realizar

as suas reflexões sem estarem expostos à observação dos colegas de turma.

A reflexão foi a pedra de toque deste projeto de investigação-ação. Tanto a

reflexão dos alunos como a reflexão da professora feita no diário do professor, onde se

refletia sobre o trabalho desenvolvido e se traçavam linhas de ação futura em atividades

semelhantes caso a estratégia implementada não tivesse funcionado de forma

satisfatória. Todos os instrumentos de investigação utilizados tiveram como objetivo

cruzar informação para poder aferir de forma mais global as preocupações e

dificuldades dos alunos, assim como a sua perceção da utilidade das estratégias

desenvolvidas durante as aulas.

Apresento de seguida na tabela 1 o quadro síntese do meu Plano de Intervenção.

A cada objetivo delineado corresponde uma estratégia e o tipo de informação que

pretendo aferir.

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Quadro síntese do Plano de Intervenção

Objetivos

Estratégias/Instrumentos de

Investigção

Informação a Recolher

1. Aferir as motivações e

perceções dos alunos

relativamente à importância da

interação oral para o

desenvolvimento da

competência comunicativa.

Observação de aulas com grelha

de observação focalizada

Modo como os alunos interagem na

sala de aula, seja entre si e/ou com

a professora.

Questionário inicial (criado para

aferir preferências e hábitos dos

lunos)

Perceções dos alunos sobre a

interação oral.

2. Promover a interação oral na

sala de aula através de tarefas

significativas que vão de

encontro às tarefas do mundo

real.

Audição de canções,

visionamento de curtas-

metragens e/ou publicidade,

jogos de dramatização, etc.

Envolvimento dos alunos nas

atividades realizadas e preferências

de aprendizagem.

3. Promover a autonomia e

recolher evidências do processo

de ensino/aprendizagem que

possibilitem controlá-lo de

forma mais apurada e

redesenhar práticas educativas.

Grelhas de observação direta e

reflexão sobre as mesmas.

Diário de aprendizagem

(alunos).

- Diário da docente.

Perceções dos alunos sobre a

interação oral.

Impacto da reflexão no

desenvolvimento da competência

estratégica com vista à autonomia

dos alunos.

Repensar práticas docentes.

4. Avaliar o impacto das

estratégias propostas no

processo de ensino

aprendizagem, contribuindo

para uma capacidade reflexiva

da docente.

Questionário final aos alunos

para aferir o impacto da

intervenção.

Comparar perceções iniciais, antes

do projeto de intervenção, com as

perceções que os alunos têm a meio

do ciclo e no final do ciclo de

investigação-ação, sobre o papel da

interação oral na aprendizagem da

língua estrangeira e o modo como

aprendem.

Tabela 1: Quadro síntese do Projeto de Intervenção

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3. CONCEÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

3.1 Metodologia e instrumentos de investigação

Ao longo da intervenção foi implementada uma metodologia de investigação-

ação. De uma forma simplificada podemos afirmar que esta metodologia está orientada

para a melhoria da prática nos diversos campos da ação, pois destina-se à melhoria das

práticas mediante a mudança e a aprendizagem a partir das consequências dessas

mudanças. Permite a participação de todos os implicados e desenvolve-se numa espiral

de ciclos de planificação, ação, observação e reflexão. A investigação-ação pressupõe

investigação sobre a própria prática no seio da educação com o intuito de a melhorar,

tal como podemos verificar na citação que se segue:

Trata-se de um procedimento in loco visando lidar com um problema

concreto localizado num contexto imediato. Isto significa que o processo é

constantemente controlado passo a passo (numa situação ideal) durante

períodos de tempo variáveis, utilizando diversos modos de avaliação (diários,

narrativas, entrevistas, questionários e estudo de casos, por exemplo), de

modo que os resultados obtidos levem a reformulações, modificações,

ajustamentos e mudanças de direcção, conforme as necessidades, de modo a

orientar a investigação no caminho mais adequado. (Cohen & Manion,

19878).

O ciclo de investigação-ação compreendeu três fases. Numa fase inicial da

intervenção procedeu-se à identificação de necessidades do grupo alvo, através da

observação de aulas e da leitura dos dados socioeconómicos da turma. Partindo daí,

foram utilizados alguns instrumentos de recolha de informação, como questionários,

para aferir as representações que os alunos tinham da interação oral, das suas

dificuldades e estratégias para as ultrapassar. Durante a intervenção foram recurso

indispensável outros instrumentos de autorregulação como reflexões escritas e pautadas

no diário de aprendizagem com respetivo feedback da docente estagiária e/ou

questionários e atividades várias de produção oral, que foram analisados em vários

momentos do processo de aprendizagem. Numa fase final houve recurso a um

8 In https://sites.google.com/site/faadsaze/home (metodologias de investigação em educação).

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questionário final que permitisse aferir e comparar as perceções dos alunos com as

inicialmente demonstradas.

Numa pedagogia para a autonomia o aluno é o centro do processo de

ensino/aprendizagem e o objetivo é que seja autónomo, para tal, é essencial o

conhecimento de estratégias que permitam ultrapassar limitações e que gerem maior

autoconhecimento. O diário de aprendizagem foi a ferramenta que permitiu desenvolver

a metacognição sobre a aprendizagem.

3.1.1 Fase de Pré-Intervenção: avaliação diagnóstica e definição de

estratégias

Numa fase de pré-intervenção foram efetuadas observações de aula na turma onde

iria ser implementado o projeto de investigação-ação. Essa observação foi registada em

grelhas de observação focalizada. Nesta fase foi possível aferir as áreas onde os alunos

se sentiam mais à vontade e também aquelas onde tinham mais dificuldades no domínio

do saber fazer.

A partir da observação foram delineadas estratégias de ação e foi criado o

questionário inicial que permitiu comprovar alguns dados observados e recolher mais

informação sobre preferências de aprendizagem da turma.

3.1.2 Descrição do 1º Ciclo de investigação-ação e resultados

O período de pré-intervenção decorreu durante o primeiro período letivo. Nesta

fase procedi à observação de aulas e à recolha de informação que me permitiu elaborar

o meu projeto de intervenção pedagógica. Utilizei uma grelha de observação (anexo 1)

onde registava as metodologias pedagógicas utilizadas pela minha orientadora da

escola, e durante as aulas observava também as áreas onde os discentes revelavam

maiores dificuldades. Partindo destas observações criei um questionário (anexo 2), que,

depois de analisar os dados recolhidos, me permitiu ver as áreas em que os alunos

diziam sentir maiores obstáculos. Este questionário estava dividido em duas partes. A

primeira parte, o grupo I, era referente à aprendizagem do Espanhol. Com as perguntas

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aqui formuladas pretendia saber quais as motivações dos alunos para terem escolhido a

língua espanhola em detrimento de outra. Pretendia também aferir junto dos alunos que

atividades preferiam realizar na sua aprendizagem e que metodologias de trabalho eram

mais úteis para cada um. A última pergunta deste primeiro grupo pretendia recolher

junto dos alunos as suas perceções quanto às dificuldades sentidas em cada

competência da língua espanhola.

Este primeiro grupo deu-me informações que me permitiram pensar em

atividades que fossem ao encontro das preferências dos alunos e utilizar metodologias

de ensino variadas para tentar estimular as inteligências múltiplas deste grupo de

alunos. Permitiu-me ainda confirmar o que já tinha percebido nas observações de aulas,

que nem todos os alunos pareciam ter consciência das áreas onde as suas dificuldades

eram mais evidentes. Por isso resolvi desenvolver com os discentes um diário de

aprendizagem que os levasse a refletir sobre a sua aprendizagem. Esta componente

metacognitiva permitiu-lhes um maior grau de consciência das suas aprendizagens e

contribuiu para uma maior autonomia no uso da língua espanhola.

Na segunda parte do questionário pretendia saber as opiniões dos alunos

relativamente à interação e compreensão oral e sobre o seu hábito de refletir sobre as

estratégias que os ajudam a superar as suas dificuldades. Através da análise desta

segunda parte confirmei o que já tinha verificado também na observação: os alunos

diziam utilizar a língua espanhola desde que fossem estimulados pela professora a fazê-

lo, ou seja, a tendência era para utilizar sempre o português nas respostas, só quando a

professora insistia para que tentassem responder em espanhol é que os alunos iam

arriscando na utilização da língua estrangeira. Não tinham o hábito de refletir sobre as

estratégias que os poderiam ajudar porque nunca o tinham feito enquanto estudantes,

nem sob a forma de diário nem de qualquer outro modo. Estes dados permitiram-me

trabalhar com os alunos de forma consciente, umas vezes explicita outras

implicitamente estratégias que lhes permitissem arriscar no uso da língua espanhola,

tais como: trabalhar em grupo sem entrar em conflito dividindo tarefas, ter maior

confiança durante uma apresentação oral e sobretudo ter consciência de que errar faz

parte do processo de aprendizagem e que se nos damos conta de que erramos devemos

reformular e continuar o ato comunicativo.

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Esta prática de estratégias afetivas, como não ter medo de arriscar a falar em

público e de estratégias compensatórias, como ultrapassar limitações na oralidade

utilizando sinónimos ou circunlóquios foi uma prática constante durante a minha

intervenção pedagógica. Num primeiro momento referia as estratégias e explicava aos

alunos em que consistiam e posteriormente quando sentia que as usavam perguntava-

lhes que tipo de estratégia estavam a utilizar levando-os a refletir sobre a sua

aprendizagem. Esta reflexão era também uma prática durante as entradas que faziam

nos diários de aprendizagem.

3.1.3 Descrição de resultados objetivos a partir do questionário

inicial no 1º ciclo de investigação-ação

Procedo agora à análise de resultados obtidos através do primeiro questionário

aplicado com o objetivo de aferir preferências dos alunos em relação a metodologias de

aprendizagem, hábitos de estudo, dificuldades sentidas9. O questionário continha

respostas maioritariamente fechadas, estruturadas numa escala que variava entre o nada,

pouco, bastante e muito. O questionário está dividido em três grupos, sendo que o

primeiro grupo de perguntas se refere à motivação e estilos de aprendizagem dos alunos

para aprender espanhol. Em seguida apresentam-se os dados recolhidos e a sua análise

estatística em função de cada um dos grupos do questionário.

Grupo I: motivação para aprender espanhol

9 As respostas deste questionário estão em Espanhol porque foram tratados na disciplina de Análise e Criação de Materiais Didáticos que era lecionada em Espanhol. O questionário, no entanto, foi feito em português para não constituir um entrave linguístico à compreensão dos alunos.

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Gráfico 1: Motivação para aprender Espanhol

Ao efetuar esta pergunta pretendia saber qual a motivação dos alunos ao escolher

espanhol. Num total de 19 alunos, a principal razão pela qual escolheram espanhol foi

por considerarem que é uma língua fácil (14 alunos). Há um número considerável (10)

que refere que optou por esta disciplina porque gosta de aprender outras línguas. Há

ainda 8 alunos que referem que o espanhol é uma língua importante para o seu futuro.

Nesta pergunta pretendia que os alunos refletissem sobre as atividades que são mais

motivantes para aprender espanhol. A maioria, 17 alunos, diz que gosta de aprender a

ver filmes, publicidades, curtas-metragens, etc. Também referem que gostam de

exercícios de audição (14 alunos) e de falar.

Gráfico 2: Atividades preferidas para aprender espanhol

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Na terceira pergunta pretendia conhecer os estilos de aprendizagem em relação ao

trabalho na sala de aula. Nas respostas referiram que o trabalho de pares, o trabalho de

grupo, e a interação professora/alunos, bem como atividades extracurriculares são as

metodologias preferidas desta turma.

Gráfico 3: Atividades preferidas para aprender espanhol

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Com esta 4ª pergunta pretendia saber se os alunos têm algo que os desmotive e que lhes

faça ter menos sucesso nos seus estudos. As respostas dadas referem que os alunos não

creem que haja fatores que condicionem o seu sucesso escolar, o que demonstra que os

alunos não refletiram ainda sobre fatores externos ao que se passa na sala de aula mas

que podem condicionar o seu sucesso e o seu aproveitamento escolar.

Gráfico 4: Fatores que influenciam o êxito escolar

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Com a pergunta número 5 queria saber em qual das competências de uma língua os

alunos sentem mais dificuldade. As respostas revelam alguma dispersão, mas a

expressão/interação oral e a compreensão escrita são as competências nas quais os

alunos dizem sentir mais dificuldade. De um universo de 19 alunos, 11 dizem sentir

pouca dificuldade na oralidade, 4 referem que sentem bastante dificuldade e apenas 1

refere que não sente dificuldades.

As perguntas que se seguem pertencem ao segundo grupo e dizem respeito à expressão

e à interação oral. Aqui procurámos perceber quais as representações que os alunos têm

relativamente a estas competências, especificamente a forma como avaliam as suas

competências de compreensão e comunicação oral em língua espanhola.

Gráfico 5: Competências linguísticas em que o aluno sente mais dificuldade

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Grupo II: interação e compreensão oral

O objetivo desta sexta pergunta era aferir o grau de consciência relativamente à

utilização da língua espanhola em contexto de sala de aula e verificamos que os alunos

se consideram bastante competentes na compreensão e comunicação oral.

Relativamente ao uso da linguagem adequada ao contexto comunicativo, 10 alunos

referem que utilizam bastante, 2 alunos referem que utilizam muito e 7 dizem utilizar

pouco linguagem adequada ao contexto comunicativo.

Relativamente à participação em situações de comunicação propostas pela professora a

turma demonstra-se mais dividida: 10 alunos referem participar bastante e 9 alunos

dizem participar pouco.

Quanto à interação em espanhol com a professora e com os companheiros, 10 alunos

referem que interagem bastante na língua espanhola, 8 referem que interagem pouco e

apenas 1 refere que não interage em espanhol. No entanto na observação das aulas o

que se verifica é um número inferior de alunos a arriscar-se a interagir em espanhol.

Quanto à compreensão do que é dito em espanhol na sala de aula, 10 alunos dizem que

entendem bastante o que é dito; 8 referem que entendem muito do que é dito, ou seja

quase tudo; e um aluno refere que entende pouco do que é dito.

Gráfico 6: Avaliação das competências de comunicação e EO em língua espanhola

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Quando questionados quanto às circunstâncias em que falam espanhol na aula, os

alunos deram respostas que se aproximam do que se observa nas aulas. A maioria dos

alunos, 12, refere que fala sobretudo quando a professora pede. Por iniciativa própria

apenas 3 alunos admitem falar bastante. Há 14 alunos que referem que falam pouco e 2

alunos que referem que não falam. No item seguinte, falar espanhol para esclarecer

dúvidas, 12 alunos admitem que falam pouco, 6 referem que falam bastante e 1 aluno

refere que não usa a língua espanhola. Na interação com os companheiros, 13 alunos

referem que usam pouco a língua espanhola, 4 alunos referem que usam bastante a

língua espanhola e 2 alunos dizem que não usam nada a língua espanhola na interação

com os seus pares. Quanto ao uso da língua espanhola na interação com a professora,

10 alunos referem que a utilizam pouco e 9 alunos referem que a utilizam bastante.

Gráfico 7: Circunstâncias em que o aluno fala espanhol na aula

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Na oitava pergunta pretendia saber quais as atividades de compreensão e de interação

oral que os alunos preferem. O objetivo é adequar as atividades propostas na aula indo

de encontro ao agrado da maioria dos alunos.

As atividades que reúnem mais consenso são as de visualização de documentários,

publicidade, etc., 13 alunos referem gostar bastante, 5 alunos dizem gostar muito e

apenas um aluno refere gostar pouco destas atividades.

As atividades de audição também parecem ser do agrado dos alunos: 9 alunos dizem

gostar muito, 6 alunos referem que gostam bastante, 3 alunos dizem gostar pouco e 1

aluno não gosta deste tipo de atividades. O que se pode observar em contexto de sala de

aula é que os alunos gostam destas atividades de audição mantendo-se atentos e

participativos.

Quanto às apresentações orais, 8 alunos gostam pouco, 7 alunos gostam bastante, 3

alunos não gostam nada e 1 aluno gosta muito.

Relativamente aos debates, 11 alunos referem que gostam pouco, 5 dizem que não

gostam nada, 3 referem que gostam bastante.10 De referir que já se realizou uma

atividade de debate e que os alunos aderiram e participaram com entusiasmo.

10 Esta situação foi possível de ser verificada através de observação direta em aula.

Gráfico 8: Atividade preferidas para trabalhar a compreensão e interação oral

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Quanto às dramatizações, 9 alunos referem que gostam pouco, 5 assinalam que gostam

bastante e outros 5 dizem não gostar nada, apesar de esta ser uma atividade sugerida no

programa do 9º ano de escolaridade à qual os alunos costumam aderir com agrado

Quando questionados quanto aos motivos que podem condicionar a sua participação na

aula, os alunos referem como causas principais o medo de errar: 5 alunos referem que

têm bastante medo de errar, 2 referem que têm muito, 8 referem que têm pouco e 4

referem que não têm medo de errar.

A timidez é apontada por 14 alunos como uma condicionante da sua participação: 8

alunos referem que pouco, 3 alunos dizem bastante e outros 3 referem que muito. Há,

no entanto 5 alunos que referem não sentir timidez.

A falta de vocabulário é um fator que segundo os alunos os limita pouco. De acordo

com a análise das respostas dadas, 10 alunos dizem sentir-se pouco condicionados pela

falta de vocabulário; 5 alunos sentem-se bastante condicionados; 3 alunos sente-se nada

condicionados e apenas 1 aluno admite sentir-se muito condicionado pela falta de

vocabulário.

Gráfico 9: motivos que condicionam a participação do aluno na aula

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As outras opções apontadas como possíveis causas que pudessem condicionar a

participação dos alunos na sala de aula não pareceram ter muita relevância no

desempenho dos alunos, uma vez que as respostas dadas andam nas escalas mais

baixas, no pouco ou no nada, como se pode verificar no gráfico acima apresentado.

A pergunta número 10 referia-se às estratégias adotadas para superar as dificuldades de

compreensão oral. Foram elencadas 9 possíveis estratégias, conforme se pode constatar

no gráfico acima apresentado, e foi dada a possibilidade, tal como em todas as questões

anteriores, de acrescentar outras que considerassem relevantes. Não houve nesta, nem

em nenhuma outra pergunta qualquer tipo de sugestão.

Uma das estratégias apontadas para superar dificuldades de compreensão oral foi a

dedução de uma palavra pelo contexto: 8 alunos referem que a utilizam muito, 6 alunos

referem que utilizam bastante e 5 alunos dizem utilizar pouco esta estratégia.

Outra estratégia apontada era apreender a informação mais importante da mensagem:

14 alunos dizem utilizar bastante, 3 referem que a utilizam muito e 2 dizem que

utilizam pouco esta estratégia.

Gráfico 10: Estratégias utilizadas para superar dificuldades de compreensão oral

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Seguia-se “ignoro palavras que considero não relevantes”: 11 alunos dizem utilizar

pouco esta estratégia e 8 referem que não a utilizam.

Outra estratégia assinalada era procurar entender o significado de palavras novas: 10

alunos dizem que o fazem bastante, 6 alunos referem que o fazem muito e 3 alunos

dizem que não usam esta estratégia.

Perguntou-se ainda se os alunos acham que ouvem com atenção tudo o que é dito: 9

alunos referem que bastante, 7 referem que muito e 3 dizem que pouco.

Perguntou-se ainda se o facto de não entenderem o que estava a ser dito os levava a

desinteressarem-se. A maioria da turma, 17 alunos, referiu que o facto de não

compreender alguma coisa não lhes causa desinteresse.

Num universo de 19 alunos, 15 diz recorrer ao português para pedir esclarecimentos.

Apenas 4 alunos referem que não o fazem.

Há 11 alunos (7 bastante e 4 muito) que referem que pedem à professora para repetir; 8

alunos dizem fazê-lo pouco.

Quanto à hipótese de pedir ajuda a um colega, 10 alunos referem que o fazem (5

bastante e outros 5 muito). Há 8 alunos que dizem que o fazem pouco e 1 aluno que diz

que nunca utiliza esta estratégia.

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Na pergunta número 11 perguntei que estratégias utilizavam para superar as

dificuldades de expressão oral.

As estratégias que os alunos referem utilizar mais são: a utilização de frases simples (12

alunos bastante e 4 alunos muito), o uso da língua materna (10 alunos bastante e 4

alunos muito), pedir ajuda à professora ao nível do vocabulário (12 alunos bastante e 5

alunos muito), pedir ajuda a um colega (9 alunos bastante e 2 alunos muito) e

reformular o que pretendem dizer (9 alunos bastante e 4 alunos muito).

Gráfico 11: Estratégias utilizadas pelo aluno para superar dificuldades de expressão oral

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Na pergunta número 12 procurei saber que estratégias utilizam os alunos para interagir

na aula. Esta pergunta vem no seguimento da anterior que se referia à expressão oral.

Também na interação os alunos utilizam estratégias semelhantes às que utilizam na

expressão oral. As estratégias mais apontadas são por ordem de preferência as

seguintes:

O uso da língua materna (11 alunos bastante e 3 muito)

A utilização de frases simples (9 alunos bastante e 5 muito)

Pedir ajuda à professora (8 alunos bastante e 6 muito)

Reformular ideias (7 alunos bastante, 3 muito e 8 pouco)

Pedir ajuda ao interlocutor (5 alunos bastante, 2 muito e 12 pouco)

Gráfico 12: Estratégias que o aluno utiliza para interagir oralmente na aula

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Na 13ª pergunta perguntei se os alunos utilizavam (antes do projeto de

intervenção) algum instrumento para refletir sobre a forma como trabalham a interação

oral na sala de aula. Esta era uma pergunta que tinha apenas duas hipóteses: sim ou não.

Todos referiram que não.11

11 Convém referir que este foi o questionário inicial e que esta resposta foi recolhida antes de implementar o projeto de intervenção.

Gráfico 13: Utilização de algum instrumento para reflexão

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Com a pergunta número 14 pretendia saber se os alunos alguma vez tinham trabalhado

com um diário de aprendizagem. Tal como na pergunta anterior todos referiram que

não.

Gráfico 14: Trabalho com diário de aprendizagem

Gráfico 15: Vantagens de um diário de aprendizagem

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Nesta questão número 15 perguntei aos alunos quais eram, na sua opinião, as vantagens

de um diário de aprendizagem. Das hipóteses apresentadas as que recolheram mais

consenso foram:

Permite ao aluno refletir sobre a sua própria aprendizagem e avaliá-la com a

professora (12 alunos referiram bastante e 6 muito)

Os alunos adquirem autonomia ao envolver-se na avaliação da sua

aprendizagem (11 alunos referiram bastante e 5 muito)

Os alunos aprendem a rever o seu trabalho de forma organizada (10 alunos

referiram bastante e 6 muito)

Quando foi proposto aos alunos o uso de um diário de aprendizagem, no início da

intervenção, todos mostraram interesse por saber mais acerca deste instrumento. No

entanto, quando lhes foi pedido que fizessem a sua primeira entrada, de forma

organizada, houve alguns alunos que se mostraram relutantes em fazê-lo.

Gráfico 16: Formas possíveis de analisar um diário de aprendizagem

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A última pergunta do questionário era “Como achas que se pode analisar um diário de

aprendizagem?”

A grande maioria dos alunos referiu que a melhor estratégia é: “a professora lê o que

escrevo e faz uma apreciação escrita, dando sugestões de melhorias”, tal como se pode

ver no gráfico acima apresentado.

No ponto seguinte faço uma análise sobre os dados recolhidos e elenco os planos de

ação traçados após a análise do questionário inicial.

3.1.4 Conclusões e planos de ação depois de analisado o

questionário inicial

Do questionário realizado retirei três grandes conclusões:

Os alunos não estão acostumados a refletir sobre o seu processo de

aprendizagem.

Os alunos não arriscam a falar espanhol por timidez e medo de errar.

Os alunos gostam de trabalhar com materiais audiovisuais.

Este questionário permitiu-me conhecer melhor a turma alvo e assim adequar as

práticas de modo a criar sequências didáticas que vão de encontro aos interesses e

necessidades da turma em questão. Permitiu ainda confirmar as perceções iniciais

sentidas na observação direta sobre a necessidade de trabalhar mais a oralidade. Nesse

sentido, orientando o questionário para essa competência, pude conhecer melhor as

atividades preferidas dos alunos. Com base na análise dos resultados preparei planos de

ação que me permitissem ajudar os alunos a ultrapassar as dificuldades identificadas e

que os motivassem para o uso da língua espanhola, seja na expressão ou na interação

oral.

Os planos de ação passam pelo treino explícito e implícito de estratégias de

aprendizagem que os ajudem ultrapassar as suas dificuldades e que os levem a refletir

sobre as estratégias trabalhadas em cada aula e a utilizar o diário de aprendizagem

como instrumento metacognitivo de reflexão. Recorrer ao uso de estratégias afetivas

que permitam aos alunos ultrapassar eventuais bloqueios, e também utilizar os meios

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audiovisuais para estimular a oralidade através de discussões ou manifestação de

opiniões sobre a temática apresentada, uma vez que, como confirmei na análise dos

questionários, estes materiais são do agrado da maioria dos alunos.

Para além de recolher informação sobre aspetos importantes da minha investigação,

este questionário teve também a função de confrontar o aluno com diferentes formas de

refletir sobre a aprendizagem, por exemplo, através da participação em um diário, e

também sobre as possibilidades de avaliação ou correção por parte da professora. Desta

forma estava a dar-se ao aluno a possibilidade de escolher o meio pelo qual deveria

receber o feedback das suas entradas de diário e atribui-se-lhe também a faculdade de

poder refletir sobre este aspeto de forma autónoma.

3.1.5 Descrição do 2º ciclo de Investigação-ação: Fase de

Intervenção

No período de intervenção, que decorreu desde janeiro até maio, pus em prática o

projeto de intervenção.

Para cada unidade didática foram criados instrumentos que visavam monitorizar o

trabalho dos alunos. No primeiro ciclo de investigação foi criado o questionário inicial

(já analisado, no ponto anterior)12, uma ficha de auto e heteroavaliação do trabalho de

grupo13, uma outra ficha onde eram relembradas as estratégias que poderiam usar e foi

implementada a primeira entrada do diário de aprendizagem. Após cada aula era

também feita uma reflexão pela docente estagiária no diário do professor.14

Foi também criada uma grelha em Excel que apresento como anexo e que dividia

o processo em ciclos distintos de investigação-ação.15 Esta grelha começava por elencar

os objetivos da investigação, o ciclo de investigação em que se encontravam, assim

como os objetivos de cada sessão, ou aula, e os instrumentos/materiais utilizadas nessa

aula.

12 Anexo 2. 13 Anexo 4. 14 Anexos 10 e 10.1. 15 Anexos 11, 12 e 13.

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3.1.6 Monitorização do processo a partir da análise dos diários de

aprendizagem

Ao longo da minha intervenção os alunos desenvolveram um diário de

aprendizagem em suporte eletrónico16, que era pautado por tópicos de reflexão e/ou

perguntas. O procedimento para realizá-lo era o seguinte: no final de cada unidade era

enviado para o correio eletrónico da turma um documento em Word com questões de

reflexão que incidiam sobre estratégias de aprendizagem trabalhadas durante as últimas

sessões, focando especialmente a interação oral (anexos do 6 ao 9.1). Cada aluno

refletia sobre as questões colocadas e enviava essa reflexão para o meu email. Depois

de analisar cada diário ia comentando individualmente a entrada de cada aluno nesse

diário com o intuito de aumentar a autoconfiança de cada um através do reforço

positivo e de orientar onde sentia que tinham maiores dificuldades, e reenviava para os

alunos através do correio eletrónico de cada discente por uma questão de maior

privacidade, e também porque no questionário passado na fase de pré intervenção todos

referiram que os diários de aprendizagem deveriam ser vistos apenas por cada aluno

que os fazia e pela professora estagiária. A linguagem que utilizei em cada comentário

feito aos alunos era simples de modo a criar empatia e encorajá-los na continuidade das

suas reflexões.

A partir da fase intermédia da minha intervenção e até ao final verifiquei que os

alunos tinham melhorado a sua capacidade de reflexão e percebia-se maior autonomia

nos seus momentos de autoavaliação. Na fase inicial as respostas dos discentes aos

questionários de autoavaliação eram afirmativas ou negativas com grandes dificuldades

de justificação da sua opinião. A partir do segundo ciclo de intervenção, os alunos, para

além de se mostrarem mais expressivos nos diários de aprendizagem, construíam textos

maiores e mais reflexivos, e conseguiam já explicar as suas opiniões baseando-se nas

estratégias que íamos trabalhando durante as aulas. Por exemplo, referiam que quando

se sentiam ansiosos antes de uma apresentação oral costumavam respirar fundo e olhar

em frente sem focar diretamente nenhum dos colegas, o que demonstra um aumento no

16 O Formato eletrónico foi aquele que os alunos elegeram no questionário inicial. Para além de ser mais apelativo para os alunos o uso do computador, o facto de ser um instrumento individual a que apenas cada aluno e eu tínhamos acesso deixou os alunos mais à vontade para fazer as reflexões. O feedback era dado individualmente a cada aluno enviando os comentários para o correio eletrónico individual de cada aluno, de modo a garantir a privacidade de cada um.

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grau de consciência do processo de aprendizagem. Os alunos passaram de descrever os

factos a interpretá-los.

Apresento em seguida quatro exemplos de entradas dos diários de aprendizagem.

Estes quatro exemplos são amostras do trabalho de reflexão feito pelos alunos nos

diários de aprendizagem. Cada entrada apresentada pertence a uma unidade didática

diferente trabalhada durante a intervenção pedagógica. Como referi anteriormente, os

comentários da docente tinham como objetivo dar reforço positivo e incentivar os

alunos a investir na reflexão sobre a sua aprendizagem de modo a tornarem-se mais

conscientes da forma como aprendem e como ultrapassam as suas limitações através

das estratégias de aprendizagem.

Por uma questão de privacidade apresento apenas a inicial do nome de cada

aluno. A seleção destes diários em detrimento de outros foi por considerar que estes são

aqueles em que os alunos demonstram maior capacidade de reflexão e também por uma

questão de limite de páginas não me é permitido apresentar todas as entradas de todos

os alunos. Nos anexos apresento mais três amostras de entradas diferentes por cada

diário de aprendizagem desenvolvido (anexos 6 a 9.1)

A estrutura das tabelas em que foi construído o diário vai alterando à medida que

o ciclo de investigação-ação avançava por considerar que as alterações feitas permitiam

uma melhor organização da reflexão.

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Amostra do diário de aprendizagem 1

3.1.7 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1

NOME: I DATA:11/02/2014

Nesta unidade aprendi: A nível dos conteúdos gramaticais dei o imperativo afirmativo e

negativo regular e irregular e a nível os conteúdos léxicos dei a publicidade. A nível de

estratégias a que recordo melhor é “não ter medo de arriscar a falar em Espanhol, pois errar

faz parte do processo de aprendizagem de uma língua”.

Alguns exemplos do que aprendi: A nível de dar ordens usamos o imperativo: Callate; No

comáis eso; No vayas es muy escuro… entre outros exemplos, também tivemos a experiencia

de fazermos uma publicidade em que apelássemos aos nossos colegas para a compra de um

produto e o resultado final foi um slogan muito bem elaborado: HIDRATIL PARA UNA

PIEL MÁS JUVENIL… COMPRÁLO E COMPRUEBALO POR TI MISMO!!!!

O que me pareceu mais fácil: Não tive grandes dúvidas, porém achei mais fácil quando

abordamos o tema da publicidade.

O que me pareceu mais difícil: Como em cima referi não tive grandes dúvidas, mas o que me

pareceu mais difícil foi o imperativo, principalmente nos verbos irregulares.

Quando algo nos causa mais dificuldade devemos insistir no seu estudo

No trabalho de grupo devo ter em conta: O barulho que faço, tendo respeito pelos meus

colegas e respeitar a ordem e as opiniões de cada elemento do grupo e tentar aproveitar as

mesmas ao máximo.

O que mais gostei: E obvio de que o que mais gostei foi dos bocadinhos das aulas que

tivemos mais praticas como por exemplo um jogo que fizemos onde aplicamos o imperativo e

na aula anterior quando trabalhamos em grupo para por em prática o conceito de publicidade.

O que menos gostei: Não tenho nada a apontar nesse aspeto, acho que as aulas são sempre

interessantes devido ao facto de fazermos atividades que não tornam a matéria tão aborrecida

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

Já revelas alguma capacidade para refletir sobre o que aprendeste.

Quanto mais refletires sobre as tuas dificuldades mais fácil será ultrapassá-las, pois se

conseguires identificar qual é o problema é mais fácil resolvê-lo.

Relativamente aos teus pontos fortes, se souberes quais são as estratégias que resultam

melhor na tua aprendizagem, mais fácil será pô-las em prática e isso far-te-á ser mais

autónoma e bem-sucedida.

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3.1.8 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2

NOME: M DATA:22/02/2014

As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da

oralidade)

Sim é muito importante denotar esse facto, até porque ao participarmos nas aulas dando a nossa opinião acerca

de assuntos e interagir como a Professora Rosa e com os colegas tendo como base os mais variados trabalhos

lúdicos que realizamos , como é obvio sempre em espanhol , pelo menos sempre que possível até porque nós,

alunos, tentamos quase sempre "esquivar-nos" ao espanhol. Mas o facto é que sempre que tentamos "arriesgar"

,tal como diz a Professora Rosa , estamos a contribuir para desenvolver a nossa capacidade de falar outra língua

em frente a outras pessoas , e os trabalhos lúdicos que temos feito durante as ultimas aulas simbolizaram isso

mesmo, uma oportunidade para evoluir a oralidade.

A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)

Prefiro sem dúvida, como deve ser do conhecimento da Professora Rosa, trabalhar em grupo mais

especificamente com 3 das minhas colegas de turma porque temos uma ideia partilhada de como devemos

trabalhar e sentimos nos também mais á vontade para estabelecer contacto a fim de realizar um trabalho do

agrado de todas.

Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade

Penso que o tipo de atividades de estamos a realizar nas aulas, que consiste em criar algo com base no que

nos é pedido e de seguida apresentar os nossos trabalhos á turma, que sinceramente ao inicio era um pouco

difícil para nós, até porque era necessário que nos sentíssemos á vontade em frente à turma, porém agora

começo sentir me mais á vontade para falar espanhol em frente á turma, o que prova que realmente todas

estas atividades são benéficas para os alunos .

Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão

Envia a tua reflexão por email até 25 de fevereiro

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

M: fico muito satisfeita por ver que consegues falar/escrever com bastante facilidade sobre a tua aprendizagem.

Essa capacidade de refletir sobre a forma como aprendes ser-te-á muito útil na tua vida de estudante e na tua

vida laboral, no futuro. Continua com o bom trabalho que tens feito e com essa capacidade de reflexão, pois

tentar compreender que tipo de atividades e estratégias te ajudam a evoluir é fundamental para o teu sucesso

escolar. Estás no bom caminho. PARABÉNS.

Amostra do diário de aprendizagem 2

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3.1.9 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3

NOME: A DATA:10/03/2014

Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te

foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.

As estratégias que referimos foram:

Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.

Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.

Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.

Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.

Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.

As estratégias mais úteis para ti:

Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.

- quando não conheço a palavra em espanhol digo a palavra em português para que o professor me possa

corrigir.

•Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.

- esta estratégia foi útil para mim porque acho que quando erramos devemos corrigir porque se não corremos o

risco de voltar a cometer o mesmo erro.

Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar

referindo porquê:

Criação e gravação do Rap: Gostei muito da gravação e da criação do rap, pois foi uma tarefa muito divertida e

também um pouco difícil de realizar, porque tínhamos de fazer com que a letra do rap tivesse sentido e como

era em espanhol ainda tornou mais difícil a tarefa, mas acho que nos ajudou muito a desenvolver a nossa

oralidade.

Simulação de chamada telefónica: Foi também uma tarefa divertida de realizar porque inventamos um texto

muito engraçado e quando o lemos ainda foi mais divertido.

Expressar opinião: Acho as atividades que fazemos dentro e fora da sala de aulas muito importantes para o

desenvolvimento da nossa oralidade, pois ajuda-nos a ultrapassar o medo de errar alguma palavra, e ajuda-nos a

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estar mais à vontade para praticar a língua.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

A: fico contente por perceber que revelas já uma capacidade desenvolvida de reflexão. O segredo para esta

capacidade melhorar é ser persistente e habituares-te a pensar sobre a forma como aprendes e quais as

estratégias de aprendizagem que resultam melhor para ti. Aliada a essa capacidade de pensar sobre as coisas,

está o expressares-te por escrito, pois quando pomos por escrito um pensamento este torna-se mais claro.

Quanto às estratégias que melhor resultaram para ti, usar uma palavra na língua materna quando não

conhecemos a palavra que precisamos na língua espanhola ajuda a fluir a comunicação e faz com que não haja

um corte na mensagem que pretendemos transmitir. A autocorreção revela uma capacidade de lidar com o erro

quando nos damos conta de que algo que dissemos não está correto. Revela evolução linguística. É muito

importante.

És uma aluna empenhada e envolves-te nas atividades propostas. Vejo pela tua reflexão que mesmo as

atividades mais difíceis não representam um obstáculo, mas um estímulo para ti. PARABÉNS!

Amostra do diário de aprendizagem 3

3.1.10 DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4

NOME: C DATA:23/05/2014

Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades

propostas.

O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este

tema? Justifica a tua resposta.

Esta área desde o início que me despertou imenso interesse. A produção cinematográfica sempre foi

uma área que considero bastante interessante, umas das minhas preferidas. Logo este tema não me era

desconhecido sendo mais fácil resolver o questionário. O mesmo aumentou o conhecimento

principalmente em termos opostos que diferem de língua para língua.

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O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a

tua resposta.

Sim, despertou bastante interesse. Gostei muito dos temas da ação e da produção dos mesmos.

Tentarmos imaginar o conteúdo do filme e expressá-lo em Espanhol foi mais um passo no

desenvolvimento da oralidade. Gosto deste tipo de atividades, porque são motivantes.

Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:

Dividiram tarefas?

Ensaiaste o que ias dizer?

Tentaste falar em vez de ler?

Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?

Evidentemente dividimos tarefas para que todos os membros fossem beneficiados e não prejudicados.

Ensaiámos dentro do possível, pois o tempo não era em excesso assim sendo treinamos o mínimo para

correr bem. Por espanto eu nesta apresentação não li, falei.

E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que

ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum

benefício em utilizá-lo?

No início a ‘’adaptação’’ ao diário foi um pouco difícil pois nunca tinha feito tal coisa. Mas a partir

do momento em que me habituei, não tive mais dificuldades. Ganhei imensa autonomia ao realizar o

mesmo, e aprendi imenso principalmente na língua espanhola.

Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.

A apresentação de trabalhos não é o meu forte, não tinha nenhum á vontade. E ao longo das aulas ao

com a Professora Rosa Antunes, consegui descontrair e pela primeira vez apresentar trabalhos perante

um ‘’publico’’. Agradeço e esta professora que foi uma pessoa incondicional em relação a nós,

ajudou-nos sempre o máximo possível. Obrigada professora

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

C: Ao fazer este comentário vieram-me à memória as tuas palavras no 1º dia em que comecei a dar-

vos aulas: “professora, aviso-a já que não leio, nem falo”. Essas palavras soaram-me como um pedido

de ajuda. À medida que íamos falando de estratégias de aprendizagem senti que ias ganhando mais

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confiança. E foste fazendo as atividades orais e cada vez melhor. Nem sabes como fico contente de te

ver a fazer apresentações em frente aos teus colegas já com bastante à vontade. PARABÉNS. Como

vês vale a pena não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola. Errar faz parte da aprendizagem.

Não há que ter medo. As estratégias que trabalhámos para reduzir a ansiedade, como por exemplo, o

facto de te fixares num ponto e não no rosto dos teus colegas, respirar fundo para te acalmares e

treinar antes de uma apresentação são estratégias que te ajudarão sempre que tiveres que falar em

público. MUITOS PARABÉNS pelo empenho demonstrado.

As estratégias de que falámos relativamente à oralidade e à apresentação de trabalhos podes usa-las

em qualquer disciplina.

O ato de refletir, usando o diário de aprendizagem, será sempre uma mais-valia que te ajudará a

conhecer-te melhor enquanto aluna e te permitirá ultrapassar eventuais dificuldades. Quanto melhor te

conheceres mais autónoma e bem-sucedida serás.

Amostra do diário de aprendizagem 4

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53

3.2 Resultados obtidos a partir da grelha de observação da oralidade

Durante as apresentações orais dos trabalhos de grupo, que tinham como principal

intuito desenvolver esta competência, utilizei uma grelha de observação direta da

oralidade, de criação própria e que me permitiu registar com maior detalhe a evolução

de cada aluno e avaliar o impacto das estratégias que estava a trabalhar com os

discentes assim como contrastar esta informação com aquela obtida a partir dos diários

de aprendizagem.

Esta grelha, que se apresenta a seguir, tem duas partes. Na primeira tem três

descritores retirados do QECR (2001:56) que dizem respeito ao ato de falar em público,

e que permitem posicionar o aluno no nível A2 ou no nível B1, isto é, permitem

verificar se um aluno utiliza descritores maioritariamente do nível A2 ou se utiliza

descritores do nível B1 ou de ambos os níveis de proficiência segundo o QECR (2001).

Na segunda parte tem estratégias de expressão e de compensação, que permitem aferir

se os alunos conseguem ultrapassar dificuldades causadas por exemplo pela falta de

vocabulário específico, e tem também estratégias de controlo e correção, que ajudam os

discentes a controlar o seu discurso utilizando técnicas para voltar a começar quando se

atrapalham ou recorrendo a reformulações do discurso.

Através desta grelha de observação pude fornecer aos alunos um feedback mais

preciso sobre a sua evolução. Precisamente, ao referir o que já conseguiam fazer e que

antes não faziam motivava-os a quererem continuar a evoluir. Esta reflexão conjunta

após cada observação das apresentações que faziam permitia ainda que aqueles alunos

com maiores dificuldades pudessem ver que estratégias utilizavam os discentes que

demonstravam menos dificuldades. Esta aprendizagem colaborativa implica os

discentes na sua aprendizagem tornando-os mais ativos e conscientes na criação do seu

conhecimento.

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NOMBRE DEL ESTUDIANTE»

1. HABLAR EN PÚBLICO

(descriptores)

CARACTERISTICA

OBSERVADA

X CARACTERISTICA NO

OBSERVADA

1.1. Realiza presentaciones o

interacciones breves y ensayadas (A2)

1.2. Es capaz de hacer frente a un número

limitado de preguntas con respuestas

inmediatas y sencillas (A2)

*(para utilizar en diálogos)

1.3. Es capaz de hacer una

presentación breve y preparada sobre un

tema con la suficiente claridad como para

que se pueda seguir sin dificultad (B1)

2. ESTRATEGIAS DE

EXPRESIÓN (B1)

COMPENSACIÓN

2.1. Adapta una

palabra de su lengua

materna

2.2. Utiliza una

palabra sencilla que

significa algo

parecido al concepto

que quiere transmitir

CONTROL Y

CORRECCIÓN

2.3. Vuelve a

empezar utilizando

una táctica diferente

2.4. Puede corregir

confusiones de

tiempos verbales o

de expresiones que

pueden dar lugar a

malentendidos

Grelha de observação da oralidade

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3.3 Descrição das estratégias pedagógicas e atividades utilizadas para o

desenvolvimento da interação oral

Como o meu projeto de intervenção tinha como foco principal o desenvolvimento

da oralidade, mais especificamente da interação e da expressão oral, procurei em todas

as atividades e no diário de aprendizagem focar esta competência, apesar de procurar

trabalhar de forma integrada todas as competências linguísticas pois estou ciente de que

para um desenvolvimento harmonioso da competência comunicativa é necessário ter

em atenção a prática integrada de todas as skills durante uma aula.

Quanto à metodologia de ensino, optei pelo uso do método comunicativo, mais

precisamente o enfoque por tarefas, que pretende capacitar o aluno para uma

comunicação real com os falantes da língua estrangeira tanto na vertente oral como na

escrita. Para isso, no processo de ensino utilizei textos, gravações e materiais autênticos

e realizei com os alunos atividades que procuraram imitar com fidelidade a realidade

fora da sala de aula.

Em cada unidade didática os alunos desenvolveram tarefas potenciadoras que os

levaram a conseguir realizar a tarefa final em cada unidade. Para que ficasse claro o que

era pretendido em cada tarefa final, no início de cada unidade, depois de apresentar os

conteúdos que iriamos abordar, entregava aos alunos uma ficha onde explicava passo a

passo o que fariam para a tarefa final. Nessa ficha apresentava também estratégias de

aprendizagem que os ajudariam.

A abordagem adotada no meu projeto assenta em pressupostos de um ensino

comunicativo da língua no qual os discentes levam a cabo tarefas que os preparam para

situações comunicativas reais. O enfoque comunicativo procura dotar o aluno de

estratégias que lhe permitam comunicar de forma satisfatória na língua estrangeira em

estudo. O enfoque comunicativo pretende desenvolver uma competência comunicativa

eficaz que permita ao aprendente comunicar de forma plausível e apropriada tendo em

conta o interlocutor e o contexto.

“Un enfoque comunicativo es, por tanto, un enfoque integrador en el que el

objetivo principal es preparar y animar a los aprendientes a explotar de forma óptima su

limitada competencia comunicativa de la segunda lengua con el fin de participar en

situaciones reales de comunicación.” (Canale in Llobera, 2000:74)

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Nas interações que estabelecemos diariamente na nossa vida utilizamos, sem nos

darmos conta, várias destrezas ou competências em simultâneo. Na aprendizagem de

uma língua estrangeira as atividades de aprendizagem devem ser o mais próximo

possível da vida real. As atividades propostas devem preparar os alunos para interações

que ocorrem fora da sala de aula, em contexto real e autêntico de comunicação.

A minha intenção ao longo da intervenção pedagógica foi proporcionar aos

alunos um contacto com a língua e cultura espanhola de uma forma motivadora e

interessante. Para tal, recorri ao uso de materiais audiovisuais autênticos na língua

espanhola, como campanhas de publicidade, curtas-metragens, músicas, notícias da

televisão espanhola, documentários, entre outros.

Procurei que os alunos fossem mais ativos na criação do seu conhecimento e

difundi a ideia da necessidade de arriscarmos quando estamos a aprender um língua

estrangeira, pois o medo de errar limita na maioria das vezes, por isso expliquei

também que errar faz parte do processo de aprendizagem. Tentei desenvolver um

ambiente favorável à participação ativa de todos, pois o envolvimento é fundamental

para a aprendizagem de uma língua estrangeira.

Considerei importante que as atividades fossem centradas nos discentes e

orientadas para a ação, por isso procurei desenvolver com os alunos tarefas

comunicativas que os preparassem para interagir nos diversos domínios, sejam eles o

privado, o público ou o educativo.

As atividades privilegiadas ao longo do projeto de intervenção foram as de

interação oral em pares ou em pequenos grupos por considerar que são aquelas onde

melhor se desenvolve a competência oral. Os trabalhos em pares ou em pequenos

grupos deixam os alunos mais confiantes quanto à sua participação e favorecem a

interação oral na língua estrangeira.

O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão favoreceu uma

maior aproximação entre mim e os alunos e desenvolveu uma maior consciencialização

por parte dos alunos quanto aos seus pontos a melhorar e quanto aos seus pontos fortes.

Foi um instrumento que serviu para um aumento da confiança em si mesmos e

consequentemente para uma maior autonomia.

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Nas planificações procurei desenvolver tarefas motivadoras para os alunos e

recorri ao uso de materiais autênticos para aguçar a sua curiosidade e para os pôr em

contacto com diferentes registos de língua e diferentes pronuncias. Tive sempre em

atenção as preferências relativamente a atividades e dinâmicas de trabalho que

demonstraram no questionário inicial.

Em cada planificação existiu uma tabela com objetivos, conteúdos, competências

utilizadas, estratégias, recursos e o tipo de avaliação utilizado nessa planificação e

existe também uma parte descritiva onde explico com detalhe o que pretendo fazer em

cada atividade. Juntamente com cada planificação apresento os respetivos materiais e

uma reflexão pós aula, que fiz após cada aula lecionada.17

Esta reflexão que efetuei após cada aula lecionada, que foi o meu diário de

aprendizagem enquanto docente estagiária, foi mais um instrumento de investigação

que me permitiu refletir sobre as minhas práticas e triangular dados de forma a

redirecionar a ação sempre que necessário.

A par do meu trabalho com os alunos esteve o trabalho de investigação e pesquisa

para poder dar resposta às necessidades que os alunos iam apresentando. A consulta de

bibliografia especializada permitiu-me perceber melhor que estratégias adotar para

orientar o trabalho dos alunos e ultrapassar as dificuldades apresentadas.

3.4 Fase de Pós-Intervenção: descrição de instrumentos utilizados e resultados da

investigação

Na fase de pós-intervenção passei um questionário final, com algumas perguntas

iguais às do questionário inicial, com o intuito de comparar resultados e de conseguir

medir o impacto do meu projeto de intervenção (o enunciado deste questionário pode

ser consultado inteiramente no anexo 3).

As questões deste questionário eram de resposta fechada, com uma escala que

variava entre nada, pouco, bastante e muito e as respostas deveriam ser assinaladas

conforme a frequência ou intensidade de cada tópico apresentado atendendo à escala

referida.

17 Anexo 13: 3 planificações diferentes com os respetivos matérias e reflexão pós aula. São apenas um exemplo do trabalho desenvolvido em cada uma das planificações efetuadas.

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Este questionário final foi dividido em três grupos. O primeiro grupo continha

três perguntas feitas no questionário inicial com o intuito de comparar respostas antes e

depois da intervenção. Este grupo referia-se à aprendizagem do espanhol. O segundo

grupo tinha oito perguntas referentes à compreensão e interação oral e o terceiro grupo,

com três perguntas tratava do uso do diário de aprendizagem.

A análise desse questionário permitiu-me perceber que trabalhar estratégias de

aprendizagem com os alunos os ajuda a tornarem-se mais conscientes da sua própria

aprendizagem.

As estratégias afetivas contribuíram para aumentar a confiança dos alunos e para

diminuir ansiedade e bloqueios. As estratégias compensatórias abriram caminhos para

ultrapassar limitações de vocabulário, por exemplo.

A abordagem metacognitiva do ensino cria um maior grau de consciência das

dificuldades e das evoluções no processo de ensino aprendizagem.

Apresento de seguida a análise detalhada das respostas obtidas ao questionário

final.

Grupo I: aprendizagem do Espanhol

Gráfico 17: Preferências para aprender espanhol

As preferências dos alunos continuam a ser as atividades audiovisuais. Em

relação ao primeiro questionário o ponto que se refere à aprendizagem através de

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“conversa com os colegas e com a professora” aumentou, pois 17 em 19 alunos referem

que gostam muito desta forma de praticar a língua espanhola. Na observação direta ao

longo das aulas foi também possível verificar que os alunos intervinham na aula em

espanhol com entusiasmo e sem receio de possíveis bloqueios linguísticos.

A escrita aumentou também uma vez que 12 alunos refere agora que gostam de

escrever em espanhol, facto possível de comprovar também nas atividades

desenvolvidas na sala de aula. As conclusões a tirar em relação a esta primeira pergunta

referem-se ao facto de as atividades desenvolvidas ao longo da intervenção terem

contribuído para aumentar o gosto pela escrita na língua alvo através das atividades

propostas, assim como pela conversa, ou seja, pela interação com a professora e com os

alunos.

Gráfico 18: Atividades preferidas para aprender espanhol

Em relação a esta segunda pergunta as preferências são semelhantes às

demonstradas no primeiro questionário. As predileções dos alunos relativamente à

forma de trabalhar na sala de aula continuam a ser o trabalho de pares, o trabalho de

grupo, as atividades de interação, as pesquisas fora de sala de aula e as atividades

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extracurriculares. Conforme se pode consultar no gráfico acima apresentado os alunos

preferem atividades colaborativas e de interação. As aulas expositivas e o trabalho

individual são as metodologias de trabalho menos apreciadas pelos discentes. Foi

possível verificar isso mesmo durante as aulas. O envolvimento dos alunos era maior

em atividades de grupo e de pares.

Gráfico 19: Competências da língua em que o aluno sente mais dificuldade

Relativamente a esta terceira pergunta, 10 alunos referem que não sentem

dificuldade na expressão/interação oral e 9 referem que sentem pouca dificuldade. Este

número é superior ao apresentado no questionário inicial. Os alunos demonstram nesta

fase final do projeto de intervenção maior confiança na interação e na expressão oral.

Estes dados do questionário são coincidentes com a evolução que verifiquei ao longo

do período de intervenção, na observação direta em contexto de sala de aula.

De referir que poucos alunos dizem sentir muitas dificuldades em qualquer uma

das competências enunciadas. Na realidade tratava-se de uma turma com um nível de

língua coincidente com aquele em que se inseriam, o nível A2/B1. Nunca evidenciaram

muitas dificuldades em qualquer das competências. Demonstravam alguma dificuldade,

pela falta de confiança e de estratégias, em interagir e em expressar-se oralmente, razão

pela qual o projeto de intervenção incidiu sobretudo nessas competências.

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Grupo II: compreensão e interação oral

O segundo grupo do questionário é composto por oito perguntas relativas à

compreensão e à interação oral. Este grupo permitiu-me aferir com maior detalhe o

impacto das atividades e estratégias levadas a cabo para promoção da oralidade.

Gráfico 20: Avaliação das competências de comunicação oral em língua espanhola

As competências de comunicação dos alunos, através da análise dos gráficos

apresentados parecem ter melhorado relativamente ao questionário inicial. Em nenhum

dos itens os alunos responderam “nada”, o que evidencia confiança para comunicar

oralmente. Para além da análise destes gráficos também os dados recolhidos na análise

dos diários de aprendizagem e na observação direta permitiram aferir esse aumento de

confiança que foi surgindo gradualmente ao longo da intervenção18.

18 A entrada 2 do diário de aprendizagem do aluno, anexo 7.1, comprova o aumento de confiança dos alunos em usar a língua espanhola.

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Gráfico 21: Circunstâncias em que o aluno fala Espanhol

Através da análise deste gráfico verifica-se que os alunos referem que falam

Espanhol em praticamente todas as situações propostas, alguns referem que o fazem até

mesmo fora da sala de aula. Este facto pôde ser observado diretamente também durante

as aulas19.

Gráfico 22: Atividades de interação oral preferidas

As atividades propostas ao longo do projeto de intervenção parecem ter sido do

agrado dos alunos. O caráter lúdico e o facto de serem atividades diferentes das

19 Ver entrada de diário do professor do dia 31/01/2014 onde faço referência ao uso crescente que os alunos fazem da língua espanhola.

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habitualmente propostas estimularam a participação dos alunos. Foi possível verificar

cada vez que uma atividade era proposta que os alunos demonstravam interesse e

satisfação em conseguirem realizar atividades que nunca tinham experimentado nesta

língua estrangeira. As opções bastante e muito são as que reuniram a maior parte das

respostas dos discentes.

Gráfico 23: Objetivos alcançados com as atividades de interação oral

Pelas respostas dadas, a grande maioria dos alunos parece acreditar que as

atividades propostas serviram para aumentar a sua autoconfiança, a sua motivação, a

sua fluência, para melhorar a pronúncia e o ritmo do discurso e ainda para ganhar um

maior controlo sobre o discurso oral. Esta perceção dos alunos coincide com o que pude

observar ao longo da intervenção e também com os dados recolhidos na análise dos

diários de aprendizagem20.

20 Através da análise das entradas dos vários diários de aprendizagem dos alunos, anexos 6 a 9.1, é possível verificar, através da análise das reflexões, os objetivos que os alunos dizem que têm alcançado com as atividades de interação oral.

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02468

1012141618

Dificuldade em entender o que é

dito

Dificuldade em expressar-me em

Espanhol

Dificuldade em controlar o meu

discurso oral

Medo de errar em frente aos meus

colegas

Desconhecimento de estratégias de

aprendizagem que me permitam ultrapassar as

minhas limitações

Falta de vocabulário e

incapacidade de dizer o que

pretendo de outra forma

8. Quais os motivos que, na tua opinião, podem condicionar a tua participação em atividades de interação em contexto de sala de aula?

nada pouco bastante muitoGráfico 24: Condicionantes a participação do aluno em atividades de oralidade na sala de aula

A falta de vocabulário e incapacidade de dizer o que pretendem de outra forma

parece ser o item que mais condiciona os alunos, pois 4 alunos referem que isso os

condiciona muito e 5 bastante. Todos os restantes itens apresentados têm um valor nada

ou pouco significativo nas atividades de interação oral. Através da observação direta e

da análise do diário de aprendizagem percebi que o “medo de errar em frente aos

colegas” era um fator que inibia a participação de muitos alunos. Depois de termos

falado em estratégias que permitiam ultrapassar as dificuldades de comunicação os

alunos que sentiam limitações de vocabulário ou tentavam reformular ou usavam a

palavra pretendida em português esperando que a professora ou um colega pudesse

ajudar21.

21 Ao longo das várias entradas no diário de aprendizagem foi pedido aos alunos que refletissem sobre as estratégias usadas para desenvolvimento da oralidade e é possível verificar essa reflexão em todas as entradas, no entanto no anexo 8.1, correspondente à entrada 3 do diário de aprendizagem, é possível comprovar o que foi aferido no questionário acima analisado.

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Gráfico 25: Estratégias para superar dificuldades de compreensão

A maioria dos alunos recorre à ajuda da professora ou de um colega quando não

percebe o que é dito em espanhol. Doze alunos referem que recorrem pouco à língua

materna para pedir esclarecimentos. Dez alunos dizem tentar bastante perceber a

mensagem mesmo que não percebam todas as palavras e quatro fazem-no muitas vezes.

Os alunos evidenciam o uso de estratégias que foram trabalhadas durante a intervenção

para evitar quebras na sua compreensão. Inicialmente se não percebessem alguma

palavra desinteressavam-se pela atividade. Isso foi mudando ao longo da intervenção e

foi visível também nas reflexões que efetuaram nos diários de aprendizagem.

Gráfico 26: estratégias utilizadas para superar dificuldades de expressão oral

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Todas as estratégias potenciadoras de melhoria na expressão oral enunciadas no

gráfico acima apresentado são utilizadas pelos alunos. De entre estas estratégias

destaca-se a reformulação de ideias, com 13 alunos a referir que o fazem bastante e 5

alunos a dizer que o fazem muito. Num universo de 19 alunos apenas 1 diz utilizar

pouco esta estratégia. Cruzando estes dados com a observação direta da oralidade é

possível comprovar que os alunos utilizaram as estratégias apresentadas para superar

dificuldades de interação e de expressão oral. Isso mesmo é também referido nos

diários de aprendizagem.

Gráfico 27: Estratégias utilizadas para superar dificuldades na interação oral

Na interação oral, as estratégias que os alunos dizem utilizar mais é pedir ajuda ao

seu interlocutor, utilizar frases simples e reformular os enunciados. Estas respostas

evidenciam um conhecimento das estratégias que potenciam uma melhor interação

evitando falhas de comunicação.

Relativamente à compreensão e interação oral as respostas dadas neste grupo

demonstram um maior conhecimento e maior uso por parte dos alunos relativamente às

estratégias que potenciam a sua comunicação.

A análise destes primeiros grupos do questionário, conjuntamente com o

cruzamento dos dados obtidos na observação direta da oralidade em contexto de sala de

aula e na análise dos diários de aprendizagem permite-me concluir que o projeto de

intervenção aumentou a confiança dos alunos na oralidade. As estratégias trabalhadas

parecem ter servido para que os alunos se sintam mais confiantes para comunicar

oralmente.

02468

101214

Peço ajuda àpessoa com quemestou a interagir

Peço ajuda aoprofessor

Recorro à línguamaterna

Utilizo frasessimples

Reformulo as ideias

11. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de interação oral?

nada pouco bastante muito

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Grupo III: o uso do diário de aprendizagem

Gráfico 28: Vantagens na utilização do diário de aprendizagem

O último grupo do questionário é composto por três perguntas e diz respeito ao

uso do diário de aprendizagem. Com estas perguntas pretendo medir o impacto que teve

para os alunos o uso desta ferramenta de trabalho. Catorze alunos consideram que o

diário de aprendizagem os ajudou a refletir sobre a sua aprendizagem bastante ou

muito. Segundo a análise do gráfico posso concluir que foi uma ferramenta que

contribuiu para a autonomia dos alunos e que lhes permitiu perceber que estratégias

resultam melhor para a sua aprendizagem. Permitiu ainda uma maior consciência sobre

a importância da interação oral na aquisição de uma língua estrangeira. Quanto ao uso

desta ferramenta no futuro, oito alunos referem que gostariam bastante de voltar a

utilizá-lo e cinco gostariam muito. Creio que o impacto do uso desta ferramenta foi

positivo na aprendizagem dos alunos e isso é evidenciado pelas respostas dadas a este

questionário e na forma empenhada como realizaram as suas reflexões no diário de

aprendizagem.22

22 Anexo 9.1 no item de reflexão relativo ao uso do diário de aprendizagem e anexo 10, diário do professor, na reflexão após entrada 4 do diário de aprendizagem dos alunos.

02468

101214

Ajudou-me arefletir sobre a

minha

aprendizagem

Permitiu-me terconsciência dos

meus pontos

fracos e dos

meus pontosfortes

Fez-me pensarsobre a forma

como tinha

trabalhado em

cada unidade

Ajudou-me a sermais

autónoma(o)

Permitiu-meperceber queestratégias de

aprendizagem

melhorresultam para

mim

Permitiu-merefletir sobre a

forma como

interajo

oralmente

Permitiu-merefletir sobre aimportância da

interação oral

naaprendizagem

da LE

Gostaria devoltar a usá-lo

no futuro

12. Ao longo do plano de intervenção utilizaste o diário de aprendizagem. Que vantagens encontras na utilização deste instrumento?

nada pouco bastante muito

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Gráfico 29: Eficácia do feedback dado aos diários de aprendizagem

A forma como o diálogo professora/aluno era feita nestes diários de

aprendizagem foi ao encontro daquilo que os alunos manifestaram como preferência no

questionário inicial. Depois de enviar as questões de reflexão para o email da turma,

cada aluno respondia individualmente e enviava as suas respostas da sua conta de

correio eletrónico por uma questão de maior privacidade. Nesse mesmo documento que

me enviavam eu comentava o que tinha lido e dava sugestões de melhorias. Pela análise

do gráfico posso concluir que o feedback foi útil para os alunos pois permitiu o reforço

0

2

4

6

8

10

12

14

O feedbackpermitiu o reforçode estratégias de

aprendizagem

O feedback dadopermitiu-me

refletir sobre aminha

aprendizagem eaumentar a minha

autonomia

O feedback dadopermitiu aumentar

a minhaautoconfiança para

utilizar a línguaespanhola ematividades de

oralidade

A comunicação porescrito utilizadanos diários deaprendizagem,como era vista

apenas por mim epela professora

estagiária, ajudou-me a expressar a

minha opinião semter receio dos

comentários doscolegas

13. O feedback dado aos diários de aprendizagem pareceu-te eficaz?

nada pouco bastante muito

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das estratégias de aprendizagem, promoveu a reflexão e serviu para aumentar a

autoconfiança dos alunos no uso da língua espanhola.

A décima quarta pergunta era para que os alunos deixassem um comentário sobre

a minha intervenção pedagógica e as respostas foram reveladoras da empatia criada

entre mim e a turma que proporcionou um bom ambiente de trabalho e envolvimento

nas atividades por parte dos alunos.

As respostas são uma amostra do envolvimento dos alunos com a temática

desenvolvida durante a intervenção pedagógica.23 Essas respostas evidenciam a

mudança que os alunos sentiram em relação à metodologia seguida: “as suas aulas são

diferentes, são aquelas em que acima de tudo interagimos e comunicamos”; “foi graças

ao diário de aprendizagem que sinto que cresci e tornei-me mais autónoma”; “graças

aos diários sinto mais autoconfiança do que tinha antes” (testemunhos dos alunos que

podem ser lidos no anexo 15). Este envolvimento com algo que para os alunos era

totalmente desconhecido começou por ser algo que não entendiam muito bem e tornou-

se numa ferramenta que os ajudou e melhorou a sua aprendizagem.

23 Apresento algumas destas respostas no anexo 15.

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4. SÍNTESE AVALIATIVA DO PROJETO

O meu projeto de intervenção teve como foco principal o desenvolvimento da

oralidade, mais especificamente da interação oral, por isso procurei em todas as

atividades e no diário de aprendizagem focar esta competência, apesar de procurar

trabalhar todas as dimensões da língua nas minhas planificações.

Optei pelo uso do método comunicativo que pretende capacitar o aluno para uma

comunicação real com os falantes da língua estrangeira tanto na vertente oral como na

escrita. Para isso, no processo de ensino utilizei textos, gravações e materiais autênticos

e realizei com os alunos atividades que procuraram imitar com fidelidade a realidade

fora da sala de aula.

Considerei importante que as atividades fossem centradas nos discentes e

orientadas para a ação, por isso procurei desenvolver com os alunos tarefas

comunicativas que os preparassem para interagir nos diversos domínios, sejam eles o

privado, o público ou o educativo.

As atividades privilegiadas ao longo do projeto de intervenção foram as de

interação oral em pares ou em pequenos grupos por considerar que são aquelas onde

melhor se desenvolve a competência oral. Os trabalhos em pares ou em pequenos

grupos deixam os alunos mais confiantes quanto à sua participação e favorecem a

interação oral na língua estrangeira.

Foram criados diferentes instrumentos de investigação: dois questionários, uma

grelha de observação da oralidade, o diário do professor e o diário do aluno.

Com a análise das respostas do questionário inicial pude aferir perceções dos

alunos relativamente ao processo de ensino/aprendizagem e verificar as áreas onde

precisava de insistir para ultrapassar dificuldades. O questionário permitiu-me a

investigação e a sua análise permitiu-me desenhar a ação.

A grelha de observação da oralidade que utilizei durante os trabalhos de grupo

dos alunos, que incidiram maioritariamente sobre a expressão oral, permitiu-me registar

a evolução dos alunos na expressão oral ao longo da intervenção pedagógica realizada.

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Também os diários me deram a conhecer as perceções dos alunos sobre a forma

como estavam a aprender e permitiram verificar o seu envolvimento no processo de

ensino/aprendizagem. Os diários do professor que desenvolvi ao longo da minha prática

permitiram-me refletir sobre as estratégias utilizadas e ajudaram-me a redirecionar

práticas quando necessário. Estes diários seguiram a estrutura de um instrumento criado

para a reflexão pela doutora Flávia Vieira (em 2010) no âmbito da supervisão de

estágio, que eu adaptei. Neste documento, utilizado para refletir após cada aula e que

apresento na sequência de cada uma das planificações apresentadas em anexo, são

focados os objetivos do projeto de intervenção trabalhados nessa aula, as atividades

onde esses objetivos foram cumpridos e são também traçadas linhas de ação futura em

atividades ou estratégias semelhantes. No último ponto de cada diário faço uma

reflexão global da aula onde ponho em perspetiva o que se passou durante a aula e o

que poderia ser melhorado. Esta reflexão diária em suporte escrito permitiu-me uma

maior consciencialização do trabalho desenvolvido, das fragilidades e das

potencialidades de cada estratégia e de cada atividade realizada.

O uso do diário de aprendizagem como instrumento de reflexão favoreceu uma

maior aproximação entre mim e os alunos e desenvolveu uma maior consciencialização

por parte dos alunos quanto aos seus pontos a melhorar e quanto aos seus pontos fortes.

Foi um instrumento que serviu para um aumento de confiança em si mesmos e

consequentemente para uma maior autonomia. Foi visível ao longo dos diários que na

parte final da intervenção os alunos escreviam muito mais e com muito mais facilidade

do que inicialmente, porque o diário de aprendizagem era uma novidade e além disso

existia o receio de não saber o que dizer. Segundo Jiménez Raya (1994: 123), o diário

de aprendizagem é:

una forma de autobiografía de un sujeto como aprendiz que le permite registrar

sus pensamientos, logros, problemas, sentimientos y actitudes, además de sus

impresiones sobre los diferentes elementos que forman parte del aprendizaje en el aula,

y fuera de ella tales como metodología, materiales, profesor, etc. (…) Es basicamente

un instrumento de reflexión sobre el aprendizaje que presenta una visión globalizadora

sobre el aprendiz.

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72

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os objetivos delineados para este trabalho foram atingidos. Consegui perceber o

que os alunos pensavam sobre a interação oral, promovi atividades que os ajudaram a

desenvolver esta competência e através da reflexão feita nos diários de aprendizagem

dos alunos contribuí para um aumento da sua autonomia. Um objetivo não elencado,

mas implícito a todo este processo, que se prende com a minha aprendizagem enquanto

docente durante todo o processo foi também atingido. Sou, após este processo, uma

docente diferente do que era antes de o começar. As aprendizagens aportaram

mudanças e crescimento profissional.

O uso do diário de aprendizagem enquanto instrumento de reflexão é potenciador

de ponderação sobre o modo como se ensina, na perspetiva do professor, e como se

aprende na ótica de professor e alunos, e é uma prática de valor inquestionável numa

metodologia orientada para a autonomia. Pensar sobre a forma como agimos obriga a

introspeção e exige capacidade de avaliar a nossa prática de modo a percebermos

pontos fracos e pontos fortes para podermos melhorar a nossa prática. Refletir com

ajuda de um suporte escrito exige capacidade de organização de ideias que vai surgindo

com a prática de escrever sobre a nossa atuação quer seja enquanto professores, quer

seja enquanto alunos.

Com o crescente número de alunos por turma torna-se cada vez mais necessário

que haja maior autonomia na aprendizagem por parte dos discentes. O ato de pensar

sobre a forma como aprendemos melhor ajuda a um maior autoconhecimento. Pensar

de forma organizada e em suporte escrito sobre as estratégias de aprendizagem que

melhor ajudam nesta busca pela autonomia implica pesquisa e muito treino por parte do

docente. Implica também um treinamento implícito e explícito dos alunos, para que

consigam identificar as estratégias e usá-las sempre que necessário. Estas atividades

exigem tempo e perseverança que os docentes nem sempre têm, quando se conta com

programas extensos que são impostos e que devem ser cumpridos.

O universo de estratégias de aprendizagem que (re)descobri com Rebecca Oxford

(1990) dotou-me de perspetivas questionadoras de minha prática enquanto docente. Ao

longo da minha intervenção fui tentando afinar e redesenhar as planificações das aulas e

as atividades que pensava para os alunos de modo a que estas servissem o propósito de

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73

aprender a língua e de acrescentar consciência da forma como estavam a construir esse

conhecimento para que isso se tornasse útil em todas as vertentes da sua aprendizagem.

A reflexão escrita foi o eixo do meu projeto de investigação-ação e permitiu-me uma

atuação mais consciente e questionadora. A utilização de diferentes instrumentos de

investigação permitiu-me um cruzamento de dados e a sua análise tornou possível uma

visão mais abrangente da turma com que estava a trabalhar.

Esta tentativa de pôr os alunos a pensar que há estratégias de aprendizagem que

os ajudam a conhecer-se melhor enquanto aprendentes incutiu na maioria dos alunos

uma curiosidade sobre a forma de ser mais ativo na construção do conhecimento e

espero que desperte uma vontade de conhecer estratégias que os conduzam a uma maior

autonomia. Quanto maior for o hábito de refletir sobre o que se faz maior será o grau de

autonomia.

Em tempos tão desmotivantes para os professores seria importante que se

criassem nas escolas grupos de trabalho onde o treino de estratégias de aprendizagem e

a pedagogia para a autonomia fossem uma preocupação. Estou convicta que este tipo de

grupos de trabalho motivaria mais os professores e os alunos porque ao permitir maior

autoconhecimento dissiparia algumas incertezas que muitas vezes levam à

desmotivação. Para isso acontecer seria necessário que as escolas tivessem quadros de

docentes estáveis, facto que raramente acontece porque os docentes, pelo menos os que

são contratados, andam de escola em escola sem poder criar projetos que perdurem por

mais de um ano letivo.

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74

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ANEXOS

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79

Anexo 1: Grelha de observação focalizada das aulas da orientadora

Escola cooperante Curso: Sumário:

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS

VIEIRA DE ARAÚJO

ESCOLA EB/S VIEIRA DE ARAÚJO

VIEIRA DO MINHO

Disciplina:

Aula(s) nº(s):

Duração:

Ano letivo 2013/2014 Turma:

Professora Supervisora

Ana Cea Sala: Bloco:

Professora Orientadora

Susana Santos Data : Hora:

Professora Estagiária Rosa Antunes

GRELHA DE OBSERVAÇÃO FOCALIZADA

ÂMBITOS COMPORTAMENTOS OCORRÊNCIA

0 1 2 3

AP

REN

DIZ

AG

EM

Os alunos evidenciam uma atitude positiva, envolvendo-se

ativamente nas atividades propostas.

Existem evidências de respeito entre o professor e os alunos.

Os alunos tratam-se uns aos outros com respeito.

Os alunos demonstram capacidade de iniciativa e assumem

responsabilidades.

Os alunos questionam a docente de forma a esclarecer

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dúvidas.

Existem evidências de aprendizagem dos alunos.

PA

RTI

CIP

ÃO

Os alunos participam nas atividades de forma organizada.

Os alunos partilham ideias sobre o tema em análise e ouvem

as opiniões dos seus colegas.

Os alunos respeitam pontos de vista diferentes dos seus.

A maior parte dos alunos participa nas atividades.

INTE

RA

ÇÃ

O

Na sala de aula os alunos interagem com a professora

utilizando a língua meta.

Na sala de aula os alunos interagem entre si utilizando a língua

meta.

Os alunos gostam de trabalhar em pares ou grupos.

Os alunos utilizam a língua meta apenas se forem incentivados

pela professora.

Escala

0 Característica não observada

1 Verifica-se uma ocorrência mínima da característica em causa

2 Verifica-se uma ocorrência média da característica em causa

3 Verifica-se uma ocorrência elevada da característica em causa

OBSERVAÇÕES/COMENTÁRIOS:

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Anexo 2: Questionário inicial

QUESTIONÁRIO INICIAL

O presente questionário insere-se no âmbito do estágio profissional do mestrado em

ensino de Inglês e Espanhol no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário. Visa

aferir o teu ponto de vista relativamente à aprendizagem do Espanhol e à interação oral.

Tem como objetivo perceber que práticas pedagógicas preferes e que hábitos de estudo

tens. É um questionário anónimo e confidencial. Sê o mais sincero possível nas tuas

respostas.

Lê, atentamente, cada pergunta antes de responderes.

GRUPO I – APRENDIZAGEM DO ESPANHOL

1. O que te levou a optar pelo Espanhol?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

1.1 Porque acho fácil

1.2 Porque gosto de aprender outras línguas

1.3 Porque não me agradam as outras opções existentes

1.4 Porque passo férias em Espanha

1.5 Porque quero conhecer melhor a cultura espanhola

1.6 Porque é uma língua em desenvolvimento e importante para o

meu futuro

1.7 Porque foi a opção escolhida pelos meus amigos

1.8 Outras:

2. Como preferes aprender Espanhol?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

2.1 A ler (jornais, revistas, banda desenhada, etc.)

2.2 A escrever (diários, mensagens, cartas, etc.)

2.3 A conversar (com colegas, com professores, etc.)

2.4 A ouvir (música, rádio, etc.)

2.5 A ver (filmes, vídeos, notícias, etc.).

2.6 Outras:

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3. Quais são as metodologias de trabalho que preferes para aprender

Espanhol?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

3.1 Trabalho individual

3.2 Trabalho de pares

3.3 Trabalho de grupo

3.4 Aulas expositivas/teóricas

3.5 Interação professor-aluno

3.6 Pesquisas fora da sala de aula

3.7 Atividades extracurriculares

3.8 Outras:

4. Quais os principais fatores que influenciam o teu sucesso escolar?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

4.1 Falta de interesse pela disciplina

4.2 Falta de hábitos e métodos de estudo

4.3 Falta de atenção/concentração nas atividades letivas

4.4 Interesses divergentes dos escolares (desmotivação, abandono

escolar)

4.5 Inibição para a exposição de dúvidas

4.6 Situações de indisciplina na sala de aula

4.7 Problemas familiares

4.8 Problemas económicos

4.9 Falta de condições de estudo em casa

4.10 Falta de apoio dos pais/encarregados de educação

4.11Outras:

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5. Em qual das competências de aprendizagem de uma língua sentes mais

dificuldade?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

5.1 Expressão/Interação oral

5.2 Compreensão oral e audiovisual

5.3 Expressão escrita

5.4 Compreensão escrita

GRUPO II – INTERAÇÃO E COMPREENSÃO ORAL

6. Como avalias as tuas competências de compreensão e comunicação oral na

língua espanhola?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

6.1 Compreendo o que é dito em Espanhol em contexto de sala de

aula

6.2 Interajo em espanhol com a professora e com os colegas

6.3 Participo em situações de comunicação propostas pela

professora

6.4 Utilizo linguagem adequada ao contexto comunicativo

7. Em que circunstâncias falas Espanhol na aula?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

7.1 Quando a professora solicita

7.2 Por iniciativa própria

7.3 Quando tenho dúvidas

7.4 Na interação com os colegas

7.5 Na interação com a professora

7.6 Outras:

8. Quais as atividades de compreensão e de interação oral que preferes?

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Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

8.1 Audição de gravações e de canções

8.2 Visualização de documentários, curtas-metragens, publicidade

e filmes

8.3 Apresentações orais

8.4 Debates

8.5 Dramatizações

8.6 Outras:

9. Quais os motivos que, na tua opinião, podem condicionar a tua

participação em atividades de interação em contexto de sala de aula?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

9.1 Dificuldade em entender as atividades

9.2 Dificuldade em entender o que é dito

9.3 Desinteresse pelas atividades propostas

9.4 Medo de errar

9.5 Timidez

9.6 Falta de vocabulário

9.7 Outras:

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10. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de compreensão oral?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

10.1 Peço ajuda a um colega

10.2 Peço ao professor que repita

10.3 Recorro à língua materna para pedir esclarecimento

10.4 Se não entendo o que está a ser dito desinteresso-me

10.5 Oiço atentamente tudo o que é dito

10.6 Procuro entender o significado de palavras novas

10.7 Ignoro palavras não relevantes para a compreensão daquilo

que oiço

10.8 Apreendo a informação mais importante da mensagem

10.9 Deduzo o significado de uma palavra através do contexto ou

da forma da palavra

10.10 Outras:

11. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de expressão oral?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

11.1 Peço a um colega que me diga alguma palavra ou expressão de

que necessito

11.2 Peço ajuda ao professor a nível de vocabulário

11.3 Recorro à língua materna

11.4 Utilizo frases simples

11.5 Reformulo as ideias, dizendo o que pretendo por outras palavras

11.6 Utilizo recursos não-verbais (gestos, expressões faciais)

11.7 Uso estrangeirismos

11.8 Crio palavras originais baseadas no conhecimento da língua

estrangeira

11.9 Outras:

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12. Que estratégias utilizas para superar a forma como interages oralmente na

aula?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

12.1 Peço ajuda à pessoa com quem estou a interagir

12.2 Peço ajuda ao professor

12.3 Recorro à língua materna

12.4 Utilizo frases simples

12.5 Reformulo as ideias

12.6 Outras:

13. Utilizas algum instrumento para refletir sobre a forma como trabalhas a

interação oral na sala de aula?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião.

Sim

Qual/quais?

Não

14. Já alguma vez trabalhaste com um diário de aprendizagem numa língua

estrangeira?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião.

Sim

Em qual/quais?

Não

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15. Quais são, na tua opinião, as vantagens de um diário de aprendizagem?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

15.1 Possibilita ao aluno refletir sobre a sua própria aprendizagem e

avaliá-la com o professor

15.2 Os alunos aprendem a conhecer-se melhor

15.3 Os alunos melhoram a sua capacidade de redigir textos

15.4 Os alunos aprendem a rever o seu trabalho de forma organizada

15.5 Os alunos melhoram a sua capacidade de comunicação através do

relato de experiências e realizações

15.6 Os alunos adquirem autonomia ao envolver-se ativamente na

avaliação da sua aprendizagem

15.7 Outras:

16. Como achas que se pode analisar um diário de aprendizagem?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

16.1 A professora lê o que escrevo e faz uma apreciação escrita, dando

sugestões individuais de melhorias.

16.2 A professora lê o que escrevo em voz alta para que a turma possa

fazer a sua apreciação

16.3 Não se analisa um diário, pois é uma reflexão pessoal

16.4 Partilha-se oralmente e periodicamente aquilo que se escreve com

os colegas e com a professora

16.5 Outras:

Obrigada pela colaboração

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Anexo 3: Parrilla de Oralidad

NOMBRE DEL ESTUDIANTE»

7. HABLAR EN PÚBLICO

(descriptores)

CARACTERISTICA

OBSERVADA

X CARACTERISTICA NO

OBSERVADA

1.2. Realiza presentaciones o

interacciones breves y ensayadas (A2)

1.2. Es capaz de hacer frente a un número

limitado de preguntas con respuestas

inmediatas y sencillas (A2)

*(para utilizar en diálogos)

7.1 Es capaz de hacer una

presentación breve y preparada sobre un

tema con la suficiente claridad como para

que se pueda seguir sin dificultad (B1)

8. ESTRATEGIAS DE

EXPRESIÓN (B1)

COMPENSACIÓN

8.1 Adapta una

palabra de su lengua

materna

8.2 Utiliza una

palabra sencilla que

significa algo

parecido al concepto

que quiere transmitir

CONTROL Y

CORRECCIÓN

8.3 Vuelve a

empezar utilizando

una táctica diferente

8.4 Puede corregir

confusiones de

tiempos verbales

o de expresiones

que pueden dar

lugar a

malentendidos

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Anexo 4: Ficha de avaliação do trabalho de grupo

Ficha de auto e heteroavaliação do trabalho de grupo

Nome:_________________________________________________________________

Preenche esta ficha tendo em consideração a tua postura e a dos teus colegas no

trabalho realizado. Coloca um X na coluna correspondente à tua opinião.

SIM NÃO

Estive empenhado(a) em realizar as tarefas que me foram propostas.

Mantive-me interessado(a)

Dei ideias e sugestões válidas para o trabalho

Utilizei as orientações que me foram dadas

Consegui respeitar as opiniões dos meus colegas

Tive uma postura adequada respeitando os pontos de vista dos outros

Soube explicar o meu ponto de vista sempre que não concordava com

algo

No grupo dividimos tarefas

Acho que os trabalhos de grupo são úteis na aprendizagem

Este trabalho permitiu-me perceber melhor como funciona a publicidade

Dividimos que partes cada um iria apresentar

Ensaiámos para nos sentirmos mais seguros durante a apresentação

Cumprimos o tempo que nos foi dado para a realização do trabalho

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Sugestões de melhorias para próximos trabalhos de grupo:

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Anexo 5: Questionário final

QUESTIONÁRIO FINAL

O presente questionário insere-se no âmbito do estágio profissional do mestrado em

ensino de Inglês e Espanhol no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário. Visa

aferir o teu ponto de vista relativamente à interação oral. Tem como objetivo

estabelecer uma comparação com o questionário inicial relativamente às práticas

pedagógicas que preferes. É um questionário anónimo e confidencial. Sê o mais sincero

possível nas tuas respostas.

Lê, atentamente, cada pergunta antes de responderes.

GRUPO I – APRENDIZAGEM DO ESPANHOL

1. Como preferes aprender Espanhol?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

1.1 A ler (jornais, revistas, banda desenhada, etc.)

1.2 A escrever (diários, mensagens, cartas, etc.)

1.3 A conversar (com colegas, com professores, etc.)

1.4 A ouvir (música, rádio, etc.)

1.5 A ver (filmes, vídeos, notícias, etc.).

1.6 Outras:

2. Quais são as metodologias de trabalho que preferes para aprender

Espanhol?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

2.1 Trabalho individual

2.2 Trabalho de pares

2.3 Trabalho de grupo

2.4 Aulas expositivas/teóricas

2.5 Interação professor-aluno

2.6 Pesquisas fora da sala de aula

2.7 Atividades extracurriculares

2.8 Outras:

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3. Em qual das competências de aprendizagem de uma língua sentes mais

dificuldade?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

3.1 Expressão/Interação oral

3.2 Compreensão oral e audiovisual

3.3 Expressão escrita

3.4 Compreensão escrita

GRUPO II – COMPREENSÃO E INTERAÇÃO ORAL

4. Como avalias as tuas competências de comunicação oral na língua

espanhola?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

4.1 Compreendo o que é dito em Espanhol em contexto de sala de aula

4.2 Interajo em espanhol com a professora e com os colegas nas

atividades que são propostas na sala de aula

4.3 Participo em situações de comunicação propostas pela professora

4.4 Sinto-me confiante para comunicar com falantes espanhóis nativos

4.5 Os meus interlocutores conseguem perceber geralmente o que eu

digo em Espanhol.

Outras:

5. Em que circunstâncias falas Espanhol?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

5.1 Quando a professora solicita

5.2 Por iniciativa própria quando tenho algum comentário

5.3 Quando tenho dúvidas

5.4 Na interação com os colegas

5.5 Na interação com a professora

5.6 Sempre que tenho oportunidade fora da sala de aula

5.7 Outras:

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6. Das atividades de interação oral realizadas ao longo do projeto de

intervenção assinala as que preferes?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

6.1 Criação de um rap

6.2 Apresentações orais sobre as temáticas em estudo

6.3 Debates

6.4 Dramatizações

6.5 Resposta direta às perguntas da professora

6.6 Outras:

7. Explica o porquê das tuas escolhas, em relação à pergunta anterior,

assinalando que objetivos alcançaste com as atividades que indicaste como

preferidas.

Assinala com um X a tua resposta.

OBJETIVOS ALCANÇADOS

Au

toco

nfi

an

ça

Moti

vaçã

o

Flu

ênci

a

Mel

hori

a n

o

ritm

o d

o

dis

curs

o

Boa p

ron

ún

cia

Maio

r co

ntr

olo

sob

re o

dis

curs

o o

ral

7.1 Criação de um rap

7.2 Apresentações orais sobre as temáticas em estudo

7.3 Debates

7.4 Dramatizações

7.5 Resposta direta às perguntas da professora

7.6 Outros:

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8. Quais os motivos que, na tua opinião, podem condicionar a tua

participação em atividades de interação em contexto de sala de aula?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

8.1 Dificuldade em entender o que é dito

8.2 Dificuldade em expressar-me em Espanhol

8.3 Dificuldade em controlar o meu discurso oral

8.4 Medo de errar em frente aos meus colegas

8.5 Desconhecimento de estratégias de aprendizagem que me

permitam ultrapassar as minhas limitações

8.6 Falta de vocabulário e incapacidade de dizer o que pretendo de

outra forma

8. Outras:

9. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de compreensão?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

9.1 Peço a um colega que me explique o que não entendi

9.2 Peço à professora que explique novamente

9.3 Recorro à língua materna para pedir esclarecimentos quando não

percebo o que é dito em espanhol

9.4 Tento perceber a mensagem mesmo que não perceba todas as

palavras em espanhol

9.5 Outras:

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10. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de expressão oral?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

10.1 Peço a um colega que me diga alguma palavra ou expressão de

que necessito

10.2 Peço ajuda ao professor a nível de vocabulário

10.3 Recorro à língua materna

10.4 Utilizo frases simples

10.5 Reformulo as ideias, dizendo o que pretendo por outras palavras

10.6 Outras:

11. Que estratégias utilizas para superar dificuldades de interação oral?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

11.1 Peço ajuda à pessoa com quem estou a interagir

11.2 Peço ajuda ao professor

11.3 Recorro à língua materna

11.4 Utilizo frases simples

11.5 Reformulo as ideias

11.6 Outras:

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GRUPO III – USO DO DIÁRIO DE APRENDIZAGEM

12. Ao longo do plano de intervenção utilizaste o diário de aprendizagem. Que

vantagens encontras na utilização deste instrumento?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

12.1 Ajudou-me a refletir sobre a minha aprendizagem.

12.2 Permitiu-me ter consciência dos meus pontos fracos e dos meus pontos fortes.

12.3 Fez-me pensar sobre a forma como tinha trabalhado em cada unidade.

12.4 Ajudou-me a ser mais autónoma(o).

12.5 Permitiu-me perceber que estratégias de aprendizagem melhor resultam para mim.

12.6 Permitiu-me refletir sobre a forma como interajo oralmente.

12.7 Permitiu-me refletir sobre a importância da interação oral na aprendizagem da LE.

12.8 Gostaria de voltar a usá-lo no futuro.

Outros comentários:

13. O feedback dado aos diários de aprendizagem pareceu-te eficaz?

Assinala com uma cruz (x) a opção que corresponde à tua opinião, sendo que 1

corresponde a (nada), 2 (pouco), 3 (bastante), 4 (muito).

1 2 3 4

13.1 O feedback permitiu o reforço de estratégias de aprendizagem.

13.2 O feedback dado permitiu-me refletir sobre a minha aprendizagem e aumentar a

minha autonomia.

13.3 O feedback dado permitiu aumentar a minha autoconfiança para utilizar a língua

espanhola em atividades de oralidade.

13.4 A comunicação por escrito utilizada nos diários de aprendizagem, como era vista

apenas por mim e pela professora estagiária, ajudou-me a expressar a minha opinião sem

ter receio dos comentários dos colegas.

Outros comentários:

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14. Utiliza este espaço para deixares um comentário sobre a intervenção

pedagógica levada a cabo pela professora estagiária Rosa Antunes.

______________________________________________________________________

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______________________________________________________________________

Obrigada pela tua colaboração

A professora estagiária

Rosa Antunes

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Anexo 6: Entrada 1 do diário de Aprendizagem

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1

NOME: DATA:

O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:

Alguns exemplos do que aprendi:

O que me pareceu mais fácil:

O que me pareceu mais difícil:

No trabalho de grupo devo ter em conta:

O que mais gostei:

O que menos gostei:

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

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Anexo 6.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 1

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1

NOME: A DATA:11/02/2014

O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:

Aprendi que é importante refletir sobre a minha aprendizagem e que não devo ter medo de

errar quando tento comunicar em espanhol.

Alguns exemplos do que aprendi:

Aprendi que para trabalhar em grupo devo escutar as opiniões dos meus colegas e devemos

falar um de cada vez para evitar a confusão.

O que me pareceu mais fácil:

Dar a minha opinião.

O que me pareceu mais difícil:

Chegar a um acordo depois de ouvir as opiniões de todos.

No trabalho de grupo devo ter em conta:

As opiniões de todos os elementos do grupo.

O que mais gostei:

Do resultado final do trabalho de grupo.

O que menos gostei:

Não gostei que alguns colegas estivessem com pouca vontade de trabalhar.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

Fico contente por teres percebido que errar faz parte do processo de aprendizagem e que o

medo de errar não te deve limitar em arriscares nas atividades propostas. Também é

importante o facto de refletires sobre a forma como aprendes num suporte escrito, como é este

diário de aprendizagem, para assim poderes perceber os teus pontos fortes e aqueles que

precisas de melhorar para seres um aluno mais autónomo.

Quanto ao trabalho de grupo, há sempre alunos mais empenhados do que outros. No entanto,

com diálogo é possível tentar motivar os colegas menos motivados. A divisão de tarefas

também ajuda a responsabilizar todos os elementos.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1

NOME: A DATA:11/02/2014

O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:

Aprendi que é importante refletir sobre a forma como aprendo, só ainda não sei bem como

fazê-lo!

Alguns exemplos do que aprendi:

Para trabalhar em grupo devo escutar os meus colegas e comunicar com eles em Espanhol.

O que me pareceu mais fácil:

Dar opinião para o trabalho.

O que me pareceu mais difícil:

Respeitar a opinião de todos no trabalho de grupo.

No trabalho de grupo devo ter em conta:

A opinião de todos os membros e falar por turnos para que não haja muito barulho.

O que mais gostei:

De trabalhar com os meus colegas

O que menos gostei:

De ter que falar em Espanhol, mas já sei que errar faz parte do processo de aprendizagem de

uma língua.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

É importante teres percebido que na aprendizagem de uma língua estrangeira não podemos ter

medo de arriscar. Devemos usar a língua espanhola o máximo possível e ter sempre em mente

que errar faz parte do processo de aprendizagem de uma língua estrangeira.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1

NOME: B DATA:11/02/2014

O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:

Uma das estratégias que aprendi foi a não ter medo de arriscar em usar a língua estrangeira,

ou seja, o espanhol. Mas vencer o medo de ser gozada pelos colegas não é fácil.

Alguns exemplos do que aprendi:

Não ter medo de usar a língua estrangeira

Não fazer troça de um colega quando ele erra ao tentar dizer alguma coisa em

espanhol

O que me pareceu mais fácil:

Respeitar a minha vez de falar no trabalho de grupo

O que me pareceu mais difícil:

Expressar-me apenas em espanhol.

No trabalho de grupo devo ter em conta:

Falar por turnos para evitar a confusão.

O que mais gostei:

De saber que errar faz parte do processo de aprendizagem e que não tenho que ter vergonha

de errar.

O que menos gostei:

Gostei de tudo!

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

É bom verificar que estás consciente de que para aprender uma língua estrangeira é necessário

arriscar no seu uso sem medo da exposição ou dos comentários dos colegas. A prática é que

leva à perfeição e quanto mais usarmos uma língua melhor a saberemos usar.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 1

NOME: C DATA:11/02/2014

O que aprendi nesta unidade? Relembra algumas das estratégias utilizadas:

Uma das estratégias que aprendi e que vou guardar para sempre foi que para aprender temos

que perder o medo de arriscar.

Alguns exemplos do que aprendi:

Não ter medo de arriscar em usar a língua estrangeira

Errar faz parte do processo de aprendizagem

Devo respeitar a minha vez de falar num trabalho de grupo

O que me pareceu mais fácil:

Respeitar a minha vez de falar no trabalho de grupo.

O que me pareceu mais difícil:

Arriscar a comunicar na língua espanhola porque ainda tenho muitas dúvidas, mas com a

ajuda da professora tornou-se mais fácil.

No trabalho de grupo devo ter em conta:

Devemos falar por turnos para evitar o barulho que dificulta a concentração.

O que mais gostei:

De aprender estratégias novas.

O que menos gostei:

Gostei de tudo!

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

É bom perceber que gostaste de aprender novas estratégias de aprendizagem, pois isso facilita

a tua vida de estudante e dá-te ferramentas para poderes ultrapassar bloqueios à tua

aprendizagem.

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Anexo 7: Entrada 2 do diário de Aprendizagem

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2

NOME: DATA:22/02/2014

As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da

oralidade)

A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)

Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade

Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão

Envia a tua reflexão por email até 25 de fevereiro

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

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Anexo 7.1: Amostras do diário de aprendizagem 2

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2

NOME: M DATA:22/02/2014

As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da

oralidade)

Sim é muito importante denotar esse facto, até porque ao participarmos nas aulas dando a nossa

opinião acerca de assuntos e interagir com a Professora Rosa e com os colegas tendo como base os

mais variados trabalhos lúdicos que realizamos, como é obvio sempre em espanhol, pelo menos

sempre que possível até porque nós, alunos, tentamos quase sempre "esquivar-nos" ao espanhol. Mas

o facto é que sempre que tentamos "arriesgar", tal como diz a Professora Rosa, estamos a contribuir

para desenvolver a nossa capacidade de falar outra língua em frente a outras pessoas, e os trabalhos

lúdicos que temos feito durante as últimas aulas simbolizaram isso mesmo, uma oportunidade para

evoluir a oralidade.

A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)

Prefiro sem dúvida, como deve ser do conhecimento da Professora Rosa, trabalhar em grupo mais

especificamente com 3 das minhas colegas de turma porque temos uma ideia partilhada de como

devemos trabalhar e sentimos nos também mais á vontade para estabelecer contacto a fim de realizar

um trabalho do agrado de todas.

Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade

Penso que o tipo de atividades de estamos a realizar nas aulas, que consiste em criar algo com base no

que nos é pedido e de seguida apresentar os nossos trabalhos á turma, que sinceramente ao inicio era

um pouco difícil para nós, até porque era necessário que nos sentíssemos á vontade em frente à turma,

porém agora começo sentir me mais á vontade para falar espanhol em frente á turma, o que prova que

realmente todas estas atividades são benéficas para os alunos.

Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

Fico muito satisfeita por ver que consegues falar/escrever com bastante facilidade sobre a tua

aprendizagem. Essa capacidade de refletir sobre a forma como aprendes ser-te-á muito útil na tua vida

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de estudante e na tua vida laboral, no futuro.

Continua com o bom trabalho que tens feito e com essa capacidade de reflexão, pois tentar

compreender que tipo de atividades e estratégias te ajudam a evoluir é fundamental para o teu sucesso

escolar. Estás no bom caminho.

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2

NOME: I DATA:22/02/2014

As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da

oralidade)

As aulas de espanhol dadas até ao momento tem se revelado uma ajuda enorme a nível do parâmetro

da oralidade devido às inúmeras tarefas “finais” que temos feito em todas as aulas.

A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)

Eu prefiro trabalhar em grupo, nomeadamente de 4 pessoas, pois há sempre ideias mais originais que

surgem e acabam por tornar um trabalho mais interessante e também ajuda a ouvir e a respeitar as

ideias dos outros, tal como a defender as nossas de uma forma civilizada.

Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade

Para treinar a oralidade gostava de experimentar fazer um trabalho de grupo, 4 pessoas, onde

tivéssemos de representar uma história que nos fosse dada, tipo um pequeno teatro.

Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

O que trabalhamos em cada aula são estratégias de aprendizagem que têm como objetivo facilitar o teu

processo de aprendizagem e tornar-te mais consciente da forma com aprendes. As tarefas finais, que fazemos

no final de cada unidade, têm como objetivo praticar os conteúdos que estamos a estudar assim como as

estratégias que estivemos a prender.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 2

NOME: C DATA:22/02/2014

As atividades desenvolvidas e estratégias utilizadas (se têm sido úteis para o desenvolvimento da

oralidade)

Na minha opinião, as aulas que temos vindo a ter, tem sido extremamente úteis a nível da oralidade,

pois gradualmente vamos obtendo mais pronúncia e aprendendo como se diz certas palavras, isto é,

vamos conhecendo melhor a língua.

A forma como preferes trabalhar (individual, grupo, pares e porquê)

A forma que me identifico mais a trabalhar é em grupo, pois na minha opinião é desta maneira que

surgem ideias mais diversificadas, tornando assim o trabalho de certa forma mais proveitoso

interessante e divertido.

Que outras atividades gostarias de fazer para desenvolver a oralidade

Outras atividades que eu gostaria de fazer, talvez atividades lúdicas como fazer curtas-metragens,

atividades desse género para apresentar á turma.

Sente-te à vontade para inserires o que achares pertinente na tua reflexão

Sim, sinto-me á vontade para inserir assuntos pertinentes na minha reflexão.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

Fico contente por sentires progressos na tua oralidade.

A sugestão de uma curta-metragem é interessante. Vejo que te agrada trabalhar com tecnologias.

Quando referia para inserires outros assuntos na tua reflexão, era para fazeres outros comentários

acerca das aulas que te parecessem oportunos.

Refletir sobre as estratégias de aprendizagem que te ajudam a evoluir é útil para aumentar a tua

autoconsciência acerca da forma como aprendes.

A reflexão é um hábito que se adquire e exige prática.

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Anexo 8: Entrada 3 do diário de Aprendizagem

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3

NOME: DATA: 10/03/2014

Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te

foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.

As estratégias que referimos foram:

Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.

Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.

Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.

Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.

Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.

As estratégias mais úteis para ti:

Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar

referindo porquê:

Criação e gravação do Rap:

Simulação de chamada telefónica:

Expressar opinião:

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

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Anexo 8.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 3

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3

NOME: DATA: 10/03/2014

Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te

foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.

As estratégias que referimos foram:

Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.

Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.

Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.

Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.

Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.

As estratégias mais úteis para ti:

Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol,

pois assim às vezes torna-se mais fácil de transmitir a palavra necessária e é uma forma

prática, é uma maneira de aprendermos a melhorar o vocabulário espanhol e sabermos o uso

de palavras corretas.

Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer

transmitir, através de esta estratégia podemos também conhecer palavras com o mesmo

significado e pode ser-nos mais fácil falar com palavras mais simples, uma vez que não

conhecemos as outras palavras direito. Obtemos assim também mais vocabulário.

Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola - por mais envergonhados que

sejamos nunca devemos ter medo de arriscar pois assim está-mos a aprender e a melhorar os

nossos termos pois quem sabe se não serão importantes para o nosso futuro, e isso ajuda-nos a

perder a vergonha e assim podemos sentir-nos mais á vontade na própria disciplina, uma vez

que esta é divertida, e as formas para aprendermos também o são, assim ainda se torna tudo

mais fácil…

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Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar

referindo porquê:

Criação e gravação do Rap: Criar e gravar o rap foi uma ideia criativa, uma experiência nova, quem sabe

uma atividade futura, foi algo divertido em que ocorreram aqueles acidentes normais de nos rirmos a

meio e começar tudo de novo, foi bom termos feito aquilo em grupos e com as pessoas mais próximas

e que na qual nos sentia-mos melhores, através uma coisa simples saíram grandes trabalhos, incluindo

também a parte que nos ajudou a perder a vergonha perante uma câmara e são momentos que ficarão

marcados.

Simulação de chamada telefónica: Simular uma chamada telefónica também achei divertido apesar de ser

algo mais comum, surgiram ideias muito divertidas. É uma forma de utilizarmos outro tipo de

vocabulário e de expressarmo-nos a nível oral. Serve para darmos asas á imaginação, á criatividade.

Expressar opinião: Em termos de atividades para expressarmos as nossas opiniões, isto é uma atividade

a nível individual onde ocorre tipo um debate pois a sempre opiniões diferentes nos assuntos e é bom

sabermos as diferentes opiniões porque as vezes até pode servir para refletirmos um pouco e quem

sabe mudar a opinião, pois todos estamos sujeitos a aprender coisas novas. Em termos mais gerais

expressar opinião pessoal e refletir e expressar aquilo que cada um pensa, é um modo de utilizar a

língua da disciplina.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

Revelas já capacidade de reflexão. Apontas as tuas opiniões e justifica-las. Estás no bom caminho

para ser uma aluna mais autónoma, capaz de eleger as estratégias mais úteis para ti enquanto

estudante.

Continua assim empenhada e não percas a capacidade de autoconhecimento que estes diários de

aprendizagem proporcionam a quem os encara como uma ferramenta verdadeiramente útil.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3

NOME: S DATA: 10/03/2014

Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te

foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.

As estratégias que referimos foram:

Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.

Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.

Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.

Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.

Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.

As estratégias mais úteis para ti:

Utilizar palavras mais simples, pois é mais fácil de dizer e perceber, recomeçar e tentar dizer o que se

pretende por outras palavras, pois assim as pessoas podem perceber e não precisamos de ter medo

Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar

referindo porquê:

Criação e gravação do Rap: Adorei foi uma ideia muito maluca, divertida e espero fazer outro

brevemente

Simulação de chamada telefónica: Também foi divertido um pouco difícil mas divertido

Expressar opinião: É bom; gosto de expressar a minha opinião, e de ouvir a dos outros

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

Podes desenvolver a tua capacidade de reflexão. Se explicares porque gostaste de uma atividade,

acrescentando, por exemplo, em que é que te ajudou a desenvolver a tua oralidade. Dessa forma, já

estás a ter uma opinião mais fundamentada.

A capacidade de reflexão trabalha-se com muita persistência. O importante é empenhares-te e nunca

desistir.

É essencial que te habitues a estruturar o raciocínio, referir o porquê das tuas opiniões, pois isso ser-

te-á muito útil na tua vida estudantil e laboral.

Continua a aprofundar a tua capacidade de reflexão pois irás conhecer-te melhor enquanto estudante,

e poderás ultrapassar eventuais dificuldades.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 3

NOME: C DATA: 10/03/2014

Tendo em conta as atividades para desenvolvimento da oralidade, refere que estratégias, das que te

foram apresentadas, se mostraram mais úteis para ti. Explica porquê.

As estratégias que referimos foram:

Adaptar uma palavra da língua materna quando não se conhece a palavra em Espanhol.

Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir.

Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras.

Autocorrigir-se quando se apercebe que errou.

Não ter medo de arriscar em usar a língua espanhola.

As estratégias mais úteis para ti:

Recomeçar e tentar dizer o que se pretende por outras palavras (pois se eu tiver de dizer algo em

espanhol não conseguir dizer da forma mais curta utilizo a forma mais comprida);

Utilizar uma palavra mais simples que significa algo parecido ao conceito que se quer transmitir

(Assim pelo menos, a pessoa para quem me dirijo, percebe um pouco daquilo que pretendo dizer).

Das seguintes atividades para desenvolvimento da oralidade refere se gostaste ou não de as realizar

referindo porquê:

Criação e gravação do Rap: Foi muito divertido e, como gosto muito de cantar, foi uma ótima

experiência.

Simulação de chamada telefónica: Não é algo que me cativa a falar espanhol.

Expressar opinião: É bom para, se alguma vez formos a Espanha e se quisermos opinar acerca da

comida do restaurante.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

O importante quando pretendemos comunicar numa língua estrangeira é arranjar estratégias que nos

permitam levar a cabo a nossa mensagem. Para isso é importante que conheçamos essas estratégias. É

o que estou a tentar mostrar-vos. Se refletirem e verificarem quais são as que melhor resultam

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pessoalmente com cada um de vocês, mais fácil será comunicar e planificar a vossa aprendizagem.

Um maior autoconhecimento leva a uma maior autonomia.

Qualquer atividade que promova a oralidade deve ser aproveitada para praticar e aprender. Expressar

opinião pode fazer-se, como certamente sabes, em relação a qualquer assunto e não só quando vamos

a um restaurante. Aliás nas aulas quando vos pergunto o que acham de determinado assunto, ou se

concordam ou discordam do tópico que estamos a falar, já estão a expressar opinião. Na nossa língua

materna fazemo-lo todos os dias e muitas vezes sem darmos conta disso.

Continua empenhada em refletir sobre a tua aprendizagem e verás que isso te trará muitos ganhos,

entre os quais a autonomia na aprendizagem.

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Anexo 9: Entrada 4 do diário de aprendizagem

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4

NOME: DATA: 23/05/2014

Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades

propostas.

O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este

tema? Justifica a tua resposta.

O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a

tua resposta.

Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:

Dividiram tarefas?

Ensaiaste o que ias dizer?

Tentaste falar em vez de ler?

Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?

E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que

ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum

benefício em utilizá-lo?

Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.

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COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

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Anexo 9.1: Amostras de entradas do diário de aprendizagem 4

DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4

NOME: S DATA: 23/05/2014

Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades

propostas.

O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este

tema? Justifica a tua resposta.

Sim o questionário também teve a sua importância, aumenta a nossa cultura, aumenta o vocabulário

sobre este tema, reforça ideias relativas ao cinema espanhol. Sem dúvida aumentou o meu

conhecimento relativo a personagens e aumenta também aquela curiosidade de querer ver filmes em

espanhol.

O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a

tua resposta.

Desde que me lembre nunca visionei um filme espanhol, apenas via séries.

O facto de termos visto trailers nas aulas despertou-me a curiosidade quanto ao cinema espanhol, pois

parece haver filmes de todo o tipo, filmes que deixam curiosidade, filmes que ficam na cabeça, e este

são também uma de muitas técnicas que podemos utilizar para aprendermos mais sobre a língua

espanhola… O cinema espanhol parece ser muito variado, divertido e um daqueles que chama à

atenção de todo o tipo de público.

Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:

Dividiram tarefas?

Ensaiaste o que ias dizer?

Tentaste falar em vez de ler?

Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?

Relativamente ao trabalho apresentado sobre este tema, o grupo em si ajudou porque fiquei com quem

me sentia bem a falar, a dar opiniões, são também pessoas muito próximas de mim e isso também

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ajuda apesar de saber que os grupos devem ser feitos da forma mais equilibrada. Em termos de

estratégias dividimos tarefas tentando dividir da melhor forma para que toda a gente pudesse

participar de igual maneira, antes de apresentarmos tiramos opiniões uns dos outros e todos os

elementos do meu grupo ensaiaram para vermos os aspetos a melhorar, sei que ao apresentar

enganava-me algumas vezes, pois por vezes o nervosismo também não ajuda muito mas sim tentei

falar em vez de ler porque ao longo do tempo com várias apresentações comecei a sentir-me mais à

vontade, e aprendi que devemos arriscar para poder melhorar, e sei que tentei fazer e fiz o meu

melhor.

Sempre que me enganava ou não conseguia dizer a palavra ou expressar algo corretamente tentei

reforçar a ideia para que me percebessem melhor, ou tentei dar a volta a situação voltando a repetir a

palavra corretamente ou dizer por outras palavras mais fáceis.

E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que

ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum

benefício em utilizá-lo?

Para mim usar o diário de aprendizagem foi uma experiência nova, no início não achei muito

importante usá-lo mas agora sinto-me diferente em termos de autonomia…

Ganhei confiança em mim mesma, senti-me à vontade para expressar os meus pensamentos e

sentimentos, foi uma ajuda em termos de ter uma noção daquilo que melhor aprendi, no fundo

serviram para refletir sobre aquilo que fiz, aprendi, e sobre a minha postura para poder melhorar

aspetos menos bons.

É um género de avaliação que cada um pode fazer de si mesmo… com isto aprendemos a chegar mais

longe e poderei assim dizer que este me foi bastante importante apesar de no início não me sentir

tanto à vontade como agora. Pensando bem isto tem também uma importância para o futuro, uma

importância para nós mesmo e o nosso crescimento como alunos.

Não sabia sequer o que um diário de aprendizagem pode fazer, não sabia usá-lo devidamente pois

nunca o tinha feito. É uma de muitas novas experiencias e ajudas que poderemos ter ao longo da vida.

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Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.

Stora tem que nos ir visitar, espero que a tenhamos ajudado no seu estágio. E sim tem razão, estes

diários têm a capacidade de nos fazer evoluir porque lembro-me que quando você nos começou a dar

aulas mal participava e agora notei eu mesma diferença em mim, notei que mudei para melhor, sinto-

me confiante sem medo de arriscar. As aulas com atividades foram muito boas tornando as mesmas

mais divertidas e com mais entusiasmo para participar. O facto de termos sempre uma tarefa final

ajudou a aumentarmos e nossa confiança.

Não ganhamos nada se não arriscarmos, por isso é sempre melhor tentar.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

PARABÉNS pela capacidade de reflexão e de te expressares que atingiste ao longo destes diários de

aprendizagem.

Fico contente por achares que o diário te ajudou na tua autonomia e na tua capacidade de reflexão. Era

esse o objetivo. Ainda bem que o atingiste.

Esta ferramenta pode ser muito útil para a tua aprendizagem. Se te habituares a pensar sobre a forma

como aprendes mais facilmente poderás identificar algo que não esteja bem e trabalhar para mudar

isso.

Referiste ao longo desta reflexão algumas das estratégias que fui expondo ao longo da minha

intervenção. Lembra-te que poderás usá-las noutras disciplinas para ajudar-te a ultrapassar eventuais

dificuldades.

Desejo-te muita sorte e muito sucesso nos teus estudos.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4

NOME: D DATA: 23/05/2014

Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades

propostas.

O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este

tema? Justifica a tua resposta.

Sim, porque aprendi vocabulário novo.

O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a

tua resposta.

Sim, despertou a minha curiosidade quanto ao cinema espanhol.

Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:

Dividiram tarefas?

Ensaiaste o que ias dizer?

Tentaste falar em vez de ler?

Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?

Dividimos tarefas

Ensaiámos o que íamos dizer.

E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que

ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum

benefício em utilizá-lo?

Ganhei mais confiança e autonomia.

Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.

Gosto muito do método de ensino de professora, obrigada

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

Esta reflexão foi muito breve!

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O tempo investido numa reflexão não é tempo perdido. Pelo contrário, é um investimento que dá

resultados visíveis em melhorias na aprendizagem. Quanto melhor te conheceres, mais fácil será

identificar os teus “problemas“ para os poderes superar. Ao analisares a tua aprendizagem tens a

noção do que é para ti mais fácil e do que precisas de melhorar. Para essa análise é necessária

reflexão. O diário de aprendizagem, quando é feito com o propósito de refletir, ajuda a criar essa

consciência do processo de aprendizagem. É uma ferramenta muito útil na aprendizagem. Se

mantiveres o hábito de os usar, verás que terás maior facilidade em identificar eventuais problemas e

em resolvê-los.

Obrigada pela colaboração nestes diários de aprendizagem. PARABÉNS pela persistência.

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DIÁRIO DE APRENDIZAGEM: ENTRADA 4

NOME: M DATA: 23/05/2014

Vamos refletir sobre as estratégias utilizadas nesta unidade para desenvolver as atividades

propostas.

O questionário sobre o cinema espanhol serviu para aumentar o teu conhecimento sobre este

tema? Justifica a tua resposta.

Sim, sem duvida que este questionário contribuiu muito para aumentar os meus conhecimentos ao

nível do cinema, essencialmente do espanhol até porque gosto muito de cinema , filmes de todos os

temas.......e a todas as alturas........porém o cinema espanhol não era algo que eu conhecesse muito

bem , tirando alguns atores e diretores a nível internacional que reconheci no questionário.

O visionamento dos trailers despertou a tua curiosidade quanto ao cinema espanhol? Justifica a

tua resposta.

O trailer de um filme é algo que eu recorro sempre antes de ver um filme, o que sugere logo uma

primeira impressão, precisamente o que aconteceu com estes exemplos de o que é o cinema

espanhol..... bons atores, diretores e realizações ....parece ser um cinema com muita qualidade.

Que estratégias utilizaste na preparação e na apresentação do trabalho de grupo:

Dividiram tarefas?

Ensaiaste o que ias dizer?

Tentaste falar em vez de ler?

Reformulaste uma ideia sempre que sentiste dificuldade em expressar-te?

Usei todas estas estratégias durante a realização do trabalho, como é normal existe sempre alguém que

trabalha um pouco mais no grupo, mas ao nível da apresentação cada elemento desenvolve da maneira

que pretende e aí tentei usar estas estratégias que ajudam sempre a desenvolver uma boa apresentação.

E, agora de forma global, faz uma apreciação sobre o uso do diário de aprendizagem. Achas que

ajuda a ganhar mais confiança e autonomia na aprendizagem de uma língua? Sentiste algum

benefício em utilizá-lo?

O uso do diário de aprendizagem, e agora que chegou ao fim compreendo, foi destinado única e

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simplesmente para o nosso aproveitamento da disciplina, foi algo que aos poucos e poucos

transformava algo na nossa vida de estudantes e nós praticamente não notávamos até vermos os

resultados finais. Nunca tinha apresentado trabalhos numa língua que não fosse a minha língua

materna e como é normal a confiança não era muita mas com os conselhos da professora Rosa tornou-

se mais fácil este percurso.

Utiliza este espaço para acrescentar aquilo que desejares.

Para uma ótima professora espero que tenha gostado de trabalhar connosco que esta turma a tenha

marcado .......apenas pelas boas razões é claro! Vou ter saudades das respostas aos diários de

aprendizagem, mas ainda tenho direito a mais esta (embora seja a última ) sempre foram muito

amáveis e recheadas de boas dicas.

COMENTÁRIO DA PROFESSORA:

M, os diários de aprendizagem tiveram o intuito de vos fazer pensar sobre a vossa aprendizagem,

sobre a forma como poderiam ultrapassar eventuais limitações. Fico contente que aches que é uma

ferramenta de trabalho útil.

As estratégias que fomos trabalhando ao longo da minha intervenção poderão ser-te úteis para outras

disciplinas. Usa e abusa delas!

Obrigada pelo empenho demonstrado ao longo deste percurso. Foste muito dedicada e colaborante.

Claro que a vossa turma me marcou. Todas as turmas deixam a sua marca. A vossa turma, por ser a

minha turma de estágio neste mestrado vai sempre ser recordada com um carinho especial. Além

disso, de forma geral, foram muito empenhados e cooperantes. OBRIGADA.

Muita sorte e muito sucesso nos teus estudos.

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Anexo 10: Diário do professor: reflexão pós aula

REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 10/01/2014 (1ª aula assistida)

Objetivo do projeto:

“Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las tareas del mundo real”

Exemplo de atividade ou estratégia: “Cumplir Órdenes” (jogo de interação)

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): fomentar

a autoconfiança dos alunos nas interações orais incentivando-os a arriscar e a não ter medo da

exposição frente aos seus pares.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Nesta aula não foram dadas em suporte escrito, propositadamente, nenhumas estratégias de interação

aos discentes. Verifiquei que os alunos participavam de forma retraída e sem saber como interagir,

desistiam perante a primeira dificuldade. Em aulas futuras serão trabalhadas com os alunos estratégias

para interação e para trabalhar em grupo, sejam estratégias afetivas, ou estratégias de aprendizagem.

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Esta primeira aula foi atípica. Primeiro porque foi a primeira aula que tive com a turma, e talvez por isso

os alunos estavam retraídos, mesmo os alunos mais participativos estavam anormalmente calados. A

atividade que julguei que iria ser mais motivadora para eles, deixou-os pouco à vontade e mesmo nas

atividades que costumam fazer, com a professora titular, estavam pouco participativos.

A nível de comportamento acho que devo mudar de lugar alguns alunos que para além de não quererem

trabalhar ainda distraem os colegas.

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Futuramente irei trabalhar com os alunos estratégias afetivas (como a importância da autoconfiança e da

necessidade de arriscar quando se aprende um língua estrangeira) e estratégias de aprendizagem (como

a importância de respeitar o turno de palavra numa interação, entre outras) que lhes permitam interagir

de forma mais ordenada e proveitosa.

O meu desejo era que a aula tivesse sido perfeita, mas se assim fosse o meu projeto não teria tanta

importância. Faz todo o sentido trabalhar com os alunos estratégias que lhes permitam, a eles e a mim,

progredir enquanto aprendentes de espanhol língua estrangeira. Partirei das estratégias que resultaram

menos bem e tentarei da próxima vez utilizar outras que resultem melhor.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 17/01/2014 (2ª aula assistida)

Objetivo do projeto:

“Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las tareas del

mundo real”

Exemplo de atividade ou estratégia: “Crear un anuncio y presentarlo en classe” (trabalho de grupo)

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): o

trabalho de grupo promove a cooperação e a negociação, fundamentais para a formação da

personalidade. Pretendo com estas atividades em grupo e com os momentos de interação fomentar a

autoconfiança dos alunos incentivando-os a arriscar e a não ter medo da exposição frente aos seus

pares.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Esta atividade de grupo resultou bastante bem. Houve um grupo onde os alunos não interagiram tão bem

como esperava. Houve um aluno que se desligou do grupo por não concordar com a opinião de uma

colega. Claramente não conseguem ainda lidar com opiniões divergentes.

Foi dada aos alunos a possibilidade de escolherem os seus grupos, mas creio que estes alunos não

estavam conscientes de que para trabalhar em grupo é necessária tolerância e respeito pelas opiniões

dos outros. Em trabalhos futuros é preferível que estes dois alunos trabalhem em grupos distintos para

ver como interagem.

As dicas para trabalho de grupo que entreguei, funcionaram na maioria dos grupos, mas não em todos.

Notei que a maioria dos alunos precisava de mais tempo para a realização dos trabalhos. Houve dois

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grupos que terminaram e outros dois que não conseguiram terminar.

Os dois grupos que terminaram trabalharam em equipa, dividiram tarefas e empenharam-se.

Nos outros dois grupos ficavam mais dependentes uns dos outros. Tinham mais dificuldade em repartir

tarefas.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Nesta segunda aula senti a necessidade de falar com a turma em relação ao seu comportamento. Pedi

uma vez mais que tivessem uma postura adequada evitando conversas paralelas e que não fossem

relativas à aula, ou aos conteúdos abordados. Os alunos estiveram menos barulhentos e notei que

tentavam participar mais.

A atividade do trabalho de grupo resultou bem. Os alunos estavam motivados e envolvidos na tarefa que

lhes foi proposta. Antes do trabalho de grupo, facultei aos alunos uma ficha com estratégias de

aprendizagem para trabalhar em grupo e para a apresentação oral, e foi para mim uma pequena vitória

ver uma aluna que ao início da aula me disse que não iria falar porque não conseguia devido à sua

insegurança, apresentar o trabalho com as suas colegas de uma forma bastante positiva. Quando no

final da aula lhe dei os parabéns ficou muito contente.

Apesar de alguns percalços com a informática, as atividades decorreram quase todas dentro do tempo

previsto. A exceção é o trabalho de grupo. Apenas um grupo conseguiu acabar e apresentar. Outro grupo

terminou, mas já não houve tempo para apresentar. Os alunos ainda não conseguem respeitar os

tempos que lhes são dados. Tenho que insistir nesta questão de cumprirem os tempos dados para uma

tarefa, realçando que para que o trabalho de grupo funcione é necessário um verdadeiro trabalho de

equipa.

Para tornar mais evidente para os alunos a necessidade de cooperação nos trabalhos de grupo vou criar

uma tabela de auto e heteroavaliação do trabalho de grupo, que aplicarão já na próxima aula,

relativamente a este trabalho.

Nesta aula propus aos alunos que fizessem a sua primeira entrada para o diário de aprendizagem. Já

enviei a informação com os pontos para reflexão para o email da turma e propus-lhes um prazo que

espero que cumpram.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 24/01/2014 (3ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la

interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.

Exemplo de atividade ou estratégia: “Crear un anuncio y presentarlo en classe” (trabalho de grupo)

APRESENTAÇÃO

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): o

trabalho de grupo promove a cooperação e a negociação, fundamentais para a formação da

personalidade. Pretendo com estas atividades em grupo e com os momentos de interação fomentar a

autoconfiança dos alunos incentivando-os a arriscar e a não ter medo da exposição frente aos seus

pares.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Em trabalhos futuros terei que trabalhar com os alunos a necessidade de aprofundar mais os seus

trabalhos. É necessário que aproveitem estes momentos para partilha de conhecimentos e que todos

procurem aportar ideias que sirvam para enriquecer os trabalhos.

À exceção de um grupo, o primeiro a apresentar, todos os outros grupos foram muito superficiais na

forma como fizeram os seus trabalhos. No momento em que era para falarem, limitaram-se a ler. E leram

frases muito curtas. Quase nenhum grupo ocupou os 5 minutos que tinham para a apresentação do seu

trabalho. Ainda não conseguiram perceber que estes momentos são importantes para o seu crescimento

enquanto estudantes de língua estrangeira. Talvez seja ainda o receio da exposição e o medo de errar

em frente aos colegas, apesar de eu estar sempre a referir que errar faz parte do processo de

aprendizagem, e que para aprender é preciso não ter medo de arriscar.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

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REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Hoje passei o questionário para aferir motivações e preferências de ensino dos alunos. Tal como

sugerido pela supervisora da universidade, a doutora Ana Cea, li todas as perguntas com os alunos, que

responderam em menos tempo do que o esperado.

Houve ainda tempo para iniciar a unidade 5. Depois de ter explicado o que iríamos tratar nesta unidade,

falei-lhes da tarefa final correspondente a esta unidade e propus-lhes que criassem grupos de 4 alunos

no máximo. Houve alguma confusão porque “sobra” sempre a mesma aluna. A solução seria ela juntar-

se a um grupo já formado, mas isso implicaria haver um grupo com 5 elementos e outro apenas com 2.

Pedi a colaboração da turma para resolver esta situação e só uma aluna, a Márcia, se disponibilizou a

juntar-se a outro grupo para que a Inês pudesse ficar no seu lugar. Não quis ser eu a impor os elementos

de cada grupo, mas não me agrada o facto de a Inês nunca se enquadrar em nenhum grupo. Tenho que

estudar melhor a forma como ultrapasso esta situação. Talvez proponha formar os grupos por sorteio.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 31/01/2014 (4ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la

interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.

Exemplo de atividade ou estratégia: DEBATE

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): esta foi

uma tarefa de grupo de interação. Os grupos eram de 4 elementos, cada grupo trabalhava uma

personagem diferente, e depois dentro do grupo elegiam um elemento para representar o grupo. Os

restantes elementos faziam parte da assistência e podiam participar mediante autorização da mediadora,

que neste caso era eu.

Esta atividade agradou aos alunos, que mesmo não estando habituados a realizá-la aderiram muito bem.

Penso que o facto de as regras de trabalho estarem bem definidas os levou a sentirem-se mais seguros

para desenvolver a atividade.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Caso haja oportunidade de realizar outro debate será um aluno a desempenhar o papel de moderador.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

A aula de hoje decorreu sem problemas.

Na tarefa motivadora, escolhi um vídeo da TVE, por ser um material autêntico, relativamente curto e que

me permitia trabalhar a oralidade. Os alunos conseguiram identificar o canal televisivo espanhol e deram

as suas opiniões relativamente ao tipo de café que era descrito na reportagem. O contacto com materiais

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autênticos para além de ser motivador é uma forma mais “real” de os alunos contactarem com a língua

que estão a aprender.

As atividades de grupo são as preferidas dos alunos.

Nas atividades de interpretação de texto e de gramática não se mostram tão entusiasmados. No entanto

sinto algum constrangimento em não usar o manual deles. Por isso mesmo vou intercalando atividades

do manual, escolho as que me parecem mais pertinentes, com atividades criadas por mim.

Gostam de atividades diferentes mesmo que lhes deem mais trabalho. Eu também prefiro que trabalhem

de forma mais cooperativa e mais ativa, no entanto sei que o trabalho individual também é necessário.

Desde o início do projeto de intervenção sinto que os alunos arriscam mais na sua expressão oral. Talvez

pelo facto de os levar a perceber que errar faz parte da aprendizagem de uma língua, se sintam menos

pressionados quanto ao medo de errar.

O debate foi a atividade que mais se destacou na aula de hoje. Com a prática deste tipo de atividade

poderão desenvolver um maior gosto pela língua espanhola e além disso aprendem a trabalhar de forma

colaborativa

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 07/02/2014 (5ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la

interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.

Exemplo de atividade ou estratégia: APRESENTAR UM ESCRITOR ESPANHOL À TURMA

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): esta

atividade teve como intuito a pesquisa de conteúdos socioculturais e a utilização da língua em suporte

escrito e oral, para apresentação do trabalho.

Foi uma tarefa desenvolvida em grupo para permitir o trabalho colaborativo e a divisão de tarefas. Houve

grupos onde isso funcionou melhor do que noutros.

Os alunos realizaram trabalhos completos, muito interessantes e com participação igual na

apresentação.

Infelizmente houve um grupo que não realizou a atividade. Não se organizaram para trabalhar fora da

sala de aula.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Organizar grupos de trabalho mais equilibrados em que haja alunos mais motivados e com menos

dificuldades, a puxar pelos alunos menos motivados.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

As atividades propostas na planificação foram todas cumpridas.

Os alunos mostraram-se participativos e cooperantes.

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Na apresentação do trabalho de grupo, que era a tarefa final desta atividade, senti que os alunos

parecem mais à vontade com a exposição em frente aos seus colegas. Já têm menos medo de

arriscar em usar a língua espanhola.

Na avaliação que os alunos fizeram dos trabalhos de grupo senti que houve injustiças. Os alunos não

premiaram os trabalhos mais completos. Premiaram os trabalhos dos amigos.

Nos próximos trabalhos terei que ter também direito de voto para tentar incutir nos alunos o sentido de

justiça, ainda que uma avaliação seja sempre algo subjetiva.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 21/02/2014 (6ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la

interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.

Exemplo de atividade ou estratégia: chuva de ideias sobre cantores espanhóis da atualidade

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):

promoção da oralidade através de um tema que é muito presente na vida dos alunos, a música.

Apresentei videoclips de vários autores e perguntei a opinião dos alunos relativamente ao estilo musical e

ao cantor ou cantora apresentada. O objetivo principal era a promoção da oralidade, mas também o

ensino de conteúdos socioculturais. Foi uma atividade que funcionou bem. Os alunos participaram e

mostraram-se interessados.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Direcionar mais as perguntas, tentar que mais alunos tentem expressar-se em espanhol.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Os alunos quando perceberam que o tema desta nova unidade era a música ficaram entusiasmados.

Para começar a aula fizeram o visionamento de 4 videoclips com cantores espanhóis da atualidade. À

medida que viam um videoclip iam comentando, de forma orientada, as músicas e os cantores. Depois

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para sistematizar era-lhes apresentada uma breve biografia do artista e ficavam com informação da

página web caso tivessem curiosidade para saber mais.

A aula decorreu normalmente. Os alunos mostraram alguma curiosidade, empenho e apreensão quanto

à tarefa final desta unidade. Propus-lhes que criassem um rap e que o gravassem para o apresentar em

frente à turma. A ideia da gravação é retirar-lhes o medo de se exporem em frente aos companheiros.

Mesmo assim houve alunos que se sentiram intimidados. Quando lhes expliquei que o objetivo é

praticarem estruturas que aprenderam e usar a língua espanhola, e que para aprender uma língua é

preciso praticá-la ficaram mais convencidos. Além disso disse-lhes que é bom enquanto aprendentes que

se oiçam gravados, assim podem perceber onde poderão melhorar.

Inicialmente, propus-lhes que trabalhassem em pares, mas pediram para trabalhar em grupos de 4

argumentando que seria mais fácil para desenvolver a sua originalidade. Concordei com os pedidos.

Estou curiosa com os resultados!

Uma vez mais o objetivo é que pratiquem a oralidade e que percam o medo de arriscar em usar a língua

espanhola.

Globalmente, a aula correu bem. Os alunos realizaram as atividades propostas e interagiram em

espanhol.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 28/02/2014 (7ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la

interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.

Exemplo de atividade ou estratégia: simulação de uma chamada telefónica

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor): para o

aluno praticar tarefas com as quais se pode deparar fora da aula é muito relevante. Esta tarefa vem na

sequência de organização de uma música na qual se retratava a vida de m casal. A chamada é a

dramatização do diálogo entre esse casal. Os alunos aderiram com mais entusiasmo do que eu estava à

espera.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

É um tipo de atividade que poderei adaptar a outras temáticas, já que os alunos se divertem e aprendem

com estas atividades.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Os alunos reagem sempre com agrado às tarefas motivadoras. A tarefa motivadora de hoje era um

videoclip de 2 minutos que começava com a pergunta: ? Te imaginas en un mundo sin música? Os

alunos reagiram muito bem e ficaram preparados para a discussão do tema que se fez nas atividades

seguintes.

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Se tivesse mais algum tempo poderia explorar mais a oralidade, mas como no início da aula houve um

ligeiro atraso devido à preparação que estão a fazer da visita de estudo, tive que continuar com as

atividades.

Foi uma aula em que os alunos participaram de forma espontânea, sem ter que ser eu a pedir

individualmente. Mesmo na leitura, quando pedi voluntários, houve de facto alunos que se

disponibilizaram para ler.

Há, no entanto alguns alunos que se mostram mais desmotivados. Pelo que sei não é uma desmotivação

com a disciplina, é uma desmotivação com a escola. Tento falar com eles e levá-los a participar, não

mostram muita resistência, mas precisam de um acompanhamento mais personalizado. Precisam que

esteja sempre a estimulá-los.

Globalmente a aula decorreu sem problemas.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 07/03/2014 (8ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Desarrollar estrategias de aprendizaje de forma implícita y explícita para promover la oralidad.

Exemplo de atividade ou estratégia:

Apresentação da tarefa final da unidade 6: gravação de um rap utilizando o futuro, com o título “En diez

años”.

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):

Esta foi uma tarefa que se inseria numa unidade sobre música.

Como forma de promover a oralidade sem causar o constrangimento da exposição direta em frente aos

colegas, pedi aos alunos que gravassem um rap, o que se revelou, segundo eles próprios, muito

trabalhoso, mas bastante divertido.

Houve apenas três grupos que me enviaram o trabalho. Só puderam apresentar dois grupos, porque um

dos grupos teve problemas ao gravar o vídeo. No entanto, alguns dos alunos que não entregaram o

trabalho disseram que o enviariam ainda esta semana.

Creio que as atividades, como esta, que têm um caráter lúdico podem envolver mais os alunos. Nas

gravações que vi, reparei que mesmo as alunas mais inibidas quando se trata de falar, ou de ler, se

mostraram bastante à vontade durante a gravação do rap que criaram.

Tenho pena que nem todos tenham feito.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

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Arranjar forma de motivar todos os alunos a realizar e a entregar as tarefas atempadamente.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Ao refletir com os alunos sobre as estratégias utilizadas na unidade anterior para desenvolver a

oralidade, pretendi que se tornassem mais conscientes da sua própria aprendizagem e das diversas

formas de ultrapassar possíveis dificuldades.

Na apresentação da tarefa final da unidade em estudo apontei estratégias possíveis de utilizar para a sua

realização e apresentação. Apresentei, ainda um conjunto de expressões linguísticas que poderão utilizar

para estruturar a sua apresentação oral. Creio que assim ajudarei os alunos a desenvolver a oralidade de

maneira mais eficaz.

Como tarefa motivadora para a unidade sobre o meio ambiente, apresentei uma curta-metragem sobre a

necessidade de usar de forma equilibrada os recursos energéticos de que dispomos. Esta atividade

pretendia desenvolver a consciência ambiental dos alunos e criar um momento de oralidade. As

restantes atividades da aula seguiram a ordem apresentada no manual. Não foram atividades que

criaram tarefas possibilitadoras para a tarefa final. Por isso mesmo, e a conselho da orientadora e da

supervisora, alarguei o prazo para a tarefa final, para que na próxima aula possa trabalhar com os alunos

tarefas possibilitadoras, seja a nível de vocabulário seja a nível de estratégias que os leve mais

facilmente à construção da tarefa final.

Teria sido melhor se nesta aula tivesse trabalhado vocabulário relacionado com a natureza ou se então

tivesse criado exercícios gramaticais diretamente relacionados com a temática ambiental. A razão pela

qual não o fiz foi porque se os alunos investiram dinheiro no manual, devem utilizá-lo, e também porque

há pais que não ficam nada satisfeitos de os alunos não usarem os manuais que compraram.

Este manual, “Club Prisma” cria muitas vezes este constrangimento de apresentar a parte gramatical e a

parte lexical de forma inconexa, sem uma ligação, ou um encadeamento lógico.

A aula decorreu sem problemas. Globalmente correu bem, os alunos mostraram-se participativos e

interessados.

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Se planificasse a aula que dei no momento em que estou a fazer esta reflexão, planificaria de forma

diferente. Trabalharia primeiro vocabulário e estratégias para a tarefa final e só depois os conteúdos

gramaticais.

Na unidade que me falta lecionar procurarei usar um enfoque mais comunicativo, encadeando de forma

mais equilibrada as tarefas possibilitadoras e os conteúdos gramaticais que levam à tarefa final. Se para

isso for necessário criar exercícios que estejam mais relacionados com a temática da tarefa final, fá-lo-ei.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 14/03/2014 (9ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Desarrollar estrategias que contribuyan para un mejoramiento de la oralidad y de la autonomía.

Exemplo de atividade ou estratégia:

Ficha de trabalho sobre o parque natural das Ilhas Atlânticas

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):

Aumento da consciência sociocultural dos alunos e desenvolvimento de atividades que

preparam para a elaboração da tarefa final, quer a nível de vocabulário, quer a nível de input

linguístico e sociocultural mobilizando também conhecimentos prévios.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Promover uma postura de maior colaboração entre pares.

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Na aula de hoje os alunos estiveram a realizar uma ficha de trabalho com tarefas possibilitadoras para a

tarefa final. Aprenderam vocabulário novo e acrescentaram conhecimento sociocultural que os ajudará na

elaboração e na apresentação da tarefa final.

À parte de alguns imprevistos informáticos que tentei contornar da melhor forma possível, a resolução da

ficha decorreu da melhor forma.

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Hoje alguns alunos estavam anormalmente agitados e houve mais ruído do que o desejável, chamei-os à

atenção sempre que perturbavam o funcionamento da aula, mas ainda assim o ruído quebrava o

rendimento dos alunos mais interessados.

Os alunos estiveram a trabalhar nos grupos de trabalho em que irão realizar a tarefa final. Apesar de se

tratar de grupos mais equilibrados, é notória a falta de entendimento, ou melhor de empenho, no seio de

alguns grupos. Os alunos com mais dificuldades ficam à espera que sejam os que têm mais à vontade

com a língua espanhola a resolver os exercícios. Isso não me agrada. No entanto, estou consciente de

que ter uma turma 100% motivada é uma realidade que existe mais nos pensamentos dos docentes do

que na realidade escolar.

Uma vez mais alertei, juntamente com a professora Susana, os alunos para a necessidade de se

empenharem nas atividades propostas e de não se esquecerem do seu diário de aprendizagem. Após

essa chamada de atenção já houve dois alunos que enviaram as entradas de diário que tinham

atrasadas. Espero que os restantes lhes sigam o exemplo.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 02/05/2014 (10ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Desarrollar estrategias que contribuyan para un mejoramiento de la oralidad y de la autonomía.

Exemplo de atividade ou estratégia:

Apresentação oral sobre parque natural das Ilhas Atlânticas

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):

Aumento da consciência sociocultural dos alunos e desenvolvimento da oralidade. Este tipo de

atividades serve também para que o professor tenha a perceção da evolução dos seus alunos.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Enfatizar a necessidade de falar mais em vez de ler e manter uma postura mais descontraída

durante a apresentação

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Na aula de hoje os alunos, após um período de pausa para testes, visita de estudo e férias,

apresentaram a tarefa final da unidade anterior. Já havia falado com os alunos sobre a necessidade de

filmar duas aulas para serem vistas pela supervisora na universidade. No entanto, como vinham de férias

e não trouxeram as autorizações de gravação assinadas pelos encarregados de educação, optámos, a

minha orientadora e eu, por não gravar as apresentações dos alunos e gravámos apenas a segunda

parte da aula em que os alunos não apareciam na gravação. Apesar de não se mostrarem nada

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confortáveis com a gravação de aulas, voltei a pedir-lhes que concordassem e ficaram de trazer as

autorizações para a próxima aula.

Fiquei muito satisfeita com os trabalhos realizados. Foram trabalhos completos, todos os elementos do

grupo trabalharam e todos participaram na apresentação. Apesar de se mostrarem mais à vontade a falar

em frente aos colegas, ainda se nota alguma insegurança, razão pela qual a câmara de vídeo os

intimida.

Após a realização das apresentações seguiu-se um momento de autoavaliação do trabalho realizado no

grupo. Depois de analisar as respostas dos alunos pude verificar que se sentiram bem enquanto grupo

de trabalho, embora preferissem trabalhar em grupos de amigos. O balanço que fizeram do trabalho foi

positivo e todos referiram que este trabalho aumentou a sua competência sociocultural.

Na segunda parte da aula começámos uma nova unidade sobre cinema. Após explicar o que

aprenderiam nesta unidade, fiz-lhes a proposta da tarefa final: uma tertúlia sobre cinema. Expliquei que

seria uma tarefa simples, uma vez que os alunos se encontram em fase de exame de inglês e devido ao

fato de a carga horária para a disciplina de Espanhol ser de apenas 90 minutos semanais. Caso

houvesse mais tempo os alunos gostariam de fazer uma curta-metragem, mas isso exigia tempo de que

não dispomos. Esta limitação de horário impede-me muitas vezes de realizar atividades que gostaria que

os alunos fizessem. Devido à calendarização imposta pelo cumprimento do programa cada unidade é

composta por apenas duas aulas. No tempo de que disponho procuro organizar tarefas que ajudem os

alunos a evoluir na sua aprendizagem da língua e que lhes permitam realizar a tarefa final proposta. Os

resultados têm sido bons. Os alunos colaboram, na sua maioria, nas tarefas propostas.

Ao contrário das tarefas anteriores, esta tarefa será totalmente desenvolvida dentro da sala de aula. As

tarefas possibilitadoras que os alunos realizarem ao longo das duas aulas dar-lhes-ão ferramentas para

realizar a tarefa final.

Não se tratou de uma aula normal, porque a presença da câmara de vídeo, que um funcionário da escola

amavelmente lá colocou, deixou os alunos mais retraídos.

Globalmente a aula decorreu bem, sem problemas e com interesse por parte dos alunos. O balanço que

faço é positivo.

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REFLEXÃO SOBRE AS ATIVIDADES DO PROJETO

Data da aula: 02/05/2014 (11ª aula assistida)

Objetivos do projeto:

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las

tareas del mundo real.

Desarrollar estrategias que contribuyan para un mejoramiento de la oralidad y de la autonomía.

Exemplo de atividade ou estratégia:

Tertúlia sobre cinema

Relevância (desenvolvimento do aluno e/ ou desenvolvimento profissional do professor):

Aumento da consciência sociocultural dos alunos e desenvolvimento da oralidade. Este tipo de

atividades serve também para que o professor tenha a perceção da evolução dos seus alunos.

Linhas de ação futura em atividades ou estratégias semelhantes:

Enfatizar a necessidade de falar mais em vez de ler e manter uma postura mais descontraída

durante a apresentação

Instrumento elaborado por F. Vieira (2010) no âmbito da supervisão de estágio (adaptado)

REFLEXÃO GLOBAL DA AULA:

Esta foi a última aula da minha intervenção pedagógica. Os alunos envolveram-se nas

atividades propostas e realizaram todas as tarefas dentro do tempo pretendido.

A tertúlia decorreu sem problemas. Os grupos falaram sobre diferentes filmes tendo em conta as

indicações dadas na ficha criada com indicações para a tarefa final. Todos os alunos de cada

grupo falaram e repartiram tarefas entre si. Houve alunos que conseguiram transmitir o que

pretendiam sem ler e houve alguns que não se sentiram seguros para falar e por isso leram

parte do que pretendiam transmitir.

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Apesar de ainda haver alunos a ler durante as apresentações, já o fazem com mais à vontade.

Estão menos inibidos do que no início deste projeto de intervenção.

Sinto que houve evolução na expressão oral dos alunos e também na sua autonomia.

O diário de aprendizagem levou-os a refletir sobre as estratégias que utilizavam e nas

implicações que o uso dessas estratégias têm no processo de ensino/aprendizagem.

O objetivo de desenvolver este projeto de investigação sobre o uso do diário de aprendizagem

na expressão oral foi levar os alunos a tornarem-se mais autónomos e mais confiantes para

desenvolver a sua oralidade. Posso dizer que foi um objetivo cumprido. Os alunos envolveram-

se e isso é já meio caminho andado para a sua autonomia.

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Anexo 10.1: Diário do professor: após análise dos diários de aprendizagem

Reflexão após a Entrada 1: 11/02/2014

Após vários anos de ensino é a primeira vez que me encontro a fazer com os alunos um

diário de aprendizagem. Senti que para eles isto é uma novidade. Para mim também!

Nesta primeira entrada procurei fazer algo muito simples que lhes permitisse refletir

sobre o aprendido dando-lhes a noção de que são capazes de trabalhar com esta

ferramenta.

Depois de analisar todos os diários verifiquei uma certa apreensão por não terem a

certeza de como se fazia. O que referi nos comentários e já tinha referido quando lhes

enviei esta primeira entrada é que uma reflexão é algo pessoal que exige tempo para

pensar sobre o que nos é pedido e que esse tempo é um investimento num maior

autoconhecimento que possibilita uma maior autonomia.

Após análise de cada diário faço um comentário com o intuito de dar reforço positivo e

de ajudar cada aluno a ser mais autónomo. A linguagem utilizada é simples, pois o

objetivo e que os alunos entendam o que é escrito e se sintam motivados a refletir sobre

a sua aprendizagem.

Tal como os alunos também eu estou a aprender a trabalhar com esta ferramenta. Exige

tempo, dá trabalho, mas vale a pena. Não sei se esta será a forma mais correta de

apresentar um diário de aprendizagem, mas como os alunos dizem que se sentiram bem

com este modelo vou mantê-lo na próxima entrada.

Reflexão após a Entrada 2: 22/02/2014

Notei que nesta entrada os alunos já referiram com maior à vontade as estratégias que

temos vindo a trabalhar e a implicação que estas têm no seu processo de aprendizagem.

Alguns ainda têm medo de errar na forma como fazem as suas reflexões. Expliquei-lhes

que o importante é pensarem sobre a forma como fazem as coisas e que aprendam com

essa reflexão. Também notei após análise dos diários de aprendizagem que os alunos

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percebem que todo o trabalho que lhes é pedido na sala de aula visa contribuir para o

seu sucesso, nomeadamente no desenvolvimento da expressão oral.

No próximo diário vou tentar estruturar melhor as questões de reflexão para que os

alunos se sintam mais confiantes.

Na próxima entrada tentarei focar mais as estratégias trabalhadas ao longo da unidade

em estudo para direcionar os alunos a refletirem sobre as estratégias apresentadas.

Reflexão após a Entrada 3: 10/03/2014

Neste diário de aprendizagem elenquei as estratégias que tínhamos estado a trabalhar

para o desenvolvimento da oralidade e pedi aos alunos que explicassem quais as que

consideraram mais úteis para si. Verifiquei que deste modo se tornou mais fácil ter

presente as estratégias trabalhadas e também foi mais visível um aumento na reflexão

sobre cada uma dessas estratégias.

A cada diário noto que a componente afetiva dos alunos está diretamente relacionada

com o envolvimento que demonstram nas tarefas que lhes são pedidas.

Já fazem reflexões mais estruturadas.

Reflexão após a Entrada 4: 23/05/2014

Esta é a última entrada do diário de aprendizagem. Sinto que os alunos estão mais à

vontade nas suas reflexões. Na última aula disseram-me que agora até estavam a gostar

de fazer os diários de aprendizagem. Inicialmente viram o diário como “mais trabalho”,

mas à medida que o tempo passava foram-se habituando e sentem que é uma ferramenta

que os ajuda a evoluir na sua aprendizagem.

Para mim esta é uma ferramenta que me permite verificar se os alunos estão mais

conscientes das estratégias que melhor funcionam consigo para o desenvolvimento da

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sua oralidade. O diário de aprendizagem envolve trabalho de análise e tempo para

responder, mas favorece a criação de uma relação interpessoal professor/aluno mais

estreita e mais afetiva.

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Anexo 11: Planificação do 1º ciclo de investigação-ação

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Anexo 12: Planificação do 2º ciclo de investigação-ação

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Anexo 13: Planificação do 3º ciclo de investigação-ação

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Anexo 14: Plano de aula 4 e materiais

PLAN DE CLASE | 4ª SESIÓN

Lecciones: 31/32 Duración: 90 minutos Fecha: viernes, 31 de enero de 2014

CONTENIDOS: Descripción de personas: el físico y el carácter.

Expresar sensaciones y sentimientos con adjetivos.

Expresar opiniones.

Revisión y nuevos usos de ser y estar.

Asigantura: Español A2/B1 Supervisora: Ana María Cea Álvarez

Grupo: 9º Orientadora: Susana Santos

Curso: 2013/2014 Professora estagiária: Rosa Antunes

UNIDAD DIDÁCTICA 5: “Muchas formas de ser”

TAREA FINAL: Presentar a un poeta de España o Hispanoamérica

Art

icu

laci

ón

con

el

pro

yect

o d

e

inte

rve

nci

ón

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que respondan a las tareas del mundo real.

Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de la interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.

Ob

jeti

vos

Esp

ecí

fico

s

Describir personas utilizando los verbos ser y estar con adjetivo

Formular hipótesis a partir de un enunciado

Leer expresivamente e interpretar un texto

Expresar opinión sobre el tema propuesto

Promover la expresión e interacción oral

Promover la autonomía

De

stre

zas

Comprensión auditiva (CA)

Comprensión lectora (CL)

Expresión/interacción oral (EO/IO)

Expresión escrita (EE)

Co

nte

nid

os

Fun

cio

nal

es

Descripción de personas: el físico y el carácter

Expresar sensaciones y sentimientos con adjetivos

Expresar opiniones

Léxi

cos

Adjetivos de descripción física

Adjetivos de carácter

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Gra

mat

ical

es

Revisión y nuevos usos de ser y estar

Soci

ocu

ltu

rale

s Personajes famosos de España e Hispanoamérica

Poetas de España y de Hispanoamérica

La televisión española

Estr

até

gias

Deducción de reglas gramaticales

Trabajo colaborativo: de parejas y de grupo

Audiciones

Expresar opiniones

Lectura de textos

Re

curs

os

Pizarra

Ordenador y video proyector

Internet

Fichas fotocopiadas

Lector de CD

Eval

uac

ión

Observación directa

Participación

Tareas realizadas en clase

Auto evaluación

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ACTIVIDADES DE CLASE

TAREA MOTIVADORA: ¿NO ME COBRAS EL CAFÉ?

DESTREZAS: comprensión auditiva

5 minutos

MODALIDADE: trabajo de gran grupo

Se proyecta la pregunta ¿No me cobras el café? Y se pregunta a los alumnos a que

creen ellos que ser refiere esta pregunta. El objetivo es que los alumnos hablen y

formulen hipótesis. A continuación se les explica a los alumnos que se trata de un

reportaje de TVE y se les propone que la escuchen.

Como tarea de pos audición se pregunta a los alumnos de que trata el reportaje. El

objetivo es que digan que se trata de un café en el que no se paga lo que se consume

sino el tiempo que se está en el café. La regla en este café es que cada una limpie lo que

ensucia ya que no hay camareros. Y luego se les pregunta a los alumnos si les gustaría

tener un café como aquello en Portugal. Una vez más el objetivo es que expresen sus

opiniones.

TAREA 1: EXPRESAR OPINIONES

DESTREZAS: expresión oral

5 minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Se proyectan en la tela las estructuras usadas para expresar opiniones, se les da un

ejemplo a los alumnos del tipo de estructuras que se pretenden practicar y se les pide

que expresen sus opiniones, observando las fotos de dos personas famosas: Pablo

Alborán y Penélope Cruz.

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Después que los alumnos hayan expresado sus opiniones oralmente, y como

ciertamente habrán dudas relativas a adjetivos para calificar el carácter, se les presenta

una nube de palabras que se pueden utilizar para caracterizar a las personas.

TAREA 2: DESCRIPCIÓN DE PERSONAS

DESTREZAS: expresión oral

20 minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Después de observar algunos de los adjetivos que se usan con el verbo ser para

describir el carácter de una persona, se les propone a los alumnos que siguiendo las

pautas dadas describan a personas usando: las estructuras para expresar opinión, el

verbo ser y el adjetivo que les salga en suerte y que estará proyectado en la pizarra.

Primero se les da un ejemplo y a continuación se les pide que formen sus propias frases.

El objetivo es que arriesguen y que intenten hablar contrariando las resistencias que

habitualmente demuestran en la expresión oral.

A continuación se les pide que deduzcan para qué se utiliza el verbo ser juntamente con

adjetivos. El objetivo es que digan que se utiliza para describir el carácter de una

persona.

Para que vean que hay diferencias entre el verbo ser + adjetivo y el verbo estar +

adjetivo se les presenta a los alumnos una nube con algunos de los adjetivos que se

utilizan con el verbo estar. Se les pide que formen frases y que al final deduzcan la

regla de utilización del verbo estar + adjetivo. El objetivo es que refieran que se usa

para describir un estado de ánimo, un cambio en el carácter.

TAREA 3: LECTURA E INTERPRETACIÓN DE TEXTOS (P.52)

DESTREZAS: comprensión lectora y expresión escrita

25 minutos

MODALIDADE: trabajo individual y de parejas

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A continuación se procede a la lectura de 3 textos, presentes en la página 52 del libro de

los estudiantes. Los alumnos leen en voz alta, de forma expresiva, a la vez. Después de

terminar la lectura, los alumnos identifican quién es la persona que habla en cada texto.

En parejas, hacen los ejercicios que se siguen, 2.1.1 y 2.1.2, para intentan describir

cuales son las características imprescindibles para ser un buen detective. Ponen sus

opiniones por escrito. Tendrán 5 minutos para hacerlo. Al final se hará una puesta en

común de lo que los estudiantes han escribido.

TAREA 4: ¡A DEBATIR!

DESTREZAS: todas

25 minutos

MODALIDADE: trabajo de grupo

Se divide la turma en dos grupos, A y B, y se pide a los miembros del grupo A que

defiendan que Jenifer Martínez es la candidata perfecta para ser la socia de Rosa

Arreglavidas; y el grupo B cree que debe ser Yaisa Álvarez. Los grupos tendrán que

explicar al grupo contrario sus argumentos e intentar convencerlos de que tienen razón.

Los alumnos enumerarán 5 características que consideran las fundamentales para que

su candidata sea la mejor para el cargo de detective privada. Para ayudarlos a

estructurar su presentación, se proyectan en la pizarra algunos tópicos para que el

debate ocurra de forma organizada. Los alumnos tendrán 10 minutos para escribir y

organizar sus ideas y luego se pasará al debate. La profesora será la moderadora del

debate. Cada grupo tendrá que hablar a la vez, que respectar su turno de habla y que

utilizar el tiempo de que dispone, 1 minuto en cada intervención, para expresar sus

argumentos.

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TAREA DE RECURSO: REVISAR LOS USOS DE SER Y ESTAR

EN LOS TEXTOS

DESTREZAS: todas

10 minutos

MODALIDADE: trabajo de parejas

Una vez que la clase siempre empieza con cerca de 5-8 minutos de retraso, si aún hay

tiempo se hará el ejercicio 2.2 de la página 53. En este ejercicio los alumnos tendrán

que completar los espacios con informaciones del texto. Sirve para revisar los

diferentes usos de ser y estar. Se les da tiempo a los alumnos para que completen el

ejercicio y se hará la corrección haciendo una puesta en común. Para ello la profesora

va solicitando voluntarios para la corrección. Las respuestas serán proyectadas en la

pizarra a medida que se van corrigiendo.

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Anexo 14.1: Informações e estratégias de aprendizagem para a unidade 5

Tarea final de la unidad 5: presentar a un poeta de España o

Hispanoamérica

Fecha de presentación: viernes, 7 de febrero de 2014

Tópicos para el trabajo:

Nombre y pseudónimo (si lo tiene) fecha y local de nacimiento

(y de fallecimiento); donde vivió

Características físicas

Características psicológicas

Curiosidades sobre el poeta

El poema más conocido de este(a) poeta

Buscad información en internet y organizadla.

No pongáis todo lo que aparece sobre el poeta que estáis trabajando. Hay

que seleccionar la información relevante de acuerdo con los tópicos

dados.

Formato de presentación: libre (puede ser en PowerPoint, en cartulina,

etc.)

Tiempo de presentación: 5 minutos

Para que el trabajo sea provechoso para todos es aconsejable:

Dividir tareas en el grupo

Hablar respetosamente para llegar a consenso

Ensayar la presentación para ganar seguridad

Que todos los elementos del grupo hablen a la vez

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PowerPoint criado para esta aula

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Anexo 14.2: Plano de aula 6 e materiais

PLAN DE CLASE | 6ª SESIÓN

Lecciones: 35/36 Duración: 90 minutos Fecha: viernes, 21 de febrero de

2014

CONTENIDOS: Unidad 6: ¡Viva la música!

Quiz musical sobre cantantes españoles de la actualidad.

Morfología y usos del futuro perfecto.

Audición, llenando los huecos e interpretación de la música “Qué será”, de Diego Torres.

Asigantura: Español A2/B1 Supervisora: Ana María Cea Álvarez

Grupo: 9º Orientadora: Susana Santos

Curso: 2013/2014 Professora estagiária: Rosa Antunes

UNIDAD DIDÁCTICA: ¡Viva la música!

TAREA FINAL: CREAR UN RAP

Art

icu

laci

ón

con

el

pro

yec

to d

e in

terv

enci

ón

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que

respondan a las tareas del mundo real.

Evaluar las motivaciones y percepciones de los estudiantes sobre la importancia de

la interacción oral para el desarrollo de la competencia comunicativa.

Ob

jeti

vos

Esp

ecíf

icos

Movilizar conocimientos previos sobre la cultura musical española de los alumnos

Utilizar la música española para ampliar la cultura musical de los estudiantes

Hacer hipótesis usando el futuro perfecto

Practicar expresiones para hacer conjeturas

Contrastar los usos del futuro perfecto, futuro imperfecto y condicional

Interpretar y completar una música

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Des

trez

as

Comprensión auditiva (CA)

Comprensión lectora (CL)

Expresión/interacción oral (EO/IO)

Expresión escrita (EE)

Con

ten

idos

Fu

nci

on

ale

s

Expresar probabilidad en el presente, pasado y futuro

Lamentarse

Expresar extrañeza

Expresar preocupación

Tranquilizar a alguien

Léx

icos

Acciones habituales

Vocabulario sobre los concursos de televisión

Vocabulario referente a las estaciones del año

Gra

mati

cale

s

Morfología y uso del futuro perfecto

Contraste entre futuro perfecto, futuro imperfecto y condicional

Marcadores de probabilidad (a lo mejor, igual, seguro que…) + indicativo

Expresiones para lamentarse + condicional

Soci

ocu

ltu

ral

es

La música española actual: David Bisbal, Chenoa, Diego Torres, Pablo Alborán

Est

raté

gia

s Lluvia de ideas; Audición de textos

Deducción de reglas gramaticales

Expresión oral; Expresión escrita

Rec

urs

os

Pizarra

Ordenador y video proyector

Lector de CD

Internet

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ACTIVIDADES DE CLASE

PRE TAREA: PRESENTACIÓN DE LA TAREA FINAL

DESTREZAS: expresión oral/comprensión lectora

5 minutos

MODALIDADE: individual

Después que los alumnos hayan registrado en sus cuadernos los contenidos para la

lección de hoy, la profesora les presenta la tarea final de la unidad 6: crear un rap.

Les da una hoja con las instrucciones para realizarla (anexo 1).

Esta tarea será para presentar en la próxima clase y tendrán que desarrollarla fuera del

aula.

TAREA 1: QUIZ MUSICAL

DESTREZAS: expresión/interacción oral

15 minutos

MODALIDADE: trabajo individual

La profesora presenta a los alumnos, videos de algunos cantantes españoles de la

actualidad y antes de darles informaciones pregunta de forma direccionada quien son

las personas presentadas. Después para sistematizar se les enseña algunas

informaciones de los cantantes. Se presentan videos y no fotos para que los alumnos al

escuchar y ver los cantantes se queden curiosos para escuchar más la música española.

Evalu

aci

ón

Observación directa

Participación

Tareas realizadas en clase

Auto evaluación

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TAREA 2: OBSERVA Y LEE

DESTREZAS: comprensión lectora 5

minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Los alumnos abren sus libros en la página 58 y leen los diálogos presentados de manera

expresiva. Después contestan las preguntas del ejercicio 1.1.1. y se corrigen oralmente.

Este ejercicio sirve de input para la introducción del futuro perfecto.

TAREA 3: EL FUTURO PERFECTO

DESTREZAS: expresión escrita y expresión oral 10

minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Los alumnos son invitados a rellenar el cuadro presentado en la página 59, que es sobre

la formación del futuro perfecto. A continuación completan más 2 ejercicios con las

formas del futuro perfecto. La corrección va siendo hecha mientras se hace el ejercicio.

La profesora dice a los alumnos que en la página 114 de su libro pueden leer más sobre

este tiempo verbal.

TAREA 4: FORMULAR HIPÓTESIS EN EL PASADO

DESTREZAS: expresión oral 10

minutos

MODALIDADE: trabajo de parejas

Se pide a los alumnos que en parejas lean las situaciones presentadas, en el ejercicio 1.3

de la página 60, y que creen una hipótesis para cada situación. Tienen 5 minutos para

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hacerlo. Después la profesora lee, a la vez cada situación, y cada pareja pone en común

con los compañeros sus hipótesis relativas a la situación en análisis.

TAREA 5: AUDICIÓN DE UN DIÁLOGO

DESTREZAS: comprensión auditiva

10 minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Los alumnos escuchan un diálogo (ejercicio 1.6) y marcan las opciones correctas sobre

lo que estuvieron escuchando. Si necesario, se escucha el diálogo dos veces. Al final se

corrige y se contesta a las preguntas presentadas en el ejercicio 1.6.1. Para sistematizar

los usos del futuro perfecto, se lee en el cuadro presentado que se usa el futuro perfecto

para hablar de una acción futura anterior a un momento también futuro.

TAREA 6: QUÉ SERÁ, SERÁ

DESTREZAS: expresión escrita

15 minutos

MODALIDADE: trabajo de parejas

Los alumnos leen juntamente con la profesora el ejercicio 2 de la página 61. Aquí se

recuerda a los alumnos que el futuro imperfecto se usa para hablar de cosas del presente

o del futuro de las que no estamos seguros.

En parejas, los alumnos hacen conjeturas sobre cómo será un día en la vida de David

Bisbal y Chenoa, usando el futuro imperfecto. Tienen 10 minutos para escribir y

después leen en voz alta sus hipótesis.

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TAREA 7: AUDICIÓN DE UNA CANCIÓN

DESTREZAS: comprensión auditiva

15 minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Se dice a los alumnos que van a escuchar una canción de Diego Torres y se les pregunta

si lo conocen. Se les presenta una breve biografía del cantante.

A continuación los alumnos visualizan el videoclip de la canción Qué será del cantante

Diego Torres.

Después son invitados a abrir sus libros en la página 62 y a rellenar los huecos de la

canción mientras la escuchan de nuevo.

Si necesario se hará una nueva audición para que puedan cubrir todos los espacios.

Se corrige oralmente, cada alumno a la vez, y por escrito proyectando las respuestas en

la tela para que puedan comprobar la grafía correcta de cada palabra.

Para terminar, se hará la explotación de la canción oralmente. La profesora hará a los

alumnos algunas preguntas, como las presentadas a continuación:

¿Por qué crees que el chico se va del pueblo?

¿Adónde crees que irá y que hará?

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Unidad 6: ¡Viva la música!

Tarea final:

CREAR UN RAP PARA PRESENTAR EN UN

CASTING

Escoged un grupo con quien trabajar

Imaginad que vuestro sueño es ser cantantes y vais a presentaros a

un casting en el que van a escoger el mejor rap para un concurso de

televisión

PARA CREAR VUESTRO RAP:

Imaginad como será vuestra vida dentro de diez años

Usad el futuro perfecto para hacer las suposiciones

Escribid 4 cuadras (como mínimo) y un estribillo para vuestro rap

Sed creativos

Tendréis que trabajar extra clase

Grabad vuestro rap en video para presentarlo en la próxima clase

No os olvidéis que cada alumno deberá tener el mismo tiempo de

habla

Podéis usar una base musical (sin letra) para vuestro rap

Si tenéis dudas podéis mandarme un correo

Se harán votaciones al final para elegir el mejor rap

HABRÁ UN REGALO SORPRESA PARA EL MEJOR RAP

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PowerPoint criado para esta aula

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Anexo 14.3: Plano de aula 10 e materiais

PLAN DE CLASE | 10ª SESIÓN

Lecciones: 43/44 Duración: 90 minutos Fecha: viernes, 2 de mayo de 2014

CONTENIDOS:

Presentación de la tarea final de la unidad 7.

Unidad 8 “Los simios dominarán la Tierra”.

Ficha de trabajo sobre el cine español.

Asignatura: Español A2/B1 Supervisora: Ana María Cea Álvarez

Grupo: 9º Orientadora: Susana Santos

Curso: 2013/2014 Professora estagiária: Rosa Antunes

UNIDAD DIDÁCTICA: El cine: “los simios dominarán la tierra”

TAREA FINAL: tertulia sobre cine

Art

icu

laci

ón

con

el

pro

yec

to d

e

inte

rven

ción

Promover la interacción oral en el aula a través de tareas significativas que

respondan a las tareas del mundo real.

Desarrollar estrategias que potencien un mejor uso la oralidad

Ob

jeti

vos

Esp

ecíf

icos

Realizar tareas posibilitadoras de la tarea final a través de una ficha de trabajo

Promover el espirito crítico

Promover el uso del Español para expresarse en clase

Trabajar implícita y explícitamente estrategias de aprendizaje

Des

trez

as

Comprensión auditiva (CA)

Comprensión lectora (CL)

Expresión/interacción oral (EO/IO)

Expresión escrita (EE)

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Con

ten

idos

Fu

nci

on

ale

s Hacer la valoración de películas (entretenida, aburrida, interesante,

recomendable…)

Hablar del argumento de películas

Hablar de gustos y preferencias cinematográficos

Léx

icos

Relacionado con cine (butaca, cartel, palomitas, película, taquilla, entrada,…)

Géneros de películas (comedia, drama, de acción, de guerra, musical, tragedia,

documental)

Profesiones relacionadas con el cine (director, guionista, actor, compositor)

Gra

mati

cale

s

Adjetivos

Las expresiones idiomáticas

Marcadores de probabilidad + indicativo /subjuntivo

Soci

ocu

ltu

rale

s

El cine español

Los actores españoles

Los realizadores españoles

Act

ivid

ad

es

Ficha de trabajo de preparación para la tarea final

Visualización de videos

Lectura de textos

Movilización de conocimientos previos

Ejercicios de ampliación de vocabulario

Rec

urs

os

Pizarra/Tela

Ordenador y video proyector

Lector de CD

Internet

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ACTIVIDADES DE CLASE

TAREA 1: PRESENTACIÓN DE LA TAREA FINAL DE LA

UNIDAD ANTERIOR

DESTREZAS: expresión oral

35 minutos

MODALIDADE: trabajo de grupo

TIPO DE ESTRATEGIAS

UTILIZADAS:

CICLO EN EL QUE SE

ENCUENTRA CADA

ESTRATEGIA:

FORMA DE PRESENTACIÓN DE

LA ESTRATEGIA:

Afectivas: no tener miedo de

arriesgarse a hablar en público

Práctica libre Implícita

Los alumnos empiezan por registrar los contenidos previstos para esta clase en sus

cuadernos. Después que lo hayan hecho se seguirá un breve diálogo sobre la visita de

estudio que han hecho a España y sobre las últimas reflexiones que hicieron en el diario

de aprendizaje.

A continuación se pasará a la presentación de la tarea final de la unidad anterior.

Después que cada grupo haya presentado se les preguntará cuales las principales

dificultades sentidas en la elaboración y en la presentación del trabajo y cuales los

logros que han sacado de este trabajo. Al final de que todos hayan presentado sus

Evalu

aci

ón

Observación directa

Participación

Tareas realizadas en clase

Auto evaluación

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trabajos se les pide que rellenen una ficha de autoevaluación (anexo 1) sobre el trabajo

realizado en la que se les pide que reflexionen sobre las estrategias que han utilizado y

sobre su implicación en el trabajo de grupo. Los alumnos tendrán 5 minutos para

hacerlo. Al final se hará una puesta en común de las estrategias más utilizadas.

TAREA 2: PRESENTACIÓN DE LA UNIDAD 8 Y SU TAREA

FINAL

DESTREZAS: comprensión lectora

10 minutos

MODALIDADE: trabajo de grupo

Se presentarán a los alumnos los contenidos de la unidad 8. Se les dirá que irán hablar

de cine y se les entregará la ficha con las informaciones para la tarea final de esta

unidad (anexo 2). La ficha será leída en conjunto para que puedan aclararse eventuales

dudas.

TAREA 3: ¿SABES LO QUE SIGNIFICA? (tarea 1 de la ficha)

DESTREZAS: comprensión escrita

5 minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Se pide a los alumnos que relacionen las imágenes presentadas con las palabras dadas.

El objetivo es que los alumnos aumenten o revisen su vocabulario relacionado con el

cine. Se trata de imágenes relacionadas con el campo semántico de cine.

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TAREA 4: Quiz sobre el cine español (tarea 2 de la ficha)

DESTREZAS: Expresión escrita y oral

15 minutos

MODALIDADE: trabajo de parejas

TIPO DE ESTRATEGIAS UTILIZADAS:

CICLO EN EL QUE SE

ENCUENTRA CADA

ESTRATEGIA:

FORMA DE

PRESENTACIÓN DE LA

ESTRATEGIA:

Compensatorias: ultrapasar limitaciones

en la oralidad usando el circunloquio o

sinónimos

Práctica libre Explícita

Para empezar este apartado de la ficha de trabajo se pregunta a los alumnos si conocen

la expresión ser algo… de película. Se les explica que es una expresión que se utiliza

cuando algo es fantástico, fuera de lo normal, extraordinario, increíble. Se les pregunta

si conocen otras expresiones idiomáticas y se registran en sus cuadernos las que sepan o

se les dirán algunas clarificando su significado.

A continuación se presentan a los alumnos un conjunto de cuestiones sobre el cine

español y se les pide que, en parejas, contesten en sus cuadernos. Se da una valoración

de 5 puntos a cada respuesta correcta para que los alumnos se sientan más motivados a

participar. La corrección se hará oralmente y las respuestas también se proyectarán en

la tela para que los alumnos puedan comprobar su correcta grafía.

TAREA 5: VISIONADO DE TRÁILERES (TAREA 3 DE LA FICHA)

DESTREZAS: comprensión auditiva

15 minutos

MODALIDADE: trabajo de parejas

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Se presentan a los alumnos 3 tráileres de 3 películas españolas. Se presenta cada

película a la vez y se les da tiempo al final de cada una para que rellenen un cuadro con

información sobre el título, el director y se les pide que imaginen el argumento. Al final

se corrigen oralmente las respuestas y se proyecta el argumento de cada una de las

películas para que los alumnos comprueben si sus hipótesis coinciden con el argumento

“oficial” del filme. No se trata de ver si son correctas o erradas. Se trata de comparar la

versión oficial del director con la versión que los alumnos imaginaron.

TAREA 6: CALIFICACIÓN DE PELÍCULAS

DESTREZAS: expresión escrita/oral

10 minutos

MODALIDADE: trabajo individual

Dándoles a los alumnos unas pautas para valorar las películas, se les pide que valoren

los tráileres que han visto y que los clasifiquen de acuerdo con las calificaciones

presentadas. El objetivo de esta actividad es que los alumnos adquieran vocabulario

para calificar películas que les será muy útil para la tarea final.

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Anexo 14.3.1: Estratégias para realização e apresentação do trabalho

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Ficha de trabalho criada para esta aula:

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Anexo 15: Respostas dos alunos à última pergunta do questionário final

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