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1 UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DO MARKETING DE GUERRILHA E O USO DE SUAS FERRAMENTAS PELAS AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE DE FOZ DO IGUAÇU. PRICILLA ABRANTES Foz do Iguaçu 2008

O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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Monografia cujo o objetivo era apresentar a importância do marketing de guerrilha, redes sociais e markeging viral, e a partir deste foco analisar o uso de suas ferramentas dentro das agências de publicidade de Foz do Iguaçu.

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UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DO MARKETING DE GUERRILHA E O USO DE SUAS FERRAMENTAS PELAS AGÊNCIAS

DE PUBLICIDADE DE FOZ DO IGUAÇU.

PRICILLA ABRANTES

Foz do Iguaçu 2008

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UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DO MARKETING DE GUERRILHA E O USO DE SUAS FERRAMENTAS PELAS AGÊNCIAS

DE PUBLICIDADE DE FOZ DO IGUAÇU.

PRICILLA ABRANTES

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à banca examinadora da Faculdade União Dinâmica Cataratas - UDC, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Publicidade e Propaganda. Coordenadora: Daniele Eckhardt Orientadora: Maria Isabel da Silva Teles

Foz do Iguaçu - PR

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TERMO DE APROVAÇÃO

UNIÃO DINÂMICA DE FACULDADES CATARATAS

ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DE MARKETING DE GUERRILHA E O USO DE SUAS FERRAMENTAS PELAS AGÊNCIAS

DE PUBLICIDADE DE FOZ DO IGUAÇU.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

__________________________ Pricilla Abrantes

______________________________________________ Orientadora: Profª. Mabel Telles

_______________________________________________ Nota final

Banca Examinadora

_______________________________________________ Profª. Mestra Maria Isabel da Silva Teles

_______________________________________________ Prof. Edizio

Foz do Iguaçu, 02 de dezembro de 2008

Page 4: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

4

Dedico este trabalho a todos que assim como eu, acreditam que esta é a era da inovação, da interatividade, da criatividade e da revolução. Para aqueles que ocupam um posicionamento com atitude e que desejam não apenas comunicar mas, comunicar com conteúdo, e para todos aqueles que querem fazer a diferença.

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Agradeço primeiramente a Deus por iluminar as minhas escolhas, agradeço à minha família, ao meu namorado Alexandre Sanches pelo apoio, paciência e por sempre dizer as palavras certas nos momentos de cansaço, agradeço ao meu amigo Antônio André Sinkos pelo incentivo, pela colaboração de materiais, pelos trabalhos que realizamos juntos, pelas experiências compartidas e por ser meu maior companheiro e cúmplice nessa luta pelo caminho da inovação, agradeço à todos os profissionais das agências de Foz do Iguaçu pela colaboração nas pesquisas, agradeço a orientadora desse trabalho professora Isabel Telles por sua dedicação, paciência e pelo imenso importante papel que teve na trajetória desse curso, e agradeço aos colegas pelos momentos compartidos que se tornarão para sempre lembrados.

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6

“É impossível vender a um homem que não está escutando.”

Bernbach.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Foto 1 - Cauda Longa..........................................................................................27

Foto 2 – Mídia alternativa.....................................................................................49

Foto 3 – Blog Brainstorm 9..................................................................................75

Foto 4 – Blog de Guerrilha...................................................................................75

Foto 4 – Logomarca Feed....................................................................................78

Foto 5 – Teoria Seis Graus...................................................................................81

Foto 6 – Mapa Mídias Sociais Brasil.....................................................................82

Foto 7 – Página orkut............................................................................................85

Foto 8 – Comunidade coca-cola orkut...................................................................87

Foto 9 – Comunidade Skol orkut...........................................................................87

Foto 10 – Página MSN..........................................................................................89

Foto 11 – Página MSN2.......................................................................................90

Foto 12 – Ação China MSN..................................................................................92

Foto 13 – MySpace...............................................................................................98

Foto 14 – Flickr...................................................................................................101

Foto 15 – Twitter.................................................................................................104

Foto 16 – Podcast...............................................................................................111

Foto 17 – Youtube...............................................................................................117

Foto 18 – Ação Obama Twitter............................................................................152

Foto 19 – Ação Obama MySpace........................................................................153

Foto 20 – Ação Obama Youtube..........................................................................154

Foto 21 – Ação Obama Flickr...............................................................................154

Foto 22 – Ação Obama Blog................................................................................155

Page 8: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................9

2 MARKETING..........................................................................................................13 2.1 Composto de Marketing e Tendências................................................................15 2.2 Segmentação de Mercado...................................................................................20 2.2.1 Alternativas de Segmentação...........................................................................23 2.2.2 Critérios para Segmentação............................................................................ 2.3 Nicho de Mercado................................................................................................25 3 PROPAGANDA.......................................................................................................31 4 CONSUMIDOR E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR.............................34 4.1 O Novo Perfil do Consumidor...............................................................................38 5 MIDIA ALTERNATIVA.............................................................................................45 6 WEB 2.0.................................................................................................................50 7 MARKETING DE GUERRILHA..............................................................................54 7.1 Buzzmarketing: Boca-a-boca..............................................................................60 7.2 Marketing viral.....................................................................................................66 7.3 Ferramentas........................................................................................................69 7.3.1 Blog..................................................................................................................69 7.3.1.2 Feed RSS………………………………………………………………………….76 7.3.2 Redes Sociais..................................................................................................78 7.3.2.1 Orkut..............................................................................................................83 7.3.2.2 MSN...............................................................................................................88 7.3.2.3 MySpace........................................................................................................92 7.3.2.4 Flickr………………………………………………………………………..……….98 7.3.2.5 Twitter……………………………………………………………………………..102 7.4. Podcast…………………………………………………………………………..…. 106 7.2.5 Youtube……………………………………………………………………………...111 8 PESQUISA……………………………………………………………………………....118 9 CONCLUSÃO…………………………………………………………………………...134 10 REFERÊNCIA…………………………………………………………………...........136 Apêndice A………………………………………………….……………………………..147 Anexo A………………………………………………………………………………..…..149

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ANÁLISE SOBRE O CONHECIMENTO DO MARKETING DE GUERRILHA E O USO DE SUAS FERRAMENTAS PELAS AGÊNCIAS

DE PUBLICIDADE DE FOZ DO IGUAÇU.

RESUME This work of Conclusion of course is about a analysis and study about the knowledge of Marketing of gerrilha and yours tools in the office of publicity at Foz do Iguaçu. In the work that is definition the biggest of marketing of guerrilha and presentation of case to the best understood of this tools and to be a object of study in the development that this work. The study have how the goal to analysis the opinion, the accept and the knowledge of the profession’s publicty about the tools of the marketing of guerrilha like the use of this tolls in the elaboration of the actions in the agency publicity at Foz do Iguaçu, to attend the goals of comunicacion tha this professions, this study will be realized using a quality search in the agency of publicity.

Words – Key: marketing, imnovation, socials rede, viral marketing, buzzmarketing, content, web 2.0, Feed RSS, collaborate, content, mouth-to-mouth, youtube, flickr, podcast, orkut, msn, adverstising, new consumer, new midias, guerrilha.

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1. INTRODUÇÃO

A propaganda veio para suprir as necessidades dos comerciantes

em vender seus produtos ou serviços devido à alta produção e ao número

abundante de produtos que estavam sendo criados e que precisavam ser

comercializados, era preciso informar a existência desses produtos no mercado e

passar a frente da concorrência.

Desde o seu surgimento a propaganda funcionou como uma

ferramenta excelente persuadindo os consumidores, através de uma linguagem que

despertasse o desejo e as necessidades em comprar aquele produto. Hoje, possui

um papel essencial em qualquer plano de marketing, é através dela que os

consumidores terão a consciência de quem é a empresa, o que ela tem a oferecer,

quais são as suas vantagens e benefícios.

Estas pessoas o qual eram definidas como consumidores nos

primórdios da propaganda, eram formadas por um perfil com tempo livre devido a

pouca tecnologia, gostavam de assistir a Tv, ouvir rádio e viam a propaganda como

um entretenimento e uma forma de arte.

Nas últimas décadas, o mundo tem se transformado com a

globalização e afetado as relações humanas, hábitos, cultura, conduta e o

comportamento do consumidor. Com o advento da internet, alteraram-se as formas

de interação entre as pessoas, o que antes era uma massa de indivíduos com fácil

identificação, passou a segmentar em infinitos nichos de consumidores.

Tendo como base esse novo consumidor, novas teorias surgem para

criar diretrizes no ramo do marketing a entender este novo panorama de

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11

consumidores, todo o esforço de marketing deve ser dirigido ao consumidor, pois o

marketing não gera necessidades e sim, atende.

O Marketing de Guerrilha, inspirado nas guerrilhas bélicas que

atacam de forma surpreendente, surge para satisfazer essas novas tendências de

mercado e, para fortalecer o papel da propaganda como ferramenta de

comunicação. Ele é definido como tática de novas mídias que se caracterizam como

ferramentas de baixo custo, diferentes, poderosas e que despertam e resgatam no

consumidor a curiosidade e a atenção que se perdeu. Uma das maiores

características do Marketing de Guerrilha é a inovação, é preciso inovar para

atender esse novo panorama do mercado, as pessoas buscam por novidades todos

os dias esse é o refúgio da mesmice e do tédio.

Assim, um dos principais objetivos do marketing de guerrilha é a

geração do buzz, através do baixo custo e o aumento dos comentários e o barulho

em torno da marca e o marketing viral, que se assemelha ao fenômeno de um vírus

causando a disseminação rápida da mensagem.

Dentro do contexto de marketing de guerrilha estão as suas “armas”

ou definidas de forma comum as ferramentas conhecidas como novas mídias, entre

elas estão as redes sociais formadas pelo orkut, msn, myspace flickr e twitter assim

como, ferramentas colaborativas como o blog e o youtube e as ferramentas na

categoria de áudio como o podcast.

Este trabalho tem como principal objetivo analisar essas ferramentas

como instrumentos de comunicação e o uso dessas ferramentas pelas agências de

publicidade de Foz do Iguaçu. Esses dados serão adquiridos através de uma

pesquisa qualitativa aplicada nas agências, de forma individual e profunda,

buscando adquirir com mero cuidado e detalhe o conhecimento do Marketing de

Page 12: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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Guerrilha por esses profissionais, tendo em vista as médias e empresas situadas na

cidade.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Principal

Através de uma pesquisa quantitativa analisar o conhecimento e o

uso do marketing de guerrilha e de suas ferramentas pelas agências de publicidade

de Foz do Iguaçu.

1.2.2 Objetivo Especifico.

a) Conceituar o Marketing de Guerrilha e suas ferramentas

b) Apresentar os benefícios e as vantagens do uso dessas

ferramentas como forma de comunicação.

c) Avaliar o conhecimento do Marketing e de suas ferramentas pelas

agências de publicidade de Foz do Iguaçu.

d) Identificar a aceitação do Marketing de Guerrilha e a aplicação de

suas ferramentas por parte das agências de publicidade de Foz do Iguaçu.

1.4 JUSTIFICATIVA

Devido ao fato da internet estar transformando de forma dramática e

rápida as relações humanas e consecutivamente o perfil do consumidor, é preciso

buscar a inovação através da aplicação de novas mídias para atender e despertar

novamente o interesse por parte dos consumidores para a aquisição de produtos.

Assim, este trabalho é de extrema importância para o auxilio do estudo de novas

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ferramentas de marketing e publicidade, de modo a atender o novo consumidor

exigente, e quem sabem saturado pelas mídias convencionais.

1.5 METODOLOGIA

Numa primeira fase, utilizou-se neste trabalho uma extensa pesquisa

bibliográfica sobre o assunto, em livros, revistas e internet.

Numa segunda instância, aplicou-se uma pesquisa qualitativa com

profissionais de 6 agências de publicidade de Foz do Iguaçu, de modo a analisar

com profundidade o que pensam tais profissionais sobre o Marketing de Guerrilha. .

Na coleta de dados, foi utilizado um roteiro de pesquisa com 21

perguntas abertas e somente uma pergunta fechada (veja apêndice A).

Page 14: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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2- MARKETING

No livro Marketing para o século XXI (2003, p.15) o autor Philip

Kotler argumenta que o panorama econômico mundial é formando por dois

principais elementos: globalização e tecnologia, com essas mudanças as empresas

não podem mais confiar em suas antigas práticas porque, a mesma fórmula aplicada

para conquistar o público há alguns anos atrás não terá a mesma eficiência. Com

base nisso, Kotler aponta que: “A capacidade de mudança requer a capacidade de

aprender”.

De acordo com o comitê da American Marketing Association a

definição de marketing é:

A execução das atividades de negócios que encaminham o fluxo de mercadorias e serviços do produtor aos consumidores finais, industriais e comerciais. SANT´ANNA (1998, p.16)

Para Kotler existem definições de marketing sociais e gerencias. Em

relação ao processo social ele define marketing como:

Processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e desejam com a criação, a oferta e a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros. KOTLER (2003, p.25)

Em relação ao processo gerencial, Kotler define marketing como:

Processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, bens e serviços para criar negociações que satisfaçam metas individuais e organizacionais. KOTLER (2003, p.25)

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Segundo o autor o marketing tem como objetivo conhecer o

consumidor, estudar o que ele deseja ou necessita, produzir esse produto ou serviço

com base na necessidade deste, distribuir e ensinar como o consumidor deve usar

assim como estabelecer um custo acessível.

Kotler (2003, p.20) afirma que algumas pessoas têm a dificuldade de

denominar o que é marketing, e a maioria define marketing como vendas,

propaganda, porém, marketing não é apenas vender, ele vai, além disso. A venda

atende a necessidade do vendedor enquanto o marketing atende a necessidade do

comprador através do produto, de acordo com o autor brasileiro J.B Pinho do livro

Comunicação em Marketing (2002, p.24) “ a venda está preocupada em garantir

que o vendedor realize a conversão do seu produto em dinheiro, ao passo que o

marketing tem o propósito de satisfazer as necessidades do cliente por meio do

produto e dos serviços que estão associados com a sua criação, distribuição e

consumo final”.

Kotler argumenta que o conceito de marketing e venda, assim como

a sua comparação, está definido como:

O conceito de venda começa com os atuais produtos da empresa e considera sua tarefa utilizar a venda e a promoção para estimular um volume lucrativo de vendas. O conceito de marketing começa com os clientes atuais e em potencial e com suas necessidades; planeja um conjunto coordenado de produtos e programas para servir a estas necessidades; e realiza o lucro através da satisfação do consumidor. KOTLER (1980, p.42)

Kotler acredita que quando a sua empresa estuda com cuidado o

que significa marketing, e faz sua aplicação com eficiência o ato de vender, não se

torna um esforço. As pessoas gostam do novo produto e passa ele de boca em

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boca. E umas dessas aplicações é o estudo das necessidades do consumidor que

ainda não foram atendidas e fornecer soluções satisfatórias para eles.

O autor Marcos Cobra em Administração de marketing no Brasil

(2005, p.20) acrescenta que “o marketing funciona como uma ação de planejamento

que leva à execução”, ou seja, analisando e estudando o que o consumidor procura

irei produzir o produto que atenderá a sua necessidade. Todas essas respostas são

alcançadas após saber: que mercado trabalhar, que tipo de produto deve ser

comercializado, como divulgar e distribuir este produto.

Segundo Kotler no livro Marketing para o século XXI, (2003, p.25) o

que as empresas precisam hoje é de marketing inteligente: mais conhecimento

sobre o cliente, uso da tecnologia como conexão com o cliente, colocar o cliente

para participar do projeto da produção do produto, inventar novas maneiras de criar,

comunicar e transmitir valor à seu público-alvo.

Estamos vivendo em uma era em que o consumidor deveria ser

colocado como o ponto central das empresas. Saber utilizar o marketing a favor do

seu negócio é ter a consciência de que você trabalha para o consumidor e não o

consumidor trabalha para você. A pesquisa para entender o universo dele, o que ele

busca e quais são as suas necessidades é um dos elementos-chave para o caminho

do sucesso da sua empresa.

2. 1 Composto de marketing e tendências

Todo produto deve apresentar um posicionamento no mercado para

que o consumidor tenha em sua mente o que a empresa representa para ela.

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Procurando desenvolver uma abordagem estratégica, objetivas e

sistemáticas McCarthy (1978) simplificou e reduziu os compostos de marketing ou

mix de marketing em quatro elementos, os chamados 4 Ps:

- Produto: Ao pesquisar e saber o que oferecer, deve pensar em

uma forma de oferecer de uma maneira diferente e melhor para que paguem o valor

que foi definido para este produto. Isso inclui o valor da diferença que o produto

proporciona, o bem físico e serviço além da embalagem.

- Preço: Levar em conta variantes como o preço da concorrência,

custo de produção, definição do preço baseado em valor ou no consumidor e

baseado na reação do mercado.

- Praça: Definir como tornar o produto disponível no mercado tais

como: vender diretamente ou por intermediários. É o estabelecimento do canal de

distribuição onde o produto possa chegar até o consumidor.

- Promoção: Definir como levar a mensagem ao público é a forma

que a empresa irá utilizar para informar ao consumidor a existência daquele produto.

As formas como isso pode ser feito são: propaganda, promoção de vendas, relações

públicas, que devem ser integrados.

A estrutura dos quatro Ps requer que os profissionais de marketing decidam sobre o produto e suas características, definam o preço, decidam sobre como distribuir o produto e selecionem métodos para promove-lo. KOTLER (2002, p. 124)

Segundo Weistein (1995, p.10) a lógica da estratégia de marketing é

definir que bens (produtos e serviços), querem produzir através da pesquisa de

marketing e, a partir disso analisar em que mercado irá aplicar esse produto. Essas

respostas é o que define a estratégia de marketing.

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O autor brasileiro Pinho (2006, p.35) aponta que através do mix de

marketing a empresa introduz o produto no mercado, dá conhecimento sobre sua

existência aos compradores potenciais e induz os consumidores a dar preferência

para a compra do seu produto em detrimento do produto dos concorrentes.

Para a implantação de cada combinação produto-mercado, a empresa precisa desenvolver um mix de marketing ou composto de marketing, aquele conjunto de instrumentos que a organização utiliza para viabilizar operacionalmente a sua estratégia. PINHO (2006,p. 34)

Pinho apresenta em seu livro (2006, p.36) que alguns estudiosos

acrescentam ao mix de marketing criado por McCarthy outros 4Ps: serviço pessoal

(personal service), público, poder e embalagem (packaging); a importância do

serviço como instrumento de marketing vem do fato de ele aumentar o valor

agregado de um produto causando a maior valorização do produto para que o

consumidor possa valorizar mais e sinta maior satisfação em consumir o seu produto

do que o do seu concorrente; o público pode ser compreendido em um sentido mais

amplo como a opinião pública, qual é a opinião da maioria das pessoas em relação a

sua marca ou, no sentido mais restrito como o próprio consumidor dando uma

ênfase na sua exigência na seleção de marcas e produtos; o poder é o que a

empresa precisa dispor para obter a colaboração indispensáveis de tais instituições

ou para conquistar o apoio de políticos e dirigentes governamentais para seus

pleitos; em relação a embalagem o autor define como “vendedor silencioso” o único

vendedor no momento crítico na decisão da compra.

Lautenborn (1990, p.45) desenvolveu uma nova visão para o mix

de marketing e ofereceu quatro novos elementos os chamados 4 Cs (cliente,

conveniência, comunicação e custo) onde mais importante que ter um produto ou

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serviço é ter um cliente para satisfazer seus desejos e necessidades, proporcionar

conveniências para comprar e tornar esse cliente satisfeito e fiel, ter uma

comunicação que atraia esse cliente e o leve a ação e um custo para satisfazer e

que não supere as expectativas do consumidor.

Segundo Kotler (2003, p.48) as empresas devem determinar a

relação custo-benefício de diferentes ferramentas de mix de marketing e devem

formular o mix que mais favoreça lucros. O autor argumenta que o mix de marketing

composto pelos 4 Ps, têm a finalidade de sustentar e proporcionar as ferramentas

para o posicionamento mas, para o autor os profissionais de marketing deveriam

pensar primeiramente em atender os quatro Cs e em seguida, utilizar eles como

uma plataforma para o desenvolvimento dos quatro Ps.

De acordo com o autor Cobra, (2005, p.35) o professor brasileiro

Raimar Richers tratou da interação das ferramentas de marketing com o seu meio

através de um sistema de marketing o qual deu o nome de 4 As: análise do

mercado, adaptação do produto ou serviço, ativação do mercado e avaliação. Para o

autor a análise e a avaliação são instrumentos que a empresa utiliza para identificar

o mercado e controlar os resultados dos esforços realizados. A adaptação e a

ativação são forças que a empresa utiliza para agir sobre o mercado.

Fazer marketing é uma forma de sentir as necessidades do mercado através da análise, criar produtos ou serviços que atendam a essas necessidades mediante a adaptação e obter a venda por meio da ativação. Mas não é só, é preciso avaliar os desempenhos para, aí sim, integrar o marketing através de todas as suas funções. Raimar (2000, p.44)

Pinho (2006, p.30) define os quatro As em: “ Um sistema integrado

de marketing que foi criado por Richers para descrever a interação do mix de

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20

marketing com o meio ambiente, resultando no sistema integrado de marketing de

empresa” .

Kotler (2003, p.100) aponta que o mercado ao possui um ambiente

que está em constante mutação, as empresas deveriam estar hábeis para a

identificação dessas mudanças que geram oportunidades para investirem e

desenvolver um produto ou serviço com base nessas mudanças, isso é o que ele

chama de tendências. Tendência traduzida em oportunidade de lucro para a

empresa, para esse ambiente, Kotler deu o nome de microambiente e definiu cinco

principais componentes:

- Tendência demográfica: Onde, a palavra-chave é prever. Uma

população que possui hoje um número elevado de jovens pode prever que no futuro

teremos um número elevado de idosos nessa população, ou seja, isso cria a

oportunidade de investir em pesquisa e oferecer amanhã produtos ou serviços

destinados a idosos.

- Tendência econômica: é preciso estar monitorando a situação das

classes sociais como: desemprego, taxas de juros e definir assim para que classe

social a empresa deseja se dedicar.

- Tendência de estilo de vida: duas pessoas ricas podem ter estilos

de vida diferentes, assim surge o chamado agrupamentos onde as pessoas

pertencem ao mesmo grupo devido ao mesmo gosto musical, estilo de roupa. Um

estudo sobre estes agrupamentos serve para saber identificar onde estão os clientes

potenciais e que meio usar para atingí-los.

- Tendência Tecnológica: pesquisar e investir em produtos modernos

e apresentar algo inovador.

Page 21: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

21

- Tendência Política ou de regulamentação: monitorar

constantemente a política, leis e normas do ramo do seu negócio para não

prejudicar a sua empresa.

O desenvolvimento do consumidor durante a sua vida também

poderá ser apresentado como tendência devido a suas mudanças constantes de

gostos e hábitos assim como, conhecer os seus concorrentes e saber os seus

pontos fortes e fracos, estratégia e objetivos. Se você não tiver a consciência que

isso também é tendência, outras pessoas terão e atenderá de forma eficaz as

necessidades do consumidor quando perceberem que a sua empresa não está se

dedicando a isso.

2.2 Segmentação de mercado

De acordo com Cobra (2005, p.40) a comunicação de massa

visa divulgar idéias para atingir um grande número de público com produtos comuns

a todos, resultando em uma sociedade de consumo global e sem restrição.

Porém, algumas empresas hoje sentem a dificuldade de atingir o

público-alvo de seus produtos em um mercado tão amplo e constituído de pessoas

diferentes e, com gostos e hábitos diferentes, eles se depararam com a tarefa de

tornar o mercado mais segmentado e homogêneo. Para Weinstein (1995, p.15) o

consumidor de hoje possui infinitas opções de produtos e serviços, porém, nem

todos estes produtos atendem as necessidades especificas destes. Seria como ter o

mercado de massa e ver ele se dividir em segmentos formando por grupo de

clientes com gostos similares e que exige dos profissionais de marketing, um

marketing mais direcionado. Em resumo, a segmentação de mercado é a

Page 22: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

22

identificação de grupos distintos, porém, com comportamento de compra

semelhante.

Segundo o autor Weinstein (1995, p.17) a segmentação de mercado

é resultante das modificações rápidas dos mercados de bens de consumo e bens

industriais, tornando-se cada vez mais competitivos. Weinstein argumenta que o fato

desses mercados possuírem produtos e serviços de alta qualidade apenas não é

suficiente. As empresas devem satisfazer consumidores distintos, que podem

escolher inúmeras ofertas de produtos no mercado global.

Kotler (2002, p.48) acredita que ao escolher trabalhar como a

segmentação de mercado, a empresa está criando automaticamente uma conexão

mais próxima com o consumidor, e quando ele se depara com um produto que está

satisfazendo um desejo dele tão especifico se resulta um nível de satisfação alta e

uma chance maior de criar um vínculo de fidelidade com a empresa, pois, a

probabilidade de se tornar a empresa predileta aumenta. É como se o consumidor

pensasse na empresa como a única que atendeu o que ele tanto queria.

A segmentação de mercado fundamentava-se na idéia de que todo mercado consistia de grupos de clientes com necessidades e anseios um tanto diferentes. KOTLER (2002, p. 41)

Segundo Pinho (2006, p.20) através da segmentação a empresa

pode conhecer mais o seu cliente e através da pesquisa, por exemplo, essa

empresa terá um número menor de concorrente, um custo mais baixo por não estar

trabalhando com um todo e um lucro maior pelo fato de que isso resultará em uma

empresa que definiu com mais claridade e precisão a necessidade do consumidor e,

ele notará isso.

Page 23: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

23

De acordo com Weinstein o pensamento estratégico para trabalhar

com a segmentação de mercado é estudar o mercado, observar ou ver nele as

oportunidades e concentrar em áreas que sua empresa pode atender melhor. O

autor acredita que é erro de uma empresa acreditar que todos os consumidores são

consumidores potencias de seu produto. Cada pessoa carrega consigo

necessidades e desejos diferentes e isso faz da segmentação uma ferramenta

excelente para se trabalhar.

A empresa tem duas escolhas básicas: segmentar seu mercado ou tratar todo o mercado como consumidores potenciais para seus produtos ou serviços. Esta última opção significa que a empresa utiliza uma estratégia de marketing não diferenciada. WEINSTEIN (1995, p. 20)

A segmentação requer diferenciação. Segundo Cobra (2005, p.

60) ao definir o segmento que deseja trabalhar escolha um diferencial em seu

produto para ter uma vantagem em relação ao concorrente e para atender as

necessidades do consumidor. Um diferencial não está ligado somente a coisas

tangíveis, de acordo com Cobra pode ser uma diferença que o consumidor perceba

e que gere valor para ele como qualidade onde, muitas vezes a pessoa acaba

comprando o produto não pelo preço baixo e sim pelo valor que o produto denota, e

isso se origina do diferencial que foi colocado nele. Superar as expectativas do

cliente é muito importante.

Weisntein (1995, p.18) apresenta como exemplo a empresa Coca-

cola que tem sido a líder de mercado no setor de refrigerantes por mais de um

século. Para o autor, isso se dá devido ao desenvolvimento de uma linha de

produtos que atende a gosto de consumidores variados.

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Segmentação é o processo de dividir mercados em grupo de consumidores potenciais com necessidade ou característica similares, que, provavelmente exibirão comportamento de compra similar. WEINSTEIN (1995, p.18)

De acordo com Kotler (2002, p.89) é possível diferenciar um produto

ou serviço através de quatro elementos: produto, serviço, pessoal e imagem. O

diferencial do produto se dá a alguma diferenciação física como design inovador,

facilidade no conserto; no serviço a diferenciação é feito através de algum serviço

diferente como entrega rápida; no pessoal é o processo pós venda como

atendimento ao cliente 24 horas e a imagem está ligada à imagem da marca, da

empresa onde, uma boa imagem se torna um grande diferencial.

O que constitui uma estratégia de marketing vitoriosa é criar diferenciais. O imitador tem alto custo para duplicar as atividades e muitas vezes resulta em uma imitação fraca com retornos medianos. KOTLER ( 2003, p. 23)

2.2.1 Alternativas de segmentação

Kotler (2003, p.42) afirma que existem inúmeras alternativas para a

segmentação de mercado onde, muitos desses mercados podem ser subdivididos

em vários segmentos amplos. São eles:

- Segmentação por benefícios: agrupamento de consumidores que

buscam benefícios similares como qualidade, preço baixo e etc.

- Segmentação por demográfica: agrupar pessoas que tenham

denominadores sociais comuns como: jovem com alto poder aquisitivo

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- Segmentação por ocasião: agrupar as pessoas de acordo com

ocasiões de utilização de um produto como: passageiros de avião viajando a

negócios

- Segmentação por nível de utilização: agrupar as pessoas de

acordo com a intensidade de uso do produto como: intensidade de uso baixa média,

grande.

- Segmentação por estilo de vida: agrupar as pessoas que possuem

o mesmo estilo de vida como: mulheres que são donas de casa.

Weinstein (1995, p.59) acredita que o processo decisório é

impactado por fatores racionais e emocionais. Para esses fatos ele classifica como

atributos físicos e comportamentais que servem como base de segmentação, e na

maioria das vezes essas bases ou fatores devem ser considerados simultaneamente

para fornecer um perfil completo do consumidor.

Dentro os atributos físicos que Weistein aponta está o geográfico

onde os profissionais de marketing avaliam o lugar onde as pessoas vivem,

freqüentam e trabalham. Essas respostas possuem uma influência grande quando

relacionado ao seu comportamento de compra. O fator demográfico e

socioeconômico engloba a residência dessas pessoas, a ocupação, a educação o

cargo de trabalho assim como a renda familiar. As bases pscicográficas reconhecem

quais são os interesses das pessoas, suas atitudes e opiniões, seus valores, seu

estilo de vida. Em segmentação por taxa de uso, o autor aponta que existem

produtos que o consumidor compra em bases regulares ou em grande quantidade,

outros produtos são comprados com uma freqüência pequena e outros que quase

nunca são comprados, como é o caso de móveis para casa, onde sua compra é feita

Page 26: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

26

em uma freqüência menor porque são produtos duráveis e não exigem a troca

constantemente.

Por fim, a segmentação por benefícios para o autor é quando o

consumidor ao se deparar com o serviço questiona: O que este produto irá me dar

em troca? Os benefícios são definidos pelo autor como vantagens ou satisfações

que o produto proporciona às necessidades ou desejos dos consumidores,

satisfações que são resultados de necessidades físicas ou emocionais.

2.3 Nichos de mercado

Weinstein (1995, p.17) diz que o nicho de mercado é a denotação

dos desejos únicos e as necessidades do consumidor. Isso é o resultado de uma

visão panorâmica de que as pessoas possuem gostos diferentes, mas, é similar

dentro de um grupo restrito.

Kotler (2002, p.43) afirma que estes fragmentos é o que definimos

como nicho de mercado abordado pelas empresas para atender o desejo singular

desses determinados consumidores.

De acordo com Kotler (2002, p.43) nicho de mercado pode ser

definido como: “conjunto de clientes que definem mais claramente suas

necessidades “.

Para o autor do livro Marketing de Guerrilha Jay Conrad Levinson o

nicho pode ser definido como:

O nicho é uma posição especial que você ocupa no mercado e na mente do consumidor, é o torna a sua empresa diferente das outras. LEVINSON (1996, p. 25)

Page 27: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

27

Segundo Chris Anderson autor do livro A Cauda Longa (2006, p.9) o

nicho de mercado é a forma de trabalhar com um público mais especifico além do

segmento de mercado que possibilita uma maior concentração das empresas nos

clientes, assim como um retorno de lucro maior, pois o mesmo percebendo que a

empresa está atendendo uma necessidade dele estará disposto a pagar mais.

Para o autor a cultura de nicho teve origem com o surgimento dos

meios de comunicação que permitiram o contato com outras culturas. Anderson

(2006, p.10) afirma que com o surgimento dos meios de comunicação, a explosão

da comunicação de massa resultou em tendências. .O autor define essas tendências

em hits, um termo ligada ao que está “ta moda”; como filmes e música de sucesso;

para o autor (2006, p.1) “ os meios de comunicação estavam obcecados pelo que

era quente”

As grandes corporações sempre dependeram de grandes sucessos para sobreviver: se o CD não vendeu muito ou a bilheteria rendeu menos do que o esperado, o negócio deu errado. Entretanto com a chegada da internet esse modelo econômico não funciona mais, o que pode ser comprovado através de números: queda nas vendas de discos, queda nas bilheterias, a audiência da Tv caiu ao nível mais baixo da história. Revista iMasters (Edição 04, ano 2008, p.38)

O mundo da globalização tem deixado essas tendências do mercado

de hits com pouca variedade e pouco sucesso, e foi a internet que contribuiu com

isso através da democratização das ferramentas, onde o próprio consumidor possui

a capacidade de produzir um vídeo amador, colocar na internet e virar sucesso. A

internet através dessa segmentação deu um poder maior à esse novo consumidor

que ao saber do seu poder perante as empresas, quer ser ouvido e quer opinar.

Segundo Anderson (2006, p.20) os diferentes canais presentes no

fenômeno internet proporcionaram ao mundo uma quantidade infinita de variedades

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em relação ao que é existente no planeta: “Quanto mais exploramos as alternativas

mais somos atraídos pelas variantes”, disse Anderson (2006, p.22).

Definimos nossa era em função de nossas celebridades e dos produtos de mercado de massa – esses são os tecidos conjuntivos de nossa experiência comum. ANDERSON (2006, p.1) Isso possibilita as grandes indústrias, que outrora dependiam desses hits para se viabilizarem comercialmente, serem alocadas no grupo de candidatas naturais ao posto das industrias que se beneficiaram das vantagens competitivas geradas pelas ferramentas da web. Revista iMasters ( Edição 04, ano 2008, p. 38)

Cris Anderso (2006, p.80), define a cauda longa como o seguinte

gráfico:

A teoria da Cauda Longa é sustentada por três pilares: a

democratização das ferramentas de produção, democratização da distribuição e

ligação entre oferta e demanda.

- A primeira é a democratização das ferramentas de produção: Hoje,

a maioria das pessoas pode produzir o que quiser e colocar o conteúdo na internet,

ou seja, o que antes era exclusividade dos profissionais hoje é viável a todos. Isso

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29

resulta em maior oferta de bens e produto e o crescimento da cauda cada vez mais

para a direita.

Hoje milhões de pessoas têm a capacidade de produzir pequenos filmes ou álbuns e publicar seus pensamentos para todo mundo – o que de fato é feito por quantidade de pessoas surpreendentemente grande. O talento não é universal, mas é muito difuso: dê a uma quantidade bastante grande de pessoas a capacidade de criar e daí sem dúvida surgirão obras de valor. ANDERSON (2006, p. 52)

- A segunda força é redução os custos de consumo: a internet

reduziu os custos para poder alcançar mais consumidores e aumentar o consumo,

assim o maior acesso ao nicho faz com que a cauda se horizontalize.

O fato de qualquer um ser capaz de produzir conteúdo só é significativo se os outros puderem desfrutá-lo. O PC transformou todas as pessoas em produtores e editores, mas foi a internet que converteu todo mundo em distribuidores. ANDERSON (2006, p. 53)

- A terceira força é a ligação entre a oferta e a demanda: é preciso

apresentar os consumidores a esses novos bens, agora disponíveis com mais

facilidade e, empurrar assim a demanda cauda abaixo. O deslocamento da

população do hit para o nicho está presente na curva que a cauda faz.

Esse aspecto pode assumir qualquer forma, desde a busca da sabedoria das multidões pelo Google até as recomendações de músicas, juntamente com a propaganda boca-a-boca dos blogs e das resenhas de clientes, o resultado para os clientes é a redução dos custos de busca para encontrar o conteúdo dos nichos. ANDERSON (2006, p.53)

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Anderson (2006, p.32) aponta que com a democratização das

ferramentas hoje não somos capazes de saber a diferença entre o hit popular e o

nicho.

Segundo Anderson (2006, p.20) os diferentes canais presentes no

fenômeno internet proporcionaram ao mundo uma quantidade infinita de variedades

em relação ao que é existente no planeta: “Quanto mais exploramos as alternativas

mais somos atraídos pelas variantes”, disse Anderson.

Com uma variedade e disposição desses produtos para o

consumidor, as empresas encontram na segmentação de nicho de mercado a

resposta para essa revolução: o diferencial. Com a possibilidade e facilidade de

saber o que realmente o consumidor deseja, a criação de produtos para

determinadas necessidades e desejos acrescentou uma maior valorização para o

nicho de mercado.

Anderson argumenta que bens e serviços com alvo estreito se

tornam mais atraentes quando destinados ao grande público. Ele acredita que há

mais nichos do que hits devido a produção barata e democratização das ferramentas

de produção. Anderson (2006, p.105) aponta que “ Estamos deixando de ser

consumidores passivos para sermos produtores ativos”.

Com a possibilidade de um jovem baixar qualquer musica hoje, eles

preferem buscar por novidades a baixar o sucesso do momento, pois já não

interessando mais ouvir o que todos estão ouvindo, “eles buscam pelo nicho, por

algo novo e diferente, de acordo com Anderson” (2006, p.38).

O jovem de hoje tem a permissão de criar sua lista de músicas e

colocar no Ipod, ou como toque do celular e programam a sua própria rádio sem

Page 31: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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comerciais. Eles querem controlar a própria mídia em vez de serem controlados por

ela.

Novos modelos de negócios e nichos de mercado terão o seu desenvolvimento atrelado ao crescimento de usuários da web, além da captação de recursos por meio de investidores atraídos por esses novos segmentos de negócios. Revista iMasters (Edição 04, ano 2008, p. 38)

A visão das grandes corporações na área de música, por exemplo,

precisaram mudar para sobreviver nesse novo panorama econômico e isso, pode se

observado na queda nas vendas de cds, queda da audiência do rádio. Novos

modelos de negócios e nichos de mercado tiveram o seu desenvolvimento unido ao

crescimento de usuários na internet, criando e disponibilizados ferramentas para

esses novos segmentos de negócios.

O ano que se segue será bem decisivo para esse modelo em que vários segmentos do mercado sofrerão a influencia direta e indireta da web e terão que se adaptar para garantir a sua permanência no mercado. Revista iMasters ( Edição 01, ano 2008, p. 38)

Anderson (2005, p.200) concretiza que compreender a importância

do nicho de mercado é compreender também que cada pessoa pertence a uma

tribo, essa diferença é a palavra-chave do nicho de mercado; é através dela que

percebemos a pluralidade da vida, quanto mais escolhas temos mais, reconhecemos

que as pessoas são diferentes, sendo a internet que possibilita a proximidade

dessas tribos.

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3- PROPAGANDA

O termo propaganda está inserido no conceito de comunicação.

Para o autor Armando Sant´Anna do livro Propaganda, teoria, técnica e prática

(1998, p.4), o significado de comunicação pode ser resumido em: comunicar antes

de tudo serve para informar algo a alguém, onde o processo de comunicação

consiste em um transmissor, uma mensagem e um receptor. De acordo com a

Teoria Básica da Comunicação, a mensagem só tem significado se o receptor

souber interpretá-las.

A propaganda não é uma atividade nova. O autor brasileiro Pinho

apresenta a utilização da propaganda no século XVII para definir um organismo

presente no Vaticano, a Congregatio de Propaganda Fide, ou seja, Congregação

para a Propaganda da Fé para difundir os princípios católicos romanos. Mesmo que

muitas pessoas acreditem que publicidade e propaganda têm o mesmo significado

elas são diferentes. Segundo Sant Anna (1998, p.4) o termo publicidade significa o

ato de vulgarizar, de tornar público um ato ou uma idéia e propaganda, compreende

a idéia de implantar, de incluir uma idéia, uma crença na mente alheia.

Para o autor J.B Pinho a propaganda pode ser definida como:

Técnica ou atividade de comunicação de natureza persuasiva tem o propósito básico de influenciar o comportamento das pessoas por meio da criação, mudança ou reforço de imagens e atitudes mentais, estando presente em todos os setores da vida moderna. PINHO (2006, p.129)

A propaganda pode se entendida como qualquer meio que possa

ser usado para tornar uma marca ou empresa conhecida. Ela é a ferramenta que

fará com que as pessoas tenham a consciência da existência daquele produto assim

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33

como, ela irá apresentar para o consumidor benefícios desse produto, informações,

design, qualidades e tudo que possa criar no consumidor o desejo para consumir

este determinado produto. Ela será a magia que irá fazer a pessoa querer ter essa

marca em sua vida, irá despertar no consumidor a necessidade de compra.

Pinho (2006, p.130) afirma que os novos recursos tecnológicos

permitiram que a propaganda se desenvolvesse e ampliasse. O autor acredita que

com a ajuda dos meios de comunicação de massa hoje a propaganda tem a

capacidade de influenciar a atitude fundamental do homem, modificar as suas

crenças, os comportamentos, as convicções religiosas e filosóficas assim como as

políticas. De acordo com o autor Sant ´Anna, (1995, p.5) a propaganda tornou-se

hoje um fenômeno econômico e social capaz de influenciar e modificar os hábitos e

uma população no seu conjunto.

Quando uma empresa cria um serviço ou produto, ela deve informar

a existência desse serviço no mercado, esse é o papel da propaganda: ser a voz

que dirá a todos quem é a sua empresa, o que ela faz e porque eu deveria ter

interesse em conhecer os seus serviços. Uma das táticas que a propaganda usa

para atrair a atenção das pessoas é através da persuasão, que tem como conceito o

ato de convencer alguém sobre algo. Usando a persuasão através de argumentos e

um discurso bem elaborado o profissional de propaganda te faz pensar que aquele

produto é a sua melhor escolha, que foi feito especialmente para você e induz você

a aceitar os novos produtos no mercado. Mas, para se ter uma propaganda eficaz,

além da técnica de persuasão é preciso falar a linguagem do consumidor, sem isto a

mensagem será perdida ou não compreendida pelo consumidor. Isso se dá através

Page 34: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

34

de um estudo que apontará quem é o consumidor, o que ele busca e quais as suas

necessidades.

Se usarmos como uma metáfora a 3ª Lei de Newton de que toda

ação gera uma reação, a propaganda quando bem aplicada é aquele instrumento de

ação que levará o consumidor à compra, a pessoa ficará curiosa e sentirá desejo de

conhecer o produto ou serviço e, a sua reação será a busca imediata pelo que está

sendo oferecido. O processo para atingir esse efeito é a compreensão sobre os

verdadeiros desejos e necessidades do consumidor.

Para Armando Santa ´Anna (1995, p.75) a propaganda é um

elemento fundamental para o desenvolvimento nacional, para ele o país está

passando por desenvolvimentos em vários setores como: setor econômico, social,

cultural e político e com isso o desenvolvimento do sistema nacional de

telecomunicações promove a integração nacional de comunicações culturais,

comerciais e promocionais o que resulta em novos métodos de vida e hábitos de

consumo, por exemplo. Devido a esses fatores, Sant ´Anna acredita que há uma

necessidade urgente de informar ao povo todas essas mudanças, pois ele acredita

que a comunicação possui a capacidade de informar e educar a população do país.

Os autores Mark Austin e Jim Aitchison (2007, p.15) posicionam a

propaganda como a melhor maneira de persuadir o consumidor a se comportar de

uma forma diferente e, mesmo com todas as mudanças que estão modificando a

propaganda, para os autores ela ainda é uma grande indústria global, com

faturamento anual superior a US$300 bilhões.

3ª Lei de Newton: Anúncios feitos em voz alta de produtos negociados e das ofertas. HOUAISS, Antonio (2004,

p. 591)

Page 35: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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4- CONSUMIDOR E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

O consumidor pode ser denominado como qualquer pessoa física ou

jurídica que adquire ou utiliza algum produto e serviço. Para a autora do livro

Psicologia do consumidor e da propaganda Cristiane Gade (1998, p.1), o

comportamento do consumidor é definido como: “ Comportamento de procura,

busca, compra, uso e avaliação de produtos e serviços para satisfazer

necessidades”.

Cristiane apresenta o comportamento do consumidor como

atividades físicas, mentais e emocionais desenvolvidas pela escolha de que produto

consumir e usar, com o objetivo para a satisfação de seus desejos.

Segundo o autor do livro o comportamento do consumidor, Ernesto

Michelangelo existem teorias sobre o comportamento do consumidor que utilizam a

biologia, a psicologia e a economia como base. Para ele o comportamento como

base biológica pode ser definido como:

A área biológica tem definido o ser humano como um conjunto de processos fisiológicos mais desenvolvido na escala animal e extremamente adaptado ao meio. MICHELANGELO ( 2005, p. 10)

Em relação à base psicológica o autor afirma que algumas tipologias

de consumo surgem embasadas em traços psiquiátricos, e apresenta como exemplo

a situação a seguir:

O motivo do comportamento está dentro do sujeito. Aceita-se como verdadeiro por exemplo, que certos estados melancólicos podem levar a compra por impulso com isso, fica fácil explicar por que uma mulher deprimida vai ao shopping. MICHELANGELO (2005, p. 11)

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36

No campo da economia, para Ernesto (2005, p.13) a explicação do

consumo leva em consideração tanto variáveis internas quanto externas, tais como

pressões de adaptação. Ernesto acredita que na economia o ser humano é

colocado como agente e pacientes de produção e troca. Como o ser humano não

pode ter tudo que deseja, ele parte para a fase de escolha que se dá a fatores como

poder aquisitivo, ou seja, verificar se o preço do produto está dentro do limite que a

minha posição social permite.

Para entender o comportamento do consumidor, Ernesto (2005,

p.30) acredita que o caminho é compreender que o ser humano é definido como

alguém com capacidade de raciocínio e análise onde antes de efetuar a compra, o

consumidor realiza a comparação de lucros e perdas com um determinado produto.

Outro fator que o autor apresenta é a afirmação de que o ser humano é emocional e

por isso, algumas práticas de marketing têm como objetivo tocar através da

comunicação o consumidor, isso se dá ao uso de imagens, sons e até palavras para

estimular o público. Ernesto considera também que o comportamento do

consumidor é um fenômeno social onde, o ser humano como ser social inserido em

um conjunto de regras tem como principal objetivo ser aceito e participar desse

grupo e, por isso, consome determinados produtos como bebida alcoólica porque

ele acredita que consumindo está sendo inserido no grupo.

Um elemento importante que o autor apresenta como fator do

comportamento do consumidor é considerar que com o fenômeno da globalização

as pessoas passaram a consumir os mesmos produtos e marcas, criando um

“consumidor universal”. O autor afirma que a tendência de globalização que

permitiu a aproximação das pessoas de diferentes países resultou em um consumo

Page 37: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

37

semelhante, rompendo os limites geográficos e criando hábitos similares. Como

exemplo, o autor cita a empresa Coca-cola e McDonald que são capazes de criar

propagandas globais onde, uma pessoa de qualquer lugar do mundo consegue

entender a linguagem do comercial.

Ernesto Michelangelo (2005, p.45) argumenta que o consumo é

definido por etapas: a primeira etapa para o autor está relacionada com as

experiências que o consumidor já passou em sua vida, como a forma de ver e

entender o mundo; a segunda etapa está ligada às expectativas que são resultados

das experiências como a busca constante do prazer; a terceira e última etapa é a

construção das alternativas. Depois de ter selecionado as experiências e o que se

espera do produto o consumidor irá através de alternativas decidir que produto

consumir. Alternativas que podem ser o melhor preço, a qualidade e etc.

A frase, inventada por nós, retrata a idéia de que o fundamento do comportamento de consumo não está na pessoa mas, fora dela, nas regras dos grupos sociais aos quais ela pertence ou ao qual gostaria de pertencer. MICHELANGELO (2005, p. 51)

Segundo Cristiane Gade (1998, p.20) o comportamento do

consumidor também é o resultado de alguns processos psicológicos ou fatores

internos tais como: as respostas aos estímulos que são processadas e

transformadas em informações aprendidas e memorizadas, através da percepção

que é definida pela autora como sensação acrescida de significado adquirida

através da experiência, a interpretação que é processar as informações recebidas e

dar a elas um significado; o aprendizado, onde ocorre a mudança de respostas em

função da experiência a atitude que consiste em analisar um determinado produto

de forma favorável ou não.

Page 38: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

38

A autora apresenta também fatores externos que influenciam no

comportamento do consumidor tais como: fatores pessoais, onde a decisão de

compra está ligada a fatores dele mesmo como que profissão ocupa, a sua idade,

sexo, ocupação; fatores sócio-grupais, onde a compra é atingida pelo grupo social

que o consumidor pertence. Esses grupos sociais podem ser primários, formado

pela família; secundários como grupo de trabalho e lazer. Outro fator que atinge a

decisão de compra é o fator cultural que engloba a influencia pela cultura e classe

social que uma pessoa pertence.

Todo o ser humano possui desejos e necessidades infinitas seja ele

o desejo de crescer profissionalmente, casar, ter o carro do ano ou até mesmo ser

feliz, porém, dentro das infinitas escolhas presente no mercado o consumidor acaba

tendo que escolher o produto pelo qual ele pode pagar, e devido a esse fator a

escolha resulta no produto que mais proporcionará prazer, essa ação é o que

Cristiane argumenta como um dos problema da escolha. A palavra “máxima” é a

palavra-chave buscada pelo consumidor através da compra, pois para a autora as

pessoas procuram um produto que proporcione a elas o máximo de utilidade e

principalmente o máximo de prazer.

Com a padronização e a massificação, os modos de satisfação das necessidades, que eram infinitas, começam a tornar-se menos numerosos apresentando comportamento semelhantes. MICHELANGELO ( 2005, p. 28)

Buscando entender melhor o comportamento do consumidor, a

psicologia estuda as influências que grandes psicólogos proporcionaram, Freud

afirma que as pessoas não têm a consciência dos seus verdadeiros desejos devido

ao fato de um mecanismo que não permite que estes se tornem conscientes assim,

Page 39: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

39

o autor apresenta o que ele chama de desejos inconscientes. Os profissionais de

marketing utilizam o conceito de Freud e conquistam as pessoas pelos desejos

“ocultos “ através do consumo de produtos de alto status como o carro, que está

ligado ao conforto, sucesso afetividade e etc.

De acordo com a teoria de Maslow, as pessoas criam cinco planos

básicos na vida como: satisfazer necessidades fisiológicas, de segurança, de afeto,

de relacionamento e auto-realização. Para Maslow as necessidades fisiológicas

estão ligadas a necessidades básicas como fome, sede, sono; a necessidade de

segurança o autor define como a necessidade física de ter roupa, casa; a

necessidade de afeto está ligada ao desejo da pessoa de ser amada a reconhecida

pelos demais; a necessidade de status está ligada a necessidade de

reconhecimento como: ser visto como forte, poderoso, bem-sucedido; a

necessidade de realização é o nível mais elevado para o autor porque é a fase em

que o individuo procura seu autoconhecimento.

4.1 O novo perfil do consumidor

Quando uma pessoa comum realiza um diálogo com um parente ou

amigo mais velho, costuma ouvir aquela famosa frase: “ No meu tempo as coisas

eram diferentes”. Para alguns esse argumento não passa de um desabafo de uma

pessoa que gostaria que as coisas voltassem a ser como era antes mas para

outras, isso é sinônimo de mudança, uma mudança que influência vários elementos

e setores sociais e um deles é o da propaganda. As mudanças em que o mundo

está passando desde o desenvolvimento do ser humano como a diminuição de

filhos por família, o aumento de mulheres que trabalham fora de casa e até as

influencias da globalização como as mudanças de costumes, novos hábitos de

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40

consumo e a proximidade entre as pessoas, tem resultado alterações no

comportamento do consumidor e na suas atitudes.

Philip Kotler (2002, p. 10) coloca o consumidor de hoje como

alguém com pouco tempo, mais sofisticado e sensível ao preço e menos fiel às

marcas. Para esses consumidores existem produtos pouco diferentes, os preços

são iguais e a propaganda não é mais eficiente. O autor Seth Godin do livro A Vaca

Roxa (2003, p. 18) aponta que os indivíduos estão muito ocupados para prestar

atenção à propaganda.

O autor Joe Cappo do livro Futuro da Propaganda (2003, p.20)

define o horário nobre de hoje como a busca para descobrir o momento em que os

consumidores estão disponíveis a nos dar o seu tempo, com base nas condições e

nos horários deles. Hoje, as pessoas possuem pouco tempo disponível durante o

dia e, quando possuem esse tempo normalmente estão na internet ou fazendo outra

coisa. A TV perdeu espaço para outros meios de comunicação e a propaganda

passou a ser ignorada.

Com a queda a propaganda os consumidores têm a consciência de

que o principal objetivo dela é convencer ou até mesmo no ponto de vista deles

enganar você, eles estão imunes a ela e estão cansados das promessas vazias de

celebridades e do discurso repetido dos comerciais, para Al Ries e Laura Ries, do

livro a Queda da Propaganda (2002, p.10) o aumento no número de propaganda

resultou na diminuição de seu poder de persuasão assim como, com a maior

quantidade de propaganda mais difícil será de a sua propaganda ser notada entre

as demais. O volume o qual somos expostos a propaganda chegam a ser 237

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41

mensagens por dia, devido a isso as pessoas acabam se irritando e se desligando

totalmente de todos os anúncios. .

A propaganda é considerada uma mensagem tendenciosa paga por uma empresa com interesse egoísta no que o consumidor consome RIES e RIES (2003, p. 10).

Em relação a Marian Salzman e Ira matathia autores do livro Buzz: a

Era do marketing viral (2003, p.15), a propaganda tradicional pode ser considerada

divertida mas não leva a ação, o que comprova a ineficácia da propaganda

convencional para atingir o consumidor

Para os autores Mark Austin e Jim Aitchison do livro: Tem alguém

ai? (2007, p.15) o avanço tecnológico é um dos fatores que aceleraram essas

mudanças de consumo, onde para eles o consumidor de hoje é mais exigente em

relação aos produtos oferecidos e os seus preços. Com a internet, por exemplo,

realizar uma pesquisa sobre a empresa assim como pesquisar sobre vários produtos

e escolher o melhor é um dos exemplos das armas que o consumidor tem em suas

mãos. O controle das marcas passou do proprietário para os consumidores. Os

autores acreditam que as novas dinâmicas de marca, consumidores e canais de

comunicação e as complexidades dos seus inter-relacionamentos são movidos por

avanços tecnológicos exigem mais preocupação, mais informação, mais cérebro e

muito mais criatividade.

Os consumidores são imunes ao marketing, Hoje virtualmente todas as grandes marcas estão em declínio. E as agências de propaganda que as construíram são dinossauros a beira de extinção. AUSTIN, e AITCHISON ( 2007, p.17)

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42

Os consumidores de hoje são mais educados, porém, são mais

difíceis de influenciar porque possuem a consciência e a esperteza em relação aos

produtos e os serviços que estão sendo oferecidos, sabem os seus direitos e estão

exigindo mais em troca do seu dinheiro como segurança, benefícios e qualidade.

Eles querem se sentir únicos e especiais esse novo consumidor quer ser escutado.

Os profissionais de marketing bem sucedidos serão aqueles que compreendem como começaram essas mudanças, aonde irão nos levar e como devemos reagir diante delas. AUSTIN e AITCHISON (2007, p. 25)

Segundo Austin e Aitichison (2007, p.50) os jovens da atualidade

foram cercados por marca a vida inteira e ao crescerem criam uma imunidade

contra elas. Hoje, os jovens trocaram a rádio pelo MP3, Tv por internet e celular. O

acesso mais fácil aos produtos e à informações a respeito da empresa faz com que

estes jovens estejam de olho nas atitudes da empresa e suas realizações.

Para o autor Joe Cappo (2003, p.60) as pessoas mais velhas

lembram de comercias antigos, mas, os jovens de hoje não lembram e não param

para ver a propaganda. Outro fato que Joe Cappo argumenta é que, quando a

pessoa se depara com um comercial atraente, observam uma ou duas vezes, na

terceira vez a reação delas depois é a mudança de canal. Outro fator que coloca o

consumidor a ignorar a propagada é a semelhança entre elas que, para o autor,

hoje ao se deparar com o um comercial as pessoas já sabem o final porque é cópia

das demais, é a presença da mesmice.

Austin e Aitichison dizem que os consumidores se irritam com

MP3: algoritimos que definem sons em que dividem sons em faixas, cuja analise matemática instantânea que elimina sons suplantados. AURÉLIO, Daniel (2002, p. 06)

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43

comercias que gritam, fazem barulho, e a reação deles diante disso é a diminuição

do volume ou a mudança de canal. Para estes consumidores, a repetição se torna

irritação, “ a vida não é repetitiva”, acrescenta os autores é preciso parar de gritar e

começar a ouvir os consumidores pois é eles que definem as marcas e com base

nisso é preciso criar um relacionamento verdadeiro e construtivo.

No passado, o credo de uma determinada agência global de propaganda elogiava o valor da irritação dos comercias de TV. Para vender com sucesso, os comercias tinham que ser repetitivos para que penetrassem na mente do consumidor. Quando mais irritante mais ele se lembraria hoje, a irritação significa desastre. AUSTIN, e AITCHISON ( 2007, p.48)

Colocar o consumidor como um sujeito ativo e não passivo é o

um dos passos para a conquista desse novo consumidor. A internet proporciona

uma das ferramentas que pode ser utilizada para alcançar essa busca: a

interatividade, que possibilita o contato direto, faz ele se sentir especial, único e

permite ele se sentir parte do jogo é uma das principais buscas dos jovens

consumidores. O consumidor de hoje busca algo novo, diferente que desperte nele

a curiosidade, que o surpreenda.

4.1.2 A queda das mídias convencionais

Mark Austin e Jim Aitichison (2007, p.70) apresentam em seu livro

Tem alguém ai? os resultados da pesquisa Sensor realizada em 2006, os seguintete

dados resulta sobre o novo perfil do consumidor e a opinião destes sobre os meios

de comunicação da atualidade são:

- Jornal: para eles apenas 6% evitam as propagandas no jornal

porque, o jornal permite eliminar o que não é interessante virando a página, isso se

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44

torna menos irritante que a Tv pois, eles acreditam que a Tv é um meio de

comunicação invasivo;

- Revista: em relação a revista 6% evitam as propagandas mas,

13% citaram a revista como sua principal fonte da idéia sobre o que comprar. Isso

ocorre devido utilização da revista segmentada porém, para esses consumidores as

propagandas em encarte com capas grossas podem ser irritantes.

- Rádio: sobre o rádio por ser um meio altamente pessoal e invasivo

eles consideram ser altamente irritante, o público não muda de rádio, mas, se irrita

com os anúncios repetidos e somente 3% acham que o spot influencia na decisão

de compra;

- Outdoor: os consumidores não consideram o outdoor como um

meio invasivo, porém, acreditam que perde facilmente a atenção olhando em outra

coisas. Eles acreditam que o outdoor pode ser tornar parte do cenário daquele

ambiente e passar por invisível.

- Internet: para os consumidores a internet possibilita a escolha de

produtos e, devido a isso as pessoas se sentem motivadas, interessadas e tem a

oportunidade de realizar a compra imediata, ao contrário das outras mídias mas,

eles consideram o banner menos valiosos e confessam que poucos clicam sobre

ele.

Em relação a propaganda na Tv, a pesquisa Sensor apresentada

por Austin e Aitichison coloca a queda do comercial na Tv pelos seguintes motivos:

o telespectador de hoje é financeiramente rico e pobre de tempo, é preciso variar o

comercial para manter o interesse do consumidor.

Page 45: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

45

Para o autor Anderson (2006, p.78), a queda da Tv é o resultado do

advento da Tv a cabo que tem como a principal característica a variedade. Para o

autor Cappo (2003, p.45) a Tv a cabo é melhor meio para atingir o público devido a

sua segmentação e também é mais econômica. A falta de programação boa na tv

aberta é um dos elementos que também causou o desprezo pelos comercias de tv,

sem uma programação interessante o consumidor desliga a televisão e vai fazer

outra coisa.

Com base nesse novo modelo de consumidor e sua relação

com os meios de comunicação, o caminho a seguir deve ser o da inovação, explorar

novos caminhos e principalmente surpreender esse novo consumidor que está cada

vez mais exigindo novas formas de vender um produto. Dando uma ênfase nessa

questão, podemos citar a opinião de Mark Austin e Jim Aitchison: " A maior parte da

propaganda na mídia convencional atua pela "atenção emprestada". Segundo ele, a

marca paga para tomar emprestada a atenção da audiência para um programa ou

editorial e finaliza dizendo que tomar a atenção emprestada é um processo

inerentemente invasivo"

Page 46: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

46

5- MIDIA ALTERNATIVA

O termo mídia alternativa pode ser definido como tudo aquilo que

não é mídia convencional, ou seja, o uso de formas menos usuais para fazer

propaganda explorando qualquer objeto ou lugar como banco da praça, lixeira, rua,

árvore, adesivos em piso e outros.

A mídia alternativa visa buscar nos elementos diferentes uma

oportunidade para criar uma ação de marketing, e chamar a atenção do público -alvo

através da curiosidade. Tudo por ser mídia, porém, a mídia alternativa deve se

adaptar ao conceito do produto, ou seja, é preciso escolher um elemento para

aplicar a ela mas, que tenha alguma conexão com o que está sendo oferecido, onde

o que define a mídia é a estratégia.

Os autores Mark Austin e Jim Aitchison (2007, p. 99) definem mídia

alternativa como mídia ambiental:

Embora o conceito não seja necessariamente novo, o nome “ambiental” é a definição de um meio ambiental poderia ser, de forma resumida, “qualquer coisa” que possa transmitir uma mensagem publicitária, qualquer coisa sobre o qual se pode escrever, desenhar, pintar ou pendurar algo. Qualquer coisa que se possa tomar emprestada ou subverter para provocar um contato com a marca. AUSTIN e AITICHISON (2007, p. 99)

Com base nessa definição os autores (2007, p. 104) dividem a mídia

alternativa em dois tipos: a mídia ambiental estruturada como: carrinhos de compra,

balões, anúncios em bicicletas e outros e, mídia ambiental não-estruturada que não

existem regras além das restrições governamentais como: fonte jorrada de sangue

para promover um filme de terror.

Page 47: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

47

Um dos motivos que proporcionou o crescimento da mídia

alternativa é o aumento de produtos oferecidos ao consumidor, perante este novo

panorama do mercado a mídia alternativa foi opção escolhida pelos profissionais,

para que o cliente fosse visto dentre a grande diversidade de concorrentes. Por esse

motivo a mídia alternativa tem como objetivo a criatividade que é a receita

fundamental para atrair a atenção dos consumidores e ser vista entre as demais,

uma ação repetida está condenada ao fracasso e a falta de imaginação e isso pode

prejudicar a imagem da empresa perante o público.

As mídias alternativas estão permanentemente condenadas a ser criativas todos os dias para escapar de uma normalização [...] DORDOR (2007, p. 36).

Estamos vivendo uma Era que exige dos profissionais de marketing

criatividade para fugir da mesmice das mídias convencionais, que perdeu a sua

credibilidade, segundo Domenico de Mais (2001, p.20) estamos vivendo a Era da

Criatividade. Como o próprio nome já diz, a mídia alternativa busca meios

alternativos para transformar qualquer coisa em mídia e criar uma ação de boca-a-

boca.

As novas mídias trazem uma dimensão suplementar específica de contato em comparação com as mídias existentes, e é graças a isso que elas conseguem se destacar. A inovação técnica trazida por elas se redobra por conta do atrativo da modernidade, importante na mídia. DORDOR (2007, p. 159) A necessidade de conquistar consumidores cada vez mais exigentes faz com que as empresas exijam dos profissionais de marketing empenho no desenvolvimento das campanhas. Essa tendência, de busca de ousadia para a criação de ações de divulgação de produtos e serviços, também tem motivado o surgimento de opções de mídia, que passam a ser utilizadas em conjunto com os meios TV, rádio, revistas, jornais, internet e outdoors. REVISTA MARKETING disponível em (http://www.revistamarketing.com.br/materia/?id=159 – acessado dia 12/11/2008 às 2:00 am)

Page 48: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

48

A mídia alternativa veio para suprir a carência do consumidor em

relação a propaganda clássica, que quase nunca pede que o consumidor se

manifeste por isso, os profissionais de marketing criaram ações publicitárias

interativas que permite que o consumidor participe da ação. Todas essas ações

relacionadas à interatividade provocam experiências e lembranças na mente do

consumidor o qual será carregado em sua bagagem para sempre.

Todas as mídias alternativas se engalfinham para ocupar o vazio deixado pelo discurso de emissor da publicidade, para dar o lugar de honra ao consumidor, ou ao cidadão conduzindo-o pela mão para que decida agir por conta própria. DORDOR (2007, p. 29).

Essas carências também podem ser consideradas resultados desse

novo perfil do consumidor que adota uma postura mais exigente e insatisfeita em

relação aos produtos e a propaganda oferecida, o consumidor de hoje tem a

consciência da sua importância perante as empresas por isso, exige mais benefícios

em troca do seu dinheiro.

O indivíduo não se sente mais dominado pela mídia de massa, ele percebe que tem à sua disposição instrumentos que lhe permitem tomar a palavra e se fazer ouvir, se comunicar com quem quiser, quando e onde quiser. Essa relação que devolve ao indivíduo o papel principal, contrariamente às mídias de massa, é essencial para entender a ligação com as novas mídias. DORDOR (2007, p. 111)

Uma das maiores características da mídia alternativa é a

exclusividade da ação que foi criada por isso, essa exclusividade gera algo que

funciona como a palavra-chave para o sucesso da marca: o poder. Como o foi o

próprio profissional de marketing que criou sua própria “mídia” ele acaba excluindo

os outros.

Page 49: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

49

A oposição entre as mídias e mídias alternativas, para utilização publicitária ou de comunicação, não se reduz a uma simples oposição de veículos de informação. Trata-se de uma oposição de formas de utilização, de conteúdos e de intenções de informação: cada vez mais o meio e a mensagem se confundem, definindo novas técnicas que vêm competir com o estilo publicitário da mídia clássica. Essas novas abordagens constituem o universo da mídia alternativa. DORDOR (2007, p. 25).

A mídia alternativa também tem como uma característica de grande

destaque o baixo custo de produção, a maioria das ações que são realizadas não

custam a metade que a mídia tradicional custaria, caso fosse usada em um plano de

marketing, o custo baixo, a criatividade e a curiosidade do consumidor causam um

grande impacto e resultados positivos.

Para o autor Dordor (2007, p. 165) a mídia alternativa representa

quase ²/3 do orçamento de comunicação das empresas e sem dúvida 40% do

investimento dos anunciantes. Segundo o autor Dordor (2007, p.62) entre 1992 a

1996 a mídia alternativa teve um crescimento de 15 bilhões, enquanto os

investimentos em mídia aumentaram em 3,3 bilhões .

Segue abaixo uma ação realizada pelo canal Fox para promover o

lançamento da Edição especial de 20 anos do filme Brinquedo Assassino para isso,

foi colocado diversos atores vestidos de bonecos Chuckys nas ruas de Nova Iorque

para “aterrorizar” a população da cidade. Uma idéia simples, de baixo custo que

chamou a atenção das pessoas que passavam nas ruas, algumas interagiram com

os bonecos outras tiraram fotos, uma ação com grande impacto que virou noticia em

diversos sites pelo mundo.

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50

http://inovavox.com/2008/09/11/boneco-assassino-chucky-faz-20-anos-e-aterroriza-novayork

Page 51: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

51

6- WEB 2.0

Segundo o site Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0 -

acessado dia 31/10/2008 às 21:00hs) a web 2.0 foi um termo cunhado em 2004 pela

empresa estaduniense O´Reilly Media para designar uma segunda geração de

comunidades e serviços baseados na plataforma web, como wikis, aplicações

baseadas em folksonomia e redes sociais.

A conceitualização dada por Tim O´Reilly para web 2.0 no site

wikipedia foi a seguinte:

Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva. WIKIPÉDIA (http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0 - acessado dia 31/10/2008 às 21:00 hs)

Até hoje não se tem uma definição clara do que é web 2.0 devido ao

fato de que tudo indica que a web 2.0 ainda está em construção e por isso, não

possui uma definição final.

O termo Web 2.0 se refere a uma suposta segunda geração de serviços de internet. Como toda forma de classificação histórica, não podemos dizer exatamente quando termina ou começa este período cronologicamente.Mas a observação destes padrões de comportamento na rede pode ser saudável do momento em que colabora com a organização de idéias e conceitos em uma indústria nova e particularmente complexa por sofrer agressivas mutações justamente por estar ainda em sua fase embrionária. WEBINSIDER disponível em ( http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/10/30/o-que-e-weh/http - acessado dia 31/10/2008 às 2:23 am)

Folksonomia: maneira de indexar informações, é a construção a partir do linguajar natural da comunidade que a utilizar. SPYER, Juliano (2006, p. 23) Wikis: utilizado para identificar um tipo especifico de coleção de documentos. SPYER, Juliano (2006, p.10)

Page 52: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

52

Segundo os autores Tapscott e D. Wllians ( 2006, p. 30) essa nova

web conecta mais de um bilhão de pessoas diretamente e expande-se para o mundo

físico, conectando inúmeros objetos inertes, de portas de hotéis a carros.

Uma das características da Web 2.0 é a possibilidade de

contribuição de conteúdo por parte do internauta através das ferramentas da

internet, com a democratização dessas ferramentas qualquer pessoa pode contribuir

ou criar um conteúdo e colocar na internet. Pessoas comuns passaram a ser

produtoras desses conteúdos e deixaram de ser somente o agente passivo dessas

ações, que antes era realizada somente por profissionais, mesmo que o usuário não

gere este conteúdo ele pode participar argumentando, deixando um comentário e

acrescentando informações.

O termo Web 2.0 é utilizado para descrever a segunda geração da World Wide Web tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. A idéia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico e que os usuários colaborem para a organização de conteúdo. FOLHA UOL disponível em (hppt://www.1.folha.uol.com.br/folha/informática/u

- acessado dia 31/10/2008 às 2:00 am) O conteúdo passa a ser dinâmico e sua publicação muito mais flexível, tanto por editores profissionais como pelos proprios usuários. Ferramentas de publicação multi-plataforma (PC, celular, PDAs, IPTV) geram poder e eficiência jornalistica à sites de notícias, por exemplo. Ao mesmo tempo, o próprio usuário passa a gerar conteúdo (ex. YouTube), classificá-lo e mesmo parcialmente editá-lo usando formatos como RSS, ou Really Simple Syndication (ex. Netvibes). As “Wikis” são talvez a forma mais extrema de edição colaborativa, onde qualquer pessoa teoricamente qualificada pode melhorar a qualidade de determinado conteúdo como a wikipedia. (http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/10/30/o-que-e-web-20/ - acessado dia 31/10/2008 às 2:23 am)

Um dos resultados dessa democratização das ferramentas na Web

2.0 são as redes sociais que hoje são vistas como uma ferramenta de marketing,

Page 53: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

53

devido ao crescimento e a valorização do conceito dessas comunidades. Se antes

apenas uma pequena parcela utilizava essas formas de comunicação, hoje as

pessoas estão presente na mesma aldeia e cada vez mais conectadas uma com as

outras isso, é visto como oportunidade de negócios para os profissionais inteligentes

afinal, é nas redes sociais que está o público.

Recentemente houve uma explosão da audiência em sites que formam e catalisam comunidades, tais como Orkut e My Space, dentre outros. Na verdade, estas redes de pessoas sempre existiram desde os primórdios da internet (BBS, chat, fóruns etc.). O que aconteceu foi uma aceleração recente do número de usuários destas comunidades devido a maior riqueza de conceito e sofisticação tecnológica dos “sites aplicativos”, somados a um aumento da base instalada de banda larga. WEBSINDER disponível em :(http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/10/30/o-que-e-web-20/ - acessado dia 31/10/2008 às 2:22 am)

Parar Tapscott e D. Wllians ( 2006, p. 44) a nova web é uma

constelação interligada por redes de tecnologia que causam rupturas, é a plataforma

mais robusta onde pessoas, conhecimento, objetos e agentes inteligentes estão

convergindo em redes nas quais as inovações e as tendências sociais se espalham

com a intensidade de um vírus.

Utilizando a teoria Cauda Longa de Chris Anderson como base, a

web 2.0 possibilita uma catalogo virtual maior com itens que vendem pouco assim,

por ser um produto incomum nas lojas convencionais devido a sua baixa venda são

itens com mais valor para aqueles que gostam desse determinado produto.

Outra forma de ver a web 2.0 como forma de lucrar é analisar suas

ferramentas como uma prateleira virtual, que oferece um número maior de produtos

disponíveis que a convencional e muitas vezes sem limites, se uma loja possui

Page 54: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

54

apenas 10 prateleiras e cabe apenas um determinado número de livros na internet

esse número é mil vezes maior.

Na entrevista a revista iMasters (Edição 1, p. 12), Fábio Seixas

complementa a afirmação da revista Época Negócios, “A meu ver, o fenômeno da

Web 2.0 trata-se de uma evolução, uma vez que a maioria dos conceitos não são

inéditos, simplesmente evoluíram de tentativas e acertos pelos quais os projetos

web passaram durante a última década.”

De acordo com a revista iMasters (edição 1, p.56) quem se propõe

a trabalhar com mídia espontânea a Internet é tudo, pois em nenhum meio o boca-a-

boca flui tão bem.

Através da internet o consumidor consegue conhecer, questionar,

duvidar, comprar e disseminar sua opinião sobre tudo o que consome, desde

produtos básicos até serviços complexos. Desta forma ele ganha mais poder, o que

exige uma mudança na proposta de valor das empresas e nos esforços de

marketing.

O consumidor abdicou do papel de simples target e passou a adotar

a postura de agente. Pela internet ele tem voz e é ouvido, de forma barata e rápida.

Hoje podemos olhar para a Internet e perceber que seu maior impacto não foi por ter

surgido como uma nova mídia, e sim por ter mudado o comportamento do

consumidor. E isso atinge toda e qualquer mídia existente.

A publicidade e o marketing não possuem o mesmo papel de

apenas comunicar, hoje com a web 2.0 as empresas devem saber interagir com

essa nova geração que já nasceu querendo inovar.

A democratização das ferramentas de publicação de mídia está rapidamente transformando a nossa percepção de como experiência, relevância e profissionalismo se desenvolvem. Em vez de excluir pessoas, devem incluir elas .TAPSCOTT e D. WILLIAMS (2006, p. 182)

Page 55: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

55

7- MARKETING DE GUERRILHA

O marketing de guerrilha é um novo termo utilizado para definir o

uso de novas mídias e estratégias de comunicação para surpreender o consumidor,

essa nova busca pode ser justificada pelo fato de as mídias convencionais não

possuírem a mesma eficácia que antigamente.

No Blog de Guerrilha, a palavra guerrilha nasceu durante a guerra

de independência espanhola em 1808, onde a resistência daquele país enfrentou as

grandes tropas de Napoleão. Denomina-se guerrilha toda modalidade de campanha

militar de caráter limitado, na qual pequenas unidades irregulares, utilizando a

mobilidade e a surpresa, atacam as tropas regulares do inimigo, quase sempre

pelos flancos ou pela retaguarda.

O Marketing de Guerrilha surge na década de 80 para suprir uma necessidade de comunicação dos pequenos empresários, tendo como principais autores do termo Al Ries, Jack Trout e Jay Conrad. BLOG DE GUERRILHA disponível em disponível em: (http://www.blogdeguerrilha.com.br/wiki/index.php5?title=Marketing_de_Guerrilha – acessado dia 13 de outubro às 2:00)

No site Via6 (http://www.via6.com/topico.php?tid=131114&cid –

acessado dia 14/10/2008 – às 13:12 ) o termo marketing de guerrilha é um tipo de

guerra não convencional no qual a principal estratégia é a ocultação e extrema

mobilidade dos combatentes, chamados de guerrilheiros. Em geral, táticas de

guerrilha são usadas por uma parte mais fraca contra uma mais forte. Se por um

lado os guerrilheiros muitas vezes carecem de equipamento e treinamento militar

adequados, por outro contam com a ajuda de populações que os defendem com

ataques-surpresa ao inimigo, sem necessidade de manter uma linha de frente. O

Page 56: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

56

conhecimento do terreno de combate também é uma arma bastante usada na

guerra de guerrilhas.

Para o site acima foi Jay Conrad quem popularizou o termo

marketing de guerrilha. Na sua essência ele defende que empresas de pequeno e

médio porte podem e devem competir no mercado com as grandes companhias. A

única diferença é que, tal como os guerrilheiros, devem usar armas mais eficazes a

combater os "exércitos convencionais". Essas armas devem basear-se na

criatividade e na inovação.

O autor Seth Godin (2003, p. 41) faz uma comparação das novas

mídias com uma vaca roxa, que segundo o autor é a metáfora daquilo que é

diferente, inusitado e atrai a curiosidade das pessoas. O autor acrescenta que a

propaganda precisa ser notável para suprir esse novo panorama no mercado, é

diante desse contexto que o marketing de guerrilha se torna a revolução.

Meu objetivo em Vaca Roxa é tornar claro que é mais seguro assumir riscos e reforçar o seu desejo de fazer coisas verdadeiramente incríveis. Uma vez que você se convença de que as velhas práticas não têm para onde ir, a não ser para o fundo, será ainda mais imperativo criar algo sobre o que valha a pena falar. GODIN (2003, p. 43)

Segundo Austin e Aitchison (2007, p.21) o marketing de guerrilha

tem como objetivo criar uma relação entre a marca e consumidor que tenha

importância ao longo do tempo. Para os autores, essa nova forma de marketing se

manifesta numa série de episódios diferentes de atividades de marketing, durante

um período de tempo prolongado. As ações realizadas pelo marketing de guerrilha

buscam criar noticias e comentários a respeito da marca, resultando no consumidor

a vontade de comprar o produto de novo.

Page 57: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

57

Desenvolvido pela Fusion 5 em Connecticut, Estados Unidos, o marketing de guerrilha é um processo concebido para refletir as mutáveis dinâmicas do comportamento do consumidor. Austin e Aitchison (2007, p. 21)

Um guerrilheiro é aquele que tem em sua mente o seu principal

objetivo que é vencer, para alcançar isto é preciso um estudo detalhada do “inimigo”,

saber quais são as suas fraquezas e, preparar a armadilha para vencer o combate.

Nenhum guerrilheiro digno da camuflagem que usa entra em combate sem compreensão clara e completa do inimigo, do terreno e de todos os demais fatores ambientais relacionados com a luta. Quando vende bens ou serviços online, você vai querer saber de tudo sobre o mercado, os concorrentes, os clientes e as várias técnicas que poderá usar para fazer negócios na Internet. Se não fizer isso, você vai acabar atacando os alvos errados, na ocasião errada, com as armas erradas. CONRAD (1996, p. 201)

No site Br.Br01 (http://br.br101.org/marketing-de-guerrilha.html -

acessado no dia 20/10/2008 às 13:55) o termo marketing de guerrilha é uma das

técnicas de propaganda que cada vez mais ganha destaque. Com custos mais

baixos do que os da propaganda tradicional, podem ser uma boa alternativa de

divulgação para as empresas com recursos financeiros limitados.

Na revista iMasters (edição 02, p. 57) segundo o economista

Wagner um dos membros da agência Espalhe e responsável pela coordenação dos

virais da agênca, o marketing de guerrilha são ações organizadas para gerar uma

discussão saudável para o cliente e consequentemente para nós.

Segundo a revista iMasters (edição 04, p. 26) com ações criativas e

ousadas, além de custo baixo , o marketing de guerrilha trouxe táticas de guerrilha, e

parece ser uma das grandes soluções para se ter sucesso em meio a tanta

competição.

Page 58: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

58

Para o Blog de Guerrilha (http://www.blodeguerrilha.com.br/wiki/in

dex.php5?title=Marketing_de_Guerrilha - acessado dia 13/10/2008 às 2:00 am) um

empresário guerrilheiro possui uma capacidade de perceber oportunidades e

descobrir novos nichos dentro de um mercado em constante transformação. Ele

abandona a idéia do mercado de massa, e procura identificar um nicho de mercado

que se pretende atingir, anulando a possibilidade de desperdício de verba, atingindo

muitas pessoas que nada têm a ver com o seu público-alvo. O marketing de

guerrilha tem como um dos conceitos básicos o foco e a concentração dos esforços

em determinado nicho de mercado, reduzindo o tamanho do campo de batalha e

atuação, para assim adquirir uma superioridade de força frente aos grandes

concorrentes.

Mesmo que as constantes mudanças no comportamento do

consumidor estejam explicitas e provadas, algumas empresas e profissionais de

marketing ainda seguem as mesmas técnicas convencionais.

Segundo o autor Godin o uso da vaca roxa ou do inusitado, é raro

porque as pessoas têm medo de assumir riscos.

A boa noticia é que esse critério dominante torna o seu trabalho ainda mais fácil. Como praticamente todo mundo está petrificado, com medo da vaca, bastará apenas um pequeno esforço para você ser notável. Se os produtos novos de sucesso são aqueles que se destacam e a maioria das empresas não quer se destacar, sinal verde para você. GODIN (2003, p. 73)

Na revista iMasters (edição 04, p.26) Gustava Fortes, argumenta

que no Brasil os clientes estão demandando a guerrilha tanto quanto a mídia

tradicional mas, ainda falta um pouco de consistência. Muitos admitem o plano de

Page 59: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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guerrilha como ferramenta para saber como a ação vai acontecer e, diante das

informações obtidas, poderem compará-las com a mídia tradicional.

Conrad acredita que quando a sua empresa oferece um nicho de

mercado, é preciso novas armas para oferecer esse produto e, mesmo que a sua

empresa seja a primeira a oferecê-lo para os consumidores, ela não será a única por

muito tempo. Para o autor os guerrilheiros adoram a concorrência porque assim

usam toda a sua energia e imaginação para atacá-los.

Os guerrilheiros são homens de ação, de modo que o plano de marketing deve ser alguma coisa que você e seu pessoal possam entender com facilidade e pôr para funcionar imediatamente CONRAD (1996, p. 37)

7.1 Atitudes de um guerrilheiro

Conrad (1996, p. 214) apresenta algumas atitudes de um

profissional que se define de um guerrilheiro. Para ele algumas pessoas já nascem

com espírito e atitudes de guerrilheiro porém, outras percebem a importância de ter

uma personalidade de guerrilheiro e tenta adquiri-las. Entre elas podemos citar o

entusiasmo que para Conrad é algo totalmente contagiante, que cria no ambiente

uma esfera de animação e prazer em torno de tudo que o vendedor vende e, a

confiança também é uma atitude de um guerrilheiro segundo o autor, porque para

ele é preciso ter confiança em si próprio, no produto e na sua empresa para saber

como vender. A curiosidade para Conrad resulta em estudo de novas oportunidades

para o profissional, causa a oferta de novos produtos, leva-o a explorar novas

técnicas de marketing e a aprender mais sobre o que os clientes querem.

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60

Algumas pessoas nascem com alga de guerrilheiros, são naturalmente competitivos, confiantes, imaginativos e entusiastas. Outras descobrem a importância dessas qualidades e esforçam-se para adquiri-las. Já outras entendem e usam essas armas. Os guerrilheiros têm sucesso porque acreditam, no fundo do coração, que merecem o sucesso e não deixam que coisa alguma os detenha. Para vencer, utilizam todos os meios de que dispõem. CONRAD (1996, p.214)

Outras atitudes de guerrilheiro que o autor argumenta é a

imaginação, que para ele é a fórmula que o profissional usa para fazer com que o

seu produto se destaque entre os demais. Também é necessária a objetividade em

relação ao que os clientes realmente querem, e por fim a competividade o qual é

obter lucros entregando qualidade em produtos e construir relação douradora com o

clientes; superar a concorrência através de um conceito mais elevado.

Os guerrilheiros autênticos estão dispostos a tudo para vencer . E isso não significa mentir, enganar ou roubar porque em termos de guerrilha, isso não é vencer. (1996, p. 227)

Em seu livro Vendas de Guerilha, Jay Conrad (1993, p. 23) aponta

outras características que são partilhadas por guerrilheiros tais como:

• Comprometimento com o cliente

• Investimento em tempo e preparação

• Confiança através da oferta de qualidade

• Entusiasmados através do otimismo militar

Page 61: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

61

7.2 Buzz marketing

A palavra buzz é uma comparação com a abelha e o barulho que ela

faz, é a expansão de idéias como se fosse um vírus. O buzz marketing pode ser

entendido como a propaganda boca-a-boca, ou seja, a sua marca na boca dos

clientes, é quando você é influenciado pelo que as pessoas estão dizendo, você

compra na loja que uma amiga indicou e usa o mesmo remédio que sua mãe disse

que era ótimo.

Para os autores Marian Salzman, Ira Matathia e Ann O’Reilly do

livro A Era do marketing viral, buzz marketing é definido como:

É estratégico e espalha-se dos geradores de tendências para os disseminadores de tendências e daí para o público consumidor. SALZMAN, MATATHIA e REILLY( 2003, p. 15)

De acordo com o autor Georges Chetochine do livro BuzzMarketing,

o termo buzz marketing pode ser denominado da seguinte forma:

O buzz marketing corresponde a uma verdadeira revolução na maneira de elaborar estratégias. Será preciso contar com ele no futuro . CHETOCHINE (2006, p. 4)

Buzz marketing são idéias que são espalhadas de forma

segmentada por um agente externo. Se antes a disseminação de idéias acontecia

por acaso, hoje ela pode ser controlada e monitorada.

Os autores Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.15) acreditam que

o buzz marketing pegou porque é uma ferramenta barata devido ao fato de ser o

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62

próprio consumidor que realiza o trabalho de forma imediata e direta, ou seja, a

mensagem percorre e atinge o público-alvo do produto, como exemplo do marketing

de boca-a-boca os autores citam o serviço de e-mail gratuito Hotmail, que cresceu

conquistando 12 milhões de assinantes em 18 meses usando boca-a-boca assim, o

hotmail ficou conhecido como o fenômeno “marketing viral”.

Os autores Ben McConnel e Jackie Huba do livro BuzzMarketing

(2006, p.1) definem como evangelista aquela pessoa que é capaz de influenciar as

outras pessoas em relação a uma determinada coisa. Para dar uma ênfase em seu

argumento o autor acrescenta: “Você é um evangelista, você diz aos outros qual

filme assistir, qual dentista prefere, qual livro ler”, suas recomendações são sinceras

e isso influencia os outros, se o evangélico expandi mensagens para propagar a fé,

os evangelistas do buzz marketing expandi suas idéias para propagar as novidades

do mercado.

Para McConnel e Huba (2006, p.2) o buzz marketing transforma

seus clientes em evangelistas que por fim, são responsáveis pelo boca-a-boca, e

esse procedimento é definido pelo autor como “buxixo” como aquela “fofoca” que

todos estão comentando por todos os lugares. O buxixo é que ajuda a criar novos

clientes ou, afugentar os clientes potenciais.

As lições dos evangelistas originais – os crentes religiosos que vagaram pelas estradas do mundo espalhando a palavra de sua fé- nos ensinam que crenças são baseadas em uma ligação emocional, em convicções profundamente enraizadas e na promessa de um caminho melhor. Quando acreditamos piamente em algo, isso nos compele a contar para os outros. A raiz da palavra evangelista é baseada naquele que traz as boas novas. MCCONNEL e HUBA (2006, p. 3)

Ben McConnel e Huba Kackie (2005, p.17) acreditam que o

evangelismo é eficiente graças a cinco motivos: o vendedor voluntário é seu amigo

Page 63: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

63

de confiança, o conselho vem de uma fonte independente e não de um fabricante, a

mensagem geralmente é genuína e sem muito alarde, o valor do produto ou serviço

é personalizado para o receptor, o mensageiro explica o valor até que seja

totalmente entendido pelo receptor.

Os autores Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.42) dividem as

pessoas que passam as informações de boca-a-boca em alfa e abelhas:

- alfa: são aquelas pessoas que conduzem o rebanho, que gostam

de adquirir novas experiências, sabem das novidades e adoram criar tendências,

sentem necessidade de exclusividade em tudo que consomem, experimentam sem

medo de arriscar, não partilham suas descobertas voluntariamente mas, gostam de

mostras que sabem mais sobre determinadas assunto.

- abelhas: são solidários e comunicativos, são eles quem conduz as

mensagens para a massa, ao contrário do alfa a abelha ao descobrir algo conta para

todos, por gostarem de espalhar conteúdo muitas vezes acabam no centro das

comunidades sociais, têm por características um senso de estilo baseado na

imitação e possuem uma forte necessidade de serem aprovados dentro do meio o

qual pertencem.

Enquanto muitos homens de marketing gastam tempo e dinheiro tentando alcançar os escorregadios alfas e abelhas são os que verdadeiramente movimentam idéias e produtos. SALZMAN, MATATHIA, e O`REILLY (2003, p. 46)

Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.78) criaram o termo

Jupitermina para explicar um dos resultados do buzz marketing, em que sete em

cada dez pessoas passam algo para um amigo que consecutivamente passará para

um terceiro e etc. A internet pode ser considerada o meio mais moderno para

Page 64: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

64

espalhar uma mensagem por causa da facilidade de clicar em um link e transferir

com rapidez.

Segundo eles, (2003, p.166) os jovens são os consumidores que

mais utilizam o boca-a-boca e trocam uma grande quantidade de informações entre

si, que são quase sempre influenciados pelo que amigos disseram. Para os autores

o mundo dos jovens é um mundo mutável, pois estão sempre mudando de perfil: “

os jovens gostam de reinventar-se e gostam quando as marcas fazem isso”,

segundo os autores. Se buzz envolve a troca de idéia e novidades, podemos

considerar que a escola é quem será a colméia para isso acontecer, afinal as

crianças de hoje passam mais tempo na escola do que com a família e o

adolescente quer estar sempre em busca de algo novo para contar aos colegas.

Para Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.90) o meio que o

consumidor mais usa para obter informações de um determinado produto é boca-a-

boca e logo depois é a internet. Segundo os autores, o buzz é a ferramenta mais

confiante porque as pessoas acreditam naquilo que uma pessoa próxima está

dizendo e isso, apresenta mais credibilidade do que o comercial convencional dito

por um estranho.

Para George Chetochine (2006, p.19) a idéia precisa ser fácil, suave

e contagiante para despertar o desejo dos clientes em passar a novidade à amigos,

parentes e conhecidos. É preciso que o cliente conheça o seu produto ou serviço

para saber passar a mensagem correta e com uma explicação nítida, pois

consumidores satisfeitos não encontram dificuldade em falar de suas experiências

em uma determinada loja, e de uma forma natural contam à amigas. Chetochine

(2006, p.17) define essa forma de propagar a novidade como “descoberta”, os

clientes gostam da sensação de ter “descoberto” algo que as pessoas próximas a

Page 65: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

65

eles não sabiam, é essa sensação segundo o autor que desperta a vontade contar

aos outros.

O fato é que o boca-a-boca sempre existiu. Ainda que nunca tenha sido tão intenso quanto hoje – pelo simples motivo de estarmos cada vez mais interligados por computadores e telefones celulares e de a banda larga estar se espalhando à velocidade da luz. CHETOCHINE, (2006, p. 7)

Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.40) denominaram uma

expressão a qual deram o nome de Worm; com o significado de verme em

português; para definir aquela mensagem que penetra na consciência, se rastejando

pelas mídias e por nossas casas, quando iniciado é impossível deter esse vírus.

O buzz marketing requer apenas uma fração dos recursos necessários à consecução dos planos tradicionais de marketing, enquanto uma campanha exige milhões de dólares, uma campanha viral geralmente consomem um invenstimento de apenas algumas dezenas de milhares” SALZMAN, MATATHIA, Ie REILLY (2003, p. 15)

Ben McConnel e Jackie Huba,( 2006, p.10) apresentam um estudo

de uma pesquisa realizada em 2001 pela agência Euro RSCG Worldwide a respeito

das influências sobre os compradores de bens de consumo tecnológicos, mostrando

dados de como os consumidores obtêm suas informações sobre produtos

tecnológicos: 13% da propaganda; 20% dos sites na internet e 34% do marketing

boca a boca.

Ben McConnel e Jackie Huba (2006, p.21) argumentam que muitas

táticas comuns de marlketing estão perdendo a eficácia e, entre os 4 Ps de

marketing existe a promoção. Para os autores o novo caminho é a conversa e não

Page 66: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

66

a autopromoção, onde eles afirmam que as melhores coisas são gratuitas. O

evangelismo de clientes se paga simplesmente com relações públicas.

Os lideres que acreditam no marketing do evangelismo de clientes se apóiam em mais do que os Ps, a segmentação, os canais de distribuição, a propaganda, a mala direta, entre outros. MCCONNEL, e HUBA (2003, p. 14)

Os autores consideram um erro achar que o marketing deve produzir

resultados imediatos, e acreditam que devido às inúmeras escolhas disponíveis no

mercado, os profissionais de marketing tem se desesperado para vender o produto

da sua empresa. A propaganda tem gritado mais alto e, segundo os autores, com

base nisso é viável insistir que com o número abundante de concorrentes e infinitas

opções para o consumidor, o uso de buzz marketing é a ferramenta que alcançará o

coração do consumidor afinal.

Salzman, Matathia e O’Reilly (2003, p.70) apontam que a diferença

entre uma campanha usando o buzz marketing e uma campanha tradicional, é que o

buzz ganha vida própria e atravessa todos em seus caminhos, oferece ao

consumidor a liberdade de aceitar aquela mensagem ou não assim, ao contrário da

propaganda tradicional.

Em uma campanha de buzz o cliente se transforma em mídia. Por isso, todos os esforços devem ser orientados para dar a essa mídia todo o impacto possível. CHETOCHINE ( 2006, p. 44)

O profissional de marketing precisa é criar uma idéia que seja capaz

de gerar buzz e descobrir uma maneira rápida de fazer a mensagem se espalhar,

atingindo o público certo, na hora certa e com idéia certa.

Page 67: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

67

Os publicitários devem colocar o consumidor como ativo e deixar de ser passivo. Todos sentem desejo de saber o que todos estão falando, as pessoas vão discutir o que é interessante SALZMAN, MATATHIA, e O`REILLY ( 2003, p. 50)

As regras tradicionais do marketing estão mudando, e com a

perda da eficiência da propaganda tradicional é preciso buscar novas formas para

conquistar as pessoas, veja a oportunidade, escolha a idéia certa que desperte o

interesse e curiosidade de seus clientes, coloque a sua marca na boca das pessoas

e deixa a mensagem seguir seu próprio caminho depois, é só aguardar a sua marca

ser espalha como um vírus e ser comentada por todos.

O buzz está sempre no ar. Abra os olhos, ouvidos e mente pois assim, perceberá o barulho. Os bons profissionais de marketing estão perpetuamente sintonizados. SALZMAN, MATATHIA, e O`REILLY (2003, p. 89)

7.2 Viral

De acordo com Austin e Aitchison (2007, p.73) o marketing viral é

difícil de controlar e pode produzir um resultado não esperado caso algum elemento

da mensagem não é verdadeiro.

Para o autor Cavalini (2007, p. 31) o marketing viral pode ser

descrito como qualquer estratégia que encoraje as pessoas a passar uma

mensagem para outra. De certa forma, o nome viral tem relação com a internet,

porque através da internet alguns vírus conseguem infectar milhares de

computadores.

Na revista iMasters (edção 02, p.70) virais são pequenas

propagandas que, pela sua criatividade, caem no gosto do público e se espalham

otimizadas pela web. De acordo com Wagner Martins, especialista no assunto e

coordenador de virais da agência Espalhe, “Eles não são criados, não dizemos ao

Page 68: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

68

cliente que criaremos um viral para ele. O que fazemos é criar coisas que as

pessoas vão querer comentar”, ou seja, sabe quando ninguém pára de falar no e-

mail interessante que recebeu ou, naquele vídeo engraçadíssimo do You Tube? O

viral consiste justamente no ato de ninguém parar de falar no assunto, no boca-a-

boca gerado por essas mídias espontâneas

Segundo o site Blog de Guerrilha um marketing viral pode ser

definido, como uma ferramenta de marketing de guerrilha que cria um conteúdo que

pode ser um filme, uma piada, uma foto ou qualquer coisa virtual ou física o qual

pode ser passado pra frente espontaneamente como um vírus.

Quando desenvolvemos uma ação de marketing viral, nós dizemos para o cliente que este conteúdo tem potencial viral, ou seja, acreditamos que um determinado grupo de pessoas irá se interessar pelo assunto e passará a mensagem espontaneamente pra frente. Não podemos afirmar que ela será passada para frente, só saberemos realmente quando a ação começar. Disponível em (http://www.blodeguerrilha.com.br/wiki/index.php5?title=Marketing_de _Guerrilha) – acessado dia 13/10/2008 às 16:00h

Para a revista iMasters (edição 1, p.70), o viral veio para ficar. Mas

ele não é a causa, é o resultado de ações estudadas e planejadas.

Seth Godin (2003, p. 20) define como agentes contaminadores

aquelas pessoas que são responsáveis pela disseminação do viral assim, o autor

separa esses agentes conatimandores de acordo com as motivações que o levam a

espalhar o vírus:

• Agentes Contaminadores Promíscuos: que são motivados por

incentivos como dinheiro por exemplo, e apesar de não serem

definidos como grandes líderes de opinião, podem ser

considerados eficazes;

Page 69: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

69

• Agentes Contaminadores Poderosos: pode se tornar um

agente contaminador promíscuo, porém, sempre que ele

aceita uma proposta seu poder diminui.

Segundo o autor Seth Godin (2003, p. 71) é muito maior a

probabilidade de uma idéia notável se disseminar, do que aquela idéia simples que

se classifica como a mesmice. O autor acrescenta que a escolha cabe aos

consumidores são eles quem irão optar em ignorar a idéia ou não.

De acordo com Wagner Martins na revista iMasters (edição 02, p.70)

os temas que atraem mais atenção do público são aqueles que naturalmente

suscitam uma discussão, assim como os que possuem grupos pró e contra e

principalmente aqueles que estão em voga na mídia. Para ele, usar assuntos sobre

os quais as pessoas já estão predispostas a discutir, é quase uma garantia de que a

ação dará certo, e com essa afirmação ele vai além: “tem que estar atento a tudo

para se tentar prever que assuntos possivelmente entrarão na agenda de discussão

do público.”

Em uma entrevista realizado com Gustavo Fortes, o diretor de

planejamento da agência Espalhe para o site Mundo do Marketing,

(http://www.mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=1459 – acessado

dia 11/10/2008 às 15h23m) argumenta que as pessoas falam que “o marketing viral

já encheu o saco” mas, essas pessoas gravam vídeos toscos, fingindo ser caseiro,

colocam no youtube e acham que é sucesso e que são modernos. Ele afirma que

ferramenta de marketing viral está embaixo do marketing de guerrilha, porque o

futuro é pensar cada vez mais em como gerar o boca-a-boca, gerar mídia

espontânea.

Page 70: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

70

Temos que estar um passo à frente sobre as coisas que são novidades. Saber o que as pessoas estão procurando, o que estão conversando e o que as farão falar. É isso o que a temos que pensar. (http://www.mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=1459) – acessado dia 11/10/2008 às 15h23m. Para entender a diferença entre marketing viral e buzzmarketing o autor Godin (2003, p. 66) argumenta que o boca-a-boca espalha-se de maneira mais lente e de forma analógica, o autor também acrescenta que algumas vezes o buzzmarketing acaba se dissipando por falta de suporte e que mantêm a ativação constante da mensagem. Assim, ao contrário do buzzmarketing, o marketing viral pode atingir a quinhentas pessoas ao mesmo tempo, através de inúmeras conexões.

7.3 FERRAMENTAS

7.3.1 Blog

Para a revista iMasters (edição 1, p.22) o weblog é um site onde a

ordem do conteúdo está disposta de maneira cronológica, onde as atualizações

denominadas posts sobrepõem o conteúdo anterior.

Criada por Jorn Barger em 1997, nada mais era que uma página onde apenas havia uma sucessão de textos simples. De lá para cá porém, surgiram novas tecnologias e avanços que permitiram o estabelecimento do modelo de ferramenta que temos hoje. Revista iMasters (edição 02, p.22)

Segundo o autor Jeremy Wright (2008, p. 9) o blog acabou se

transformando num meio de compartilhar tanto a expressão pessoal como outras

informações que as pessoas julgam valiosas. Assim, desde o seu surgimento ele

apresenta uma dualidade: por um lado, serve como um grande diário online; por

outro é uma fantástica ferramenta de comunicação.

Page 71: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

71

De acordo com a revista iMasters (edição 4, p. 34) os blogs eram

tidos como um veiculo informal mas, com o amadurecimento do uso da ferramenta o

blog ganhar um lugar de destaque no ciberespaço. Para a revista a dinâmica

informativa e o conseqüente poder de comunicação dos blogs, deram a ele esse

poder que consiste em permitir que qualquer pessoa expresse seus conhecimentos,

informações e opiniões para o mundo por texto, fotos, áudio e outras mídias

interativas.

Definido pelo autor Fábio Cipriani como a “vitrine virtual” de uma

empresa o blog funciona como uma ferramenta inovadora de marketing com uma

forma simples de criação, blog se transforma em um espaço colaborativo e aberto,

ambiente de discussões, coletânea de links, opiniões de pessoas e noticias

recentes.

Os blogs são tão poderosos que dizer que revolucionarão seu negócio é pouco, eles têm o poder de criar negócios, mudar o curso da história política e transformar a visão que a grande mídia tem de si mesma. WRIGHT (2008, p. 2)

Para o autor Cipriani (2006, p.28) o Blog é uma página fácil de usar

e ser colocada no ar, e isso abrem as portas para qualquer pessoa que não saiba os

segredos da programação web.

[...] os blogs fazem o papel de catalisador de noticias ou fatos relevantes. São um verdadeiro canal de marketing de boca-a-boca. Contando com uma rede mundial de milhões de blogs, que cresce em ritmo acelerado, tudo que é considerado interessante consegue se espalhar de modo fenomenal por meio de links. CIPRIANI (2006, p.30)

Page 72: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

72

O autor Cipriani (2006, p. 34) aponta que o blog de negócio pode ser

considerado como o agente transformador, e que dará início a migração da sua

empresa para o caminho do sucesso. Ele será o diferencial da sua empresa diante

dos concorrentes.

- Possui leitura agradável e cronológica - É fácil de fazer e manter - Custa pouco - Possui navegação intuitiva e simples - Abre espaço para comentários - Disponibiliza a troca de links - É personalizado - Faz parte de um nicho e é especialista - Demonstra o conhecimento da sua empresa - Permite e criação de uma comunidade. CIPRIANI (2006, p.35)

Para Wright o blog consiste em três coisas:

- informação: dizer a seus clientes o que você está fazendo e descobrir o que eles estão pensando. - relacionamentos: construir uma base sólida de experiências positivas com seus clientes, que os converta de meros consumidores de antes em evangelistas de sua empresa e produtos. - gestão do conhecimento: disponibilizar todo o conhecimento de sua empresa às pessoas certas no momento certo. WRIGHT (2008, p. 4)

O Blog tem como característica a segmentação das pessoas, que

só irão ler um blog e indicar a um amigo se realmente interessar a ambos

Com os blogs você está se envolvendo com os clientes, já que todo leitor está lendo seu blog voluntariamente, está optando por interagir com a sua empresa e quer ouvir mais sobre você. WRIGHT (2008, p. 3)

O Blog deixa a empresa mais “conectada” com o cliente e resulta em

uma imagem moderna, também pode ser usada como uma ferramenta de pesquisa

Page 73: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

73

para saber o que os clientes acharam do novo produto, quais são as suas dúvidas e

suas necessidades. Segundo o autor Cipriani (2006, p. 37) função do blog é trazer

os clientes para perto das empresas assim como seus funcionários ou mercado,

resultando o relacionamento cliente-funcionário-empresa mais humano.

O Blog é uma extensão de sua empresa sob a forma de histórias, dicas e trocas de experiência. Como estamos nos dirigindo a pessoas, o blog para comunicação de marketing deve trazer a opinião de um blogueiro profissional apaixonada pela sua marca, ou mesmo de clientes da empresa. CIPRIANI (2006, P.40)

O Blog também pode ser usado para a melhoria da comunicação

interna entre qualquer pessoa dentro de uma empresa independente do seu cargo,

também incentiva os funcionários para a execução de novas idéias através do

brainstorm e solução de problemas.

[...] para ajudar um funcionário a gerar e testar novas idéias, para envolver e dar autonomia a seus funcionários e para desenvolver a capacidade de comunicação interna [...] WRIGHT (2008, p. 5)

Segundo o autor Jeremy Wright (2008, p.4) ter um blog hoje significa

que a sua empresa não depende mais de grupos de discussões, formulários ou e-

mails para ter feedback dos clientes. Caso o produto não esteja vendendo e a

empresa não sabe o porquê, basta perguntar no Blog para os clientes que eles irão

responder de forma rápida e com honestidade.

Durante décadas as empresas tentaram saber, a partir de grupo de discussões o que seus clientes queriam. Conforme o mundo do negócio foi se tornando mais complexo e os mercados mais competitivos, o tipo de informação que poderia ser captado nos grupos de discussão passou a ser inadequado para a maioria das organizações. WRITGH (2008, p. 11)

Page 74: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

74

Quando se tem uma ação de marketing criativa e estimulante, as

pessoas tendem a comentar sobre o assunto, muitas vezes essas ações são

divulgadas e espalhadas em quase todos os blogs interessados no assunto, isso

gera o testemunho de uma ação de marketing bem sucedida, resultando o

marketing de boca-a-boca.

[...] o grande segredo é fazer ou criar algo que desperte o interesse do público em escrever (blogar) sobre o assunto. Os blogs dão a oportunidade de se “fazer barulho” na internet, e isso tem alcance maior que um simples marketing boca-a-boca. CIPRIANI (2006, p.132)

Cris Anderson (2006, p.56) acredita que a expansão dos nossos

interesses e com variedade infinita, a demanda por conselhos e opiniões confiáveis

se estende para os nichos de mercado mais estreito: “Nós somos os formadores de

opinião” argumenta Anderson, que para ele o valor de uma empresa não é o que ela

fala e sim o que o google fala nesse site de busca. Existem milhares de blogs que

estão ali para falar bem ou mau do seu produto e essas pessoas são consideradas

formadoras de opinião porque, possuem o poder de influenciar o comportamento

das pessoas e têm suas opiniões respeitadas. Estamos saindo da era da Informação

e entrando para a era da recomendação.

A democratização das ferramentas de produção está promovendo enorme aumento na quantidade de produtos. A economia digital hipereficiente está gerando novos mercados e, finalmente a capacidade de explorar a inteligência dispersa de milhões de consumidores para que as pessoas encontrem o que lhes é mais adequado está determinando o surgimento de todos os tipos de novas recomendações e de métodos de marketing, atuando como os novos formadores de preferências. ANDERSON ( 2006, p. 55)

Page 75: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

75

Atualmente, muitos blogs são mantidos por profissionais, estudantes

e empresas, e cada um destes públicos é um nicho específico de mercado, peças-

chave no processo de comunicação, criação e marketing do futuro.

Segundo Revista iMasters (edição 1, p.25) basta uma rápida

checagem em alguns blogs para notar a quantidade de anúncios por todos os lados,

muitas vezes até em cima do texto que se pretende ler. Blogs famosos vendem os

espaços disponíveis em torno da página para anunciantes que queiram divulgar a

sua marca ou produto, além de usarem uma ferramenta com baixo custo, esse

blogueiro vende bem esse espaço publicitário.

O Blog é considerado uma ferramenta de marketing de guerrilha

devido as seguintes características: é uma ferramenta com baixo custo, está inserido

no mundo da we 2.0 que permite a colaboração de conteúdo, por parte do usuário

colocando o cliente como um elemento ativo participando da ação, também pode ser

usado para troca de informações sobre novos produtos, debates, pesquisa,

questionários.

Abaixo segue imagens de dois Blogs mais visitados no Brasil na

área de publicidade, o primeiro é o Blog Brainstorm 9 que aponta diversas ações de

marketing por todo o mundo permitindo através de comentários a opinião das

pessoas sobre a determinada ação o segundo é o Blog de Guerrilha da agência

Espalhe que mostra as ações de marketing de guerrilha que a agência realiza

atualmente, este Blog é indispensável para qualquer pesquisa na área de marketing

de guerrilha.

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76

http://www.brainstorm9.com.br/

http://www.blogdeguerrilha.com.br/

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77

7.3.1.2 Feed

De acordo com o site Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Feed -

acessado dia 04/11/08 às 19h07m) o termo Feed vem do verbo inglês alimentar e

também pode ser conhecido como RSS Feed (RDF Site Summary ou Really Simple

Syndication).

O Feed funciona como um sistema que facilita a vida do internauta,

isso ocorre através da assinatura que o internauta faz do feed de um determinado

site, assim cada vez que ter uma atualização nesse site o internauta será informado

a respeito evitando que tenha que entrar todo dia ou quase todo hora no site.

Um feed é um endereço web como qualquer outro, mas seu conteúdo é diferente. Em vez de fornecer um código interpretado pelos navegadores para mostrar a página web tal como conhecemos, o feed fornece um outro código para ser interpretado pelo leitor, eles “alimentam” o leitor, que mostra as informações como se fossem e-mails recém-chegados. CIPRIANI (2006, p. 118)

Imagine que você gosta de várias revistas e livros e geralmente para adquirir estas publicações, você precisa ir a várias bancas especializadas para poder adquirir o que você quer. Agora imagine o comodismo que seria, se todas essas bancas tivessem um serviço de avisar quando cada revista que te interessa chega e ainda, levá-las até a sua casa sem você ter que ligar pedindo? Essa é grande a grande vantagem na utilização de Feeds como ferramenta. (http://revolucao.etc.br/feedsxmlatomrss/ - acessado dia 05/11/2008 às 2:00 am)

A atualização será informada através do programa da Feed

chamado de agregador do Feed, é nesse programa que o leitor será informado

sobre as últimas atualizações dos posts e lê-los no software do agregador de todos

os sites que ele assina. A vantagem da utilização dessa ferramenta e a

possibilidade de ler todas as atualizações de diversos web sites em um único lugar.

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78

Cada uma das informações mostradas pelo leitor corresponde a um post de um blog ou uma noticia de jornal de qualquer site. A diferença entre um leitor de feeds e um leitor de e-mails é que o leitor de feeds é monodirecional ou seja, ele só busca e recebe os últimos posts ou noticias, não envia uma mensagem de volta tal como um leitor de e-mails. CIPRIANI (2006, p. 118)

Os agregadores permitem ao usuário assinar um feed, da mesma maneira que se assina um jornal diário com isso, o usuário é automaticamente informado quando um blog especifico é atualizado e algo de novo é postado. WRIGHT (2008, p.24)

Muitos sites colocam disponível o Feed em um lugar como fácil

visibilidade para que as pessoas ao entrarem na página, possam clicar e assinar o

Feed desse site.

Apesar do baixo número de leitores, o hyperlink para um Feed no seu blog é item obrigatório, porque a população está descobrindo rapidamente os leitores (agregadores) de conteúdo. Só que além de descobrirem, estão também adotando e se mantendo fiéis a seu uso, pois é uma ferramenta útil e poupando de tempo, quando queremos informação ao nosso gosto. CIPRIANI (2006, p. 142)

Um fato importante que pode ser apontado é a segmentação que o

Feed percorre, as pessoas que utilizam essa ferramenta são aquelas que gostam de

tecnologia e, portanto fazem parte de um nicho de mercado voltado a isso. Esse

público é voltado para pessoas que estão por dentro das últimas tendências ligadas

à internet e que procuram facilidade.

Segundo uma pesquisa de janeiro de 2006 do MarketingSherpa, 40% dos profissionais de marketing, entrevistados nos Estados Unidos, planejam investir em uma tecnologia de feeds ainda em 2006, e 19% afirmam que irão faze-lo a partir do ano seguinte. CIPRIANI (2006, p. 143)

Segundo o autor Cipriani (2006, p.143) o feed se diferencia dos

spams em e-mails porque é assinado pelo leitor ou seja, ele está recebendo algo

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79

que ele realmente deseja. Para ele o Feed é mais direto que o spam, é mais limpo e

mais eficiente que o e-mail marketing, além de ser mais segmentado e econômico.

A figura abaixo representa a logomarca do Feed e, é essa imagem

que está presente nos sites que utilizam essa ferramenta, clicando nessa imagem o

usuário dá inicio ao processo para assinar o Feed de um determinado site de seu

gosto.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Feed

7.3.2 Redes Sociais

Segundo Jorge Zahar (2007, p.21) a internet é uma mídia diferente

das outras, porque permite a comunicação entre duas pessoas ou mais de uma

maneira instantânea e simultânea. Com a rede mundial de computadores os grupos

podem conversar entre si através do uso de aplicativos como chats, lista de

discussões, mural de mensagens.

Desde 2002, o termo “social software” é usado para se referir ao tipo de programa que produz ambientes de socialização pela internet, é ele quem está por trás da colaboração on line. Sua aplicação funde a difusão que transmite informação de um ponto para muitos, com a interatividade características de duas vias. ZAHAR (2007, p.21)

Page 80: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

80

A rede social é uma das formas de representação dos

relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres humanos entre si ,ou entre seus

agrupamentos de interesses mútuos.

Segundo a revista iMasters (edição 2, p.45) o mundo tem passado

pela transformação da convergência digital, e um dos grandes exemplos desse

resultado é a internet que possibilitou que a comunicação social complementasse

esse fenômeno através da convergência social. A comunicação social inserida no

mundo da internet

A comunicação social está cada vez mais presente nos meios digitais, conectando inúmeras pessoas e comunidades. Basta ver o número de usuários de orkut e Windows Live Messenger no país, ambos atingem 75% dos usuários da internet no Brasil, efeito resultante da web 2.0. Revista iMasters (Edição 02, Julho 2007)

Para os autores Marian Salzman, Ira Matathia e Ann O’Reilly, o

advento da internet possibilitou a comunicação com qualquer pessoa, em qualquer

lugar. As comunidades on line servem como um fórum para partilhar e aprender

lições com outras pessoas do mesmo interesse, segundo George Chetochine a

criação de uma comunidade pode ajudar na comunicação entre as pessoas, esse

será o lugar para a discussão e disseminação de novidades e assuntos, como o

orkut ,por exemplo.

Gustavo Fortes, o diretor de planejamento da Agência Espalhe em

uma entrevista no site do Mundo Marketing (http://www.mundodomarketing.com.br/m

– acessado dia 12/10/2008 ás 14h55m) argumenta que: “O que as empresas

precisam perceber é que além da propaganda, temos que fazer as pessoas falarem,

têm que estar em blogs e redes sociais. O ideal é já estar na estratégia antes de

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81

lançar o produto, o que nem sempre é possível. Sem isto a marca fará outra

campanha e estará jogando dinheiro fora”.

De acordo com o autor Zahar (2007, p.4) o acesso ás midias sociais

permite que usuários comuns passem a ter o mesmo poder de difusão de

informações, antes reservados a governos e grandes corporações de mídia.

Limitações de tempo e espaço foram reduzidos permitindo a interlocução e conexão

entre os grupos sociais.

No site Do Casnasas do Desejo disponível em

(http://docasnasasasdodesejo.blogs.sapo.pt/96717.html - acessado dia 21/10/2008

às 12h18min) para poder entender como se realiza o processo de comunicação

entre pessoas diferentes mas, que possuem similaridade em suas idéias foi

desenvolvido uma teoria que ficou conhecida como a Teoria dos Seis Graus. O

projeto foi concluído por Stanley Milgram em 1967 que fez um estudo sobre a

conexão pessoal entre dois indivíduos, o estudo descobriu que cada pessoa está

apenas a seis graus de separação de outro grupo de pessoas e que nossas redes

podem ser maiores do que imaginamos por exemplo: uma pessoa pertence a um

grupo de 10 amigos e, estes amigos possuem também dez amigos cada um assim,

a rede de amigos o qual essa pessoa pertence é de apenas 10 pessoas no primeiro

grau mas, no segundo grau essa rede passa para 10X10, em apenas dois graus de

separação essa pessoa está ligada a cem pessoas.

Essa teoria é provada pelo uso das redes de relacionamento, como

o Orkut, onde a sua base de funcionamento é a própria teoria, pois graças a ela o

engenheiro de software Orkut Buyukkokten pôde estabelecer uma relação

intermediária entre todos os usuários.

Page 82: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

82

A teoria dos seis graus de separação originou-se de um estudo científico que criou o mito de que, no mundo, são necessárias no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. No estudo, buscou-se, através do envio de cartas, identificar o números de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta identificando a pessoa alvo e deveria enviar uma nova carta para a pessoa identificada, caso a conhecesse, ou para uma pessoa qualquer de suas relações que tivesse maior chance de conhecer a pessoa alvo. A pessoa alvo, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para os responsáveis pelo ,estudo. WIKIPÉDIA disponível em (http://pt.wikipedia.org/wiki/Seis_graus_de_separa%C3%A7%C3%A3acessado dia 22 de outubro – à 1:00 am)

www.wkipedia.com/teoriaseisgraus

No site Bombust.Hitechlive foi apresentado um estudo realizado

pelo Ibope sobre as redes sociais, esse estudo demonstrou que campanhas usando

blogs ou redes sociais podem ter um impacto 500 vezes maior do que se a

campanha fosse apresentada apenas no site da própria empresa. Com base nesse

estudo conclui-se que as Redes Sociais trazem as seguintes questões.

- número de sessões/visitas por pessoa - número de domínios visitados por pessoa - número de páginas vista por pessoa - tempo no computador por pessoa - duração de uma página vista/amostra total - universo de internautas ativos - estimativa no universo de internautas brasileiro - audiência de acordo com sexo, idade, escolaridade e ocupação. (http://boombust.hitechlive.com.br/mapeamento-das-midias-sociais-no-brasil/ - acessado dia 24 de Junho de 2008 às 14h20m)

Page 83: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

83

Com base nesse estudo do Ibope o site apresentou o seguinte mapa

a respeito das mídias sociais no Brasil, e como principal elemento o uso do Blog na

internet, assim o mapa denota quem são os evangelistas que falam bem das

empresas e marcas para as pessoas que acabam sendo influenciadas, os top

formadores de opinião que tem o poder de influenciar as pessoas, os top motores e

os blogs mais visitados do Brasil.

http://boombust.hitechlive.com.br/mapeamento-das-midias-sociais-no-brasil/

Na revista iMasters (edição 4, p. 37) grandes players do mercado

online começaram a voltar seus olhos para esse poderoso nicho de mercado no

qual, os recursos de interatividade, integração e comunidade estão dispostos de

maneira integrada.

Page 84: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

84

7.3.2.1 Orkut

O orkut é a rede com maior participação brasileira com mais de 23

milhões de usuários. Segundo o site Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Orkut -

acessado dia 19/10/2008 às 15h44m) o orkut é uma rede social filiada ao Google

que foi criada em 19 de Janeiro de 2004, onde o objetivo de sua criação era ajudar

ou facilitar seus membros a criar novas amizades e também manter

relacionamentos, o nome dessa rede social teve a origem com o projetista chefe

Orkut Büyükkokten, engenheiro turco do Google.

De acordo com o autor Zahar (2007, p.41) o orkut é a forma

moderna das salas de bate-papo da internet, porém, se tornou o melhor site de

relacionamentos e tirou o lugar das salas de bate-papo, pelo fato do orkut permitir

apenas a aceitação pelo usuários de pessoas conhecidas, parentes ou pessoas que

o usuário deseja manter em contato. Muitos a sala de bate-papo é lembrada como o

lugar com pessoas desconhecidas, o orkut oferece mais proteção para fazer amigos

que a sala de bate-papo.

Para os autores Marian Salzman, Ira Matathia e Ann O’Reilly (2007,

p. 55) o advento da internet possibilitou a comunicação com qualquer pessoa, em

qualquer lugar assim, o consumidor passou a atuar em um papel com vírus para

uma marca. As comunidades on line servem como um fórum para partilhar e

aprender lições com outras pessoas do mesmo interesse, segundo George

Chetochine a criação de uma comunidade pode ajudar na comunicação entre as

pessoas esse será o lugar para a discussão e disseminação de novidades e

assuntos, como o orkut ,por exemplo.

Page 85: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

85

A página do orkut é formada pela seguinte estrutura: os usuários

cadastrados no Orkut registram um perfil que contém desde informações básicas de

acesso (obrigatórias) como informações secundárias (opcionais). Cada usuário no

Orkut tem um perfil próprio que é dividido em três partes:

- Social: Com perfil social ou geral. O usuário pode falar um pouco

de si mesmo, de características como gostos, livros preferidos, músicas, programas

de TV, filmes, etc.

- Profissional: Seleção da atividade profissional com informações

sobre seu grau de instrução e carreira.

- Pessoal: Apresenta o perfil pessoal do indivíduo de forma a facilitar

as relações interpessoais. Apresenta informações físicas, e sobre o tipo de pessoa

que ela gostaria de se relacionar, ou mesmo até mesmo namorar/casar.

A página contêm uma parte chamada de comunidades que podem

ser definidas como fóruns onde, o usuário participa de acordo com seus interesses e

gostos semelhantes à outras pessoas, por exemplo, comunidades como: “Nós

amamos coca-cola” ou, “ Eu tenho um tênis da Nike” . Todas as pessoas que

participam dessas comunidades podem discutir ou debater sobre um tema

relacionado ao produto da comunidade. Esse sistema do orkut pode ser considerado

uma ótima ferramenta para propaganda.

Há três recursos oferecidos por comunidades:

- Fórum: É onde fica a maior parte do conteúdo. Os membros

discutem o assunto proposto em cada tópico e criam outros.

Page 86: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

86

- Enquetes: tem como objetivo colher opiniões de membros de uma

comunidade de forma quantitativa. Qualquer um pode criar ou excluir uma enquete

sua. O sistema ainda permite que se coloquem figuras para as alternativas e que se

postem comentários nas enquetes, porém apenas o dono ou mediadores da

comunidade podem apagar comentários, caso os achem inconvenientes. As

enquetes, ao serem formuladas, podem ter um prazo para encerramento de votos ou

não.

- Eventos: O site incentiva as relações sociais sugerindo encontros

fora da rede. Este é o espaço em que tais encontros podem ser divulgados.

No Blog Fábio Seixas o autor aponta 3 dicas que podem ser usadas

para aproveitar essa ferramenta gratuita como ferramenta de marketing de guerrilha.

- Crie presença: através da criação de uma comunidade caso ou, participar de outras comunidades com temas relacionados à empresa, produto ou serviço também é um bom caminho.

- Crie relacionamento entre o seu site e o Orkut e vice-versa: o orkut pode ser usado para divulgar as ações da empresa ou campanha assim como, a empresa pode divulgar as ações que ela está fazendo através do orkut.

- Faça com que as pessoas falem de você: aproveitar a oportunidade do orkut de ser um site de relacionamento e fazer disso uma ferramenta para as pessoas discutirem sobre o produto novo ou, realizar dentro do site um buzz marketing onde, as pessoas acabam mandando para os amigos que possuem os mesmos interesses o novo produto em questão assim, a mensagem chega com mais confiabilidade.

- Crie uma ação viral: quando se realiza uma ação viral é necessário alimentar ela nos primeiros estágios para que esta crie tamanho e se espalhe e dê o resultado esperado, o orkut pode servir com diretriz para essa ação o que precisoa ser feito é a criação de uma ação que incentiva as pessoas a multiplicarem e passar para frente a idéia por meio das comunidades ou por envio de links para amigos, o que importa é criar uma ação boca-a-boca. FÁBIO SEIXAS disponível (http://blog.fabioseixas.com.br/archive/2006/02/prkut_como_midi_1.html - acessado dia 11/11/08 às 17h52m)

Page 87: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

87

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=34602

Como ferramenta de marketing de guerrilha, o orkut também pode

ser usado para realizar marketing de guerrilha por meio da inserção de vídeos no

perfil do usuário. O orkut mostra coisas surpreendentes que qualquer marketeiro

gostaria: informações sobre consumidores, alimentadas por elas mesmas e em

constante evolução.

Essa ferramenta também pode ser usada para pesquisa sobre o

que os consumidores estão achando a respeito do último produto lançado, quais

suas dúvidas e seus desejos, todo este processo de pesquisa é realizado sem

nenhum custo para o cliente.

As comunidades foram criadas para que membros com interesses

mútuos, pudessem trocar idéias e conhecer pessoas hoje podemos observar

comunidades sobre celebridades, sobre a personalidade dos usuários ou sobre

pessoas anônimas, basta uma breve pesquisa para perceber a quantidade de

comunidades criadas sobre marcas nacionais e internacionais como: Eu amo Coca-

cola com 1.312.789 usuários desde 16 de março de 2005; Havaianas, todo mundo

Page 88: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

88

usa! com 396.555 usuários desde 14 de agosto de 2005; Adidas com 789.020

usuários desde 13 de abril de 2004 e Skol com 639.308 usuários desde 31 de

março de 2004.

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=1567308

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=34602

Page 89: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

89

7.3.2.2 Windows Live Messenger (MSN)

O MSN é um programa de mensagem instantânea criado pela

Microsoft Corporation, permitindo que o usuário se relacione com qualquer outra

pessoa que tenha o mesmo programa em tempo real, podendo ter uma lista de

amigos virtuais e acompanhar assim quando eles entram ou saem da rede.

A atual versão do msn é a Windows Live Messenger que possui

novos recursos além dos recursos que o programa já possuía, essa nova versão

surgiu após a proposta da Microsoft em reunir os serviços do msn com os serviços

do sistema operacional do Windows:

O Windows Live Messenger é atualmente o messenger mais usado no mundo com mais de 230 milhões de usuários. No Brasil, o serviço atinge mais de 75% dos usuários da internet, que significa mais de 34 milhões de usuários no país. WIKIPÉDIA disponível em (http://pt.wikipedia.org/wiki/MSN_Messenger-acessadodia11/11/2008 às 10h02m)

Dentre os novos recursos da atual versão do msn estão:

comunicação offline onde o usuário pode se comunicar de forma invisível com os

seus contatos com a possibilidade de mandar uma mensagem para um contato

offline e, o mesmo receberá a mensagem quando entrar; personalização da janela

com a cor predileta do usuário; windows Live Favorites para adicionar os vídeos

favoritos do usuário e possibilidade de conversar com o contato através do uso de

um sistema semelhante ao telefone.

O sucesso do MSN Messenger pode ser justificado pelo fato de

estar integrado ao serviço de e-mail Hotmail e por possuir uma intensa publicidade

junto a público jovem.

Page 90: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

90

Na figura abaixo segue a atual página do programa MSN que possui

um espaço na parte lateral e abaixo para propaganda de anunciantes que queiram

divulgar produtos ou marcas.

Figura Página do MSN.

Dentre os recursos que o programa proporciona está o smile ou

emotions, que são desenhos de bonecos que expressam sentimentos e ações dos

usuários, os winkis podem ser definidos como uma versão mais atualizada que os

emotions e de tamanho maior, a exibição de imagens é a foto ou desenho animado

que o usuário utiliza durante a conversa e o plano de fundo é a imagem que usuário

personaliza na janela principal do programa.

No site Weblivre (http://www.weblivre.net/noticia/1698/microsoft-

lanca-ferramenta-para-anuncios-no-msn/ - acessado dia 11/11/2008 às 111h52m) os

atuais aplicativos do msn possibilitam que o usuário possa interagir com a marca

dos anunciantes durantes as conversas, essa interatividade ocorre por meio da

utilização de emotions, winks, imagens de exibição e planos de fundo.

Page 91: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

91

Na imagem que segue abaixo é possível notar o uso de emotions

como a logomarca da cerveja skol animada sendo usado durante a conversa, o que

resulta em uma ação interativa por parte do usuário com o produto da cerveja que

através da imagem expressa os desejos do internauta pelo produto.

Figura Página do MSN

Esses recursos como emotions, winks e outros estão disponíveis de

forma gratuita na internet onde, o processo para adquirir ocorre através do dowload,

para as empresas também não há custo, pois a criação dessas imagens animadas é

feita através de programas disponíveis na internet também de forma gratuita assim,

a empresa precisa apenas descobrir um canal para que esses emotions sejam

procurados e adquiridos pelo usuário. A versão atual do MSN permite que o usuário

possa “copiar” o emotion do amigo de forma simples e rápida, esse processo facilita

a vida do internauta que evita a busca do emotion na internet, muitas vezes esse

processo gera uma ação de marketing viral onde o emotion da marca acaba se

espalhando pela rede, essas ações podem ser definidas como marketing de

guerrilha por não ter nenhum custo para o cliente.

Page 92: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

92

O programa MSN é considerado uma ferramenta de guerrilha, por

ser um programa que possibilita a marca de fazer parte do dia-dia do consumidor

através de emotions e winkis, na ação da interatividade entre consumidor-marca,

permite que a marca seja espalhada pela rede de forma rápida e gratuita e atingindo

um cliente potencial em qualquer lugar,

Um outro caminho para explorar o MSN como ferramenta de

marketing de guerrilha é o uso deste sistema como forma de comunicação interna

de uma empresa, se torna essencial para a agilidade de trabalhos através de envio

de áudio, imagens, vídeos e arquivo instantaneamente. Muitas pessoas que usam

esse sistema no trabalham colocam ao lado de seu no nome no MSN o lugar da

empresa que trabalha, o endereço e o telefone da marca, produzindo assim uma

propaganda sem nenhum custo através do marketing de guerrilha.

No site inglês TechCrunch foi postado uma ação realizada na China

usando o msn para demonstrar apoio ao país após as criticas em relação a atuação

da China no Tibete.

Um novo movimento que está se espalhando entre os internautas chineses consiste em incluir um ícone que diz "amo a China" no nome dos contatos do MSN, serviço de mensagens instantâneas da Microsoft. Blog TechCrunch – (http://www.techcrunc/china_msn - acessado dia 11/11/2008 às 17h55m)

Os internautas chineses incluíam um ícone com o a frase “amo a

China” no nome dos contatos assim, um amigo ao se deparar como a frase acabou

adotando a mesma frase do outro e a ação se espalhou como um vírus, muitos

blogs no país adotaram o ícone e a ação foi noticia em vários blogs pelo mundo.

Essa ação é um exemplo da eficiência do MSN como ferramenta de marketing de

Page 93: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

93

guerrilha devido as seguintes questões: não houve nenhum custo para realizar, o

ícone foi passada como um vírus gerando uma ação viral e virou noticia pelo mundo

resultando em buzz marketing. Segue abaixo uma imagem ilustrando a ação.

http://www.techcrunch.com/2008/04/16/chinese-internet-users-say-enough-to international bullying/

7.3.2.3 MySpace

Para o autor Don Tapscott e Anthony D. Williams a rede social

MySpace (2006, p. 64) teve seu lançamento em 2003 como um site para que os

jovens de vinte e poucos anos descobrissem a cena da música independente.

O site Sem CD define a rede social da seguinte forma:

O MySpace é uma rede social que tem como função juntas pessoas, criar lista de amigos, grupos, agenda de eventos, entre outros.SEM CD(http://semcd.wordpress.com/category/metalinguagem/definicao/ - acessado dia 13/11/2008 às 14h27m )

O MySpace que significa meu espaço em português, está disponível

nos seguintes paises: Espanha, Brasil, Canadá, Canadá , Estados Unidos, México,

Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Itália, Inglaterra, Suíça, Áustria,

Espanha, França, Irlanda, Noruega, Suécia, Austrália, Índia, Japão e Nova Zelândia.

Page 94: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

94

Segundo o site Consumidor Moderno o MySpace é considerado a

maior rede de relacionamento nos Estados Unidos e no mundo com mais de 100

milhões de usuários:

Se o MySpace fosse um país, seria o oitavo mais populoso do mundo. Estamos falando de 110 milhões de visitantes únicos por mês. Para quem não vive na Terra e provavelmente não conhece o MySpace, recebe 300 mil novos inscritos todos os dias; criada em janeiro de 2004 por Chris DeWolfe (CEO) e Tom Anderson (Presidente), foi adquirido pela News Corp. em julho de 2005. CONSUMIDOR MODERNO disponível em (http://www.consumidor moderno.com.br/canais/relações-de-consumo/myspace-o-raio-x-da-maior-rede – acessado dia 12/11/2008 às 15h24m)

A página funciona como ponte de encontro para os usuários sem a

necessidade de sair de casa, com o mundo conectado as pessoas acabam

interagindo através de debates, discussões ou diálogos como se estivessem no

mesmo lugar, não existe o termo longe aqui o sistema permite a proximidade de

qualquer elemento de forma ilimitada:

Os novos espaços privados são cada vez mais encontrados online, onde os jovens se reúnem em massa, interagem e criam os seus próprios espaços compartilhados, é como um quarto fechado. Com a diferença de que no MySpace o usuário pode convidar mil amigos para entrar. TAPSCOTT e WILLIAMS (2006, p.65)

Conhecido pelo Brasil como “Orkut americano” a rede social

MySpace possui algumas ferramentas semelhantes ao orkut . No site Consumidor

Moderno disponível em http://www.consumidormoderno.com.br/canais/relacoes-de-

consumo/myspace-o-raio-x-da-maior-rede-social-do-mundo-acessado12/11/2008 as

16h09m) a rede se organiza por ser uma comunidade conectada através de perfis

pessoais, blogs, e-mail, comunicadores instantâneos, músicas em streaming,

Page 95: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

95

vídeos, galerias de fotos, eventos, grupos e fóruns de discussões, tudo com

liberdade de criação, já que os perfis são customizáveis.

Segundo os autores (2006, p.65) o coração do MySpace é o perfil

personalizado, os membros o enchem com interesses, gostos e valores,

suplementados por músicas, fotos e videoclipes que tornam os seus perfis mais

atraentes.

O site possui ferramentas que servem como diferencial, que permite

que o usuário possa inserir seis músicas em MP3 na sua página de perfil, devido a

esse ferramenta muitos músicos amadores ou não aproveitam essa oportunidade

para divulgar os trabalhos. Através do aplicativo da Web 2.0 páginas como MySpace

possibilitam que usuários “amadores” possam divulgar suas músicas e bandas de

forma gratuita e rápida assim, o MySpace se tornou o melhor lugar para conhecer e

descobrir novos artistas.

[...] que torna o MySpace um site bacana, não é a quantidade de usuários conectados ao serviço, mas sim a possibilidade de descobrir novos artistas. Hoje, qualquer artista, seja novato ou midiático, tem um perfil no MySpace e disponibiliza algumas faixas para os usuários conhecerem seu som. BLOG RENATO BORGES (http://renatopborges.blogspot.com/2007/02/myspace-um-timo-lugar-para-conhecer.html - acessado dia 12/11/2008 às 15h42m)

A página de relacionamento foi lançada no Brasil em dezembro de

2007 e, desde então a música tem funcionado como base para o sucesso da rede

social no país, segundo o site Consumidor Moderno disponível em

(http://www.consumidormoderno.com.br/canais/relacoes-de-consumo/myspace-o-

raio-x-da-maior-rede-social-do-mundo - acessado dia 12/11/2008 às 16h17m) são

Page 96: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

96

mais de seis milhões de bandas oferecendo perfis de música no Brasil e mais de

112 milhões de banda e artistas cadastrados no MySpace.

Segundo o Blog Música e Poesia Brasileir, o MySpace deixou de

lado o termo “banda de garagem” e democratizou através de suas ferramentas a

possibilidade de qualquer banda buscar o sucesso.

[…] está mais do que defasado e provavelmente nem tem a mínima idéia do que seja o MySpace – e sua abrangência e vital importância para o rock contemporâneo. Afinal, se um artista hoje pode estourar e tornar-se popstar através de uma espécie de site caseiro que reúne blogs, vídeos e musiquinhas postadas ao léu, há muito deixou de fazer sentido reunir a turma de amigos em uma garagem ou porão ou a sala de estar da casa dos pais de um deles. O avanço tecnológico permite que se gravem discos no próprio quarto utilizando apenas softwares de edição sonora e o mínimo possível de equipamentos. BLOG MÚSICA E POESIA BRASILEIRA disponível em (http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com/2007/10/myspace-espao-de-difuso-de-novos.html - acessado dia 12/11/2008 às 16h32m)

Em uma entrevista ao site Colméia Tv disponível em

(http://www.colmeia.tv/blog/2008/11/18/rraurl-tv-41-%E2%80%93-o-fenomeno-/-mys

acessado dia 13/11/2008 às 18h41m) Thiago Carandina que trabalha no escritório

da rede social no Brasil e responsável pelas ações locais da marca envolvendo

músicas, baladas e shows aponta a importância do site para a divulgação de

músicas, ele acrescenta “Se você é músico ou faz um som que tá na Internet,

provavelmente você usa ou conhece alguém que utiliza o MySpace para divulgação

de seus trabalhos”.

A rede social MySpace funciona como ferramenta de propaganda

por desempenhar um papel como canal de conexão entre a marca e o cliente, esse

processo ocorre através da segmentação do público por grupos, interesses comuns,

Page 97: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

97

mesma localidade, mesmo perfil e outros. Usar o MySpace como canal é ir direto ao

público-alvo do produto anunciado.

Para o diretor da produção do MySpace Internacional no site

(http://www.propmark.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=48690&sid

=4 – acessado dia 42/11/2008 às 15h33m) o anunciante pode ter um perfil próprio

na rede social onde os usuários podem cadastrar a marca como uma “amiga” ou

fazer download de vídeos que disponibiliza em sua página, “temos diversas

ferramentas, como monitoramento duas vezes ao dia do seu perfil para ver se não

há mensagens impróprias publicadas; elaboração do layout da página; resposta

automática para todos que deixarem uma mensagem no perfil; aceitar

automaticamente todas as solicitações de amigos que sua marca receber; além de

boletins enviados para os usuários registrados com as atualizações e novidades

postadas no perfil e o music player, onde se pode tocar os jingles da sua campanha”

Com base nesses aplicativos foi apontado no site Propmark uma

matéria sobre as possibilidade que o MySpace está oferecendo aos publicitários:

O MySpace apresentou nesta sexta-feira (24) para publicitários e anunciantes as possibilidades de publicidade que a rede social oferece. Existente desde 2004 e presente no País há um ano, o MySpace Brasil possui 1,8 milhão de usuários e 120 mil bandas registradas.PROPMARK14disponível44em(http://www.propmark.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=48690&sid=4 – acessado dia 12/11/2008 às 17h29m)

Segundo o diretor geral do MySpace no Brasil Emerson Calegaretti

“ O MySpace vive 100% da receita da publicidade, e fazer publicidade na nossa rede

significa atingir a pessoa certa, no momento certo”. Calegaretti mostrou duas formas

de se fazer publicidade na página: uma por meio da hiper segmentação e por meio

Page 98: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

98

do momentum effect, que é a mensagem emitida pelo anunciante na qual cada

usuário a passa adiante, onde ocorre a ação do marketing viral “o seu público-alvo

pode ou não visitar o perfil da sua marca no MySpace, mas com certeza eles serão

impactados”, explicou.

Em relação ao site Propmark o MySpace possui alguns anunciantes

com perfil, como Nike, Nokia, Coca-Cola, Seda Teens, Pepsi, Volkswagen, Unilever,

Warner Bros e Claro.

O Brasil, hoje representa 6% dos usuários mundiais e é o oitavo país

do mundo no MySpace. A expectativa, segundo Viktor Kong, vice-presidente e

diretor de gerenciamento do MySpace América Latina, é que dentro de um ano haja

dez milhões de usuários brasileiros cadastrados. O site Consumidor Moderno

(http://www.consumidormoderno.com.br/canais/relacoes-de-consumo/myspace-o-

raio-x-da-maior-rede-social-do-mundo - acessado dia 15/11/2008 às 15h38m) define

que o comportamento do usuário brasileiro é bastante ativo e bem característico,

“Ele passa mais tempo conectado do que usuários da Europa e Ásia, ele é mais

social também em média, os brasileiros têm 120 amigos, número bem alto em

relação à média”.

Desde junho de 2008 a rede social possui uma versão exclusiva

para celular onde, o acesso ocorre através do aparelho, a criação desse aplicativo

ocorreu pelo fato de muitas pessoas entrarem no site pelo celular. Existe também

uma versão exclusiva para os portadores do celular Iphone:

Hoje, 1,7 milhão de americanos entram na rede social através de seus celulares. Espera também manter seu posto de canal estratégico entre anunciantes e audiência. Desde junho, segundo dados da comScore, o MySpace é líder em publicidade online americana – tirou o primeiro lugar do Yahoo! São 56,8 milhões de

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99

exibições de anúncios em junho, contra 53,1 milhões do Yahoo. Em tempo, a rede acaba de anunciar o novo projeto MySpace Music, no qual anunciantes como Mc Donald´s, Toyota e Sony Ericssson patrocinam os downloads dos usuários. CONSUMIDOR MODERNO (http://www.consumidormoderno.com.br/canais/relacoes-de-consumo/myspace-o-raio-x-da-maior-rede-social-do-mundo - acessado dia 15/11/2008 às 15h47m)

O MySpace é considerado uma ferramenta de marketing de

guerrilha devido as seguintes características: é uma das maiores rede sociais do

mundo, o site permite a inserção de vídeos, blogs, imagens e músicas de forma

gratuita, através da página a empresa cria um canal de comunicação direta como o

cliente, o site que permite sejam coletados informações sobre a opinião das pessoas

a respeito do produto assim como suas dúvidas e necessidades, através da

segmentação a empresa atinge de forma mais especifica o seu público-alvo e tudo

isso sem nenhum custo para a empresa.

Segue abaixo a imagem da página de um usuário do MySpace:

http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&client=firefox-a&rls=org.mozilla

7.3.2.4 Flickr

Também conhecido como flog, o Flickr é uma rede social com a

função de armazenamento de imagens, qualquer usuário pode disponibilizar suas

Page 100: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

100

fotos no site, postam, compartilham e comentam nas fotos, esse processo não tem

custo para o usuário que precisa apenas criar uma conta no site.

O site do Flickr foi desenvolvido pela Ludicorp em Vancouver,

Canadá, onde a empresa foi fundada em 2002. A empresa lançou o Flickr em

fevereiro de 2004, em 2005 o site foi adquirido pelo Yahoo.

O Blog do site Flickr (http://blog.flickr.net/pt/2008/08/27/flickr-888-

verde – acessado dia 15/11/2008 às 20h54m) denomina a rede social como uma

revolução em termos de armazenamento, compartilhamento e organização de fotos,

transformando o gerenciamento de imagens em um processo simples, natural e

colaborativo.

Os autores Don Tapscott e Anthonny D. Williams (2006, p. 53)

apontam o Flickr como o mais perfeito exemplo de como a Web 2.0, que funciona

através do processo de colaboração dos usuários com conteúdos.

O flickr fornece a plataforma tecnológica básica e a hospedagem gratuita de fotos. Flickr é basicamente uma enorme comunidade auto-organizada de amantes da fotografia que se reúnem em uma plataforma aberta para fornecer o próprio entretenimento, as próprias ferramentas e os próprios serviços. TAPSCOTT e D.WILLIAMS (2006, p.53).

O Flickr é considerado um dos componentes mais exemplares da

Web 2.0, devido ao nível de interatividade permitido aos usuários. Qualquer usuário

cadastrado no site pode comentar nas fotos dos demais, essa permissão é o que

também define o site como uma rede social colaborativa. A colaboração por parte

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101

dos usuários é justificada pelo fato de que são os eles quem adicionam os

conteúdos como as fotos e as legendas, criam o próprio sistema de classificação do

site através da colocação das etiquetas descritivas nas fotos e, são os usuários

quem constroem a maior parte dos aplicativos que os participantes usam para

acessar, carregar, manipular e compartilhar o próprio conteúdo.

O Flickr organiza e classifica as fotos por meio de categorias

chamadas de tags ou etiquetas em português. Tais tag são atribuídas às respectivas

fotografias pelos próprios usuários que as carregaram. Com isso, a busca de

imagens se torna um processo fácil e ágil.

O Flickr é conhecido como um dos maiores armazenamentos de

fotos do mundo, atualmente o site está traduzido nas línguas de francês, italiano,

coreano, chinês, espanhol e português. A tradução para a língua portuguesa ocorreu

no ano de 2007 devido ao número elevado de brasileiros no site.

Os autores Don Tapscott e Anthonny D. Williams (2006, p. 53)

apontam que os usuários cada vez mais autorizam a utilização de suas fotos para

fins não-comerciais, o que faz com que seja possível encontrar fotos do site

distribuídas pela web.

O Flickr é considerado uma ferramenta de marketing de guerrilha

devido ao seu sucesso como divulgador de fotos na internet e por possibilitar a

democratização através da colaboração de massa. Uma ação de marketing pode ser

divulgada pelo site assim como, pode ser criado um canal para saber a opinião dos

Tagss: Palavra-chave ou termo associado que o descreve e permite uma classificação da informação baseada em

palavras-chave. SPYER, Juliano (2007, p. 591

Page 102: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

102

usuários a respeito do produto, quando uma ação é realizada com sucesso a

tendência é que se resulte em um marketing viral e a imagem acaba espalhada no

mundo da rede. O Flickr também pode ser usado para compartilhar fotos

relacionadas com o conteúdo do seu site como: um link que leve ao Flickr para

mostrar todas as cores disponíveis do produto.

O Flickr é uma ferramenta de guerrilha sem custo para o cliente, e

consegue atingir clientes potenciais que muitas vezes não seriam atingidos da

mesma forma se estivesse exposto ao marketing convencional. Segue abaixo a

imagem da página inicial da rede social Flickr, como se pode notar a frase de

abertura é “Compartilhe suas fotos. Explore o mundo”, uma frase que denota a

audiência do site onde, a cada segundo uma nova foto aparece como imagem de

exibição. O Flickr representa a quebra das fronteiras entre as cultura diferentes e a

colaboração de qualquer usuário que acaba enriquecendo com suas imagens o

universo da Web.

www.flickr.com

Page 103: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

103

7.3.2.5 Twitter

O que você está fazendo? Esse é o slogan da rede social Twitter

considerado para muitas pessoas um dos maiores vícios atuais da internet. O Twitter

é uma comunidade de amigos e pessoas desconhecidas, que permite o envio de

mensagem com até 140 caracteres por vez onde, o usuário comenta o que está

fazendo no momento, lendo, ouvido e outros.

O Twiiter que surgiu em 2006 trata-se de um serviço gratuito que

pode ser usado por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, O Blog Interney

compara a rede social a um folha de caderno em branco:

[...] Digamos que o Twitter seja como uma folha de caderno com limitações de espaço. Como você só pode escrever mensagens de até 140 caracteres, é preciso ser objetivo. Porém, como em qualquer página em branco, você tem liberdade para escrever o que lhe vier à cabeça, desde fazer breves confissões sobre o seu cotidiano até compartilhar poemas [...]. BLOG INTERNEY disponível em (http://www.interney.net/blogs/inagaki/2008/04/28/o_que_e_twitter/ - acessado dia 18/11/2008 às 19h55m)

O Twitter é a última mania da internet dentro da categoria de redes

sociais, é a inovação e possui diferenças em sua estrutura, na mecânica e na forma

como juntam seus membros, o site Webinsider disponível em

(http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/07/30/o-twitter-e-as-redes-sociais-

efemeras/ - acessado dia 20/11/2008 às 11h52m) aponta que o Twitter “ é um

modelo para as redes sociais do futuro que serão cada vez mais abertas,

transparentes, multiplataformas e efêmeras”.

Por se tratar de um sistema que está em constante atualização, o

Twitter também é conhecido como miniblogging devido ao limite de caracteres, o

que exige que a mensagem seja escrita de uma maneira objetiva e direta e por ser

considerado uma ótima ferramenta para informar sobre os últimos acontecimentos

Page 104: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

104

do mundo. Devido a sua agilidade em atualizar, em questão de segundos existe

sempre alguém de algum lugar do mundo falando alguma coisa, é através desse

processo de rapidez que as informações chegam.

[...] o Twitter assim como os blogs é mais uma fonte de atualização em nosso “mix informacional”. Como os próprios debatedores do TWIT lembraram, esses dois meios citados abastecem-se de notícias da mídia tradicional. Creio que eles dão eco às matérias da mídia de massa e de nicho. E mais, os blogs permitem que elas sejam discutidas de forma dialógica, o que é bloqueado em jornais e tevês, por exemplo. ALEXPRIMO disponível em (http://alexprimo.com/2008/04/03/o-twitter-vai-terminar-de-matar-o-jornalismo-sera/ - acessado dia 21/11/2008 às 11h45m)

A facilidade de acessar o twitter de qualquer lugar faz com que a maioria dos acontecimentos seja anunciado primeiro no twitter e o fato de usar mensagens curtas faz com que isso seja transmitido e retransmitido rapidamente. O terremoto em São Paulo, por exemplo, foi notificado às 21:02 no twitter, a notícia mais antiga que encontrei foi da Abril, às 21:53. BLOG INTERNEY disponível em (http://www.interney.net/?p=9761875 – acessado dia 20/11/2008 às 20h11m).

Pelo fato de ser um sistema que permite apenas 140 caracteres por

vez, muitos duvidam do poder do Twitter como ferramenta de comunicação mas, ao

contrário do que acreditam esse número limitado é o suficiente para se criar uma

mensagem persuasiva, porque não precisa de muitas palavras para ser direta,

objetiva e convincente, basta apenas saber usar a ferramenta a seu favor e ser

criativa.

Da mesma forma que existe uma vinheta de uma marca com 5 segundos, por que criativos não podem elaborar uma mensagem para o cliente em 140 caracteres? Slogans poderosos foram feitos até com menos. BLOG BLOGCITARIO disponível em (http://blogcitario.hitechlive.com.br/artigo/anunciar-no-twitter/ - acessado dia 20/112008 às 20h22m).

A rede social possibilita que o usuário possa continuar interagindo

no site mesmo fora de casa, a rede possui um aplicativo onde o usuário pode

Page 105: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

105

mandar mensagem dentro do site através do celular precisando apenas cadastrar o

número do celular no site, o Twitter também possui como aplicativo um sistema que

leva automaticamente o perfil do usuário para a rede social MySpace. Essa é a

graça do Twitter e o que justifica o seu sucesso na internet, ele oferece a

possibilidade de ser usado de forma móvel facilmente.

No site Pensarics (http://www.pensarics.com/2008/10/17-maneiras-

de-usar-o-twitter/ - acessado dia 20/11/2008 às 21h02m) foram postadas 17

maneiras de usar a rede social Twitter como ferramenta de guerrilha para a

empresa, segue abaixo a lista das melhores opções que o autor indica:

- Promoção da sua imagem: O usuário pode usar o Twitter para promover sua imagem na internet. - Receber feedback: pode lançar uma pergunta no Twitter para saber a opinião das pessoas sobre algum um produto, ou sobre qualquer outro assunto, isso é uma ótima oportunidade para pesquisa do produto. Em pouquíssimo tempo poderá receber milhares de respostas. - Atrair audiência. O Twitter pode ser usado para atrair audiência para um site pedindo aos amigos para enviarem mensagens similares e em pouco tempo estará espalhado como um vírus pela rede. - Ler notícias. Os usuários do Twitter estão sempre linkando notícias interessantes, novidades e tudo o mais. O usuário pode então se inscrever no feed e acompanhar tudo o que é publicado a respeito do assunto. - Avisar clientes. Configure um Twitter feed com o objetivo específico de avisar seus clientes sobre novidades de produtos ou serviços. - Novidades sobre eventos: As empresas podem usar o Twitter como um meio de comunicação com seus clientes, avisando sobre qualquer acontecimento importante ou mudanças de planos. - Coberturas ao vivo: O Twitter permite fazer um acompanhamento em tempo real do que está acontecendo à sua volta. Outros usuários irão espalhar as mensagens se julgarem interessante. PENSARICS disponível em: (http://www.pensarics.com/2008/10/17-maneiras-de-usar-o-twitter/ - acessado dia 20/11/2008 às 21h02m)

O Twitter pode ser considerado marketing de guerrilha devido as

seguintes características: é uma ferramenta sem custo para a empresa, está em

constante movimento, ou seja, é impossível não atingir alguma pessoa que se

encaixa como o público-alvo; quando criado um conteúdo interessante tem a

capacidade de ser passada para frente rapidamente resultando em uma ação viral;

Page 106: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

106

possui a capacidade de atualização de forma rápida; tem a oportunidade de

anunciar várias vezes a cada segundo na rede social; permite a segmentação por

público; quando o usuário adiciona a marca como amigo a empresa tem a chance de

estar em constante contato com esse consumidor mantendo uma conexão direta e a

qualquer hora com o cliente e outros.

Outro elemento que o caracteriza como marketing de guerrilha, é a

oportunidade em tirar dúvidas dos clientes na hora, oferecendo um atendimento

rápido e simples; outro caminho é aproveitar o espaço da mensagem onde é

possível inserir o link do site do produto e colocar a disposição para todos, isso

também gera uma ação viral devido ao fato da mensagem atingir várias pessoas de

diferentes lugares, por exemplo, dois “amigos” criam um diálogo a respeito do novo

produto que está para lançar e insere o link do produto, isto desperta a curiosidade

das demais pessoas que estará acompanhando a conversa, ao invés de falar que

está “tomando banho” o usuário pode comentar que está “tomando banho com o

novo shampoo seda”.

Blog estagiaridade disponível em (http://www.estagiaridade.com/10-

egrandes-empresas-que-usam-o-towit - acessado dia 21/11/2008 às 11h22m)

postou uma matéria sobre a revista Fortune com 100 grandes empresas que utilizam

o Twitter como ferramenta de comunicação, entre essas empresas segundo o blog

está: Ford que aproveita a página para divulgar novidades sobre a marca; a Kodak

que divulga através da ferramenta o Blog da marca; JetBlue que fazem do Twitter

uma espécie de SAC e outros.

Abaixo segue a imagem da página Twitter onde é possível notar a

quantidade de mensagens que são expostas por segundo na rede, o que denota o

porquê do nome Twitter, que no português significa furacão .

Page 107: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

107

http://twitter.com/kihnug

7.4 PODCAST

O Podcast é um sistema de publicação de arquivo de áudio e vídeo

pela internet que podem ser baixados pelo internautas e ouvidos através do MP3,

segundo o site Via6 disponível em ( http://www.via6.com/topico.php?tid=105 –

acessado dia 21/11/2008 às 02: am) o Podcast surgiu em 2004 e foi criado pelo ex-

Dj norte-americano Adam Curry.

O Podcast também pode ser chamado de podcasting, o site Folha

On line define o sistema da seguinte forma:

[...] são arquivos de áudio transmitidos via internet. Neles, os internautas oferecem seleções de músicas ou falam sobre os mais variados assuntos --exatamente como acontece nos blogs. A palavra que determina esta nova tecnologia surgiu da fusão de iPod; (toca-MP3 da Apple) e broadcast (transmissão via rádio). FOLHA ON LINE disponível em (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u - acessado dia 21/11/208 às 23h44m)

[...] tem como maior virtude resgatar o glamour da oralidade, característica predominante nos mais variados perfis de sociedade, invariavelmente atraída pelo poder da imagem que tem seu inquestionável atributo singular ótico, sem superar o consiste poder da comunicação oral, traduzida em linguagem verbal. FOLHA ON LINE disponível em (http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ul - acessado dia 21/11/208 às 23h44m)

Page 108: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

108

O programa é a denotação de um meio de divulgação de alta

tecnologia de informação e cultura, onde o usuário poderá montar livremente a

própria programação de rádio, muitas pessoas o definem como “a rádio da Era

Digital” que trouxe de volta o poder da oralidade. Segundo o Blog Nas ondas do

rádio- (http://nasondasdoradio.blogspot.com/2007/03/podcast-ganha-corpo-e-atrai-

publicidade.html - acessado dia 22/11/2008 às 16h28m) a tendência é que o

Podcast dispute anúncios com outros canais de comunicação como o rádio, por

exemplo.

O sistema é apontado como a junção do arquivo de MP3 com a

tecnologia Feed RSS, onde o usuário é informado a respeito das últimas

atualizações do Podcast, para ter acesso às essas atualizações o usuário precisa

“assinar” de forma gratuita o Podcast através de um agregador assim, toda vez que

estiver um arquivo novo, o usuário será informado sem ter a necessidade de ter que

entrar na página e conferir se houve atualização.

Os podcasts são assinados pelos ouvintes interessados no seu conteúdo, inserindo o endereço eletrônico oferecido pelos podcasters, num programa agregador disponibilizados gratuitamente na internet e é a parte dele que o ouvinte recebe automaticamente a atualização dos novos programas que podem ser ouvidos no próprio computador ou num aparelho de tocador de MP3. VIA 6 disponível em (http://www.via6.com/topico.php?tid=105634 – acessado dia 21/11/2008 às 13:00hs)

Com base nessa junção do Podcast com o recurso Feed RSS o site

Dicas-L aponta:

Da combinação da atual tecnologia RSS com o famoso formato de arquivos de áudio MP3 surgem os podcasts, conteúdos de áudio que podem ser baixados via Internet e ouvidos em MP3 Players, como o iPod , ou em computadores, com softwares específicos. DICAS-L

Page 109: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

109

disponível em (http://www.dicas-l.com.br/dicas-l/20060501.php - acessado dia 21/11/2008 às 23h55m)

O usuário adquire o arquivo através do dowloand, para executar o

arquivo o usuário precisa de um software que suporte música ou vídeo como o

Windows Media Player, com esse programa disponível basta apenar adquirir o áudio

que deseja e executar ele no programa, o usuário também tem a oportunidade de

carregar esse áudio através do MP3, pois o programa permite que o arquivo seja

transferido para este aparelho.

A tecnologia dos podcasts é a demonstração do que é a Web 2.0,

que permite a democratização da produção para qualquer usuário que queira

contribuir com um conteúdo assim, tanto grandes empresas como amadores têm a

mesma oportunidade de disponibilizar na internet seus arquivos de uma forma

similar.

A tecnologia dos podcasts disponibiliza conteúdos livres de áudio, que são gerados tanto por grandes empresas quanto por simples usuários domésticos que desejam criar seus próprios programas de música, notícias e opinião, bastando apenas que tenham um computador equipado com microfone, softwares para gravação e edição de audio, e espaço para hospedagem de MP3. Isto significa que podem existir muitas produções de baixa qualidade técnica e mesmo de conteúdo ruim, e os melhores podcasts tendem então a serem conhecidos pela sua popularidade ou pela sua originalidade, fatores estes ligados a boas idéias e mesmo a melhores condições de produção. DICAS-L disponível em (http://www.dicas-l.com.br/dicas-l/20060501 - acessado dia 21/11/2008 às 23h55m)

O mercado da publicidade está investindo no Podcast como

ferramenta de comunicação, por se tratar de uma ferramenta que está disponível

para qualquer, por sua facilidade de acesso e por se tratar de algo sem custo para o

cliente, nesse sistema o usuário é quem procura o conteúdo enquanto que nos

Page 110: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

110

outros meios o caminho é inverso. Segundo o Blog Nas Ondas do Rádio a

estimativa é que o investimento em publicidade nesse sistema aumente:

O mercado global de publicidade começa a intensificar suas apostas em um recente formato de mídia. Ambientado no universo virtual, apenas em 2006, o formato "Podcasting", distribuição de áudio, vídeo ou fotos pela web, atraiu US$ 80 milhões em investimentos. Em 2011, a estimativa é que o número atinja US$ 400 milhões revela pesquisa realizada pela empresa eMarketer. BLOG NAS ONDAS DORÁDIO44disponível44em(http://nasondasdoradio.blogspot.com/2007/03/podcast-ganha-corpo-e-atrai-publicidade.html - acessado dia 22/11/2008 ás 16h22m)

Uma característica do Podcast que o define como ferramenta de

marketing de guerrilha é a capacidade de ser transportado pelo usuário, isso ocorre

através do processo onde o usuário adquire o arquivo na internet e passa esse

arquivo para o MP3 ou celular assim, ao adquirir o arquivo o usuário pode passar

para um amigo resultando em uma ação viral, esse arquivo pode ser um jingle de

uma campanha, por exemplo.

Também como ferramenta de marketing o Podcast pode ser usado

para divulgar um produto ou campanha, o cliente pode patrocinar programas de

produtores independentes ou amadores com alto índice na internet, descrever o

produto para tirar dúvidas do cliente e outros. Uma empresa também pode explorar

o programa como transmissão de conteúdos, como forma de comunicação interna

de uma empresa, atualizações de informações ou mudanças e outros.

Dentro deste contexto tecnológico, o podcast promove o surgimento de novos conceitos de se produzir radiofonizamente, agregados aos já existentes no rádio convencional, tais como: a segmentação intrínseca, o ouvinte é quem escolhe determinado tema, a fidelização como conseqüência opção feita, a mobilidade e a conveniência de poder ouvir onde quiser e quando desejar, além da multifuncionalidade que é poder escutar enquanto fazer outras atividades e a interatividade possível e desejável neste ambiente.

Page 111: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

111

Via6 disponível em (http://www.via6.com/topico.php?tid=105634 – acessado dia 21/11/2008 às 13:00hs)

O programa também apresenta a capacidade de gerar uma

disseminação viral através do boca-a-boca entre os amigos, isso ocorre devido ao

fato de ser um sistema que segmenta o público onde o usuário só escuta caso

realmente lhe interesse, assim ele acaba passando o arquivo para um amigo que

terá o mesmo interesse no conteúdo. Essa ação viral ocorre pelas seguintes

características como: a personalização, onde cada arquivo tem o seu público-alvo

especifico, a comodidade ou conveniência permitindo que o arquivo seja ouvido em

qualquer lugar e na hora que quiser, e a alta funcionalidade que permite que o

arquivo seja escutado enquanto o usuário realiza outras coisas como: trabalhar,

estudar e outros.

Para o site VI6 (http://www.via6.com/topico.php?tid=105634 –

acessado dia 22/11/2008 às 17h48m) dentro do contexto tecnológico, o podcast

promove o surgimento de novos conceitos de se produzir radiofonizamente,

agregados aos já existentes no rádio convencional, tais como: a segmentação

intrínseca, o ouvinte é quem escolhe determinado tema, a fidelização como

conseqüência opção feita, a mobilidade e a conveniência.

Todas essas ações provocadas no usuário acabam criando no

público uma experiência inovadora em relação à marca, que no final cria uma

conexão mais próxima com o cliente.

Em uma página no site da Terra disponível em

(http://www.terra.com.br/istoedinheiro/426/negocios/podcast.htm - acessado dia

Page 112: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

112

22/11/2008 às 17h24m) foi mencionado exemplos de grandes empresas que

aderiram o sistema Podcast como ferramenta de marketing, o site cita como

exemplo um case realizado pela marca Kaiser no Brasil “A cervejaria realizou uma

promoção na qual recebia podcasts feitos por internautas do País todo. Mais de mil

foram enviados, e o website da empresa bateu recordes de visitação: os acessos

saltaram de 15 mil para 60 mil por mês”, segundo o site.

Segue abaixo a logomarca do Podcast

http://olago.files.wordpress.com/2008/04/podcast_ctap_small.j

7.5 YOUTUBE

Na página do próprio site do Youtube disponível em

(http://br.youtube.com/t/about - acessado dia 22/11/2008 às 02h46m), o surgimento

do programa ocorreu em 2005 da seguinte forma:

O YouTube recebeu financiamento da Sequoia Capital em novembro de 2005 e foi oficialmente lançado um mês depois, em dezembro. Chad Hurley e Steve Chen se tornaram os primeiros membros da equipe de diretores do YouTube e atualmente desempenham as funções de CEO (diretor executivo) e CTO (diretor de tecnologia), respectivamente. YOUYUBE (http://br.youtube.com/t/about - acessado dia 22/11/2008 às 02h46m)

Page 113: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

113

Compartilhe seus vídeos com seus amigos, com sua família e com o

mundo, é assim que o site se define em sua página principal na internet e que faz

dessa ferramenta a maior demonstração da contribuição da Web 2.0, o qual deu

mais impulso à publicidade na rede.

O YouTube é um gigantesco arquivo de vídeos e um celeiro de

informações para quem estuda os mecanismos de audiência em redes sociais , é a

a Web 2.0 em ação com a disposição das ferramentas para a geração de conteúdo

por parte do usuário, é este usuário que se apresenta como mídia dessa nova

geração do consumidores.

[...] novamente a Internet como meio de entregam revoluciona a atividade universal de se sentar passivamente na frente do Youtube. REVISTA IMASTERS (Edição 02, p. 50)

O Youtube é um site na internet que permite que os seus usuários

carreguem, assistam e compartilhem seus vídeos em formato digital para qualquer

pessoa que queira acessar a página, tudo que o usuário precisa para compartilhar é

apenas uma filmadora ou um celular na mão feito e demonstrar ao mundo o que

está acontecendo a sua volta. Nesse novo paradigma da democratização uma

pessoa comum pode passar de um simples consumidor para o de colaborador e

criador facilmente.

Segundo os autores Tapscott e Williams (2006, p. 178) o youtube é

a ferramenta mais moderna que demonstra a Tv na internet, e a maior mídia

controlada pelos consumidores através de sua colaboração em massa e criação

conjunta, para os autores “ o Youtube é o último produto de Tv via internet que torna

Page 114: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

114

ridiculamente fácil publicar, assistir e compartilhar vídeo na web”. Segundo o blog

B2U disponível em (http://idgnow.uol.com.br/mercado/b2u/idgcoluna.2006-10-

10.7938896598 - acessad dia 22/11/2008 às 14:00 hs) a página é como uma “rica

vitrine de vídeos caseiros com um cunho pessoal”.

O processo para inserir um vídeo no site é feito de forma simples, o

usuário precisa apenas criar uma conta na página e logo em seguida já é possível

participar dessa rede, todo o processo acontece de forma simples, rápida e sem

cerimônia.

A rede social hoje é considerada um sucesso na internet com um

alto índice de acessos e popularidade, muitos acreditam que esse sucesso seja fruto

da característica da página em permitir que qualquer usuário possa compartilha

vídeos desde filmes caseiros até trailler de filmes, propagandas, clipes musicais,

novelas, documentários e outros. Independente do tipo do material publicado, toda

a responsabilidade dos conteúdos é do usuário do video.

No site Cultura disponível em (http://www.cultura.gov.br/foruns_d.

php?p=17142&more=1&c=1&ph= - acessado dia 23/11/2008 às 3h55m) diariamente,

o YouTube exibe 50 milhões de vídeos e recebe 50. 000 arquivos enviados por

usuários de todo o mundo.

De acordo com o próprio Youtube disponível em

(http://br.youtube.com/t/advertising -acessado dia 22/11/2008 às 18h55m) o site

atraiu usuários em uma velocidade meteórica, tem 200 milhões de usuários

exclusivos a cada mês e possui a sexta maior audiência da Internet.

Page 115: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

115

Os brasileiros são hoje as pessoas que mais usa a internet, que

buscam conteúdo e principalmente adoram a interatividade permitida com o advento

da Web 2.0, essas pessoas querem participar dessa ação e por isso adoram ter a

possibilidade de “contribuírem” para o site, de elogiar os vídeos inteligentes, ao

passo que os menos inteligentes são duramente criticados.

Somos o povo que mais passa horas navegando na rede - 22h24 por mês, acima de Estados Unidos, França e Japão, segundo pesquisa do Ibope/NetRatings. Entre as preferências desse internauta super-ativo estão sites de relacionamento, portais de vídeo e foto, além dos onipresentes blogs - todo um universo que se encaixa dentro da Web 2.0, conceito que abriga as páginas da internet que oferecem ao usuário o maior grau possível de interatividade. MIDIA DIGITAL disponível em(http://midiadigital.com.br/index.php/2008/05/06/gazeta-do-povo-pr-online-o-internauta-faz-a-propaganda/ - acessado dia 23/11/2008 às 14h11m)

Os personagens dos vídeos mais acessados da internet se tornaram

celebridades como é caso dos personagens do clipe da Dança do Quadrado com

12.172.541 de acessos; a diarista Sonia do vídeo Fala Sonia com mais de 500.000

acessos.

Com um alto índice de acesso e popularidade, muitas empresas

viram no youtube, uma oportunidade de fazer propaganda e definir ele como

ferramenta de comunicação. Essa oportunidade demonstra que hoje não existe mais

a necessidade de gastar milhões para se ter bons resultados com propaganda,

porque a inserção de vídeo é realizada de forma gratuita para o anunciante.

Os vídeos que fazem sucesso no site e que se tornam populares

entre os internautas se espalham como vírus pela rede atraindo a curiosidade

daqueles espectadores que ainda não o viram, esse processo acaba gerando uma

ação buzzmarketing e marketing viral, muitas pessoas enviam o link do “vídeo do

Page 116: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

116

momento” para seus amigos causando a disseminação do arquivo, e

consequentemente atraindo a atenção, devido à essas causas o Youtube tem se

tornado uma ótima plataforma de distribuição de qualquer material, pois com a

possibilidade da inserção de vídeo por qualquer usuário, o youtube hoje é definido

como a maior ferramenta de busca nesse segmento.

O Youtube é considerado uma ferramenta para a criação de uma

ação de um marketing viral, pelo fato de ter a capacidade de multiplicar vídeo

através do envio de links entre os usuários.

[...] o YouTube é hoje uma das mais importantes ferramentas de Marketing Viral, em função de sua capacidade de multiplicação do vídeo, e da ferramenta de busca que incorpora, permitindo ao Internauta, literalmente, descobrir seu vídeo. INFOBOT disponível em (http://www.infobot.com.br/?p=99 – acessado dia 22/11/2008 às 16h44m).

Outra característica que o define como uma ótima ferramenta

geradora de marketing viral é a possibilidade de inserir os vídeos do youtube em

outras redes sociais como Blogs, Orkut, MySpace, vale ressaltar que dentro da rede

social do orkut existem comunidades cujo o tema são “Os melhores vídeos de

Youtube”, a maior comunidade possui 268.567 usuários, dentro da comunidade os

usuários indicam vídeos e comentários, a empresa também pode criar uma página

com o próprio nome e inserir dentro delas o Vt de um comercial ou um vídeo

institucional, por exemplo e ser o divulgador dos “vídeos oficiais”.

Colocar o YouTube em seu site é muito mais do que adicionar alguns dos milhões de vídeos disponíveis no YouTube. Isso mantém o interesse dos seus visitantes e permite a auto-expressão e interação com um de seus serviços favoritos. E leva seu site, blog ou página para dentro da comunidade de vídeos do YouTube , uma rede internacional de usuários, criadores e sites conectados por meio da maior coleção de vídeos on-line. YOUTUBE- disponível em (http://br.youtube.com/youtubeonyoursite - acessado dia 22/11/2008 às 18h47m)

Page 117: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

117

A rede social Youtube possui uma ferramenta que também pode ser

usada para gerar uma ação viral do produto, essa ferramenta chamada de

ferramenta de publicação está presente no final dos vídeos onde, são apresentados

vídeos ou links que tenham alguma conexão com este arquivo que está sendo

executado assim, ao clicar o usuário terá acesso automático para esses vídeos

“conectados”, essa ferramenta permite expandir as opções de interatividade e ir de

encontro ao target sem a necessidade de esperar o usuário vir até o conteúdo.

Através da ferramenta de publicação, é possível adicionar objetos de interação que permite que os usuário acesse diretamente outros vídeos, informações de interesse relativo às imagens que se vêem ou até mesmo links para outros sites através de cliques na tela do player, no mesmo conceito da TV Digital, o que faz imaginar o poder dessa ferramenta, é o que empresas como a Nike, por exemplo, não aprontarão em ações virais [...] INTERATIVO disponível em (http://interativo.hitechlive.com.br/2008/10/12/youtube-interativo-1000-e-2-possibilidades/ acessado dia 22/11/2008 às 14h55m)

Devido ao sucesso da rede social, o Youtube oferece também

oportunidade para empresas anunciarem na página principal do site como banners

ou vídeos do anunciante.

O YouTube tem parceria com milhares de provedores de conteúdo como CBS, BBC, Universal Music Group, Sony Music Group, Warner Music Group, NBA, The Sundance Channel e muitos outros. Essas parcerias e a ampla variedade de conteúdo que representam proporcionam ambientes propícios e incontáveis oportunidades de publicidade de alta visibilidade para comerciantes. YOUTUBE disponível em (http://br.youtube.com/t/advertising - acessado dia 22/11/2008 às 18h54m)

Outra oportunidade para usar o Youtube como ferramenta de

propaganda é a inserção de propagandas após o término do vídeo por alguns

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118

segundos, essa disposição pode explorar o alto índice de acesso de alguns vídeos e

aproveitar o momento para divulgar uma marca.

[...] o google está exibindo, em alguns vídeos, um banner publicitário que ocupa 20% da tela, por 10 segundos. Não incomoda tanto o usuário, e é uma boa exibição do anunciante. TOMATECRU disponível em (http://www.tomatecru.net/noticias/videos-do-youtuve-agora-com-propaganda - acessado dia 23/11/2008 às 15:00hs)

O Youtube é a denotação da mídia integrada o qual contêm todos os

elementos essenciais para atender o público desse nicho de mercado, a rede social

permite a interatividade por parte do usuário com a marca, é a melhor ferramenta

quando o assunto é marketing viral, possibilita a mobilidade do arquivo e coloca a

empresa como uma empresa inovadora.

A palavra-chave é a criatividade, uma boa idéia com um vídeo bem

feito é a técnica para fazer de um simples vídeo no youtube, uma boa forma para

divulgar a marca, as empresas não devem temer o fenômeno Youtube até porque o

cliente não irá ter nenhum prejuízo compartilhando seus vídeos com o mundo da

web, o público está ali pronto para conhecer o produto e o que a empresa tem a

dizer, as fontes de informações são gratuitas e públicas, o conteúdo está disponível.

para qualquer um, assim o site é sinônimo de audiência, inovação e popularidade.

http://www.youtube.com/watch?v=fXL3_rZAWQM&feature=related

Page 119: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

119

8- PESQUISA

Para analisar o uso e a aceitação das ferramentas de marketing de

guerrilha pelas agências de publicidade de Foz do Iguaçu, foi realizada uma

pesquisa qualitativa onde, foi entrevistada seis agências de publicidade, com um

roteiro contendo 22 perguntas dentre elas 21 perguntas abertas e uma fechada, o

qual pode ser observado no apêndice A.

A análise da pesquisa ocorreu através da confrontação das

respostas das questões do roteiro da pesquisa, o qual foi realizado de forma

individual. Segue abaixo a análise do resultado da pesquisa:

8.1 Qual é a sua opinião em relação ás mídias convencionais?

Todos os entrevistados responderam que as mídias convencionais

são importantes e necessárias em um plano de comunicação. A agência B considera

a mídia convencional extremamente necessária e de resultados comprovados, a

agência F constata a importância da mídia convencional, pela praticidade que ela

possui assim como também a agência B, que afirma que mídia convencional é

prática, fácil de comprar e fácil de medir a sua eficiência.

A agência C acredita que as mídias convencionais jamais perderão

por completo seus espaços, segundo a agência sempre haverá os grandes

anunciantes que não irão abrir mão delas.

A agência D aponta que elas ainda têm muito alcance e trazem bons

resultados para os anunciantes, principalmente no mercado de Foz do Iguaçu.

Porém, vale ressaltar que as agências E e A consideram as mídias

convencionais desgastadas e sem impacto, de acordo com o entrevistado da

Page 120: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

120

agência E a comunicação deve se “superar”, o entrevistado da agência A acrescenta

que a maioria das mídias convencionais estão estagnadas.

“ É preciso criar culturas de novas mídias em todos os mercados, fazendo com que agências e clientes não fiquem reféns da mídia convencional, e novos usos das convencionais. Com a Tv digial, web, guerrilha e todo o movimento de novas mídias ocorrendo, é inevitável a reinvenção das empresas de comunicação, as quais deverão acompanhar o mercado.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA A)

As agências A, B e F argumentam que as mídias convencionais

garantem resultados satisfatórios, quando tem mensagem adequada ao público-

alvo.

8.2 Você acredita que as mídias convencionais, por exemplo: rádio, TV, são

essenciais para qualquer plano de comunicação?

As agências A, B e F consideram essenciais as presenças das

mídias citadas acima em qualquer plano de comunicação, porém, a agência A

acrescenta que é preciso reinventar o uso dessas mídias e ao mesmo tempo

considerar as novas mídias, o que demonstra que a agência está consciente das

mudanças de mercado, porém, ao mesmo tempo não desconsidera o uso e a

importância da mídia convencional, o entrevistado ainda afirma “as mídias

convencionais devem ser consideradas a meu ver, pelo menos nos próximos 100

anos”.

As agências C, D e E não consideram essenciais o uso das mídias

convencionais em qualquer plano de comunicação, todas elas concordam que

devem ser levados em consideração primeiramente a verba do cliente que muitas

vezes não possui o suficiente para pagar por uma mídia convencional, é

interessante notar que somente neste caso, quando o cliente não possui verba

suficiente que as agências se preocupam em oferecer mídias de baixo custo para

seus clientes.

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121

“ O que realmente importa num plano de comunicação é se você vai ou não atingir o seu objetivo final que é vender, seja a imagem da empresa, conceito, produto ou serviço.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA D)

8.3 Você já realizou alguma ação diferenciada, além das mídias convencionais

para seu cliente? Dê exemplo.

As agências A, B, D, E e F afirmaram que já realizaram ações

diferenciadas para os seus clientes, porém, a agência F acrescenta que muitas

vezes eles se deparam com a insegurança dos clientes diante de ações ousadas.

O entrevistado da agência B aponta que utiliza sempre que possível

e necessário, ações de marketing direto e de relacionamento, “ Nada de muito

ousado ou fora do tradicional, mas completamente fora da mídia”, segundo o

entrevistado.

A agência C comenta sobre a dificuldade encontrada quando tenta

oferecer ações ousadas para seus clientes:

“Na cidade de Foz do Iguaçu é um pouco complicado tentar ousar pois, aqui ainda se possui muito o apego pelo convencional. Há uma certa resistência para ações ousadas e diferenciadas.”

( ENTREVISTADO AGÊNCIA C)

De acordo com exemplos de ações diferenciadas, a agência A cita

sobre uma ação onde o meio utilizado foi o marketing de proximidade, utilizando o

sistema via Bluetooth no shopping de Foz do Iguaçu, no Latino Ware e na feira da

ABAV. Outros exemplos que o entrevistado aponta foi a utilização da mídia

alternativa como o mobiliário urbano, mobiliário de esquina e peça de teatro.

A agência B cita como exemplo de ação diferenciada, a participação

através de parceria de uma empresa fabricante de tênis para skatistas o qual,

Page 122: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

122

organizou um time de skatistas e biker,s para que estes fossem de cidade em cidade

divulgando o esporte e consequentemente os produtos da empresa.

Segundo a agência D uma ação diferenciada que a agência criou foi

para o primeiro Show da Banda Chimaruts em Foz do Iguaçu onde, foi distribuído

bolachas para chopp com frases e provérbios de Martin Luther King e Einstein com o

conceito de curtir a vida e a liberdade, estes temas são transmitidos nas músicas e

pelas pessoas que curtem a música reggae.

A agência E aponta como exemplo, uma ação o qual a agência

contratou duas mulheres da classe C, para falarem com o público da classe C dentro

de ônibus exaltando uma determinada loja e mostrando alguns produtos tirados da

sacola com o logotipo da empresa.

8.4 E em relação a alguma ação de baixo custo? Dê exemplos.

Todas as agências, com exceção da agência C já realizaram ações

de baixo custo , dentre os exemplos cada agência apontou as seguintes ações:

a) Agência A: Durante o Iguassu Fashion promovido pelo CDI, foi

feita uma camiseta escrita: a agência que está na moda e

boné, os funcionários da agência foram ao desfile usando a

camiseta. Essa ação teve uma ótima repercussão, com

entrevistas e notas no jornal. A agência já realizou ações de

marketingshare, em eventos da cidade a respeito da própria

agência. Porém, para os clientes a agência ainda não realizou

nada muito notório, os mais relevantes foram anúncios de

oportunidades com data comemorativa, como por exemplo do

Page 123: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

123

dia do trabalhador e do aniversário de Foz para alguns clientes

e as ações em bluetooth e youtube.”

b) Agência B: Durante a campanha eleitoral municipal, devido ao

fato de estarem proibidos brindes, a agência criou um apelo

visual na forma de fita verde para ser usado no pulso, sem

nada escrito e sem nenhum tipo de divulgação a fita foi

rapidamente reconhecida como elemento do partido.

c) Agência D: o exemplo da bolacha no Show da Banda Chimarruts

foi apresentado pelo entrevistado como uma ação de baixo

custo, segundo ele o custo da impressão das bolachas foi muito

baixo e a distribuição foi realizada por contatos e pessoas que

trabalharam em troca do ingresso do show.

d) Agência E: citou como exemplo de uma ação de baixo custo, a

ação o qual foram contratas duas mulheres para falarem dentro

do ônibus sobre uma determinada loja da cidade.

e) Agência F: respondeu que a agência já realizou ações de baixo

custo usando o marketing viral mas, não quis citar exemplo.

Nota-se que tanto a agência A como a agência F já realizaram ações

de baixo custo usando o sistema via Bluetooth. A agência C foi a única que não

realizou nenhuma ação de baixo custo para os seus clientes.

8.5 Os resultados dessas ações foram positivos?

Todas as agências, com exceção da agência C o qual não

mencionou nenhuma ação de baixo custo, afirmaram que as ações tiveram

resultados positivos.

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124

“ O que notamos foi que as pessoas começaram a perceber o “plus” a mais na marca, ações diferentes, caras diferentes acabam gerando expectativa sobre o que será feito no próximo mês” (ENTREVISTADO AGÊNCIA A) “ Sim, pois como era uma campanha com poucos recursos financeiros, está ação criou um tipo de identificação entre os simpatizantes da campanha.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA B) “ O resultado foi um público bem acima do esperado do cliente. A ação com a bolacha se tornou boa, porque quem recebia normalmente elogiava a idéia de não receber o tradicional flayer de festas e aproveitava para interagir com as outras pessoas que recebiam frases diferentes. O resultado foi considerado muito bom porque o nosso objetivo era mesmo gerar curiosidade e interação do público com o produto que estava sendo divulgado” (ENTREVISTADO AGÊNCIA D)

8.6 O seu cliente demonstrou interesse em realizar novas ações como esta?

As agências B, D e E afirmaram que os clientes demonstraram

interesse em realizar ações novamente, segundo a agência B o cliente pretende

realizar a mesma ação utilizando a fita no pulso na próxima campanha política, a

agência D comenta que após essa ação já realizou mais duas ações para o mesmo

cliente.

Por outro lado, o entrevistado da agência F aponta que os clientes

preferem não correr o mesmo risco, usando uma ação semelhante. O entrevistado

da agência A utiliza o mesmo argumento:

“ Ainda estamos tentando uma cultura de publicidade e comunicação integrada com os clientes de Foz, portanto fica difícil trazer novidades já de cara mas, estamos avançando.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA A)

8.7 O que você sabe sobre marketing de guerrilha? Você considera

interessante ou eficaz?

Todas as agências entrevistadas, têm conhecimento a respeito do

termo marketing de guerrilha. O entrevistado da agência A mostrou-se íntima a

respeito do tema:

Page 125: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

125

“Sou fascinada pelo Marketing de Guerrilha, embora como profissional venha tentado utilizar apenas a poucos anos. O conceito de idéia criativa, diferenciada, com baixo custo, direcionada e focada, pra mim é o futuro da comunicação. Quando mais próximo do consumidor, pouco convencional, e mais personalizado, surpreendente for a ação de comunicação, mais resultado teremos.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA A)

Segundo a agência B, o marketing de guerrilha é mais interessante

do que eficaz, o entrevistado argumenta que ele é extremamente necessário e, em

alguns casos é a única forma de atingir o público – alvo.

Para a agência C, o marketing de guerrilha é a opção que os

pequenos anunciantes encontraram para ser sobressair aos concorrentes gigantes,

tem com características ações de baixo custo, direcionada a um nicho do mercado

muito mais flexível que as grandes campanhas e de alto impacto.

O entrevistado da agência D argumenta que marketing de guerrilha,

tem como principal foco surpreender, segundo a agência esse recurso é utilizado por

empresas que precisam interagir ou intrigar as pessoas com ações diferenciadas.

“O efeito surpresa cauda um ótimo impacto, o público não esperava, não criou uma pré-resistência a mensagem.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA D)

A agência F define o marketing de guerrilha como ações inovadoras,

marcantes que fazem com que a marca fique na mente do consumidor, porém, o

entrevistado da agência F assim como o entrevistado da agência C acreditam que a

eficácia do marketing de guerrilha depende do produto oferecido.

Nota-se que as agências C e D consideram o marketing de guerrilha

um sistema utilizado apenas por empresas com pouca renda, eles não acreditam

que o marketing de guerrilha pode ser usado por uma empresa grande.

Page 126: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

126

8.8 O que é para você marketing de guerrilha?

Todas as agências entrevistadas souberam expressar o que é o

marketing de guerrilha para elas. Para responder a essa pergunta, a agência A

demonstrou o marketing de guerrilha da seguinte forma:

“ Qualquer estratégia pensada, com base em um diagnóstico real da problemática da comunicação, que utiliza métodos poucos convencionais, criativos de alto impacto no público, com baixo custo.“ (ENTREVISTADO AGÊNCIA A)

Segundo a agência B, o marketing de guerrilha no ponto de vista da

agência é:

“ Um marketing que é feito de forma concentrada em lugares definidos por um período de tempo definido. Acho que a sua principal característica é a força com que se apresenta e a forma surpreendente com que atinge o coração e a mente do público-alvo.”

(ENTREVISTADO AGÊNCIA B)

Para as agências D e E, o marketing de guerrilha são ações criativas

inovadoras e de grande impacto.

Como exemplo o entrevistado da agência A, citou a ação do

desodorante do Axé, o qual foi colocado meninas nas varadas da cidade de São

Paulo comendo de forma sensual chocolate, o entrevistado ainda acrescenta que a

ação teve uma continuidade com o comercial exibido pela Tv como apoio ao

marketing de guerrilha, segundo o entrevistado essa junção fez com que o marketing

de guerrilha se tornasse a mídia principal. A agência C, apontou como exemplo o

bar Park City na cidade de Foz do Iguaçu que não criou nenhuma publicidade para a

sua divulgação, mas, cresceu através do boca-a-boca por seu direcionamento com

os primeiros clientes que chegaram no bar, o qual disseminaram a novidade e o bom

atendimento para outras pessoas.

Page 127: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

127

8.9 Quais desses exemplos você considera marketing de guerrilha:

a) Agência A: youtube, web 2.0, wikipédia, podcast, orkut, blog, ação

diferente nas ruas, marketing viral, flickr, sms.

b) Agência B: eventos, youtube, endomarketing, msn, orkut,

amostras, blog, ação diferente nas ruas, propaganda boca-a-boca,

marketing viral, twitter, MySpace.

c) Agência C: eventos, youtube, msn, orkut, blog, ação diferentes nas

ruas, propaganda boca-a-boca.

d) Agência D: eventos, youtube, podcast, orkut, amostras, blog, ação

diferente nas ruas, propaganda boca-a-boca, marketing viral flickr,

sms.

e) Agência E: ação diferente nas ruas, propaganda boca-a-boca,

marketing viral.

f) Agência F: amostras, ação diferente nas ruas, propaganda boca-a-

boca.

Nota-se que dentre as ferramentas citadas, a mais marcada é a

ação diferente nas ruas logo depois, vem a ferramenta do boca-a-boca em seguida

youtube, orkut, blog, viral e podcast, flickr e msn.

É importante ressaltar que nenhuma das ferramentas de marketing

de guerrilha deixou de ser marcada, independente da quantidade de marcações por

outro lado, existem três ferramentas que foram marcadas mas, não se enquadram

como ferramenta de guerrilha tais como: o endomarketing, amostras e eventos.

Page 128: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

128

8.10 Caso a agência já tenha usado alguma dessas ferramentas, de que forma

foi usada a ferramenta (s)?

Todas as agências já realizaram alguma ação usando as

ferramentas que foram marcadas acima, menos as agências E e F

a) Agência A: bluetooth, o youtube para promover os comerciais da

agência, o flickr para expor o portfolio. A agência pretende utilizar

um blog integrado com a Web 2.0.

b) Agência B: eventos, blitz nas ruas, endomarketing.

c) Agência C: eventos participando como relações públicas, que

interagem com todos e disseminar a marca, o orkut para

promoção de uma festa.

d) Agência D: ação diferente nas ruas, orkut e propaganda boca-a-

boca.

As ferramentas de marketing de guerrilha usadas pelas agências

são as seguintes: Youtube, Flick, Blog, ações diferente nas ruas, orkut e boca-a-

boca dentre essas ferramentas as mais usadas foram o orkut e as ações diferente

nas ruas.

8.11 Você acredita que essa ferramenta usada foi eficiente?

A respeito dessa pergunta, todas as agências responderam que as

ferramentas usadas conseguiram trazer resultados positivos.

8.12 O que você sabe sobre Blog?

Todas as agências entrevistadas demonstraram conhecimento sobre

a ferramenta de marketing de guerrilha Blog. O entrevistado da agência A,

Page 129: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

129

demonstra um conhecimento bem claro a respeito da ferramenta, segundo o

entrevistado ele mesmo possui um blog o que comprovo o porquê do entendimento

da agência a respeito do assunto:

“Tenho quatro blogs, sou apaixonado por blogs. Todos podem ser colunistas, expor suas idéias, ganhar dinheiro com isso e contribuir para o acervo de conhecimento humano. É um máximo.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA A)

A agência B, define o blog como uma ferramenta disponível na

internet para a divulgação de textos e imagens, o entrevistado aponta que a

ferramenta é extremamente democrática, pelo fato de qualquer pessoa expressar

sua opinião sobre qualquer assunto.

Para a agência C, o blog é uma ferramenta de grande extensão

onde é possível praticar o marketing de relacionamento com grande facilidade. De

acordo com a agência D, os blogs funcionam como páginas na web, onde pessoas

podem escrever sobre determinados assuntos e trocar informações e opiniões com

outras pessoas. Segundo ele:

“Uma ferramenta muito utilizada por jornalistas, para escrever e difundir idéias que são as de interesse pessoal, o que acontece normalmente fora da empresa onde trabalha. Empresas e personalidades também estão fazendo uso desta ferramenta para interagir com seus públicos e formar opinião.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA D)

A agência E, define o blog como comunicação e transmissão

mediada pela internet e, a agência F considera o blog como uma nova ferramenta

livre muito usada para o marketing vira, expressar opiniões, costumes e moda.

8.13 Caso conheça, você usaria essa ferramenta para comunicação? Por quê?

Todas as agências responderam que usariam o blog como

ferramenta para a comunicação. Para a agência A, o blog é a inovação, fácil de usar

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130

e geram resultados surpreendes por isso usariam como comunicação, a agência B

também respondeu que sim, porém usaria com algumas reservas, pelo fato de estar

disponível para qualquer um, no ponto de vista da entrevistada essa disposição

acaba poluindo o espaço virtual, já a agência C, usaria a ferramenta por ela

possibilitar a interação entre o emissor e o receptor da mensagem.

A agência D, afirma que usaria o blog pela fato de ser uma

ferramenta que pode ser utilizada para formar opinião, e interagir com os clientes e

pessoas que se interessam pelo mesmo assunto, a agência E argumenta que usaria

pelo fato de que sempre terá público segmentado com o mesmo interesse e a

agência F, acredita que o blog faz parte de um aglomerado de alternativas de mídias

que toma o objetivo da comunicação mais eficaz.

8.14 E sobre o Youtube?

Todas as agências entrevistadas já ouviram falar a respeito do

Youtube. A agência A, acredita que o Youtube oferece mais possibilidades para

comunicação do que as pessoas imaginam, assim como o Blog, o entrevistado

considera a ferramenta inovadora, fácil de usar e geradora de resultados

surprerendes.

“O máximo do youtube é que pode ser acervo de vídeos, janela publicitária, veículo de comunicação, portfolio, 5 minutos de fama, vídeo-aula, entre milhares de outros usos. Eu acho que ainda não se descobriu nem um terço das possibilidades.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA A)

Porém, a agência B não considera o Youtube como ferramenta de

marketing de guerrilha porque em sua opinião é mais “uma ferramenta da internet”.

As agências C e D argumentam que o site é uma mídia barata, praticamente sem

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131

custos e com uma grande visibilidade, segundo a agência D o site é uma boa opção

como gerador do marketing viral.

Nota-se a definição interessante, que a agência F fez a respeito do

youtube, de acordo com o entrevistado o site “é a bola da vez” porque ninguém que

ele conhece navega menos que 15 minutos na internet, o que denota o sucesso do

site entre os usuários.

8.15 Caso conheça, você usaria essa ferramenta para comunicação? Por quê?

Todas as agências responderam que usariam o Youtube como

ferramenta de comunicação. A agência B,argumenta que usaria o site devido ao seu

sucesso na internet assim como, por ser uma ferramenta gratuita. Segundo agência

D, o principal motivo que o leva a usar o youtube como ferramenta, é a possibilidade

de gerar uma ação marketing viral.

8.16 A sua agência já realizou alguma ação que você poderia definir como

ferramenta de guerrilha?

Todas as agências responderam que já realizaram ações que

poderiam definir como ferramenta de guerrilha, porém, a agência A acredita que não

realizou nenhuma ação com a intenção de classificar como marketing de guerrilha

segundo o entrevistado, a mais ação mais próxima foi através do uso do sistema via

bluetooth.

Segundo a agência B, eles desenvolveram várias ações desde

realizações de Blitz e eventos até a divulgação através do Youtube, Orkut, MSN e

MySpace, nota-se aqui a primeira agência a citar a rede social do MySpace.

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132

8.17 Você já propôs o uso de marketing de guerrilha e suas ferramentas para o

seu cliente? Se sim, dê exemplos de qual ferramenta foi apresentada.

a) Agência A: Bluetooth para o shopping JL, o uso do youtube para

b) Agência B: Orkut, msn, youtube, myspace

c) Agência C: Orkut

d) Agência D: Blog, orkut e propaganda boca-a-boca

e) Agência E: ação nas ruas

f) Agência F: ação nas ruas

Dentre as ferramentas que foram propostas, a mais citada foi o

orkut, seguida de youtube e ações nas ruas e depois, o blog.

8.18 Quando propôs essa ferramenta, qual foi a opinião do cliente?

Segundo a agência A, o cliente gostou da idéia mas, não entendeu

benéficos, para a agência B o cliente aparentou um comportamento com um pouco

de receio e curiosidade, na agência D por se tratar de uma pessoa jovem e com

conhecimento a respeito das ferramentas a ação foi aceita de forma imediata, vale a

pena dar uma ênfase aqui na questão de que os clientes jovens tem uma maior

tendência para aceitar a proposta de novas mídias do que, clientes mais velhos que

preferem não mudar, já a agência E , o cliente aceitou de imediato, na agência F o

cliente não aceitou por achar que não seria eficaz.

8.19 O que você considera como dificuldade ao propor o uso do marketing de

guerrilha para seus clientes?

Segundo a agência A, o cliente não consegue ter a percepção dos

benefícios, o entrevistado acredita que o cliente precisaria de uma demonstração

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133

para entender melhor, na agência B a não aceitação do consumidor se dá ao fato do

cliente não confiar na ferramenta, para a agência C assim como para a agência F,

acreditam que os clientes de Foz do Iguaçu tem medo de inovar e mudar, o que

acaba limitando o trabalho da agência, segunda ela:

“Há uma cultura muito presa nos empresários desta cidade, que tem medo do que é novo, medo de se arriscarem. E acabamos, nós como agências nos limitando em ações convencionais. Por mais que há a criação de boas idéias, idéias inovadoras, mas que são muito difíceis de serem aceitas.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA C)

A agência D acredita que a falta de conhecimentos das ferramentas

por parte dos anunciantes é o elemento que não permite a sua aceitação.

8.20 Qual das ferramentas do marketing de guerrilha, você considera como a

mais fácil na aplicação para seus clientes?

a) Agência A: youtube, blogs, móbile marketing, ações de PDV e

ações nas ruas.

b) Agência B: Blitz

c) Agência D: eventos, boca-a-boca e ação nas ruas

8.21 Você acredita que a utilização do marketing de guerrilha pode ser um

diferencial da sua agência?

Todas as agências, com exceção da agência E consideram que

pode ser utilizada como diferencial.

“ Não só acredito como pretendo que seja, pretendo ter uma área de marketing de guerrilha assim que possível.” (ENTREVISTADO AGÊNCIA A)

A agência B, acredito que sim, mas, sempre associado também com

as mídias tradicionais, segundo a agência D isso será um diferencial de qualquer

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134

empresa que souber tirar aproveito, de acordo com a agência F, cabe ao publicitário

convencer o seu cliente que isto é uma ótima ferramenta.

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135

9- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa realizada comprovou-se que as agências de

publicidade de Foz do Iguaçu possuem conhecimento a respeito do marketing de

guerrilha e de suas ferramentas citadas neste trabalho, apesar de algumas se

confundirem sobre quais ferramentas elas consideravam marketing de guerrilha.

De modo geral, as agências demonstraram-se satisfeitas com os

resultados das ações utilizando as ferramentas de guerrilha e do resultado das

ações o qual julgam “marketing de guerrilha”. Para essas agências o sucesso

dessas ações ocorreu devido ao baixo custo, a surpresa que criaram perante o

consumidor e a repercussão causada.

No entanto, nesta análise também é comprovada a importância que

as agências dão às mídias convencionais, devido ao fato da maioria dos clientes

ainda se sentirem inseguros quanto ao uso de ações diferentes. Para a maioria isso

ocorre pela falta de conhecimento dessas ferramentas e porque os clientes não

conseguem ver os benefícios das novas mídias.

Conclui-se que a as agências de Foz do Iguaçu estão atualizadas e

modernas a respeito das novas tendências do mercado e, conseguem ver as

vantagens do marketing de guerrilha, no entanto, não podem, pelo menos até o

momento, expandir a utilização destas novas ferramentas, devido ao descrédito dos

clientes, conforme citado.

Apesar desses elementos, fica evidente o profissionalismo destas

agências, formando um mercado profissional com posicionamento de inovação,

criatividade e atitude.

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136

Os fatos sugerem também a necessidade de se reeducar os clientes

de Foz do Iguaçu, para que os mesmos venham a conhecer e assimilar as novas

mídias, podendo, assim, auferir os benefícios das mesmas.

Page 137: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

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Page 148: O uso do Marketing de Guerrilha em Foz do Iguaçu

148

APÊNDICE A

Pesquisa Qualitativa Data e local de realização: Hotel Foz do Iguaçu / 17 de setembro de 2008 Evento: Jantar Beneficente da Campanha 15 anos alimentando a vida Pesquisa para identificar o conhecimento e o uso de marketing de guerrilha e o uso de suas ferramentas pelas agências de Foz do Iguaçu. Problema: Como o marketing de guerrilha é um termo novo, algumas agências poderiam não usar o marketing de guerrilha e suas ferramentas no plano de comunicação. Pelo fato de Foz do Iguaçu ser uma cidade pequena, o objeto de estudo poderia ser desconhecido por parte desses profissionais. Objetivos Primário: Analisar o conhecimento e o uso de marketing de guerrilha e suas ferramentas pelas agências de publicidade de Foz do Iguaçu. Secundário: Identificar o uso de novas mídias por parte das agências de publicidade assim como, estudar o grau de preocupação dessas agências em inovar seus serviços para os clientes.

Olá, meu nome é Pricilla Abrantes e estou concluindo este ano o curso de Publicidade e Propaganda por isso, escolhi como tema da Monografia para a conclusão do curso Marketing de Guerrilha para realizar essa pesquisa selecionei as mais importantes Agências de Publicidade da cidade de Foz do Iguaçu para responder este questionário abaixo. Desde já agradeço a sua atenção e sua contribuição para o meu trabalho, obrigado! Roteiro de Pesquisa

1- Qual é a sua opinião em relação às mídias convencionais?

2- Você acredita que as mídias convencionais, por exemplo: rádio, TV, são essenciais para qualquer plano de comunicação?

3- Você já realizou alguma ação diferenciada, além das mídias convencionais para seu

cliente? Dê exemplo.

4- E em relação a alguma ação de baixo custo? Dê exemplos.

5- Os resultados dessa ação foram positivos?

6- O seu cliente demonstrou interesse em realizar novas ações como esta?

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7- O que você sabe sobre marketing de guerrilha? Você considera interessante ou eficaz?

8- O que é para você marketing de guerrilha? Dê exemplos.

9- Quais desses exemplos você considera marketing de guerrilha?

( ) outdoor ( )orkut ( ) mala-direta ( ) amostras ( ) busdoor ( ) blog ( ) eventos ( ) promoção

( ) youtube ( ) ação diferente nas ruas ( ) telemarketing ( ) propaganda boca-a-boca ( ) merchandising ( ) marketing viral ( ) web 2.0 ( ) anúncio em Tv a cabo ( ) Wikipédia ( ) Flickr ( ) Poadcast ( ) SMS ( ) Endomarketing ( ) Twitter ( ) MSN ( ) MySpace

10- Caso a agência já tenha usado alguma dessas ferramentas, de que forma foi usada a ferramenta (s) ? 11- Você acredita que essa ferramenta (s) usada foi eficiente?

12- O que você sabe sobre o Blog? 13- Caso conheça, você usaria essa ferramenta para comunicação? Por quê? 14- E sobre o Youtube? 15- Caso conheça, você usaria essa ferramenta para comunicação? Por quê? 16- A sua agência já realizou alguma ação que você poderia definir como marketing de

guerrilha?

17- Você já propôs o uso de marketing de guerrilha e suas ferramentas para o seu cliente? Se sim, dê exemplo de qual ferramenta foi apresentada.

18- Quando você propôs essa ferramenta, qual foi a opinião do cliente?

19- O que você considera como dificuldade ao propor o uso do marketing de guerrilha

para seus clientes?

20- Qual das ferramentas do marketing de guerrilha, você considera como a mais fácil na aplicação para seus clientes?

21- Você acredita que a utilização do marketing de guerrilha pode ser um diferencial de

sua agência?

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150

ANEXO A Campanha política Barack Obama

O candidato à presidência americana Barack Obama mudou o jeito

de produzir uma campanha política e se tornou o exemplo de um político 2.0. O

candidato se aproveitou de todos os recursos da web 2.0 para realizar a sua

campanha que provocou uma peque grande revolução na maneira de fazer uma

campanha política, ou melhor, na maneira de fazer comunicação.

A diferença está no uso de recursos da web 2.0 como faz o time de Obama, o que está muito além de manter um blog no ar. E o timing é perfeito, no momento em que os internautas do mundo inteiro já estão mais escolados com a web e clamam por interatividade. WEBINSIDER4(http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/02/11/barack-obama-e-exemplo-de-politico-20/- acessado dia 23/11/2008 às 03h57m).

[...] a campanha épica do candidato Barack Obama foi capaz de fazer no ambiente online e nas novas mídias em geral, ao mesmo tempo que influenciou permanentemente a linha que divide online e offline e atingiu a cultura pop. BRAINSTORM 9 disponivel em (http:www.brainstorm9.com.br/2008/11/04/barrack-obama-o-candidato-que-mudou-mais-do-que-uma-eleicao/ - acessado dia 22/11/2008 às 03:51m)

O candidato Barack Obama se tornou um estudo de caso porque, é

a demonstração do novo, inovador, diferente e atrativo o candidato se tornou a nova

imagem global na Era Digital.

Obama estava em todos os lugares na Internet, ele participou das

comunidades em redes sociais, inseriu vídeos no youtube, causou o efeito do

marketing viral, conseguiu apoio voluntário de artistas que criaram um tributo ao

candidato através de um vídeo no youtube o qual se resultou em mídia espontânea

e buyzzmarketing entre os usuários. Ele mudou a forma como as mídias sociais

eram vistas pelo mundo, mostrou como as redes socais podem decidir uma

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151

campanha. A campanha e-marketing 2.0 realizada pelo candidato Barack Obama é

fantástica e inovadora no marketing político no mundo, ele fez mais o do que

anunciar ele aproveitou as ferramentas da web 2.0 e persuadiu que o público

participasse da campanha.

E mais do que simplesmente anunciar, foi uma campanha que reescreveu as regras de como atingir os eleitores, arrecadar dinheiro, organizar voluntários, monitorar e moldar a opinião pública, além de lidar com ataques políticos, muitos deles feitos por blogs que nem existiam há quatro anos atrás. BRAINSTORM 9 disponivel em (http:www.brainstorm9.com.br/2008/11/04/barrack-obama-o-candidato-que-mudou-mais-do-que-uma-eleicao/ - acessado dia 22/11/2008 às 05:01Am)

Com as redes sociais o sucesso não foi diferente, Barack Obama

usou as redes sociais através da criação de perfis no Twitter , no MySpace, no Flickr

e no Orkut para trabalhar com o nicho de mercado, através dessa ação o candidato

conquistou o apoio dos jovens criando uma conexão direta e intima desse público foi

nessa ação que se pode observar a inteligência da campanha de Obama porque ele

foi aonde o público estava e nunca ninguém tinha feito isso antes.

Com essa campanha 2.0, Barack Obama conquistou um verdadeiro exército de eleitores jovens, todos empolgados em militar a favor de sua moderna campanha. Não vou entrar no mérito do conteúdo, mas a forma é realmente uma mudança que pode influenciar as próximas campanhas. Dentro e fora dos Estados Unidos. WEBINSIDER4(http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/02/11/barack-obama-e-exemplo-de-politico-20/- acessado dia 23/11/2008 às 03h45m). [...] os números parecem baixos se comparados ao alcance de uma mídia de massa, mas formam uma comunidade de pessoas que fazem diferença, que são altamente multiplicadoras e influenciadoras. WEBINSIDER disponível em http://webinsider.uol.com.br/index.php/2008/02/11/barack-obama-e-exemplo-de-politico-20/- acessado dia 23/11/2008 às 05:00 am).

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De acordo com o Blog Digimarketing News disponível em

(http://blogs.abril.com.br/digimarketingnews/2008/11/eleicoes-nos-eua-campanha-

barack-obama.html - acessado dia 23/11/2008 às 11h09m) o uso das redes sociais

na campanha foi uma excelente estratégia devido aos seguintes fatores:

• Menor preço

• Maior alcance X tempo

• Relacionamento e retenção

• Viralização

A viralização diz respeito ao marketing viral que foi realizando pelos

usuários para a campanha de Barack que receberam vários incentivos através site

colaborativos como Blogs, comunidades e outros contendo conteúdos

segmentados, e com todo o suporte necessário para criar um marketing viral, o

internautas de forma voluntário contribuíram com variados conteúdos que tiveram

uma importância fundamental para a campanha do candidato na internet.

Segundo o site Tecnologiasa o uso dessas ferramentas da web 2.0

contribuíram também o custo da campanha que apesar se ter sido imenso, as redes

sociais foram ações tiveram um custo inferior das mídias tradicionais e muitas vezes

sem custo algum.

[...] o bom aproveitamento da Internet pelo staff de Obama ajudou a reduzir os custos de sua campanha. Claro que milhões foram gastos nos sites oficiais e na rede social, MyBarackObama.com, mas grande parte dos esforços online foram de custos muito baixos, alguns até gratuitos. Usando plataformas abertas como o Facebook, MySpace e o YouTube, eles se comunicaram com os mais jovens de uma maneira nunca antes efetuada na política com custos extremamente baixos e resultados que muito melhores do que os das mídias tradicionais. TECNOLOGIASA disponível em : (http://tecnologiasa.com.br/2008/11/06/como-o-obama-venceu-com-a-internet/ - acessado dia 23/11/2008 às 11h22m)

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153

Outro fator que o site aponta é a possibilidade de ter um melhor

acompanhamento durante a campanha através das redes sociais, o candidato pode

ver no mesmo instante aonde estão os melhores resultados, reinvestir e melhor o

que não está funcionando, tudo baseado em dados reais e em tempo real

Através da ferramenta Twitter Barack Obama foi capaz de trocar

idéias de maneira muito rápida com o público, responder aos desafios emergentes

as sociedade, atualizar de forma constante noticias a respeito da campanha e suas

propostas. O site Fique Rico (http://www.fique-rico.com/2008/11/10/o-que-barack-

obama-lhe-pode-ensinar-sobre-marketing-social-e-suce - acessado dia 23/11/2008

às 10h44m) o candidato conseguiu 120.000 pessoas para o seguirem na rede social.

http://twitter.com/BarackObama

Através da rede social MySpace o político propôs seus planos para o

governo com inserção de vídeos e textos, respondeu dúvidas dos usuários,

disponibilizou o currículo profissional, a biografia, criou e recebeu enquetes a

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154

respeito de propostas,ajudou Obama a arrecadar verba para a campanha na web,

recebeu apoio dos usuários e outros. Em sua página oficial o candidato possui hoje

mais de 1.040.861 amigos.

www.myspace.com/barackobama

No Blog Mais Legal (http://www.maislegal.com/2008/11/06/barack-

obama-o-presidente-da-internet/ - acessado dia 23/11/2008 às 11h55m) no Yotube

os vídeos de Barack Obama foram visto mais de 20 milhões de vezes e possui mais

de 1.100 mil músicas em homenagem ao candidato, a música da campanha YES

WE CAN foi vista por mais de 13 milhões de pessoas e com mais de 83 mil

comentários a respeito da música. Na rede social do youtube o candidato tirou

aproveito da capacidade de exposição imediata e de criação de marketing viral que

o site possui.

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155

http://br.youtube.com/user/barackobamadotcom?ob=4

Barack Obama utilizou a rede social Flickr para postar imagens da

campanha, e dos usuários que apoiavam o candidato pedindo votos e participando

dos comícios, como fotos registradas no dia da eleição, a maioria das fotos contêm

mais de 100 comentários.

http://www.flickr.com/photos/barackobamadotcom

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O blog funcionou como uma vitrine virtual a respeito de Barack

Obama assim como, através do Blog o candidato pôde coletar opiniões das pessoas

a respeito de suas propostas, suas dúvidas e seus desejos.

http://my.barackobama.com/page/content/hqblog/

As redes sociais são ferramentas que permitem analisar,

compartilhar, agregar, categorizar, dissecar tudo quanto é tipo de informação sobre

as eleições, que além de informar estimulam a participação do usuário. Aplicativos

que não eram possíveis nas eleições passadas, e hoje são parte integrante das

mídias sociais.

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