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A USUCAPIÃO E SUA ADAPTAÇÃO A REALIDADE BRASILEIRA ISABEL ALVES DOS SANTOS ORTEGA Advogada militante na área cível, membro da Coordenadoria de Processo Civil, especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil pela Faculdade Legale, Conciliadora no Juizado Especial da Vila Prudente Coordenadoria de Processo Civil

O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

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Page 1: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A USUCAPIÃO E SUA ADAPTAÇÃO A REALIDADE BRASILEIRA

ISABEL ALVES DOS SANTOS ORTEGA

Advogada militante na área cível, membro da Coordenadoria de Processo Civil, especialista em Direito Civil e Direito Processual Civil pela Faculdade Legale, Conciliadora no Juizado Especial da

Vila Prudente

Coordenadoria de Processo Civil

Page 2: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A Usucapião é uma forma do possuidor, desde que

preencha os requisitos previstos em lei, de adquirir a

propriedade de bens móveis ou imóveis por sentença

declaratória de aquisição de propriedade por não

preencher os requisitos previstos em lei para a aquisição

da propriedade pelas formas comuns.

Page 3: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

“Usucapio est adjectio dominii per continuationem possessionistemporis lege definit”, ou, o modo de adquirir a propriedade pelaposse continuada durante certo lapso de tempo, com os requisitosestabelecidos na lei.

A este conceito acrescentaríamos, como Lenine Nequete, que ousucapião não é apenas um modo de aquisição de direito depropriedade, mas, também, de outros direitos reais, passíveis deserem objeto de posse continuada. (PINTO, 1987, p. 46).

Page 4: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A palavra usucapião vem do latim, “usucapio”, é modo de adquirir a

propriedade pelo uso prolongado, adquirir a propriedade pela posse.

Usucapião – Do Latim, usucapio – capitação ou aquisição pelo

uso prolongado. Modo originário de aquisição da propriedade,

não depende da vontade do titular anterior, pela posse mansa e

pacífica de alguém com ânimo de dono, por tempo determinado,

sem interrupção e sem oposição. (GUIMARÃES, 1995, p. 539).

Page 5: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Alguns doutrinadores trazem a palavra no gênero masculino e outros,

no gênero feminino.

O Código Civil de 1916 trazia a palavra no gênero masculino.

O Código Civil de 10 de janeiro de 2002, na Seção I, do Capítulo II,

que trata da aquisição da propriedade imóvel, traz a grafia no feminino,

“Da usucapião”.

No Novo Aurélio, dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque

de Holanda, diz que a palavra é um substantivo feminino e vem do

latim, substantivo feminino, “Modo de adquirir propriedade móvel ou

imóvel pela posse pacífica e ininterrupta da coisa durante certo tempo.

Prescrição aquisitiva.” (HOLANDA, 1999, p. 2038).

Page 6: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A natureza da aquisição por usucapião é originária tendo

em vista que independe de transmissão pelo proprietário

anterior para o possuidor, basta que este preencha os

requisitos previstos em lei e seja declarada por sentença a

aquisição da propriedade por usucapião.

A jurisprudência, inclusive o STF, também é dominante

nesse sentido.

Page 7: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A usucapião especial urbana coletiva foi criada pela Lei Federal

nº 10.257 de 10 de julho de 2001, denominada Estatuto da

Cidade.

Artigo 10 As áreas urbanas com mais de duzentos e cinquenta metros quadrados,

ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos,

ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos

ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente,

desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural

Page 8: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Regulamentar os artigos 182 e 183 da Constituição Federal;

Resolver o problema de moradia nos grandes centros urbanos onde

pessoas vivem em barracos construídos em terrenos irregulares sem

que tenham condições de identificar e individualizar os lotes, sem

infraestrutura e principalmente sem condições de adquirirem a

propriedade do imóvel por escritura pública e registro no Cartório de

Registro de Imóveis competente e que também não tem não tem

condições de adquirir pela usucapião prevista no Código Civil ou na

Constituição Federal.

Page 9: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Criou nova modalidade de usucapião, a usucapião especial urbana

coletiva, além de regular a usucapião especial prevista no artigo 183

da Constituição Federal;

Limitação dos poderes e faculdade do proprietário, desenhando um

novo conceito de propriedade com o objetivo de que a propriedade

evolua em relação à propriedade romana e se torne acessível a todos

os cidadãos.

Page 10: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A usucapião coletiva tem o caráter urbanístico e

visa o de desenvolvimento econômico e social das

regiões metropolitanas

Beneficia comunidades de baixa renda que vivem

em aglomerados, em barracos e representa uma

inovação no sistema de aquisição de propriedade

pela usucapião.

Page 11: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Área particular ocupada de forma coletiva pelas pessoas

que construíram moradias precárias ou barracos;

Não tem limite máximo de tamanho, apenas limite

mínimo de tamanho da área que não pode ser inferior a

duzentos e cinquenta metros quadrados.

Page 12: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Segundo José dos Santos Carvalho Filho, a usucapião coletiva é uma

adaptação do instituto antigo a nova realidade e mesmo se tratando de

um instituto do direito privado vem sendo disciplinado por outros

diplomas legais.

Instituto típico do direito privado, por inerente ao direito de

propriedade, o usucapião tem sido contemplado tradicionalmente

na legislação civil, e mais especificamente no Código Civil. Mas a

evolução das relações sociais tem obrigado a que diplomas de

outras disciplinas, até mesmo a Constituição, estabeleçam regras

pertinentes ao instituto. (CARVALHO FILHO, 2009, p. 122).

Page 13: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Os possuidores são representados por uma associação

regularmente constituída, conforme artigo 54 do Código

Civil e autorizada pelos possuidores;

A aquisição por usucapião especial urbana coletiva será

para todo o grupo de pessoas que exerçam a posse

direta de forma ininterrupta e sem oposição;

Page 14: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Os beneficiários não podem ser proprietários de outro

imóvel urbano ou rural e ainda, não poderão ter o direito à

usucapião coletiva mais de uma vez.

Os possuidores se tornam condôminos formando um

condomínio especial;

A área ocupada deve ter mais de duzentos e cinquenta

metros quadrados;

Os possuidores devem ser pessoas de baixa renda;

Page 15: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A usucapião coletiva tem caráter urbanístico e visa a

justiça social;

O rito processual é o sumário, independentemente do

valor do imóvel, (artigo 14 do Estatuto da Cidade);

A usucapião pode ser invocada em matéria de defesa e a

sentença vale como título para o registro de imóveis;

É obrigatória a intervenção do Ministério Publico;

Proposta a ação, as ações petitórias e possessórias serão

sobrestadas enquanto não for julgada a usucapião.

Page 16: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A função social da propriedade altera o exercício

da propriedade possibilitando a utilização de

acordo com o interesse público e social evitando

que a propriedade seja utilizada de forma

individualista e sem qualquer contribuição para o

bem estar coletivo.

Page 17: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Posse utilizada para moradia dos possuidores ou

de suas famílias, por mais de cinco anos de

forma ininterrupta e sem oposição de terceiros,

esse prazo tem início com a ocupação.

Page 18: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Na sucessão a título singular, onde o possuidor transfere

a posse ao sucessor por cessão a título oneroso ou a título

gratuito, fica a critério do sucessor, unir a contagem do

prazo da posse, pois pode iniciar outra contagem da

posse, mas ao unir a posse do antecessor os vícios se

transmitirão.

Page 19: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Na sucessão a título universal a contagem do prazo não

pode ser reiniciada, pois se trata de continuação da

posse, assim os vícios transmitem-se ao herdeiro que já

residia no imóvel na data da abertura da sucessão,

(parágrafo 3º do artigo 9º do Estatuto da Cidade).

Page 20: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Carlos José Cordeiro entende que para o herdeiro

contar a posse do antecessor a título universal, não

é necessário que o herdeiro já esteja na posse do

imóvel na abertura da sucessão, mas que passe a

habitar pessoalmente a área usucapienda na

abertura da sucessão.

Page 21: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

“Trata-se de nova hipótese de legitimação “ad

causam”, que não existia antes do Estatuto da Cidade.”

(RIBEIRO, 2008, p. 994)

Page 22: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Todos os possuidores, em litisconsórcio necessário,

devem fazer parte do polo ativo, pois em muitos

casos não é possível identificar a área ocupada de

cada possuidor. Caso um só possuidor promover a

ação, deverá citar os demais possuidores, conforme

prevê o artigo 47 do Código de Processo Civil.

Page 23: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Na petição inicial, a associação deverá discriminar

todos os moradores, fazer a descrição da área e da

fração ideal de cada um, elaborar o memorial e

planta e tudo que se fizer necessário para buscar o

interesse coletivo.

Page 24: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

É obrigatória à intervenção do Ministério Público mesmo

na alegação de usucapião em matéria de defesa,

(parágrafo 1º do artigo 12 do Estatuto da Cidade).

A intervenção do Ministério Publico também está prevista

Constituição Federal, artigo 127 e no Código de Processo

Civil, artigo 81 e seguintes quando se tratar de interesse

público demonstrado pela natureza da lide ou quando se

tratar de qualidade de parte, sob pena de nulidade do

processo.

Page 25: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Para garantir o acesso à justiça, na ação usucapião

especial urbana coletiva, o legislador deixou expresso no

parágrafo 2º do artigo 12 o direito aos benefícios da

justiça, isentando de custas, despesas processuais.

Gratuidade nos honorários advocatícios.

A gratuidade será também estendida ao demandado

quando suscitar a usucapião como matéria de defesa,

desde que preencha os requisitos.

Page 26: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Para a concessão do benefício não há necessidade de

requerimento, também não há necessidade de

declaração de pobreza.

A hipossuficiência poderá ser impugnada pela outra

parte se verificar que o beneficiário não preenche a

condição de necessitado, conforme disposto no art. 4º da

Lei nº 1.060/50.

Page 27: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Garantir a publicidade e a segurança dos atos

jurídicos, conforme previsto no artigo 1º da Lei

8.935/94 que dispõe sobre os serviços notariais e de

registro regulamentando o artigo 236 da

Constituição Federal.

Page 28: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A sentença de usucapião especial urbana é um título de

propriedade, mas para servir como título hábil para o

registro no cartório de registro de imóveis a sentença deve

atender aos requisitos legais necessários ao registro tendo

em vista o interesse público do registro.

Page 29: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A sentença de usucapião tem natureza declaratória,

pois declara o reconhecimento da posse e a

aquisição de domínio da fração ideal idêntica para

cada possuidor;

Page 30: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Carlos José Cordeiro, conclui que a sentença tem

eficácia híbrida por ter natureza declaratória, ao

declarar a propriedade e, ao mesmo tempo, tem

natureza constitutiva, pois sendo atribuída

fração ideal para cada morador constitui-se um

condomínio especial.

Page 31: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Com o registro da sentença no cartório de Registro de

imóveis, a posse passa a ter efeitos constitutivos,

comprobatórios e publicitários, características do efeito

“erga omnes”.

Será aberta uma matrícula no Registro de Imóveis

competente onde constará a descrição da totalidade da

área e a fração ideal de cada condômino.

Page 32: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A improcedência na ação na usucapião coletiva

não impede que o possuidor promova outra ação

de usucapião em quaisquer das outras

modalidades de usucapião, se preencher os

requisitos.

Page 33: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A fração ideal será igual para todos os possuidores.

Fração diferenciada, quando houver acordo entre as

partes, nesse caso a sentença declarará a usucapião da

área total e homologará o acordo constando a fração de

cada possuidor.

A lei não especifica qual o limite máximo em metros

quadrados deve ser a fração ideal de cada possuidor, mas

a doutrina entende que a fração não poderá ser superior

a duzentos e cinquenta metros.

Page 34: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Com a sentença de procedência da ação de usucapião especial

urbana coletiva cria-se um condomínio especial.

O condomínio da usucapião coletiva é indivisível e não pode ser

extinto, mas o parágrafo 4º do artigo 10 do Estatuto da Cidade traz

como hipótese de extinção o caso de urbanização posterior, mas a

decisão deve ser tomada por dois terços de todos os condôminos,

desde que sejam cumulados os dois fatores, urbanização posterior e

decisão tomada por dois terços dos possuidores.

Page 35: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

É indivisível e inextinguível;

É diferente do condomínio edilício previsto na Lei 4.591/64 com

as modificações dadas pelo Código Civil artigos 1331 a 1358.

Também é diferente do condomínio voluntário previsto nos

artigo 1314 a 1330 do Código Civil.

Page 36: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A usucapião especial urbana coletiva pode ser invocada como

matéria de defesa na ação petitória ou possessória, (Artigo 13

do Estatuto da Cidade), desde que o possuidor tenha a posse

mansa, pacífica, ininterrupta e com mais de cinco anos.

O objetivo é favorecer a economia processual e de suscitar

fato impeditivo à pretensão do autor, pois o autor deixou de

exercer os poderes da propriedade deixando-a livre para o

possuidor exercer a posse como se proprietário fosse.

Page 37: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Acolhida a usucapião invocada como matéria de defesa pelo

réu, será afastada qualquer pretensão do autor referente ao

imóvel, a sentença será improcedente e será declarada a

aquisição de domínio para o réu.

Para que a sentença tenha o reconhecimento “erga omnes” se

faz necessária a intimação de todos os sujeitos de direito para

integrarem a lide.

Page 38: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

As ações petitórias ou possessórias ajuizadas após a ação de

usucapião especial urbana, relativa ao imóvel objeto da usucapião

especial urbana ficarão sobrestadas enquanto não houver o

julgamento da ação de usucapião especial urbana.

Essa suspensão é mais ampla do que a determinada no artigo 923 do

Código de Processo Civil que impede somente as ações de

reconhecimento de domínio quando houver ação possessória.

Page 39: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Código Civil trouxe grande alteração no que se refere

à usucapião, pois reduziu os prazos de vinte para

quinze anos;

Podendo ser reduzido ainda para dez anos na

hipótese do possuidor utilizar o imóvel para moradia

ou caso tenha feito obras produtivas no imóvel,

(parágrafo único do artigo 1238).

Page 40: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A usucapião extraordinária, como toda usucapião é uma forma

de aquisição da propriedade pela posse, com “animus domini”,

mansa, pacífica, ininterrupta e sem oposição. Nesse caso a

aquisição se dá pelo maior tempo de posse, (quinze anos), sem

a necessidade do justo título ou boa fé.

Prazo menor: dez anos para o possuidor que usufrui

diretamente do imóvel ou que tenha realizando obras de

caráter relevante. (Parágrafo único do artigo 1238).

Page 41: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Na usucapião ordinária, a posse também deve ser continua, com

“animus domini”, ininterrupta e sem oposição de terceiros, a lei exige

também o justo título e a boa fé.

Prazo: dez anos e não tem mais a diferença de prazos entre

presentes e ausentes. Cinco anos para os casos em que o possuidor

adquiriu de forma onerosa o imóvel que estava transcrito em registro

de Imóveis próprio, mas que teve seu registro cancelado

posteriormente, desde que o imóvel seja para moradia do possuidor ou

que o possuidor tenha investimento de caráter social e econômico,

privilegiando o conceito de posse trabalho.

Page 42: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A usucapião especial prevista no artigo 1240 do Código

Civil assegura ao possuidor a aquisição de domínio de

área urbana de até duzentos e cinquenta metros

quadrados, desde que preenchidos os requisitos previstos

em lei e que a posse do imóvel seja moradia.

Page 43: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Essa espécie de usucapião só é admitida para imóveis de

propriedade de ambos os cônjuges, quando ambos

adquiriram a propriedade por escritura pública com o

registro no cartório de registro de imóveis,

Page 44: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Além dos requisitos previstos para qualquer espécie de

usucapião, a posse deve ser direta, utilizada para moradia

do cônjuge ou da família por dois anos ou mais.

Possuidor deve ser proprietário juntamente com seu

cônjuge ou companheiro, podendo ser a propriedade em

comunhão ou em condomínio.

Page 45: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Deve haver o abandono do lar por um dos cônjuges

deixando o outro cônjuge na posse exclusiva.

O imóvel deve estar localizado em área urbana com

até 250 metros quadrados e o possuidor não pode ter

outro imóvel, urbano ou rural.

Page 46: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

A contagem do prazo de dois anos, tem início com o

abandono do lar.

O abandono do lar ficará caracterizado a partir do dia em que

o cônjuge deixou o lar em desamparado sem dar noticias de

seu paradeiro e sem tomar qualquer medida que caracterize

a manutenção da propriedade.

Abandono do lar antes da lei, a contagem do prazo se inicia a

partir de 16 de junho de 2011como prevê o artigo 12 da lei.

Page 47: O usucapião e sua adaptação a realidade brasileira

Obrigada pela atenção!

Dra. ISABEL ALVES DOS SANTOS ORTEGA

[email protected]

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