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Objetivos / Roteiro 02/05 Silvino Moreira... · 6 e Fluorapatita - Ca 10 F 2 (PO 4) 6). Chamado de “retrogradação” por Malavolta (1967). Gleba 2 (20-40) 5,0 1 24 0,1 0,05 1,3

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Objetivos / Roteiro

Relembrar os “velhos problemas do P”

(interações com íons metálicos e óxidos

de Fe/Al):Thomas Way (1850), citado por Novais et al. (2007):

“Embora retenção seja um fenômeno favorável à

utilização do P pelas plantas, o “envelhecimento”

dessa retenção, com a formação de P não-lábel,

torna-se problemático.”

Problemas P nos solos ácidos e nos

solos de fertilidade construída;

Alguns resultados de pesquisa com o

uso do P.

Papel do P na agricultura tropical

Dinâmica do fósforo no solo

X

Fixação:

Precipitação (Fosfatos

de Fe/Al e/ou Ca);

Adsorção (Ligação

covalente).

2,663867,011,510,216,791,30,050,12415,0Gleba 2 (20-40)

2,663897,441,790,197,251,60,050,044015,0Gleba 2 (0-20)

2,65385,86,141,340,192,661,150,100,0420*5,0Gleba 1 (20-40)

3,05483,67,01,730,286,711,460,120,064214,9Gleba 1 (0-20)

dag/kg------ %---------------------------- cmolc/dm3 ------------------- mg/dm3--

MOVmTtSBH+AlAlMgCaKPpH

água

Gleba

(prof. cm)

Solos muito argilosos: Gleba 1= 77% e Gleba 2= 72% de argila.

Análise inicial de um Latossolo Vermelho Amarelo

Áreas de abertura, Cerrado de Minas

Alta acidez e Al3+, baixos teores de nutrientes (“sem P”).

O que vejo aqui?

Fertilidade construída e maior facilidade de colocar dinheiro no bolso!

O que vejo aqui?

O que queremos? Construir a fertilidadedesses solos!

Flexibilizar a

forma de se

fazer a

adubação

fosfafatada

5.0 6.0 6.5 7.0 8.0pH

Al3+

Potássio Cálcio Magnésio

Nitrogênio Enxofre Boro

Fósforo

Molibdênio Cloro

Faixa adequada para a maioria das

culturas

Fe2+ ; Cu2+

Mn2+; Zn2+

Dis

po

nib

ilid

ade

cres

cen

te

Interação da acidez X disponibilidade de P

Fonte: Bertsch e Parker (1995), citados por Wendling (2012).

Passos para vencer as barreiras ao uso do P!

Reação química (precipitação):

Solos ácidos: Al3+ e Fe2+

H2PO4- + Al3+ e Fe2+ =

(Estrengita: FePO4.2H2O e Variscita: AlPO4.2H2O).

Interação da acidez X disponibilidade de P

Como resolver o problema?

Corrigir a acidez do solo e

neutralizar o alumínio.Lembrar que à medida que aumenta-se o

pH, eleva-se a [HPO4-], preferencialmente

adsorvida aos óxidos!

Fonte: Novais et al. (2007).

Foto: aula disciplina adubos e adubação: ESALQ (disponível: http://www.solos.esalq.usp.br/arquivos.htm)

O que não posso fazer? Aplicações de calcário

superficial e fósforo a lanço!

Reação química (precipitação):

Solos neutros ou alcalinos: Ca2+ :

HPO42- + Ca2+ = Fosfatos de Ca de

baixa solubilidade.

(Hidroxiapatita:Ca10(OH)2(PO4)6 e Fluorapatita - Ca10F2

(PO4)6).

Chamado de “retrogradação” por

Malavolta (1967).

2,663867,011,510,216,791,30,050,12415,0Gleba 2 (20-40)

2,663897,441,790,197,251,60,050,044015,0Gleba 2 (0-20)

2,65385,86,141,340,192,661,150,100,0420*5,0Gleba 1 (20-40)

3,05483,67,01,730,286,711,460,120,064214,9Gleba 1 (0-20)

dag/kg------ %---------------------------- cmolc/dm3 ------------------ mg/dm3 -

MOVmTtSBH+AlAlMgCaKPpH

água

Ident.

(prof. cm)

Solos muito argilosos: Gleba 1= 77% e Gleba 2= 72% de argila.

Latossolo Vermelho Amarelo – áreas de abertura, região Central de Minas.

Desafios da correção da acidez

Necessidade de calagem para elevar o V% a 70% = 4,6 t ha-1 de calcário (PRNT= 100%).

-Desafios corrigir o Al3+ e elevar os teores de Ca (4 cmolc dm-3) e Mg (1 cmolc dm-3).

Situação das glebas um ano após aplicação de 7

t ha-1 de calcário (1300 mm de chuva)

P K Ca Mg Al H+Al SB t T m V MOIdent. pH água

- mg/dm3- -------- -- ------- --- --- cmolc/dm3 --------- ------ -- ------ %----- dag/kg

G1 0-20 5,3 2,5 38 2,3 0,5 0,3 4,2 2,9 3,2 7,1 9,4 41 2,5

G1 20-40 4,8 0,8 28 0,9 0,3 0,8 5,2 1,3 2,1 6,5 38,1 20 1,97

G2 0 -20 5,1 0,8 40 1,7 0,6 0,5 5,2 2,4 2,9 7,6 17,2 32 2,37

G2 20 -40 4,7 0,4 32 0,8 0,3 1,0 5,2 1,2 2,2 6,4 45,5 19 1,79

1Necessidade de calagem para elevar o V% a 70%. AP = doses variáveis por A.precisão.

Quantidade de calcário aplicada nos primeiros 4 anos = 17 t ha-1.

Correção do solo de uma área de abertura da Faz.

São João (solo argiloso), em Inhaúma, MG.

Ano Cultura pH Ca Mg Al T V NC1 Decisão

água --------------------------------- cmolc dm-3 ------------------------------ % ton/ha

2002 Braquiária 4.6 0.4 0.1 1.9 9.1 7 6.7 8

2003 Sorgo 5.4 1.8 0.4 0.3 6.3 40 2.2 2

2004 Sorgo 5.4 1.9 0.4 0.3 8.5 29 4.1 4

2005 Sorgo 5.2 2.5 0.9 0.4 8.8 41 3.0 3

2006 Milho/Feijão 5.4 4.2 0.8 0.0 9.0 58 1.3 0

2008 Milho/Feijão 6,2 7,2 2,6 0.0 11,8 81 0.0 0,5 AP

2012 Milho/Feijão 6,3 4,6 1,2 0.0 8,6 71 0.0 0,6 AP

2013 Soja/Milho 6,3 3.0 0,9 0.0 6,6 62 0.0 0

2015 Soja/Milho 6 3,9 0,8 0.0 8,5 58 0.0 0

Solo com CTC=7,9 cmolc dm-3 e V% inicial = 29,1%.

Dose calculada para elevar V% a 70 igual a 3,2 t ha-1 (PRNT = 100%).

Fonte: Barbosa Filho e Silva (2000).

Produtividade de feijão e valores de V% e de pH atingidos

após 362 dias da aplicação do calcário.

Dose de

calcário

Prod. Aumento

Prod.

pH V

t ha-1 kg ha-1 % %

0 2.031 --------- 4,8 40

3 2.423 19,3 5,4 44

6 2.414 18,8 5,9 51

9 2.616 28,8 5,8 53

12 2.616 28,8 6,1 56

15 2767 36,6 6,5 66

Fonte: Furlani, Quaggio e Gallo (1991), citadospor Van Raij (2011).

Tratamento sem calcário. Tratamento 3 t/ha de calcário.

Tratamento com 9t/ha calcárioincorporado.

Cultura de sorgo

durante veranico x

doses de calcário.

Construção do perfil: melhora a eficiência do sistema

Sistema radicular do milho em função da calagemFonte: Quaggio et al. (1991), citados por Van Raij (2011).

Construção da

fertilidade no perfil:

aumenta “escape”

das plantas aos

veranicos e

nematóides

Sistema radicular do feijoeiro. Unaí. MG.

Foto: Tiago Bijsterveld

Interações do P com a matéria orgânica do solo

Compartimentos da Matéria Orgânica (MO) do solo:

MO Vivente: microorganismos, raízes e fauna do solo; MO Não vivente:

- MO leve:- Humus: Substâncias Húmicas e Não Húmicas;

MO leve transformação Húmus

AH=Ácido húmico; AF=Ácido fúlvico; HU=huminas. 1Média de solos de diferentes regiões do mundo.

AF > acidez total e maior quantidade de COOH.

Fonte: Vários autores citados por Dick et al. (2009)

Composição dos diferentes grupos de substâncias

húmicas (AH, AF e HU).

Fonte: Adaptado de Meurer (2000).

Adsorção máxima: 1 mg de P2O5 g-1.

Adsorção máxima: 4600 kg ha-1 deP2O5, segundo Novais et al. (2007).

Adsorção do P aos óxidos de Fe x percentagem de

argila e óxidos de Fe.

Grupos carboxílicos: se associam fortemente aos óxidos de Fe/Al, reduzindo os sítios de

ádsorção de P e ao mesmo tempo, melhorando a agregação dos solos;

“Grupos carboxílicos da MO competem com P pelos mesmos sítios de adsorção de P”.

Latossolo Vermelho - após 12 anos de cultivo (soja e milho no verão; e trigo,

ervilhaca e aveia preta no inverno.

*Subsolagem a cada 3 anos.

Cultivo P ResinaP folhas soja

0 a 20 cm mg dm-3 mg kg-1

PD 59 a 3,3 a

PD/Prep 47 ab 3,0 ab

PC 32 b 2.5 b

PM 31 b 2,4 b

MO x disponibilidade de fósforo

Cultivo pH Presina MO CTC

água mg dm-3 g dm-3 cmolc dm-3

PD 5,6 83 a 58 a 13,6

PD/Esc* 5,5 60 b 56 b 11,5

PC 5,9 39 b 46 c 10,4

PM 6,0 42 ab 51 bc 10,6

Camada de 0-5 cm

Fonte: Moreira (2003).

Foto: Moreira (2015).

Cultivo do milho sob palha de trigo, em Nazareno, MG

Foto: Moreira (2015).

Cultivo de soja sob palha de trigo, em Nazareno, MG

Foto: Moreira (2015).

Aporte anual de palha depende do sistema

Ano 15/16: 1a Safra: soja (83 sc/ha de soja)/ 2a Safra: 65 sc/ha trigo.

Ano 16/17: 1a Safra: milho (251 sc/ha de milho)/ 2a Safra: 46 sc/ha feijão/ 3a Safra: aveia cob.

0

1

2

3

4

20082012

20132014

2,9 3,23,8

3,62,6

3,1 3,2

4,23

2,93,6 3,7

São Luiz 1 São Luiz 2 Jacarandá

Teores de matéria orgânica (%) de três glebas da

Fazenda G7, em Nazareno, MG.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2013 2014 2015

35

6978

96

119

142

185

148

186176

199

Evolução das produtividades médias de milho da Fazenda G7, com a construção da fertilidade!

0,6 2,0 14 19 23

P (mg kg-1)

Passos para vencer os desafios para mudança do

Status do P no solo

Corrigir a acidez do solo (construir o perfil);

Aumentar MO;

Problema: tempo longo (encurtar: há grandes custos envolvidos)!

Fonte: Sousa et al. (2006).

1Para obtenção do NC em sistemas irrigados, multiplicar o NC do sistema de sequeiro por 1,4;

2Dose de P2O5 para elevar o teor de P no solo em 1 mg dm-3, com base na camada de 0 a 20 cm;

Não deve ser feita solos com teores muito elevados de Al3+ !!!

Adubação fosfatada corretiva de acordo com adisponibilidade de P do solo.

Teor de

argila

NC de fósforo para

sistema sequeiro1

Capacidade tampão de

fósforo (CT)2

% Mehlich 1 Resina Mehlich 1 Resina

-------- mg dm-3--------- kg P2O5 ha-1 mg dm-3 de P

< 15 18 15 5 6

16 - 35 15 15 9 9

35 - 60 8 15 30 14

> 60 4 15 70 19

Ano pH H+Al Al Ca Mg K P Manejo

água cmol/dm-3 mg/dm-3 Época cultura Adubação base dosagem Total P

2002 4.6 8.4 1.9 0.43 0.13 42 <1 Braq. NPK kg/ha

2003 5.4 3.8 0.3 1.81 0.43 106 1 Safra sorgo 092412 400 112

2004 5.4 6.0 0.3 1.87 0.44 58 4 Safra feijão 082816 350 98

Set milho 082812 400 112

2005 5.2 5.2 0.4 2.5 0.9 86 12.1 Jan milho 092515 400 112

Jun feijão 082812 350 98

2006 5.4 3.8 0 4.2 0.8 84 15.8 Out milho 082412 400 112

Fev milho 082412 400 112

Total de P fornecido em solo com 60% de argila= 891 kg dos adubos + 300 esterco bovino (estimado) 1191

Em novembro de 2003 foram aplicados 750 kg/ha de super simples = 135 kg/ha de P2O5;

Em 2004 foram aplicados 50 ton/ha de esterco bovino 50% de Mseca (1,2% de P2O5) = 300 kg/ha de

P2O5;

Sem considerar a exportação pelas culturas foram gastos cerca de 75 kg/ha de P2O5

para aumentar 1 mg/dm-3.

Exemplo prático: elevação dos teores de P de uma gleba da Fazenda São João, Inhaúma, MG

Colocação do P a cada 17 cm de largura!!!

Trigo: “Fosfatagem corretiva” gradual

Elevação dos teores de P de uma gleba daFazenda G7 em solo argiloso (40% de argila).

Ano 2003 2004 2005 2006 2008 2014

g/dm3

Teores de P 0.6 2 1,2 14 19 23

Associação dos fungos

micorrízicos com as braquiárias.

Resultados de Pesquisa: estratégias de manejo

que interferem no solo

Fonte: Zancanaro (2016). Reunião Pesquisa Soja

Fotos: safra 2014/15

Resultados de Pesquisa: estratégias de manejo

que interferem no solo

Fonte: Zancanaro (2016). Reunião Pesquisa Soja

Fotos: safra 2014/15

Formas de se fazer adubação fosfatada

Foto: Leandro Gimenez.

Vivemos o desafio atual: conciliar rendimento operacional e eficiência de uso do P!

Fonte: Adaptado de Anghinoni (2009).

Safra Modo de

aplicação

Profundidade (cm)

0-5 5-10 10-15 15-25 25-35

Safra

1989/90

Lanço 17 6 3 1 1

Sulco 36 16 4 2 1

Safra

2006/07

Lanço 48 18 8 4 2

Sulco 45 42 18 12 6

Distribuição de P (Mehlich 1, mg dm-3) no perfildo solo sob SPD.

Teores de P em função do tempo e do modo de aplicação do adubo fosfatado.

Fonte: Oliveira Junior & Castro (2013), citados por Francisco & Câmara (2013).

Elevada disponibilidade de P

na superfície nem sempre

garante alta produtividade.

4200 4000

3800

3600

3400

3200

30002800

Produtividade de soja (kg/ha) em resposta à disponibilidadede P de 0-10 e 10-20 cm, em Rio Verde, GO (2º ano).

Solos com teores

adequados de P na

camada de 10-20 cm,

apresentam menores

riscos com aplicação de P

na superfície!

Oliveira Júnior (2017)!

Fonte: Sousa et al. (2013).

Crescimento de raízes de soja (a), teores de P(b) e de matéria orgânica (c) em SPD comadubação fosfatada no sulco (6 anos).

Linha com falha de adubo de “plantio” em áreas com alto teor de P (Mehlich 18 mg dm-3)!Foto: Moreira (2009).

Há diferenças entre as culturas na habilidade de absorção de P

Do ponto de vista prático, interessam espécies e variedades que apresentam Km e Cmin

baixos, pois isto significa, pelo menos em princípio, que as mesmas serão capazes de

aproveitar-se de baixos níveis do nutriente no solo.

Cultura Parâmetros cinéticos

Vmax Km Cmin

N mol/m2.S -----------µmol L-1 --------

Milho 4 3 0,2

Soja 0,8 2 0,1

Trigo 5,1 6 3

Fonte: Adaptado de Volkweiss (1986).

Parâmetros cinéticos de absorção de fósforo de algumas

espécies

Controle Corretiva Corretiva Corretiva+ +P lanço P sulco

Corretiva Corretiva + +

P sulco P lanço

Solo de Rio Verde – GO

23% de argila

Corretiva: 75 mg kg-1 de P

Manutenção: 120 kg ha-1 de P2O5

314%

365%

100%

100%

Fonte: Álvaro Resende, Embrapa Milho e Sorgo (não publicado).

Maior arranque inicial: adubação no sulco (MAP)

Seria a absorção

insuficiente de P mais

um fator a restringir o

potencial do milho

safrinha (?)

Efeito de “arranque inicial” da adubação

no sulco pode ser importante:

Adiantamento do ciclo = mais

segurança contra veranico em fases

posteriores.

Cultivares precoces (milho e soja)

não podem demorar a “achar” o P.

Avanço de um estádio em 28 DAS

Fonte: Álvaro Resende Embrapa Milho e Sorgo (não publicado)

Adubação a lanço: “retardo” na aquisição de P vsexpressão do potencial genético!

>Arranque inicial das plantas com P no Sulco (veranico entre V4 a V7): Safra 15/16

81 kg ha-1 de P no Sulco Controle (Sem P)

Experimento com formas de aplicação de P – Nazareno, MG.

81 kg ha-1 de P no SulcoSem P

Fon

te:A

ltm

ann

(20

10

),ci

tad

oA

ltm

ann

(20

12

).

Fertilizante fosfatado não dissolvido na superfície do solo sem

palha, aos 50 dias após a emergência da soja!!!

P a lanço: dificuldade de difusão do P até as raízes

Fonte: Resende (2017), adaptado de Bender et al. (2013.)

Milho: absorção de P é até o final do ciclo

Locais com relevo ondulado; Quantidade de palha nos sistemas; Ano de aplicação de calcário na superfície.... Perdas do P por adsorção aos óxidos; Concentração do P na superfície do solo x veranicos.

?

Preocupações atuais com a aplicação o fósforo a lanço!!!

Fonte: Boletim de Pesquisa de Soja - Fundação MT (2016).

Possibilidade de perdas de P por lavagem

superficial, em solos sob PD com pouca palha.

Fonte: Bertol (2012), citado por Cassol (2013) in:

http://brasil.ipni.net/

Fonte: Foto apresentada por Vitor Vargas, em II Simpósio Desafios da Fertilidade do Solo no Cerrado (2016).

Adubação com P na superfície – transporte e perdas

Fonte: Foto apresentada por Vitor Vargas, em II Simpósio Desafios da Fertilidade do Solo no Cerrado (2016).

Adubação com P na superfície – transporte e perdas

Fonte: Lacerda (2014).

Produtividade de grãos de soja e milho em solo de

fertilidade construída.

Safra Adubação base Produtividade Fósforo

Soja 2010/11

NPK 10-32-10 kg ha-1 P Solo* P folhas

0 3547 19 4,1

150 3514 28 4,3

300 3354 19 4,2

430 3449 20 4,1

Análise de regressão ns Q**

Milho 2011/12

10-32-10

0 10258 12 2,4

180 12167 15 2,7

360 12229 24 3,1

540 12460 23 3,3

Análise de regressão Q* Ns L**

Soja 2012/13

MAP

0 3264 17 2,9

150 3627 22 3,2

220 3498 36 3,4

280 3553 35 3,5

Análise de regressão ns L* L*

*P Melhich (solo argiloso)

Fon

te: Mo

reira (20

15

).Situação da soja (98Y30) na Faz. São João, sem adubação fosfatada

em solo de fertilidade construída, Inhaúma, MG, em março de 2014.

Prof. pH P Resina K Ca Mg T V MO

cm água mg dm-³ cmolc dm-³ %

0-20 6.3 52.5 79.0 3.6 0.7 6.5 69 2.3

20-40 5.6 2.4 51.0 1.2 0.2 3.8 40 ns

O que fazer em áreas com alto teor de P? Adubar a cultura da 2a safra ou

aplicar P a lanço?

Fon

te: Mo

reira (2

01

5).

Lavoura de soja sem adubação fosfatada, na

Fazenda São João, Inhaúma, MG.

Produtividade média da fazenda na safra

14/15 (nos locais sem uso de P): 78

sacos/ha.

Fonte: Moreira (2015)

Produtividade média da Faz. São João na safra

15/16 (nos locais sem uso de P)

Área Semeadura CultivarP (solo)

resinaP2O5 Prod.

ha mg dm-3 kg ha-1 sc/ha

36 20/12/2015 M 8210 IPRO 78 0 74

24 18/12/2015 P98Y30 40 0 58

40 23/12/2015 M 8210 IPRO 31 108 68

18 16/12/2015 P98Y30 34 80 66

10 28/11/2015 M 8210 IPRO 16 108 67

10 7/11/2015 M 8210 IPRO 23 108 64

30 22/12/2015 M 8210 IPRO 89 0 70

*Problema Stand

3000

3300

3600

3900

4200

4500

1 2 3 4 5

4392 a

4164 a4221 a

4364 a 4415 a

Safra 15/16: ano deboa distribuição dechuvas!!!

CV.=7.6%

Dados não publicados. Moreira et al. (2017).

Produtividade de soja (cv. NA7000IPRO), em solo com

alto teor de P, Faz. Sta Helena, Nazareno, MG.

Tratamento Descrição dos tratamentos1 Controle (zero de P)

2 P na semeadura de cada cultura: soja (54 kg ha-1 de P2O5) e trigo (108 kg ha-1 de P2O5)

3 P total (162 kg ha-1 de P2O5) a lanço antes da semeadura da soja

4 P total (162 kg ha-1 de P2O5) no sulco de semeadura da soja

5 P total na semeadura do trigo*

Prod de soja da gleba

= 73 sc/ha-1.

Safrinha de trigo2016.

CV.=7.6%

0

300

600

900

1200

1500

1800

2100

2400

2700

3000

1 2 3 4 5

1929 b

2926 a

2127 b2282 b

2723 a

Dados não publicados. Moreira et al. (2017).

Produtividade trigo (BRS 264) na Safrinha de

2016, em solo com alto teor de P

Tratamento Descrição dos tratamentos1 Controle (zero de P)

2 P na semeadura de cada cultura: soja (54 kg ha-1 de P2O5) e trigo (108 kg ha-1 de P2O5)

3 P total (162 kg ha-1 de P2O5) a lanço antes da semeadura da soja

4 P total (162 kg ha-1 de P2O5) no sulco de semeadura da soja

5 P total na semeadura do trigo*

Dados não publicados. Moreira et al. (2017).

8000

10000

12000

14000

16000

18000

1 2 3 4 5

14784 a

15651a

16325a

14468a14710a

CV.=8,2%

Produtividade milho (DKB 230PRO3) na Safra

2016/17, em solo com alto teor de P.

Safra 16/17: ano de boadistribuição dechuvas!!!

Tratamento Descrição dos tratamentos1 Controle (zero de P)

2 P na semeadura de cada cultura: milho (81kg ha-1 de P2O5) e feijão (81 kg ha-1 de P2O5)

3 P total (162 kg ha-1 de P2O5) a lanço antes da semeadura do milho

4 P total (162 kg ha-1 de P2O5) no sulco de semeadura do milho

5 P total na semeadura do feijão*

Prod média da Gleba =

15.061 kgha-1.

Dados não publicados. Moreira et al. (2017).

0

300

600

900

1200

1500

1800

2100

2400

2700

3000

1 2 3 4 5

2516 b

3014 a

2770 b2638 b 2584 b

CV.=9,3%

Prod. de “feijão das secas” (CV Ouro da

Mata), em solo com alto teor de P.

Tratamento Descrição dos tratamentos1 Controle (zero de P)

2 P na semeadura de cada cultura: milho (81kg ha-1 de P2O5) e feijão (81 kg ha-1 de P2O5)

3 P total (162 kg ha-1 de P2O5) a lanço antes da semeadura do milho

4 P total (162 kg ha-1 de P2O5) no sulco de semeadura do milho

5 P total na semeadura do feijão*

Prod média da Gleba =

2760 kg ha-1.

Filme: Moreira (2015).

Problemas na distribuição de corretivos e

fertilizantes no campo!

Foto: Moreira (2012).

Aplicação de uréia a lanço na Fazenda São João (Safra

11/12). Equipamento Accura (faixa de 30 metros)!

Perfil de deposição transversal

CV ideal por volta de 10%

Evitar distribuir misturas de grânulos a lanço

Fulton et al. (2013), citados por Resende (2017).

Lembrar que:

A distância de lançamento das párticulas a lanço, depende do seu tamanho e densidade! Ex. de densidade: ureia: 1,33 g cm-3; MAP: 1,78 g cm-3 e Cloreto potássio: 1,99 g cm-3.

Efeito do tamanho das partículas

Produtividade de milho (kg ha-1), em função de fontesde P e micronutrientes.

FOLIAR

Dose de P2O5= 120 kg ha-1.

Micros via foliar (exportação): 19, 165 e 47 g ha-1 de cobre, zinco e manganês, respectivamente.

*Boro – 2 kg ha-1 de B, na forma de Ulexita.

Fonte de P ----Micronutrientes (via foliar V4 e V6) --- Via solo Sem micro Média

Mn Zn Cu Mn+Zn+Cu B* Controle

MAP 11245 aA 11640 aA 10825aA 10650 aA 7693 bB 10037 bA 10348 b

MAXPHOS 10562 aA 10992 aA 10743 aA 11570 aA 9331A 11986 aA 10865 a

PHUSION 10982 aA 11296 aA 12086 aA 11420 aA 11660 aA 10424 bA 11311 a

Controle (Sem P) 10028 aA 9902 aA 10933 aA 10252 aA 9003 bA 9852 bA 9995 b

Média 10705A 10957A 11147A 10973 A 9422 B 10574 A

Pergunta: a eficiência do MAP está sendo prejudicada pelo “excesso” de solubilidade?

pH K P Ca Mg Al H+Al P-rem Zn Fe Mn Cu B S M.O T SB V

água mg/dm3 cmolc/dm3 mg/L mg/dm3 dag/kg cmolc/dm3 %

5,7 112,4 17,9 3,3 0,8 0 2,7 33,8 4,88 53,15 9,67 0,53 0,28 9,9 3,0 7,1 4,4 62

Usais sempre fontes de boa qualidade;

Buscais fazer sempre SPD, a fim de reduzir as perdas de P por adsorção do P;

Não fazeis fosfatagem corretiva (em área total), em solos com altos teores de Al3+;

BUSCAIS fazer a aplicação de P na sulco de semeadura, sempre que possível;

NÃO VALORIZAIS apenas o rendimento operacional;

PENSAIS sempre que o P movimenta pouco nos solos;

LEMBRAIS que o P é transportado a curtas distâncias e precisa de ser colocado na boca da planta;

Não aplicais P a lanço em locais declivosos, sem palha e com baixos teores de P;

Não aplicais P a lanço em locais com aplicação recente de calcário superficial;

Aumentais os teores de MO dos solos, a fim de melhorar o aproveitamento do P.

Dez mandamentos do uso do P

Obrigado a todos pela atenção!

Obrigado à Produquímica pela oportunidade!

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