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Departamento de Educação Espírita Infantil - USE Regional e Intermunicipal de Rio Preto gestão 1997/2000 - nair rocha soares 1 OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO ESPIRITA NA INFANCIA Educação é aquela em que se procura organizar a personalidade do educando de modo coerente com os princípios de amor e igualdade. No caso especial da Doutrina Espírita, esses princípios são dilatados pelo conhecimento da lei de causa e efeito e da reencarnação. Podemos assim resumir o trabalho do educador em três objetivos principais: 1 - Transmissão de conhecimento doutrinário Atendemos a esse objetivo quando: a) respeitamos as características e limitações de cada fase da infância, tipos de raciocínio, capacidade de atenção dirigida, interesse das idades; b) respeitamos a necessidade de concretização na infância, utilizando-nos de recursos audiovisuais para o ensino; c) não forçamos a compreensão de conceitos abstratos em crianças incapazes de raciocínios lógicos ou abstrações. O valor de tais conhecimentos não se faz sentir pelo seu conteúdo informativo e, sim, pelo seu aspecto formativo. 2 - Socialização Isto é, preparação para o convívio social, em moldes de fraternidade e solidariedade. Para tal, devemos formar grupos de trabalho, de jogos, de excursões, onde a criança verá e viverá fraternalmente, satisfazendo a necessidade de fazer parte de um grupo (instinto gregário). Muito auxiliará a socialização da criança contar com padrões de identificação que podem ser a figura materna ou paterna, a figura dos educadores e a figura de Jesus em função de sua bondade e do seu ideal de servir ao próximo. 3 - formação de sentimentos e ideais: É o mais importante dos nossos esforços, a serviço da própria evolução. A natureza não dá objetivos. Para tal precisamos analisar o nosso conceito de educação. Educar não é formar crianças iguais a um modelo ideal para nós (conceito antigo da criança sendo um homem em miniatura). Educar é desenvolver as capacidades de cada uma, respeitando-se as diferenças individuais; é educar a consciência de forma que ela possa ditar os atos e formar uma escala de valores preparando-se para as opções, no decorrer da vida; é disciplinar a vontade . A educação espírita não fará “milagres de santificação” inesperada, mas poderá fornecer o esclarecimento e o apoio necessários para se iniciar as grandes reformas morais.. A medida certa para avaliarmos a eficiência do trabalho educativo é a melhoria e o progresso que cada um fará de acordo com suas possibilidades espirituais, embora não atinjam a estágios iguais. Relembremos, aqui, a Parábola do Semeador, os meios e objetivos da educação espirita na infância. O educador desempenha o papel do semeador. E ele deve sair a semear a boa técnica com tranqüilidade, com segurança, preparando os terrenos das almas infantis. O conhecimento doutrinário servirá de precioso adubo. E a Centelha divina, em forma de vida, residindo no interior de cada semente, desabrochará e far-se-á visível na qualidade de seus frutos, de acordo com as possibilidades de cada terra.

Objetivos Da Educação Espirita Na Infancia

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    OBJETIVOS DA EDUCAO ESPIRITA NA INFANCIA

    Educao aquela em que se procura organizar a personalidade do educando de modo coerente com os princpios de amor e igualdade. No caso especial da Doutrina Esprita, esses princpios so dilatados pelo conhecimento da lei de causa e efeito e da reencarnao. Podemos assim resumir o trabalho do educador em trs objetivos principais: 1 - Transmisso de conhecimento doutrinrio Atendemos a esse objetivo quando: a) respeitamos as caractersticas e limitaes de cada fase da infncia, tipos de raciocnio, capacidade de ateno dirigida, interesse das idades; b) respeitamos a necessidade de concretizao na infncia, utilizando-nos de recursos audiovisuais para o ensino; c) no foramos a compreenso de conceitos abstratos em crianas incapazes de raciocnios lgicos ou abstraes. O valor de tais conhecimentos no se faz sentir pelo seu contedo informativo e, sim, pelo seu aspecto formativo. 2 - Socializao Isto , preparao para o convvio social, em moldes de fraternidade e solidariedade. Para tal, devemos formar grupos de trabalho, de jogos, de excurses, onde a criana ver e viver fraternalmente, satisfazendo a necessidade de fazer parte de um grupo (instinto gregrio). Muito auxiliar a socializao da criana contar com padres de identificao que podem ser a figura materna ou paterna, a figura dos educadores e a figura de Jesus em funo de sua bondade e do seu ideal de servir ao prximo. 3 - formao de sentimentos e ideais: o mais importante dos nossos esforos, a servio da prpria evoluo. A natureza no d objetivos. Para tal precisamos analisar o nosso conceito de educao. Educar no formar crianas iguais a um modelo ideal para ns (conceito antigo da criana sendo um homem em miniatura). Educar desenvolver as capacidades de cada uma, respeitando-se as diferenas individuais; educar a conscincia de forma que ela possa ditar os atos e formar uma escala de valores preparando-se para as opes, no decorrer da vida; disciplinar a vontade. A educao esprita no far milagres de santificao inesperada, mas poder fornecer o esclarecimento e o apoio necessrios para se iniciar as grandes reformas morais.. A medida certa para avaliarmos a eficincia do trabalho educativo a melhoria e o progresso que cada um far de acordo com suas possibilidades espirituais, embora no atinjam a estgios iguais. Relembremos, aqui, a Parbola do Semeador, os meios e objetivos da educao espirita na infncia. O educador desempenha o papel do semeador. E ele deve sair a semear a boa tcnica com tranqilidade, com segurana, preparando os terrenos das almas infantis.

    O conhecimento doutrinrio servir de precioso adubo. E a Centelha divina, em forma de vida, residindo no interior de cada semente, desabrochar e far-se- visvel na qualidade de

    seus frutos, de acordo com as possibilidades de cada terra.

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    DO CONHECIMENTO DA CRIANA

    FASES DO DESENVOLVIMENTO

    I - Perodo de aquisio - infncia II - Perodo de organizao - adolescncia III - Perodo de produo - adulto

    Embora seja necessrio acompanhar o desenvolvimento da criana desde as primeiras fases, a partir do nascimento, trataremos apenas de algumas caractersticas das fases com que iremos lidar diretamente nas nossas escolas de evangelizao, isto , a partir dos 04 anos. (O pr-escolar).

    Caractersticas das crianas de 04 a 06/07 anos (pr-escolar)

    - Movimentao intensa: correr, trepar, pular, pegar objetos; - Sentidos em desenvolvimento: tato, principalmente, o que leva a criana a precisar apalpar, ver com as mos, para ir adquirindo noes de peso, maciez, etc; - Dificuldade em executar pequenos movimentos como cortar, encaixar, dar lao, etc, exigindo treino lento; - Satisfao com o rudo, o contrrio do adulto; - Egocentrismo, isto , a criana no tem capacidade de enxergar outro ponto de vista que no o seu; - Necessidade de receber atenes; - Raciocnio pr-lgico, isto , fantasista, cheio de confuses; - Imaginao frtil e ateno espontnea e instvel; - Necessidade de brincar - sua principal atividade; - Facilidade para ser sugestionado; - Apego a figura materna; - Grande capacidade de afeio e de imposio; - Prazer no convvio com outras crianas, embora, muitas vezes, brinquem de coisas diferentes. A roda cantada, representaes, jogos recreativos, favorecem sua socializao.

    Seus interesses so: - gerais - interessa-se por tudo, independentemente do sexo a que pertena; - concretos - s se interessa pelo que pode ver e tocar; - imediatos - precisa ser satisfeito no momento.

    Caractersticas das crianas de 06/07 anos aos 11/12 anos (o escolar)

    - Maior sociabilizao, ou seja, a criana j sabe viver em grupo, recebendo direitos e deveres. Nesse sentido importante a contribuio da sua entrada para a escola. - Raciocnio lgico, isto , realista, para corresponder aos fatos como se apresentam; - Curiosidade mais ordenada, mais dirigida do que a do pr-escolar; - Imaginao mais controlada, servindo de ajuda ao intelecto; - Incio da ateno voluntria e da capacidade de memorizao de fatos abstratos; - Incio do movimento de independncia com relao a famlia; - Valorizao da me e do pai no mesmo nvel; - Formao do grupo de amigos, da turma, com a qual mantm timas relaes; - Situao do evangelizador no mesmo plano da famlia, pela admirao e confiana nele depositadas. Seus interesses so especiais, diferenciados pelo sexo e influencia do meio.

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    Os meninos gostam de atividades mais agitadas; brinquedos agressivos, leituras de aventuras hericas; colecionam, vendem, compram e trocam. As meninas gostam de atividades mais calmas; brinquedos mais afetuosos, leituras fantasistas e romnticas; colecionam, vendem e trocam.

    Caractersticas das crianas de 12/13 anos aos 14/15 anos (pr-adolescente)

    - Grandes mudanas fsicas e psquicas que muito influenciam o comportamento do pr-adolescente. As modificaes fsicas ocorrem quando entram em funo as glndulas sexuais. Fase agitada de erotizaco da personalidade, isto , o assunto sexo passa do plano da pura curiosidade para a vivncia do impulso do sexo. - Desabrochar dos interesses ticos ou morais e sentimentais. Pertencer a turma para o jovem, o fator de liberao da famlia, ponto-de-apoio, meio de afirmao. - Instabilidade afetiva, oscilaes emocionais, conflitos freqentes com a rea familiar, mudana rpida de humor. - Autocrtica exagerada, tanto para o lado positivo como para o negativo. - Choque com a gerao adulta, decorrncia da comunicao deficiente (falta de dilogo), da falta de compreenso de parte a parte e da necessidade de auto- afirmao do jovem.

    FATORES QUE INFLUEM NO COMPORTAMENTO

    O comportamento humano, refletindo o seu psiquismo, apresenta-nos uma multiplicidade de aspectos, de reaes particularmente individuais. Estudos e observaes levaram posteriormente a aceitar o comportamento humano como resultante de trs fatores: a) fatores inatos hereditrios - os que so definidos no momento da concepo, atravs dos genes das clulas reprodutoras; b) fatores inatos congnitos - influencias sofridas pelo feto durante seu desenvolvimento; c) fatores adquiridos ou ambientais - educao, hbitos alimentares, clima, etc., cujas influencias estariam limitadas pelo potencial hereditrio. Porm nem todas as infinitas nuances do comportamento podem ser explicadas exclusivamente pela combinao dos fatores hereditrios, congnitos e ambientais. A interpretao pessoal dos valores da vida, as mltiplas tonalidades da vida psquica, a gama dos distrbios patolgicos da mente obriga-nos a novos rumos no estudo dos fenmenos psquicos. Somente o conhecimento das vidas sucessivas pode alargar os horizontes da Psicologia, justificando a conduta de cada um de acordo no s com aqueles fatores mas tambm com seu patrimnio espiritual, resultante do acmulo das suas experincias atravs das diversas etapas reencarnatrias.

    O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

    O objetivo visado pela ao educativa a modificao ou o desenvolvimento de conceitos, valores, atitudes e comportamentos anteriores do educando, tendo em vista seu aperfeioamento. A modificao do comportamento faz-se, normalmente, em funo de dois fatores: a) Maturao ou desenvolvimento biolgico andar, engatinhar. Atividades que no envolvem predominantemente aprendizagem e sim maturao orgnica. B)Aprendizagem Seu contedo pode ser principalmente: a) habilidades motoras (fazer tric por exemplo) b) intelectuais ou informativas (operaes matemticas, por exemplo)

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    c) emocionais ou apreciativas (polidez por exemplo) Ensinar e aprender no so atos que tenham correspondncia obrigatria. Muitas vezes o professor ensina, mas no h aprendizagem por parte do aluno, pois houve falha em algumas das condies indispensveis aprendizagem.

    FATORES DE APRENDIZAGEM

    A)Motivao a condio interna que leva o indivduo a ao. H motivos inerentes prpria vida: fome, sede, necessidade de repouso, oxignio, sexo, etc., afeio, prestgio, posio social, sentimentos (dio, inveja, amor,etc).

    B)Situao estimuladora o conjunto de estmulos (visuais,auditivas, etc) que captam a ateno da criana. Ela uma situao externa e pode ser despertada pelo evangelizador, aproveitando os interesses e necessidades da criana. Os recursos audiovisuais so excelentes estmulos, mas devem ser dosados para no interferir na percepo das crianas.

    C)Percepo uma condio interior, pessoal de entendermos e reunirmos os diferentes estmulos e identificarmos como sinais de um determinado objeto ou situao. Enquanto a sensao uma impresso captada pelos sentidos, a percepo uma sensao interpretada. Exemplo: Sinto cheiro - sensao olfativa; o cheiro do perfume que a minha me usa - percepo. A percepo revela ainda o nosso mundo interior e possibilita todas as nossas aprendizagens, evoluindo no ser humano com o desenvolvimento dos sentidos de inteligncia e cultura. Na criana a percepo sincrtica, globalizada, percebe as coisas primeiro como um todo e, mais tarde, chega a anlise dos elementos constituintes do ato.

    LEIS DA APRENDIZAGEM

    1. Discernimento: a criana deve aprender o significado daquilo que est aprendendo para poder aplicar. 2. Ao - a aprendizagem deve envolver atividades em que a criana aplique o que vai aprendendo. 3. Efeito - a atividade da criana surge quando a aprendizagem lhe causa prazer. 4. Facilidade contra Vontade - as aulas devero estar de acordo com o grau de desenvolvimento mental das crianas, para que no sintam dificuldades para compreender. 5. Globalizao - tanto quanto possvel, as aulas devem ser interrelacionadas. As mincias, os pequenos detalhes no importam, o que importa o significado do conjunto. 6. Intensidade - a lio deve ser transmitida com energia, vigor e entusiasmo. 7. Exerccio - a aprendizagem s se completa atravs do exerccio da conduta aprendida.

    DIFICULDADES EM EDUCAO

    Com freqncia, encontramos crianas com dificuldades de ajustamento famlia, escola e em suas relaes em geral. Agressividade, timidez, mentira, furto, indiferena, rebeldia, so fantasmas que desafiam os educadores. Quando a criana apresenta, no decorrer das aulas, um comportamento desajustado, chegando, por vezes, a impedir a aprendizagem, devemos procurar as possveis causas que o motivam:

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    causas externas: 1. Deficincia do educador 2. Inadequao da aula ou do ambiente 3. Excesso de alunos

    causas internas: 1. Instabilidade da ateno 2. Deficincia de linguagem ou de experincias sociais 3. Atraso mental 4. Distrbios orgnicos 5. Traumas que dificultam o ajustamento psquico e afetivo.

    Lembremos ainda, que muitas dificuldades educacionais se apresentam em funo da bagagem espiritual da criana, carregada de vivncias negativas, de infraes a lei do Amor e do Equilbrio, de vidas pretritas, que se manifestam na presente encarnao, sob formas de desarmonias, de dificuldades de ajustamento psico-social, exigindo orientao e teraputica especficas de profissionais especializados. O educador poder contribuir na restruturao desses caracteres. Compreenso, firmeza, pacincia, acompanhamento, profundo desejo de ajudar a criana sero os recursos de todos os momentos. O conhecimento da Doutrina Esprita, to logo a criana possa alcana-lo nas suas explicaes lgicas das relaes causa-efeito, ser valioso instrumento de recuperao espiritual.

    Na comunicao, isto , no relacionamento com o educando est a grande forca de xito na educao: saber dizer, saber aconselhar, saber calar, saber perdoar, eis a tcnica e a arte de educar. Disse o psiclogo Haim Ginnot: A educao do carter depende de nossas afinidades com os educandos. O primeiro passo deve ser a determinao de tornar-se interessado no que as crianas pensam e sentem intimamente, no apenas em sua aparncia e rebeldia. Pode-se iniciar mudanas favorveis por:

    1) ouvir com sensibilidade, mostrando que a criana digna de ateno (estimular o sentimento de valor pessoal); 2) evitar observaes que provoquem dios ou ressentimentos, em situaes difceis, os educadores mostram-se mais enrgicos quando exprimem seus sentimentos sem ferir a personalidade ou dignidade da criana; 3) orient-las com solidariedade; 4) confiar nela; 5) manifestar aprovao pelos progressos realizados.

    A atmosfera de simpatia aproxima educando e educador. Os bons exemplos criam o ambiente e o clima necessrio. Responsabilidades devem ser dadas de acordo com os graus de maturidade, a fim de que elas venham a consolidar o aprendizado e fazer parte do seu carter.

    ATIVIDADES

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    A. Educao Artstica

    1. Desenho com basto de cera ou lpis-cera

    Material:

    - bastes ou lpis de cera em cores variadas, incluindo o branco

    - papel jornal ou apergaminhado (branco, preto ou em cores), papel pardo : tamanho mnimo: 24x33

    Tcnica:

    Desenhar livremente.

    Ensinar o aluno a usar o lpis ou gizo de cera deitado, no delimitando o desenho. Levar o aluno a descobrir as possibilidades do lpis branco , principalmente sobre papis coloridos e pretos, alm de ser possvel mistur-lo com outras cores, tanto servindo de base como superposto.

    2. Desenho com Giz de cor

    Material: giz de cor ou pastel, papel branco, em cores ou preto, tamanho mnimo : 24 X33,

    goma arbica diluda ou leite

    Tcnica:

    Desenhar livremente. Como o giz se desprende facilmente, usando o leite ou goma arbica diluda , evita-se este inconveniente, uma vez que o leite e a goma arbica servem como fixador. Assim, molha-se o papel OU o giz no lquido, antes de desenhar.

    3. Desenho com giz no mata borro

    Material: giz de cor, mata-borro branco ou em cores(tamanho ofcio) Tcnica:

    Desenho livre sobre a superfcie do mata-borro. A criana poder obter efeitos diversos com o uso dos dedos, se o desejar.

    4. Desenho soprado

    Material: guache em cores variadas(sem esquecer do branco), canudos de refresco, papel apergaminhado ou cartolina, de preferncia em cores escuras ou preto.

    Tcnica: Pingar vrias cores de guache e soprar com o canudo. Esta tcnica constitui em um excelente exerccio de respirao e deve, se o papel for grande, ser dada em grupo.

    5. Desenho com efeito de vitral

    Material: papel apergaminhado branco (40 Kg), lpis cera em vrias cores, incluindo o branco,

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    tinta de escrever preta ou guache preto Tcnica:

    Colorir pequenas reas no papel, deixando entre elas espaos pequenos em branco, como se fossem ilhas. Cobrir todo o papel com tinta preta: o branco desaparece, conseguindo-se o desejado efeito de vitral

    6. Desenho com carvo

    Material: carvo para desenho, papel branco (mnimo 24x33) Tcnica:

    Desenhar livremente. Com a prtica, os alunos descobriro por si mesmos as imensas possibilidades do material e dos recursos a empregar, quando usar os dedos para conseguir tinta cinza, alm do preto. O branco ou pontos luminosos podem ser realados com toques de borracha ou miolo de po.

    7. Crculo das cores

    Material: guache, aquarela, nanquim ou papel celofane Tcnica: O aluno deve ser instrudo na limpeza dos pincis, para obter bons resultados. Pede-se, primeiramente, que coloquem azul, vermelho e amarelo em uma forminha de lata ou isopor (por exemplo aquelas de guardar ovos) ou em um pires. Depois, que misturem duas a duas em uma pequena poro delas. Desta forma obtero cores secundrias e tercirias.

    8. DESENHO A BARBANTE

    Material: pedaos de barbante, guache bem espesso em cores variados, papel Tcnica: Mergulha-se os pedaos de barbante no guache

    Com eles vai se formando uma composio sobre o papel

    O cordo adere ao papel e o desenho fica fixado Objetivo: - desenvolver coordenao motora

    - desenvolver percepo visual

    9. DESENHO COM LPIS E VELA

    Material: Lpis cera, Papel mais encorpado(40g), Vela Tcnica: Esquentar o lpis cera na chama da vela

    Desenhar sobre o motivo desenhado ou somente deixar pingar vrias cores sobre o papel

    OBS: Esta tcnica sobre papel camura d um excelente efeito

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    Objetivo: desenvolver a imaginao criadora

    desenvolver a noo de figura e fundo

    desenvolver a motricidade

    desenvolver o auto domnio, a ateno e a percepo para cores e forma

    dar orientao espacial

    descarregar a agressividade

    10. DESENHO EM PAPEL DE SEDA E GUA SANITRIA

    Material: papel branco, papel seda de qualquer cor, palito, algodo, gua sanitria, cola Tcnica:

    Cortar em retngulo de papel de seda

    Colar sobre o papel branco

    Preparar um pincel com algodo amarrado no palito

    Deixar que a criana desenhe o que desejar medida que vai passando o algodo molhada na gua sanitria

    O papel vai descolorindo e aparece o desenho em cor clara

    11. MOSAICO

    Material: Papel picado ou recortado de vrias, cores (pedaos pequeninos), Cola, Pincel, Pina (opcional), Folhas de papel de 40x60cm, Pincel atmico preto Tcnica:

    Desenhar uma composio grande com poucas mincias

    Passar cola no desenho

    Colocar os pedacinhos de papel (nas reas desenhadas e com cola) Contornar, depois, o desenho com o pincel atmico

    12. TCNICA DE "PAPIER MARCH"

    Material: Papel, Papelo, Papelo corrugado, Durex, Colas de vrios tipos, leo de linhaa, Farinha de trigo, Tinta, Pincis

    USO:

    Este trabalho deve ser iniciado com objetos que, para sua feitura, oferecem menores dificuldades. Ora, a forma mais fcil de fazer algum objeto de papel o recorte de um molde , como por exemplo, uma caixinha

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    Recortada e colada, a caixa forrada com qualquer papel, como de jornal, e embebida em cola, que poder ser a cola plstica(cascors) Para que o trabalho venha a ter a espessura desejada, s colar diversas camadas de papel e deix-lo secar bem, para receber acabamento

    Assim, depois de seca, a caixa dever ser lixada e decorada com pintura ou com partes recortadas de revistas coloridas, o que d um acabamento interessantssimo

    13. APENAS ATIVIDADE

    Material: Uma folha de jornal, Pedao de barbante ou Fita Adesiva

    Modo de Fazer:

    Amassar meia folha de jornal, fazendo uma bola achatada. Colocar a bola no centro da outra metade da folha e envolv-la, deixando as pontas soltas. Torcer a folha na altura da bola e amarrar um barbante ou colocar um durex Pintar com cores alegres com tinta guache, ou tinta para artesanato

    14. RECEITA DE TINTA PARA PINTURA A DEDO

    Material:

    - 01(um) copo e meio de gua - 01(uma) pitada de anilina na cor escolhida - 01(uma) colher de sopa bem cheia de maisena - 01(colher) de sobra de sabo em p Tcnica:

    - Colocar um copo de gua para ferver, dissolva a anilina na gua

    - Quando a gua ferver, despejar a maisena, j diluda em meio copo de gua, mexendo rapidamente, sem parar

    - Pronto o mingau grosso, retirar do fogo e adicionar o sabo em p

    - Bater bem

    - Esperar esfriar

    - Dar para cada criana uma poro pequena.

    Obs: Pode-se, tambm, utilizar as tintas prprias para pintura a dedo compradas prontas.

    15. RECEITA DE TINTA GUACHE

    Material:

    - 01(uma) colher de sopa de gesso - 02(duas) colheres de sopa de goma arbica

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    - 02(duas) colheres de sopa de p de caiao na cor desejada - 01(uma) colher de sobremesa de glicerina - 01(uma) colher de lisoforme - gua em quantidade suficiente para obter a consistncia desejada Tcnica:

    - Misturam-se os ingredientes na ordem acima.

    - A tinta deve ser preparada pelo evangelizador com auxlio dos evangelizandos

    - Usar: forminhas e vidros , para a tinta

    - gua em vidro grande, para limpar os pincis - trapos para limpeza

    Obs: Pode-se, tambm, comprar as guaches prontas em papelarias e lojas de materiais artsticos.

    16. RECEITA DE MASSA CASEIRA 03

    500 g de maizena

    100 g de sal

    gua suficiente para formar uma pasta Levar ao fogo para cozinhar at formar consistncia e uma cor leitosa

    Sovar a massa enquanto estiver morna

    Guardar em lugar no exposto ao ar

    17. RECEITA DE MASSA CASEIRA 02

    04 xcaras de sal

    04 xcaras de farinha de trigo

    03 colheres de pedra-hume

    Anilina vontade

    gua na quantidade necessria para sovar a massa at formar bolhas Deve ser conservada em vasilha de barro tampada

    18. RECEITA DE MASSA DE PAPIER MARCH 02

    Deixar de molho por uns 08 dias, alguns jornais ou qualquer papel absorvente, bem picado, trocando a gua diariamente

    Amassar bem com um pouco de farinha de trigo e cola

    Com essa massa modelam-se quaisquer objetos Depois de seco o trabalho, pinta-se com a tinta desejada

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    19. RECEITA DE MASSA DE MODELAR DOMSTICA

    02 xcaras de farinha de trigo

    01 xcara de sal fino

    02 colheres de sopa de lisofrmio

    gua

    02 colheres de leo de cozinha

    Modo de fazer: Misturar tudo, sovar bem e misturar anilina para colorir(gua at dar ponto) 20. MASSA DE MODELAR - Receita 1

    Receita 1 (massa de po) Material 4 xcaras de farinha de trigo, 1 xcara de sal, 1 e meia xcara de gua, 1 colher de (ch) de leo

    Modo de Fazer Numa tigela, misturar todos os ingredientes, amassar bem at ficar boa para modelar. Guardar em saco plstico ou vidro bem tampado. Ateno: Esta receita no precisa ir ao fogo. No seca ao sol, mas voc pode colocar as peas modeladas numa forma e pedir para um adulto colocar em forno brando para assar. Depois de assadas, s pintar com tinta para artesanato ou tinta preparada por voc atravs de nossas receitas 21. RECEITA TINTA NATURAL

    Material: Beterraba, Cenoura, Espinafre

    Modo de Fazer

    Bater no liquidificador, com gua, beterraba (para a cor vermelha), cenoura (para a cor amarela), e espinafre (para a cor verde). Espremer o lquido de cada um num pano e depois coar. Guardar as tintas em vidros e tampar bem.

    Ateno: Pintar sobre papis grossos, utilizando-se de vrios tipos de pincis, esponjas, chumao de algodo preso num palito ou num lpis, ou ento, usar frascos de desodorante vazios, do tipo spray, que cheios de tinta serviro para espirrar no papel preso numa parede ou num cavalete.

    Este brinquedo foi tirado do livro: Brinquedo, desafio e descoberta: subsdios para utilizao e confeco de brinquedos / Nylse Helena da Silva Cunha. Publicada pela FAE - Fundao de Assistncia ao Estudante.

    B. Brincadeiras

    1. Atividade Psicomotora

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    Tcnica:

    As crianas devero ficar em crculo.

    Duas ficam no meio: uma ser "argila" ou "barro"; a outra ser a escultora.

    As crianas em volta sugerem escultora como trabalhar a "argila" ou "barro".

    Por exemplo: "levantar o brao direto"; "dobrar a perna esquerda"; "dobrar o tronco para a frente", etc.

    2. Atividade de coordenao viso-motora-auditiva

    Tcnica:

    "Faa o que eu mando, no faa o que eu fao"

    As crianas devero fazer somente o que o evangelizador pedir; NO o que ele fizer. 3. Atividade de coordenao viso-motora-auditiva

    Tcnica:

    "Simo ordena"

    As crianas devero somente fazer as coisas quando o evangelizador incluir a frase: "Simo ordena".

    Caso contrrio, NO podero obedecer as ordens dadas 4. Atividade de coordenao viso-motora-auditiva

    Tcnica:

    Mostrar um quadro ou cartaz com vrias figuras em movimento.

    Depois, pedir criana que aponte a figura humana que acabamos de descrever.

    Por exemplo: " um menino que corre virando a cabea para a direita."

    5. Atividade de coordenao viso-motora-auditiva

    Material: papel quadrangulado Tcnica: Propor s crianas que faam ou montem com o evangelizador um desenho, cuja montagem dever ser realizada seguindo a ordem de : caminhe uma casa para cima; agora duas para a direita, depois trs para baixo, etc..

    6. Experincias Sensoriais : Olfato

    Material: frutas, flores, doces, condimentos variados (por exemplo: pimenta-em-p; mostarda; canela; baunilha, etc.), galhos de pinheiro, casca de rvore, seiva, folhas, outros que tenham cheiros e o evangelizador achar necessrio utilizar. Tcnicas: Discutir o nariz, as narinas e a respirao e sua importncia no nosso contato com o mundo.

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    Fazer experimentos de respirao atravs do nariz, da boca , de uma narina de cada vez. Sentir o ar com a palma da mo quando ele sai. Conversar sobre cheiros os preferidos e os no apreciados. Fazer mmica sobre cheiros bons e ruins. Como mudaria a vida se no fossemos capazes de cheirar nada, como acontece quando estamos resfriados e o nariz tampado. Pedir s crianas para dizerem dez coisas que no tm odor algum. Fazer um passeio pela casa ou pelos arredores e pedir que as crianas descrevam os odores. Assim como os outros rgos do sentido, o nariz e as narinas colocam-nos em contato com o mundo; ajudam-nos a entender o que se passa ao nosso redor e a conscientizarmo-nos de ns prprios. 7. Experincia Sensorial : Viso

    Materiais: Figuras, desenhos, "posters", gua, vidro, celofane, etc.

    Tcnicas:

    - Sentar-se diante de uma flor (ou de um galho, de um p de alface, de uma folha, ou de uma rvore), numa espcie de estado de meditao: ver o objeto em toda a sua maravilha. O Evangelizador(ou pais) falar de Deus, do que temos nossa disposio. Pode-se tambm trazer uma flor de plstico e outra natural e conversar sobre as diferenas entre elas , buscando enfatizar a Perfeio e Bondade do Criador.

    - Pedir s crianas que escolham um objeto e fixem o olhar nele por um certo perodo de tempo; 3 minutos; talvez. Depois, desenhar seus sentimentos ou lembranas evocadas por meio desse exerccio meditativo, utilizando apenas cores linhas e formas.

    - Fazer experimentos com sensaes e tato com os olhos fechados e, ento, com os olhos abertos.

    - Olhar para as coisas de diferentes perspectivas: de perto, de longe, de cima, de cabea para baixo, o que ajuda a criana a trabalhar tambm noo espacial e lateralidade.

    - mostrar uma figura (de jornal, revista, etc) s crianas e pedirem que elas faam a cpia de posio. Este experimento desenvolve ateno, concentrao, alteralidade, noo espao-temporal.

    - colocar objetos pequenos num prato raso ou bandeja e mostr-los s crianas. Depois, pedir que elas fechem os olhos. Retirar um objeto e escond-lo. Mostrar novamente o prato ou a bandeja s crianas para que elas identifiquem o que foi retirado.

    VISO : atravs da viso que mantemos contato com o mundo que nos cerca e o decodificamos. E tambm atravs da viso que aprendemos e conhecemos o ambiente, o que nos ajuda sobremaneira na nossa sociabilizao, no desenvolvimento de nosso conceitual e na percepo do outro. A capacidade de ver os outros claramente expande os nossos horizontes. Parte do processo de recuperar os olhos envolve a tomada de conscincia e o fortalecimento do prprio eu, a capacidade de encontrar conforto e familiaridade consigo mesmo, de confiar em si prprio e sobretudo de reconhecimento a Deus por tudo o que Ele nos d .

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    8. Experincia Sensorial: Tato

    Materiais:

    - Argila, tinta(para pintura com os dedos), gua, areia, lixas, veludo, pelica, borracha, papel, madeira, pedra, conchas, metal, algodo, cimento, tijolo, feltro, arroz, toalha, tapetes, almofadas, papis(por exemplo: cartolina, jornal, celofane).

    Tcnicas:

    - Depois de tocar objetos colocados num saco, pedir criana que pegue coisas speras, moles, lisas, etc. O evangelizador, por sua vez, pode tirar algo do saco com essas caractersticas , conforme solicitadas pela criana.

    - Colocar num saco um lpis, um carrinho de brinquedo, um amendoim, um prendedor de roupa ou de papel, um boto e pedir criana que tire especificamente um dos objetos sem olhar ou dizer-lhe: "ache algo que serve para escrever."

    - Fazer movimento corporais que combinem com a palavra(Exemplos de palavras: ondulado, fofo, escorregadio, mole, duro, liso, grudento, pegajoso, quente, frio, morno, gelado, spero, esburacado, embaraado, espinhento, peludo, borrachoso, fino, esponjoso, polposo , acetinado, etc.)

    - Conversar sobre o que nos causa alegria ao corpo: abrao de um(a) amigo(a), sobre o que nos machuca o corpo(coisas pontudas, escorrego, tapas, etc)

    - Fazer a criana tocar-se e contar como se sentiu tocando. Isto pode ser feito com os olhos abertos ou fechados.

    - De duas em duas, pedir que uma das crianas faam um desenho nas costas da outra(uma por vez): sol, lua, casa, etc e a outra dever adivinhar o que foi feito. Tato

    A capacidade de discriminar atravs das sensaes tteis uma importante funo cognitiva, pois auxilia no desenvolvimento conceitual e favorece o conhecimento de ns prprios.

    12. Boca De Palhao

    Material 1 quadrado de compensado de 1 metro por 1 metro, voc pode comprar a madeira e l mesmo pedir que cortem a boca do palhao Lpis grafite para desenhar a cara do palhao Lixa fina para lixar a madeira Tinta plstica para artesanato.

    Modo de Fazer Desenhar uma cara de palhao igual ao desenho acima.

    No lugar onde fica a boca pedir para um adulto cortar com uma serrinha tico-tico. Lixar a madeira nos lugares onde esto speros. Tirar o p com um pano limpo. Pintar com a tinta para artesanato todos os detalhes do palhao. Deixar secar. Para jogar s encostar a madeira numa parede, distribuir bolas de borracha, meia ou jornal para a turma e vence quem conseguir acertar todas as bolas na boca do palhao

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    13. CASA DE BONECA

    Material Duas caixas iguais de papelo forte. Papel espelho ou de presente para encapar telhado, porta, janelas, floreiras e chamins. Uma caixa de pasta dental para jardineiras. Uma caixinha quadrada para a chamin. Cola. Retalhos de tecido para cortinas

    Modo de Fazer Desenhar na caixa portas janelas e nas duas tampas menores riscar formando tringulos. Dobre as tampas menores em tringulos. Apoiar e colar as tampas laterais sobre os tringulos. Cortar as partes laterais maiores da segunda caixa para usar como telhado. Recortar no telhado o local da chamin Recortar portas e janelas. Forrar com o papel espelho o telhado, a porta, a caixa da chamin e as floreiras. Colar o telhado sobre a casa e encaixar a chamin. Fazer o acabamento, arrematando com tiras de papel o parapeito das janelas e as bordas das janelas. Colar as floreiras. Este brinquedo deve ser feito sob a superviso de um responsvel

    Este brinquedo foi tirado do livro: Brinquedo, desafio e descoberta: subsdios para utilizao e confeco de brinquedos / Nylse Helena da Silva Cunha. Publicada pela FAE - Fundao de Assistncia ao Estudante.

    14. Casa De Boneca 02

    Material Quatro caixas iguais de sapatos ou papelo forte. Papel espelho, presente, contact ou tecido para encapar as caixas, e telhado. Fita Adesiva Palitos de sorvete Cola Retalhos de tecido para cortinas Modo de Fazer Forrar 3 caixas abertas com papel espelho, presente, contact ou tecido. Unir as caixas colando-as como mostra a figura. Fazer a grade do terrao com palitos de sorvete colados e depois fix-la caixa, prendendo-a com fita adesiva Fazer o telhado com a quarta caixa desmanchada. A casa est pronta para brincar

    Este brinquedo deve ser feito sob a superviso de um responsvel

    Este brinquedo foi tirado do livro: Brinquedo, desafio e descoberta: subsdios para utilizao e confeco de brinquedos / Nylse Helena da Silva Cunha. Publicada pela FAE - Fundao de Assistncia ao Estudante.

    15. FANTOCHE

    Material Um leno ou um retalho de tecido retangular de 30 x 40 cm.

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    Uma folha de jornal Um metro de fita. Retalho de feltro ou tecido l.

    Modo de Fazer Fazer uma bola com o jornal bem amassado e encap-la com o leno ou tecido, colocando-a no centro, no sentido do comprimento Prenda a bola com um lao de fita (ser a cabea). Fazer um lacinho em cada extremidade do tecido, formando bracinhos e pezinhos. Com o feltro poder cortar um cone e fazer um chapu ou cortar mozinhas e pregar. Tambm pode recortar em papel ou feltro os olhinhos e boca Ou fazer com canetinhas coloridas, ou at mesmo colar botes coloridos.

    Este brinquedo foi tirado do livro: Brinquedo, desafio e descoberta: subsdios para utilizao e confeco de brinquedos / Nylse Helena da Silva Cunha. Publicada pela FAE - Fundao de Assistncia ao Estudante

    16. FANTOCHE 02

    Material 1 caixa (vazia) redonda (tipo catupiry); duas rolhas para o nariz nas duas faces; cartolina; cola branca; 1 caixa de fsforos para ser o pescoo; tinta para pintar ou canetinhas hidrocor para pintar olhos e boca. 1 tira de feltro para pregar ou colar o cabelo de l retalhos de tecidos para a roupa, que esconder sua mo na hora de brincar; pedaos de fios de l para fazer o cabelo Modo de Fazer Cobrir com a cartolina a caixa de queijo. Colar a rolha no centro da caixa, de ambos os lados, para formar o nariz das bonecas. De um lado da caixa desenhar olhos e boca sorrindo e do outro lado desenhar olhos e boca triste, assustado ou bravo. Pedir para um adulto costurar a l no feltro para formar o cabelo ou ento, colar com cola branca e deixar secar bem antes de colar na boneca. Colar o feltro na parte superior da caixa para formar o cabelo. Na parte de baixo, fazer uma abertura para encaixar a caixa de fsforo, por onde ser manipulada a boneca Pedir para um adulto costurar a camisola da boneca e pregar no pescoo (que a caixa de fsforo). Se preferir, pode recortar no feltro mozinhas e pregar na roupa. Depois de pronta, s colocar a mo por dentro da roupa do fantoche, segurar o pescoo (que a caixa de fsforo) e inventar uma pea de teatro e apresentar para os amigos e famlia.

    Este brinquedo foi tirado do livro: Brinquedo, desafio e descoberta: subsdios para utilizao e confeco de brinquedos / Nylse Helena da Silva Cunha. Publicada pela FAE - Fundao de Assistncia ao Estudante

    17. Quebra-Cabea

    Material Tr caixas de creme dental iguais e vazias Duas figuras do tamanho correspondente ao conjunto das caixinhas Fita Adesiva colorida, Cola. Papel picado Modo de Fazer Encher as caixas com papel picado. Arranjar duas gravuras do tamanho do conjunto de caixas que vo ser a base do quebra-cabea Cobrir as laterais das caixas com fita adesiva colorida ou colar papel colorido. Juntar bem as caixas, passar cola em toda a superfcie e colar a gravura unindo as caixas. Fazer a mesma coisa colando a outra figura do outro lado das caixas. Com a ajuda de um adulto, uma rgua e um estilete, cortar a figura nos espaos entre as

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    caixas, tornando a separ-las.

    Este brinquedo foi tirado do livro: Brinquedo, desafio e descoberta: subsdios para utilizao e confeco de brinquedos / Nylse Helena da Silva Cunha. Publicada pela FAE - Fundao de Assistncia ao Estudante.

    C. Estrias

    1. A Vov Sabe Tudo

    I - BRINCANDO E APRENDENDO

    Vov Esmeralda tricotava, enquanto, por cima dos culos, cuidava de seus netinhos que brincavam na redondeza.

    Depois de certo tempo, cansados de brincar cada um por si, os meninos vieram assentar perto de Paula, que lia poesias.

    Conversa vai, conversa vem, Paula contou que a poesia que acabara de ler dizia que nascer e morrer so acontecimentos da vida.

    Este assunto deixou Luizinho arrepiado que at pedira: _ No fale em morte! Eu tenho medo.

    _ Mas o que a morte? Perguntou Roberto com ares de intelectual. _ No sei explicar. Disse Paula.

    _ Nem eu. Complementou Luizinho. _ Acho melhor a gente perguntar vov...

    _ Vamos, a vov sabe tudo! Concordaram todos.

    II - CONVERSANDO COM A VOV

    Um aps o outro, seguiram at o banco onde vov os observava. To logo chegaram, vov Esmeralda perguntou com a sabedoria de quem j viveu muito:

    _ O que houve crianas? O que est perturbando vocs? _ Estou com medo, vov! Respondeu Luizinho.

    _ Medo de que? Perguntou vov Esmeralda. Antes que Luizinho respondesse, Paula explicou:

    _ Estou lendo uma poesia que diz que nascer e morrer so fatos naturais da vida, a Luizinho ficou com medo e o Roberto quis saber o que morte, mas ns no soubemos explicar.

    _ Ento viemos lhe perguntar. Completou Roberto. Aparentando indiferena s preocupaes das crianas, vov Esmeralda olhou em volta como

    se procurasse alguma coisa no jardim. Continuou em silncio at que seus olhos brilharam quando encontrou o que procurava.

    III - A PASSAGEM

    _ Meus queridinhos, olhem que beleza aquela flor! Vejam , continuou a vov, aquela borboleta como linda. Observem como a vida est presente por todos os lados. Olhem...

    _ Vov, acho que a senhora no entendeu a nossa pergunta. Atalhou Paula, interrompendo a fala da vov.

    _ Ns queremos saber o que a morte. Vov Esmeralda com pacincia e serenidade de que lhe eram peculiares, respondeu

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    carinhosamente: _ Meus queridos, no h motivos para vocs se preocuparem tanto assim com

    esse assunto. Deus, que Pai bondoso, no permitiria que nos acontecesse coisa ruim. A morte uma passagem desta vida fsica para a vida espiritual.

    _ Como assim vov? Quis saber Luizinho que no entendeu bem esta coisa de fsico-espiritual.

    _ Mas vov, verdade que todos...que todos ns vamos morrer? Perguntou Roberto preocupado.

    IV - A BORBOLETA

    _ Sim, isto verdade, respondeu vov Esmeralda. Mas s o corpo morre, e ele uma sala de aula para o esprito.

    _ Como assim? _ Vejamos a borboleta. Ela passa por vrios corpos durante a sua vida para dar o seu vo

    majestoso. _ Vocs conhecem as transformaes da borboleta? perguntou a bondosa Esmeralda.

    _ No!Deve ser legal. Conta pr ns vov. Conta, insistiu Luizinho. _ A borboleta - diz vov p nasce inicialmente de um pequeno ovo, a futura borboleta ensaia

    seus movimentados no desajeitado e irrequieto corpo de uma larva.

    V - O SONO PROFUNDO

    Treinada nos movimentos, ensaia os passos no corpo, agora transformado, da comilona lagarta.

    hora do sono profundo... A lagarta, tem dentro de si a futura borboleta. Ela sabe que precisa dormir para a grande

    transformao. Caminha silenciosa ao local onde deve adormecer. Deixa de ser comilona. Pra, se enrosca e se transforma num casulo, aparentemente sem vida. Morre para o mundo...

    Vov fez uma pequena pausa. _ E a vov? Ela morreu mesmo? Pergunta Paula curiosa.

    VI - A METAMORFOSE

    _ No, querida. Sorriu e completou a vov : como se ela estivesse trocando de roupas. Passados alguns dias, depois de vrias transformaes, nasce do casulo inerte a borboleta de

    extraordinria beleza. Trmula, inibida, encara o mesmo mundo em que vivera antes, como se nunca o tivesse

    conhecido. Ensaia os primeiros movimentos com suas lindas asas. Va , voa... Olha de cima, o solo em

    que antes rastejava com seu pesado corpo de lagarta. a beleza da vida superando a morte... _ Ento morrer isso vov? pergunta Roberto.

    _ Meus queridos, a metamorfose da borboleta serve apenas para ilustrar o que a vov quer explicar. Conosco acontece uma transformao parecida apenas.

    _ Como assim vov? Quis saber Luizinho. _ A nossa vida tambm continua, independentemente do corpo, que como o casulo da

    borboleta. Deixamos para trs ao morrermos, mas seguimos com o nosso ser espiritual, a nossa alma, o nosso ser que imortal...

    Continuamos a ser ns mesmos, com nossos pensamentos, nossa personalidade e gostos. A vida no cessa com a morte. A morte como se fosse uma troca de roupas, assim como a

    borboleta trocou de corpo. _ Entenderam? perguntou a vov.

    _ Quase tudo! Responderam todos.

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    Vov Esmeralda sorriu um sorriso de quem j viveu muito , de quem paciente e sabe que vai ter tempo para ensinar e aprender muito mais...

    ( Morelli, Jaci. in: A Vov Sabe Tudo. Tema : A morte. Edio Editora Esprita Crist Fonte Viva. Obra classificada em 2o lugar no I Concurso de Literatura Infantil

    da AME/BH - publicao devidamente autorizada por editora Fonte Viva)

    2. PONTO DE LUZ

    J madrugada, quando Dona Formiga bate porta da comadre Joaninha. - Abra rpido, comadre, sou eu! - Acalme-se comadre, assim vai quebrar minha porta! Quando Dona Joaninha abriu a porta, ficou assustada com a palidez da amiga. - Vamos, sente-se e conte-me o que aconteceu. Trmula quase no conseguiu falar, disse: - Estou apavorada, comadre, no sei o que est acontecendo em casa. Ouo barulhos, passos... - Mas isso comeou quando? - J faz dois dias. No primeiro dia, achei que fosse o vento, pois o inverno aproxima-se. Da, no dei muita importncia. Hoje, comadre, vi vultos na plantao e quando abri a janela, no vi ningum e a lua estava clara. - Eu sempre disse comadre, que mora longe e aquilo uma propriedade grande para cuidar dela sozinha. - Mas o falecido gostava demais daqui. Alm disso, distraio-me muito e tento tocar aquilo como se ele estivesse vivo. - Comadre, deixe disso! - O que vai fazer para me ajudar? - Ora, vou com voc. Dona Joaninha separou algumas peas de roupa e colocou em uma sacola, dizendo: - Vou dormir com voc e ver isso de perto. Quando chegaram ao stio, Dona Joaninha atreveu-se a dar um "pega" na amiga. - Veja, comadre, voc deixou at a porta aberta. Isso que facilitar as coisas. - Sai desesperada, se fosse com voc duvido que no ia fazer o mesmo. - Vamos l, comadre, voc est precisando dormir. Amanh investigarei. Assim, naquela madrugada nada aconteceu. D. Joaninha acordou cedo e sem fazer qualquer barulho foi at o quintal onde havia uma plantao de verduras e observou que no havia rastros pelo cho e nenhum sinal de invaso. Olhou tudo e pensou. Acho que a comadre precisa viajar para espairecer. - Bom dia, comadre - cumprimentou D. Formiga. O que achou? - Acho que o vento mesmo. - Mas tudo isso no acontece s a noite! - Deixe disso comadre - retrucou D. Joaninha - acha mesmo que algum? Se fosse, haveria algum sinal. Venha comigo, fique uns dias em minha casa e logo tudo isso vai passar. - No comadre, no posso, tenho muito servio nesta terra. - E quando isso acontecer novamente? - Se me permitir, correrei para sua casa. - Est bem, estarei a sua espera. Logo depois que Joaninha saiu, D. Formiga foi cuidar de seus afazeres. Aps o jantar, deitou-se em uma rede, como era seu costume. Enquanto isso pensava... Nisso, comeou o barulho e na parede surge um vulto enorme. Desesperada, e sem comando nas pernas, ps-se a rezar. Mas no se lembrava de nenhuma orao, pois nunca ligara para isso. Lembrou-se de Deus! Ser que Ele lembrava-se dela? Afinal j havia muitos anos que nem falava Nele.

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    - Deus, ajude-me! - conseguiu balbuciar. Com os olhos fechados, sentiu aproximar-se dela algum. Reconheceu a voz: era a de seu companheiro. - Rali! Sou eu! - Como!? Voc j morreu! - Abra os olhos, no tenha medo! Vendo seu marido, seus olhos brilharam de alegria. - Voc est vivo? - Sim, mas no do jeito que voc pensa. Rali, perdoa-me o susto que lhe dei, mas no sabia como atrair sua ateno. - Mas por que voc me assustava? - Para que voc pudesse acordar para Deus e as oraes. E prosseguiu ele: - Este ano, ser castigante. E voc precisar armazenar muito alimento, pois ter a tarefa de abrigar muitos de nossa espcie. Somente com trabalho, orao e a confiana em Deus que vencer. - Mas como posso fazer isso se estou to distante de Deus? - Rali, voc pode estar distante Dele, mas Ele nunca ficou distante de voc. Mostre aos outros que a vida continua do outro lado, encoraje-os mostrando a bondade de Deus. Coloque dentro do lar um ponto de luz. - Que ponto de luz? - Faa o Evangelho no Lar. Chame a comadre e juntas sempre no mesmo dia e horrio, estudem as coisas de Deus. Nesses momentos a ajuda Divina ser acionada, e assim a luz que vai acender em nosso lar ser um auxilio para muitos. Voc lembra do meu livro de oraes? - - Foi justamente nele que encontrei-me. Rali, lute, estarei sempre a seu lado. Quando o companheiro se retirou, Rali correu para seu quarto. Apanhou o livro e comeou a ler. Sentiu ento uma grande paz. E assim compreendeu que para haver mudanas preciso mudar sua forma de pensar. Deixou Deus entrar em seu lar. Quando o inverno chegou, sua casa virou albergue de ajuda aos necessitados. Hoje, quando algum pergunta quem a Formiguinha Rali, alguns dizem: - Foi algum que confiou em Deus! Eu digo a vocs - crianas - que a Formiguinha Rali pode ser qualquer um de ns que acreditar que a mudana se faz de dentro para fora e que nunca tarde para mudar. (autora: Tiamara)

    3. Cuida do que mais importante

    Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante. Recebeu tambm o melhor cavalo do reino para lev-lo na

    jornada. _ Cuida do mais importante e cumprirs a misso! Disse o soberano ao se despedir. Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da cala e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada cintura, sob as vestes. Pela manh, bem cedo, sumiu no horizonte. E no pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Alis, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia s suas esperanas. Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o mximo do animal. Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, no lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de

    beber ou providenciar alguma rao. _ Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal, disse algum. - No me importo, respondeu ele. Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta far! Com o passar dos dias e sob tamanho esforo, o pobre animal no suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O jovem simplesmente o amaldioou e seguiu o caminho a p. Acontece que nessa parte do pas havia poucas fazendas e eram muito distantes uma das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. J havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceo das pedras, pois lembrava da recomendao do rei: "- Cuida do mais importante!".

    Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, freqentes e longas.

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    Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota.

    Mais tarde, caiu exausto no p da estrada, onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade.

    Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera. - Porm, majestade, conforme me recomendaste, "cuida do mais importante", aqui esto as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. No perdi uma sequer. O rei as recebeu de suas mos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos. Abatido, o jovem deixou o palcio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da cala a mensagem do rei, que dizia: - "Ao meu irmo, rei da terra do Norte! O jovem que te envio candidato a casar com minha filha. Esta jornada uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e vioso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e fora de quem o auxilia na jornada. Se porm, perder o animal e apenas guardar as pedras, no ser um bom marido nem rei, pois ter olhos apenas para o tesouro do reino e no dar importncia rainha nem queles que o servem".

    (autoria que desconhecemos

    4.Estria de Pscoa

    Carlinhos chegou escola todo feliz: -Oba! Na prxima semana o Domingo de Pscoa: que bom, vou ganhar muitos ovos de chocolate ! - Voc sabe o que Pscoa, Carlinhos? - perguntou-lhe a professora. - Bem - disse ele - acho que o dia em que ns ganhamos ovos de chocolate do coelhinho da Pscoa, no ? - No, Carlinhos, no isso no. Vamos ver se ns aprendemos hoje o que a Pscoa. "H muito tempo, quando s se conheciam as civilizaes antigas, os judeus comemoravam a entrada da primavera, pois era uma poca em que os campos se enchiam de flores, o pasto ficava verdinho, anunciando que em breve se poderia fazer a colheita dos frutos, cereais, que iriam garantir o alimento para toda populao. Nessa poca tambm os rebanhos aumentavam. Nasciam muitos carneiros, ovelhas e outros animais; por isso os pastores comemoravam com muito amor a chegada da primavera e eles davam a esta festa o nome de Pscoa. Muito mais tarde, na poca de Jesus, ela teve outro significado para o mundo cristo. Ns sabemos que Cristo, que veio pregar o amor entre as pessoas, no foi compreendido pela maior parte da populao e pelos reis da poca, motivo pelo qual foi crucificado. Ora, essa crucificao aconteceu na poca da Pscoa. Depois de ficar crucificado por trs dias, quando foi retirado da cruz, Jesus foi enterrado em um local bem seguro, com uma pedra fechando a entrada deste local, para que o corpo no fosse retirado de l, durante noite, por seus amigos. Guardas tomavam conta do lugar, viram noite que a terra estremeceu e de dentro do lugar onde estava a pedra, Jesus apareceu, conforme havia prometido, que ressurgiria dos mortos, ao 3 dia, provando assim que a vida que Deus nos d eterna. Quando souberam, todos os seus amigos ficaram muito felizes, e como era poca das festas de Pscoa (ou festa da primavera) deram a esse fato o nome de Pscoa da Ressurreio, que comemorada todos os anos pelos cristos. - Tudo bem professora. Mas o que o coelho e os ovos tm a ver com tudo isso? - Vou tentar explicar, Carlinhos. Como voc sabe, o ovo o smbolo da vida. atravs dele que todos os animais nascem e se reproduzem. Voc j viu quando a galinha choca como nascem os pintinhos que mais tarde sero galos e galinhas tambm. Com este smbolo temos a representao da Vida Eterna, que foi como Jesus sempre pregou. - Mas estes ovos que a senhora falou no so de chocolate. - Certo! Voc tem toda razo. Acontece que antigamente para comemorar a Pscoa, as pessoas presenteavam ovos verdadeiros de aves cuja casca era pintada com muito carinho para servir de enfeite e lembrana para a pessoa a quem eram ofertados; porm, esses ovos tinham a desvantagem de se quebrarem e se estragarem com facilidade. Com a vinda da era moderna, os homens resolveram comercializar a idia e assim produziram ovos de Pscoa de chocolate, de acar, porcelana, alumnio e outros materiais que serviram para conservar a idia do ovo, com facilidade e vantagem para comemorar a Pscoa da Ressurreio. - E o coelho? - Bem, o coelho o animal que representa o divulgador da notcia da ressurreio do Cristo por ser um animal esperto, rpido e que nos traz sempre a idia de alegria e felicidade. Assim sendo, juntaram-se as duas figura Coelho + Ovo de chocolate e crianas ficaram felizes no dia da Pscoa, muitas vezes sem saber o significado desse dia. - Tem razo professora - disse Carlinhos - eu mesmo no sabia nada disso e achava que o Domingo de Pscoa era o dia em que o coelhinho vinha trazer ovos para a gente. Agora sei da histria, j no vou me importar, se no receber nenhum ovo. Chocolate posso comer qualquer dia, mas a lio da Ressurreio de Jesus um motivo que devo guardar em meu corao e ficar muito feliz por ter acontecido. Espero que no prximo Domingo de Pscoa eu possa comemorar o amor que Jesus nos ensinou com todas as pessoas que conheo. - Muito bem Carlinhos, porm lembre-se que essa lio para todos os dias de nossas vidas. Ns devemos amar sempre aos nossos semelhantes. Nos dias de festa, nos dias comuns, nos dias alegres e at nos dias tristes, porque quando respeitamos e amamos as pessoas, ns somos felizes

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    e isso o que Jesus deseja para todos: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a ti mesmo"

    5. PASSEIO ESPIRITUAL

    Oscar e Margarida so irmos e freqentam a mesma Escolinha de Moral Crist. J esto na idade de compreender que quando dormimos, o esprito pode se afastar do corpo fsico ficando ligado por um cordo fludico.

    Oscar perguntou evangelizadora: - Dona Clia, se o esprito se afasta do corpo, quando dormimos, aonde ele vai?

    Boa pergunta - disse ela - depende Oscar. s vezes se afasta muito pouco porque no consegue se desligar dos problemas do dia-a-dia, ou por falta de elevao espiritual. Margarida, tambm curiosa no assunto, perguntou:

    - Mas, Dona Clia, a gente pode passear no Mundo espiritual para aprender? - Claro. Mas precisa ter merecimento. Quando se tem vontade de evoluir, h um instrutor espiritual que conduz a

    lugares para a aprendizagem. O tema foi to empolgante que o assunto deu continuidade em casa. Os pais que tambm so estudiosos da

    Doutrina Esprita, resolveram entrar na conversa. - Mame - pergunta Margarida - ser que temos merecimento?

    - Filha, temos procurado seguir os ensinamentos de Jesus. Nossa aes e sentimentos, temos procurado basear no Evangelho.

    - Ento vamos pedir que nos permitam viajar na espiritualidade, enquanto dormimos? - Est bem. Vamos fazer o Evangelho e, se tivermos merecimento, que isso possa acontecer.

    Despediram-se para o repouso noturno. Mas, Margarida estava to ansiosa que no conseguia dormir. Foi preciso que o instrutor lhe aplicasse um passe e, em poucos instantes, j se encontrava desligada do corpo fsico. E de mos dadas seguiam o instrutor. Passaram por um jardim onde as flores eram to lindas e com um brilho diferente, um riacho de guas cristalinas, belas aves canoras. Que encanto! Cruzaram com outras criaturas e Oscar, no se

    contendo, perguntou: - Mas, todas essas criatura que estamos encontrando, esto desligadas no corpo fsico?

    O instrutor, sorrindo respondeu: - No. H entre eles, os desencarnados.

    - Mas, como saberemos os que so desencarnados e os que apenas esto desligados do corpo fsico? Parecemos todos iguais.

    - fcil reconhecer. Os que so encarnados, esto ligados ao corpo fsico por um cordo fludico, que os desencarnados no tm.

    Isso chamou tanto a ateno das crianas, que passaram a falar, medida que cruzavam com as criaturas: este encarnado, aquele desencarnado. Aquele encarnado est longe do corpo fsico, aquele outro est rente ao corpo. Bem , j est na hora de retornar ao corpo fsico. O dia estava clareando e cada um tem seu compromisso do dia. Agradeceram ao instrutor e a Deus pela grande oportunidade e despertaram alegres, bem humorados, e cada qual

    seguiu sua rotina diria. (autora: Maria Helena Leite)

    6. O PEIXINHO AZUL

    Era uma vez um lindo peixinho azul que morava num grande lago de guas azuladas.

    Ele tinha companheiros: o peixinho vermelho, o pintadinho, o escamas prateadas, barrigudinho e vrios outros tambm bonitos e interessantes.

    Quando o peixinho azul e seus amiguinhos saam a passear, os velhos moradores do lago azul ficavam contentes e tudo parecia estar em festa.

    que os peixinhos eram muito divertidos!

    Nadavam de um lado para o outro iam e vinham agitando as barbatanas ruidosas e esquisitas, davam cambalhotas, saltos enormes e corriam um atrs do outro num engraado brinquedo de pega-pega.

    E o fundo do lago tornava-se movimentado e colorido, cheio de cores vivas e brilhantes. Certa vez, porm, um grande silncio se fez no fundo do grande lago. As lindas guas azuladas estavam tranqilas, to tranqilas que pareciam paradas.

    que os moradores do lago tinham ido descansar, dormir um pouco.

    O silncio permaneceu por algum tempo.

    Nisto, as guas comearam a movimentar-se e apareceu o peixinho azul...

    Era mesmo de esperar que fosse ele, pois gostava de nadar.

    E l estava no meio do lago, nadando para c e para l, com suas bonitas barbatanas de cor azulada. De repente, o peixinho azul ficou curioso.

    _ "Que haver l em cima?" pensou. _ "Ser to bonito como aqui?... Vou subir um pouco para dar uma espiadinha".

    E assim pensando comeou a elevar-se nas mansas e azuladas guas.

    A princpio meio assustado, depois mais corajoso, peixinho foi subindo, at que ps a cabea fora dgua.

    _ Ui! Que susto! gritou todo trmulo e mergulhando de novo. Que terrvel claro!... Quase fico cego! Mas peixinho no desistiu de ver o que havia fora dgua.

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    Vrias vezes voltou tona, at que seus olhos se acostumaram com a forte luz que se derramava sobre as guas.

    Olhou, ento, atentamente, para tudo o que cercava o grande lago.

    _ Que maravilha! exclamou entusiasmado. Nunca vi coisa igual!

    que o peixinho azul via o lindo cu azul onde o sol, como uma grande bola de fogo, esparramava seus raios por toda parte, iluminando e aquecendo tudo.

    O peixinho azul olhou depois para a praia. Viu a copa das rvores agasalhando passarinhos de penas coloridas e vistosas que saltavam de galho em galho em alegres gorjeios; viu engraados macaquinhos fazerem as mais incrveis proezas; viu madurinhos frutos e lindas e variadas flores; viu crianas brincarem com pequeninos barcos a beira do lago; e viu um assustado coelhinho perseguido por lanudo co, enquanto belas borboletas, voando de flor em flor,

    cortavam os ares com suas cores brilhantes e vivas.

    _ Que lindeza! Que pena meus amiguinhos no estarem aqui! exclamou, de repente.

    E assim dizendo, agitou com rapidez as bonitas barbatanas azuladas e nadou para o fundo em busca dos amiguinhos.

    Os peixinhos ficaram encantados e faziam perguntas e mais perguntas, tudo querendo saber.

    O peixinho azul respondia sempre, todo importante, achando-se mesmo muito instrudo. Foi ento que barrigudinho indagou, intrigado:

    _Mas afinal, quem fez tanta beleza?

    O peixinho azul encabulou. Na realidade, no sabia. Porm, como tinha o bom hbito de dizer a verdade, respondeu logo:

    _No sei... Tambm gostaria de saber quem fez aquelas maravilhas.

    _ E por que no perguntamos ao nosso rei? Falou peixinho vermelho. Ele sabe tanto!

    _ mesmo! gritaram os outros. Vamos procur-lo.

    E os peixinhos, curiosos e barulhentos, dirigiram-se ao palcio real, uma linda gruta cheias de conchinhas de todos os tipos.

    O rei dos peixes apareceu logo e ouviu tudo com muita ateno. Depois falou muito srio:

    _ Em minhas viagens a outras guas, tenho visto e aprendido muito. Hoje sei que h seres diferentes de ns e ouvi os homens dizerem que tudo o que existe obra de Deus, o nico Criador de todas as coisas.

    _ Deus?! exclamaram os peixinhos a uma s voz.

    _ Sim, Deus! tornou a falar o sbio rei. Deus que fez as belezas que o peixinho azul viu, isto , o cu, as rvores, as flores, os frutos, os animais, as pessoas...

    _ E Deus fez o nosso lago! exclamou o barrigudinho, todo exibido.

    _ Ora esta! Ento Deus nos fez tambm! descobriu o peixinho vermelho.

    _ Bravos! Bravos! gritaram os peixinhos, entusiasmados e encantados com a nova descoberta.

    E o peixinho azul, adiantando-se, muito compenetrado, agradeceu ao rei, em nome de todos, os bonitos ensinamentos recebidos.

    Depois, em graciosos movimentos, os peixinhos desfilaram ante a gruta de conchinhas e voltaram a brincar nas

    guas azuladas do grande lago.

    (fonte: http://www.elogica.com.br/users/informal/hist01.htm#peixinho

    7. Juca Lambisca

    (Esprito: Casimiro Cunha)

    Para vocs:

    "Meus filhos , no somos peixes

    e a comida no isca.

    Leiamos juntos a histria

    Do pobre Juca Lambisca."

    Casimiro Cunha,

    Uberaba, 17 de maio de 1961.

    **PRIMEIRA PARTE:**

    A VINDA DE JUCA

    (Psicografia: Francisco C. Xavier)

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    Rabugento e malcriado,

    esperto como fasca

    era um menino guloso

    o nosso Juca Lambisca.

    Toda hora na despena

    p macio e mo ligeira,

    O maroto parecia

    um rato de prateleira.

    No instante das refeies,

    afligindo os prprios pais,

    ele comia depressa,

    repetindo:-Quero mais!

    Gritava:- quero mais peixe!

    Quero mais leite e mais po!

    Quero mais sopa no prato,

    Mais arroz e mais feijo!

    D. Nicota falava,

    ao v-lo sobre o pudim:

    - meu filho, escute! voc

    no deve comer assim.

    Mas Juca respondo

    gritava erguendo a colher:

    - a senhora nada sabe;

    eu como quanto quiser.

    Na escola, Juca furtava

    pastis , bananas , pepinos,

    tomando fora a merenda

    das mos dos outros meninos

    .

    A vida do nosso Juca

    era comer e comer...

    mas foi ficando pesado,

    e a barriguinha a crescer...

    Gabriela, a companheira

    da cozinha e do quintal,

    falava triste:-Ah! meu Juca,

    a sua vida vai mal!

    No valiam bons conselhos

    do papai ou da vov

    fugia de todo estudo

    queria a panela s.

    espritos benfeitores,

    no lar ,em prece ao seu lado,

    preveniram, caridosos:

    - Meu filho, tenha cuidado.

    Mas depois das oraes,

    o nosso Juca sem f,

    comia restos de prato

    na terrina ou no cuit

    A todo instante aumentava

    a grande comedoria

    sujava a cozinha e a copa,

    procurando papa fria.

    Um dia caiu doente,

    e o doutor Joo do Sobrado

    receitou:- este menino

    precisa comer regrado.

    Mas alta noite ele foge...

    e, mais tarde a Gabriela

    viu que o Juca estava morto

    debruado na gamela.

    Muito triste o caso dele...

    coitado! embora gordinho,

    o Juca morreu cansado

    de tanto comer toucinho.

    Segunda parte:

    A VOLTA DE JUCA

    ( Psicografia : Waldo Vieira )

    Desencarnado o Lambisca,

    na vida espiritual,

    estava do mesmo jeito

    e o barrigo tal e qual.

    Acorda num campo lindo...

    e agora que no mais dorme,

    v muita gente a sorrir

    por v-lo de pana enorme.

    Tem a impresso de trazer

    o peso de um grande bumbo

    quer levantar-se porm

    a pana cai como chumbo.

    Juca xinga nomes feios...

    faz brigas , choro e escarcu

    e pede com gritaria

    - eu quero subir ao cu!

    Surge um esprito amigo,

    carinhoso e benfeitor,

    que o recolhe com bondade

    nos braos cheios de amor.

    Deu-lhe as mos e disse: - Filho,

    levante-se, cale e ande,

    ningum sobe a Luz Divina

    com a barriga assim to grande.

    Mas o Juca revoltado,

    ergue os punhos pesades

    contra tudo e contra todos,

    a murros e pescoes.

    Depois berra:_ esta barriga

    grandona mas minha

    eu quero comer no tacho,

    quero morar na cozinha!

    Multides surgem a ver

    o menino barulhento

    e o Juca com pontaps,

    aumenta o movimento.

    Um sbio aparece e fala:

    -"o Lambisca no regula,

    enlouqueceu de repente

    de tanto cair na gula."

    Foi preciso ento prend-lo...

    amarrado e furioso

    o pequeno parecia

    um cachorrinho raivoso!

    Os protetores, aps

    guard-lo em corda segura,

    oravam dando-lhe passes

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    com bondade e com doura.

    Viu-se logo o olhar do Juca

    fazer-se brando e mais brando...

    o menino foi dormindo

    e a barriga foi murchando...

    Os amigos decidiram,

    assim como um grande povo

    que o Juca a fim de curar-se

    devia nascer de novo.

    Lambisca a dormir, coitado

    ele, to forte e mando,

    renasceu muito pequeno

    um simples beb choro.

    E para esquecer a gula

    cresceu doente e magrinho...

    s bebia caldo leve,

    sem feijo e sem toucinho.

    8. O SOL

    Se queres tranquilidade,

    Bem estar, humor de escol,

    No deixes de ponderar

    No esforo da luz do sol.

    Contra os males do caminho,

    Contra a doena e a tristeza,

    Convm a observao

    Das foras da Natureza.

    Esse sol bondoso e franco,

    Que brilha atravs do abismo,

    bem a fonte amorosa

    Do trabalho e do otimismo.

    No vacila em seus deveres,

    Tudo chama ao seu calor,

    Derrama por toda a parte

    Os raios de vivo amor.

    H runas entre os homens,

    Guerra e sombra entre os ateus?

    Acima de tudo, entende

    O bem do servio a Deus.

    Milnios sobre milnios...

    E amando os lares e os ninhos,

    Vem o Sol diariamente

    Dar vida nova aos caminhos.

    Jamais se desesperou

    Ante os pntanos do caos,

    Abraando o mundo inteiro,

    Ilumina bons e maus.

    Aquecendo a casa nobre

    Da metrpole mais bela,

    No esquece a folha tenra

    Que surge pobre e singela.

    Brilha em tudo para todos,

    Sem privilgio a ningum,

    Encontrando o homem do mal

    S sabe fazer-lhe o bem.

    *

    Esse sol amigo e farto,

    Que revigora e ilumina,

    Retrata em toda a expresso

    A Providncia Divina.

    (Francisco Cndido Xavier por Casimiro Cunha)

    9. A FAZENDA O dia vem longe ainda,

    Fulgura o brilho estelar...

    Mas nos campos da fazenda

    hora de trabalhar.

    O dever chama aos servios

    Da luta risonha e s,

    Na divina voz das aves

    Que cantam pela manh.

    A tarefa atinge a todos

    Nos roados, no paiol,

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    Tudo expressa movimento

    Precedendo a luz do sol.

    Ali, corta-se , acol

    Dispe-se de novo a leira,

    Aqui, combate-se os vermes

    Que atacam a sementeira.

    Ningum pra. Todos lutam.

    H cantares da moenda,

    Contado a histria do acar

    Nos caminhos da fazenda.

    Entretanto, se o programa

    repouso, calma e sono,

    Em breve, a propriedade

    Vive em trevas do abandono.

    Serpentes invadem campos,

    H cip destruidor,

    O mato chega s janelas,

    Procurando o lavrador.

    Enquanto a enxada descansa

    Esquecida e enferrujada,

    A casa desprotegida

    Prossegue na derrocada.

    Quem no v na experincia

    To simples, to conhecida,

    A zona particular

    Nos quadros da prpria vida?

    *

    Rico ou pobre, fraco ou forte,

    No te entregues inao,

    Que a vida a fazenda augusta

    Guardada na tua mo.

    (Francisco Cndido Xavier por Casimiro Cunha

    10. O REGADOR

    No trabalho generoso

    Que se impe ao lavrador,

    Destaca-se a parte ativa

    Que compete ao regador.

    Modesto, pronto ao servio,

    Que se deve horticultura,

    Atende bondosamente

    A toda semeadura.

    Se tarda a chuva amorosa

    Para a leiva ressequida,

    Vem ele silencioso

    E espalha as guas da vida.

    o sublime protetor

    Dos germes por excelncia,

    E no esforo que desdobra

    No conhece preferncia.

    No separa ao benefcio

    Os lrios da couve-flor,

    Disposto fraternidade,

    obedece ao Pai de Amor.

    Tambm no pede batata

    Que amadurea num dia,

    E exemplifica a esperana

    Em paz e sabedoria.

    Amigo da sementeira,

    Espalha a bondade imensa,

    Servindo sem aflies

    E dando sem recompensa.

    Esfora-se o ano inteiro,

    Muitas vezes sem intervalo,

    Por cuidar de flores ricas,

    Que nunca viro cuid-lo.

    *

    No campo de ajuda aos outros,

    Atenta no regador,

    Onde o Cristo te conduza

    Prestando assistncia e amor.

    No procures resultados,

    No vivas de inquietao,

    Faze o bem, alenta a vida,

    E espera da evoluo.

    (Francisco Cndido Xavier por Emmanuel. In: Cartilha da

    Natureza)

    Obs. : Recomendado para 3o ciclo em diante

    11. A BOA RVORE

    Nos quadros vivos da Terra,

    Desde a sua formao,

    A rvore generosa

    imagem da Criao.

    a vida em Deus que nos ama,

    Que nos proteje e nos cria,

    Que fez a bno da noite,

    E a bno da luz do dia.

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    Seus ramos so como a infncia,

    As flores, a adolescncia,

    Seu fruto, a velhice amiga

    Repleta de experincia.

    Seu tronco transforma sempre

    Toda a lama da raiz,

    No pomo caricioso,

    Alegre , doce e feliz.

    As sementes que renascem,

    Com mtodo e perfeio,

    So nossas almas na lei

    De vida e reencarnao.

    Silenciosa na estrada,

    Seu exemplo nos ensina

    A refletir sobre a Terra

    Na Providncia Divina.

    Se a poda foi rude e forte

    Ao rigor do brao humano,

    Sua resposta mais bela

    mais frutos no outro ano.

    Se tomba desamparada

    Ao pulso do lenhador,

    Faz-lhe casa, d-lhe a mesa,

    Aquece-o com mais amor.

    D sombra a todos que passam,

    Sem jamais saber a quem,

    Colocada no caminho,

    Seu programa sempre o bem.

    *

    santa irm de Jesus

    Essa rvore estremecida:

    Se vive, palpita em Deus,

    Se morre, transmite a vida.

    (Francisco Cndido Xavier por Emmanuel. In: Cartilha da

    Natureza)

    Obs. : Recomendado para 3o ciclo em diante

    12. Uma Famlia de Beija-Flores

    "Henrique era um menino de 05 anos. Sempre que podia , ia at a oficina onde seu pai trabalhava .

    Um dia, l chegando, Henrique subiu em uma escada perto do telhado e qual foi sua surpresa ao ver um ninho de passarinho no caibro do telhado!

    Quando Henrique ia colocar a mo, Sr. Antnio, o pedreiro que estava reformando a oficina, gritou: _ No, Henrique! No coloque a sua mo a...

    _ Por que, Seu Antnio!? - perguntou Henrique _ Filho, este um ninho de Beija-flor; h dias a mame beija-flor esta fazendo este ninhoe ela no deve demorar a

    colocar os ovos; mas se voc colocar a mo, ela abandonar o ninho - explicou Sr. Antnio _U, e aonde foi a mame beija-flor?

    _ Ela foi se alimentar. Vc sabe como eles se alimentam? _ No, como ?

    _ O beija-flor se alimenta do nctar. Nctar um lquido aucarado que certas plantas soltam e quando a mame Beija-flor voltar, ela ir trazer mais galhos e raminhos para colocar no ninho e torn-lo mais macio ainda, mas se vc

    tocar no ninho ela ir abandon-lo..ok? _ t legal. Seu Antnio, e quando iro nascer os filhotinhos Beija-flores?

    _ Ah! Filho , primeiro a mamae beija-flor ira colocar os ovos, depois eles sero chocados e a o filhotes iro nascer. _ oba!! vou vir sempre pra ver como est ficando o ninho e ver tb os filhotes nascerem!! Quero ver como que

    isso, sabe? _ Sei sim, filho, sei sim.... respondeu Sr. Antnio alegremente.

    Assim, Henrique obedecendo ao Sr. Antnio no colocou suas mos no ninho e passou sempre a perguntar a seu pai como estava a mame Beija-flor, se j havia sido colocado os ovos ... Seu pai sempre lhe dizia que ainda estava tudo

    na mesma...

    At que um dia, seu pai chegou em casa com novidades...

    "(...) Henrique, to logo ouviu seu pai falar sobre novidades, foi logo perguntando:

    _ Conta, Pai, conta!! OS filhotes Beija-flores nasceram? esto bem? so muitos? como eles so? _ Calma, filho, uma pergunta por vez - respondeu seu pai . Beem, os filhotes beija-flores nasceram, eles vieram em dupla,

    temos dois filhotes no ninho e eles esto bem. Quer ir comigo amanha oficina para ver? _ Ooooobbbbbbaaaaa! Claro que quero, Pai - disse saltitante Henrique

    No dia seguinte, aps a escola, l foram Henrique e seu pai para a oficina.

    Henrique ao ver os filhotes beija-flores ficou empolgado e pensativo ao mesmo tempo....e , aps um tempo curto, perguntou:

    _ Papai, Sr. Antnio, quando os filhotes ficarem grandes eles iro embora? Sr. Antnio respondeu:

    _ Filho, nessa poca do ano h poucas flores por aqui e os filhotes quando crescerem iro em busca de um local onde podero se alimentar. Vc se lembra que expliquei a voc qual era o alimento deles?

    _ Lembro sim, Seu Antnio. Mas queria tanto tanto que eles viessem pelo menos de vez em quando aqui...

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    _ Poderemos, ento, fazer o seguinte: compraremos um alimentador de beija-flor e eles podero vir sempre por aqui, o que vocs acham?

    _ Ooobbaa! Boa idia , Seu Antnio - respondeu Henrique - Mas...como um alimentador de beija-flor? _ um potinho onde colocamos gua com um pouquinho de aucar para eles poderem tomar; mas a voc ir ficar

    responsvel por sempre verificar como est este potinho, certo? _ T certo, sim. fico sim tomando conta. Assim poderei sempre ver os beija-flores...

    E assim fizeram eles e aquela famlia de beija-flores ficou morando na oficina e Henrique aprendeu a como cuidar dos pequeninos pssaros."

    13. A BALANA

    Quando menino eu vivia brigando com meus companheiros de brinquedos. E voltava para casa lamuriando e queixando-me deles. Isto ocorria, as mais das vezes, com Beto, o meu melhor amigo.

    Um dia, quando corri para casa e procurei mame para queixar-me do beto ela me ouviu e disse o seguinte:

    _ Vai buscar a sua balana e os blocos.

    _ Mas o que tem isso a ver com o Beto?

    _ Voc ver... Vamos fazer uma brincadeira.

    Obedeci e trouxe a balana e os blocos. Ento ela disse:

    _ Primeiro vamos colocar neste prato da balana um bloco para representar cada defeito do Beto. Conte-me quais so.

    Fui relacionando-os e certo nmero de blocos foi empilhado daquele lado.

    _ Voc no tem nada mais a dizer? Eu no tinha e ela props: Ento voc vai, agora, enumerar as qualidades dele. Cada uma delas ser um bloco no outro prato da balana.

    Eu hesitei, porm ela me animou dizendo:

    _ Ele no deixa voc andar em sua bicicleta? No reparte o seu doce com voc?

    Concordei e passei a mencionar o que havia de bom no carter de meu amiguinho. Ela foi colocando os blocos do outro lado. De repente eu percebi que a balana oscilava. Mas vieram outros e outros blocos em favor do Beto.

    Dei uma risada e mame observou:

    _ Voc gosta do Beto e ficou alegre por verificar que as suas boas qualidades ultrapassam os seus defeitos. Isso sempre acontece, conforme voc mesmo vai verificar ao longo de sua vida.

    E de fato. Atravs dos anos aquele pequeno incidente de pesagem tem exercido importante influncia sobre meus julgamentos. Antes de criticar uma pessoa, lembro-me daquela balana e comparo seus pontos bons com os maus. E, felizmente, quase sempre h uma vantagem compensadora, o que fortalece em muito a minha confiana no gnero

    humano.

    ( Wallace Leal V. Rodrigues. In: E Para o Resto da Vida...)

    14. JUQUINHA, O "MAIORAL"

    "Era uma vez, uma rua conhecida como a rua da Meninada, pois l tinha muitas crianas , que sempre estavam a , depois do colgio, brincar juntas na rua.

    Mas, tinha por l um menininho chamado Juquinha.

    Ele tinha roupas bonitas, muitos brinquedos, morava numa casa grande, com jardim, e por isso se achava o menino mais importante da rua, o mais bonito, o mair forte.

    As outras crianas da rua moravam em casas simples, no tinham muitas roupas bonitas e nem muitos brinquedos como o Juquinha.

    Assim, Juquinha no gostava de brincar com os amiguinhos e vivia gritando:

    _ Ningum vai pegar meus brinquedos! Eu sou o menino mais forte desta rua! Sou mais importante que vocs! Todos vocs so uns bobos, s tm briquedos feios, vivem sujos e, por isso, no vo brincar comigo. E se chegarem muito perto vo

    apanhar...

    Os coleguinhas do Juquinha ficavam muito tristes...

    At que um dia..."

    "Um dia, mudou para a rua um menino chamado Marquinhos.

    Ele era magrinho, tinha um rostinho alegre, mas tambm no tinha muitas roupas bonitas e nem brinquedos complicados; alis s possua um carrinho de madeira.

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    Pela manh, depois de ter ajudado seus pais a terminarem de arrumar a casa depois da mudana, l foi o Marquinhos para a rua quando viu a criana.

    Ele chegou na rodinha e foi logo dizendo:

    _ Ois, eu sou o Marquinhos e acabei de mudar para aquela casa ali. Posso brincar com vcs?

    As crianas acharam o Marquinhos super simptico e alegre e logo responderam:

    _ Pode, claro - disse Andr

    _ Vem sim, mas no temos brinquedos chiques - falou Manezinho

    Marquinhos ento props:

    _ Olha, eu tenho um carrinho de madeira e se a gente for juntando o brinquedo de cada um podemos brincar bastante...

    _ Boa idia! -disse Felipe - eu tenho um posto de gasolina, vou buscar

    _ Eu tenho um caminho - disse Andr

    _ Eu vou pegar areia e pedrinhas - falou Manezinho

    E , assim, todos brincaram com muita alegria

    Mas... Tinha algum que no estava brincando. Apenas estava olhando do porto de sua casa. "

    Algum estava apenas observando os meninos se divertirem com a brincadeira , sem nem mesmo prestarem ateno que ele estava apenas no porto de sua casa...

    Sim....era ele, o Juquinha...

    Juquinha se sentiu super triste, pois viu que estava sozinho, sem ningum para brincar e foi correndo falar com sua me, Dn Joana:

    _ Me, eu no tenho amigos. Ningum gosta de mim...

    _ Que voc fez com seus coleguinhas, Juquinha? _ perguntou sua me

    _ Eu no fiz nada no, cheguei na rua e eles estavam brincando l com os brinquedos feios deles e nem me viram...

    _ Mas por que ento vc no chegou at eles, meu filho? Eles deviam estar apenas distrados...

    _ Se eu chegasse eles iriam querer meus brinquedos e coisas bonitas, porque eles no tm coisas bonitas como as minhas, por isso eu sou melhor que eles e no vou ficar emprestando minhas coisas no...

    _ Meu filho, isso no est certo. Mesmo quando a gente tem muitas coisas, muito dinheiro, muitos brinquedos, a gente deve ser simptico e agradvel. Veja: aquele menino que se mudou ontem para a rua, ele j se enturmou com alegria,

    simplicidade e compreenso... Ele no precisou de muitos brinquedos, apenas de um corao simples. Por que voc no procura seus coleguinhas e pede desculpas? Se voc for menos egosta e no ficar contando vantagens eles iro desculp-

    lo...

    _ Ser, me!? Mas eles no tm nada , sempre so os meus brinquedos que eles querem... eles no gostam de mim...

    _ Por que vc no experimenta? Assim saber no ? - disse compreensivamente sua me.

    Juquinha foi para seu quarto e, olhando pela janela, pensando....pensando... e decidiu tentar seguir o conselho de sua me.

    Assim, Juquinha foi at onde estavam os meninos brincando e pediu desculpas por no ter emprestado seus brinquedos, mas que estava trazendo agora mais algumas coisas para poderem incrementar a brincadeira.

    Os amiguinhos do Juquinha ficaram muito felizes em ver que ele estava se modificando e , a partir daquele dia, Juquinha percebeu que ningum era o "maioral" da rua, nem o mais bonito e nem o mais

    rico." (fonte: Ame/JF)

    15. PEDRO , O FLAMENGO

    Conta Kardec: Um de nossos amigos, depois de longas e infrutferas tentativas, viu triunfar sua pacincia, ao tornar-se, de repente, excelente mdium psicgrafo e, mais tarde, mdium audiente. Certa vez, em reunio que realizava em companhia de um amigo, tambm mdium, foi evocado determinado esprito, ao qual fizeram algumas perguntas, mas pelas respostas psicografadas, no se reconhecia o carter do evocado... _ ... parece-me que algo est errado! ... Em nome de Deus, diga-me: quem s?

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    _ Pedro, o Flamengo _ ... No conheo ningum com esse nome. _ Sou um de teus antigos colegas de colgio _ ... No guardo a menor lembrana. _ No te recordas de uma surra que um dia levastes? _ ... Sim, recordo-me disso, mas lembro-me tambm de que paguei na mesma moeda... _ Pois era eu... Hoje no repetiria... _ ... Tudo bem, mas, pelas minhas lembranas, no eras o que se pode chamar de um bom rapaz... _ Sim, brigava com qualquer um, mas no era por maldade, era uma espcie de necessidade. _ ...Quando e com que idade faleceste? _ H quinze anos... morri com uns vinte de idade, coisas de moo desmiolado. _ ...Ainda tens famlia? _ Cedo, perdi pai e me, morava com um tio, nico parente...Se fores a Cambrai, no deixes de procur-lo, excelente pessoa, que muito estimo, embora me haja tratado com dureza, que eu merecia. O endereo : rua... Comentrio de Kardec: A veracidade dessas informaes foi comprovada pelo prprio mdium, tempos depois. _ ... Foi por acaso que vieste minha casa? _ Por acaso se quiseres. _ Estou convencido de que foi meu bom gnio quem me empurrou at aqui; tenho a impenso de que s temos a lucrar com o nosso encontro. Estava aqui ao lado, na casa de teu vizinho, entretido com uns quadros e... de repente, te vi e... aqui estou! Vi que proseavas com outro Esprito e quis meter-me na conversa. _ Por que respondeste s perguntas feitas ao outro Esprito? _ Era um Esprito srio que no parecia disposto a responder; respondendo por ele, esperava fora-lo a falar. _ Se eu no houvesse percebido a fraude poderia ter apresentado resultados desagradveis. _ Tu descobririas. _ Conta-me, como entraste aqui? _ Ora bolas! Achas que temos necessidade de nos fazer anunciar? _ Ento podes ir a toda parte e entrar? _ Na maior tranquilidade _ Pelo que sei, nem todos os Espritos podem penetrar em todas as reunies... _ Pensas, por acaso, que tua sala um santurio no qual sou indigno de penetrar? _ Responde com seriedade e deixa de brincadeira; os Espritos mistificadores no so bem recebidos em minha casa. _ H reunies de espritos nas quais ns, desclassificados, no podemos penetrar, verdade; mas so os Espritos Superiores que nos impedem no vs, os homens. De mais a mais, quando vamos a alguma parte, sabemos permanecer a distncia, se necessrio, e ficar em silncio, escutamos e se no gostamos, retiramo-nos. _ Eis que est morto h quinze anos... _ Alto l! Quem est morto o meu corpo, mas EU que te falo, no estou morto. Comentrio de Kardec: Quer entre Espritos sem expressividade, quer entre os mais grosseiroes, ouvem-se , muitas vezes, palavras de grande profundeza!

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    Este EU que no est morto pura filosofia. _ H quinze anos ests morto, mas pareces to sem juzo como antigamente; no progrediste, por ventura? _ Sou aquilo que era: nem pior nem melhor. _ Como passas o tempo? _ No tenho outras ocupaes seno a de me divertir ou de me informar a respeito dos acontecimentos que podem influenciar meu destino. Observo muitas coias. Passo parte de meu tempo, s vezes, em casa de amigos... s vezes em teatros...s vezes surpreendo coisa hilariantes...Se as pessoas soubessem as testemunhas que tm, quando julgam estar a ss!... Enfim, procedo de maneira a que o tempo me pese o menos possvel...No sei dizer quanto isto vai durar, e, no entanto, permaneo assim h bastante tempo... _ Que que te falta? No tens mais encessidade de nada; no sofres mais, vais a toda parte e tudo vs. No tens mais como o que te preocupares, nem com doenas, nem com achaques prprios da velhice, no ser isto uma existncia feliz? _ Falta-me a realidade dos prazeres; no sou suficientemente elevado para usufruir a felicidade moral; desejo tudo que vejo, e isso me tortura. Aborreo-me e procuro matar o tempo como passo!...COmo longo o tempo! Fico numa