OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA

1. OBJETIVO DO ESTUDO DE ECONOMIA

a) Por que existem períodos de recessão e de crescimento na economia?

b) Nos três anos que englobam o período 1990-1992, a produção de bens e serviços no Brasil caiu de 2,6%; já nos anos seguintes, aumentou 10%; no período 2001-2003, ficou praticamente estagnada e voltou a crescer em 2004.

c) Por que os preços sobem? Em março de 1990, a inflação brasileira atingiu 81%; nas vésperas do plano real, em junho de 1994, registrou 47%, e, nos últimos anos, a inflação mensal tem sido inferior a 1%; o que explica esse comportamento tão diferenciado?

OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA

d) Por que o dólar flutua tanto? Nas vésperas do Plano Real, um dólar custava 1 URV; no mês de fevereiro de 1995, um dólar estava custando 84 centavos de real, em 2002 alcançou R$ 4,00 e em meados de 2005 valia R$ 2,40.

e) Por que existem diferentes remunerações? Por que a renda é tão mal distribuída? Os 10% mais ricos do Brasil recebem 46,9% de toda a renda gerada no país, enquanto os 40% mais pobres recebem menos de 12% da renda total. Na espanha por exemplo, os 10% mais ricos recebem 24,5% da renda, e os 40% mais pobres recebem 19,4%. O que explica esse situação? Como resolver?

OBJETIVOS E INSTRUMENTOS DE POLÍTICA ECONÔMICA

1. Crescimento da produção e do emprego;2. Controle da inflação;3. Equilíbrio das contas externas;4. Distribuição de renda5. Outros objetivos

INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ECONÔMICA

1. Política Fiscal;2. Política Monetária3. Política Cambial e de Comércio Exterior4. Política de Rendas (preços e salários)

POLÍTICA FISCAL

• Os gastos do governo podem ser divididos em dois grandes grupos:

– Despesas correntes;

• Dizem respeito aos gastos realizados com o objetivo de manter a máquina governamental funcionando, bem como as despesas impostas pela legislação.

• Elas são divididas em 4 grupos, a saber:

POLÍTICA FISCAL

a) Consumo do governo: pagamento de funcionários públicos e outras despesas necessárias à manutenção do aparato público (energia elétrica, materiais, etc);

b) Transferências: refere-se às despesas que são efetuadas pelo setor público e destinadas ao setor privado, sem a contraprestação de serviços ou fornecimento de bens, como é o caso da Previdência Social;

c) Juros: incluem pagamento da dívida interna como externa.

d) Subsídios: correspondem aos gastos do governo com o objetivo de garantir ao consumidor preços inferiores ao custo de produção

– Despesas de investimentos;• Referem-se às despesas que o governo efetua para

aumentar a capacidade de produção de bens e serviços no país.

Evolução do gasto público no Brasil

TEORIA DAS FINANÇAS PÚBLICAS

• Para começar, podemos colocar algumas questões, como:

• Qual a racionalidade para a existência do Estado e de um governo?

• Quais são os objetivos da política fiscal ?• Por que, historicamente e até pouco tempo, o

gasto público tendeu a aumentar como proporção do PIB, na maioria dos países?

AS FALHAS DE MERCADO

• Mercado por si só não gera bem-estar econômico e social. • Na teoria tradicional do bem-estar social – welfare economic´s – temos

mercados competitivos, em que a alocação de recursos gera um maior grau de satisfação para uma parte dos agentes e reduzido para outra parte.

• Tem-se nesses mercados, o Ótimo de Pareto, que versa sobre: “para um ganhador tem-se um perdedor”.

• Há o Pareto Eficiente com máxima eficiência quando temos os pressupostos:– A não existência de processo técnico;– Ambiente de concorrência perfeita atomizado;– Informações simétricas;– Estado mínimo.

• Sabe-se que as falhas de mercado impedem o Ótimo de Pareto devido à:– Existência de bens públicos;– Existência de falhas de competição ou a existência de monopólios;– Existência de externalidades;– Existência de mercados incompletos;– Existência de informações assimétricas.

• Não podemos esquecer que existe a desigualdade social, a concentração de renda, o desemprego, a corrupção, a inflação, além de estruturas dualistas, entre outros problemas econômicos e sociais.

BENS PÚBLICOS

• Os bens públicos são aqueles cujo consumo é socializado para toda a população podem ser divididos em :

a) Bens tangíveis, (como ruas)b) Bens intangíveis, (como leis)

EXISTÊNCIA DE MONOPÓLIOS NATURAIS

• Existem, em toda a economia, setores com retornos crescentes de escala, isto é, quanto maior a produção, menor será o custo da mesma, como exemplo o setor de energia elétrica, pois, dado um custo fixo elevado, será mais racional ter uma empresa no setor de energia elétrica, para a redução de custos. (o governo passa a ter um papel de regulador).

EXTERNALIDADES • As externalidades são resultados das ações de

alguns agentes que tem impacto direto ou indireto na sociedade.

• Elas podem ser :

– positivas, como elevação da educação na sociedade,

– negativas, como a poluição dos rios e/ou a elevação do desmatamento.

• Também faz sentido distinguir entre externalidades normais e “super” externalidades.

– normais são aquelas que surgem em situações em que os prejuízos não são pagos pelo produtor ou consumidor de um bem, mas em que os danos estão geograficamente limitados a uma só jurisdição política. Nestes casos, os reguladores podiam internalizar as externalidades se quisessem, e um governo com interesse no bem-estar dos seus cidadãos tem todo o incentivo para o fazer.

– Noutros casos, no entanto, o âmbito geográfico do prejuízo atravessa as fronteiras políticas, estendendo-se a outros países ou à propriedade comum (commons), para além da jurisdição de qualquer país. Nestes casos, tratam-se de “super” externalidades. Elas representam um problema político mais difícil, porque não falamos de uma só jurisdição que tem o dever de regular estes danos.

OS MERCADOS INCOMPLETOS

• Mercado incompleto quando este apresenta um bem ou serviço que não é ofertado mesmo com o seu custo de produção sendo menor que o preço de venda.

• Geralmente isso se dá devido a falta de infraestrutura, que pode ser solucionada por financiamentos de longo prazo.

• No Brasil, temos o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS), além de outros bancos. Porém, o BNDS tem um papel mais focado em financiar infraestruturas para a produção a longo prazo.

INFORMAÇÕES ASSIMÉTRICAS

• Existem, nas economias, as informações incorretas ou imperfeitas, que são conhecidas nas teorias econômicas como informações assimétricas podem causar um estado de mal econômico ao fazerem as pessoas tomarem decisões erradas.

• Um bom exemplo de informações assimétricas são os balanços de empresas que apresentam lucros e levam vários agentes a comprar as suas ações na bolsa, mas, na verdade, essas empresas estão insolventes, prejudicando as decisões dos agentes econômicos e destruindo parte ou toda a riqueza acumulada pelos mesmos.

• Geralmente, elas são causadas por indivíduos com o objetivo de levar a melhor no mercado, seja praticando o exemplo acima ou concentrado a informação. Portanto, é dever do Estado tornar a informação um bem público e socializá-la para o maior bem-estar social. Sendo assim, é papel do Estado:

– Fiscalizar todos os setores produtivos, inclusive o setor privado, e acompanhar a produção dos bens e serviços, além de verificar várias informações, entre elas o tamanho/quantidade/peso dos produtos ofertados pelo mesmo;

– Exigir a publicação de balanços contábeis das empresas;

– Implantar e implementar políticas públicas de combate à exclusão digital.

– Manutenção do pleno emprego e estabilidade da moeda É papel do Estado implementar políticas públicas através de investimentos, corte de impostos ou gastos do governo para retomar o crescimento da demanda efetiva e o PIB e fazer a manutenção do pleno emprego e da estabilidade de preços.