47
\ - ,_> J . \ 'ala I { ;llh. t. I 'l'ab ,\0 Obra protegida por direitos de autor

Obra protegida por direitos de autor - digitalis-dsp.uc.pt · Em Portugal é outra a causa; pobre nacionali, dade morta, é a tunica sobre que pairam os dados, Tri te presentimcnto,

Embed Size (px)

Citation preview

\

- ,_> J . \

• 'ala

I { ;llh.

~~ t.

I 'l'ab ,\0

Obra protegida por direitos de autor

CANCIONEIRO POPULAR

Obra protegida por direitos de autor

Obra protegida por direitos de autor

CANCIONEIRO POPULAR

"OLLlaIOO 04 TR&DIÇ.tO

rOR

THEOPHILO BRAGA

Quem tiver ,"uito r.lloos I( pouco pilO,

'1'0 ",c-o. de ,,,ao c c1ig •• II,rJ Urno ('o nção.

jlfEIUt DO rO'"O.

COli.lBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE

1867

Obra protegida por direitos de autor

Obra protegida por direitos de autor

DO COLtECTOR

grande desenvolvimento d'este seculo tem· nos tirado a individualidade, elevando acima do eu auda ioso as leis eternas que o absorvem na con­templação de sua harmonia. Eis porque o lyrismo c a poesia pessoal vão decaindo em todas as litteratu­raso A comprehensão do sentimento do bello leva·nos hoje para a poesia da. historia, e sobre tudo para a poesia popular. Por toda a parte se observa um tal movimento. A poesia popular do Meio Dia da Europa é estudada com veneração: na Italia Tommaseo e Tigri recolhem os cantos da Toscana, Visconti os dos campos de Roma; Cottreau a poesia popular de Napoles; Vigo a da ici lia; DaI Medico a de Vene­za; Marcoaldi a da Ombria, do Lacium, do Picenum, da Liguria; Nigra com pára os cantos do Piemontc; Tommaseo e Fée recolhem os da COI"Sega, BouJlicr os da ilha da Sardenha; Fauriel e o Conde de Mar­cellus são os collectores da Grecia moderna, que se prende ás tradições da edade media da Europa pela passagem dos Cruzados. Na França encontra- e o mesmo culto pela poesia do PO\'O; Villemarqué, Pau­lin Paris, Philibert le Duc, Beaurepaire, Francisque Michel, Charles Nizard e Cbampfleury vao herbo­risando cuidadosamente estas flores desconhecidas

Obra protegida por direitos de autor

\"1

da' Pl'ovinein de França. I~m LI panha . monu­mental o unico o tl'llblllho de D. g u tin DUl'an,

o ancioneiro ultimam nt recolhido por D, Emilio La(uente y I autal's, que no servi u de modelo,

E um trabalho anta o re pigar e tas strophes solta que o povo palha. na. ua pa saO'em. povo eanta orno harpa eólill, que n)\o sabe d'onde sópra a viração que a vem de ferir. E o rhap ado de todas a alegria e tl'i teza do poema da vida ego e pobre Homero, abençoando a ho pitalidaue, ani­mando o pa ado com a maravilha que lhe po­voam a 111 nte no eu abandono. A pac ia pum elle 6 o J' thmo do forço no trabalho, o e quecimento da mi eria, a cxpre :to do de 'ejo , o th ouro da da ua lUoml e da tradiçãc antigas, a linguagem do amor o gemido, emllm, a y rdade simples da na a lma.

Platao Lu thero Montaigne, Lope de V ga, Rous-eau, oethe e l'il11m, o maior pirito , como

philo opho como poeta, c mo erudito entintm o qne h1. d O'I'aça, de inO'enuidade, de fre cura, de eon ola 'lO e dr. profunda verdade na poe ia do povo.

povo é o anon 'mo ele toda a g randes obra da humanidade: da pymmide do de erto li cpopeas eculllre da I' novaçõe da ocieclade ao prodigio

da cathedl'al, 6 ellc empr que arguma a a pedra COIl1 o an"'ue de na \ ia, que lança ao ventos a folha da ybi lla, que e immola na !te atomba da rcvoluçõe, quo faz desabrochar com O fogo da crença a flor my tica d gothico puro,

E a poe ia é como a ua alma, empl'e nova, I' juvene'ceudo-se na geraçao lue pull ula j n'clla principalmente tran parece o aI' de f'amilia da grande raça indo-europea, e a unidade dos povo neo­latino . fas o povo, que na ignoraneia readom fundou as instituições da vida, as religiões, a lin-

Obra protegida por direitos de autor

Vil

guagelD, O direito, a propriedade e a familia, vae conhecendo. mais limitado já o cil'culo da acção audaciosa, E que se aproxima Ilquella edade de rc­flexito que Pascal cntrevira na humanidade; é tam­bem este o motiv pOl' que se vae cxtinguindo a poesia popular m toda a EUl'opa, eomo se apagam as strclla aos primeiros alvol'es da aurora,

Em Portugal é outra a causa; pobre nacionali, dade morta, é a tunica sobre que pairam os dados, Tri te presentimcnto, tl'i tissiroo, tanto mais, quanto se apossa de uma alma ainda erente no meio da corrupção d'cste p qlleno Baixo Impcrio, olligil' a poesia popular portugueza agora, no momento do transe, é como a garraj'n ao mar q11e se atirava nos naufrngios: é para que se aiba que existiu este POYO quc tambem som'eu e cantou.

Obra protegida por direitos de autor

Obra protegida por direitos de autor

CllNCIONEIRO POPULllR

1-RELlQ IAS DA POR IA PORTUGUEZA DO ,ECULOS XII \ X\I.

Fragmentos do poema de Cava

rouço de aua iroprio de tal sanha A J uliani e Horpas a saa grej daminho Q em sêbra co os netos de Agat' fornezinho Hua atimaram pt'a mada facanha,

a rouça e Zariph com ba ta campanha Di iu u da sina do Miramolino

o falo illfançoll e pl'oe tes malino De Cepta addux l' ao Rolar de E, panha.

E porque era força Adarue e foçado Da Betica Almina e o seu a teual

Conde por encha e pró comunal Em terra os enoreos poyarão a saa grado E Gibraltar maguer que adaruado E co coropridouro pera saa deffellRno Pello au o dito sem algo de afão l~resto foi álle entrado (' illhado

allc.

Obra protegida por direitos de autor

E os ende filhado I ai a v rdade s ho te dento do angue d oniudos

:M terao a utelo a prc d rendudos m guardar m a ixo nem idade

E t ndo atimada a tal cru Idade templo orada d D o pl'ofanarão

Voltando m m quita hu logo adoramo aa b ta mafoma a medes maldade.

o gazu e a salto que o da aleiuo ia Tramaram. (po voltos de algo ayõe. )

o o dou lmirallte da ho ' te mandões Quedal'RLn com farta obel'ba e folia E Alg zira qu o m des temia Por ter a mal za I'U nta abudo Mandou mandad -iro como era teuda Ao roueon do R y que m Toledo sia.

2

Canção do Figueiral por Goesto Ansures

No figueiral figueiredo a no figueiral entrei, seis nina encontrara eis niõa ncontrey,

para ella andara para ellas and y lhorando as achara lhorando as achei, logo lhes pe cudara logo lhes pe cudey quem las mal tratara y a tao mal a ley.

Obra protegida por direitos de autor

'~ . \\CIO\EIIlO POI'II \\1

17

Cantiga de D, Filippa de Lencastre, filha do infante D, Pedro, Duque de Coimbra:

il'vo, n 111 YO alUo, jo-yO' amar

Dr empl'e, vo 11, 1ll hamo 'cm qu 111 nOI1 !te r pou ar.

h vida, lulU luz In6ndo bem, c int il'O, '1 n J 11, Deu v l'dadeil'o

POI' mim morto em a 1'1lZ.

,_ mim me mil. não de alUO,

.I: on '\'0 po o bem amar; me ~iudal' \'0 chamo,

Para ~ab l' repou ar.

1

Cantiga do povo de Santa rem e Lisboa na morte do Cardeal-Rei:

Viva El ,rei Dom IIenrique No inferno muito anno, Pois deixou em testamento Portugal ao a t lhano ,

Obra protegida por direitos de autor

11 - YL\A DE CAnlGA OLTA

Qucm canta cu mal panta, Qucm ehora .cu nini flugmcntuj Eu canto para eRpulhal'

ma 101' que me atorlllenta,

En hei de monel' antando, Já quc horanuo nn ci j Já que s go, tos d'e ta vida 'c acabaram para mim,

uem me ouvir a mim cantar Cuidará e tem l'l1.Rào,

uidará, que e tou alegre, 'abe Deo Illeu coração,

Quem a mim ouvir cantar Cuidará que e tou alegre i Tenho o coração mais negro

ue a tinta com quc sc cscrcve.

Obra protegida por direitos de autor

4-2 CANC10N llln o r o l' I.AR

:Não canto paI' h Jll C'U!üm'

" 111 pOl' ! I' fil iaR de :lluant Eu canto para clnl' go to

q li m me pecl q II <,an !

Não canto por bem cantlll', N lU paI' h m antar o digo;

anta para aliviar Pena qu trago commigo.

NflO cunto por bem cant~r, N m por boa fala tI';

anta para cegar olho A quem me não poc1 er,

Foi minha vida anhll', A cantiga queci;

antiga de amor não digo, leu amor, tudo perdi,

A cantar ganhei dinheiro, antar ll1 acahou;

dinheiro mal "'anhado Agua o deu, agua o levou,

Diabo le\'em o rato, Tambem I v m a formiga,

u me roêram os livros Onde estudava as cantiga .

Obra protegida por direitos de autor

'YLVA DR A 'TlG

11('111 me ouvir a millJ cantar, n 11I OUU 'I' a. minha penas,

Dini- h trist coitac10, u ainda o antar te alclIlura!

ornçi'to, ol'açâosinho nmo vive. magollclo;

Ya pnra cantaI' , 'horn~, Lembra-te o tempo pa.sacIo.

Qn 1'0 cantar e nâo po . o, Falt!l.-m a respirn\:to; Falta-me a luz do h'us olho, Amor do m u cOl'a~âo.

'emprc (' tá a dar, a dar Pane:ldinha' na viola; 'empre m ,tú" a lrmbi'al'

O meu amor toda a hora.

ocê diz qu não conhece U ma viola afinada; Faço-me de. ntendida, A mim nào m e capa nada.

Oh eastello nâo te rendas Deita bandrim f;e quer ' . ; No comuntc do. amore. Quem \' DCC âo amulhere.

Tanto limão, tanta lima, Tanta ilva, tanta amora; Tanta eachópa bonita, Mcu pai scm ter ullIa ncíra!

Obra protegida por direitos de autor

C ~C I O~I. II\O l'Ol'llI Ali

T Ilho Hmll lllnç:l. <11)il':\da o canto d 1lI 'll bahu

Para (1111' no 111 \I am r, urira D o. quI' jn til.

1 à-m l1a pi'ra parda, 1)<1 ml\ça um 00 adinho; ))' "; s braço um num o, D' . a bocea um beijinho,

TI':lgo dentro ao meu pito '1idra, laranja lim1\o j

Para traz I' toda a frueta 1 filta-m O tou coração,

~ U1 toda n. aryoro dá. frueto J 111 toda a. rva. dfl. flor;

.J. cm toda a mulher b nita. Pode dar con tnnt amor.

limào tira o fa tio, laranja o b 111 qucr I';

Tira de mim o entido e me queres v r morrer.

h figu ira dá,me um figo, h figo dá-mo um agra o;

Oh m nina, dê-m um beijo, ue eu lhe dar i um nbl'aço .

• ilva v 1'd n:10 me prenda I

Ih j1 que 111\0 me eO'ura ; Olha que t nho qu brado Outra' alg·ma ' maio dnrfi .

Obra protegida por direitos de autor

)'r.V,\ OE r.MiTl

T ma , ilva mo }ll'endeu, ma silva pequenina;

• Tão ha OURa CJUO mais pl'enda u os olhos d(' uJIla mrnina.

silva (11H' lUe pr nden rreb 'llLOtt no vallado;

Junca a ii va ln prrndell OIU ti'IO forte caden<1o.

na ,ilva que' dào alUora .. , Ha outra que nào as dão; lIa amores que são firme, lIa outros que o nitO são.

'ilva v 1'{1e picósinha, Ao acipr stc se nleia; leu amor.. me pr nc1 re eixa-me larga a cadeia.

h guei á borua do rio • ilva. verde é m u enco 'to; Que importa que o mundo fale 'c o amOlO é do meu go to .

• aI a verd combatida Ao pé do majari âo; Bcm podemo ser amante, 1\1a sempre dizer que nilO.

·A sal a do meu quintal rrebenta pelo pé;

A im atTebente a boeca A quem diz o que nao 6.

,

Obra protegida por direitos de autor

4G

f. ,\ ~ ' I O~E1HO 1'0 1" LAU

Entre p dm pec1rinhag T a cm raminhos d sa l~a i

p rra- t :t ~ in. qu 6 firlll , D ixa a. bonita qu 6 fuI u.

Tu fal~a me

snh\ uhiu ao mul'o, A ol'telã foi tl cendo j 'e p n, a qn pOI' ti mol'l'J,

Eu ele ti nada pCl'tcndo.

Dcbaixo dn oliv im l\f nina CJu o amaI'; T lU n. folhn miudinha,

Tào ntl'a lá o luar.

e a oli v ira. falas 'o Elia. cliri<~ o que vi li j D baixo dI.'. lia. sombl'a, Doi HIl1Hnt encobriu .

'uCJuellu janclla alta )Io atiraram um li,nào j

ca ca d ti-me no peito, O UIJ11l10 no coraçào.

l?citei um limHo correndo, A tua porta. parou i

uando 11m limâo t m an:oreS, ue fUl'<t quem o deitou ?

Obra protegida por direitos de autor

LVA DE CA,'TIGAS

Alecrim á borda c1 agua. e longe faz appnl'ellf'ia ;

Muito amOrc!! p relem la pouco. dilig n ·io..

Todo. a menina bonita ~ão devia d na, ceI' ; E como l\ pf'ra madura, Todos a qu r lU comer.

b meu mnjnrieão verde, J:í. m u peit foi teu va o; J tí. Ia tens outros amores, .H. de mim nâo faz s caRO.

Flores do campo são ai" Quantos dou por ti meu bem; P n o que o v nto te leva, Não me fales a. ningu m.

Quem ama duas a par D ve ter grand tal nto, Para podcr arranjar rranta l1J ntira a um tempo.

D 'aqui d'onde stou bem vejo Dua meninas gua s, 'e quizer dizer bcm pos o

De qual d'eHas gosto mais.

h Anna, tre vezes Anna, Oh Anna feita de cêra; Quem fôra brnza de lume, Anna, quc te del'retera.

47

Obra protegida por direitos de autor

C.\~C lo~m I\ O 1'01' LAll

'1'h I'('zinha. acho de uvas, h qu m t d '1 inielÍl'fi i

I bagllinho m bnrruinho, ... T nh\llu bago te d ixara,

mIa n baixo ' a ilUa, li' ito namora par dI'. ,

Tão ll1 '~llan1a~ lealdade ::-\cnâ m quanto me vêdc'.

Y nho aqui de tanta 1 p;on., Por e tt'uda tà( III donha. i "mpl'e 'onhand omtirro, '6 tu commigo não sonha

noitcceu-m na I'l'a I II l't rolll\!l fiz nbl'irro; Aurarei-m a ullla ponha, P n ando que n1 c.omtigo.

Lá vem o meu amor inho Que li pelo ancIur o onb ço i Truz o char u tí. marota, O apote do ave o.

Não m atir com pedrinhas ue pode' qu brar a loiça;

A tira-lU ao coração De vagar, que ninguem OUç:l.

sol po to quer encosto, Eu mono por me nco tal' i Tu morres 6 por m vê!', Eu mOlTo por te falar.

Obra protegida por direitos de autor

.M p(l..~('i o IllAr " nndo )\n~ onr! \!II do tl'U t:nbcllo ... Aj;om 114)'~" ,lil!l'r Que p1!'.ui o lIlar lI('m medo,

E'.a tlla mlo d,· III'\lC

Quantlo tlR lIlinhll !'<,gou, Dc\'érll!l tinha fl,jtic;oll, Que logo me infeitiçou .

TUIl! m:lu" !lilo brnfl(':l, ne\'I:', 'r('u, dctlo!'\ Il!\O IillllK1 flore! i Teue hrn~'o!'\ cac\ciM ll'ouro, L:'ll;oS de prcm!l'r alUores.

Oh IIlI"U Rmor, 80 t u ftr ... " • Ao tribunnl dU!! forrno8f\<1,

Eqcolhc·ruo fl~ triguci r inllll~, Que os urancn!l .(\0 cngnnO;f1I1.

'J'cndc~ o pé pequí'nino ])0 11Unll.l1h" de 11m vintem i Podill cHl~'nr de prnlll QUl'1lI 110 peqm'no pé tem.

'rende:! car:\ de pnpcl, Nariz de 11('11111\ npnrfHln, 0lh08 de h.:lru mil1(la, ]Jocca de carta fc('bll~.

Meu nmor, quem cala \'('ncc, .Mais vcnce quem nào diz nada i Em CCI'I;\II occtlSiõcs Mais "nlo n bocen ('nluda.

87

Obra protegida por direitos de autor

t\'l lo;,\n no l'Ol'lLAn

U "lLIlg'ue dn!\ tua ,Teias Gim no Ul('U cQra .. ilo i (h teu!\ bl'lll\nS ll:iO e:Hleil\~, . \ Il\M' 1110 entrego ti. pri'l.ilo,

Til'c bontem de lJOi lC um ~onho, Que 80nh o no dn'crtido! :-'onlll'i quC' tinha IIIl cama A furmn do teu vestido ,

1::.u na~ci entre a.s e~trcll.,,,, Ao 1>0 do céo fui criado i l}crdi·mc na noite eSClIm, Em teus braços fui nchado,

1::)"t:\ noite sonhei cu ~t)llltigo, minb!l helleza i

Acordei, achei.me só, l~m ~onbOI! nào ba firmeza,

Dormindo esta\'a sonhando Que to CFtava a dar abrnl)o!\, ACQrnci, achei.me só, Mal hajam os sonhos fo.l c;o!',

E"\ta noi te e8t i,'c. Ql!ti,'c A conversa com o amor, Cum n minha bocca na tua Com.) o orvalbo na flor,

Monina, d(;~te·me a modc, Do.e·mo :agora a sepultura Mai l! aci ma dos joelhob. Mais abaixo da cintura,

Obra protegida por direitos de autor

5"' \ Oh C,\l\I'I f, \ S

L<'lllbrnnçn, do t~llIpO nlcf're :Me f(W.'n\ cntrilllccer; Quem 11111/\ n1'lo eonllidrra O qu{' pôde nconteecr.

~inguelll M\ fie no!! hOlllcn~, ~ém no 8011 Ilocr falnr j

Tem :\S Plllnvrinh:15 doe!!" Cornç1'lo de rOlll\lgRr,

Nn1Uorei.mc, nRlIlorei.me, Não !III' 80ube nnlll0rl\r, NAmorei-me de um vndio Que me nilo 8nbc (,Atimllt',

&> CII IIouhern quem tu (' t'/\!l, Quem cm. teu eOfaçito, Du!U~ fnl1\8 que te cu dei Ou cu n, dnrin ou não,

Se cu aoubern quem tu eraÕ\ Ou eu te 1\111f1l'ia 011 não; Agom qu{' jt\ u 8ei Pnd~çl\ meu eocn\110 ,

Fui cnruntrnl' 1\ desgraça Onde :lg lI1ail acham prnzcl' i . \11101' que du. vida 1\ IllUtos, Só :l mim me fa~ morre,',

Eu fui a maia desgraçada Da, fillul3 de minha lIIile; Todo s tem a qucm IC eheguelll, Só eu nDo tenho ningucllI

Obra protegida por direitos de autor

90

Xil.o ~('i que qUl'r n flc!'{;rl\\,fl. QUt'l ~tn\K dr' mim l'un.- tOI1(o? j leill\' par:u' (' 1nC\"'Inw-lhc QUl' tio ,-d·a 11:10 !U'- ("rlmto.

En quer'l Ill'lll a dC~~lll~·n. QUI' flt'Ulpn' me fll'U!\I)"lllhQU ;

Tenho odi\l li. n IltUf!l., QUl' lH'm nUQ me d, ixou.

Almn, ,-i!ln o corõ)çl0 Tudo, 11L\10 j;l te dt'i; ':':0 Iculk" ludo quI:' nnimn, Como 1','\11 ti ,-h-c-rei 'I

QUC'IU tirn da 1'1':\11\ (\ liga Fica rt prata dc~ligncln i Quem pOl' ti Rni!;('ft n vida Não Il&lc arriscar mais Ilndn.

Ni'to tenho mais quo te dOI', Nem tu mais que me pc(lir j D:\I"-II'·I\I'; meu ('oraç~o E 1\ chavo para o abrir.

Já la ,"(le, já !'oe ncnlJou A nO!(!'iIl felicidaue j

me rClltrL d'cstn "ida Uma terna @3utlndc.

Xito me importa que cu niio logre Tua miio milllo~n c bella i Aprzar dG meu tormento Gó.t!to de penar por {'lIn.

-•

Obra protegida por direitos de autor

Eu morro por ti, ~(' morro! '1'11 mu d('Y{,~ nnimar j Allillln..nu~1 quo cu prometto Viver .6 ptlrtl. te amar.

lim impo!l!livcl me lnutA, l:or um impu ~;\'d dlOroj E impo !livl'\ quo \'"n\'/\ UIll impo8!1ivel que alloro.

Oh nmor, quo te 67. ('U,

Puro. PUI' ti I{'f dciX:lHlo '/ ~ o bem qucr(' r é UIII crime, Só n';880 serei cu lpado.

JUlltOI ('lIus \)01' que mo déstel Uma n!lua capaz do Rmnr? ~e nlllm l!o('o1i alllor nilo pode Li\'I'CUlcntl' rcllpirnr?

):ilo julgues um &Ó instaMe Que to ro!l~O ler illgrlltl~ j Bcm Mboll que por ti sinto 1.;11111 pnixUo que me matn.

Quem pudém ncreditnr ho o \cu sentido nssim l\;

:\1n8 eu lIempre atraiçoada Em nada posso ter fé.

'renho roito jumm('nto Não amar quem me amofina j MM nito posso, que é mni!! forll': A paixão que me domina.

UI

Obra protegida por direitos de autor

~I :!.

FUlo u110 ver" fah.idndc J\ pAixão com que te fUlcyo j

Quando mo lembra ul'ixal'-tc J);\ 1U('~mA ll'murnnçn choro.

'I't'nlul o meu peito rnlad.) i .. for\,a de padec\'r; E~t;\ pena ó um ~\'gn·t1o t.~ II(, ninguem hade sober.

renllO dl'ntro do \IIeu peito 1)UI\S p<,nnRs n bulir I t'1Ua diz que qu<'t nmores, ()ulra d'olles quer fugir.

Fnç.lmos, meu bem, as ptlzes tomo foi dR outru vcz j Quem quer bcm scmpro perdúa Unu~ .. . duns, nté tres.

~ilo qu('ro fnzer ns pnze!\ Como foi da outra vez; Quem qUf' r bem nUIlC'a o8cnd", Nem um:t., quanto mnis tres.

l:'<' Ctl th'cra não pc<tira Cousa nenhuma :\ ninguem i EtI por nilo ter é que peço Lealdade a quem :\ telU.

Não me }leZn de te :lmar, Poi'\ n110 g6sto d'esta vida i Só me pC'za ser leal E tilo mal correspondida,

-

Obra protegida por direitos de autor

SH\'" IlH CANTIGAS

:-ia mo não ~tlbell nmar, "em cá que eu te en~illarei i O IUOU mct tre foi Cupido, "ü 11\ so nilo &aberei.

o lDeu Rmor ele ciumCiII Nilo qucl' quc fale n ninguem i Falo parl\ que me falem , Nuo 1I0U do engaDal' ningucm.

O vi., ó ronto do noite Nunca fe7. mui a nin~ucm i I ~to do qucm tom mil lingltlL Tim Il honra n qu em I\. tCID,

Oh ful~a , mil vezes ralRR, Oh fnls/L, quo mo vendesto; Qunnto to deram por mim, Que dinheiro rccebeste?

Saltn·mc o IIILngue dus veas, Oh que IIcm cau~tL mo feres i Se !dguma cousa precisas, Dize, amor, iaso que quere!.

Chol'O lagrimaa de sangue lJarn U!U divertimento i Quero que viyaa alegre Á cuata do meu tormento,

Oh falso, permitia o céu Jó. quo me pagu tilo mal, Que o primeiro Amor que tenhas Que te nilo seja leal.

93

Obra protegida por direitos de autor

C ,~C I O' 8 I no l'OI'LI._'ll

Oh qURl1tas "t:ZCII, oh quant:\Cl, F'nl!lO, IXlI' mim chnrl\d~: Qunlldu remediu não tcnhll'\ Então te nrn'I~llth:rd'l,

Triste "011, tri~tc IIH' vejo ~1iI :1 tua cOlup:mhi,"l; Tri",lt' ~u, que ncm mo lomura So 1l1t'grc fui algum dia,

Tenho IIIU amor, tenho dois, 'I'enho lI'C'I, n110 quero mai., j Para que heidc qU'l"Cf amorc;l. Se clica lUe n1\o /113.0 le:\e&?

o amor quc (lU cm li puz .\nte!\ o pU7.erR n'aguaj A agua V!le C nào voltn, ~i\u deixa I,enn!!, nem magun.

Amor, 11:1.0 yenho!! irado, ~u!!pendc a tua vIngança; Bt'U\ me basta o meu ma.rtyrio De te I\mar 1I('1ll c~pCrRnçll.,

.\ntoninlll\, cnr3 liuda, no~to cheio d~ .. ignnes i PZ\I:\\'fl\lI que dáF noutro :-\:10 facadas que me dae~.

o sol 11l\m todOIl nn!<Ce, , pnra mim eSCllf(;Ce j De~gfaçRda creatura, Que até o aol me abofl"ece!

-

Obra protegida por direitos de autor

S\· t,V,\. DR C,\'frtGA S

Mt'u amor, ("II IIOU sincera, Nilo prt'tl'ndo ('n~alll\f-te ; Mil vrzt'1 prot('!lto o juro Anil.''' morrer flue fleixar-to,

Se Os campo" to<1o'\ rtlll\.~5Cm , Que tliriall\ 01 rochl'd4l!l? Então ~n tlNcobririnnl XO"'!!oOI primeiro. !ll'grf·doll.

Quem til' mim te poz tão lonA"c Xilo 1('\'0 Loa f'lciçiIO, Qunntf) mail! longo da viatu, 1\Ial11 perto do coraçi'l(),

Pelo cantai' dn sorria ~o pcrdcm 01 nRvegantel, !lenlem'lIo 1\1 mllCI pelol olhos, As dl\lllM pelol nmantes,

QltCm mo dtrlL jtl logror D'C~9C8 tCUI olhol 1\1 luzcs; 1Jlni, de quatro lienriam N/\ boc('a fazendo cruzei,

Mnl do I\llIorcs nito tem cura, :Mal de nlllOl'CS cura tem i J\ juntelllo!lc doia amores Mal de amor curn-eo bem,

o sol ó 3. caixa de ouro, A lua é fcchadura, As cstrellas sito as chavcs Que fecham minha ventura.

95

Obra protegida por direitos de autor

13 C_\ ,"C I O~ lilno POPVL\1t

Quem tiver filuos fX'<t"l'n~ ]'or forçn bnclo l'[mtnr i Quunllls vezes nll mâ"$ c.Il.ntl\m Com vontado de chorar.

ma mile quc um lilho {mbnla, Todo o ICU fim J chumr, Só por n:io f!l,'\ber a !;Ionl'

Que Deos tcm p..'1n\ lho unt"o

Qucm tiver filhM no mundo Nuo falo dll ~ Ilmlfndn.dns; P orque 118 IiIhns dn dc~grrlçn 'l'mubcm nusccr:un 11OurndfUl.

D lls filhns dn dC!l\'cntura D e\'omol! ter comp:uxào j 'lo mulheres como n~ Illais,

E'ilhna de Eva o de AdUo.

Obra protegida por direitos de autor

-

III-flDOS E [lIÇÕES 01 OU.\

Estndantina

Coimbra, nolu'o cid ado, Ondo lO fOl'mam doutoreI, Aqui tnmbcm 80 formaram O. meus primeiros 1l1llort!s.

Oh Coilllorn, oh Coirubrn, Que fazo! aoa C8tudnntca'! Vem do CMA unI lalllinho., Vilo do cá feitos tratantes.

o amor do estudante Nilo dum mnia do que uma hora, 'foca o aino " RO p'r':l nula, Vcm 115 fcrias "ne'lo embora .

. 1}. cnpn do estudante E cOJUO um jardim de fiol'C!I, Toda fcita de remendos, Cada um do "Ilritl! de côrcs.

Obra protegida por direitos de autor

136

C.\XCIONIl IIIO POPULAR

Oh minha mito 011.0 me mande A Coimbra "cndcr pão, Que lá vem os estudlUltca: Padciriobll de feição .

Adooa ponte de Coimbrn, Agu"s c1arns do Mond~gof Dlga·me, minha menina, Se quem ama tcm BOCCgo?

Xunca cu rora 11 Coimbra, Nem p8Uflrl\ por SIlIlSll0,

NllnCll viril. c~~cs lcus olhos, Quo tnnta pena. mo dilo.

Nlto me f(des cm Coimbra, Que &lia }lellll! que me dacs, 'l'enho I,l 011 meus t\lUorcs, Não quero m'os Icmbrt:8 mais.

Oh ribeira de Vozelhn.s, Quando cu te passeava, 'l' juba olhos e nilo \'ia A cegueira em que andava.

Egrt'ja do Santa Cruz, Feita de pedra morena, Dentro de ti ouvem missa Doi. olho. que me dilo pena.

Quem me déra agora estar Onde tenho o pensamento, D 'cals terra para fóra D e Coimbra para dentro.

Obra protegida por direitos de autor

fIADOS 8 CANções 0 ,\ nUA 137

COimbra, nobre cidade, Bcm to podem chamnr cOrte, Que t('nl a Hninhn-Snntn Da. bandn do nlem dn ponte.

Eatudnntcs de Coimbra 'f~1ll dois' pcccad08 mortaes: Ni'lo fazem caso dOI livros E ga814m dinheiro nos pael.

Se houver de lornnr nrnores lIndo eer com um cstudllntej Ainda que nilo tenha dinheiro, Tem o paesear galante.

Locaes

Minha mite Cl\8uu-rne em Braga C'UIlI gaiato de Lisboaj Nilo tinha calsa, nem véstia, Cami!1l nem má, nem bna.

Fui no Porto, fui n Braga, Tambem fui ao Limoeiroj Nilo achei melhor amigo Que II bolsa do meu dinheiro.

Oh VilIa-Real alegre, Provincia do Trás-os-Mootes, No. dias que lo vejo Meus olhos alo duns fontes.

Obra protegida por direitos de autor

138 c,\~nO;Ü_IIIO I'OPCun

NuncR Ille IctllLroll llrngnnça, Nem quo Inl cidade havia i Agora já n;'to rue C;::qllt'('(!

Nem do noite, uem de dia.

Já fui toldndo (' 111 Brnea, Alferes cm Pcn:I-:\lncõr, Agorn suu ~l,!llcnd. CRpilUO til) teu :uuor.

Adeos Ó CRCS dn" Amein~. COIU teu laudo nr\'oredoj De dia gó~to de ti, Do noito tenho-te medo.

As meninas dn Figueira O I!CU doto é umA césta j AndAm de porlR em porta: Quem compra 811l'dinhn frcseR?

Niio sei C'Jue terrA Ó Figueira, Que Uo nomenda é i Figueira que nuo d:~ figos, Oh quem lhe cortasse o pé.

Tudo o que no mar embarca Á Figueira chega bem i 'rudo ,-ne c torna ti. "ir, 3d o meu amor nilo vem.

Se o mar tivera varandas, lo'lira te vêr ao Brazil; Mas O mnr nào tem varandas, Meu amor por onde heide ir?

Obra protegida por direitos de autor

F.\OOS H C.\SÇÕY.S n .~ IlCA 139

D'nqui no Porto é Jongr, Nilo chrg.un III m('u, leotido! i Qunndo cllclI It~ chrgnrcm Já vao lIIf\i" morto!! 1{110 vivo!.

'1.'rnz o chnf't'o li paralta, A modu dr eidnfl/ill i Pile-lho um!\ fil!\ vertle, Que ó n mool\ de Li~boll.

DitoM. !\ "ilIll de Silve., Quo tem t:). Mllrcot defrontei Tnlllbelll ISnnlingo tem NOlln SenhOril do 1I10nte.

Liebon com lI('r Lillboa Tcm o seu brnço de Olor; Nilo lia terra como Moura No reino do Portugnl,

A, grnde, do Limoeiro São letc, que cu na contei i 'frei de fern), trel de bronze, UIDa. d'ouro, que é d'el-rei.

'renho uma prima na terra Que por ella mOI'ro tnnto i Heide pUr 01 J>és em Uoma A pedi l-a ao pndre &allto,

Pobre pret~ só é gente Quondo vem a noite Clcura i 'rodoe clizem lá ,"cm homem Sémen te pela figum, •

Obra protegida por direitos de autor

140

Fadistas

Tudo qunnto o {lido inllpira :É o que ~Ó lIIe c>ntn:>leln i Pois qU('1II do flldo e til-fi Nua &Rbe o II ue é viver bom.

Eu hl'i!le morrer no fado, S('~uir o, tl(',tinOIl seus i O chinfrim Sl'l'd Uleu brado, A bnnzn 8erÁ me-u Ocos.

50 o padro 8llnto f'oubesse O gosto que o fndo tem, Viera de Homn nqui Bater o rudo tnmbem.

Fado da Severa

("u,do dt Coimbra)

Chorac, fadifltM, chorae, Que UlII!\ fadista morreu i nojo mC!ml'l flUi um nnno, Que a &wera falleceu.

o Conde de Vimioso Um duro golpe soffrcu, Quando lhe foram dizer A tua Severa morreu.

Obra protegida por direitos de autor

I

FAIlOS c C,\~rOHS DA nliA I II

t'orrt'l II. I'lIIL flrpultllrn, O 114'\1 corpo nilliln \'I~:

1\ • AclcOfl, oh l1ul1ll1\ ;-;!'v ... ra, a Dan IOrto I )..:0. til dê!

• LÁ. n'e.~o rt>ino celcdc, • Com tLlII bnn1.!\ na milo, • FArá" dr, AlIio~ rntli~tn~, I Pords tudo cm confullilo.

I

• Ató o proprio Sam P('(lro • Á porta do céo lentndo, ~ Ao ver rlltrm' IL S('\'f'I'fI, Q Bntcu e cantou o forlo.

c Pondo no brnço dn bnnza. • Um 8ignl~1 do Ill'gro fUlllo, • Que diga por toda n pnl'to 10 fado perdeu leu rumo, _

~ ~ Morreu, já faz hojo um anno, " Das fndi tltl\S n rninhn, Com clln o fado perdeu O gosto que o fado tinha.

Chorao, fndistllll, chorae, Que 1\ Severa 10 finou i O gosto que tinha o (nd() Tudo com clla acabou.

,

• .

I

;:.. Obra protegida por direitos de autor

112

Fado do marujo

r r lo dr Coilllln'o)

'l'ri~te '\'icln 1\ do nJf1rujo, Qurd tl'dln ... n mni~ C'l\usadnj Por "uma tri"tc ,oldmln.

11:t~M. t(lI'Iu('l\to151 Bt • .

J\mlllr n chll\,tl c aoa "ent09 QU('I'lIe \'cr:io, qucr de invernoj Pnrec('1ll o proprio inferno

As t~mpc!ot;\dcs!

As M1I8119 nccc.ssiundcs Obrigam a ntl.Vt'gar, E tl pn!l!\tlr tempos no mar,

E aguflceil'os.

PR ~3nHI' dias inteiros SPUl !'c poder cosinh3r i Nem Cio pouco mal nS$ar

X O~S3 comida!

Arrcncgo de tal vido, Que nos dá tanta. ctln!'eira!

em 3. nO~lln bebedeira Nós nao passamos!

Quando l!iocegndo estamos No rancho n descamar I Então Ó que ouço gritar :

Oh leva arriba!

--~

Obra protegida por direitos de autor

C.\ i\ CIO'\' Hlno I'orlll." n

hll, que f(írA IIUIIo tl'mpo .1 el! IJoeuuçu du rAÇU ctll i!' ... lei .. 16u.I. r ,11'~tiluiJn de imporliulCr. pelo rhliculo de lhlb,·lni .. no CoIr9'l"t ... I, ° ultiulO ,ulto heroil'O da n .. iii,· 10r'R, n. N-hhlill" li ... u. Je-t"jnda lillda, e 001 110011_ ca-IlrIdlo_ ,lo lJuiulo 1,III .... rio ,11.0 RCRblndo IlllIlbem eutrl' U\ .. J1ol'Ia irri o J ... cala1l1",dal de I'lIlrl'do. O 1>0,'0 ClCar ut'<'e o "'I1ho mai, COlI.tOllIodor que .1) .Ieluar. tAllLU I'e~a nllo lO­IMado ..I.,. .,'UI dt'~lIlellto"l •. 1:: telllf'"' ° eapir ilO colDi~o quo dClermiua " l'unde da I'roM n. hi.toria d. lmmauidade.

Di .. )1i,:ul'l u-ilii.o: " ma. primeiro \0& quero moelrll.r um ""'1(1'''' qllt ,It]>oil se caulou d., infclice .u~ d't"~ I .. blll lt­Jha, IIUI' IIluit,~ J:n»Arllm de muita.. mltuciru por ulIIllload. trioti,,,jm .. , I' ajuda mnia Iri·te c IIt'nlidll, que i"IO ' Iue nl'lo le JI~pelllOdei. Io;r de millhn curitMidaue:

Pue~t~ estau frente IL frente 1..0' ,Ioa IlIloroK<_ l'flm ,1()8, l 'no N I}d Hc~- ;\ Ialuco, Uh'Q de N'ha~tll\llo

t:llu~illl"O. Moço Ilnilllo~o y "nlieutc, lwbllMO dl'tl'rrllinlldo. Aun que til' jlQCll t~lleric llci. 1 no hitll /lcolI!t'jado

1::1 h'~lllIno. {lulu,lo lo! Mol'Oa !io ('u('ulo ~u huc lo! ln IAn l'ercaodo QUI' pe,a uno de 1011 &uyo5 ::;On III'" dez~ .. ocho t.nlos.

Anlieodo eo {ut'go lU pecbo J{abiA por po •• erlol mauo, Picu~a que tOOOIl 11011 nada Mand. Il !,c!ea ccbar bando

EI lUllilllllO. Dr.ma que ~II\ iuan los moros 1 1"1 U-ercilo contrArio 'li. e~ ,'IlII I1cgl' 11I1o cerca A cllM (dize) ~anliago!

EI ulill\1I0. Diepura la "rtclhAria La muntra mal disperando, L1 uc,"en bnl"., \luc"eu muerlC!!, l:llleIB! e mÚMl ueÍluoa.

Obra protegida por direitos de autor

Non s

l~mpl"M Ili ~", lo. moroa, lA hUH'1I rolo. ""lAUdo, I ... IR .. rlltllr('ro~ \'ieloril I'rl"~"I')I1'ln C"" jtnulIlr IIIpllllutn,

Que IIl1l1arall el )Ialu~ '- lo \la 111:'\",10 "I dilhlo 1'or que junto II III !itera J...o 11""'1" '<.111 dl' um ~IIUO_

\ ell III n\Orll arlllhari. Do. ba"deraa ~l' han f{llllldo, ('011 \·ietori. tall pujante QUl' ~rmrjnn n milalrTO.

1~10 por pl'ceild .. 1l000lrOl l.a ~Olnmt). Ilt"lCtl I:'~plldo QUI:' II, 1'000rrl"r retru,c!Ul1rdia La d(·I/llIll'l1l. 1111 I'/lr/ldo,

Que por 1011 nuttll)'a lodo_ I'-=" \lIugunrdia IIneuro campo. \' COII ~llnJ;l"C de 101 IIlIll'IIOII

E' lt'I l1('chu un (rrRudr lago. '1'0110 lo Iludn l'1 buril Ue,.,

Dando UlO<ltr11l lIIuy ':;111111.«10, L" 1!1I]),uhl tiniR 110 '1I11~1'1l, 1~1"I~U rotll, y .in ell.\"ollo

Qllr l'l ~uyo pllMIl,do el pccho y" 110 plll!t1l' d(l,f 1111 pn8>O(1, A t;cor~ J)alunqller1lllc pide L o do 8U rueio 1"Ol1l1.(1o.

J)nselo de hlll'na gll.na, Y el Ile)' u\'u11t1ll de nll •• Ito Mirull' ('I Hey como Jaze, D e e<"IIldai cu_; eBlUran,lo.

Ma. le di~n que I(' lall'e Pne~ todo ('I roto 1"11 pedaçol, EI J{ey le \ ,i. a 101 moro. A lo, moros Sebastiano

EI Iutitllon. HUlell III. Itluerlc ell dll.r mncrtct, BUle!!. 1I1uerles 8eba,tillno

EI lusitano! Di zielldo IIorll t'1 la hOrll, Que 1111 uel morir, lula la vila honor •. '

219

Obra protegida por direitos de autor

220 C \ "C IOl'> l3 l1tO POI'UI",n

A ubfo1.l,'rill da. ""ÇÕClI IInlill-H: pelll freqUl'lleill. do. aeu. IUlll:l.j".; h .. IluaLloJot morll~ que .ó umu eJ: 1~rienci .. tlc! 11('(:111. "um ~OIO prOfundo dR \'i.l" podi .. ,u de...oobrir. Dio\nlr ~rl"'h" ractos re_lIham I» gfalldos priueipinll ti .. \" í«l:' Jt A ..... 1,,,,/o,/~ i oI.nl d# .i IIU·,.".II; a hUM/UIUIa,I,. I ilifoUiL"C/. q.""ul.,il'U I r,)flnft I'"lt'tiell, lI'lui ~lflu:fI"no. eol •• pouca.li. l\h."I" \hlrtino',1 lu 1l'.D, ", 1ti3 das ~\ UOtl\,.üe. A P"eliro., II uoll" I"lÍl" U" lIr1Rt'Ul dI' o''''lIonc-ia ua 1)Oe ia popuhu: .. 1'1 Uo«) (n·CUCOI!.' d,'l a. "guie no 11A.'ee" lonl.K-r.e oomuuiudo "I IlIwbto Ik\r ti intlujo de 101 ,,_eriIOl dI! ln. 110('111.1; ,iuo IlRlX'r IIlIdJ<lI"'I}/lnllul('"ml'llle 1'11 1ne<lio de tn (:eute \-ill~ur . • \un no IIIU)" A h·!Jmtlu!rl "\ ~iSl0 ~keiml) IluilllO (o,mó 1'1 mllr· 'In{'~ de l' 1UI,lhlll:\ IlItUl ('oll~'eiol\ do rrfrllPl'·. Ó fldu!Ji"" qLl~ ~" \('UiMI l)(Ir Indiciou tio tiempo fluti1luia"lmo, Imc,to que 1.: .. th·"," dr}".'''''" H "tlt.'!'); ) CU(I·C ellM hn~· hl\u.:hic.imos, que hnu 1I1',!!",ulo lalllui('u IU.~h, n<l<"ltros, foruu\l[oa o.'OU .el"1!ol da \"nrill nu'\li,la \ lIea],I&,105 ('II OM}lIo"lt; taleI como: A Imn dureI, ,ljante fI!-:"u(lo. _('/llleu blldJa5 (' Imhlell cn,lfI~. - lal 1111' (juit'ren la~ "'Ulnfltlr~~, por 'IU(' di:..'l' lu \"('rdflues. -Do 1\I<'u::-lU .·illJ" IUI.'II,(:/l5 'l'Icutint·, I.'Il·. \·eUlo~. Ilu~, cu I' ... toa rdmnl'~ y tU otro~ iufiuitOI do III. mil!lI1ll e~l'eci(' que el ","" J!'! u,olJllllfe, como illl::""ll,·O a(:"lnJabl .. "I oi,lo) ,\ 11I·01)l)Mito para (::"rlluflr la~ r",l"h1""~ 1.',' la m('moria, (',n (l()lIIun y \1111-:"111· ell J:: "fuill .ilotlo~ ant('. quo im,,!:"illllrlln ~ilJuiefll, IlJ~ poeta, prohijarlo ,Ia bueu (::"Mulo, ('II ~eu ('omllO,icioll""." A mflior par­te ti"" aJa::io,,", 8111'~ill' e I ilü,·, porlugut'Ze6 ndulln·ee 111111 i 1 ... lo~ recolhido! eln um I;fOI.~O ,·olu1Ilc, d'olldll eacolhelllol al,(:un~ !,ar:! 1l1ll0,lm tI·("tIl formn rylhmlca da poe,;il~ cio 1I(><1.j,1 po'·o. No. ('1"llos populares da Grceil\ moderUIl tlUll' bem ae enconlram alguus ~ilUilhl\lIle.. 11.01 1I0bO~ .

I'UI.

Obra protegida por direitos de autor

-

INDI~X

CANClO::-<EIRO P OP UL AR

DoCollector ...... , ........................ ,. V-VI II

1- Roliqui llol da p08lia portugueu. doa leeulo. XII a XVI

1 FrR::tTncnlo cIo pol'nHl do Il\'n .. . .......••. ,..... 1 2 Clln~tl./) do l<'igut'iral, por (iuesto AOltlres......... 2 ;J Cança/) do (: onçlllo ller1l1i .. "uee I) 'l',np:/I..mourot... 4 " CUllçil.o dI' Ega~ Moniz" 0 0111\ Violante..... . . . .. fi !) Canção de E/pi, MOIUI á .ua Dama....... ....... 'i Ü CUllli/:,1\ ~:l t yri('1l do !('UlPO de Dom Joio I........ !l '2 ' l'ol1llllilh" 'dos IlObr"l .\ poria tio Com'l'uto do Con·

de~ll\\"el .. . ..•..•. ... •............ ... . ,..... 9 8 5c;:;uidilhll. filie 'u mulhern de Lisboa ellntln.m r"

Pa choa Floridll 111\ wpulturn do CondCltll\'e •.. 10 9 Cllllti,,"1 (IUI' Ot 11101 Rdore. do Re'll'llo IRelem) cac·

1/\\'1l1ll nR ~1'':;Hntlll oltll\'. do E'llirilo baoto oa te· pulturll cio t'oucle<tlwC'1. ...•... '. •...•....... II

10 C"nliJ::'''' tios morlldou ... de iSRra\em DO lumil'ernno do t'Ollu('_ltI\,el, nchodOll t'1II uro maou.rriplo de Azurl\ra .......... .• ......•........ ,.... .•.. 13

11 Orllção do JUlIO .Iui" de EI-",j Dom DulITte,...... 14 12 lu \'ocnçi\o n N(»'~R 8enhora,lObre o J1y.nno AL~ Ma·

rio. ::iuUa, ..... . .. , _ ....................... ' 17 13 PrC'pllrrlçAfI de um \leccador pirA O ueramento dR

l .. milenciR, 1l'J::'11I1I o llt hO!'M canonku, pelo Dou-tor FI'I~i Joiio l'lnl'O .. , , ........... I ..... '.... 25

11 Pll rl\phrl\~c 110 Plldl'(' No~IO_ .. I' ••••••••••• ,., •• 31 Ir) PlltA]lhrl\~e da Ave MnriA ....• ". ,.,., .. , ...... 33 16 Te lJeulII LlludllmOI •..• , .... I •• '.............. Só

Obra protegida por direitos de autor

17 Cllnlif.!!'1 .11' I)onll FilirlIA , li'lu\ .1,1 Tnf,lntl,' 1)011\ 1'0-11m OU'11l1' til' ('oirnbnl.... . ••.•...•....•... 40

18 ('lInei,!:'l' d,) IWl'-O do t-nnIAf('1II lo Li .!.xlll nll morto do Can!cIlI I~ci •...•.. • ....• ,..... 010

II _ 5yl93 de Cantigas soltas pag_ 41 134

lU _ Fados e Cançóea dll Rua

}:~tudnl1tinA .... . .•......••...•... . JAç"C!I ••••.•.•••••..•• ' •••••.••. F"c1i"I ... ~ .....•.... . .••...•....•..• } '".I<J d ... N"·crn... . .. . .. ' ...... . I-'"dn d., lI1"ruj{>- • ..........••.•.•. ('''n("MO cll lIutrinh .. it"fl •.• , •• A ,i,l .... 10 I\l:lrinheiro ........•.. . , .. ('nnli~fI' .11' Io'HIIIIM r.·r") ...•.... {'nllç,l" ,I" ~n~ill"ln_ .....••...•... O Fnu\r ............ . •.... . ...... .\ . I'·rt'irll~ dt' ~1I1l{1l Ch\rn ..•.. . .... ~(\ "t:o<'llhonl da ~;\U\I(' •..•.. ' ..... C'a'lçúo do J~fI\ra.lnr .•....•..••.•.. CAnli~ polilicas ........••.•.....

(. : '-' ',' .... .. .

OU" ,,-a .... ' Coim/'n •.• ...• ('ojm/,m •• ••• L', im/,rn ..•.. I .ÍI./"'<I ...•... AI."'lflY' .....• l Jtim·lJai.r.l .• C/Jiml,rll ...•. Fi!!,,'i,.« ... . . U,irn·.IU" .. . 1.if'''' 11l# •••••

IV - Fastoa do anno li Oraçõel

. A •• h.l1{'ira •................. . ..... ('anli~fI" dn~ !tt'ill ...........•.•. ' .. O ~flnlo '\1I10Ilio ••••••••.••••••.•. • O ~:lUl .Iollu ............•.•...... ("nl1lij!lI~ II ::-am João .........•...• ~AUI I'l'tlro ..... . ...•••.•.. • .....•. 1..õ1\ d(' I'rr'('I){' ..... ' ....•.. . ... . .\ ~'ul,,,rl\ UfI L'onc{'i<"iul ....... . .•.. Infn' da de .JI"I1! ..•.........•..... Orll("110 da AlUllr~urn •••••••••••••••

Ptllafid ..... . •

AI!,"rt~ .. .. " (;,>lm/,ra. • .•.. Folha t'Ola ll /e.

1.;(;;" ,.,., •.... • 11; .1m •••••••

Porto . ...... .

' 3> 137 140 1<. 112 '04 la ln 117 " 8 H,o t rIO lá) 1-· ,-

153 1M 158 1[,9 Ir .. 163 lG5 109 1í2 173

v - Propbecia s nacionaes

Proph('ci8!do~nhor Ury Dom Mllllucl Lj~jo "" .•.. . li;, l)rollh~j ... do UealO Autouio., ...... Lirii'l mI . • ••• li8

VI _ Apborismes }loeticol da lavoura ..... 182-196

NotFl" . ...................... .. ........... ' HI1-220

Obra protegida por direitos de autor

223

l: nn .\TAS))O CAXCIONI:.IRO

}'O.II , Li .. /., Erro, r, 1·1 IIturrm

13 2 m1l1l1l8-

IItl'IIITI1 UlI1TrU'

Enrtnnu

EI\RATAS DO nOllANCEIIlO

Pflg. Li .. ". G:! , 03 r,

lia 2e3 •

171 3'

J:"r~

:'Ilando ~'tr·.,1(J

p",.ciuclindo l'~plllhll~'('U\ No. C(lrtli t'r.

MnndlL 1.;çll0 pr('~c.indin ,., hplllhatllem Nos C.m/i 7'0JIIJ[(Jri. r., cohl dlL Ore te Mareoaldi (,'R:t. lG) \em um 1"0-man('c ~imilhllnte, repro. dlllido 1111. oollecçAo de ('lIoeli (l"harlt. populairCl 1I'lIlI.li(', pa~. 2Wio que o dr\. ('OUlO do Piemonte.

Obra protegida por direitos de autor

Obra protegida por direitos de autor

Obra protegida por direitos de autor

Obra protegida por direitos de autor