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 Obras Fluviais/2001 Estabilização e Proteção de Margens 1  UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E SANITÁRIA Estabilização e  Proteção de Margens PHD 5023 – Obras Fluviais Prof. Dr. Giorgio Brighetti José Rodolfo Scarati Martins Junho/2001

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Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens1UNIVERSIDADE DE SO PAULOESCOLA POLITCNICADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA HIDRULICA E SANITRIAEstabilizao e Proteo de MargensPHD 5023 Obras FluviaisProf. Dr. Giorgio BrighettiJos Rodolfo Scarati MartinsJunho/2001Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens2SUMARIO1 INTRODUO 32 ESTABILIDADE DOS CANAIS SOBAAO DO ESCOAMENTO62.1.1 CAUSAS DAINSTABILIDADE DAS MARGENS 62.2 AO DAS CORRENTES 82.2.1 VELOCIDADE MDIA MXIMA ADMISSVEL 82.2.2 TENSO DE ARRASTE 102.2.3 PROTEO CONTRA AO DAS CORRENTES 152.3 AO DE ONDAS 172.3.1 ONDAS DE VENTO 172.3.2 ONDAS DEVIDO PASSAGEM DEEMBARCAES 202.3.3 DIMENSIONAMENTO DE PROTEES CONTRA A AO DE ONDAS 233 PROTEES CONTNUAS273.1 REVESTIMENTOS FLEXVEIS 273.1.1 PROTEO COM ENROCAMENTO 273.1.2 PROTEO COM COLCHES 343.1.3 ENROCAMENTOS SINTTICOS 483.1.4 GABIES CAIXA 523.2 PROTEES RGIDAS 553.2.1 PAINIS DE CONCRETO ARMADO 553.2.2 CORTINAS ATIRANTADAS 563.2.3 MUROS DE GRAVIDADE 563.2.4 PLACAS PR-MOLDADAS DE CONCRETO 574 PROTEES DESCONTNUAS554.1 CARACTERSTICAS GERAIS 554.2 ESPIGES 554.2.1 CLASSIFICAO DOS ESPIGES E EXEMPLOS 564.2.2 DIMENSIONAMENTO DOS ESPIGES DE PROTEO 604.2.3 MATERIAIS EMPREGADOS NA CONSTRUO DOS ESPIGES E EXEMPLOS 654.3 DIQUES 714.3.1 CERCAS DE MADEIRA 715 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 73Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens1 IntroduoO propsito fundamental da estabilizao e proteo de margens, sob o ponto de vistahidrulico,manteraseodocursodguaestveledentrodoslimitesestabelecidosparasuautilizao,sejacomoviadenavegao,componentedeumsistema de drenagem, aproveitamento hidreltricoou abastecimento de gua.Objetivos Principais Exemplos Especficosevitaraerosodasmargenscomperdadematerial e dados aos terrenos adjacentesproteodeportos,ancoradouroseacessoeclusasmelhoraroalinhamentodofluxo,manteraforma da seo transversalproteodepistasdetrfegojuntosmargens, pontes, encontros e acessoscontribuir com a estabilidade geotcnica proteodetomadasdguaeestruturasdedescargacontribuircomamanuteno,aspectosvisuais e paisagsticos, limpeza e etc.proteodepropriedadessmargensdocurso dguaFigura1: Exemplos de Proteo de Margens para diferentes finalidadesAaohidrulicasobreasmargenssedanaformadecorrentes,quearrastamomaterial constituinte e na forma de ondas, provocadas pelo prprio escoamento, vento,operao de estruturas hidrulicas ou pelo movimento das embarcaes.Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens4Asformasdeproteousualmenteempregadascontraaaohidrulica,soclassificadas em dois grupos, osrevestimentosouproteesdiretasoucontnuaseosdiqueseespiges,tambmconsideradoscomoproteesindiretasoudescontnuas.Tabela1: Classificao das ProteesPROTEODIRETAS OU CONTNUAS INDIRETA OU DESCONTNUAMtodoapoiadasouexecutadasdiretamentenotaludedasmargensobrasconstrudasaumacertadistnciadamargemparadesviar ascorrentes e provocaradecantaodematerialslidotransportado pela guaPrincipais Obrasreduodongulodetalude,revestimentodasmargenscompedregulhos,cascalhos,pedrasbritadasvegetao,revestimentoasfltico,enrocamentocompedras lanadas, gabies, cortinas continuase murosespiges e diquesAsproteesdotiporevestimentossousualmenteparalelasaoeixodocanalenquanto os espiges apresentam algum angulo com o escoamento.Tabela2: COMPARAAO ENTRE AS OBRAS DE PROTEAO DIRETA E INDIRETAObrasPROTEAO DIRETA PROTEO INDIRETAVantagensnohdiminuiodareahidrulicadorionormalmente mais eficientesmaiorgarantiadafixaodefinitivadasmargensnormalmente mais econmicascustos da manuteno diminuem no tempodestruioemumtrechodaobranope em perigo todo o restopodem ser construdas por etapasaretenodesedimentosproporcionauma proteo adicionalDesvantagensconstruomaiscomplicadaeprecisaencarecendo a obranecessidadedemanutenocuidadosaparanosecolocaremperigotodaproteomenos eficazes e de menor garantiadiminuem a rea hidrulicaaumentam a rugosidade das margensproduzem perdas de carga adicionaisnosoaconselhadaspararaiosmenoresouiguaisaduasvezesalargura do curso d'guaPodem no fixar a margem entre elasObras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens5Tabela3: Principais Tipos de Proteolanadoenrocamentoarrumadogabio mantaelementosdeconcretoarticuladoselementos de madeiracolcheselementos plsticosbolsas de concretobolsas de solocimentobolsas de argamassaenrocamentosintticoblocos pr-fabricadosgramneasvegetaoplantas semi-aquticascaixagabiessacopneus usadosFlexveisoutrastroncos de rvore lanadospainis armadosgabies revestidosmuros de gravidadepainis pr-moldadisblocos pr-fabricadosconcretoparedes diafragmaargamassadoenrocamentocom injeo de consolidaopedra argamassada/alvenaria de pedrasmadeiraRevestimentos(protees contnuas)Rgidoscercasmetlicaslanadoenrocamento enrocamentocompilaresdeconcreto ou madeirabolsasdeconcreto,solo-cimentoe argamassaFlexveisenrocamentosintticoblocos pr-moldadosmuros de gravidadePROTEESDiques ouEspiges(Protees nocontnuas)Rgidosconcretomuros de concreto armadoFIGURA2: Destruio tpica de margem cncava de um rio por ao da correnteObras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens62 Estabilidade dos Canais sobaAo do Escoamento2.1.1 Causas daInstabilidade das MargensParaaelaboraodeumprojetodeproteodemargensfundamentaloconhecimentodosfatoresqueafetamaestabilidadetaiscomoascausasetiposdeeroses,desbarrancamentoseetc.Estascausapodemdemodageralserclassificadas emao hidrulica, devido a correntes e ondasinstabilidade geotcnica, resultados da saturao e infiltraes de gua.As causas das instabilidades por ao hidrulica so subdivididas em:a) Ao erosiva das correntesConsideram-seasforaserosivascrticassobreomaterialconstituintedoleitoedasmargens.Seaforaerosivaatuante for superior fora erosivacrticaoulimitedomaterial,ocorreraeroso.Osrecuosdasmargens ocorre quando da erosodopdotalude,provocandoosolapamento dos mesmosb) Ao das OndasAserosescausadaspelomovimentodasondascontraasmargenspodemocorrerdevido diferentes agentes como o vento, embarcaes ou a operao de estruturashidrulicas do tipo comportas, usinas hidreltricas e estaes elevatrias.c)IrregularidadeslocalizadasnoescoamentoNestecaso,apresenadeextremidadedeespiges,pilaresdepontes,afloramentosrochososeoutrospodemgerarturbilhesnacorrentelquidaquecausamosolapamentodaparteinferiordasmargens.Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens7Tabela4 : Principais Aes Hidrulicas atuando sobre as margens (Ven Te Chow)As causas da eroso devido instabilidade geotcnica dos taludes de margem podemser identificadas por:a) Diminuio do angulo natural de equilbrioAsaturaodoterrenotemporconseqnciaumareduodoangulonaturaldeequilbrio relativo ao material, diminuindo sua resistncia.b) rompimento generalizado da margemAdescidaousubidarpidadonveldguaouaelevaodolenolfreticopodemprovocar o escorregamento do talude da margemc) piping ou retro erosoEstefenmeno,causadopelaexistnciadeescoamentoatravsdecaminhospreferenciais, em pontos fracos do terreno, permite que as partculas do talude sejamtransportadas pelo fluxo provocando assim a eroso progressiva rtrgrada.Figura3 : Ilustrao das principais causas da instabilidade geotcnicaAverificaodaestabilidadedoscanaissobaaodoescoamentoconsideradaaps a anlise da estabilidade geotcnica. Em muitos casos o revestimento, que temcomo finalidade principal a proteo contra a ao hidrulica, acaba por contribuir comObras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens8aestabilidadegeotcnica,comonocasodoempregodosgabiestipocaixaemmuitos de gabies.Ainclinaodasmargensantesdetudodefinidaapsoscritriosdeestabilidadeque levam em conta aspectos como as caractersticas geotcnicas do solo, saturaodo material, esforos e carregamentos decorrentes de trfego ou construes, efeitosssmicos e etc.Tabela5 : Inclinao de Margem recomendada (Lencastre, 1972)Horizontal / VerticalInclinao Recomandapara os Taludes dosCanais (Lencastre,1924)Tabela6: Inclinao dos Taludes (Conf. CHOW, 1959)MaterialInclinao dos TaludesH:VRocha 0:1Solos pedregosos 0.25:1Canais em terra revestidos de concreto 0.5:1 a 1:1Argila resistente e compacta 1.5:1Solos argilo-arenosos 2:1Solos arenosos ou argilosos de alta porosidade 3:12.2 Ao das CorrentesOprojetoeapreservaodasmargensdoscanaissobaaodoescoamentoestdiretamenterelacionadocomadistribuiodevelocidadesaolongodaseotransversal.Osmtodosusuaisdeanliselevamemcontaavelocidademximaadmissvel e a tenso de arraste.2.2.1 Velocidade Mdia Mxima AdmissvelAvelocidademximaadmissvelamximavelocidademdiaquenocausareroso no corpo do canal. Esta velocidade limite est relacionada ao tipo de materialdo leito e margens, profundidade do escoamento e traado do leito.CHOW[1] sugerequeestavelocidadedependetambmdaidadedocanal,indicandoquecanaiscommais tempo de utilizao so mais estveis que os novos em funo da sedimentaode partculas coloidais.Tabela7: Velocidades Mximas Admissveis (CHOW,1959)Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens9Velocidades Admissveis recomendadas pelaASCE, em 1926Tabela8: Velocidades Mximas Admissveis Segundo a Bibliografia Russa (Lencastre, 1972)Materiais no CoesivosMateriais CoesivosVelocidades Mximas Admissveis (m/s)Profundidade Y= 1,00 mProfundidades Y 1,00 mGrau de SinuosidadeFatores CorretivosObras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens10A velocidade mxima admissvel para as margens pode ainda ser estimada em funodascaractersticasdomaterialcomponente(Neills,1967).SendoVavelocidadedoescoamento e S respectivamente o peso especfico do material e o peso especficodagua,Dodimetromdiocaractersticodomaterial(D50)eyaprofundidadedoescoamento, tem-se que na iminncia de incio de arrastamento:20 , 025 , 21

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yDgdVS.....Eq. 1Aexpressoabaixopermiteadeterminaododimetromnimodomaterialdeproteo a ser utilizado em canais com escoamento a uma velocidade mdia V:222112sensengVD .....Eq. 2onde 0,7 1,4 um fator corretivo devido irregularidade das margens, indicao ngulo do talude e o angulo de repouso do material submerso. O termo = ( s - )/ a relao entreos pesos especficos do sedimento e da gua.2.2.2 Tenso de ArrasteAestabilidadedasmargensdeumcanaldepodeseranalisadapelomtododaTenso de Arraste (Lane, 1955) e considera que as tenses de cizalhamento mximasnofundoenostaludesnodevemexcederaosvaloresadmissveisparaotipodematerial do leito.Para um canal muito largo tem-se que a tenso de arraste mdiapor unidade de reamolhada, ou tenso trativa unitria maxfgRS 0 .....Eq. 3Nesta equao, e g so propriedades fsicas, Ry o raio hidrulico da seo e S0 adeclividade do fundo. Embora muitas tentativas tenham sido feitas para se determinaraforatrativaunitriaaolongodopermetromolhadodeumaseoqualquer,odesconhecimento dos perfis reais de velocidade tem impedido que resultados prticossejam atingidos.Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens11Figura4 :Distribuio de velocidade em sees tpicas nos canais (Chow, 1973)Ascurvasdasfigurasabaixo,obtidasatravsdeestudosemmodelosmatemticosindicam a fora trativa unitria mxima para canais trapezoidais em funo da relaob/y.Observa-sequeemcanaismuitolargos,aforatrativanasmargenstendeaovalor 0,760.DistribuiodasTensesdeArraste no fundo e taludes de umcanalTenso de Arraste Unitria nos Taludes Tenso de Arraste Unitria no fundoObras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens12Quando uma partcula no fundo de um canal est na iminncia de movimento, existeum equilbrio entre a fora trativa e a fora de resistncia dada pelo peso submerso dapartcula (Ws) multiplicado por um coeficiente de atrito, que aproximado por tan(),onde o angulo de repouso do material. Esta a tenso trativa limite para o fundo: l fsWA,tan( ) .....Eq. 4Seapartculaestivernamargem,atensotrativamajoradapelaforapesonadireodainclinaodotalude.Aforaderesistnciaserdadapelopesosubmerso multiplicado pelo coeficiente de atrito na direo da inclinao do talude: l tsWA,cos tantantan 122 .....Eq. 5Relacionando-se as duas foras obtm-se o fator K:22,,tantan1 cos f lt lK .....Eq. 6que representa a relao entre a tenso trativa unitria limite no fundo do canal e nasmargens.2022242628303234363840420.01 0.1 1 10D i me tro d a s p a rtc ul as ( mm)Muito AngularModeradamente AngulosoPouco AngulosoPouco ArredondadoModeradamente ArredondadoMuito ArredondadoFigura5 :Angulo de Repouso das partculas para materiais no coesivosObras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens1300.20.40.60.810 10 20 30 40I ncl i nao dos Lados (graus)K20 25 30 35 40 45Angul odeR e p o u s oFigura6 :Relao entre a tenso trativa no fundo e taludesem funo do Angulo deRepouso do Material em graus e da Inclinao dos TaludesPara partculas em geral, a estimativa da fora trativa unitria limite pode ser efetuadaapartirdacurvadeShields,querelacionaavelocidadedeinciodemovimento,jque:l fgRS V,* 0 .....Eq. 7Os parmetros adimensionais empregados so:50,2*) ( D gDVSf l Re* * V D .....Eq. 8onde V* a velocidade de atrito, R o raio hidrulico, S0adeclividadelongitudinaldocanal, D o dimetro caracterstico do gro e a viscosidade cinemtica.0.010.110.1 1 10 100 1000YR e *Figura7:Curva de ShieldsObras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens14Osvaloresdefinidosnasequaes(2)e(3)paraatensotrativaunitrialimitesoafetadospelograudecompacidadedomaterial,pelasinuosidadedotrechoepeloencouraamentodoleito.Emfunodasinuosidade,Lane(inFrench,1980)recomenda reduzir a tenso trativa limite de acordo com os valores da tabela abaixo:Tabela9 :Reduo na Tenso Trativa Limite em funo do Grau de Sinuosidade(Lane, 1955)Grau de Sinuosidade Fator Multiplicativo da Fora Trativa UnitriaCanais Retilneos 1.00Canais pouco sinuosos 0.90Canais moderadamente sinuosos 0.75Canais muito sinuosos 0.60Figura8 :Valores Recomendados para aTenso Trativa Mxima em canais commaterial no coesivo (U.S.B.R, in CHOW,1959)Figura9 :Valores Recomendados para aTenso Trativa Mxima em canais emfuno do ndice de vazios(CHOW, 1959)Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens15Tabela10 : Tenso de Arraste Limite em Diferentes Materiais (Lencastre, 1972)MateriaisNoCoesivosGrosseiros(kgf/m)758 , 0 Df onde D75 (cm) o dimetro que corresponde, na curva decomposio granulomtrica a 75% em peso, de materials de dimetroinfeiriorMateriaisno coesivosfinos(kgf/m)Materiaiscoesivos(kgf/m)Tabela11: Dimensionamento eVerificao da Estabilidade de um CanalPasso Atividade1determinar os valores de n (rugosidade), declividade, ngulo de repouso domaterial,vazo de dimensionamento e angulo de inclinao dos talude2estimar a sinuosidade a partir da topografia para correo da tenso trativaunitria (tabela 6)3Calcularatensotrativaunitriaatuandonofundoatravsde0 max75 . 0 S yf 4Admitir um dimetro caracterstico para o material da margem. Determinar atenso trativa limite para o fundo a partir das eq. 2 e 3. Corrigir em funoda sinuosidade e da forma da seo. Determinar a tenso trativa limite nostaludes calculando o coeficiente K.5Determinar o dimetro caracterstico atravs da expresso de Shields parao fundo e talude 50,2*) ( D gDVSf l 5Compararcomodimetrodematerialadmitidoinicialmenteerepetiroprocedimento caso necessrio.2.2.3 Proteo contra ao das correntesOdimensionamentodasproteescontraerosocausadapelavelocidadeacimadaquela limite de resistncia do material exige, inicialmente, a definio do material debasedosrevestimentosumavezqueoprocessodedesestabilizaoseiniciapelalavagemoudesagregaodomaterialdabase.Estesmateriaispodemserclassificados como:Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens16material grosseiro, no coesivos D50 > 1 mmmaterial fino, no coesivos D50 < 1 mmmaterial coesivoParamateriaisgrosseirosnocoesivos,namaioriadoscasosprticospodeserutilizada a frmula desenvolvida por Pilarczik (Delft, 1984):5 , 2150

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h g k BuhDcrcr n.....Eq. 933 , 050 50) / (S nW D .....Eq. 10onde:Dn50 o dimetro nominal do materialdefinidopelacurvadecomposio granulomtricah a profundidade do escoamentoucravelocidadecrticadeinciodearrasteB1 o coeficiente da tabela a seguirK o fator de reduo em funo daestabilidade do talude (eq..cr o parmetro de Shields crticoarelaoentreospesosespecficos do material e da guaTabela12 : Valores do Parmetro de ShieldsEstado de Movimento das Partculas crRepouso absoluto 0.03Incio da Instabilidade 0.04Movimento 0.06Tabela13 : Valores do Parmetro de ShieldsCondies do Escoamento B1GrandeTurbulncia,extravasamento,perturbaeslocaiserestries de seo5-6Turbulncia Normal em rios e canais 7-8Pequenaturbulncia,escoamentouniforme,condiesdeleitoliso, escoamentos de laboratrio8-10Odimetronominaldaproteodemargenscontraoataquedascorrentesfoiproposto por Isbash (1970), atravs da frmula:Obras Fluviais/2001Estabilizao e Proteo de Margens17k g uDcrn 2507 , 0) .....Eq. 11onde o peso especfico relativo do material de proteo, cr a mxima velocidadedascorrentesderetorno(verondas)oudoescoamento,aquelaqueformaioreKofator de reduo devido inclinao do talude.2.3 Ao de OndasAinstabilidadedasmargenscausadaspelomovimentodasondascontraostaludespodem ocorrer devido a diferentes agentes, como:ondas geradas pelo ventoondas de translao originadas pela variao brusca de vazoondas geradas pela passagem ou movimento de embarcaes.2.3.1 Ondas de VentoAaodoventosobreassuperfcieslivresprovocaondascujaaltura,perodoevelocidadedepropagaosorelacionadasprofundidadedoescoamentoeavelocidadedovento.Paraguasprofundas,aalturasignificativadasondasproporcional profundidade y, velocidade do vento V e comprimento do fetch L, quepode ser interpretado como sendo a pista de atuao do vento no sentido da formaodeondas.Emguasrasas,oefeitodoatritocomoleitocompetecomaenergiatransferidapelo vento limitando a altura das ondas.guas profundas intermedirio guas rasas25 . 00>Lh25 , 0 05 , 00