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Ancorensis Cooperativa de Ensino, CRL Disciplina: Biologia e Geologia Professora: Susana Leão Trabalho realizado por: Filipa Fonseca; 10º A

Obtenção de matéria pelos seres autotróficos biologia e geologia

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10º Ano

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Ancorensis Cooperativa de Ensino, CRL

Disciplina: Biologia e Geologia

Professora: Susana Leão

Trabalho realizado por: Filipa Fonseca; 10º A

Data: 17 de abril de 2012

Introdução

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Os seres autotróficos sintetizam matéria orgânica, recorrendo para isso a diferentes fontes de energia. A maioria produz matéria orgânica a partir da matéria mineral, por um processo que utiliza como fonte de energia o Sol – fotossíntese. Os organismos que realizam este processo designam-se por seres autotróficos fotossintéticos ou fotoautotróficos, de que são exemplo as algas, as plantas e as cianobactérias.

Contudo, existem alguns seres autotróficos que, em vez da energia luminosa, utilizam a energia química proveniente da oxidação de compostos inorgânicos para a síntese da matéria orgânica a partir da matéria inorgânica. Estes seres designam-se por seres autotróficos quimiossintéticos ou quimioautotróficos e o processo que realizam é denomindo quimiossíntese. Todos os seres quimioautotróficos são bactérias, como, por exemplo, as bactérias nitrificantes e amonizantes, que vivem no solo e integram o ciclo de reciclagem do azoto na biosfera, e as bactérias sulfurosas e ferrosas, que vivem nos fundos oceânicos, junto de fontes termais.

ATP, fonte de energia nas células

A energia luminosa ou a energia química não podem ser utilizadas diretamente pelas células. Parte dessa energia é transferida para um composto, adenosina trifosfato (ATP), que constitui a fonte de energia diretamente utilizável pelas células. As moléculas de ATP são a forma mais comum de circulação de energia numa célula, pois podem ser facilmente hidrolisadas.

Fotossíntese

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A fotossíntese é um processo complexo que envolve a utilização da energia na produção de substâncias orgânicas a partir de dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), com libertação de oxigénio (O2). Este processo ocorre em todos os seres vivos que possuem pigmentos capazes de captar energia luminosa, pigmentos fotossintéticos, e reveste-se de uma grande importância para a generalidade dos seres vivos:

Produz substâncias orgânicas a partir de substâncias inorgânicas; Transforma a energia luminosa em energia química que fica armazenada

na glicose (principal combustível das células); Produz o oxigénio, gás essencial para a sobrevivência da maioria dos

seres vivos, uma vez que intervém na respiração celular, processo pelo qual a maioria das células produz energia.

Os principais pigmentos fotossintéticos presentes nas plantas e nas algas são as clorofilas, os carotenos, as xantofilas e as ficobilinas. Nestes organismos, esses pigmentos acumulam-se nos cloroplastos, organelos citoplasmáticos com forma discóide e cor verde devido à presença de clorofilas, sendo aí que ocorre a fotossíntese. De entre vários aspetos estruturais do cloroplasto destacam-se o estroma e os tilacóides (vesículas achatadas e empilhadas). É no cloroplasto que ocorre a fotossíntese. Localizando-se os pigmento fotossintéticos nas membranas dos tilacóides.

Captação da energia luminosa

A energia solar é constituída por radiações de diferentes comprimentos de onda, sendo as radiações de comprimento de onda correspondentes ao espetro da luz visível as

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que os seres vivos fotossintéticos utilizam na fotossíntese. As clorofilas a e b possuem picos e absorção que se situam nas zonas azul-violeta e vermelho alaranjado, já os carotenóides absorvem preferencialmente radiação na zona do azul-esverdeado. As radiações correspondentes à zona verde do espetro não são absorvidas, são refletidas, daí as folhas apresentarem cor verde.

Mecanismos da fotossíntese

A fotossíntese é um processo complexo de reações químicas que compreende duas fases: a fase fotoquímica e a fase química.

Fase fotoquímica

Nesta fase, também designada por fase dependente da luz, a energia luminosa, captada pelos pigmentos fotossintéticos, é convertida em energia química, que vai ser utilizada na fase seguinte. Nesta etapa ocorrem:

Fotólise da água – desdobramento de molécula de água em hidrogénio e oxigénio na presença de luz.

H 2O→2H+¿+2e

−¿+12O2¿¿

O oxigénio é libertado e os hidrogénios cedem os seus eletrões, que vão ser captados pela clorofila a quando oxidada. Por esta razão a água é considerada o dador primário de eletrões.

Oxidação da clorofila a e redução do NADP+ - a clorofila a, quando excitada pela luz, perde eletrões, ficando oxidada. Esses eletrões vão ser transferidos ao longo de uma cadeia de moléculas transportadoras de eletrões até serem captados pelo NADP+, que fica reduzido a NADPH. Para a redução do NADP+ a NADPH contribuem também os protões (2 H+) provenientes da fotólise da água.

NADP+¿+2e−¿+2H +¿→NADPH +H+¿¿¿¿ ¿

Fotofosforilação – ao longo da cadeia transportadora de eletrões ocorrem reações de oxidação-redução com libertação de energia. Esta energia é utilizada na fosforilação do ADP em ATP num processo denominado fotofosforilação.

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ADP+Pi+Energia→ ATP+H 2O

Fase química

Nesta fase, também designada por fase não dependente da luz, ocorre a redução de CO2 e a síntese de compostos orgânicos num ciclo de reações conhecidas como Ciclo de Calvin. Este compreende basicamente as seguintes etapas:

Fixação do dióxido de carbono – o CO2 combina-se com uma pentose (ribulose difosfato - RuDP), formando um composto intermédio de seis átomos de carbono, que origina, quase imediatamente, duas moléculas de três átomos de carbono cada uma – ácido fosfoglicérico (PGA). Formações do aldeído fosfoglicérido (PGAL) – as moléculas de ácido fosfoglicérico são fosforiladas pelo ATP e reduzidas pelo NADPH, formado na fase fotoquímica, originando um composto de três átomos de carbono, o aldeído fosfoglicérido. Regeneração da ribulose difosfato e síntese de compostos orgânicos – a maior parte das moléculas de PGAL é utilizada na regeneração da ribulose difosfato. As moléculas de PGAL que não intervêm na regeneração da ribulose são utilizadas na síntese de compostos orgânicos, como a glicose.

Equação global:6H 2O+6CO2→C6H12O6 (glicose )+6O2

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Quimiossíntese

A quimiossíntese é um processo de síntese de compostos orgânicos que utiliza, tal como a fotossíntese, o dióxido de carbono com fonte de carbono, mas, em vez da energia solar, usa a energia proveniente da oxidação de substâncias inorgânicas, como a amónia, os nitritos, o enxofre e o ferro.

Na quimiossíntese é possível distinguir duas fases:

Produção de molécula de ATP e de NADPH – da oxidação de compostos minerais (amoníaco, sulfureto de hidrogénio, carbonatos e sulfatos de ferro) obtêm-se eletrões e protões que vão ser transportados ao longo de uma cadeia, ocorrendo a fosforilação de ADP em ATP e a redução do NADP+ em NADPH. Redução de dióxido de carbono – esta fase corresponde à fase química da fotossíntese, ocorrendo também aqui um ciclo idêntico ao de Calvin, onde intervêm as moléculas de ATP e de NADPH produzidas na fase anterior. Neste ciclo verifica-se a fixação do dióxido de carbono, que é reduzido, permitindo a formação de substâncias orgânicas.

Bibliografia:B. FotossínteseA. Quimiossíntese

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http://www.prof2000.pt/users/geologia/testes/quiz.htm http://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/ http://www.cientic.com/portal/index.php?

option=com_content&view=article&id=209:autotrofia-parte-i&catid=21:obtencao-de-materia&Itemid=87

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