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Edição numero 28, de 30 de junho de 2015 • Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment Entrevista da Semana: 20 anos do Dark Metal do A Sorrowful Dream Depressive Black/Doom Distiphyxia Monolord Stoner Doom Sueco Agenda: Final de semana dominado pelo Stoner FuneralWedding: Resenha do Mankinds Glory, do Agony Voices

October Doom Magazine edição #28 30 06 2015

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Edição numero 28, de 30 de junho de 2015 • Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment

Entrevista da Semana:20 anos do Dark Metal

do A Sorrowful Dream

Depressive Black/Doom

Distiphyxia

MonolordStoner Doom

Sueco

Agenda: Final de semana dominado pelo

Stoner

FuneralWedding:Resenha do Mankinds Glory, do Agony Voices

Bandas, Músicos e Produtores.

Enviem seu Material, Resenha ou Biografia. Seu Trabalho pode trabalho pode estar no

October Doom Magazine e ser visto por mais de 3 mil pessoas por semana.Email: [email protected]

Parece Gringo, Mas não é.Por Morgan Gonçalves

O Brasil não é, de fato, um país com forte expressão do público Depressive Suicidal Black Metal, porém, o gênero tem crescido significativamente nos últimos anos, a exemplo de bandas como Lamúria Abissal e Hateful Agony, mas há também grandes bandas que não são tão conhecidas do público brasileiro, porém, são bastante respeitadas no estrangeiro, e uma delas é o Distiphyxia.

Facebook.com/distiphyxiaDistiphyxia.bandcamp.com

A banda é, na verdade um duo formado em 2013 por P. (Cold Internal Corrosion) nos vocais e bateria e O.L. (Absent Heat) nos vocais, guitarra e programações e teve sua estreia em abril de 2014, com o Ep “Torpor Overdose” e chegou a ser lançado na Europa pela gravadora “Le Crépuscule du Soir”. No mês seguinte, foi lançado o Full-length, intitulado “Overshadowed”, (foto ao lado) que sacramentou a banda no cenário internacional. Em um papo com O.L. ele deixou em aberta a possibilidade de novidades do Distiphyxia em breve, talvez um novo lançamento, Split ou algo assim, mas de qualquer forma, o material já lançado pela dupla é de muita qualidade, e merece chegar a ouvidos do mundo todo. Para conhecer mais do Distiphyxia, acesse as páginas da banda no facebook e Bandcamp, onde o Download do álbum Overshadowed é grátis.

A Conhecer: MonolordPor Morgan Austere Monolord é uma banda de Stoner Doom metal de Gothenburg,

Suécia, formada em 2013, mas pelo pouco tempo de atividade não podemos fazer pouco caso da banda. Monolord traz consigo o full-lenght intitulado “Empress Rising” lançado em 1 de abril de 2014, que já trazia no peso da bateria o mesmo peso que carrega a banda Ufomammut, as guitarras lembram um pouco da banda Electric Wizard vocais ao estilo Sleep trazem consigo uma carga viajante. Em 2015 a banda lança o single “Faires Wear Boots”, que na verdade é uma música do Black Sabbath da qual a banda faz um excelente cover. Em fevereiro de 2015 a banda lança o EP, em formato Vinil 12, “Cursing The One” e Fairies Wear Boots (Black Sabbath cover) em abril desse ano a banda novamente entra em estúdios para trazer “Vaenir”, um full-lenght que traz consigo seis músicas: Cursing The One, We Will Burn, Nuclear Death, Died a Million Times, The Cosmic Silence e Vaenir em um álbum que traz uma carga bastante magnética e induz o ouvinte a ficar estático e letárgico e o álbum

gerou vários comentários positivos. O line-up é formado por Mika Häkki, baixo que toca atualmente na banda Project Eternity. Esben Willems fica com a bateria ex-Marulk e Thomas V. Jäger vocal e guitarra ex-Marulk. É uma banda muito singular dentro do gênero, para os amantes do Stoner Doom, então, ai está o convite para conhece-los. Conheça melhor a banda e seu trabalho, através dos links:

Facebook.com/monolordsweden monolord.com/

(Mika Häkki, Thomas V Jäger e Esben Willems)

Entrevista da Semana: A Sorrowful DreamPor Morgan Austere.

A Sorrowful Dream é a primeira banda de Dark Metal do Brasil, teve sua ascendência em 1996 na cidade de Sapucaia do Sul, Rio Grande do Sul. A banda traz uma carga melancólica e poesia que são refinadas por violino, vocal lírico e teclados bem elaborados, mas nunca deixam a brutalidade do Death Metal e suas pegadas cadenciadas e pesadas traçam ainda mais originalidade da banda. A Banda traz em sua carreira os seguintes trabalhos: “The Echo of Your Cry (Demo), Promo Tape (Demo), The Fall and The Paradise (Single), Desire (Single), A Garden of Stones (Demo), A House of Forgotten Dreams (Compilação), In Your Dry Lips (Demo), The River That Carries My Loss (Single) e finalmente do Full-length Toward Nothingness. Assim, a banda escolhida para contar mais da suas histórias e projetos paara o futuro, são os Porto Alegrense do A Sorroewful Dream, na pessoa do vocalista Éder Macedo.

Morgan Austere: Primeiramente, gostaria de te agradecer por conceder esta entrevista ao October Doom Magazine. É uma honra em primeiro lugar e eu gostaria de saber quais as influências da banda e a influência pessoal de vocês?Éder: É difícil precisar nossas influências. Tivemos nosso início em 1996, quando haviam recém surgido bandas Doom como Paradise Lost, My Dying Bride, Moonspell, The Gathering e Theatre of Tragedy. De alguma forma, essas bandas nos influenciaram, pois descobrimos que era possível fazer um som que unisse melodia, agressividade, ambientações e delicadeza. No entanto, somos tanto quanto essas bandas o resultado de correntes fortes nos anos 80 e início dos 90: a música Gótica e Pós-Punk, e o Trash, Death e Black Metal. É nesse sentido que gostamos de nos dizer influenciados por Sisters of Mercy, Cocteau Twins e Sepultura. Por outro lado, do início até agora, vimos e ouvimos muitas outras bandas, muitos outros estilos e outras sonoridades ou melhor, acredito que tenhamos amadurecido. Assim, creio que se delimitássemos nossas influências, por maior que fosse a lista de bandas, ainda estaríamos imprecisos. Em uma tentativa, creio que nossas influências saem do erudito, passam pelo clássico Rock n’ Roll, cruzam o Stoner Rock, flertam com o Pop, e chegam ao Death/Black extremo.

M.A: Quais origens do A Sorrowful Dream, definição do nome e a temática das letras da banda? Éder: O nome é oriundo de uma conversa de bar, regada a vinho barato, tínhamos acabado de ouvir o álbum “Into de Dephts of Sorrow”, da banda Solitude Aeternus, e estávamos discutindo o nome da banda. Achamos a palavra “sorrow” interessante (pelo menos, mais “erudito” que “sadness”). Para “A Sorrowful Dream”, foi um passo. Gostamos muito do nome, muito embora, na maioria das vezes, explicá-lo é um problema. Apreciamos o nome, pois não se trata de um pesadelo, mas sim de um sonho triste ou pesaroso. E há situações que sonhos pesarosos nos revelam aspectos mais profundos da vida. E essa é a principal temática das letras. Não falamos de tristezas, mas acreditamos que apontando para o lado mais “escuro” dos fatos consigamos ver com mais clareza o todo. Sabemos que isso é um paradoxo e por isso adotamos essa temática.

(Eder Macedo. Vocalista)

M.A: Nos meados 2006 tive o grande prazer de ouvir a demo “A Garden of Stones”, e era uma proposta inteiramente nova ao cenário nacional como foi o processo de produção da demo? Éder: Faz muito tempo. E eu não participei desse álbum (foi o Clark, vocalista que integrou a banda de 2000 a 2004). Inclusive, ela foi lançada sem os vocais femininos, que seriam compostos e gravados depois. Mas afirmo, com certeza, que éramos ainda muito imaturos a respeito de produção. Acredito que alcançamos certo nível nesse quesito com a produção do “Toward Nothingness”, lançado em 2009.

M.A: Contando com três demos, três singles, uma compilação e um full-lenght sem apoio de uma gravadora ou um selo, como a banda lida com essa falta de apoio ou foi uma escolha da banda?Éder: Na verdade, foi uma escolha imposta. Sabemos o quanto é difícil no Brasil encontrarmos apoio, principalmente, para o nosso estilo. Além disso, as novas mídias e meios de distribuição da indústria fonográfica nos ofereceriam, talvez, condições que seriam difíceis de seguir, pois, concomitante à banda, seguimos nossas carreiras, sustentamos família etc. Não é fácil ser “metaleiro” no Brasil – e nem no mundo. Contudo, “aos trancos”, a banda segue viva e buscando produzir e contribuir para que continue viva a cena metal do país.

M.A: Lançado em 2009 o álbum “Toward Nothingness” é o último álbum da banda esse que se encontra em um hiato de 6 anos. A banda tem planos de gravar um novo full-lenght ou esse processo ainda pode demorar? Éder: O lançamento de nosso segundo full-lenght é iminente. Ele está pronto, estamos produzindo a arte da capa e, inclusive, já liberamos três músicas: “Amálgama”, “Entwined” e “Silent Words”. Ele é intitulado “Passion”. E acreditamos que ele seja um disco, de fato, a frente do “Toward Nothingness”. Sei que isso pode soar estranho vindo de nós, mas é que isso vai ao encontro da evolução musical pela qual passamos. Procuramos não nos fechar para novas influências e experimentações e, quem sabe, esse possa ser uma das vantagens em não possuirmos um selo. Não abandonamos nossas raízes, apenas as tornamos mais profundas.

Morgan Austere: Novamente agradecemos a participação da banda, gostariam de deixar algum recado para os fãs da banda?Éder: Queremos agradecer o October Doom Magazine pela lembrança e pelo espaço. Foi um grande prazer poder expressar um pouco sobre a nossa arte. Acreditamos que a banda é uma parte muito importante de cada um de nós e, por isso, a forma com que nós nos expressamos no mundo. Para aqueles que gostam de nosso trabalho, deixamos nossos mais sinceros agradecimentos e esperamos que apreciem o novo trabalho que está por vir, o álbum “Passion”. Muito obrigado a todos.

(A Sorreowful Dreams - Toward Nothingness. 2009 Capa)

Line-up A Sorrowful Dreams: Éder A. de Macedo (voz) Josie Demeneghi (voz) Aurélio Martins (guitarra) Lucas Vargas (guitarra/violino) Mari Vieira (teclados) Geovane “Tuko” Lacerda (baixo) Ricardo Giordano (bateria)

FB.com/asorrowfuldream

ASorrowfulDream.com

Acesse os canais da banda!!

02/07 - QuintaA fita começa na quinta-feira, dia 02, no Espaço Cultural Zapata, em SP, onde vai rolar o Central Underground III, na Edição Noite Black Crust, com apresentações dos caras do Macula (BA), Kroni (SP) e Dead Cops (SP). O rolê começa às 19:30 e as entradas custam apenas R$10,00. Para mais Informações AQUI

03/07 - Sexta #2No Marechal Rock Bar em Caxias do Sul, no RS, é onde vai rolar a “Contatos Imediatos”, numa noite imersa nas sonoridades peso-psicodélicas de Space Guerrilla (POA); Wolftrucker (POA); Mindgarden (CXS).

Lá, as coisas começam às 23 horas. e os Ingressos custam R$10,00 e mais informações podem ser obtidas AQUI.

03/07 - Sexta #1E continua em Bauru, no interior de São Paulo, onde rola o Ruidos y Ideas.Lá acontece mais uma performance dos Baianos do Macula, além das bandas Deaf Kids (RJ/SP), Reiketsu (SP), Suicide Shower (Presidente Prudente/SP) e Against On Thusand Arrows (Agudos/Bauru), além de vários projetos se apresentando nos intervalos e espaços alternativos. O Evento também apresentará mostras de curtas-metragens, literatura e exposições.A feira acontece no Exilio Art Pub, em Bauru, e as entradas custão apenas R$10,00. Para mais informações, clique AQUI.

04 e 05/07 - Sáb/DomSão dois dias de muito som, começando pelo sábado, dia 4, e terminando no domingo, 5. As bandas convocadas para a festa são: Grupo Porco de Grindcore Interpretativo, El Toro Fuerte, Soft Maria, Sound Supernova, Governator Insane, Zonbizarro, Refuzer, Lively Water, Isso, Tempo Plastico, KKFOS, Green Morton, Fodastic Brenfers, 2 Dedo, Lusus Naturae, Mioma e Captain Karma. Ufa! O acontecimento é planejado pelo MURRO (Movimento Underground Rock ‘n’ Roll). A Stoner Party 2 será no Sítio das Oliveiras, em Arraial Velho, Sabará, MG e mais informações estão disponíveis clicando AQUI.

Agenda:Por Morgan Gonçalves

Agony Voices – Mankinds GloryLançamento: Maio/2015Selo: Independente

no October Doom Magazine

Resenha Por Guilherme RochaFlorianópolis, SC. BrasilColaborador do site Funeral Wedding

Agony Voices é um grupo de Doom/Death Metal de origem catarinense, mais precisamente da cidade de Blumenau e nos presenteiam com mais um trabalho de qualidade, o seu segundo álbum, Mankinds Glory. Este novo trabalho, que foi lançado dia 9 de Maio de maneira independente é superior ao seu antecessor, The Sin, lançado em 2011, por trazer os mesmo elementos do álbum passado, mas adicionando uma sonoridade um pouco mais trabalhada e quiçá menos agressiva, podendo então desagradar quem esperava por mais peso da parte da banda. Começando com a música que dá nome ao álbum, ”Mankinds Glory” é uma faixa que possui um riff incrível, até pegajoso, então a banda acerta em cheio em abrir com essa canção, pois deixa o ouvinte curioso e com vontade de ouvir as próximas faixas. “Nocturnal Minds” e “A New Beginning” seguem com ótima qualidade e lembrando muito o primeiro álbum por serem as mais agressivas. O clímax do álbum certamente é a trinca, “No Traces”, “World of Devastation” e “Desire for Pain”.

Facebook.com/Agony-Voices-oficialAgonyvoices.bandcamp.com/ Foto/Arquivo Banda

Estas três faixas mostram bem o que é o novo som do grupo, mais denso, trabalhado e o mais importante, são amostras de uma identidade do grupo, que intercala entre o Death Doom e Gothic Doom estilo Paradise Lost na canção “Desire for Pain” ou Woods of Ypres em “No Traces”. O álbum segue de maneira coesa desde a primeira canção até seu ultimo lamento agonizante “Abyss of Despair” que fecha o álbum de maneira excelente e como não podia deixar de ser carrega de feeling e melancolia. Tracklist:1. Mankinds Glory2. Nocturnal Minds3. A New Beginning4. No Traces5. World of Devastation6. Desire for Pain7. Mysteries of Fear8. Labirynth9. Delusions of Death10. Abyss of Despair