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October Doom Magazine | 1 Lançamentos • Resenhas • Shows • Matérias • Entrevistas e Muito Mais. Edição numero 43, de 13 de Outubro de 2015 Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment ENTREVISTA #1 Black Witch: O Poder do Stoner no Nordeste Brasileiro #EXPERIMENTE: Fica a dica para conhecer Causa Sui e Torrens Conscientium ENTREVISTA #2: Tekilahell lança seu segundo álbum e conta pra gente como é o Undergroud no Centro-Oeste Brasileiro AGENDA: Final de Semana movimentado no Sul do País Funeral Wedding: O Álbum homonimo do Carma foi resenhado essa Semana

October Doom Magazine Edição #43 13 10 2015

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Publicação Semanal com Entrevistas, Resenhas, Shows e Lançamentos sobre tudo oque acontece no Cenário Underground no Brasil e o mundo! Download: https://goo.gl/5DsAoW

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Lançamentos • Resenhas • Shows • Matérias • Entrevistas e Muito Mais.

Edição numero 43, de 13 de Outubro de 2015Produzido e Distribuído por October Doom Entertainment

ENTREVISTA #1Black Witch:O Poder do Stoner no Nordeste Brasileiro

#EXPERIMENTE:Fica a dica para conhecer Causa Sui e Torrens Conscientium

ENTREVISTA #2:Tekilahell lança seu segundo álbum e conta pra gente como é o Undergroud no Centro-Oeste Brasileiro

AGENDA:Final de Semana

movimentado no Sul do País

Funeral Wedding:O Álbum homonimo do

Carma foi resenhado essa Semana

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EXPERIMENTE!Causa Sui, de Psicodélico e Torrens Conscientium, de

Doom/Death Metal

POESIA ESQUIZOFRÊNICAEdson Monteiro, escritor é

o primeiro a contribuir com a Coluna de literatura da

October Doom Magazine

Agenda da Semana:Porto Alegre com eventos Stoner e lançamentos do A Sorrowful Dream

CAPA:

SUMARIO:

Acompanhe as páginas do October Doom.Facebook.com/OctoberDoomEntertainmentOctoberDoom.bandcamp.comIssuu.com/[email protected]

04 e 05Entrevista da Semana:Lorena Rocha, Guitarrista e Vocalista da jovem Black Witch conta como a banda vê a força do movimento Underground no Nordeste do País.

Entrevista:Tekilahell lança novo

álbum e fala sobre a cena no Centro-Oeste

Brasileiro.

08 à 10

Funeral Wedding:Resenha do álbum homônimo dos Portugueses do Carma

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Edição 43. De 13 de Outubro à 20 de outubro de 2015

Foto por Eduarda Rocha

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ENTREVISTA:Uma das bandas mais jovens dessa avalanche Stoner/Doom Brasileira, composta por bandas como Saturndust, Son Of a Witch, Necro, Pantanum, Lively Water, Monster Coyote, Black Witch atraiu muitos olhares no mês de setembro, quando lançou seu primeiro EP, Aware.Então, fomos até Mossoró, no Rio Grande do norte e trocamos uma ideia com esse quarteto que toca cheio de sangue nos olhos!!!

M.G: A banda é jovem, formada este ano. Como vocês decidiram que queriam fazer música? Lorena Rocha: Todos nós da banda estamos envolvidos de alguma maneira com a cena alternativa da cidade. Rafaum é uma das referências no que diz respeito à produção e já é macaco velho de bandas. Fred e Jorge também já estiveram em outras bandas. Eu nunca estive em banda, mas acompanho a cena e bandas locais desde muito cedo e participo das atividades semanais do Mamba Negra, pub e Estúdio local.

M.G: Foi-se o tempo em que podíamos dizer que o Nordeste possuía poucos bons nomes para metal Brasileiro. Como vocês vem o crescimento da cena pela região? Lorena Rocha: Hoje em dia o nordeste tem uma cena bem alimentada, com bandas de reconhecimento nacional e internacional. É renovador para nós, como banda, assistir a shows instigantes como são os do Monster Coyote, Son of a Witch, Mojica, entre vários outros shows de bandas nordestinas que nós tivemos a oportunidade de assistir.

M.G: Black Sabbath é disparado uma das maiores referências para a banda, mas, além do clássico, que outras sonoridades são exploradas pelo Black Witch? Lorena Rocha: Nossas influências variam bastante, mas sempre se encontram em algum ponto. Rafaum e eu escutamos basicamente o mesmo som. Bandas como Windhand, Electric Wizard, Kadavar, Orchid, Kyuss, Monster Coyote, Son of a Witch, Necro. E eu acredito que as maiores inspirações surgem daí.

M.G: Aware é o primeiro registro da banda, que já recebeu excelentes críticas. Como foi a produção desse material? Lorena Rocha: Aware foi produzido por Rafaum Costa, captado no Estúdio Mamba Negra, a mix e a master ficaram a cargo de Paolo Bruno, do Ícone Estúdio. O Mamba Negra deu o clima que precisávamos pra registrar as músicas com tranquilidade e o mestre Paolo captou muito a mensagem que queríamos, no que diz respeito a sonoridade final.

Por Morgan Gonçalves

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M.G: Em Belo Horizonte existe o Murro (Movimento Underground Rock’n Roll) e recentemente, foi criado em Curitiba, o Babalon – Coletivo Sonoro. A gente sabe que acontecem ótimos eventos por aí, mas como a galera se reúne e faz essas coisas acontecerem? Lorena Rocha: Acho que a galera que agita a cena é movida pela vontade de ver o rock acontecendo, na real. De ver a galera curtindo novas bandas e de levar novas bandas para tocar pra uma outra galera. A ideia é ser um apoio mútuo entre bandas, produtores e público.

M.G: Son of a Witch Witching Altar e Necro são algumas das bandas mais conhecidas do gênero Stoner/Doom na região. Como essas bandas contribuíram para o Black Witch? Lorena Rocha: Acompanhar o desenvolvimento dessas bandas é um combustível pra nós, enquanto banda. É muito bacana ter boas bandas sempre crescendo, e é muito legal ver isso acontecendo.

M.G: As letras de Aware refletem pensamentos sobre o Ocultismo e obscuridades do ser humano. Como vocês compões essas canções? Lorena Rocha: Aware foi produzido num momento de grande entendimento e compreensão de mim mesma e do universo. As letras do álbum traduzem fases interiores e a energia da banda proporciona o espaço ideal para que elas fluam.

M.G: Ainda falando de Aware, quem é o artista da capa, e porque vocês escolheram essa ilustração?

Lorena Rocha: A ilustração foi feita por mim mesma e Jorge se encarregou do design. O conceito da capa e também das outras artes referentes à banda foram pensados para tentar reproduzir o mais próximo possível do que é estar consciente de si mesmo.

M.G: Depois do lançamento de Aware, quais os planos do Black Witch? Lorena Rocha: Agora é tocar! Estamos levando o Aware para outras cidades, tocando para outras pessoas. Tocaremos no Festival Suado, que estará na sua quarta edição esse ano. Também pretendemos fechar um álbum completo pro ano que vem.

M.G: Lorena, Rafaum, Fred e Jorge tem alguma mensagem para os fãs do Black Witch? Queremos agradecer a força e o apoio da October Doom, isso é muito importante para os artistas independentes, e agradecer também a todos que vão nos shows, que escutam na internet, que nos dão feedback. Podem entrar em contato conosco pelo facebook.com/blackwitchbr, nós mesmos administramos a página e respondemos as mensagens, e ouçam no blackwitchbr.bandcamp.com. Valeu! M.G: Meus caros, muito obrigado por esse papo super. Parabéns pelo Aware e tudo o que o Black Witch vem conquistando até aqui. Sucesso! Para acompanhar as novidades do Black Witch, siga a banda nas Redes Sociais

Facebook.com/BlackWitchBRBlackwitchbr.bandcamp.com/

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A cena underground portuguesa tem nos apresentado de uns tempos para cá, excelentes bandas do estilo arrastado e depressivo. Isto podemos constatar como este grupo oriundo de Coimbra e sob a alcunha de Carma.Neste trabalho com pouco menos de 40 minutos, temos uma demonstração de um Funeral Doom que volta e meia flerta com o Black Metal e o Dark Ambient. Isto podemos constatar na intro “Sonhos” e na faixa que encerra o disco “Adeus”.Ao todo são seis faixas, as duas instrumentais já citadas e quatro cantadas em seu idioma natal.As letras depreciativas foram escritas e executadas por Nekruss, e podemos sentir em suas linhas de vocal toda a amargura em relação a este mundo fétido e fadado à destruição. As linhas de guitarra e baixo foram compostas e gravadas por Æminus e apesar de não demonstrar nenhuma virtuosidade, temos em seus riffs gélidos e certeiros a melhor ambientação deste fúnebre grupo. Vale a pena mencionar também a presença do

Facebook.com/carma.doomCarmadoom.bandcamp.com/

baterista Igniferum, que mantém precisa e certeira a pegada nos tambores.Apesar de ter gostado de todas as músicas apresentadas neste debut, sou obrigado a mencionar a faixa “Reflexo” como a melhor do material, ainda mais após uma pequena passagem com dedilhados, o clima fica logo pesada na passagem seguinte, onde o mais depressivo ser certamente irá atrás de uma lâmina para retalhar os sues pulsos.Fico por aqui me deprimindo, escutando os últimos acordes e lendo este trecho de letra e refletindo sobre minha mísera existência. “Chegou a altura de enfrentar a morte. Ó carma maldito, a angústia aperta forte. O coração enfraquece, o corpo arrefece, É apenas mais um nome que desaparece.”

Tracklist:1. Sonhos2. Procissão3. Feto4. Reflexo5. Lamento6. Adeus

Foto: Morke photographer

Siga o Funeral Wedding nas Redes Sociais

Carma – CarmaLançamento: 2015Selo: Rain Without End

Resenha Por Rodrigo BuenoBlumenal, SC. Brasil

Fundador do site Funeral Wedding

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#EXPERIMENTE: Formada nos meados de 2004, Causa Sui que significa “causa de si mesmo”, em latim significa algo que é gerado dentro de si. Este conceito foi central para as obras de Baruch Spinoza, Sigmund Freud, Jean-Paul Sartre, e Ernest Becker, onde ele se relaciona com a finalidade de que os objetos podem atribuir a si mesmos. O conceito foi usado frequentemente como um vaso de imortalidade, onde algo poderia criar significado ou continuar a criar significado para além da sua própria vida. A banda traz uma carga extremamente psicodélica.

Em 2005, Causa Sui lançou seu álbum de estréia, homônimo, um disco caracterizado com uma bateria pressurosa e infatigável, o que deixou esse lisérgico trabalho ainda mais próximo das origens do rock psicodélico. Instrumentistas verdadeiramente espantosos, com todos os requisitos para compor maravilhosas obras auditivas. A letargia que o álbum promove e quase poética, uma viagem por terras exóticas do subconsciente humano, um mundo de idéias filosóficas é fadigadas do mundo em que vivemos. Mas com a música do Causa Sui e crível refugiar-se em mundo púbere e mutável...

Facebook.com/elparaisorecords

Quando ouvimos falar em Crimeia, pensamos diretamente em Guerra, Rússia, Ucrânia, etc. Hoje trago pra vocês, uma visão diferente sobre a região: Torrens Conscientium é uma banda de Doom/Death Metal fundada em 2009, na região que hoje é palco da disputa territorial entre Rússia e Ucrânia, e quem me apresentou esse som foi minha amiga Karina D’alessandre, baterista do Cassandra.O som da banda formada por Sergei Korolyov (Guitarra e Vocal), Alina Tishenko (Guitarra) e Sergei Rachinskii (Baixo) caminha sobre a linha imaginária que divide Doom/Death e Funeral Doom.

Antes de falar dos registros da banda, quero destacar a guitarrista Alina Tishenko, por dois motivos: Primeiro, por que em bandas de Doom Metal, é muito comum ver mulheres, porém, na maioria das vezes, executando a função de vocalista, enquanto que Alina ocupa-se somente da guitarra na banda, e segundo, pela qualidade do trabalho desenvolvido por ela no instrumento, que em bandas do gênero, é pouquíssimo comum para mulheres.Quanto aos lançamentos, a banda tem uma demo (Four Exits), lançada em 2012 e o Full-Length, “All Alone with the Thoughts” (foto à esquerda), lançado em outubro de 2014, pela Solitude Productions. Este segundo me impressionou em todas as vezes que o ouvi. Sublime!

Para conhecer mais – e vale a pena conhece-los – acesse as páginas do Facebook e Bandcamp da banda:

Facebook.com/torrens.conscientium

Torrensconscientium.bandcamp.com/

(Sergei Rachinskii, Alina Tishenko, Sergei Korolyov. Foto: dark-world.ru)

Por Morgan Austere e Morgan Gonçalves

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ENTREVISTA:

Tekilahell é um dos maiores representantes do Stoner Rock no Centro-Oeste Brasileiro. Com uma demo, uma single, dois EP’s e o álbum Doomed, lançado em 2014, a banda se

prepara para lançar o segundo disco, Beyond The Grotesque, que ficou pronto no último dia 3, e marca o aniverário de 10 anos da banda. Assim, convidamos Waldeyres Oliveira, baixista do Tekilahell, para transformar em palavras, todo o trabalho da banda até aqui. Morgan Gonçalves: Waldeyres, seja bem-vindo, meu amigo, há tempos acompanho o trabalho do TH e é muito bom tê-los conosco hoje. Tudo começou em 2005, com a formação da banda. Como aconteceu essa reunião dos membros do Tekilahell? Waldeyres Oliveira: Também é bom para nós participar da entrevista com vocês. Há 10 anos a banda surgiu do interesse mútuo de camaradas que vinham juntos desde a época de escola. Houve muita controvérsia a respeito do nome; não achávamos nome algum e era só o que nos faltava para dar um verdadeiro início ao projeto. Mas das histórias fictícias e do personagem criado na época por mim, veio o nome da banda a calhar. A partir daí as atividades jamais pararam e a banda passou por diversas mudanças de estilo e de membros até finalmente retornar à sua proposta inicial e definitiva que era o Doom, Stoner com requintes de Death Thrash Metal.

M.G: Em 2007, a banda estreou com o Ep TEKILAHELL. Como foram esses dois anos entre o começo de tudo e o primeiro registro?

Waldeyres Oliveira: Os anos anteriores ao primeiro registro seguiram aquele processo natural de experiência. Houveram desentendimentos entre membros, mas felizmente as sementes foram separadas. A linha musical era outra, por sermos movidos na época por uma certa “democracia” entre os membros. Mas aprendemos mais tarde que alguém na banda tem que manter pulso forte e ter a palavra final em certas coisas. Assim eu e meu irmão, Betto Oliveira, membros originais fundadores agora mantemos tudo na direção certa. Para este primeiro EP nosso, com 4 músicas, trabalhamos com o Heavy/Hard e levamos a intensão até o fim. Para o estilo ficamos satisfeitos com o resultado que colhemos dos 2 primeiros anos de trabalho da banda.

Por Morgan Gonçalves

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M.G: Tekilahell segue uma linha Stoner, orbitando em torno do Heavy Metal, Groove e Doom Metal, como podemos notar até Doomed. Como A banda se encontrou no caminho desse gênero?

Waldeyres Oliveira: O Tekilahell não pode ser comparado hoje de acordo com os parâmetros anteriores ao “Doomed”. Antes do “Doomed” estávamos perdidos a procura do estilo que procede de nossa alma, o estilo que realmente viemos para fazer, que é o baseado no Doom Metal, Stoner Metal

e Groove Metal. Renovamos os membros da banda depois do “Live in Studio” exatamente para que isso fosse proporcionado. Se apagássemos o passado antes do “Doomed”, para nós não faria a menor diferença. Mas esse passado foi uma experiência, e é válida.

M.G: Doomed foi o primeiro álbum completo da banda e foi também, o momento de maior visibilidade da banda. Como foi para vocês, a recepção de Doomed pelo público? Waldeyres Oliveira: Vimos que muitas pessoas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo tornaram-se mais abertas ao underground e a cena independente e nos focaram nesse âmbito. Infelizmente, a cena aqui nessa nossa cidade está uma bosta sem nome. Só shows de cover e todo tipo de merdice podre que se possa imaginar. Sem falar das panelas de imbecis que manipulam tudo por aqui nesse ovo infernal. E shows para bandas autorais daqui que ralam como o verdadeiro “roqueiro” deve ralar, tirando de si o seu melhor para mostrar que sabe fazer metal, são escassos. Mas tivemos boa recepção quanto ao disco especialmente do pessoal da Europa de países como a Ucrânia, Suécia e até Rússia. Por isso não importa que tipo de merda nos rodeia, nossos trabalhos serão sempre lançados para esse pessoal que gosta do nosso som sem frescura.

M.G: Além de Tekilahell, posso me lembrar de Absent, quando se fala de Metal no Distrito Federal. Pra vocês, como são as opções e o movimento Underground no Planalto Brasileiro? Waldeyres Oliveira: O ambiente autoral aqui possui bandas boas, mas tudo muito oculto porque o público aqui não é pra isso, esse público prefere pubs de bandas tributos e posar de camisa do AC DC e IRON MAIDEN, tomando Heineken e se achando. As bandas boas do Doom e variantes aqui fazem shows isolados e não mantém uma união ou parceria com quem também toca por prazer praticamente a mesma linha. Se não nos querem por perto, fodam-se. Nossos olhares são dirigidos para além dos horizontes.

M.G: A banda, podemos dizer, se isolou para trabalhar no novo disco, a ser lançado este mês. Quais as principais mudanças, quando comparamos Doomed e Beyond The Grotesque? Waldeyres Oliveira: As mudanças do “Doomed” para o “Beyond the Grotesque” são positivíssimas. As composições ganharam mais qualidade e versatilidade, mostrando um estilo diferenciado para cada música. A qualidade do disco

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está superior e as composições mais complexas. Acreditamos que com próximos lançamentos isso possa evoluir ainda mais. Mas estamos mais que satisfeitos com o resultado audível do nosso trabalho para o “Beyond the Grotesque”, e sabemos que essas boas mudanças vão ser notáveis pelos apreciadores.

M.G: Beyond The Grotesque vem no mesmo ano que a banda comemora 10 anos de atividades. Como, através do disco, a banda espera tornar essa data marcante?

Waldeyres Oliveira: O “Beyond the Grotesque” é o melhor que pudemos fazer nesses dez anos de estrada. Sabemos que este aniversário será marcante como deve ser, já que esse disco provavelmente

confirmará para o que viemos e mostrará que o Tekilahell tem estilo próprio.

M.G: Planos de turnê ou show de lançamento de Beyond The Grotesque? Waldeyres Oliveira: Quanto a planos de show, temos alguns chamados que ainda não estão bem definidos, mas entrando em contato com a banda pode-se programar algo. Pretendemos organizar um show especial para o lançamento em Outubro, e estamos abertos a chamados a curta ou a longa distância. Hehe...

M.G: Vamos chegando ao fim desse papo, e deixo aqui, o espaço para você e toda a banda mandar mensagens para os amigos e fãs do trabalho do Tekilahell. Mensagem: Agradecemos a oportunidade de divulgação. Aos que admiram nosso trabalho dizemos que o que fazemos, fazemos porque gostamos, e é como sabemos viver. Jamais conseguiremos deixar de fazer Metal reto e sem frescura. Então, esperem ainda muitos discos pela frente.

M.G: E aqui, findamos nossa entrevista. Parabéns pelo novo disco, um grande abraço a todos da banda e que venham mais 10 anos de Tekilahell! Para conhecer mais sobre o Tekilahell, siga a banda nas Redes Sociais

Facebook.com/TekilahellTekilahell.bandcamp.comTekilahell.com.br

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AGENDA:16/Out

Sexta Cartel da Cevada + I Am The SunEm Porto Alegre, a produtora Esporro Records dá início à turnê de lançamento do EP “Guia Prático do Churrasqueiro das Galáxias”, do Cartel da Cevada.Além do quinteto porto alegrense, a banda I Am The Sun, de São Paulo também se apresenta no festival. A artista biAh weRTher também estará presente com mostra de vídeos clipesO evento acontece no bar Divina Comédia, que fica na rua Da República 649, em Porto Alegre, RS. Os ingressos custam R$20 e o evento é apoiado pelas Rádios Putzgrila e LaybeckFacebook.com/events/1700631656833772/

Por Morgan Gonçalves

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Lançamento do àlbum Passion, do A Sorrowful Dream

17/OutSábado

Passion é o novo álbum do A Sorrowful Deam, que será apresentado ao público no próximo dia 17, no Teatro CIEE, no Rua Dom Pedro II, 861, em Porto Alegre, RS.Os ingressos ficam entre R$20 (Professores, Idosos e Estudantes), R$25 (Antecipado, com 1 Kg de alimento não perecível na portaria) e R$40 (Na portaria do evento)Para Ingressos e informações, acessem a página do eventoFacebook.com/events/431565260379498/

18/OutDomingo

Stoned To Death FestivalFestival Stoned to Death, realizado pela Plasmatic Records e Stereo Produtora chega à sua segunda edição com as bandas Space Guerrilla, Estive Raivoso e MyOwnMonster. A noite acontece no Tabu 386, que fica na Rua Barros Cassal, 386, Porto Alegre, RS. e abrirá às 18 horas. Os ingressos custam R$ 10, e estarão à venda somente na hora e no local do eventoFacebook.com/events/181388748865519/

Cartel da Cevada + I Am The Sun18/OutDomingo

E no Domingo, acontece a segunda parte da Mini turnê de lançamento do EP “O Guia Prático do Churrasqueiro das Galáxias” Do Cartel Da Cevada. Os paulistas da I Am The Sun também se apresentam, assim como a artista e cineasta biAh weRTher com exposição de vídeo clips.O evento acontece na Embaixada do Rock, na Rua Presidente Roosevelt, 806, em São Leopoldo, no RS, e os ingressos custam R$ 10Apoio: Rádio Putzgrila e Rádio LaybackFacebook.com/events/885626968153901/

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A October Doom Magazine é um território livre para todas as expressões da arte, seja ela musical, plástica e literária. Por isso, estamos dando início à mais uma coluna na nossa revista, Poesia Esquizofrênica, onde publicaremos – sempre que possível – textos, poesias, poemas e odes de leitores e parceiros.A Primeira composição da nova coluna é do meu amigo e escritor Edson Francisco de Almeida Monteiro.

Abismo

Olho de baixoO abismoO nadaO éter da humanidadeA baforada de ar mexe meus cabelosA vontade de cair é intensa.

Me jogarPularGritarSumir.

O abismo é tentador quando a vida te dá minutosO céu e o inferno se confundemE só sobra o desespero de partir

Olho de cima.Vejo o céu resplandecer a paisagemSombras são feitas em cada montanhaA vida floresce em cada raio.

Olho para o horizonteO mundo me defineA sensação cresceO mal se expurgaO bem se vai.

TorporAnestesiaNada.

Um PassoQueda abaixoDois pensamentos: O que eu poderia ter feito,Para quem eu peço perdão.

O sol me engoleO chão me esmagaMeu corpo já se foiMeu espírito vaga.

Peço para que Deus me receba bemPeço para que o Demônio me receba melhor ainda.Dois pensamentos: O que eu poderia ter feito.Para quem eu poderia ter pedido perdão....

(Poema retirado do livro: Cinzas do Pensamento (Multifoco, 2015) de Edson Francisco de Almeida

Monteiro)

POESIA ESQUIZOFRENICA:

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Expediente:O October Doom Magazine é feito de Amizade, Cooperativismo, Força de Vontade e Amor pelo Doom, Sludge, Stoner e Gêneros afins. Aqui, algumas das pessoas e iniciativas que tornam o ODZ possível:

Fábio Mazzeu • Luiz Z Ramos • Luiz Bueno • Thiago Rocha • Vitor Verô • Rodrigo Nueva •

Vinicius Fiumari • Edgard Guedes • Bruno Gerasso• Rodrigo Reinke • Henrique Parizzi • Merlin Oliveira •

Editor Chefe: Morgan GonçalvesEdição: Morgan Austere

Revisão: Solymar Noronha

E muitas outras pessoas que apoiam essa iniciativa direta e indiretamente.

Obrigado à todos.October Doom Magazine.

#FeelTheDoom

Rodrigo Bueno Leonardo Reis

Guilherme Rocha.