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3º Projecto de LECA
Título: Sem TítuloVídeo-Instalação sobre ecrã foscoMedidas: váriasAno: 2011Autor(a): Sara Pinho
Sinopse :::
Um ecrã fosco como tabula rasa, a sua filmagem em diferentes horas do dia deu origem a uma sequência de imagens em que as suas cores vão alterando e dando lugar a outros registos, re:rados de outros lugares, jogando com transparências e texturas, que se sentem através do olhar. A sua sobreposição no vidro não foi ao acaso, resultando numa simbiose na reunião dos dois ecrãs fazendo com que a imagem projectada invada esta barreira e resulte como um todo. A imagem é fragmentada fisicamente, mas no vídeo existe uma linha horizontal que em termos estruturais ganha uma dimensão mais forte, funcionado como eixo fazendo a divisão entre o céu e a terra como de uma linha do horizonte se tratasse. Os ecrãs possuem em si próprios umas molduras de metal que os sustentam, que não se encontram nivelados com o propósito de o espectador poder entrar na abertura que os separa, tornando-‐o parte da instalação. O público que fica para trás consegue visualizar a interferência provocada pela presença humana, resultando num teatro de sombras e das suas escalas. Por consequência esta instalação anda à volta de uma certa teatralidade associada a uma temporalidade. Há aqui uma preocupação na duração da experiência por parte do público. O factor tempo ganha aqui uma dimensão teatral e vice-‐versa. Por outro lado todo o conceptualismo assenta numa epifania, no sen:do da recolha de várias filmagens que depois de editadas fazem parte da resolução de um quebra-‐cabeças que finalmente encontrou na sua projecção e na sua realização plena. Esta instalação permite ver o que está por de trás dos ecrãs, não que seja interessante ver o reverso do vídeo mas pelo facto do espectador que fez a transposição poder interferir com a projecção, criando um jogo lúdico de sombras visíveis para quem ainda está do lado de fora.Rejeito a dimensão narra:va, privilegio a percepção e o momento epifânico dando origem a uma estrutura formal que revela tanto o previsível como o imprevisível, criando uma estranheza que ao mesmo tempo se torna familiar ou inquietante. Porque do simples, nasce a verdade!